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Toda sala de aula possui estudantes únicos(as) que compõem uma turma diversificada e
heterogênea em interesses, sonhos, bagagens culturais, habilidades e também nas
necessidades de aprendizagem. Há muitos anos a Geekie é pioneira em trazer soluções que
empoderam e desenvolvem o potencial de cada pessoa das escolas parceiras. No contexto
atual, reforçamos nosso propósito de empoderar comunidades escolares para oferecerem
aos alunos e às alunas uma formação coerente com as necessidades do presente e do
futuro para que todos e todas possam brilhar juntos e juntas.
Na nova era da educação, o ensino híbrido estará muito presente, mas sabemos que
somente ter tecnologias à disposição não é suficiente. Precisamos repensar as estratégias
de ensino e aprendizagem e desenvolver ainda mais professores(as) mediadores(as) e
estudantes autônomos(as). Este material foca no ensino híbrido e traz os principais
referenciais teóricos para fundamentar o trabalho pedagógico com esta abordagem, bem
como as possibilidades de aula com modelos que mesclam as aulas presenciais e remotas,
com momentos síncronos e assíncronos, utilizando o Geekie One.
Esperamos, assim, apoiar nossas escolas parceiras nos novos desafios neste começo de
uma nova era da educação.
Atenciosamente,
Equipe Geekie
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Sumário
1. Introdução pág.02
2. Sumário pág.03
3. O que é ensino híbrido? pág.04
3.1 Definições
3.2 Como fica o ensino híbrido nas aulas remotas e presenciais?
3.3 Ensino híbrido e o potencial da personalização na aprendizagem
3.4 Quais características observamos quando o ensino híbrido está acontecendo?
4. Geekie One e aprendizagem híbrida pág.09
4.1 odelo 1 — Sala de aula invertida
M
4.1.1 C
omo preparar bons materiais
4.2 M
odelo 2 — Rotação por estações
.2.1 Como separar bons grupos
4
4.2.2 As estações
4.2.3 Customize conforme o necessário
5. Considerações finais pág.19
6. Referências bibliográficas pág.20
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integração e conexão entre as experiências. O(A) estudante deve estudar autonomamente
um conteúdo relacionado e conectado ao que será abordado em sala de aula por meio de
diferentes práticas, não se trata de uma repetição.
De forma semelhante, não podemos confundir o ensino híbrido com o ensino enriquecido
por tecnologias, já realizado por muitas escolas. A inserção de tecnologias como o
projetor, computador, simulador de realidade virtual e aumentada, lousa interativa, entre
outros, não garante que estamos aplicando um ensino híbrido, pois o uso dessas
tecnologias deveria fornecer dados para atualizar os planos de aprendizagem dos(as)
estudantes. O ensino híbrido exige uma combinação metodológica que permite, nas
palavras de Lilian Bacich, obter o “melhor dos dois mundos”, o presencial/físico e o
digital/virtual.
Como fica o ensino híbrido nas aulas remotas
e presenciais?
Como apresentamos na introdução deste documento, o contexto da pandemia trouxe
novos desafios para a área da educação e entre eles está a necessidade de pensarmos na
flexibilização na aplicação do ensino híbrido. Algumas escolas voltaram parcialmente às
aulas presenciais, conjugado ainda com momentos a distância, enquanto outras voltarão
somente no ano que vem, mantendo, assim, as atividades remotas. E como fica o ensino
híbrido nestes casos?
Observamos que, para realizar as atividades não presenciais, as escolas têm intercalado os
momentos síncronos - nos quais docentes e estudantes estão conectados(as) ao mesmo
tempo - e assíncronos - naqueles em que eles e elas não estão conectados, porém a
aprendizagem continua acontecendo por meio de atividades, trabalhos, estudos orientados,
entre outros. Pensando em uma melhor integração das atividades síncronas e assíncronas,
podemos adaptar os modelos de ensino híbrido para esse novo contexto, com o uso de
práticas pedagógicas que promovam uma aprendizagem mais integrada e ativa.
Ensino híbrido e o potencial da personalização
na aprendizagem
O último ponto que vamos abordar para concluir a definição de ensino híbrido é a
importância da coleta de evidências de aprendizagem, para que seja possível identificar as
dificuldades e facilidades de cada estudante e dar ênfase à personalização dos estudos.
Alguns autores (Bacich, Tanzi Neto & Trevisani, 2015; Bacich, Moran, 2017) indicam que, pela
personalização, os(as) professores(as) podem oferecer diferentes experiências de
aprendizagem aos(às) estudantes, dando suporte para aqueles(as) que precisam trabalhar
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Quais características observamos quando o
ensino híbrido está acontecendo?
Vimos que as práticas de ensino híbrido requerem usar tecnologias digitais, dados como
ferramenta para ajustar e personalizar a instrução e que os(as) estudantes precisam estar
empoderados(as) de seu processo de aprendizagem, enquanto professores(as) promovem
um ambiente de aprendizagem híbrida. Segundo Tucker e colaboradores (2016), caso estes
requisitos estejam bem implementados, será possível observar algumas características no
processo de ensino e aprendizagem:
● Personalização: d
ocentes pensam caminhos diferentes para grupos ou
para um(a) estudante.
● Autonomia: e studantes participam de decisões sobre sua experiência de
aprendizagem.
● Conectividade: a aprendizagem ocorre em colaboração com pares e
experts.
● Criatividade: estudantes têm oportunidades para construir compreensões
importantes enquanto desenvolvem habilidades.
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Chegar nestes resultados é um processo, mas podemos começar aos poucos. Com o
tempo, introduzimos práticas que, ao serem vivenciadas várias vezes por professores(as) e
estudantes, se tornam mais familiares e vão sendo aperfeiçoadas. Porém, um ponto
fundamental que precisamos desenvolver desde o início é o entendimento de que
estudantes são capazes de construir novos saberes e precisam de professores(as) mais
mediadores(as). Isso requer uma mudança de perspectiva sobre o processo de ensino e
aprendizagem.
Na Geekie, estimulamos a mentalidade de crescimento (Dweck, 2006), uma forma de
pensar na qual situações desafiadoras são encaradas como oportunidades de
aprendermos algo novo, estimulando a curiosidade, com o entendimento de que não
precisamos ser competentes em algo para tentarmos fazê-lo, isso desenvolvemos com o
tempo. Com esta mentalidade, incentivamos que as escolas possam experimentar, errando
e aprendendo, de forma progressiva o ensino híbrido, desenvolvendo as práticas
pedagógicas que melhor cabem a cada realidade.
Assista: veja a fala de Carol S. Dweck no TEDx “O poder de acreditar que você é capaz”
(em inglês, com legendas em português): http://bit.ly/36e3sxc.
Leia: coluna da designer pedagógica da Geekie Claire Arcenas,
“Growth mindset: como a mentalidade de crescimento pode ajudar na Educação”.
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Estudantes capazes de construir seus conhecimentos
Como visto, o ensino híbrido precisa de uma parte em que estudantes usem tecnologias
digitais para aprenderem sozinhos(as). Neste momento, são ativos(as) na construção de
novos saberes e estão desenvolvendo autonomia, autogestão, criatividade, resiliência, entre
tantas outras competências. Para que isso se concretize, precisamos fortalecer a visão de
que estudantes têm capacidade de aprenderem sozinhos(as) e que precisam desta
prática para desenvolver diversas competências.
As experiências nos últimos meses de aulas remotas podem desafiar essa perspectiva, visto
que diversos estudantes têm demonstrado dificuldade no acompanhamento e
engajamento das aulas - uma situação também comum no contexto anterior, de aulas
presenciais. No entanto, devemos lembrar que este arranjo aconteceu em uma situação
emergencial e, apesar de trazer diversos aprendizados importantes, não se caracteriza
como ensino híbrido.
Neste período, utilizamos ferramentas digitais, testamos modelos de aula, desenvolvemos
novas habilidades e abrimos novas perspectivas de ensino e aprendizagem usando
tecnologias. Agora, estudantes podem dizer o que funcionou melhor, e a escola pode
replanejar e estruturar as experiências de aprendizagem. Em casa, estudantes ainda
utilizarão ferramentas digitais, mas, com o ensino híbrido, será uma aprendizagem
integrada, mais estruturada, com instruções claras para o estudo individual. Os(As)
alunos(as) também vão precisar ser provocados(as) a ter uma mentalidade de
crescimento e se reconhecerem como agentes ativos da construção de novos
conhecimentos, pois serão incentivados a terem algum controle e responsabilidade sob seu
processo de aprendizagem.
Professores(as) mediadores(as) do processo de ensino e aprendizagem: uma mudança
de papel necessária
O segundo passo necessário para pensarmos no ensino híbrido nas escolas é a mudança
do papel dos(as) docentes. Pensando nas mudanças que a educação está passando,
precisamos que os(as) docentes também repensem suas práticas pedagógicas para
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deixarem de ser focadas apenas no ato de ensino para pensar na aprendizagem dos(as)
estudantes. Segundo José Pacheco, “nossa deficiência não é de aprendizagem, e sim de
ensinagem” (Bacich, Tanzi Neto & Trevisani, 2015; p. 92).
Dessa forma, modificar o papel docente de transmissor de conteúdos para mediador e
facilitador é fundamental para o sucesso do ensino híbrido na escola. Sabemos que isso
não ocorre instantaneamente e precisamos apoiar a formação continuada dos docentes
para não apenas inserirmos as novas tecnologias na sala de aula, mas buscarmos a
intencionalidade necessária no seu uso. Isso garante a conexão das tecnologias escolhidas
com os objetivos pedagógicos que se pretende alcançar com os(as) estudantes.
Entre os benefícios do ensino híbrido para os(as) professores(as), podemos destacar: a
possibilidade de personalizar e individualizar mais o ensino a partir do uso dos dados; a
exploração de novos espaços (físicos/digitais) e de diferentes formas de aprendizagem;
o aumento do papel de autoria do(a) docente na escolha dos materiais, metodologias e
nas abordagens utilizadas em sala de aula; o(a) professor(a) assumir cada vez mais um
papel de designer de percursos educacionais, desenhando diferentes caminhos para o
desenvolvimento de cada estudante.
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Modelos de ensino híbrido. Adaptado de Horn & Staker, 2015.
1. Modelo de rotação: os(as) estudantes realizam atividades diversificadas sob a
orientação ou não do(a) docente, utilizando as tecnologias e os meios digitais em
pelo menos um dos momentos de aprendizagem. Os modelos de rotação estimulam
a aprendizagem individual e colaborativa. São 4 exemplos de modelos de rotação: a
rotação por estações, o laboratório rotacional, a sala de aula invertida e a
rotação individual. Vamos aprofundar sobre dois deles na próxima seção.
2. Modelo flex: o ritmo de cada estudante é personalizado com ênfase no ensino
on-line, e o(a) professor(a) fica à disposição para esclarecer dúvidas e direcionar
para atividades, na maioria das vezes presenciais. A partir das necessidades do(a)
estudante, o(a) professor(a) oferece apoio presencial ao longo de atividades, ensino
em pequenos grupos e tutoria individual.
3. Modelo à la carte: o(a) estudante é responsável pela organização de seus estudos,
de acordo com os objetivos gerais a serem alcançados no curso ou disciplina
específica que é inteira on-line. A aprendizagem poderá ocorrer no momento e local
mais adequados para o(a) estudante, inclusive utilizando espaços da escola. Para
estes estudos, o contato com o docente será apenas pelo ambiente on-line. Ao
mesmo tempo em que o(a) estudante realiza esse curso ou disciplina o n-line,
também fará outras disciplinas presenciais.
4. Modelo virtual enriquecido: os(as) alunos(as) têm que comparecer presencialmente
à escola apenas poucas vezes na semana, tendo sessões de aprendizagem
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➔ Indicando conteúdos e/ou as videoaulas dos capítulos Geekie One para o
estudo individual.
➔ Utilizando a aba de Materiais para compartilhar arquivos do Drive e l inks que
direcionam a páginas da internet com artigos, notícias, vídeos e até mesmo
simuladores e s ites de realidade virtual e aumentada.
➔ Outra possibilidade é o envio desses materiais pelo Mural da turma.
Lembrando também que, pelo Geekie One, o(a) docente consegue
acompanhar quais alunos(as) acessaram os materiais enviados e quais não
acessaram.
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Compartilhamento de materiais por meio de um capítulo Geekie One.
Como preparar bons materiais e orientações de uso:
Ao preparar materiais para a aplicação da sala de aula invertida, tenha em mente que eles
precisam ser didáticos o suficiente para que os(as) estudantes consigam consumi-los de
forma autônoma. Por isso, é preciso orientá-los(as), dar suporte e feedback p ara que
saibam exatamente o que é esperado deles(as) com relação ao consumo de cada material.
Alguns(as) estudantes se sentem na obrigação de ler tudo o que o(a) professor(a) envia.
Para evitar sobrecarga, deixe claro o objetivo de cada material e que o(a) estudante pode
escolher se debruçar naqueles em que mais tem interesse ou que parecem ajudar mais
no processo de aprendizado. Dar escolhas para os(as) estudantes é um passo importante
para o desenvolvimento da autonomia.
Ao compartilhar os materiais para momentos assíncronos, além dos direcionamentos do
que é esperado, o(a) professor(a) não pode se esquecer de estabelecer um prazo para uso
dos materiais.
B) 2º passo: Registro das anotações e dúvidas pelos(as) estudantes
É muito importante que o(a) estudante faça registros ao se debruçar sobre os conteúdos e
materiais enviados pelo(a) professor(a). Fazer anotações dos pontos mais importantes,
registrar dúvidas e ideias que surgirem ao longo da leitura e construir formas de
resumo e sistematização podem contribuir para o sucesso dessa metodologia. Esse é o
momento de o(a) estudante desenvolver a sua autonomia, encontrando os melhores
caminhos para o seu aprendizado. De acordo com Horn e Staker (2015): “Mudar o
fornecimento do conteúdo-base para um formato o n-line dá aos estudantes a
oportunidade de retroceder ou avançar de acordo com a sua velocidade de compreensão.
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Eles decidem o que e quando assistir, e isso lhes dá maior autonomia em sua
aprendizagem”. Dessa forma, contribuímos para que o(a) estudante tenha controle sobre o
tempo, lugar, caminho e/ou ritmo.
C) 3º passo: Atividades práticas no momento da aula
Na sala de aula, seja presencial ou nos momentos síncronos nas aulas remotas, os(as)
alunos(as) tiram as dúvidas que surgiram no momento do estudo individual, e o(a)
professor(a) propõe e orienta atividades, debates e projetos acerca dos conteúdos
previamente estudados. Esse momento se torna propício para o desenvolvimento de
habilidades e competências cognitivas e socioemocionais, levando os(as) estudantes a
promoverem a aplicação e transferência dos conceitos e saberes em diferentes situações
de aprendizagem. Assim, estamos contribuindo para a compreensão e atribuição de sentido
pelos(as) estudantes sobre o assunto trabalhado e promovendo a sua formação integral.
Para esse momento, o G eekie One oferece alguns possíveis caminhos:
➔ Utilização das seções de Práticas Ativas dos capítulos Geekie One
(Investigando, Expressando ideias, Pontos de vista, Roda de conversa, Mão na
massa). Essas seções apresentam propostas de atividades práticas,
investigações científicas, experimentos e debates.
➔ Realização das Rotinas de Pensamento propostas muitas vezes nas
introduções dos capítulos Geekie One (veja mais na próxima seção “Rotação
por estações”).
➔ Retomada dos pontos de maior dúvida e dificuldade das Atividades enviadas
por meio da leitura dos relatórios de participação e desempenho da turma.
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As estações
A) Estação diretiva
Um grupo fica com o(a) professor(a) para receber instruções adicionais ou tirar dúvidas
para desenvolver ainda mais a compreensão.
Tendo em mente as necessidades de cada grupo, o(a) docente pode preparar uma
instrução e utilizar os diversos recursos dos capítulos Geekie One, como vídeos, imagens e
animações. Para deixar a aprendizagem visível, pode ainda escolher rotinas de
pensamento (Ritchhart et al., 2011) com as quais já esteja familiarizado(a) ou as do próprio
capítulo, comumente encontradas nas seções de abertura Para começar e refletir e Olhar
de cientista.
B) Estação individual
Este grupo de estudantes se dedica ao estudo dirigido individual on-line, u
tilizando
conteúdos selecionados pelo(a) professor(a).
Para este estudo dirigido, docentes selecionam diferentes recursos que estejam
relacionados e complementem as atividades das outras estações, mas sem perder de vista
que estudantes precisam fazer novas conexões, refletir sobre seus conhecimentos e
construir novos entendimentos.
Estes direcionamentos podem ser compostos no Geekie One de várias maneiras:
➔ Com instruções e indicações nos Materiais e Mural (veja a seção “Sala de
aula invertida”).
➔ Indicando o uso do Plano de estudos personalizado do Geekie One. Este
plano de estudos retoma os conteúdos vistos com o(a) professor(a) na
semana anterior, levando em conta as interações com o material: páginas de
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Todas essas possibilidades permitem que estudantes passem por uma estação individual,
personalizada e com controle do tempo, ritmo e caminho para construir seu aprendizado.
C) Estação colaborativa
Os(as) estudantes desenvolvem atividades ou projetos em pequenos grupos.
Existem várias possibilidades para compor o trabalho em pequenos grupos com
construções conjuntas, jogos ou até mesmo desafios elaborados e experimentados
pelos(as) próprios(as) estudantes. Nos capítulos do Geekie One, também existem
sugestões de práticas ativas de mão na massa, pesquisa, construção de materiais, entre
outros, que podem ser utilizados na estação colaborativa.
No contexto da pandemia, enquanto medidas de distanciamento entre pessoas forem
necessárias, podemos adaptar atividades do Geekie One aproveitando muito de
ferramentas digitais para a construção conjunta. O Kahoot e Mentimeter são bons para
fazer perguntas de múltipla escolha, quiz ou perguntas de respostas abertas. Nesta opção,
os(as) estudantes podem criar quizzes para desafiarem uns aos outros, aprofundando
conhecimentos para poderem compor boas perguntas e aprendendo ou revisando ao
responder para seus pares. Para criações colaborativas com imagens, desenhos, textos, gifs
e h
iperlinks, boas opções são o Padlet e o Jamboard. Com estas ferramentas, estudantes
podem fazer uma construção colaborativa ao mesmo tempo, tornando o pensamento de
todos(as) visível e fazendo conexões com as ideias de seus(suas) colegas.
Assista: conheça um passo a passo para utilizar essas 4 ferramentas digitais em suas
aulas e veja exemplos de criações colaborativas que professores(as) já fizeram com seus
estudantes.
Leia também: Como usar o Padlet para criar experiências de aprendizagem incríveis
Customize conforme o necessário
Sem deixar as características do ensino híbrido para trás, é possível adaptar a rotação nas
estações para aulas presenciais e remotas para as nossas necessidades atuais. Considere,
por exemplo:
● Para montar as estações, além de usar diferentes espaços da escola como quadras,
pátios, salas e laboratórios, uma das estações pode ser feita em casa.
● O tempo dedicado entre cada estação é definido pelo(a) professor(a). Por que não
fazer uma estação com duração de uma aula inteira? A cada aula, estudantes
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trabalham em uma estação diferente, e o(a) professor(a) pode direcionar sua
atenção na estação diretiva enquanto um(a) monitor(a) faz a assistência a
estudantes na estação colaborativa.
Se pensarmos nos desafios de mesclar a rotação por estações em um ensino presencial,
como podemos adaptar ainda mais para adequar ao contexto de volta às aulas
presenciais quando teremos grupos de estudantes que frequentam a escola
presencialmente e outro grupo remoto?
Exemplo 1: uma turma permanece somente a distância, enquanto outra frequenta a escola.
A troca das estações ocorre por aula.
Considere uma mesma turma dividida em dois grupos de estudantes: o primeiro frequenta
a escola algumas vezes por semana, enquanto o segundo faz atividades apenas remotas.
Em um exemplo, no primeiro horário da aula de Ciências, o(a) professor(a) deixa o grupo 1,
presencial, em trabalhos colaborativos. Enquanto isso, pode se dedicar ao grupo 2, que está
em casa, na estação diretiva. Na segunda aula de Ciências, essas estações se invertem, e
o(a) professor(a) agora fará a instrução com a turma presencial, enquanto estudantes em
casa utilizam ferramentas digitais para uma atividade colaborativa.
Por fim, em um terceiro horário, o(a) professor(a) pode dedicar a aula para estudos
individuais que estudantes podem fazer em casa. Neste momento, o(a) docente pode ainda
disponibilizar uma videochamada para tirar dúvidas pontuais de estudantes ou utilizar esse
tempo para planejamento de atividades.
Mesmo que um grupo esteja sempre remoto, ainda assim podem ser desenvolvidos
elementos essenciais do ensino híbrido: a autonomia nos estudos, a colaboração entre
pares e a personalização na instrução docente. Após um retorno às aulas presenciais, estes
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Considere um cenário em que uma mesma turma frequenta a escola na mesma semana. A
turma é dividida em três grupos que se alternam nas estações por dia da semana. Se
quisermos manter o distanciamento entre as pessoas, podemos utilizar os diferentes
espaços físicos disponíveis na escola e ainda propor que a estação individual seja feita em
casa. Se for este o caso, podemos seguir uma sugestão semelhante à do exemplo anterior,
em que a estação individual remota pode ser complementada com a disponibilidade de
uma videochamada com um(a) monitor(a) para tirar dúvidas dos(as) estudantes.
Dessa maneira, em uma mesma semana, todos os grupos conseguem passar por todas as
estações, e, a cada dia da semana, o(a) professor(a) se dedica a fazer instruções
diferenciadas para cada grupo na estação diretiva.
Após o término dessas estações, em uma quarta aula, seria possível criar uma
videochamada com todos(as) os(as) estudantes remotos para o fechamento dos estudos
das estações e/ou fazer uma pequena avaliação para acompanhar as aprendizagens.
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Considerações finais
Os modelos de ensino híbrido podem se somar às práticas que sua escola já realiza.
Diferentes professores(as) já experimentaram práticas ativas e trabalhos colaborativos e já
vivenciaram aulas on-line. Agora, temos a oportunidade de rever esses aprendizados e
propor uma dinâmica melhor e mais estruturada nos momentos presenciais e remotos para
os(as) estudantes.
Este caminho precisa de uma mentalidade de crescimento, pois requer experimentar, errar
e aprender, mas se tivermos em mente nosso objetivo de proporcionar aos(às) estudantes
mais autonomia e oportunidades de desenvolverem novas habilidades, temos certeza que
valerá a pena. Neste processo, professores(as) também ressignificam seu papel como
mediadores(as) e se capacitam para usar novas tecnologias e dados para personalização
com o G eekie One.
Apresentamos aqui apenas algumas das possibilidades do ensino híbrido usando modelos
como guia, mas é possível mudá-los segundo as necessidades de cada escola. Por isso, a
dica é não se prender a eles e experimentar!
A nova era da educação precisa de novas formas de ensinar e aprender que sejma mais
conectadas, visíveis, personalizadas e ativas. Essa será uma exigência constante das
famílias de estudantes, que estão cada vez mais atentas ao processo de ensino e
aprendizagem após a vivência da escola dentro de suas casas. Ademais, o modelo híbrido
como tendência da nova era da educação é também a aceleração de um processo de
atualização das escolas para uma forma de ensinar e aprender coerente com o século XXI
e os desafios que traz consigo para escolas, famílias e a sociedade. Vamos juntos(as)?
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Referências Bibliográficas
BACICH, Lilian. A sala de aula “híbrida”. São Paulo, 3 ago. 2020. Disponível em:
<https://lilianbacich.com/> Acesso em: 20 ago. 2020.
BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adolfo e TREVISANI, Fernando. Ensino Híbrido: personalização e
tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
DWECK, Carol S. Mindset: a nova psicologia do sucesso (2006). Rio de Janeiro: Objetiva,
2019.
HORN, Michael B.; STAKER, Heather. Blended: Using Disruptive Innovation to Improve
Schools. San Francisco, CA :Jossey-Bass, 2015.
MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas:
Papirus, 2012.
OCDE. A framework to guide an education response to the Covid-19 Pandemic of 2020.
Disponível em:
<https://www.hm.ee/sites/default/files/framework_guide_v1_002_harward.pdf>. Acesso
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Ritchhart, Ron; Church, Mark; Morrison, Karin. Making Thinking Visible. Hoboken, NJ:
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Tucker, Catlin R.; Wycoff, Tiffany; Green, Jason T. Blended learning in action. A practical
guide toward sustainable change. Corwin Press, 2016.
Documentação pública
Parecer CNE/CP Nº 11/2020. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=148391-pc
p011-20&category_slug=julho-2020-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 18 ago. 2020.
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Christie Sototuka
Paulo Raphael Siqueira Bittencourt
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OG eekie One é uma plataforma de educação personalizada que alia tecnologia de ponta a
conteúdo hiperatualizado e consultoria pedagógica parceira na jornada de inovação de
cada escola.
Ele é a melhor plataforma para atender as demandas da Nova Era da Educação por
proporcionar uma aprendizagem mais visível, conectada, a
tiva e p
ersonalizada. Tudo isso
resulta em uma formação integral dos(as) estudantes, focada no desenvolvimento de
competências e habilidades cognitivas e socioemocionais.
Com o Geekie One, sua escola se diferencia da concorrência e atende as expectativas das
famílias que buscam o desenvolvimento de seus filhos e suas filhas para encarar os
desafios de um mundo em constante transformação, sem deixar de lado a preparação
para o Enem e vestibulares.
Quer conhecer mais sobre o Geekie One? Então peça uma demonstração para entender
como podemos concretizar essa parceria para levar sua escola a um novo patamar em
2021!
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