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Sistemas de

representação
da informação
Prof. Raphael Baltar
Sistemas de Numeração
• São sistemas de notação usados para representar quantidades abstratas
denominadas números.

• Um sistema numérico é definido pela base que utiliza.

• A base é o número de símbolos diferentes, ou algarismos, necessários para


representar um número qualquer, dos infinitos possíveis no sistema.

• O sistema numérico universal é o decimal que utiliza dez símbolos diferentes ou


dígitos para representar um número e é, portanto, um sistema numérico na base 10.

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Sistemas de Numeração

• Exemplos de sistemas de numeração mais utilizados

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Sistemas de Numeração

• Exemplo: 𝟒𝟓𝟑𝟏𝟎
• 4 representa a centena;
• 5 representa a dezena;
• 3 representa a unidade.

• Podemos representar o número como:

4 x 100 + 5 x 10 + 3 x 1 = 453

400 + 50 + 3 = 453

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Sistemas de Número posicional

• Número é representado por uma sequência de dígitos onde cada posição de dígito
tem um peso associado, Ex: Número 𝑑𝑛 … 𝑑1 𝑑2 𝑑3 𝑏

𝑏𝑛 ... 𝑏2 𝑏1 𝑏0
𝒅𝒏 ... 𝒅𝟏 𝒅𝟐 𝒅𝟑
𝒅 𝒏 . 𝒃𝒏 ... 𝒅𝟏 . 𝒃𝟐 𝒅𝟐 . b1 𝒅𝟑 . b0

• São definidos pela base utilizada, onde base é número de símbolos diferentes
(algarismos) necessários para representar um número qualquer

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Sistemas decimal

• O mesmo processo é usado para números que não são inteiros, por exemplo o
número 2745,214 é representado:

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Sistemas Octal

• Criado como alternativa mais compacta que o binário para representar números em
linguagem de máquinas;

• Sistema de base 8;

• Dígitos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7;

• Exemplo de conversão 1758 :

82 81 80
1 7 5
64 56 5 = 12510

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Sistemas Hexadecimal

• Muito utilizado em eletrônica e informática;

• Criado como alternativa mais compacta que o binário para representar números em
linguagem de máquinas;

• Digitos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F;

• Exemplo de conversão 𝑭𝑨𝟑𝟏𝟔 :

162 161 160


F = 15 A = 10 3
3840 160 3 = 400310

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Sistemas Binário

• É o sistema utilizado por todos os dispositivos computacionais;

• Dígitos: 0 e 1;

• Cada algarismo é chamado de bit (binary digital bit).


• Um conjunto de 4 bits chama-se nibble e de 8 bits chama-se Byte
• Caractere mais à esquerda - Most-Significative-Bit - “MSB”.
• Caractere mais à direita - Least-Significative-Bit - “LSB”.

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Sistemas Binário

• Exemplo 𝟏𝟎𝟏𝟏𝟎𝟏𝟐:

25 24 23 22 21 20
1 0 1 1 0 1
32 0 8 4 0 1 = 4510

• Exemplo números fracionários 𝟏𝟏𝟎𝟏, 𝟏𝟏𝟏𝟐 :

23 22 21 20 2−1 2−2 2−3


1 1 0 1 , 1 1 1
8 4 0 1 0,5 0,25 0,125 = 13,87510

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Sistemas Binário

• Os computadores digitais trabalham internamente com dois níveis de tensão


referentes ao 0 e 1 (desligado e ligado);

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Adição no Sistema Binário

• Procedimento análogo ao sistema decimal


• Adição entre dois números de um algarismo pode-se obter resultados com um ou
dois dígitos.
• Estouro (maior algarismo é ultrapassado): Carry (transporte) ou vai-um
• Regra:

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Subtração no Sistema Binário

• Se o minuendo é menor que o subtraendo ?


• Estouro → Subtrair uma unidade do minuendo ou somar uma unidade ao
subtraendo da casa seguinte.
• Estouro → borrow (empréstimo) ou vem-um.

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Informação e suas representações

• Aritmética em Sinal e Magnitude


• Aritmética em Complemento de 2
• Aritmética em Ponto Flutuante
• Aritmética em BCD

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Aritmética em Sinal e Magnitude

• Algoritmo para operação aritmética de adição:


1. Verificam-se os sinais dos números e efetua-se uma comparação entre eles.
• Se ambos os números têm o mesmo sinal, somam-se as magnitudes; o sinal do resultado é
o mesmo das parcelas.
• Se os números têm sinais diferentes:
a) identifica-se a maior das magnitudes e registra-se o seu sinal;

b) subtrai-se a magnitude menor da maior (apenas as magnitudes);


c) sinal do resultado é igual ao sinal da maior magnitude.

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Aritmética em Sinal e Magnitude

• Exemplo: Realize as operações aritméticas a seguir (em sinal e magnitude).


Considere a palavra de dados com 6 bits.

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Aritmética em Sinal e Magnitude

• Solução:

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Aritmética em Sinal e Magnitude

• Solução:

• Estouro (overflow) - existência de um “vai 1” para o bit de sinal.


• Faixa de representação de valores para 6 bits (em sinal e magnitude): -31 a + 31

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Aritmética em Sinal e Magnitude

• Subtração (Minuendo - Subtraendo = Resultado)


• Algoritmo para operação aritmética de subtração:
1. Troca-se o sinal do subtraendo.
2. Procede-se como no algoritmo da adição.

• Exemplo: Realize as operações aritméticas a seguir (em sinal e magnitude).


Considere a palavra de dados com 6 bits.

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Aritmética em Sinal e Magnitude

• Solução:

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Aritmética em Sinal e Magnitude

• O problema encontrado pelos fabricantes de computadores na implementação da


ULA (Unidade Lógica e Aritmética) que efetuasse operações aritméticas com
valores representados em sinal e magnitude residiu, principalmente, em dois
fatores: custo e velocidade.
• Custo - necessidade de construção de dois elementos, um para efetuar somas e outro para
efetuar subtração (dois componentes eletrônicos).
• Velocidade - ocasionada pela perda de tempo gasto na manipulação dos sinais, de modo a
determinar o tipo de operação e o sinal do resultado.

• Outro inconveniente: dupla representação para o zero , o que requer um circuito


lógico específico para evitar erros de má interpretação.
• Sistemas modernos não empregam aritmética em sinal e magnitude, a qual fo
definitivamente substituída pela aritmética em complemento de 2 (no caso de
representação em ponto fixo)
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Aritmética em Complemento de 2

• Algoritmo para operação aritmética de adição:


1. Somar os dois números, bit a bit, inclusive o bit de sinal.
2. Desprezar o último “vai 1” (para fora do número), se houver.
3. Se, simultaneamente, ocorrer “vai 1” para o bit de sinal e “vai 1” para fora do número, ou
se ambos não ocorrerem, o resultado está correto.
4. Se ocorrer apenas um dos dois “vai 1” (ou para o bit de sinal ou para fora), o resultado
está incorreto. Ocorreu um overflow.
• O overflow somente pode ocorrer se ambos os números tiverem o mesmo sinal (seja positivo ou
ambos negativos) e, nesse caso, se o sinal do resultado for oposto ao dos números

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Aritmética em Complemento de 2

• Algoritmo para operação aritmética de subtração:


1. Complementar a 2 o subtraendo, independentemente se é um valor positivo ou
negativo.
2. Somar os números, utilizando o algoritmo da adição já mostrado anteriormente.

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Aritmética em Complemento de 2

• As operações de adição e subtração são normalmente realizadas como adição.


• As operações de subtração são realizadas como soma de complemento
(minuendo mais o complemento do subtraendo).
• Se o resultado encontrado é um valor positivo:
• o valor decimal correspondente da magnitude é obtido por pura conversão de
base 2 para base 10.
• Se o resultado encontrado é um valor negativo:
• deve-se primeiro converter esse valor para representação de sinal e magnitude
(consistirá em trocar o valor dos bits da magnitude e somar 1 ao resultado) e, em
seguida, converter a magnitude de base 2 para base 10

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Aritmética em Complemento de 2

• Exemplo: Realize as operações aritméticas a seguir (em complemento de 2).


Considere a palavra de dados com 6 bits.

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Aritmética em Complemento de 2

• Solução:

Resultado correto - não Resultado incorreto - houve “vai


houve “vai 1” nem para o 1” apenas para o bit de sinal.
bit de sinal nem para fora Overflow - faixa de representação
do número para 6 bits (-32 a 31)

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Aritmética em Complemento de 2

• Solução:

Resultados corretos - houve “vai 1”


para o bit de sinal e para fora do
número; este é desprezado.

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Aritmética em Complemento de 2

• Solução:

Resultado correto - não Resultado incorreto - houve “vai


houve “vai 1” para o bit de 1” apenas para fora do número.
sinal nem para fora do Overflow - faixa de representação
número. para 6 bits (-32 a 31)

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Aritmética em Complemento de 2

• A aritmética em complemento de 2 requer apenas um componente (somador)


para somar dois números e um componente que realize a operação de
complementação.
• O algoritmo básico refere-se, então, à soma dos números, considerando-se que
os números negativos estejam representados em complemento de 2; ele acusa,
também, se o resultado ultrapassar a quantidade de bits representáveis na ULA,
overflow.

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A Informação e sua Representação

• A diferença de formas de representação e respectivos algoritmos de realização


de operações matemáticas é bastante útil, pois cada uma tem uma aplicação na
qual é mais vantajosa que a outra.
• Cabe ao programador a escolha da forma a ser utilizada pelo sistema, podendo
ser:
• explícita - o programador define as variáveis e constantes em seu programa.
• implícita - o programador deixa que o compilador faça sua própria escolha

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A Informação e sua Representação

• Qualquer dos métodos utilizados para representar números em computador


(sinal e magnitude, complemento de 2, ponto flutuante, BCD) requer atenção do
programador pelo fato de que algumas operações realizadas podem redundar
em erro no resultado. Motivo: quantidade finita e limitada de algarismos utilizada
nas máquinas.
• Números inteiros são menos problemáticos – o programador pode criar uma
faixa menor e mais definida de valores em seu programa, porém, com números
reais (fracionários), o problema se torna muito maior à medida que é possível
criar infinitos valores entre qualquer faixa de valores.

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A Informação e sua Representação

• Diferentemente de nossos cálculos usando papel e lápis, cujo único limite é o


tamanho do papel, em computação precisa-se ter atenção aos limites impostos
pela quantidade máxima de bits dos valores representados e dos diversos
componentes da máquina (registradores, barramento, etc.) - Tais limites afetam a
precisão dos resultados.

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