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Solução: O cálculo direto da integral parece uma tarefa impossı́vel, mas o Teorema de Green fornece
um outro método de resolução. Temos
x2 y
P =− + y 2 e Q = x + arctg x
1 + x2
portanto
∂Q ∂P 1 x2 1 + x2
− =1+ − − + 2y = 1 + − 2y = 2 − 2y = 2(1 − y) .
∂x ∂y 1 + x2 1 + x2 2 1+x
Então, ZZ ZZ
∂Q ∂P
I= − dxdy = 2 (1 − y) dxdy
∂x ∂y
D D
2 x = 4 − 2y
x=0
D C = ∂D
4 x
Logo Z 2 Z 4−2y Z 2
I=2 (1 − y) dxdy = 2 (1 − y)(4 − 2y) dy =
0 0 0
2
y3 2
Z
3y 2 8
h i
=4 2 − 3y + y 2 dy = 4 2y − + = .
0 2 3 0 3
Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 2
Solução: O cálculo direto dessa integral é uma tarefa complicada. Para aplicar o Teorema
de Green,
y=0
devemos primeiro fechar a curva C usando o segmento de reta C1 , dado por C1 : .
−1 ≤ x ≤ 1
Se y = 0 então dy = 0. Seja D a região do plano, limitada por C = C ∪ C1 . Logo, ∂D = C.
y
1
C
D
−1 C1 1 x
5π 4
= − .
2 3
− −
→
Z
Cálculo de F · d→
r:
C1
Temos:
− −
→
Z Z
F · d→
2
p
y 2 + x dx + 5x − ey + 1 + y 6 dy
r =
C1 C1
onde y = 0, dy = 0 e −1 ≤ x ≤ 1. Então,
Z 1 h 2 i1
→ −
−
Z
→ x
F ·dr = x dx = =0 (3)
−1 2 −1
C1
Exercı́cio 3: Z
a) A integral I = (sen xy + xy cos xy) dx + x2 cos xy dy é independente do caminho?
C
b) Calcule o valor I onde C é dada por σ(t) = t2 − 1, t2 + 1 , com 0 ≤ t ≤ 1.
Solução:
→
−
a) Seja F = (P, Q) = sen xy + xy cos xy, x2 cos xy , para todo (x, y) ∈ R2 . Temos
∂Q ∂P
= 2x cos xy − x2 y sen xy − x cos xy + x cos xy − x2 y sen xy = 0
−
∂x ∂y
em R2 . Como R2 é um conjunto simplesmente conexo então, pelo teorema das equivalências segue
que I é independente do caminho.
→
−
b) Também do teorema das equivalências temos que F é conservativo.
→
−
Construção de uma função potencial para F :
Temos:
∂ϕ
= sen xy + xy cos xy (4)
∂x
∂ϕ
= x2 cos xy (5)
∂y
Integrando (5) em relação a y, temos:
ϕ(x, y) = x sen xy + f (x) (6)
onde f (x) é uma “constante” de integração. Derivando (6) em relação a x e usando (4), temos:
sen xy + xy cos xy + f ′ (x) = sen xy + xy cos xy
ou f ′ (x) = 0. Logo, f (x) = c. Fazendo c = 0, temos uma função potencial
ϕ(x, y) = x sen xy ,
2
em R . Logo,
I = ϕ σ(1) − ϕ σ(0) = ϕ(0, 1) − ϕ(−1, 1) = 0 − (−1) sen(−1) = sen(−1) = − sen 1 .
→
−
Exercı́cio 4: Seja um campo de forças dado por F (x, y, z) = (3x2 yz + ez , x3 z, x3 y + xez + 3z 2 ).
→
−
a) F é um campo conservativo? Por quê?
→
−
b) Calcule o trabalho realizado por F para mover uma partı́cula ao longo da curva C interseção
da superfı́cie z = 1 − x2 com o plano y + z = 1, orientada no sentido do crescimento de x.
Solução:
a) Temos →
− →
− →
−
i j k
→
−
∂ ∂ ∂
rot F =
∂x ∂y ∂z
3x2 yz + ez x3 z x3 y + xez + 3z 2
A = (−1, 1, 0)
1 y
1
x B = (1, 1, 0)
→
− →
−
Como F é conservativo, existe uma função ϕ(x, y, z), tal que ∇ϕ = F em R3 , isto é,
∂ϕ
= 3x2 yz + ez (7)
∂x
∂ϕ
= x3 z (8)
∂y
∂ϕ
= x3 y + xez + 3z 2 (9)
∂z
ϕ(x, y, z) = x3 yz + xez + z 3
→
−
é uma função potencial de F . Então,
−
→
n
x
→
−
Da complexidade do campo F , calcular o fluxo diretamente não é uma tarefa simples. Então
tentemos usar o teorema de Gauss. Para isso, devemos fechar a superfı́cie S com a porção S1 do
→
−
plano z = 1, delimitada pela circunferência x2 + y 2 = 3, orientada com −
→
n1 = − k . A figura a seguir
mostra o sólido W delimitado por S e S1 .
−
→
n
S1 1
−
→
n 1
D √
√ 3 y
3
Mas
− −
→
ZZ ZZ
F· → e arctg 1, e ln(x2 + 1), 1 · (0, 0, −1) dS =
n1 dS =
S1 S1
ZZ √ 2
=− dS = −A(S1 ) = −π 3 = −3π .
S1
Logo,
− −
→
ZZ
9π 15π
F· →
n dS = + 3π = .
2 2
S
−
→
n
y
−
→ S1
n1
x
Seja W o sólido limitado por S e S1 . Logo, ∂W = S ∪ S1 . Como ∂W está orientada positivamente
→
−
e como F é um campo de classe C 1 em R3 , então pelo Teorema de Gauss, temos:
→ −
− → −
− →
−
ZZ ZZ ZZZ ZZZ
→
F · n dS + →
F · n1 dS = div F dxdydz = y 2 + z 2 + x2 dxdydz .
S S1 W W
Então,
ZZZ
Z Z2 π/2Z 2π Z 2Z π/2
2 2 2 4
x +y +z dxdydz = ρ sen φ dθdφdρ = 2π ρ4 sen φ dφdρ =
W 0 0 0 0 0
iπ/2 Z 2 5 i2
ρ 64π
h h
= 2π − cos φ ρ4 dρ = 2π = .
0 0 5 0 5
Logo,
− −
→ − −
→
ZZ ZZ
64π
F ·→
n dS + F ·→
n 1 dS = .
5
S S1
Agora, calculemos
− −
→
ZZ
F ·→
n1 dS .
S1
→
−
Temos S1 : z = 0 = f (x, y), (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 4 , →
−
n1 = − k . Logo, dS = dxdy. Então,
− −
→
ZZ ZZ
F ·→ y 2x, 0 + x, 0 + 4 · (0, 0, −1) dS =
n1 dS =
S1 S1
ZZ
= −4 dS = −4A(S1 ) = −4 · π · 22 = −16π .
S1
Assim:
− −
→
ZZ
64π 144π
F ·→
n dS = + 16π = .
5 5
S
Exercı́cio 7: Calcule
Z
2 2 2
ex + y 2 dx + ey − z 2 dy + ez − x2 dz
I=
C
Solução: A curva C é constituı́da de três partes e pode ser visualizada na figura a seguir.
1
1 y
x
Calcular I usando a definição é uma tarefa penosa. Calculemos então através do teorema de Stokes.
Seja S a porção do plano x + y + z = 1 delimitada pela curva C. De acordo com a orientação de
C, devemos tomar − →n apontando para cima. As figuras que se seguem mostram S e sua projeção
sobre o plano xy.
z
y
1
−
→
n 1
C = ∂S
S x+y =1
D
1
1 y
x 1 x
0≤x≤1
Temos S : z = 1 − x − y = f (x, y), com (x, y) ∈ D : . Como
0≤y ≤1−x
−
→
∂f ∂f
N = − , − , 1 = (1, 1, 1)
∂x ∂y
(1, 1, 1) √
ZZ
= 2(1 − x − y), 2x, −2y · √ · 3 dxdy =
3
D
ZZ ZZ
= (2 − 2x − 2y + 2x − 2y) dxdy = 2 (1 − 2y) dxdy =
D D
Z 1Z 1−x Z 1 h i1−x
=2 (1 − 2y) dydx = 2 y − y2 dx =
0 0 0 0
Z 1 Z 1
2
x − x2 dx =
=2 1 − x − 1 + 2x − x dx = 2
0 0
3 i1
x2 x 1
h
=2 − = .
2 3 0 3
− −
→ −
→
F · d→
I
Exercı́cio 8: Calcule r , sendo F um campo em R3 dado por
C
−
→ √
F (x, y, z) = − y + 1 + x10 , x , 3x + z 10
C
2
−2 y
1
1
x
O cálculo direto da integral é uma tarefa difı́cil, mas o Teorema de Stokes fornece um outro método
de resolução.
Seja S a porção do plano z = 2 + y, limitada por C, cujo esboço está ilustrado na figura que se
segue.
z
S C = ∂S
2
−2 y
1
1
x
Com a orientação de C = ∂S, dada no problema, vê-se pela regra da mão direita que →
−
n aponta
→
−
para baixo. Como N = (−zx , −zy , 1) = (0, −1, 1) é um vetor normal a S, então:
−
→ (0, 1, −1)
n = √ .
2
Temos que:
→
− →
− →
−
i j k
→
−
∂ ∂ ∂
rot F = = (0, −3, 1 − (−1)) = (0, −3, 2) .
∂x ∂y ∂z
−y + √1 + x10 x 3x + z 10
Solução:
S 4
(x, y, z)
3 4 y
3 (x, y, 0)
x
ZZ ZZ
2 2
9 cos2 θ + 9 sen2 θ z 3dθdz =
x +y z dS =
S D
Z 2πZ 4−3 sen θ Z 2π i4−3 sen θ
z2
h
= 27 z dzdθ = 27 dθ =
0 0 0 2 0
Z 2π
27
16 − 24 sen θ + 9 sen2 θ dθ =
=
2 0
i2π
27 9 sen 2θ
h
= 16θ + 24 cos θ + θ− =
2 2 2 0
27 1107π
= (32π + 9π) = .
2 2
p
Exercı́cio 10: Calcule a massa da superfı́cie S porção do cone z = x2 + y 2 compreendida entre
os planos z = 1 e z = 3, sendo a densidade superficial de massa dada por δ(x, y, z) = x2 + y 2.
D 1 3 y
1
3
x
p
A superfı́cie S é descrita por S : z = x2 + y 2 = f (x, y) com (x, y) ∈ D : 1 ≤ x2 + y 2 ≤ 9. Temos
s 2 2
p x y
dS = 1 + (fx )2 + (fy )2 dxdy = 1+ p + p dxdy =
x2 + y 2 x2 + y 2
√
r
x2 + y 2
= 1+ 2 2
dxdy = 2 dxdy .
x +y
Como ZZ ZZ
x2 + y 2 dS
M= δ(x, y, z) dS =
S S
então:
√ √ ZZ
ZZ
2 2
x2 + y 2 dxdy .
M= x +y 2 dxdy = 2
D D
√ √ √ 3 2π
ZZ ZZ Z Z
2 3 3
M= 2 r · r drdθ = 2 r drdθ = 2 r dθdr =
1 0
Drθ Drθ
√ √
√ 3 √
Z 3
3 2 2π 4 2π
= 2 2π r dr = ·r = · (81 − 1) = 40 2π u.m.
1 4 1 2
Exercı́cio 11: Calcule a integral dupla de f (x, y) = xy, sobre a região D da figura que se segue, de
duas maneiras distintas.
1 x
Solução:
y sai em y = 1
1 y=x
D
entra em y = x
1 x
0≤x≤1
Temos D : . Então,
x≤y≤1
ZZ Z 1Z 1 Z 1 Z 1
xy dxdy = xy dydx = x y dydx =
0 x 0 x
D
Z 1 h 2 i1 Z 1
y 1
x 1 − x2
= x dx = dx =
0 2 x 2 0
Z 1 i1
1 1 x2 x4 1 1 1 1
h
x − x3
= dx = − = − = .
2 0 2 2 4 0 2 2 4 8
1
entra em x = 0
D
sai em x = y
1 x
0≤y≤1
Temos D : . Então,
0≤x≤y
ZZ Z 1Z y Z 1 Z y Z 1 iy
x2
h
xy dxdy = xy dxdy = y x dxdy = y dy =
0 0 0 0 0 2 0
D
Z 1 Z 1 i1
1 1 1 y4 1
h
2
y 3 dy =
= y y − 0 dy = = .
2 0 2 0 2 4 0 8
0≤y≤1
Solução: A região D de integração é dada por . Logo, D está estre as retas horizontais
y≤x≤1
y = 0 e y = 1 e está limitada à esquerda pela reta x = y e à direita por x = 1.
1
sai em x = 1
D
1 x
entra em x = y
Para inverter a ordem de integração, devemos descrever D como uma região do tipo I. Vemos que
D está compreendida entre as retas verticais x = 0 e x = 1. Imaginemos uma reta vertical através
de D,
orientada como o eixo y, vemos que ela entra em D em y = 0 e sai de D em y = x. Assim
0≤x≤1
D: .
0≤y≤x
D
sai em y = x
1 x
entra em y = 0
Logo, Z 1Z 1 Z 1Z x Z 1 Z x
sen x sen x sen x
dxdy = dydx = dydx =
0 y x 0 0 x 0 x 0
Z 1 Z 1 i1
sen x
h
= · x dx = sen x dx = − cos x = 1 − cos 1 .
0 x 0 0
Exercı́cio 13: Uma lâmina tem a forma da região plana D limitada pelas curvas x2 + y 2p= 1, com
y ≥ 0,x2 + y 2 = 4, com y ≥ 0 e o eixo x. Sua densidade de massa é δ(x, y) = k x2 + y 2 .
Determine o valor da constante k se a massa da lâmina é igual a 14π/3 u.m.
y
2
1 D
1 2 x
Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-horário, a partir do eixo x positivo onde θ = 0 até
o eixo x negativo onde θ = π, vemos que θ varia de 0 a π. Considerando um ponto P no interior de
D, vemos que a semirreta OP entra em D em r = 1 e sai de D em r = 2. Então, r varia de 1 a 2.
0≤θ≤π
Assim Drθ : . Portanto:
1≤r≤2
ZZ √ Z πZ 2 Z π h 3 i2 Z π
2 r k 7kπ
M =k r2 r drdθ = k r drdθ = k dθ = (8 − 1) dθ = .
0 1 0 3 1 3 0 3
Drθ
√
Exercı́cio 14: Uma placa D tem a forma de uma região limitada pelas curvas y = 4 − x2 , y = −x
e y = x. A densidade em cada ponto é proporcional à distância do ponto à origem. Determine a
massa da placa D.
√
Solução: De y = 4 − x2 temos x2 + y 2 = 4 com y ≥ 0. Logo, o esboço de D está representado
na figura que se segue.
y = −x y=x
D
3π/4
π/4
−2 2 x
p
A distância de
p um ponto (x, y) à origem é x2 + y 2 . Logo, a densidade δ(x, y) é dada por
δ(x, y)Z Z = k x2 + y 2 , onde k é uma constante positiva. Como a massa M é dada por
M= δ(x, y) dA então:
D ZZ p
M= x2 + y 2 dA .
D
Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-horário, vemos que a região transformada Drθ é
dada por; (
π/4 ≤ θ ≤ 3π/4
Drθ : .
0≤r≤2
Logo, ZZ √ ZZ
M =k r2r drdθ = k r 2 drdθ =
Drθ Drθ
Z 2 Z 3π/4 Z 2
3π π
2 2
=k r dθdr = k r − dr =
0 π/4 0 4 4
Z 2 h 3 i2
kπ kπ r 4kπ
= r 2 dr = = u.m.
2 0 2 3 0 3