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Universidade Federal Fluminense

Instituto de Matemática e Estatı́stica


Departamento de Matemática Aplicada

Cálculo III-A – Módulo 15 – Tutor


Exercı́cio 1: Calcule I 
x2 y

2
I= − 2
+y dx + (x + arctg x) dy
1+x
C

onde C é o caminho fechado formado por y = 0, x + 2y = 4 e x = 0, orientado no sentido


anti-horário.

Solução: O cálculo direto da integral parece uma tarefa impossı́vel, mas o Teorema de Green fornece
um outro método de resolução. Temos
x2 y
P =− + y 2 e Q = x + arctg x
1 + x2

portanto
∂Q ∂P 1 x2 1 + x2
 
− =1+ − − + 2y = 1 + − 2y = 2 − 2y = 2(1 − y) .
∂x ∂y 1 + x2 1 + x2 2 1+x

Então, ZZ  ZZ
∂Q ∂P

I= − dxdy = 2 (1 − y) dxdy
∂x ∂y
D D

onde D é a região do plano limitada por C, conforme a figura que se segue.

2 x = 4 − 2y

x=0
D C = ∂D

4 x

A região D pode ser vista como tipo II:



D = (x, y); 0 ≤ y ≤ 2 , 0 ≤ x ≤ 4 − 2y .

Logo Z 2 Z 4−2y Z 2
I=2 (1 − y) dxdy = 2 (1 − y)(4 − 2y) dy =
0 0 0
2
y3 2
Z
3y 2 8
 h i
=4 2 − 3y + y 2 dy = 4 2y − + = .
0 2 3 0 3
Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 2

Exercı́cio 2: Calcule a integral de linha


Z
2
p
y 2 + x dx + 5x − ey + 1 + y 6 dy
 
I=
C

sobre a circunferência superior x2 + y 2 = 1, com y ≥ 0, orientada no sentido anti-horário.

Solução: O cálculo direto dessa integral é uma tarefa complicada. Para aplicar o Teorema
 de Green,
y=0
devemos primeiro fechar a curva C usando o segmento de reta C1 , dado por C1 : .
−1 ≤ x ≤ 1
Se y = 0 então dy = 0. Seja D a região do plano, limitada por C = C ∪ C1 . Logo, ∂D = C.
y
1

C
D

−1 C1 1 x

Como estamos nas condições do Teorema de Green, temos


→ −
− → −

Z Z ZZ  ZZ
→ → ∂Q ∂P

F ·dr + F ·dr = − dxdy = (5 − 2y) dxdy (1)
∂x ∂y
C C1 D D

Passando para coordenadas polares, temos



 x = r cos θ
y = r sen θ
dxdy = rdrdθ

e Drθ é dado por 


0≤r≤1
Drθ :
0≤θ≤π
Logo, ZZ ZZ
(5 − 2y)dxdy = (5 − 2r sen θ)r drdθ
D Drθ
Z 1 Z π 
= 5r − 2r 2 sen θ dθdr
0 0
Z 1h iπ
2
= 5rθ + 2r cos θ dr
0 0 (2)
Z 1 
= 5πr − 4r 2 dr
0
i1
5πr2 4r3
h
= −
2 3 0

5π 4
= − .
2 3

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 3

− −

Z
Cálculo de F · d→
r:
C1

Temos:
− −

Z Z
F · d→
2
p
y 2 + x dx + 5x − ey + 1 + y 6 dy
 
r =
C1 C1
onde y = 0, dy = 0 e −1 ≤ x ≤ 1. Então,
Z 1 h 2 i1
→ −

Z
→ x
F ·dr = x dx = =0 (3)
−1 2 −1
C1

Logo, de (1), (2) e (3), segue que


→ → 5π 4

Z
= F · d−
r = − .
2 3
C

Exercı́cio 3: Z
a) A integral I = (sen xy + xy cos xy) dx + x2 cos xy dy é independente do caminho?
C 
b) Calcule o valor I onde C é dada por σ(t) = t2 − 1, t2 + 1 , com 0 ≤ t ≤ 1.

Solução:

− 
a) Seja F = (P, Q) = sen xy + xy cos xy, x2 cos xy , para todo (x, y) ∈ R2 . Temos
∂Q ∂P
= 2x cos xy − x2 y sen xy − x cos xy + x cos xy − x2 y sen xy = 0
 

∂x ∂y
em R2 . Como R2 é um conjunto simplesmente conexo então, pelo teorema das equivalências segue
que I é independente do caminho.


b) Também do teorema das equivalências temos que F é conservativo.


Construção de uma função potencial para F :

Temos:
∂ϕ
= sen xy + xy cos xy (4)
∂x
∂ϕ
= x2 cos xy (5)
∂y
Integrando (5) em relação a y, temos:
ϕ(x, y) = x sen xy + f (x) (6)
onde f (x) é uma “constante” de integração. Derivando (6) em relação a x e usando (4), temos:
sen xy + xy cos xy + f ′ (x) = sen xy + xy cos xy
ou f ′ (x) = 0. Logo, f (x) = c. Fazendo c = 0, temos uma função potencial
ϕ(x, y) = x sen xy ,
2
em R . Logo,
 
I = ϕ σ(1) − ϕ σ(0) = ϕ(0, 1) − ϕ(−1, 1) = 0 − (−1) sen(−1) = sen(−1) = − sen 1 .

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 4



Exercı́cio 4: Seja um campo de forças dado por F (x, y, z) = (3x2 yz + ez , x3 z, x3 y + xez + 3z 2 ).


a) F é um campo conservativo? Por quê?


b) Calcule o trabalho realizado por F para mover uma partı́cula ao longo da curva C interseção
da superfı́cie z = 1 − x2 com o plano y + z = 1, orientada no sentido do crescimento de x.

Solução:

a) Temos →
− →
− →


i j k



∂ ∂ ∂

rot F =

∂x ∂y ∂z



3x2 yz + ez x3 z x3 y + xez + 3z 2

= (x3 − x3 , 3x2 y + ez − ez − 3x2 y, 3x2 z − 3x2 z)




= (0, 0, 0) = 0 .

− → −
− →
Como dom F = R3 , que é um conjunto simplesmente conexo e rot F = 0 , então pelo teorema das


equivalências, segue que F é conservativo.

b) O esboço de C está representado na figura que se segue.

A = (−1, 1, 0)

1 y
1
x B = (1, 1, 0)

O trabalho W é dado por:


− −

Z
W = F · d→
r.
C


− →

Como F é conservativo, existe uma função ϕ(x, y, z), tal que ∇ϕ = F em R3 , isto é,
∂ϕ
= 3x2 yz + ez (7)
∂x
∂ϕ
= x3 z (8)
∂y
∂ϕ
= x3 y + xez + 3z 2 (9)
∂z

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 5

Integrando (7), (8) e (9) em relação a x, y e z respectivamente, temos

ϕ(x, y, z) = x3 yz + xez + f (y, z) (10)

ϕ(x, y, z) = x3 yz + g(x, z) (11)


ϕ(x, y, z) = x3 yz + xez + z 3 + h(x, y) (12)
De (10), (11) e (12) vemos que f (y, z) = z 3 , g(x, z) = xez e h(x, y) = 0. Logo

ϕ(x, y, z) = x3 yz + xez + z 3


é uma função potencial de F . Então,

W = ϕ(B) − ϕ(A) = ϕ(1, 1, 0) − ϕ(−1, 1, 0) = e0 − −e0 = 2 u.ω.




Exercı́cio 5: Calcule o fluxo de



→ → 
−  −
→ →

F = (ez arctg z) i + ez ln x2 + 1 j + z k

através de S parte do paraboloide z = 4 − x2 − y 2 , acima de z = 1, na direção da normal exterior




n.

Solução: Note na figura que se segue que a superfı́cie S não é fechada.


z



n

x


Da complexidade do campo F , calcular o fluxo diretamente não é uma tarefa simples. Então
tentemos usar o teorema de Gauss. Para isso, devemos fechar a superfı́cie S com a porção S1 do


plano z = 1, delimitada pela circunferência x2 + y 2 = 3, orientada com −

n1 = − k . A figura a seguir
mostra o sólido W delimitado por S e S1 .

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 6



n

S1 1


n 1

D √
√ 3 y
3

Como estamos nas condições do teorema de Gauss, temos:


→−
− →→
− →

ZZ ZZ ZZZ

F · n dS + −
F · n1 dS = div F dxdydz =
S S1 W
ZZZ ZZZ
= (0 + 0 + 1) dxdydz = dxdydz =
W W
Z Z "Z 4−x2 −y 2
# ZZ
3 − x2 − y 2 dxdy =

= dz dxdy =
1
D D
√ √
Z 2πZ 3 Z 2πZ 3
2
3r − r 3 drdθ =
 
= 3 − r r drdθ =
0 0 0 0

Z 2π 3
r2 r4 9 9 9π
h i  
= 3· − dθ = − · 2π = .
0 2 4 0 2 4 2

Mas
− −

ZZ ZZ
F· → e arctg 1, e ln(x2 + 1), 1 · (0, 0, −1) dS =

n1 dS =
S1 S1
ZZ √ 2
=− dS = −A(S1 ) = −π 3 = −3π .
S1

Logo,
− −

ZZ
9π 15π
F· →
n dS = + 3π = .
2 2
S

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 7

Exercı́cio 6: Seja S a calota esférica dada pela equação x2 + y 2 + z 2 = 4, z ≥ 0 e considere o



− →

campo F (x, y, z) = (y 2 x, z 2 y + x, x2 z + 4). Fixe uma orientação sobre S e calcule o fluxo de F
através de S.


Solução: Inicialmente, fixemos uma orientação sobre S: − →n exterior a S. Calcular o fluxo de F
através da superfı́cie S é uma tarefa penosa. Como S é uma superfı́cie aberta, vamos fechá-la usando


S1 , porção do plano z = 0 limitada pela circunferência x2 + y 2 = 4, orientada com −

n1 = − k .
z



n

y

→ S1
n1
x
Seja W o sólido limitado por S e S1 . Logo, ∂W = S ∪ S1 . Como ∂W está orientada positivamente


e como F é um campo de classe C 1 em R3 , então pelo Teorema de Gauss, temos:
→ −
− → −
− →

ZZ ZZ ZZZ ZZZ

F · n dS + →
F · n1 dS = div F dxdydz = y 2 + z 2 + x2 dxdydz .


S S1 W W

Passando para coordenadas esféricas, temos:


ZZZ ZZZ ZZZ
2 2 2 2 2
ρ4 sen φ dρdφdθ

x + y + z dxdydz = ρ · ρ sen φ dρdφdθ =
W Wρφθ Wρφθ

onde Wρφθ é dado por: 


 0≤ρ≤2
Wρφθ : 0 ≤ φ ≤ π/2
0 ≤ θ ≤ 2π .

Então,
ZZZ

Z Z2 π/2Z 2π Z 2Z π/2
2 2 2 4
x +y +z dxdydz = ρ sen φ dθdφdρ = 2π ρ4 sen φ dφdρ =
W 0 0 0 0 0
iπ/2 Z 2 5 i2
ρ 64π
h h
= 2π − cos φ ρ4 dρ = 2π = .
0 0 5 0 5
Logo,
− −
→ − −

ZZ ZZ
64π
F ·→
n dS + F ·→
n 1 dS = .
5
S S1
Agora, calculemos
− −

ZZ
F ·→
n1 dS .
S1


Temos S1 : z = 0 = f (x, y), (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 4 , →

n1 = − k . Logo, dS = dxdy. Então,

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 8

− −

ZZ ZZ
F ·→ y 2x, 0 + x, 0 + 4 · (0, 0, −1) dS =

n1 dS =
S1 S1
ZZ
= −4 dS = −4A(S1 ) = −4 · π · 22 = −16π .
S1

Assim:
− −

ZZ
64π 144π
F ·→
n dS = + 16π = .
5 5
S

Exercı́cio 7: Calcule
Z
2 2 2
ex + y 2 dx + ey − z 2 dy + ez − x2 dz
  
I=
C

onde C é o contorno da parte do plano x + y + z = 1, que está no primeiro octante, no sentido


anti-horário.

Solução: A curva C é constituı́da de três partes e pode ser visualizada na figura a seguir.

1
1 y
x

Calcular I usando a definição é uma tarefa penosa. Calculemos então através do teorema de Stokes.
Seja S a porção do plano x + y + z = 1 delimitada pela curva C. De acordo com a orientação de
C, devemos tomar − →n apontando para cima. As figuras que se seguem mostram S e sua projeção
sobre o plano xy.

z
y
1


n 1

C = ∂S
S x+y =1

D
1
1 y
x 1 x

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 9


0≤x≤1
Temos S : z = 1 − x − y = f (x, y), com (x, y) ∈ D : . Como
0≤y ≤1−x

→ 
∂f ∂f

N = − , − , 1 = (1, 1, 1)
∂x ∂y

aponta para cima então





→ N (1, 1, 1)
n = −
→ = √
N
3

e dS = 3 dxdy. Por outro lado

− →
− →


i j k



− ∂ ∂ ∂
rot F = = (2z, 2x, −2y) .
∂x ∂y ∂z

2 2 2

ex + y 2 ey − z 2 ez − x2

Do teorema de Stokes, temos:


→ −
− →→

I ZZ

F· d r = rot F · −
n dS =
C S

 (1, 1, 1) √
ZZ
= 2(1 − x − y), 2x, −2y · √ · 3 dxdy =
3
D
ZZ ZZ
= (2 − 2x − 2y + 2x − 2y) dxdy = 2 (1 − 2y) dxdy =
D D
Z 1Z 1−x Z 1 h i1−x
=2 (1 − 2y) dydx = 2 y − y2 dx =
0 0 0 0
Z 1 Z 1
2
x − x2 dx =
 
=2 1 − x − 1 + 2x − x dx = 2
0 0

3 i1
x2 x 1
h
=2 − = .
2 3 0 3

− −
→ −

F · d→
I
Exercı́cio 8: Calcule r , sendo F um campo em R3 dado por
C


→ √
F (x, y, z) = − y + 1 + x10 , x , 3x + z 10


e C é a interseção da superfı́cie x2 + y 2 = 1 com o plano z − y = 2, com uma orientação tal que


quando projetada no plano z = 0 produz um percurso horário.

Solução: O esboço de C é dado pela figura que se segue.

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 10

C
2

−2 y
1
1
x

O cálculo direto da integral é uma tarefa difı́cil, mas o Teorema de Stokes fornece um outro método
de resolução.

Seja S a porção do plano z = 2 + y, limitada por C, cujo esboço está ilustrado na figura que se
segue.
z

S C = ∂S
2

−2 y
1
1
x

Então S é dada por S : z = 2 + y = f (x, y), com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 1. Logo,


q √ √
dS = 1 + (zx )2 + (zy )2 dxdy = 1 + 0 + 1 dxdy = 2 dxdy .

Com a orientação de C = ∂S, dada no problema, vê-se pela regra da mão direita que →

n aponta


para baixo. Como N = (−zx , −zy , 1) = (0, −1, 1) é um vetor normal a S, então:


→ (0, 1, −1)
n = √ .
2
Temos que:

− →
− →


i j k



∂ ∂ ∂

rot F = = (0, −3, 1 − (−1)) = (0, −3, 2) .

∂x ∂y ∂z
−y + √1 + x10 x 3x + z 10

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 11

Como estamos nas condições do Teorema de Stokes, temos:


→ −
− → −
− (0, 1, −1) √
I ZZ ZZ

F ·dr = →
rot F · n dS = (0, −3, 2) · √ · 2 dxdy =
2
C S D
ZZ
= (−3 − 2) dxdy = −5A(D) = −5π .
D

Exercı́cio 9: Seja S a porção do cilindro x2 + y 2 = 9 limitada pelos planos z = 0 e y + z = 4.


a) Parametrize S usando coordenadas cilı́ndricas como parâmetros.
ZZ
x2 + y 2 z dS.

b) Calcule
S

Solução:

a) O esboço de S está representado na figura que se segue.

S 4

(x, y, z)

3 4 y
3 (x, y, 0)
x

Seja (x, y, z) ∈ S. Então x2 + y 2 = 9 e 0 ≤ z ≤ 4 − y. Usando coordenadas cilı́ndricas temos que


x = r cos θ, y = r sen θ e z = z. Como no nosso caso, r = 3, então uma parametrização de S é
dada por S : ϕ(θ, z) = (3 cos θ, 3 sen θ, z) com (θ, z) ∈ D : 0 ≤ θ ≤ 2π , 0 ≤ z ≤ 4 − 3 sen θ.

b) Temos ϕθ = (−3 sen θ, 3 cos θ, 0) e ϕz = (0, 0, 1). Logo,



− →
− →


i j k

ϕθ × ϕz = −3 sen θ 3 cos θ 0 = (3 cos θ, 3 sen θ, 0) ,

0 0 1
portanto √
dS = kϕθ × ϕz k dθdz = 9 cos2 θ + 9 sen2 θ dθdz = 3dθdz .
Logo,

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 12

ZZ ZZ
2 2
9 cos2 θ + 9 sen2 θ z 3dθdz =
 
x +y z dS =
S D
Z 2πZ 4−3 sen θ Z 2π i4−3 sen θ
z2
h
= 27 z dzdθ = 27 dθ =
0 0 0 2 0
Z 2π
27
16 − 24 sen θ + 9 sen2 θ dθ =

=
2 0
i2π
27 9 sen 2θ
h 
= 16θ + 24 cos θ + θ− =
2 2 2 0

27 1107π
= (32π + 9π) = .
2 2
p
Exercı́cio 10: Calcule a massa da superfı́cie S porção do cone z = x2 + y 2 compreendida entre
os planos z = 1 e z = 3, sendo a densidade superficial de massa dada por δ(x, y, z) = x2 + y 2.

Solução: O esboço de S está representado na figura que se segue.

D 1 3 y
1
3

x
p
A superfı́cie S é descrita por S : z = x2 + y 2 = f (x, y) com (x, y) ∈ D : 1 ≤ x2 + y 2 ≤ 9. Temos
s     2 2
p x y
dS = 1 + (fx )2 + (fy )2 dxdy = 1+ p + p dxdy =
x2 + y 2 x2 + y 2


r
x2 + y 2
= 1+ 2 2
dxdy = 2 dxdy .
x +y

Como ZZ ZZ
x2 + y 2 dS

M= δ(x, y, z) dS =
S S

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 13

então:
√ √ ZZ
ZZ
2 2
x2 + y 2 dxdy .

M= x +y 2 dxdy = 2
D D

Passando para coordenadas polares, temos:




 x= r cos θ
y= r sen θ


 dxdy = rdrdθ
 2
x + y2 = r2

1≤r≤3
O conjunto Drθ é dado por Drθ : . Então,
0 ≤ θ ≤ 2π

√ √ √ 3 2π
ZZ ZZ Z Z
2 3 3
M= 2 r · r drdθ = 2 r drdθ = 2 r dθdr =
1 0
Drθ Drθ
√ √
√ 3 √
Z 3
3 2 2π 4 2π
= 2 2π r dr = ·r = · (81 − 1) = 40 2π u.m.
1 4 1 2

Exercı́cio 11: Calcule a integral dupla de f (x, y) = xy, sobre a região D da figura que se segue, de
duas maneiras distintas.

1 x

Solução:

Descrição de D como região do tipo I:

A figura que se segue mostra a descrição de D como região do tipo I.

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 14

y sai em y = 1

1 y=x

D
entra em y = x

1 x


0≤x≤1
Temos D : . Então,
x≤y≤1
ZZ Z 1Z 1 Z 1 Z 1
xy dxdy = xy dydx = x y dydx =
0 x 0 x
D
Z 1 h 2 i1 Z 1
y 1
x 1 − x2

= x dx = dx =
0 2 x 2 0
Z 1 i1
1 1 x2 x4 1 1 1 1
h  
x − x3

= dx = − = − = .
2 0 2 2 4 0 2 2 4 8

Descrição de D como região do tipo II:

A figura que se segue mostra a descrição de D como região do tipo II.

1
entra em x = 0
D

sai em x = y

1 x


0≤y≤1
Temos D : . Então,
0≤x≤y
ZZ Z 1Z y Z 1 Z y Z 1 iy
x2
h
xy dxdy = xy dxdy = y x dxdy = y dy =
0 0 0 0 0 2 0
D
Z 1 Z 1 i1
1 1 1 y4 1
h
2
y 3 dy =

= y y − 0 dy = = .
2 0 2 0 2 4 0 8

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 15

Exercı́cio 12: Inverta a ordem de integração e calcule a integral resultante de:


Z 1Z 1
sen x
dxdy .
0 y x


0≤y≤1
Solução: A região D de integração é dada por . Logo, D está estre as retas horizontais
y≤x≤1
y = 0 e y = 1 e está limitada à esquerda pela reta x = y e à direita por x = 1.

1
sai em x = 1
D

1 x
entra em x = y

Para inverter a ordem de integração, devemos descrever D como uma região do tipo I. Vemos que
D está compreendida entre as retas verticais x = 0 e x = 1. Imaginemos uma reta vertical através
de D,
 orientada como o eixo y, vemos que ela entra em D em y = 0 e sai de D em y = x. Assim
0≤x≤1
D: .
0≤y≤x

D
sai em y = x

1 x
entra em y = 0

Logo, Z 1Z 1 Z 1Z x Z 1 Z x
sen x sen x sen x
dxdy = dydx = dydx =
0 y x 0 0 x 0 x 0
Z 1 Z 1 i1
sen x
h
= · x dx = sen x dx = − cos x = 1 − cos 1 .
0 x 0 0

Exercı́cio 13: Uma lâmina tem a forma da região plana D limitada pelas curvas x2 + y 2p= 1, com
y ≥ 0,x2 + y 2 = 4, com y ≥ 0 e o eixo x. Sua densidade de massa é δ(x, y) = k x2 + y 2 .
Determine o valor da constante k se a massa da lâmina é igual a 14π/3 u.m.

Solução: O esboço da lâmina D está representado na figura a seguir.

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Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 16

y
2

1 D

1 2 x

Temos M = 14π/3 onde


ZZ ZZ p
M= δ(x, y) dA = k x2 + y 2 dA .
D D

Calculemos a integral utilizando as coordenadas polares




 x = r cos θ
y = r sen θ

.

 dxdy = r drdθ
x2 + y 2 = r 2

Descrição de D em coordenadas polares:

Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-horário, a partir do eixo x positivo onde θ = 0 até
o eixo x negativo onde θ = π, vemos que θ varia de 0 a π. Considerando um ponto P no interior de
D, vemos que a semirreta OP entra em D em r = 1 e sai de D em r = 2. Então, r varia de 1 a 2.
0≤θ≤π
Assim Drθ : . Portanto:
1≤r≤2
ZZ √ Z πZ 2 Z π h 3 i2 Z π
2 r k 7kπ
M =k r2 r drdθ = k r drdθ = k dθ = (8 − 1) dθ = .
0 1 0 3 1 3 0 3
Drθ

Logo, substituindo acima, temos:


14π 7kπ
=
3 3
portanto k = 14/7 ou k = 2.


Exercı́cio 14: Uma placa D tem a forma de uma região limitada pelas curvas y = 4 − x2 , y = −x
e y = x. A densidade em cada ponto é proporcional à distância do ponto à origem. Determine a
massa da placa D.

Solução: De y = 4 − x2 temos x2 + y 2 = 4 com y ≥ 0. Logo, o esboço de D está representado
na figura que se segue.

UFF IME - GMA


Cálculo III-A Módulo 15 – Tutor 17

y = −x y=x
D

3π/4
π/4
−2 2 x

p
A distância de
p um ponto (x, y) à origem é x2 + y 2 . Logo, a densidade δ(x, y) é dada por
δ(x, y)Z Z = k x2 + y 2 , onde k é uma constante positiva. Como a massa M é dada por
M= δ(x, y) dA então:
D ZZ p
M= x2 + y 2 dA .
D

Passando para coordenadas polares temos:




 x = r cos θ

y = r sen θ


.


 dA = rdrdθ

x2 + y 2 = r 2

Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-horário, vemos que a região transformada Drθ é
dada por; (
π/4 ≤ θ ≤ 3π/4
Drθ : .
0≤r≤2
Logo, ZZ √ ZZ
M =k r2r drdθ = k r 2 drdθ =
Drθ Drθ
Z 2 Z 3π/4 Z 2
3π π
 
2 2
=k r dθdr = k r − dr =
0 π/4 0 4 4
Z 2 h 3 i2
kπ kπ r 4kπ
= r 2 dr = = u.m.
2 0 2 3 0 3

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