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Patologias Fisuras Hormigon Armado Causas Diagnostico Reparacion Muy Bueno PDF
Patologias Fisuras Hormigon Armado Causas Diagnostico Reparacion Muy Bueno PDF
Recuperações.
Orientadores:
Prof. Denise de Carvalho Urashima (UNIVAP)
Prof. Maryangela G. de Lima (ITA)
UNIVAP
São José dos Campos / SP
2002
Fissuras em Elementos de Concreto Armado: Características, Causas e
Recuperações.
Orientadores:
Prof. Denise de Carvalho Urashima (UNIVAP)
Prof. Maryangela G. de Lima (ITA)
UNIVAP
São José dos Campos / SP
2002
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Fissuras em Elementos de Concreto Armado: Características, Causas e
Recuperações.
Orientadores:
Prof. Denise de Carvalho Urashima (UNIVAP)
Prof. Maryangela G. de Lima (ITA)
UNIVAP
São José dos Campos / SP
2002
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Fissuras em Elementos de Concreto Armado: Características, Causas e
Recuperações.
Orientadores:
Prof. Denise de Carvalho Urashima (UNIVAP)
Prof. Maryangela G. de Lima (ITA)
UNIVAP
São José dos Campos / SP
2002
3
DEDICATÓRIA
A todos colegas de sala, pelo companheirismo, sem o qual não teríamos plena condição
de chegarmos até aqui.
I
AGRADEDIMENTO
II
AGRADEDIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus, por sua eterna misericórdia e bondade, pela família que
me preparou, por ter me dado à sorte de estudar e pelo dom do entendimento.
Agradeço também a minha querida mãe Elisana e meu amado irmão Marlon, que sempre
me dedicaram todo amor e paciência, que nesses cinco anos estiveram ao meu lado, me
dando força e coragem para superar mais essa fase da minha vida.
Ao meu avô Antonio pelos conselhos e ao meu grande amigo Centurion pela ajuda,
carinho, amor e paciência.
III
AGRADEDIMENTO
Dedico esta monografia, primeiro para Aquele que nos proporcionou a vida, dotada de
saúde física e mental, para chegarmos até aqui: Deus.
Aos meus familiares e amigos que de uma forma direta ou indireta me apoiaram para
subir estes degraus tão importantes na minha vida.
Em especial aos meus filhos que foram privados de minha presença durante toda esta
jornada, mas que sem dúvida são fontes de inspiração para enfrentar todos os desafios
apresentados até hoje e que ainda estão por vir.
IV
RESUMO
Neste estudo, apresentamos as fissuras em forma de fichas, por elemento estrutural, suas
características (horizontal, vertical, inclinada ou de diferente configurações), possíveis
causas e tratamentos adequados para cada caso.
Optamos por esse método, visto que, quando nos deparamos com uma fissura, a primeira
coisa que observamos é o sentido e em que o elemento estrutural ela se encontra, para
somente depois, estudamos sua causa.
V
ÍNDICE
DEDICATÓRIA................................................................................................................I
AGRADEDIMENTO...................................................................................................... II
AGRADEDIMENTO..................................................................................................... III
AGRADEDIMENTO.....................................................................................................IV
RESUMO ......................................................................................................................... V
ÍNDICE ...........................................................................................................................VI
ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................................... VIII
CAPÍTULO 1 – Introdução .............................................................................................1
Importância e Justificativa do Trabalho .........................................................................1
CAPÍTULO 2 – A Estrutura de Concreto Armado......................................................4
2.1 – A história do Concreto Armado (VASCONCELOS, 1992). .................................4
2.2 – O Início do Concreto Armado no Brasil (VASCONCELOS, 1992).....................5
2.3 – O Concreto (MEHTA, 1994): ...................................................................................7
2.4 - Componentes do Concreto (MEHTA, 1994): ..........................................................7
2.5 - Classificações do Concreto (MEHTA, 1994): ..........................................................8
2.6 - Concreto Armado (MEHTA, 1994): ........................................................................8
2.7 - Como se Comporta a Estrutura de Concreto Armado: .........................................8
CAPÍTULO 3 – Fissuras – Principais Conceitos ........................................................ 11
3.1 - Causas de Fissuração (SHRIVE, 1985). .................................................................11
3.2 – Principais Causas de Fissuras em Estruturas de Concreto: ...............................11
3.2.1 – Fissuração no Estado Plástico (DAL MOLIN, 1988): .................................. 11
3.2.2 – Fissuração do Concreto Endurecido (DAL MOLIN, 1988):......................... 12
CAPÍTULO 4 – Fissuras em Vigas ............................................................................... 18
4.1 – Fissuras Verticais ....................................................................................................19
4.2 – Fissuras Horizontais ...............................................................................................25
4.3 – Fissuras Inclinadas..................................................................................................27
4.4 – Fissuras de Diferentes Configurações...................................................................33
CAPÍTULO 5 – Fissuras em Lajes............................................................................... 35
5.1 – Fissuras Horizontais ...............................................................................................36
VI
5.2 – Fissuras Inclinadas..................................................................................................41
5.3 – Fissuras de Diferentes Configurações...................................................................45
CAPÍTULO 6 – Fissuras em Pilares............................................................................. 50
6.1 – Fissuras Verticais ....................................................................................................51
6.2 – Fissuras Horizontais ...............................................................................................54
6.3 – Fissuras Inclinadas..................................................................................................57
CAPÍTULO 7 – Fissuras em mais de um Elemento Estrutural................................. 60
7.1 – Fissuras Verticais ....................................................................................................61
7.2 – Fissuras Horizontais ...............................................................................................66
7.3 – Fissuras de Diferentes Configurações...................................................................68
CAPÍTULO 8 – Considerações Finais.......................................................................... 71
CAPÍTULO 9 – Bibliografia ......................................................................................... 72
VII
ÍNDICE DE FIGURAS
VIII
Figura 23 – A) Fissuras horizontais com armaduras próximas da superfície. ................. 46
B) Fissuras em vários sentidos, porém normalmente com ângulos retos entre si.
.............................................................................................................................. 46
Figura 24 – Fissuras horizontais e levemente inclinadas na face superior de laje. .......... 47
Figura 25 – Fissuras circulares em torno do pilar. ........................................................... 48
Figura 26 – Fissuras inclinadas, paralelas entre si, espaça das irregularmente e a
aproximadamente 45º do canto da laje................................................................. 49
Figura 27 – Fissuras verticais e lascamentos. .................................................................. 52
Figura 28 – Fissuras verticais no terço médio do pilar. ................................................... 53
Figura 29 – Fissuras horizontais ou ligeiramente inclinadas no terço médio do pilar. .... 55
Figura 30 – Fissuras horizontais nos pilares mais extremos. ........................................... 56
Figura 31 – Fissuras inclinadas nas cabeças de pilares pré moldados. ............................ 58
Figura 32 – Fissura ligeiramente inclinada nas extremidades dos pilares. ...................... 59
Figura 33 – Fissuras verticais, coincidentes com a armadura longitudinal...................... 62
Figura 34 – Fissuras verticais ou ligeiramente inclinadas................................................ 63
Figura 35 – A) Fissuras verticais internas (paralela a fôrma) ......................................... 64
Fissuras verticais na superfície do concreto (paralela a fôrma) ........................... 64
Fissuras verticais na superfície do concreto (perpendicular a fôrma de base)..... 64
Figura 36 – Fissura vertical na ligação da laje/viga com pilar......................................... 65
Figura 37 – Fissuras horizontais em topos de vigas e pilares e longitudinais em lajes. .. 67
Figura 38 – Trincas em vários sentidos das peças estruturais.......................................... 69
Figura 39 – A) Fissuras verticais na viga, próximas dos pilares...................................... 70
B) Fissuras horizontais nas extremidades dos pilares .......................................... 70
IX
CAPÍTULO 1 – Introdução
____________________________________________________________________
Em nosso dia-a-dia, não é raro nos depararmos com residências, edifícios, indústrias,
ou qualquer tipo de construção, que não apresentem nenhum tipo de fissura.
O Brasil, devido ao seu vasto território, apresenta condições climáticas bastante
diferenciadas com regiões onde a temperatura varia bruscamente durante vários
meses do ano. Esse fator, por si só, faz com que todas as obras, sejam elas de
pequeno, médio ou grande porte, apresentem fissuras no decorrer de suas vidas.
O campo das patologias das estruturas é uma área da Engenharia Civil que apresenta
grande diversidade e complexidade, devido à abrangência de aspectos em análise,
que podem advir de erros de projeto, erros de execução, agressividade do meio
ambiente, interação solo-estrutura (recalques), má escolha de materiais, entre outras.
Em uma estrutura de concreto armado, as patologias podem se dar no concreto e/ou
no aço, destacando-se que os agentes causadores podem advir das mais diversas
fontes, sendo de suma importância à correta caracterização de onde advém às
mesmas para que ocorra uma intervenção adequada, a fim de minimizar ou evitar a
ação do agente gerador.
As fissuras são as manifestações patológicas de maior incidência, depois da má
execução, conforme apresenta MONTEIRO e HELENE (1999) – Figura 1. Para
pessoas leigas são as manifestações mais preocupantes pois, sempre lembram
problemas estruturais. Em muitos casos são alvos de litígios judiciais. Para a
identificação da conseqüência estrutural de uma fissura se faz necessário uma
investigação, avaliação (muitas vezes demorada) e diagnóstico. No entanto, muitas
vezes, devido à necessidade de determinação de responsabilidades, existe a
necessidade de realização de uma perícia (*).
1
Felizmente como apresenta MONTEIRO e HELENE (1999), a maior ocorrência de
fissuras está relacionada com aspectos não estruturais, ou seja, sem conseqüências
graves às estruturas.
50
49%
Má Execução
Fissura
44% Corrosão de Armaduras
40
Deslocamento
Umidade
Mudança de Uso
Colapso
Incidência %
30
27%
20
15%
10
9%
7% 6%
2
Capítulo 3 – Manifestações patológicas – Principais incidências, onde estão
apresentados os defeitos mais encontrados em uma vistoria de campo.
Capítulo 4 – Fissuras em vigas, onde apresentamos as fissuras existentes nas vigas de
concreto armado, suas causas, características, comportamento, e melhores formas de
recuperação.
Capítulo 5 – Fissuras em lajes, onde apresentamos as fissuras existentes nas lajes,
suas causas, características, comportamento, e melhores formas de recuperação.
Capítulo 6 – Fissuras em pilares, onde apresentamos as fissuras existentes nos
pilares, suas causas, características, comportament o, e melhores formas de
recuperação.
Capítulo 7 – Fissuras em mais de um elemento estrutural, mostra as fissuras
existentes ao mesmo tempo em vigas, pilares e lajes, suas características,
comportamento, além de formas de recuperação.
Capítulo 8 – Considerações finais.
3
CAPÍTULO 2 – A Estrutura de Concreto Armado
____________________________________________________________________
4
bem sucedido. O mesmo tinha problemas de conservação das caixas de madeira ou
cerâmica, que quebravam ou apodreciam quando utilizadas com terra úmida,
interessou-se pelo barco de concreto, que ficava em contato com a água, e logo
imaginou que este material devia ser ótimo para suas caixas. Durante vários anos
produziu, usou e vendeu grande quantidade de vasos e caixas de cimento armado de
diversos tamanhos e formas. Entre 1868 e 1873, executou um reservatório de 25 m
e mais tarde outros dois, sendo um de 180 m para a estação de estrada de ferro de
Alençon, e outro de 200 m em Nogentsur -Marne. Em 1875 construiu uma ponte de
16,5 m de vão e 4 m de largura nas propriedades do Marquês de Tilliers.
Monier atuou, portanto, como grande construtor, passando a ser considerado como o
criador do novo material – cimento armado.
Pouco se conhece do início efetivo do concreto armado em nosso país. Pode -se dizer
que este é fruto da Revolução Industrial, pois apresenta uma mistura do uso de
máquinas (betoneiras, vibradores, e bombas lançadoras) com o tipo de execução
artesanal: estruturas de alvenaria, preparo manual das formas e do escoramento,
dobramento e amarração das armaduras, cura e desforma.
O concreto armado, encontrou no Brasil, um ambiente bastante favorável para seu
desenvolvimento, pois além de encontrar um ótimo clima para cura e desforma
rápidas, dispunha de mão-de-obra barata, por ainda não ser qualificada o bastante.
Outros fatores também contribuíram para esse desenvolvimento, como a chegada da
grande construtora alemã Wayss & Freytag, constituindo talvez o ponto mais
importante para o desenvolvimento e formação de engenheiros brasileiros nesta
especialização.
Em nosso país, a Wayss & Freytag foi registrada em 1924, com o nome de
Companhia Construtora Nacional S.A, após encapar uma outra construtora instalada
12 anos antes no Rio de Janeiro.
Infelizmente, é muito escassa a documentação brasileira sobre as primeiras
realizações de concreto armado. Faltam datas e pormenores das obras e portanto,
temos que nos contentar com descrições vagas e pouco precisas.
5
VASCONCELOS (1992), apresenta que a mais antiga notícia possível de alguma
aplicação do concreto armado no Brasil, data de 1904, e foi documentada no curso
do Prof. Antonio de Paula Freitas, na “Escola Polytechnica do Rio de Janeiro”. No
fim de sua publicação “Construções de cimento armado”, são abordadas aplicações
no Brasil, onde se menciona que os primeiros casos foram realizados na construção
de casas de habitação em Copacabana, cuja execução esteve a cargo do Engº
brasileiro Carlos Poma. Este chegou a executar seis obras, dentre elas, alguns
sobrados onde fundações, paredes, vigamentos, soalhos, tetos escadas e muros eram
de concreto armado.
O prof. Sydney Santos (1965 apud VASCONCELOS, 1992) supõe, que as primeiras
estruturas de concreto armado calculadas no Brasil são de Carlos Euler e de seu
auxiliar Mario de Andrade Martins Costa que projetaram a ponte em arco de
concreto sobre o Rio Maracanã, anterior a 1908.
A formação de especialistas nacionais, propiciada pela firma alemã Wayss e Freytag,
logo liquidaria com a participação de técnicos estrangeiros no setor de projetos. Essa
formação constitui uma das grandes razões do rápido progresso do Brasil no campo
do concreto armado, mais que nos Estados Unidos. Naturalmente, houve algumas
exceções que possibilitaram, mesmo após a vinda da Wayss & Freytag, a
participação de técnicos estrangeiros em projetos, podendo citar-se o projeto
estrutural (1929) da estátua do Cristo Redentor no Corcovado, feito em Paris pelo
Bureau d’Études L. Pelnard Considère & Caquot.
Ao se falar dos primórdios do concreto armado no Brasil não se pode deixar de citar
o nome de Willian Fillinger, que aqui chegou em 1912, cinco anos depois de
formado pela Imperial e Real Escola Superior de Artes e Ofícios de Viena.
Inicialmente trabalhou em uma firma denominada Brazilian Ferro-Concrete
Company Limited e depois na Cia. Construtora de Santos; também trabalhou, como
calculista e executor de obras de concreto armado, fez diversos serviços para o
Escritório Técnico Ramos de Azevedo, para os arquitetos Samuel das Neves e
Christiano Stockler das Neves. Dentre suas realizações podem ser citadas: Edifício
dos correios e telégrafos de Santos, o Matadouro Di Giulio-Martinelli (atualmente
pertencente à cia Swift) em Utinga, o edifício da Rua Antonia de Queiroz em São
Paulo onde se tinha instalado a Indústria de Tapetes Santa Helena (arquivo do
Estado), o prédio que foi sede do Hotel Regina do Largo Santa Ifigênia em São Paulo
6
e um edifício já demolido, ao lado do viaduto Santa Ifigênia, no lugar onde se
localiza hoje a Praça Pedro Lessa. Willian Fillinger também se dedicou à criação de
um sistema de casas populares pré-moldadas de concreto armado, denominado
Isotérmic.
O Brasil conquistou desde os primórdios diversas marcas de recordes, muitos deles
mundiais, podendo ser citados dentre os principais, o Jockey Clube do Rio de
Janeiro, marquise da tribuna de sócios em balanço de 22,4m; Ponte Presidente Sodré
(antiga Itajurú) em Cabo Frio, arco de 67 m de vão e flecha de 10,5m; Prédio
Martinelli, construído em São Paulo, entre 1925 e 1929, com área construída de
40.000 m2; Elevador Lacerda, na cidade de Salvador, com elevação de 59m (altura
total de 73 m); Edifício MASP, situado na cidade de São Paulo, que se tornou único
no mundo, mantendo o corpo principal pousado sobre quatro pilares laterais com um
vão livre de 70 metros; e a Marquise do Ibirapuera, situado na cidade de São Paulo,
inaugurado em 1954, onde são visitados diariamente, por se tratarem de monumentos
históricos que relatam parte da arquitetura da cidade.
7
essencialmente de silicatos e aluminatos de cálcio, que são os principais responsáveis
por sua característica aglomerante.
O agregado é material granular, tal como a areia, o pedregulho, a pedra britada, o
seixo rolado ou escór ia de alto forno, usado com um meio cimentante, para formar
um concreto ou uma argamassa. De acordo com a NBR 7211/82 o agregado graúdo
se refere a partículas de agregado maiores que 4,8 mm e o termo agregado miúdo se
refere a partículas de agregados menores que 4,8 mm, porém maiores que 0,075 mm.
8
Uma estrutura de concreto armado convencional é composta por três elementos
estruturais básicos, descritos a seguir e com distribuição de cargas conforme
apresentado na Figura 2:
9
Figura 2 – Comportamento da Estrutura de Concreto Armado.
10
CAPÍTULO 3 – Fissuras – Principais Conceitos
____________________________________________________________________
O primeiro caso resulta uma fissura com folga visível, enquanto nos casos de
deslizamento aparecerá uma saliência na superfície do material.
11
Logo após o adensamento e acabamento da superfície do concreto pode -se observar
o aparecimento de fissuras na sua superfície.
Esta retração plástica é devida à perda rápida de água de amassamento, seja por
evaporação, seja por absorção.
A retração hidráulica, após a pega, é devida à perda por evaporação de parte da água
de amassamento pa ra o ambiente.
A retração hidráulica manifesta-se imediatamente após o adensamento do concreto,
se não forem tomadas providências que assegurem uma perfeita cura, ou seja, se não
for impedida a evaporação da água do concreto.
12
Os elementos e componentes de uma construção estão sujeitos a variações de
temperatura, sazonais e diárias. Essas variações repercutem em uma variação
dimensional dos materiais de construção (dilatação e contração), desenvolvendo-se
nos materiais tensões que poderão provocar o aparecimento de fissuras.
As movimentações térmicas de um material estão relacionadas com as propriedades
físicas do mesmo, e com a intensidade da variação da temperatura; a magnitude das
tensões desenvolvidas é função da intensidade da movimentação, do grau de
restrição imposto pelos vínculos a esta movimentação e das propriedades elásticas do
material.
As trincas de origem térmica podem também surgir por movimentações
diferenciadas entre componentes de um elemento, entre elementos de um sistema e
entre regiões distintas de um mesmo material. As principais variações diferenciadas
ocorrem em função de:
• junção de materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica, sujeitos às
mesmas variações de temperatura;
• exposição de elementos a diferentes solicitações térmicas naturais;
• gradiente de temperaturas ao longo de um mesmo componente.
No caso de movimentações térmicas diferenciadas é importante considerar-se não só
a amplitude da movimentação, como também a rapidez com que esta ocorre.
No caso mais comum das edificações, a principal fonte de calor que atua sobre seus
componentes é o sol. A amplitude e a taxa de variação da temperatura de um
componente exposto à radiação solar irá depender da atuação combinada dos
seguintes fatores:
• intensidade da radiação solar (direta e difusa);
• absorbância da superfície do componente à radiação solar;
• emitância da superfície do componente;
• condutância térmica superficial;
• diversas outras propriedades térmicas dos materiais de construção: calor
específico, massa específica aparente e coeficiente de condutibilidade térmica.
Para quantificar as movimentações sofridas por um componente, além de suas
propriedades físicas, deve-se conhecer o ciclo de temperaturas a que ele esteve
submetido.
13
Segundo indicações do Building Research Establishmente (1979, apud THOMAZ,
1989), as amplitudes de variação das temperaturas dos componentes das edificações
podem ser bastante acentuadas, variando em função de sua posição no edifício, de
sua cor e da natureza do material que os constitui.
No caso das estruturas de concreto, conforme cita a NBR 6118/80, são consideradas
significativas variações diárias maiores que 15ºC.
14
c) Fissuração Causada pela Atuação de Sobrecargas (THOMAZ,
1989).
15
THOMAZ, 1989) realizou estudos com alvenarias de tijolo de barro (paredes com
7,50 m de comprimento e 2,50 m de altura) constatando o aparecimento das
primeiras fissuras na alvenaria, quando a flecha da viga suporte era de apenas
6,54mm, ou seja, 1/1150 do comprimento. Ainda tem se constado o aparecimento de
fissuras nas alvenarias mesmo com flechas da ordem de 1/1500 nas vigas.
Não existe um consenso sobre os valores admissíveis das flechas, quer para vigas ou
lajes onde serão apoiadas as alvenarias, quer para lajes sobre as quais serão
executados pisos cerâmicos (a deflexão da laje pode provocar o destacamento dos
ladrilhos. Existe, na realidade, a necessidade de que sejam efetuados prolongados
estudos práticos, através dos quais poder-se-ão compatibilizar as deformações das
estruturas com as dos demais componentes da construção).
Até pouco tempo as fundações nos edifícios eram dimensionadas pelo critério de
ruptura do solo, apresentando as construções cargas que geralmente não excediam a
500 Tf. Ao mesmo tempo em que as estruturas iam ganhando esbeltez, conforme
enfocado no item anterior, os edifícios iam ganhando maior altura, chegando-se em
nossos dias a obras cuja carga total sobre o solo já chegou a atingir 20000 Tf. Dentro
desse quadro, é imprescindível uma mudança de postura para o cálculo e
dimensionamento das fundações dos edifícios.
Os solos são constituídos basicamente por partículas sólidas, entremeadas por água,
ar e não raras vezes por material orgânico. Sob efeito de cargas externas, todos os
solos, em maior ou menor proporção, se deformam. No caso em que estas
deformações são diferenciadas ao longo do plano de fundações de uma obra, tensões
de grande intensidade serão introduzidas na estrutura da mesma, podendo gerar o
aparecimento de fissuras.
Denomina-se “consolidação”, ao fenômeno de mudança de volume do solo por
percolação da água presente entre seus poros. Para os solos altamente permeáveis
como as areias, a consolidação e, portanto ao recalques acontecem em períodos de
tempo relativamente curtos após solicitação; já para os solos menos permeáveis,
como as argilas, a consolidação ocorre de maneira bastante lenta, ao longo de vários
16
anos. Mesmo camadas delgadas de argila entre maciços rochosos estarão sujeitas a
este fenômeno.
17
CAPÍTULO 4 – Fissuras em Vigas
____________________________________________________________________
Neste capítulo serão apresentados os principais tipos de fissuras que podem ocorrer
no elemento estrutural estudado – VIGAS.
A metodologia de apresentação escolhida busca apresentar as fissuras de acordo com
suas características: verticais, horizontais, inclinadas e de diferentes configurações;
sendo utilizado um sistema de fichas, onde foram resumidas as prováveis causas, as
características e processos de recuperação mais adequados.
18
4.1 – Fissuras Verticais
19
4.1.1 - FISSURA EM VIGA
20
4.1.2 - FISSURA EM VIGA
21
4.1.3 - FISSURA EM VIGA
concreto (cura inadequada); - abertura > 0,3 mm, passiva, injetar resina
epóxi;
- deficiência de armadura de
- abertura > 0,3 mm, ativa, colmatar co
pele; selante.
- movimentação térmica 2) em ambientes agressivos e úmidos quando:
- abertura ≤ 0,1 mm, é dispensado qualquer
devida a gradientes de
tratamento;
temperatura diários ou - abertura > 0,1 mm, passiva, injetar resina
sazonais. epóxi;
- abertura > 0,1 mm, ativa, colmatar co
selante.
3) aplicar revestimento de proteção.
22
4.1.4 - FISSURA EM VIGA
23
4.1.5 - FISSURA EM VIGA
24
4.2 – Fissuras Horizontais
25
4.2.1 - FISSURA EM VIGA
26
4.3 – Fissuras Inclinadas
27
4.3.1 - FISSURA EM VIGA
* Hoje em dia existem outras técnicas de reforço como: manta de fibra de carbono
com polímero.
28
4.3.2 - FISSURA EM VIGA
29
4.3.3 - FISSURA EM VIGA
30
4.3.4 - FISSURA EM VIGA
31
4.3.5 - FISSURA EM VIGA
32
4.4 – Fissuras de Diferentes Configurações
33
4.4.1 - FISSURA EM VIGA
34
CAPÍTULO 5 – Fissuras em Lajes
____________________________________________________________________
Neste capítulo serão apresentados os principais tipos de fissuras que podem ocorrer
no elemento estrutural estudado – LAJES.
A metodologia de apresentação escolhida busca apresentar as fissuras de acordo com
suas características: horizontais, inclinadas e de diferentes configurações; sendo
utilizado um sistema de fichas, onde foram resumidas as prováveis causas, as
características e processos de recuperação mais adequados.
35
5.1 – Fissuras Horizontais
36
5.1.1 - FISSURA EM LAJE
37
5.1.2 - FISSURA EM LAJE (Marquise)
38
5.1.3 - FISSURA EM LAJE
39
5.1.4 - FISSURA EM LAJE
40
5.2 – Fissuras Inclinadas
41
5.2.1 - FISSURA EM LAJE
42
5.2.2 - FISSURA EM LAJE
43
5.2.3 - FISSURA EM LAJE
44
5.3 – Fissuras de Diferentes Configurações
45
5.3.1 - FISSURA EM LAJE
46
5.3.2 - FISSURA EM LAJE
47
5.3.3 - FISSURA EM LAJE
48
5.3.4 - FISSURA EM LAJE
49
CAPÍTULO 6 – Fissuras em Pilares
____________________________________________________________________
Neste capítulo serão apresentados os principais tipos de fissuras que podem ocorrer
no elemento estrutural estudado – PILARES.
A metodologia de apresentação escolhida busca apresentar as fissuras de acordo com
suas características: verticais, horizontais e inclinadas; sendo utilizado um sistema de
fichas, onde foram resumidas as prováveis causas, as características e processos de
recuperação mais adequados.
50
6.1 – Fissuras Verticais
51
6.1.1 - FISSURA EM PILAR
52
6.1.2 - FISSURA EM PILAR
53
6.2 – Fissuras Horizontais
54
6.2.1 - FISSURA EM PILAR
55
6.2.2 - FISSURA EM PILAR
56
6.3 – Fissuras Inclinadas
57
6.3.1 - FISSURA EM PILAR
58
6.3.2 - FISSURA EM PILAR
59
CAPÍTULO 7 – Fissuras em mais de um Elemento Estrutural
____________________________________________________________________
Neste capítulo serão apresentados os principais tipos de fissuras que podem ocorrer
em mais de um elemento estrutural.
A metodologia de apresentação escolhida busca apresentar as fissuras de acordo com
suas características: verticais, horizontais e de diferentes configurações; sendo
utilizado um sistema de fichas, onde foram resumidas as prováveis causas, as
características e processos de recuperação mais adequados.
60
7.1 – Fissuras Verticais
61
7.1.1 - FISSURA EM VIGA/LAJE
62
7.1.2 - FISSURA EM VIGA/LAJE
63
7.1.3 - FISSURA EM LAJE/VIGA/PILAR
64
7.1.4 - FISSURA EM LAJE/VIGA
65
7.2 – Fissuras Horizontais
66
7.2.1 - FISSURA EM VIGA/LAJE/PILAR
pega;
67
7.3 – Fissuras de Diferentes Configurações
68
7.3.1 – FISSURA EM PILAR/VIGA
69
7.3.2 - FISSURA EM LAJE/PILAR
70
CAPÍTULO 8 – Considerações Finais
____________________________________________________________________
71
CAPÍTULO 9 – Bibliografia
____________________________________________________________________
72
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas – Agregados para Concreto, NBR
7211/82, 1982, 5 p.
73