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balanço;
A técnica mais utilizada pela análise financeira é a que recorre aos rácios, um
instrumento de apoio para sintetizar uma enorme quantidade de informação, e comparar
o desempenho económico-financeiro das empresas ao longo do tempo. Constituem
assim uma base da análise financeira, mas não dão respostas.
Rácios de valor de mercado: servem para analisar dados que não constam da
contabilidade da empresa combinando, dessa forma, os dados contabilísticos
com os dados do mercado de capitais.
Não existe nenhum padrão internacional para os rácios económico-financeiros, pelo que
vale muito mais um pouco de reflexão e de bom senso do que a aplicação cega das
fórmulas. Tem de haver selectividade na escolha dos rácios pois, frequentemente, rácios
diferentes proporcionam a mesma informação, sendo necessária uma base de referência
para permitir a avaliação da situação financeira de uma empresa.
Naturalmente, a Análise Financeira por si só não é suficiente para gerir uma empresa.
No entanto, quando interligada com algumas das tecnologias de informação actuais
(ERP's – Enterprise Resources Planning, que permitem a integração das diversas
actividades empresariais; CRM – Customer Relationship Management, sistema
destinado ao apoio à gestão de relacionamento com clientes; BI – Business Intelligence,
programas integrados para gerar a inteligência empresarial) é possível determinar se os
principais factores de sucesso estão relacionados com o modo como uma empresa está
organizada, como ela selecciona os responsáveis pela tecnologia ou como ela trata os
seus recursos humanos.
Balanço
Num Balanço, o Activo é igual à soma do Capital alheio com a Situação líquida, ou
seja, o Capital Alheio (Passivo) e a Situação líquida (Capitais próprios) financiam o
Activo, logo:
Evidencia a formação de resultados num certo período (entre dois balanços), avalia a
situação económica da empresa.
Esta formação de resultados evidencia-se pela síntese dos custos e proveitos em grupos
homogéneos, sendo que:
É de salientar que existe uma distinção nítida entre resultados operacionais e resultados
financeiros. Nos resultados operacionais integram-se os proveitos e custos respeitantes à
exploração, enquanto que nos resultados financeiros consideram-seos proveitos de
aplicações de capital e os custos dos financiamentos, assim como ganhos ou perdas
resultantes de aplicações financeiras.
existem muitas rubricas com valor financeiro que estão omitidas do balanço;
as normas contabilísticas são muitas vezes ditadas por imperativos fiscais que
reduzem o significado económico-financeiro da informação contabilística.
Fundo de Maneio
O conceito de fundo de maneio pode referir-se a diversos indicadores, pelo que é usual
recorrer-se ao conceito de fundo de maneio líquido ou permanente. Sendo o fundo de
maneio bruto igual ao activo circulante (existências + créditos + disponibilidades), o
fundo de maneio líquido é dado pela diferença entre o activo circulante e os débitos de
curto prazo.
Como a proporção dos capitais permanentes que podem ser alocados para o
financiamento do activo circulante;
Como a parte do activo circulante que pode ser transformada em meios líquidos
em menos de um ano.
Podemos ainda definir o fundo de maneio próprio como os capitais próprios deduzidos
do activo imobilizado líquido. Outra forma de calcular o fundo de maneio próprio é
como a diferença entre o fundo de maneio líquido e os débitos de médio e longo prazo.
No que diz respeito ao equilíbrio financeiro, é desejável que a Tesouraria apresente sinal
positivo, ou seja, que o fundo de maneio líquido é mais que suficiente para financiar o
ciclo de exploração.
Uma Tesouraria cujo valor é bastante positivo, poderá ser sinónimo de existência de
demasiado capital ocioso, ou seja, recursos financeiros disponíveis e não aplicados de
forma eficiente, perdendo-se, assim, oportunidades de capitalização que poderão ser
significativas.
Por oposição, uma Tesouraria cujo valor apresenta sinal negativo, é sinónimo de
preocupação, pois a empresa poderá correr risco de crédito.
Rendibilidade líquida das vendas: Obtém-se a partir da margem líquida obtida pela
empresa após a dedução de todos os encargos.
Rácios Rotação do Activo: É o rácio que indica o grau de utilização dos activos. Um
rácio muito elevado pode significar que a empresa está a trabalhar perto do limite de
capacidade. O inverso pode significar subutilização de recurso.
Prazo médio de Recebimentos: É o rácio que mede a celeridade com os seus clientes
com que os clientes costumam pagar suas dívidas
Prazo médio de Pagamentos: É o rácio que mede a celeridade com que a empresa
costuma pagar as suas dívidas aos fornecedores.
Rácios Baseados no Mercado: É muito útil ao director de marketing e ao director de
produção, a fim de definirem as suas estratégias e linhas de actuação, conhecerem
respectivamente, os preços e o custo unitário dos produtos concorrentes. O mesmo
acontece com o director financeiro relativamente aos indicadores de mercado. São
rácios fundamentais para todos os investimentos e credores da empresa.
Ou seja, o PER é quantas vezes o investidor paga pelos lucros da empresa. Se estes
fossem totalmente distribuídos e não existisse crescimento, seria o número de anos que
o investidor demoraria a recuperar o seu investimento na empresa à cotação presente. É
portanto uma medida de valorização da empresa, especialmente útil para estabelecer a
valorização relativa entre empresas, mas também como medida absoluta da valorização
das empresas, embora nesse caso seja influenciada pelo nível das taxas de juro.
Vantagens do PER
A vantagem mais óbvia é que o PER providencia uma medida de valorização de cada
empresa, mas podemos ainda falar:
Também PERs muito baixos em situações de pânico de mercado, nas quais não
exista realmente perspectiva de a actividade subjacente diminuir fortemente (por
exemplo, em utilities) tenderão a levar a retornos elevados no futuro.
Não leva em conta o crescimento da empresa, que faz com que um PER
aparentemente elevado no presente possa ser um PER baixo no futuro próximo.
Isto é particularmente grave se os resultados que estão a ser utilizados para
calcular o PER forem baixos em termos absolutos, pois nesse caso terão
facilidade em crescer a taxas percentuais muito elevadas;
Não leva em conta a capacidade da empresa reinvestir os fundos que gera a taxas
elevadas, o que permite crescimento futuro também (ou seja, não leva em conta
o ROE);
PER do mercado
PBV
Ou seja, este rácio diz quantas vezes um investidor que compre acções da empresa no
mercado paga pelo valor dos capitais próprios da empresa. É uma medida de
valorização tanto absoluta (PBVs elevados podem significar que uma empresa está cara)
como relativa, servindo para comparar empresas no mesmo sector.
Quanto maior o ROE de uma empresa, maior tenderá a ser o seu PBV, visto que um
ROE elevado significa que a empresa consegue remunerar mais fortemente os seus
capitais próprios. Existem no entanto óbvias excepções em empresas cíclicas ou
situações não recorrentes.
Em alguns estudos académicos este rácio aparece invertido, sendo chamado de book-to-
market. Nesses casos temos que levar em conta que rácios baixos equivalem a PBVs
elevados e vice-versa.
Existem estudos académicos que relacionam rácios PBV baixos a retornos superiores no
futuro, porém também existem estudos a indicar uma maior variabilidade dos retornos,
o que se explica porque é entre as empresas com rácios PBV baixos que tendem a existir
situações problemáticas. Não raras vezes empresas vão à falência ainda com book value
positivo (logo imediatamente antes de falir possuirão um PBV muito baixo).
Pode ser necessário corrigir o PBV pela existência de activos intangíveis (que podem ter
que ser descontados). Igualmente, existem situações de PBVs elevados que não levam a
existência de activos que não estão presentes no balanço, como marcas, relações com
clientes, patentes, etc.
Vantagens do PBV
A vantagem mais óbvia é que o PBV providencia uma medida de valorização de cada
empresa, mas podemos ainda falar:
Estudos apontam para que PBVs baixos são seguidos de retornos acima do
mercado;
Existem estudos que apontam para uma melhor performance bolsista de acções
com PBV baixo, ainda que com algum risco acrescido, visto que muitas
empresas que caem na falência, primeiro cotam com PBV extremamente baixo
(também porque o valor contabilístico muitas vezes se mantém positivo mesmo
à beira da falência).
Não leva em conta o crescimento da empresa, que faz com que um PBV
aparentemente elevado represente na realidade uma empresa barata;
Não leva em conta a capacidade da empresa reinvestir os fundos que gera a taxas
elevadas, o que permite crescimento futuro também (ou seja, não leva em conta
o ROE);
Bibliografia
Sendo assim esta seria um tipo de análise horizontal, pouco semelhante a que
hoje chamamos de balanço, onde acompanhamos a variação de período a
período de um item. Sendo assim, eram apenas valores relativos, uma vez que
as quantidades não representavam grandezas equivalentes.