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Dissertação de Mestrado

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE


ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO DO
SUBLEITO PARA SUBSIDIAR PROJETOS DE
PAVIMENTAÇÃO

AUTOR: ELIZEU DA SILVA ZICA

ORIENTADOR: Prof. Dr. Flávio Renato de Góes Padula

MESTRADO PROFISSIONAL EM ENGENHARIA GEOTÉCNICA DA UFOP

OURO PRETO - MARÇO DE 2010


Z64e Zica, Elizeu da Silva.
Estudo comparativo entre energias de compactação do subleito para subsidiar
projetos de pavimentação. [manuscrito] / Elizeu da Silva Zica - 2010.
xxi, 168f.: il., color.; grafs.; tabs.; mapas.

Orientador: Prof. Dr. Flávio Renato de Góes Padula.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Ouro Preto.


Escola de Minas. NUGEO.
Área de concentração: Geotecnia de pavimentos.

1. Geotecnia - Pavimentos - Teses. 2. Pavimentos de asfalto – Teses. 3.


Mecânica do solo - Teses. 4. Solos – Compactação - Teses. I. Universidade
Federal de Ouro Preto. II. Título.

CDU: 624.138

Catalogação: sisbin@sisbin.ufop.br
O aprendizado é constante e por mais tardio que pareça vir, é
sempre jovem aos olhos de quem o detém.

Elizeu Zica.

iii
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa Sãozinha e as minhas


filhas Laurita e Áurea, pela paciência e dedicação.
.

iv
AGRADECIMENTOS

AGRADEÇO aos meus pais pela perseverança em cobrar a dissertação apresentada.


Agradeço a Engenheira do DER-MG Selma Schwab pela oportunidade e
orientações.
Agradeço a indicação ao curso pelo colega Engenheiro Getúlio Carlos de Salles.
Agradeço ao Dr. Prof. da USP José Leomar Fernandes Júnior pela indicação
através da USP, apresentando-me a UFOP e ministrando as aulas com
profissionalismo incomum nos dias atuais.
Ao coordenador do Programa de Pós Graduação em Geotecnia da UFOP, Dr. Prof.
Romero César Gomes, pela paciência e elucidações sobre a função da Universidade.
Ao Orientador deste trabalho Dr. Prof. Flávio Renato de Góes Padula, cujas
sugestões e acompanhamento foram fundamentais para o enriquecimento deste
trabalho.
Aos DERs da Bahia, AGETOP de Goiás, DER de São Paulo,DERTINS de
Tocantins pelas informações constantes sobre as consultas realizadas.
Em especial ao DER-MG através da Diretoria de Projetos a qual forneceu os
elementos necessários a complementação dos estudos aqui apresentados.
Aos colegas, Antônio Fontana, Sávio, Rogério, César Augusto, Luiz Henrique, que
em todo momento, não cochilavam em cobrar a apresentação desta dissertação.
Ao Prof. Maurício Rios de Almeida , que fomentou de informações durante o curso.
Aos Professores João Batista de Carvalho Mendes e Cláudio Albernas que muito
contribuíram através de suas experiências rodoviárias.
Ao Eng. Célio Santos de Castro do DER-MG, que muito contribuiu para as análises
e sugestões sobre o desenvolvimento destas energias de compactação .
Ao Prof. Gastão Coelho de Aquino Filho que não mediu esforços em fornecer sua
dissertação para consulta.
Agradeço aqueles que julgarem este trabalho digno de acréscimo aos meios
acadêmicos e profissionais.

Meu muito obrigado.

v
RESUMO

As possíveis soluções através do acréscimo de suporte do solo de fundação (subleito)


auxiliam no dimensionamento das camadas do pavimento e, conseqüentemente,
minimizam a utilização de materiais para construção.Para contribuir de forma
econômica e, especialmente, evitar intervenções ambientais em obras de pavimentação,
propõe-se nessa dissertação, a adoção de uma energia de compactação denominada
energia do Proctor Internormal (PIN). Esta energia equivale a 1,5 vezes a energia do
Proctor Normal (PN). Não é uma energia de compactação utilizada oficialmente nos
meios rodoviários brasileiros, porém apresentou bons resultados que podem contribuir
para sua utilização. O Estado de Minas Gerais é bastante extenso e possui uma
diversidade grande de tipos de solos. Para a realização deste trabalho foram estudados
três trechos rodoviários em três regiões distintas, objetivando coletar amostras de solos
para utilização em subleito de rodovias. Essas amostras foram submetidas a ensaios de
caracterização física, compactação, CBR e expansão. Foi realizado, também, uma ampla
pesquisa nos arquivos do DER-MG, buscando materiais com a mesma classificação dos
solos ensaiados,de forma a confrontar possíveis estudos existentes com esta energia
alternativa. Os resultados, obtidos em laboratório, mostraram que nos solos de subleito,
ensaiados com a utilização do Proctor Internormal (PIN), houve acréscimo da
densidade máxima, aumento nos valores de CBR e diminuição da permeabilidade do
solo. Para os solos de classificação TRB A-2-4, houve acréscimo de CBR de mais de
100%, indicando que esta energia, do Proctor Internormal, é adequada para
utilização. Este acréscimo na capacidade de suporte, resultou em economia no
dimensionamento de todos os pavimentos projetados.

Palavras chaves: Proctor Internormal (PIN), subleito, energia de compactação,


acréscimo de suporte, dimensionamento.

vi
ABTRACT

Feasible solutions adopted to increase the bearing ratio of sub-grade soils will help to
design thinner or less robust pavement layers which, consequently, in both cases, will
widen the availability of materials and diminish the necessary quantities involved for
the same support. With the aim to contribute economically and, specially,
environmentally wise towards paving works, this dissertation proposes the adoption of a
level of compacting energy named “Proctor Internormal (PIN)” equivalent to 1.5 times
the energy of the Proctor test (AASHTO test). It is not a level of energy regularly used
by the official Brazilian highway authorities, although it has shown good practical
results as to be used in the Brazilian Highways. The State of Minas Gerais is very large
and presents a great diversity of different kinds of soils. Sub-grade specimens of three
different road stretches situated in three different regions of the State were collected for
testing as to evaluate them for State highways sub-grade use. These specimens were
tested for physical properties, compaction, California Bearing Ratio (CBR) and swelling
or shrinkage. Also, a wide research effort to find soils with the same characteristics as
those found in the collected soil specimens was carried in the Minas Gerais Highway
Department (DER-MG) files, which may allow the comparison of their test results with
those obtained with the materials tested with the alternative energy. The laboratory tests
performed with the sub-grade materials subjected to the “Proctor Internormal (PIN)”
energy showed that there was an increase on the maximum density values, on the CBR
values and a decrease on the permeability of the soils. For the soils classified as A-2-4
according to TRB classification there was a greater than 100% increase in CBR values,
which leads to the conclusion that this "Proctor Internormal” energy is adequate
generating this bearing capacity increase which results in substantial economy on the
design of pavements.

Key words: Proctor Internormal (PIN), sub-grade, compaction energy, bearing capacity
increase, design.

vii
LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 – Gráfico de classificação MCT e dados diversos dos grupos de solos
integrantes da mesma................................................................................................. 16
Figura 3.1 – Exemplo de curva de distribuição granulométrica do solo.................... 20
Figura 4.1 – Curva de Compactação.......................................................................... 25
Figura 4.2 – Curvas de Compactação de Solo com Energias Diferentes................... 28
Figura 4.3 – Equipamento de Compactação............................................................... 30
Figura 4.4 – Curva de compactação obtida em ensaio.............................................. 31
Figura 4.5 – Curvas de compactação para diferentes tipos de solos.......................... 32
Figura 5.1 - Sessão transversal do pavimento flexível............................................. 40
Figura 5.2 - Curvas de ensaio de penetração p/ determinação do CBR – amostras
compactadas e embebidas..........................................................................................
42
Figura 5.3 – Ábaco de Dimensionamento – Método DNER...................................... 48
Figura 6.1 – Mapa de Localização do trecho 1.......................................................... 51
Figura 6.2 – Mapa de Vegetação Nativa ................................................................... 52
Figura 6.3 – Plantação de Cana de Açúcar................................................................. 53
Figura 6.4 – Mapa de Bacia Hidrográfica.................................................................. 53
Figura 6.5 – Rio São Domingos ................................................................................ 54
Figura 6.6 – Mapa de solos do trecho 1.................................................................... 55
Figura 6.7 – Mapa de Localização do trecho 2.......................................................... 56
Figura 6.8 – Mapa de Bacia Hidrográfica ................................................................. 57
Figura 6.9 – Ocorrências plantações de cana de açúcar ............................................ 57
Figura 6.10 – Mapa de Solos do trecho 2................................................................... 58
Figura 6.11 – Mapa de Localização do trecho 2........................................................ 59
Figura 6.12 – Mapa de Bacia Hidrográfica................................................................ 60
Figura 6.13 – Travessia sobre o Rio Jequitinhonha................................................... 61
Figura 6.14 – Travessia sobre o rio do Peixe............................................................. 61
Figura 6.15 – Campo Rupestre................................................................................... 61
Figura 6.16 – Mapa de Solos do trecho 3................................................................... 62
Figura 6.17 - Solos areno-argiloso, trecho 3.............................................................. 63
Figura 6.18 – Coleta de amostras trecho.................................................................... 64

viii
Figura 6.19 - Solos areno-argiloso, trecho1............................................................... 66
Figura 6.20 – Solos preparados. Ensaio de caracterização, trecho 1......................... 66
Figura 6.21 – Ensaio de granulometria...................................................................... 66
Figura 6.22 – Ensaio de Limites Físicos.................................................................... 66
Figura 6.23 – Corpos de Prova submersos em tanque de saturação.......................... 68
Figura. 6.24- Exploração de jazida de material granular........................................... 71
Figura 7.1 – Curva granulométrica dos solos trecho 1............................................... 76
Figura 7.2 – Curva granulométrica dos solos do trecho 2.......................................... 77
Figura 7.3 – Curva granulométrica do solos do trecho 3 .......................................... 78
Figura 7.4 – Curva granulométrica dos solos do trecho 3 (solos argilo arenosos).... 78
Figura 7.5 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 1............................................ 83
Figura 7.6 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 2............................................ 84
Figura 7.7 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 3 – solos siltosos .................. 84
Figura 7.8 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 3 – solos argilo arenosos...... 85
Figura 7.9 – Energia de Compactação x Densidade Máxima – Trecho 1.................. 85
Figura 7.10 – Energia de Compactação x Densidade Máxima – Trecho 2............... 86
Figura 7.11 – Energia de compactação x Densidade Máxima – Trecho 3 (solos
siltosos)....................................................................................................................... 87
Figura 7.12 – Energia de Compactação x Densidade Máxima – Trecho 3 (solos
argilo arenosos).......................................................................................................... 87
Figura 7.13 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 1........ 88
Figura 7.14 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 2......... 88
Figura 7.15 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 3
(solos siltosos)............................................................................................................ 89
Figura 7.16 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 3
(solos argilo arenosos)................................................................................................ 89
Figura 7.17 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 1.......................... 92
Figura 7.18 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 2.......................... 93
Figura 7.19 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 3 – solos siltosos. 93
Figura 7.20 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 3 – solos argilo
arenosos...................................................................................................................... 94

ix
Figura 7.21 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-2-4
Pesquisados no DER-MG........................................................................................... 102
Figura 7.22 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-7-5 e A-7- 6
, #200 ≥80%............................................................................................................ 102
Figura 7.23 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-7-5 e A-7-
6, # 200 < 80%........................................................................................................... 103

x
LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Sistema Unificado de Classificação de Solos....................................... 12


Tabela 2.2 – Classificação dos Solos (TRB)............................................................. 13
Tabela 3.1 – Granulometria ...................................................................................... 19
Tabela 4.1 – Características dos Cilindros e Soquetes Utilizados nos Ensaios de
Compactação AASHTO............................................................................................. 30
Tabela 5.1 – Coeficiente de Equivalência Estrutural................................................. 46

Tabela 5.2 – Espessura Mínima de Revestimento Betuminoso................................. 47

Tabela 6.1 – Localização dos trechos estudados....................................................... 49


Tabela 6.2 – Localização, posição e profundidade das amostras coletadas.............. 64
Tabela 6.3 – Localização posição e profundidade das amostras coletadas............... 65
Tabela 6.4 – Localização, posição e profundidade das amostras coletadas.............. 65
Tabela 6.5 – Energias de Compactação.................................................................... 67
Tabela 6.6 – Trechos pesquisados no DER.............................................................. 74
Tabela 7.1 – Localização dos Trechos Coletados...................................................... 75
Tabela 7.2 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg..................................... 79
Tabela 7.3 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg..................................... 79
Tabela 7.4 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg (solos siltosos
expansivos). .............................................................................................................. 80
Tabela 7.5 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg (solos finos argilo
arenosos )................................................................................................................... 80
Tabela 7.6 –Resultados de CBR com Variadas Energias de Compactação–
Trecho1...................................................................................................................... 90
Tabela 7.7 – Resultados de CBR com Variadas Energias de Compactação –
Trecho 3 (solos argilo arenosos) ............................................................................... 91
Tabela 7.8 – Resultados de CBR com Variadas Energias de Compactação-
Tercho2 ..................................................................................................................... 91
Tabela 7.9 – Resultados de CBR com Variadas Energias de Compactação –
Trecho 3 (solos siltosos) ........................................................................................... 91
Tabela 7.10 – Energia de Compactação x Expansão –Trecho1................................. 95

xi
Tabela 7.11 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho2................................ 96
Tabela 7.12 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho3................................ 96
Tabela 7.13 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho3 (2º)......................... 97
Tabela 7.14 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 1...................................... 98
Tabela 7.15 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 2...................................... 99

Tabela 7.16 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 3 – (solos argilo


arenosos..................................................................................................................... 100
Tabela 7.17 – Características Técnicas dos Trechos Estudados................................ 105
Tabela 7.18 – Preço de Execução de Energias de Compactação ............................. 106

xii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AASHTO – American Association of State Highway and Transportation Officials


ABDER – Associação Brasileira dos DER’s
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
AGETOP- Agência Goiana de Transportes e Obras
ANA – Agência Nacional de Águas
APP – Área de Preservação Permanente
ASCE – American Society of Civil Engineers
ASTM – American Society for Testing and Materials
CBR – Califórnia Bearing Ratio
CETEC – Centro Tecnológico de Minas Gerais
DER – Departamento de Estradas de Rodagem
DERBA – Departamento de Estradas de Rodagem do Estado da Bahia
DERTINS – Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Tocantin
DER-MG – Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais
DERT-CE – Departamento de Edificações Rodovias e Transporte do Estado do Ceará
DERT-ES-P – Departamento de Edificações Rodovias e Transporte –Especificações de
Serviço
DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
DNER-ME – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - Método de Ensaio
DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral
DNIT – Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transporte
HRB – Highway Research Board
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IG – Índice de Grupo
IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas
IP – Índice de Plasticidade
IPR – Instituto de Pesquisas Rodoviários
IS – Índice Suporte
ISC – Índice Suporte Califórnia

xiii
LL – Limite de Liquidez
LP – Limite de Plasticidade
MCT – Miniatura, Compactado, Tropical (designação de uma metodologia de ensaio)
MIT – Massachusetts Institute of Technology
NBR – Norma Brasileira
PI – Proctor Intermediário
PIN – Proctor Internormal
PN – Proctor Normal
PRAD – Plano de Recuperação de Área Degradada
PTRF – Projeto Técnico de Recuperação Ambiental
SEIA-BA – Sistema Estadual de Informações Ambientais da Bahia
SUCS – Sistema Unificado de Classificação de Textos
TR – Recomendação Técnica
TRB – Transportation Research Board
TRRL – \transportation and Road Research Laboratory
TSD – Tratamento Superficial Duplo
USA – Estados Unidos da América
USACE – United States Army Corps of Enginners
UTM – Universal Transversa de Mercator – sistema de coordenadas

xiv
LISTA DE SIMBOLOS

Ec = Energia de compactação
m = Massa do soquete empregado
g = aceleração da gravidade = 9,81/m/s2
h = altura de queda do soquete
N = numero de camadas em que o solo é compactado
n = número de golpes
v = volume de corpo de prova compactado
ϑ = velocidade

γ= peso específico
w = umidade
hot = umidade ótima
Ø= diâmetro
% = porcentagem
< = menor que
> = maior que
≤ = menor ou igual a
≥ = maior ou igual a

xv
LISTA DE ANEXOS

Anexo I – Resultado de Ensaios


Anexo II – Calibração dos Equipamentos
Anexo III – Mapas dos Trechos Pesquisados
Anexo IV – Pesquisas Realizadas no DER-MG
Anexo V – Planilha de Custos
Anexo VI – Preços Unitários DER-MG

xvi
INDICE

CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO.......................................................................... 01

1.1 – OBJETIVO GERAL....................................................................................... 04

1.1.1 – Objetivos Específicos............................................................................ 04

1.2 – JUSTIFICATIVA........................................................................................... 04

1.3 – METODOLOGIA DO TRABALHO............................................................. 05

1.4 – DISTRIBUIÇÃO DOS ASSUNTOS NA DISSERTAÇÃO.......................... 06

CAPITULO 2 – SOLOS ....................................................................................... 08

2.1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................. 08

2.2 – CONCEITO DE SOLO.................................................................................. 08

2.3 – NATUREZA DOS SOLOS............................................................................ 08

2.4 – CONSTITUIÇÃO DOS SOLOS.................................................................... 09

2.5 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS.................................................................. 09

2.5.1 – Classificação Genérica........................................................................... 10

2.5.2 – Classificação Granulométrica................................................................ 11

2.5.3 – Classificações Geotécnicas Convencionais........................................... 11

2.5.3.1 – Sistema Unificado de Classificação dos Solos (SUCS)................ 12

2.5.3.2 – Classificação Transportation Research Board (TRB) Antiga


HRB (Highway Research Board)……..…...……………………………… 13

2.5.4 – Classificações Geotécnicas Não Convencionais.................................... 14

2.5.4.1 – Classificação MCT........................................................................ 14


2.5.5 – Considerações........................................................................................ 17

CAPITULO 3 – ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO...................................... 18

3.1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................. 18

3.2 – ENSAIOS DE GRANULOMETRIA............................................................. 18

3.2.1 – Ensaio de Granulometria por Peneiramento.......................................... 18

3.2.2 – Ensaios de Granulometria por Sedimentação........................................ 19

3.3 – LIMITES DE ATTERBERG.......................................................................... 20

3.3.1 – Limite de Liquidez LL........................................................................... 21

3.3.2 – Limite de Plasticidade LP...................................................................... 21

3.3.3 – Indice de Plasticidade............................................................................ 22

3.3.4 – Indice de Grupo..................................................................................... 22

3.3.5 – Considerações Finais............................................................................. 23

CAPITULO 4 – COMPACTAÇÃO DE SOLOS................................................. 24

4.1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................. 24

4.2 – CONCEITO DE COMPACTAÇÃO.............................................................. 24

4.3 – CURVA DE COMPACTAÇÃO.................................................................... 25

4.4 – INFLUÊNCIA DA COMPACTAÇÃO NA ESTRUTURA DOS SOLOS.... 26

4.5 – ENERGIA DE COMPACTAÇÃO................................................................. 27

4.6 – MÉTODOS DE COMPACTAÇÃO............................................................... 29

4.7 – INFLUÊNCIAS DAS CARACTERÍSTICAS DO SOLO NO


COMPORTAMENTO DESTE, APÓS O ESFORÇO DE COMPACTAÇÃO...... 32
4.8 – CONSIDERAÇÕES SOBRE A ENERGIA DE COMPACTAÇÃO............. 33

CAPITULO 5 – DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS


FLEXIVEIS............................................................................................................... 37

5.1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................. 37

5.2 – CONCEITO DE PAVIMENTO..................................................................... 38

5.3 – ESTRUTURA DO PAVIMENTO................................................................. 39

5.3.1 – Nomenclatura da Seção Transversal...................................................... 40

5.4 – MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DO DNER...................................... 41

5.4.1 – Cálculo do CBR/ISC.............................................................................. 41

5.4.2 – Parâmetros do Subleito.......................................................................... 43

5.4.2.1 – Cálculo do ISmin.......................................................................................................................... 43

5.4.3 – Classificação dos Materiais Empregados no Pavimento (DNIT, 2006) 44

5.4.4 – Tráfego (DNIT, 2006)............................................................................ 44

5.4.5 – Coeficiente de Equivalência Estrutural.................................................. 45

CAPITULO 6 – MATERIAIS E METODOS........................................................ 49

6.1– INTRODUÇÃO............................................................................................... 49

6.2 – CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INSERÇÃO DOS TRECHOS


ENSAIADOS........................................................................................................... 50

6.2.1 – Introdução.............................................................................................. 50

6.2.2 – Trecho 1 – Limeira do Oeste – Rio São Domingos............................... 50

6.2.3 – Trecho 2 – Entroncamento BR – 262 – Almeida Campos – LMG


798..................................................................................................................... 55

6.2.4 – Trecho 3 – Milho Verde – Serro............................................................ 59


6.3 – COLETA, ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DOS SOLOS (TRB)................................................................................................ 63

6.3.1 – Coleta de Amostras................................................................................ 63

6.3.2 – Ensaios de Caracterização..................................................................... 66

6.3.3 – Classificação dos Solos TRB................................................................. 67

6.4 – ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO, CBR E EXPANSÃO.............................. 67

6.5 – CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS..................................................... 68

6.6 – MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO


FLEXÍVEL.............................................................................................................. 68

6.7 – CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS PARA MATERIAIS DE


PAVIMENTAÇÃO................................................................................................. 68

6.8 – CONSULTA/PESQUISAS............................................................................. 72

6.8.1– Consultas nos DER s do Brasil............................................................... 72

6.8.2 – Pesquisas dos Solos de Subleito Estradal Estudados no DER-MG....... 73

CAPITULO 7 – RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................. 75

7.1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................. 75

7.2 – ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO............................................................ 76

7.2.1 – Análise Granulométrica......................................................................... 76

7.2.2 – Limites de Atterberg.............................................................................. 79

7.3 – ÍNDICE DE GRUPO...................................................................................... 81

7.4 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS SEGUNDO TRB..................................... 82

7.5 – RESULTADOS DOS ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO............................. 82

7.6 – ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (CBR)............................................. 90


7.7 – EXPANSÃO................................................................................................... 95

7.8 – DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO NOS TRECHOS ENAIADOS 98

7.9 – ANÁLISE DA PESQUISA NO DER-MG..................................................... 101

7.9.1 – Resultado das Pesquisas Realizadas no DER-MG................................ 101

7.9.2 – Resultado das Consultas a Outros DERs............................................... 104

7.10 – CUSTO / BENEFÍCIO................................................................................. 105

7.11 – CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 108

CAPITULO 8 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS


FUTURAS.................................................................................................................. 110

8.1 – CONCLUSÕES.............................................................................................. 110

8.2 – SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS............................................ 113

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 115

ANEXOS – RESULTADOS DE ENSAIOS........................................................... 118


CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

A crescente escassez de ocorrências de materiais utilizados em camadas de pavimentos


rodoviários no Brasil está gerando, atualmente, estudos alternativos de pesquisas
necessárias para suprir essas poucas ocorrências.

A intervenção ambiental na exploração de jazidas de materiais granulares com


características para serem utilizadas em camadas de pavimento rodoviário também
direciona pesquisas alternativas de substituição desses materiais.

Uma dessas alternativas/pesquisas que venha atender essa demanda de forma a não
agredir o meio ambiente, evitando utilização de materiais escassos, traduz-se no estudo
de acréscimo de energia de compactação em solos.

A implantação de uma estrada requer vários estudos alternativos possíveis. Atualmente


são implantadas estradas sobre as vias já preexistentes, caracterizando-as na fase de
projeto como melhoramentos e pavimentação. Raros são os trechos considerados
virgens, a serem totalmente implantados.

As vias atuais a serem pavimentadas, já muito exploradas pelas diversas manutenções


rodoviárias ocorridas, requerem a indicação de materiais para pavimentação muitas
vezes já esgotados na região.

Esses materiais de pavimentação são provenientes de jazidas, que são constituídas de


solos a serem utilizados na confecção de base e sub-base dos pavimentos e empregados
em substituição de solos de subleito com baixo suporte.

A intervenção ambiental tal como o desmatamento com a remoção da camada vegetal


para a exploração de jazidas vem cada vez mais sendo dificultada. Essa operação de

1
desmatamento em muito agride o meio ambiente, requer estudos específicos para
recuperação de áreas degradadas.

A distância de transporte cada vez maior, face à escassez de materiais, é outro fator que
onera demasiadamente as obras rodoviárias.

As negociações com proprietários para liberação das jazidas, já escassas, a licença junto
ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para a exploração do material
granular e a execução de caminhos de serviços para acesso às jazidas, dentre outros
fatores, somam-se às diversas dificuldades econômicas e ambientais na exploração e
utilização desses materiais nas camadas de pavimento.

Conjuga-se também uma possível ocorrência de Área de Preservação Permanente


(APP), nas jazidas e mediações, as quais necessitam de autorização para serem
transpostas.

Buscando fontes de pesquisas e/ou alternativas, de forma a evitar uma possível


exploração de jazidas, verifica-se que um estudo de acréscimo de energia de
compactação pode vir a suprir parte dessa intervenção ambiental de forma econômica.

De acordo com Vargas (1977), a técnica de lançar os aterros em camadas horizontais e a


passagem de rolos compressores pesados, que evitam a terra fofa e a formação de vazios
entre prováveis torrões, chama-se de compactação.

A evolução da compactação deve-se aos trabalhos de O.J. Porter, seguindo-se o de R. R.


Proctor em 1933.

Ralph Proctor publicou suas observações sobre a compactação de aterros mostrando


que, aplicando-se uma determinada energia de compactação que é o “ato de
artificialmente aumentar o peso específico do solo por manipulação agindo-se sob
forma de pressão ou apiloamento ou vibração das partículas de solo de modo que elas

2
fiquem em estado de contato íntimo” (Baptista, 1974), a massa específica resultante é
em função da umidade em que o solo estiver.

Define-se a energia de compactação como sendo a energia empregada por umidade de


volume de solo compactado, em um método dinâmico de compactação qualquer (Pinto,
2006).

No Brasil, as energias de compactação utilizadas normalmente seguem as


especificações do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), atual
Departamento Nacional de Infra–Estrutura de Transporte (DNIT), para obras de
pavimentação rodoviária. De acordo com a norma técnica DNER-ME 129/94, foram
estabelecidas as energias de compactação Normal, Intermediária e Modificada para se
determinar a correlação entre o teor de umidade e a massa específica aparente do solo
seco.

Atualmente, alguns Departamentos Estaduais da área rodoviária estão aplicando novas


energias de compactação nos materiais que integram as camadas dos pavimentos
rodoviários. Essas novas energias são aplicadas àqueles materiais que possuem
características geotécnicas que não atendem à norma DNER-ME129/94,
particularmente no que se refere aos valores do ISC (Índice Suporte Califórnia) ou CBR
(Califórnia Bearing Ratio).

O ensaio do CBR foi concebido pelo Departamento de Estradas de Rodagem da


Califórnia (USA) para avaliar a capacidade de suporte dos solos. No ensaio de CBR é
medida a resistência, à penetração de uma amostra saturada, compactada segundo o
método Proctor.

Não se objetiva aqui criar uma nova tecnologia de compactação como, por exemplo,

mudança de pesos de soquetes ou alteração em alturas de compactação, mas sim

verificar uma metodologia prática que vem sendo utilizada por alguns Departamentos

Estaduais.

3
A premissa básica e as vantagens do presente estudo podem assegurar a minimização de
intervenção ambiental evitando explorar um volume maior de matéria prima para
utilização em camadas de pavimento rodoviário.

1.1 – OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem por objetivo mostrar que o uso de energia de compactação adequada
para certo tipo de solo do subleito pode contribuir para a construção de pavimentos mais
econômicos e com menor impacto ambiental.

1.1.1 – Objetivos Específicos:

a) Avaliar o comportamento das energias de compactação do Proctor Normal,


Internormal e Intermediário nos solos do leito estradal nos trechos pesquisados.
b) Classificar os solos do leito estradal nos trechos pesquisados, possibilitando
agrupar a variedade de solos existentes em classes, auxiliando os estudos de
caracterização.
c) Verificar a interferência das energias do Proctor Normal, Internormal e
Intermediário nos ensaios de compactação, densidade, CBR e Expansão.
d) Apresentar estudos sobre energias diferenciadas para camadas de pavimento,
e) Avaliar a economia proporcionada após resultados adquiridos.
f) Elucidar a importância ambiental dos estudos realizados.

1.2 - JUSTIFICATIVA

Tendo em vista a crescente escassez de ocorrências de materiais para execução das


camadas de pavimentos rodoviários, torna-se bastante oportuno a elaboração de novos
estudos que busquem alternativas que venham suprir de forma eficiente e, ao mesmo
tempo, econômica e ambientalmente viável.

4
Mendes (1973) já havia afirmado que é da maior importância que estudemos as
características de nossos solos para melhor adaptarmos as experiências estrangeiras à
nossa técnica.

O estudo de uma energia de compactação mais adequado para determinado tipo de solo
permitirá um aproveitamento mais eficiente das características do solo, de maneira a
influenciar consideravelmente o dimensionamento do pavimento, permitindo um maior
aproveitamento do material encontrado “in loco”, ou seja, no leito estradal.

O presente estudo poderá orientar outros Departamentos Estaduais da área rodoviária,


trazendo economia e menor intervenção no meio ambiente, através de bons estudos
geotécnicos.

1.3 – METODOLOGIA DO TRABALHO

Objetivando fornecer elementos que facilitem a compreensão deste trabalho, foi


inicialmente elaborada uma revisão bibliográfica na qual foram apresentados conceitos
fundamentais dos temas e termos de maior relevância empregados neste trabalho.

Concomitantemente foram relacionados três trechos de rodovias a serem implantados


no estado de Minas Gerais para coleta de amostras e realização dos ensaios
laboratoriais.

Após realização dos ensaios, os dados foram compilados e processados e serão aqui
representados sobre forma de tabelas e gráficos.

Foi realizada uma coleta de resultado de ensaios, junto aos arquivos do DER-MG,
Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais, objetivando
adquirir dados de projetos rodoviários, já elaborados, adotando essa variação de energia
de compactação.

5
Realizou-se uma consulta em outros DERs dos estados brasileiros de forma a fomentar
as pesquisas e, ao mesmo tempo, suprir de informações o andamento de pesquisas com
mesmo objetivo, enriquecendo a presente dissertação.

Utiliza-se aqui o Referencial de Preços para Obras Rodoviárias do DER-MG para


ilustrar a economia que pode ser gerada caso sejam executadas as alternativas
apresentadas.

Finalizando o trabalho, encontra-se uma análise dos resultados, fundamentada na


literatura pesquizada.

1.4 – DISTRIBUIÇÃO DOS ASSUNTOS NA DISSERTAÇÃO

Esta dissertação constitui-se de oito capítulos distribuídos da seguinte maneira:

a) Capítulo 1 – Introdução: relata, de forma sintética, a importância econômica e


ambiental dos estudos de variação de energia de compactação. Apresenta o objetivo e a
justificativa deste trabalho.

b) Capítulos 2, 3, 4 e 5 – Estes capítulos constam de uma revisão bibliográfica de forma


a apresentar todas as bases técnicas pesquisadas, enfocando principalmente os assuntos
inerentes aos estudos geotécnicos necessários à segurança e ao emprego em obras
rodoviárias.

c) Capitulo 6 – Materiais e Métodos: relaciona todos os materiais pesquisados utilizados


nos ensaios e lista os métodos para obtenção dos resultados dos ensaios apresentados.
Neste capítulo, é apresentada a caracterização das áreas de inserção dos trechos
relacionados para realização dos ensaios.
d) Capitulo 7 – Resultados e Discussões: Apresenta os resultados de uma pesquisa
realizada junto ao DER-MG, particulariza cada ensaio, conclui previamente os

6
resultados e, em alguns casos, confronta as opiniões de alguns autores cujos artigos já
foram publicados.

e) Capitulo 8 – Conclusões e Sugestões para Pesquisas Futuras: avalia o resultado e


propõe sugestões para estudos futuros.

f) Referências Bibliográficas

g) Anexos – Resultados de Ensaios

7
CAPITULO 2

SOLOS

2.1- INTRODUÇÃO

Para se ter um solo como objeto de uma pesquisa é necessário identificá-lo. Os cálculos
de qualquer projeto de engenharia envolvendo solos serão baseados nas propriedades
específicas da classe a que pertencem o solo.

A utilização do solo como material de construção em rodovias, constituindo aterros,


base, sub-base e reforço do subleito dos pavimentos requer sua classificação cujo
objetivo é inferir preliminarmente suas capacidades geotécnicas.

2.2 – CONCEITO DE SOLO

Com a finalidade específica de engenharia civil, para Vargas (1977), o termo solo é
considerado como todo material da crosta terrestre que não ofereça resistência
intransponível à escavação mecânica e que perde totalmente toda resistência quando em
contato prolongado com a água. Estes materiais reagem sob fundações, deformam-se e
resistem a esforços influenciando as obras segundo suas propriedades e
comportamentos.

2.3 – NATUREZA DOS SOLOS

Todo solo tem sua origem remota ou imediata na decomposição das rochas por ação de
intempéries tais como expansão e contração térmica, levando ao fraturamento mecânico,
e à alteração química transformando-os em areias e argilas.

De acordo com Craig (2007), se os produtos da exposição ao tempo permanecem no


local de origem, eles constituem um solo residual. A composição mineralógica e

8
granulométrica, a estrutura e espessura dos solos residuais dependem do clima, relevo,
tempo e tipo de rocha de origem. No entanto, quando os produtos da exposição ao
tempo são transportados por algum agente e depositados em um local diferente ao da
origem, eles constituem um solo transportado.

Os agentes de transporte podem ser a gravidade, o vento, a água e as geleiras e outros.


Estes processos podem ser bem mais atuantes em climas quentes, levando a formação
de solos constituídos de partículas pequenas que se diferenciam pelo tamanho e pela
composição química conforme a rocha de origem. Assim sendo, os termos pedregulhos,
areia, silte e argila têm três significados diferentes. Segundo Vargas (1977), esses
termos denotam “espécies mineralógicas diferentes”; “frações de solos com tamanhos
de grãos diferentes” e "camadas de solos”.

2.4 – CONSTITUIÇÃO DOS SOLOS

Um solo é qualquer reunião de partículas minerais soltas, ou fracamente unidas (Craig,


2007). A primeira característica levada em conta na diferenciação de um solo refere-se
ao tamanho de suas partículas. Num solo convivem partículas de diversos tamanhos e
formas. Os grãos dos solos acham-se reunidos de modo a se tocarem entre si, deixando
espaços vazios denominados poros. Esses poros são preenchidos por água ou ar. Os
solos constituem-se de três fases: sólida, líquida e gasosa.

2.5 - CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Com o objetivo de facilitar os estudos de caracterização e prever o comportamento


diante das solicitações a que serão submetidos, os solos são agrupados em classes e é
fundamental que exista uma linguagem padrão para a descrição dos mesmos.

A descrição dos solos é feita destacando-se principalmente cor, a textura, a estrutura e a


plasticidade.

9
2.5.1 – Classificação Genética

Essa classificação leva em conta tão somente a formação originária do solo.


Constituem-se em ferramentas de grande utilidade, uma vez que ajudam a interpretar a
distribuição e o comportamento das diferentes camadas de solo de uma determinada
área, estando a sua validade restrita a circunstâncias particulares de um meio ambiente.
Entretanto, necessitam ser bem interpretadas, pois não permitem prever diretamente as
propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos de interesse para obras de engenharia.
As classificações genéticas mais utilizadas são a geológica e a pedológica.

De acordo com Pastore e Fontes (2007), a classificação geológica interpreta a gênese do


solo com base na análise tátil-visual e em observações de campo acerca da forma de
ocorrência e das relações estratigráficas com outras ocorrências, interpretando-se os
processos responsáveis pela gênese e a rocha de origem

Apesar de fundamental, pois através desta classificação se estabelece a correlação entre


os diversos horizontes ou camadas de solos que ocorrem em uma determinada região, a
classificação geológica não fornece as propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos.
Sendo assim, há a necessidade de se utilizar em conjunto, classificações geotécnicas.

A classificação pedológica concentra seu interesse na parte mais superficial do solo


onde, segundo Pastore e Fontes (2007), é mais evidente a atuação de fatores
pedogenéticos diferenciando esse perfil em horizontes denominados A, B e C. Os
processos pedogenéticos promovem a adição, perda, transformação e transporte do
material do solo. De acordo com Vaz (1996), durante a evolução pedogênica, os grãos
minerais são fragmentados, decompostos e mobilizados, destruindo completamente seu
imbricamento original, acelerando a formação de novos minerais, iniciada na fase de
alteração intempérica e acarretando a homogeneização do solo, para o que contribui a
ampla fauna de insetos e de microorganismos das regiões tropicais.

Os principais processos são o de eluviação e iluviação, respectivamente processos de


perda e adição de material; a lixiviação, que remove os sais solúveis e a podzolização e

10
a laterização, respectivamente, processos que levam à concentração de sílica e ferro. O
agente principal dos processos pedogenéticos é a movimentação da água no solo,
através de infiltração no período de chuvas e evaporação nas secas, razão pela qual
esses processos são particularmente ativos nas regiões tropicais.

A classificação pedológica tem grande valor pela riqueza de conteúdo e informações,


porém existem limitações na sua utilização, principalmente no que se refere ao fato das
informações estarem limitadas aos horizontes A e B, os quais, em muitas obras civis
são, parcialmente ou totalmente removidos, e também em razão de grupos pedológicos
distintos apresentarem o mesmo comportamento geotécnico e ainda um mesmo grupo
pedológico apresentar diferentes propriedades geotécnicas.

2.5.2 – Classificação Granulométrica

A classificação granulométrica consiste em agrupar os solos de acordo com sua textura,


ou seja, com o tamanho de suas partículas. Para isso, estabelece-se uma escala
granulométrica, isto é, uma escala das grandezas dos diâmetros entre os quais se
encontram os tamanhos dos grãos das diversas frações constituintes do solo.

De acordo com Pastore e Fontes (2007), as escalas granulométricas mais utilizadas para
a classificação textural são as elaboradas pela AASHTO, ASTM, MIT e pela ABNT.

Vargas (1977) ressalta que, para fins geotécnicos, as classificações granulométricas só


são eficientes no caso de solos grossos, porém falham no caso dos solos que têm
plasticidade.

2.5.3 – Classificações Geotécnicas Convencionais

As classificações geotécnicas convencionais correspondem àquelas que se baseiam nos


ensaios granulométricos e limites de Atterberg para classificar e determinar o estado dos
solos.

11
Os Limites de Atterberg referem-se aos limites de liquidez e plasticidade do solo.

2.5.3.1 – Sistema unificado de classificação dos solos (SUCS)

De acordo com Vargas (1977), esta classificação é derivada do sistema de classificação


elaborado por A. Casagrande em 1948, inicialmente denominado Sistema de
Classificação de Aeroportos, adaptado pelo Bureau of Reclamation e U.S. Corps of
Engineers em 1953, e teve seu emprego generalizado normatizado pela ASTM D2487
em 1983.

Nesta classificação cada solo é representado por duas letras: um prefixo, ligado ao tipo e
um sufixo ligado às características granulométricas e à plasticidade, (Bueno e Viar,
1984) (Tabela 2.1).

Tabela 2.1 – Sistema Unificado de Classificação de Solos


Pedregulhos bem graduados ou misturas
GW
Pedregulho de areia e ped com pouco ou nenhum fino
sem finos Pedregulho mal graduado ou misturas de
Pedregulhos: GP
areia e ped. com pouco ou nenhum fino
50% ou mais da
fração graúda Pedreg. GM Pedregulhos siltosos ou misturas de ped
SOLOS DE retida na Com finos areia e silte
GRADUAÇÃO peneira nº 4 Pedregulhos argilosos, ou misturas de ped.
GC
GROSSA areia e argila
Mais de 50% retido na Areias sem Areias bem graduadas, ou areias
SW
peneira nº 200 finos pedregulhosas, com pouco ou nenhum fino
Areias: mais de Areias mal graduadas, ou areias
SP
50% da fração pedregulhosas com pouco ou nenhum fino
graúda Areias com
passando na SM Areias siltosas – misturas de areia e silte
finos
peneira nº 4
SC Areias argilosas – misturas de areia e argila

Siltes inorgânicos – areias muito finas –


ML
areias finas siltosas e argilosas
SILTES e ARGILAS Argilas inorgânicas de baixa e média
Com LL ≤ 50 CL plasticidade argilas pedregulhosas,
arenosas e siltosas
SOLO DE Siltes orgânicos – argilas siltosas orgânicas
GRADUAÇÃO FINA: OL
de baixa plasticidade
50% ou mais Siltes – areias finas ou siltes micáceos –
passando pela peneira MH
siltes elásticos
nº 200 SILTES e ARGILAS
CH Argilas inorgânicas de alta plasticidade
Com LL > 50
Argilas orgânicas de alta e média
OH
plasticidade
Solos altamente Orgânicos PT Turfas e outros solos altamente orgânicos

Fonte: Manual de Pavimentação DNIT – 2006

12
2.5.3.2 – Classificação do TRB (Transportation Research Board), antiga HRB
(Highway Research Board)

Também conhecida como Classificação AASHTO, essa classificação teve origem nos
sistemas do Bureau of Public Roads e Public Roads Administration. Foi elaborada
principalmente para uso de engenheiros rodoviários e classifica, subleitos em rodovias.

Segundo Pastore e Fontes (2007), esse sistema sofreu revisão entre 1943 e 1945 pelo
Highway Research Board, quando foi introduzido o Índice de Grupo. Nesta
classificação os solos são reunidos em grupos e subgrupos.

Tabela 2.2 – Classificação dos Solos (TRB)

MATERIAIS SILTO-
CLASSIFICAÇÃ MATERIAIS GRANULARES ARGILOSOS Mais de 35%
O GERAL 35% (ou menos) passando na peneira nº 200 passando na peneira nº 200

A-1 A-3 A-2 A-7


A-4 A-5 A-6 A-7-5
CLASSIFICAÇÃ A-7-6
O EM GRUPO A-1-A A-1-B A-2-4 A-2-5 A-2-6 A-2-7

Granulometria - %
passando na
peneira
Nº 10 ................... 50 máx
Nº 40 ................... 30 máx 30 máx 51 min
Nº 200 ................. 15 máx 25 máx 10 máx 35 máx 35 máx 35 máx 35 36 36 36 36 min
máx min min min
Características da
fração passando
na peneira nº 40
Limite de 40 máx 41 min 40 máx 41 40 41 40 41 min
Liquidez.... 6 máx 6 máx NP 10 máx 10 máx 11 min min máx min máx 11 min *
ÍP 11 10 10 11
min máx máx min
12 16
Índice de Grupo 0 0 0 0 0 4 máx 4 máx 8 máx 20 máx
máx máx
Materiais Fragmentos de pedra, Pedregulho ou areias siltosas ou
Solos siltosos Solos argilosos
constituintes pedregulho fino e areia argilosas
Comportamento
Excelente a bom Sofrível a mau
como subleito

* O IP do grupo A-7-5 é igual ou menor do que o LL menos 30


Fonte: Manual de Pavimentação DNIT – 2006

13
Os “solos granulares” compreendem os grupos A-1; A-2 e A-3, os “solos finos” os
grupos A-4; A-5; A-6 e A-7 dos quais três são subdivididos em subgrupos. Determina-
se o grupo do solo por processo de eliminação da esquerda para a direita, no quadro de
classificação (Tabela 2.2.). O primeiro grupo a partir da esquerda com o qual os valores
do solo ensaiado irá coincidir, será a classificação correta.

2.5.4 – Classificações Geotécnicas não Convencionais

As classificações tradicionais foram desenvolvidas para solos de países de clima


temperado, não sendo geralmente apropriadas para solos tropicais. Em razão disso,
vários estudos têm sido realizados com intuito de desenvolver um método rápido e
simples, capaz de identificar as diferenças entre os vários tipos de solos tropicais e
estimar suas propriedades de interesse como material integrante de um pavimento.

No Brasil, temos a proposta de Medina e Preussler (1980) que apresenta uma


classificação a qual permite a obtenção do módulo resiliente do solo a partir de índices
classificatórios tradicionais e o sistema de classificação MCT (Miniatura, Compactado,
Tropical), desenvolvido por Nogami e Villibor (1995), com a finalidade básica de
melhor caracterizar os solos tropicais através da determinação das propriedades
mecânicas e hidráulicas de solos tropicais compactados para uso em obras viárias. A
técnica permite avaliar propriedades fundamentais dos solos associados à contração,
permeabilidade, expansão, coeficiente de penetração d’água, coesão, capacidade de
suporte e famílias de curvas de compactação, utilizando corpos de prova de dimensões
reduzidas (50x50 mm).

2.5.4.1 – Classificação MCT

A metodologia para classificação MCT se baseia em ensaios de compactação e perda de


massa por imersão de corpo de prova, proposta por Nogami e Villibor (1981). No
ensaio de compactação Mini-MCV, determina-se os coeficientes c’(parâmetro utilizado
conjuntamente com outros para classificar o solo) e d’ (coeficiente angular da curva de
12 golpes).

14
Por Mini-MCV entende-se uma propriedade empírica do solo determinada no ensaio em
função do teor de umidade. No ensaio pode-se obter famílias de curva de compactação
obtidas com a energia variável e a relação de Mini-MCV com o teor de umidade, que
permite determinar, no campo, o teor de umidade de compactação (Nogami e Villibor,
1981).

No ensaio de perda de massa por imersão obtém-se o parâmetro Pi ( expresso em %)


que é também utilizado com os parâmetros c’ e d’ na classificação do solo.

De posse dos resultados dos ensaios de compactação mini-MCV e de perda de massa


por imersão, os solos são dispostos em sete grupos de classificação MCT, que agrupa os
solos tropicais em duas grandes classes quanto aos comportamentos lateríticos e não-
lateríticos (L e N). Estas classes são subdivididas em grupos, de acordo com seu
comportamento e suas granulometrias:

a) LG’: argilas lateríticas e argilas lateríticas arenosas;


b) LA’: areias argilosas lateríticas;
c) LA: areias com pouca argila laterítica;
d) NG’: argilas, argilas siltosas e argilas arenosas não lateríticas;
e) NS’: siltes caolínicos e micáceos, siltes arenosos e siltes argilosos não lateríticos;
f) NA’: areias siltosas e areias argilosas não- lateríticas;
g) NA: areias siltosas com siltes quartzosos e siltes argilosos não-lateríticos.

A classificação é gerada através da utilização do gráfico da Figura 2.1, classificação


MCT, que é composta de eixos cartesianos em cuja abscissa encontram-se os valores de
c’ e, nas ordenadas, os valores do índice e’(coeficiente classificatório, expresso em
centésimos) obtido utilizando-se os parâmetros Pi e d’ citados anteriormente. O índice
e’ foi concebido para indicar o comportamento laterítico ou não laterítico.

15
Figura 2.1 – Gráfico da classificação MCT e dados diversos dos grupos de solos integrantes da mesma

16
2.5.5 – Considerações

Após pesquisas realizadas em todo o Brasil, especificamente nos DERs, foi constatado
que em sua maioria é empregado a classificação TRB. Esta classificação é utilizada no
presente trabalho, pois vem subsidiar os métodos de dimensionamento de pavimentos
flexíveis, adotados pelo DER-MG e praticamente em quase todo meio rodoviário do
Brasil, que fazem uso da Classificação TRB.

17
CAPÍTULO 3

ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO

3.1 – INTRODUÇÃO

Para a identificação dos solos a partir das partículas que os constituem, são
empregados correntemente dois tipos de ensaio, a análise granulométrica e os
índices de consistência.

3.2 – ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

Na análise granulométrica, os solos são agrupados de acordo com a sua textura, ou


seja, com o tamanho de suas partículas, através do ensaio de granulometria.

A análise granulométrica consiste na determinação das porcentagens, em peso, das


diferentes frações constituintes da fase sólida do solo e, em geral, é realizado em
duas fases: peneiramento e sedimentação.

3.2.1 – Ensaio de Granulometria por Peneiramento

O ensaio de granulometria por peneiramento é realizado para as partículas de solos


maiores do que 0,075mm (peneira nº200 da ASTM) . Esse ensaio é feito passando
uma amostra do solo por uma série de peneiras de malhas quadradas de dimensões
padronizadas. Pesam-se as quantidades retiradas em cada peneira e calculam-se as
porcentagens que passam em cada peneira. A análise granulométrica tem como
limitação a abertura da malha das peneiras, que não pode ser tão pequena quanto a o
diâmetro de interesse.

Para a realização dos ensaios deste estudo, seguiremos o método do DNIT (2006),
DNER – ME080/94.

18
A Tabela 3.1 indica as aberturas das malhas das peneiras normais da ASTM,
adotadas pelo método do DNIT (2006).

Tabela 3.1 - Granulometria


Nº ABERTURA (mm)
200 0,075
100 0,15
40 0,42
10 2,09
4 4,8
Fonte: DNIT, 2006

3.2.2 – Ensaios de Granulometria por Sedimentação

Quando há interesse no conhecimento da distribuição granulométrica da porção


mais fina dos solos, emprega-se a técnica da sedimentação, que se baseia na lei de
Stokes: a velocidade (ϑ) de queda de partículas esféricas num fluído atinge um

valor limite que depende do peso específico do material da esfera (γs), do peso

específico do fluido (γw), da viscosidade do fluido (µ) e do diâmetro da esfera(D)


conforme a expressão 3.1 (Pinto, 2006).

(Expressão 3.1) ϑ = (γs- γw x D2)/ 18. µ

Para a realização dos ensaios deste estudo, seguiremos o método do DNIT (2006),
DNER – ME051/94.

Com os resultados obtidos nos ensaios de granulometria, traça-se a curva


granulométrica em um diagrama semi-logarítmico (Figura 3.1), que tem como

19
abscissa os logaritmos das dimensões das partículas e, como ordenadas as
porcentagens, em peso, de material que tem dimensão média menor que a dimensão
considerada (porcentagem do material que passa)

Figura 3.1 – Exemplo de curva de distribuição granulométrica do solo


Fonte: PINTO, 2006

Deve-se notar que as mesmas designações usadas para expressar as frações


granulométricas de um solo são empregadas para denominar os próprios solos. Um
solo é uma argila quando o seu comportamento é o de um solo argiloso, ainda que
contenha partículas com diâmetros correspondentes às frações silte e areia. Da
mesma forma, uma areia é um solo cujo comportamento é ditado pelos grãos
arenosos que ele possui, embora partículas de outras frações possam estar presentes
(Pinto, 2006).

3.3 – LIMITES DE ATTERBERG

Só a distribuição granulométrica não caracteriza bem o comportamento dos solos


sob o ponto de vista da engenharia. A fração fina dos solos tem grande importância
neste comportamento. Quanto menores as partículas, maior a superfície específica
(Pinto, 2006).

20
O comportamento de partículas com superfícies específicas tão distintas perante a
água é muito diferenciado. Por outro lado, as partículas de minerais argila diferem
acentuadamente pela estrutura mineralógica, bem como pelos cátions adsorvidos,
(Pinto, 2006).

Todos esses fatores interferem no comportamento do solo. A procura de uma forma


prática de identificar a influência das partículas argilosas, a engenharia optou por
uma análise indireta, baseada no comportamento do solo na presença de água.
Generalizou-se o emprego de ensaios e índices propostos pelo engenheiro químico
Atterberg, adaptados e padronizados pelo professor de Mecânica dos Solos Arthur
Casagrande (Pinto, 2006).

Esses limites permitem avaliar a plasticidade dos solos. Essa propriedade dos solos
argilosos consiste na maior ou menor capacidade de serem eles moldados sem
variação de volume, sob certas condições de umidade (DNIT, 2006). Quando muito
úmido os solos argilosos se comportam como um líquido; quando perde parte de sua
água, fica plástico; e quando seco, torna-se quebradiço (Pinto, 2006).

3.3.1 – Limite de Liquidez (LL)

O Limite de Liquidez (LL) é definido como o teor de umidade do solo com o qual
uma ranhura nele feita requer 25 golpes para se fechar. São realizadas várias
tentativas com o solo em diferentes umidade, anotando-se o número de golpes para
fechar a ranhura, obtendo-se o limite pela interpolação dos resultados. O
procedimento de ensaio é padronizado no Brasil pela ABNT (NBR 6459) (Pinto,
2006). Neste trabalho seguiremos o método do DNIT (2006), DNER-ME 122/94.

3.3.2 – Limite de Plasticidade (LP)

O Limite de Plasticidade (LP) é definido como o menor teor de umidade com o qual
se consegue moldar um cilindro com 3 mm de diâmetro, rolando-se o solo com a
palma da mão. O procedimento é padronizado no Brasil pelo Método NBR 7180,

21
(Pinto, 2006). Neste trabalho seguiremos o método do DNIT (2006), DNER-ME
082/94.

3.3.3 – Índice de Plasticidade

A diferença numérica entre o LL e o LP fornece o Índice de Plasticidade (IP)


(Expressão 3.2). Esse índice define a zona em que o terreno se acha no estado
plástico e, por ser máximo para as argilas e mínimo para as areias, fornece um
valioso critério para se avaliar o caráter argiloso de um solo. Quanto maior o IP,
tanto mais plástico será o solo. O IP é função da quantidade de argila presente no
solo, enquanto o LL e o LP são funções da quantidade e do tipo de argila (DNIT,
2006).

(Expressão 3.2) LL – LP = IP

3.3.4 – Índice de Grupo

Para classificação de um solo no sistema TRB é necessário, além dos ensaios de


caracterização, a definição do Índice de Grupo.

Chama-se Índice de Grupo (IG) a um valor numérico, variando de 0 a 20, que retrata
o duplo aspecto de plasticidade e graduação das partículas do solo. O IG é calculado
pela Expressão 3.3 (DNIT, 2006).

(Expressão 3.3) IG = 0,2a + 0,005ac + 0,01bd

sendo:
a = porcentagem de material que passa na peneira nº 200, menos 35. Se a
porcentagem obtida nesta diferença for maior que 75, adota-se 75; se for menor que
35, adota-se 35.

22
b = porcentagem de material que passa na peneira nº 200, menos 15. Se a
porcentagem obtida nesta diferença for maior que 55, adota-se 55; se for menor que
15, adota-se 15.
c = Valor do LL menos 40. Se o LL for maior que 60, adota-se 60; se for menor que
40 adota-se 40.
d = Valor de IP menos 10. Se IP for maior que 30, adota-se 30; se for menor que 10;
adota-se 10.

3.4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os índices de consistência tem se mostrado muito úteis para a identificação dos


solos e sua classificação. Terzaghi, citado por Pinto (2006), observou que os solos
são tanto mais compressíveis (sujeitos a recalques) quanto maior for o seu LL.

23
CAPITULO 4

COMPACTAÇÃO DE SOLOS

4.1 – INTRODUÇÃO

Neste capítulo será apresentada uma revisão bibliográfica sobre as principais teorias e
os ensaios de compactação utilizados em laboratórios, dando ênfase ao método de
ensaio por impacto que é o aplicado pelo DER- MG.

4.2 – CONCEITO DE COMPACTAÇÃO

Compactação é a densificação do solo por meio de equipamento mecânico, geralmente


rolo compactador, soquetes, sapos, etc. (Pinto, 2006), acarretando a redução do volume
de vazios, aumento da resistência, diminuição da permeabilidade e da variação
volumétrica por umedecimento e secagem.

Em 1993, o engenheiro Ralph Proctor estabeleceu os parâmetros que influem


definitivamente na relação índice de vazios, ou seja, o aumento da massa especifica. De
acordo com Pinto (2006), para Proctor, a densidade com que um solo é compactado, sob
uma determinada energia de compactação, depende da umidade do solo no momento da
compactação. Ainda conforme Pinto (2006), Proctor verificou que para umidades mais
elevadas, a água provoca um determinado efeito de lubrificação entre as partículas, que
deslizam entre si, acomodando-se em um arranjo mais compacto. Porém quando se
compacta com baixa umidade, o atrito entre as partículas é muito alto e não se consegue
uma significativa redução de vazios.

Há, portanto, para uma dada energia, uma densidade máxima que é obtida para um
determinado teor de umidade denominado ótimo, onde se configura uma relação ideal
entre ar, água e solo no processo de compactação (Souza Junior, 2005).

24
Além de Proctor, outros pesquisadores apresentaram teorias, em função da capilaridade,
lubrificação, viscosidade da água, interação físico-química e tensões efetivas que
buscam explicar o comportamento da curva de compactação.

4.3 – CURVA DE COMPACTAÇÃO

Ao realizar-se a compactação de um solo sob diferentes umidades, e para uma


determinada energia de compactação, obtém-se uma curva de variação do peso
específico aparente seco (γd) em função do teor de umidade (w) (Figura 4.1).

Figura 4.1 – Curva de Compactação


Fonte: Trindade et al, 2008 - UFV

Os princípios gerais que regem a compactação, de acordo com Manual de Pavimentação


do DNIT (2006) são os seguintes:

a) a massa específica aparente seca (γs) de um solo, obtido após a compactação,

depende da natureza do solo, de sua granulometria e da massa específica dos grãos (γg);
varia, aproximadamente, entre os valores 1400 kg/m3 e 2300 kg/m3;

25
b) para um dado solo e para uma determinada energia de compactação, variando-se o
teor de umidade do solo, pode-se traçar uma curva de compactação: há um teor de
umidade denominado ótima (hot), ao qual corresponde uma massa específica aparente
seca máxima (γs max);

c) para um dado solo quanto maior for a energia de compactação, tanto maior será o γs
e tanto menor será hot;
d) para um dado solo e para um determinado teor de umidade h, quanto maior for a
energia de compactação, tanto maior será o γs obtido;
e) há uma chamada linha dos ótimos, que é o lugar geométrico dos vértices das curvas
obtidas com diferentes energias de compactação; a linha de ótimos separa os chamados
ramos secos e ramos úmidos das curvas de compactação;
f) para um dado solo, a massa específica aparente seca máxima varia linearmente com o
logaritmo da energia de compactação;

4.4 – INFLUÊNCIA DA COMPACTAÇÃO NA ESTRUTURA DOS SOLOS

De acordo com Pinto (2006), os solos compactados com umidades abaixo da ótima
adquirem um arranjo de grãos semelhantes aos das estruturas floculadas. Existem forças
atrativas entre as partículas que as ligam entre si, cantos ou arestas contra faces,
formando flocos que são indestrutíveis pelas forças comumente utilizadas na
compactação. Contudo, o aumento no teor de umidade desfaz essas forças atrativas e os
grãos começam a atuar como partículas dispersas em água (carregadas negativamente),
tendendo a se dispersarem. Quanto maior o teor de água no solo, maior a dispersão.
Assim, de acordo com esse autor, os solos compactados teriam, no ramo seco, uma
estrutura floculada, tanto mais pronunciada quanto menor fosse a energia de
compactação. No ramo úmido, a estrutura seria tanto mais dispersa quanto maior fosse a
energia de compactação.

Conforme descreve Pinto (2006), as curvas tensão-deformação de corpos de prova,


moldados com umidades abaixo da ótima, são semelhantes, qualquer que seja o método

26
de compactação e é sempre uma estrutura floculada. Por outro lado, para os corpos de
prova compactados acima da umidade ótima, estarão como que envoltos em água. Se
antes da compactação eles estiverem sem orientação privilegiada, uma compactação
estática manterá essa falta de orientação, levando a uma estrutura desorganizada
próxima à floculada. No entanto, um pisoteamento ou impacto sobre as partículas
tenderá a orientá-las no sentido de se aproximarem de uma estrutura dispersa.

Em termos de resistência, observa-se um comportamento distinto de um solo


compactado do lado seco e do lado úmido, sendo que, o solo compactado do lado seco,
apresenta uma maior resistência ao corte no fim da compactação.

Silva et al (1986), estudando os efeitos da compactação nas propriedades do solo,


observou que com o aumento do nível de compactação houve um aumento dos poros
com diâmetro menor que 0,05mm à custa da diminuição dos poros com diâmetro maior
que 0,05mm, logo, o autor relata a destruição do macroporos para formação de novos
microporos, com diminuição da porosidade total do solo.

4.5 – ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Tomando uma massa de solo úmido Ph, com um dado volume inicial num cilindro e
aplicando-lhe um número n de golpes através da queda de altura H, de um soquete de
peso P, resulta, após a compactação, um volume V, chama-se energia de compactação
ao trabalho executado, referido a unidade de volume de solo após a compactação
(DNIT, 2006). A energia Ec é dada pela Expressão 4.1.

nxPxH
(Expressão 4.1) Ec = xN
V

Onde:
n = número de golpes;
P = peso do soquete;
H = altura de queda;

27
V = volume do solo compactado;
N = número de camadas

Quanto às unidades mais usuais para energia de compactação, no Brasil, utiliza-se o Kgf
xcm/cm3 (DNER, 1996), sendo comum também o emprego das seguintes unidades:
Kj/m3, MN/m2 e MNm/m3 e pés.lbs/pés3.

De acordo com Pinto (2006), a energia aplicada no ensaio de compactação, influencia


diretamente a massa específica seca máxima e a umidade ótima a serem determinadas.
Quando o solo é compactado com teores de umidade abaixo do teor ótimo, a aplicação
de uma maior energia implica em aumento da massa específica seca do solo. Quando a
umidade está acima da umidade ótima, esse aumento pouco influencia no acréscimo de
massa, em conseqüência da expulsão do ar dos vazios. Para Pinto (2006), o aumento do
esforço de compactação conduz a uma massa específica seca máxima maior e a uma
umidade ótima menor, proporcionando um deslocamento da curva de compactação para
esquerda e para o alto (Figura 4.2).

Figura 4.2 – Curvas de umidade x densidade para energias de compactação diferentes


Fonte: Senço, 1997

28
4.6 – MÉTODOS DE COMPACTAÇÃO

De acordo com Essigmann Jr. et al (1978), citado por Souza Junior (2005), os
resultados de um processo de compactação dependem de fatores como a natureza do
solo, o método de compactação a ser utilizado, a energia e o teor de umidade.

Neste trabalho será apresentado o Método de Compactação por Impacto, uma vez que
este é o método adotado pelo DER-MG.

O ensaio de compactação por impacto surgiu a partir dos trabalhos de Proctor e ficou
conhecido como Ensaio de Proctor.

De acordo com Souza Junior (2005), o ensaio AASHTO Normal, sempre faz uso do
soquete pequeno, com o qual o solo é compactado em 3 camadas iguais, utilizando–se
dois tipos de cilindro: o cilindro Califórnia e o cilindro Proctor. No cilindro Proctor,
aplicam-se 25 golpes em cada camada, e no cilindro Califórnia, 56 golpes. Ainda
conforme Souza Junior a AASHTO estabelece 4 métodos para realização desse ensaio:

a) Ensaio A: utiliza cilindro Proctor e material passando na peneira nº 4;


b) Ensaio B: utiliza cilindro Califórnia e material passando na peneira nº 4;
c) Ensaio C: utiliza cilindro Proctor e material passando na peneira ¾;
d) Ensaio D: utiliza cilindro Califórnia e material passando na peneira ¾.

Já o Ensaio AASHTO Modificado, conforme Souza Junior (2005), sempre usa o


soquete grande, podendo-se utilizar também o cilindro Proctor ou Califórnia. Esse
ensaio é sempre executado compactando-se o solo em 5 camadas iguais. No cilindro
Proctor, aplicam-se 25 golpes em cada camada e no Califórnia, 56 golpes. Os métodos
estabelecidos para realização desse ensaio são os mesmos utilizados no ensaio normal.

A Tabela 4.1 mostra as dimensões dos cilindros e soquetes utilizados pela AASHTO.

29
Tabela 4.1 – Características dos Cilindros e Soquetes Utilizados nos Ensaios de
Compactação AASHTO

Ensaios da AASHTO
--- Nº de Camadas Soquete Nº de Golpes
Cilindro Proctor 25
Normal 3 camadas Pequeno
Cilindro California 56
Cilindro Proctor 25
Modificado 5 camadas Grande
Cilindro Califórnia 56
Características dos cilindros e soquetes (AASHTO)
Cilidros Califórnia Proctor
Diâmetro interno (cm) 15,24 10,16
Altura útil (cm) 11,64 11,64
Volume (cm³) 2.139,00 944
Soquetes Grande Pequeno
Peso (kg) 4,536 2,495
Altura de quedas (cm) 45,72 30,48
Fonte: Souza, 1976

O Ensaio ASSHTO Normal foi padronizado no Brasil pela ABNT (NBR 1782/86),
utiliza um cilindro metálico de volume igual a 1000 cm3, no qual uma amostra de solo é
compactada em três camadas, sob a ação de 25 golpes, com um soquete pesando 2,5 kg,
caindo de uma altura de 30 cm de altura (DNIT, 2006).

A Figura 4.3 mostra o equipamento de compactação. As espessuras finais das camadas


compactadas devem ser aproximadamente iguais e a energia de compactação deverá ser
uniformemente distribuída de forma a resultar um plano superior quase horizontal.

Figura 4.3 – Equipamento de Compactação


Fonte: Trindade et al , 2008 - UFV

30
Como citado por Pinto (2006), a amostra de solo deve ser previamente seca ao ar e
destorroada. Inicia-se o ensaio, acrescentando-se água até que o solo fique com cerca de
5% de umidade abaixo da umidade ótima. Após uniformizar bem a umidade, coloca-se
uma porção de solo no cilindro padrão para que seja submetida aos golpes do soquete.
A porção do solo compactada deve ocupar cerca de um terço da altura do cilindro.

O ensaio é repetido para diferentes teores de umidade, determinando-se, para cada um


deles, a massa específica aparente seca. A partir dos pares de valores obtidos (massa
específica aparente seca – teor de umidade), traça-se a curva. Os pontos devem estar
distribuídos de forma que dois deles se encontrem no ramo seco, um próximo à umidade
ótima e outros dois no ramo úmido (Figura 4.4).

Figura 4.4 – Curva de Compactação obtida em ensaio


Fonte: Pinto, 2006

Com os valores da massa específica do solo e o teor de umidade, pode-se calcular a


massa especifica aparente seca mediante a fórmula de correlação (Expressão 4.2):

γ
(Expressão 4.2) γs =
(1+w)

31
4.7 – INFLUÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS DO SOLO EM SEU

COMPORTAMENTO, APÓS O ESFORÇO DE COMPACTAÇÃO.

O comportamento de um solo, após receber o esforço de compactação, está diretamente

relacionado à natureza do solo. De acordo com Godoy et al (1996), os solos lateríticos,

quando compactados, podem adquirir boa resistência e baixa permeabilidade, sem perda

significativa de capacidade de suporte ao serem imersos em água.

Para Vargas (1978), ao tentar compactar-se um solo, o esforço de compactação será

mais ou menos efetivo conforme sua granulometria e plasticidade (Figura 4.5). Para as

areias puras, a compactação será totalmente ineficiente tornando necessária a utilização

de outras técnicas.

Figura 4.5 – Curvas de compactação para diferentes tipos de solos


Fonte: Pinto, 2006.

32
No caso de um solo arenoso, com uma pequena porcentagem de argila, a eficiência da

compactação é grande. Já para uma argila muito plástica, o esforço de compactação fará

com que a argila reflua, devido as suas propriedades plásticas, não havendo

compactação eficiente. Segundo Vargas (1978), de um modo geral, para o mesmo

esforço de compactação, atingem-se nos solos arenosos maiores valores de γsmax sob

menores hot, do que nos solos argilosos.

Cernica (1995) relata que argilas compactadas no ramo seco da curva de compactação

desenvolvem um arranjo de partículas que não exibem influência marcante do tipo de

compactação empregado, ao passo que, quando compactadas no ramo úmido, têm

significativamente afetadas a orientação das partículas, a resistência, a permeabilidade e

a compressibilidade.

Ainda conforme Cernica (1995), o comportamento e as características de siltes e argilas

quando compactados, têm seu comportamento e suas características muito mais difíceis

de serem definidas em uma determinada categoria do que o comportamento e as

características dos solos granulares. Conforme esse autor, os solos granulares ganham

resistência através da compactação e do subseqüente aumento de densidade, já os siltes

e as argilas podem, em certas condições (método de compactação, teor de umidade,

etc.), apresentar uma redução após um dado aumento de densidade.

4.8 – CONSIDERAÇÕES SOBRE ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Ao se especificar uma determinada energia de compactação, deve ser levado em conta o

tipo de solo a ser compactado.

33
Desde 1973 foi feito por Mendes, no DER-MG, um estudo com o objetivo de apresentar

algumas observações e sugestões sobre o problema da energia de compactação, adotada

para os nossos solos nos projetos de pavimento.

De acordo com Mendes (1973), o excesso de energia de compactação, nos estudos de

laboratório, pode trazer sérios problemas na execução da compactação ou condenar

materiais para a sub-base e base de pavimento. Para esse mesmo autor, a baixa energia

de compactação, por sua vez, impedirá o aproveitamento conveniente das características

dos solos, prejudicando o fator econômico no dimensionamento do pavimento.

Logicamente o acréscimo da energia aumenta a resistência ao cisalhamento, mas pode


interferir em sua expansibilidade ou contração, quando em contato com a água.

Inicialmente o DNER estipulou dois ensaios de compactação de solo que correspondiam

ao ensaio de Proctor Normal para os solos de fundação dos pavimentos e a energia do

ensaio Proctor Intermediário para os materiais de sub-base e base (Mendes, 1973).

Tendo como objetivo manter uma correta correlação com o esforço de compactação no

campo, posteriormente, o DNER criou o ensaio modificado de Proctor (DNER, 1996).

Assim, o método de dimensionamento de pavimentos flexíveis, atualmente em vigor no

Brasil, especifica os ensaios de compactação para os 3 níveis de energia (normal,

intermediária e modificada) nas normas do DNER (DNER-ME 129/94 e DNER –ME

162/94). Contudo, em alguns órgãos estaduais, novas energias têm sido utilizadas.

No estado do Ceará, desde o ano de 1991, conforme Souza Junior (2005), vem sendo

aplicada nas obras de construção rodoviária uma energia de compactação diferente das

34
energias estabelecidas pelas DNER, definida como energia intermodificada. Essa

energia é obtida através da aplicação de 39 golpes por camada, compactadas no cilindro

Califórnia. Essa prática é aplicada em camadas de base de pavimentos, em razão da

dificuldade de se conseguir materiais que satisfaçam as condições geotécnicas exigidas

pelo DNER, quando compactadas na energia intermediária, bem como pelo fator

econômico associado à execução das obras.

Em 1994, o DERT-CE regulamentou esta energia de compactação nas suas

especificações gerais para serviços e obras rodoviárias (DERT-ES-P03/94 e DERT-ES-

P04/94).

Corriqueiramente o DER-MG sempre adotou para a compactação do subleito, subbase e

base, as energias preconizadas pelo DNIT. Em 2006, no Programa de Pro Acesso do

Estado de Minas Gerais, o DER-MG lançou a recomendação técnica RT- 01.46 que

recomenda estudos alternativos de energias de compactação para solos de subleito, sub-

base e base de pavimentos rodoviários.

Objetiva assim adquirir um suporte maior de CBR para suprir as deficiências de

capacidade dos solos.

Neste trabalho, são apresentados estudos alternativos de energias para solos de subleito

em três trechos, sendo que um destes trechos pertence ao Programa do Pro Acesso,

adotando-se a energia de compactação do Proctor Internormal (PIN).

A energia de compactação do Proctor Internormal (PIN) corresponde a 1,5 vezes a

energia do Proctor Normal (PN).

35
Essa energia é obtida através da aplicação de 18 golpes por camada, compactadas no

cilindro grande.

Mendes (1973) apresentou no primeiro simpósio sobre pesquisas rodoviárias,


promovido pelo IPR, trechos estudados que utilizaram a energia do PIN para alguns
solos mineiros. Constatou-se que, os trechos de pavimentação, executados com a
energia do PIN, apresentaram um dimensionamento econômico, sem nenhum problema
executivo. Cita, ainda, o exemplo do trecho de Lima Duarte, em Juiz de Fora, que
apresentou um dimensionamento de pavimento para a energia do Proctor Normal onde
obteve a espessura média de pavimento de 40 cm e para a energia do PIN, a espessura
média encontrada foi de 34 cm. Houve, portanto, a redução de 15% na espessura média
do pavimento.

Ressalta-se que os solos escolhidos para ensaios pertencem aos grupos de solos segundo

classificação TRB (A4, A5, A-2-4, A-7-5 e A-7-6).

36
CAPITULO 5

DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXIVEIS

5.1- INTRODUÇÃO

É atribuída ao povo romano, há cerca de mais de 2000 anos, a arte maior de


planejamento e da construção viária. Chevallier (1976), citado por Bernucci et al
(2006), aponta que não havia uma construção padrão para as estradas romanas, embora
características comuns sejam encontradas. Semelhante aos dias de hoje, as vias eram
compostas por uma fundação e uma camada de superfície, que variavam de acordo com
os materiais disponíveis e a qualidade do terreno natural

A partir da queda do Império Romano, os franceses foram os primeiros a reconhecer o


efeito do transporte no comércio. Mascarenhas Neto (1790), citado por Bernucci et al
(2006), aponta que os ingleses, observando a forma como eram calçados os caminhos da
França, conseguiram construir vias mais cômodas, duráveis e velozes na Europa.
Segundo Bernucci et al (2006), esse autor apresenta um Tratado para Construção de
Estradas no qual se destaca a facilidade de encontrar em todas as províncias do reino
de Portugal, na superfície ou em minas, o saibro, o tufo, terras cálcareas e arenosas,
podendo ser construídas em Portugal estradas com menos despesas do que na Inglaterra
e na França.

O alemão Alexander Von Humboldt, combinação de cientista e viajante, que durante os


anos de 1799 e 1804 realizou expedições científicas por várias partes da América do
Sul, qualifica as estradas dos incas como “os mais úteis e estupendos trabalhos
realizados pelo homem”.

O registro dos primeiros métodos de dimensionamento de pavimentos flexíveis deu-se


na década de trinta do século XX. Esses métodos caracterizam–se por estimar
empiricamente a espessura das camadas do pavimento em função de características do

37
subleito. A partir dos anos 50, outros métodos de dimensionamento, ainda empíricos,
incorporaram as solicitações acumuladas do tráfego (Barbosa, 1984).

A utilização de novos materiais na construção rodoviária, o tráfego mais intenso e o


aumento de cargas levaram ao surgimento de novos métodos de dimensionamento do
tipo racional, baseados na análise estrutural. Esses métodos utilizam modelos de
comportamento estrutural levando em conta a geometria, as características mecânicas
dos materiais constituintes das camadas e o tipo de carga aplicada à superfície
(Chembeze, 2006).

O método de dimensionamento mais conhecido dos USA é o da ASSHTO, que de


acordo com Medina e Motta (2005), teve sua primeira versão em 1962 e depois outras
em 1972 e 1986. Ainda de acordo com esse autor, em 1993, foi lançado o “AASHTO
GUIDE, que estabeleceu padrões válidos para todo os USA de projetos de pavimentos
flexíveis e rígidos, novos e reforçados, de rodovias principais e de baixo volume de
tráfego. Em 2002, foi lançado o AASHTO 2002, que é um método de dimensionamento
mecanístico ou teórico-experimental.

No Brasil, as estruturas de pavimentos flexíveis de rodovias têm sido dimensionadas


pelo método do DNER, com base no ensaio de CBR e nas curvas de dimensionamento
do Corpo de Engenheiros Militares dos USA.

5.2 – CONCEITO DE PAVIMENTO

De acordo com Benucci et al, 2006, o pavimento é uma estrutura de múltiplas camadas
de espessuras finitas, construída sobre a superfície final de terraplenagem. Dependendo
do tráfego e dos materiais disponíveis, pode-se ter ausência de algumas camadas. As
camadas da estrutura repousam sobre o subleito, ou seja, a plataforma da estrada
terminada após a conclusão dos cortes e aterros.

38
A NBR 7207/82 da ABNT define pavimento como uma estrutura construída após
terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente, em seu conjunto a:
a) resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego;
b) melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança;
resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a
superfície de rolamento.

5.3 – ESTRUTURA DO PAVIMENTO

Como dito anteriormente, as estruturas de pavimentos são sistemas de camadas assentes


sobre uma fundação chamada subleito. O comportamento estrutural está relacionado à
espessura de cada uma das camadas, à rigidez destas e do subleito, bem como à
interação entre as diferentes camadas do pavimento.

De acordo com o Manual Técnico do DNIT (2006), os pavimentos são classificados em


flexíveis, semi-rígidos e rígidos. Pavimento rígido é aquele em que o revestimento tem
uma elevada rigidez em relação às camadas inferiores e, portanto, absorve praticamente
todas as tensões provenientes do carregamento aplicado.

Caracteriza-se como pavimento semi-rígido o pavimento composto por uma base


cimentada por algum aglutinante com propriedades cimentícias, como por exemplo, por
uma camada de solo cimento revestida por uma camada asfáltica.

Os pavimentos flexíveis, em geral, associados aos pavimentos asfálticos, são aqueles


em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento
aplicado e, portanto, absorvem praticamente todas as tensões provenientes do
carregamento aplicado. São compostos por camada superficial asfáltica, apoiada sobre
camadas de base, de sub-base e de reforço do subleito, constituídas por materiais
granulares, solos ou misturas de solos sem adição de agentes cimentantes (Figura 5.1).

39
Figura 5.1 - Sessão Transversal do pavimento flexível
Fonte: Castro, 2009

5.3.1 – Nomenclatura da Seção Transversal

De acordo com a NBR 7207/82 tem-se:

a) Subleito –“è o terreno de fundação do pavimento ou do revestimento”.

b) Sub-Base – “é a camada corretiva do subleito, ou complementar à base,

quando por qualquer circunstância não seja aconselhável construir o pavimento

diretamente sobre o leito, obtido pela terraplenagem”.

c) Base – “é uma camada destinada a resistir e distribuir os esforços verticais

oriundos dos veículos sobre a qual se constrói um revestimento”.

d) Revestimento – “é a camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe

diretamente a ação do rolamento dos veículos, que se destina, econômica e

simultaneamente, a melhorar as condições do rolamento quanto à comodidade e

segurança e a resistir aos esforços horizontais que nele atuam, tornando mais

durável a superfície de rolamento”.

40
Admite-se, ainda, uma camada de reforço de subleito, entre esse e a sub-base, para

melhorar o solo da fundação do pavimento (Medina e Motta, 2005).

5.4 – MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DNER.

O método de dimensionamento de pavimento flexíveis do DNER foi elaborado pelo

Engenheiro Murillo Lopes de Souza, no início da década de 1960. Esse método é regido

pelos seguintes princípios:

a) Método empírico baseado em critério de resistência/ruptura por cisalhamento.

b) Solos/Materiais: ISC/CBR.

c) Tráfego (USACE).

d) Coeficientes de equivalência estrutural.

5.4.1 – Cálculo do CBR/ISC

O ensaio de CBR foi desenvolvido por O.J.Porter em 1929, para avaliar a capacidade de

suporte relativa dos subleitos, comparada à da brita (Medina e Motta, 2005). A

resistência no ensaio CBR é uma resposta que combina indiretamente a coesão com o

ângulo de atrito do material. O CBR é expresso em porcentagem, sendo definido como

a relação entre a pressão necessária para produzir uma penetração de um pistão num

corpo de prova de solo ou material granular e a pressão necessária para produzir a

mesma penetração no material referencial (Bernucci et al, 2006).

O ensaio CBR é regido no Brasil pela norma DNER-ME 049/94 e, conforme Bernucci

et al (2006), consiste nas seguintes etapas:

41
a) moldagem do corpo de prova, solo ou material passado na peneira ¾”,

compactado na massa específica e umidade de projeto, em um molde cilíndrico

de 150mm de diâmetro e 125mm de altura, provido de um anel complementar de

extensão com 50mm de altura;

b) imersão do corpo de prova: imerge-se o cilindro com a amostra compactada

dentro de um depósito cheio d’água, durante quatro dias. Durante todo o período

de imersão é empregada uma sobrecarga de 1lbs sobre o corpo de prova, que

corresponde a 2,5 polegadas de espessura de pavimento sobre o material. Fazem-

se as leituras por meio de um extensômetro, a cada 24 horas, calculando-se a

expansão axial do material em relação à altura inicial do corpo de prova;

c) penetração do corpo de prova: faz-se a penetração de um pistão de 49,6mm²,

na amostra compactada de solo à razão de 1,25mm/min até 12,7mm. Anotam-se

as pressões do pistão e os deslocamentos correspondentes, de forma a

possibilitar a plotagem de uma curva de pressão-penetração (Figura 5.2) na qual

se definem os valores de pressão correspondente a 2,54mm (P0,1”) e

5,08mm(P0,2”).

Figura 5.2 - Curvas de ensaio de penetração p/ determinação do CBR – amostras compactadas e


embebidas. Fonte: ASCE, 1950 citado por Medina e Motta, 2006.

42
O CBR é calculado para as penetrações de 2,54mm e 5,08mm seguindo as Expressões

5.1 e 5.2:

(Expressão 5.1) CBR0,1” = P0,1” x 100


70

(Expressão 5.2) CBR021” = P0,2” x 100


105

Sendo que:

P0,1” = pressão correspondente a penetração de 2,54mm em Kgf/cm2

P0,2” = pressão correspondente a penetração de 5,08mm em Kgf/cm2

O CBR é o maior dos dois valores calculados.

5.4.2 – Parâmetros do Subleito

Para a avaliação das propriedades dos solos que comporão o subleito do pavimento a ser

projetado, o presente método adota o Índice de Suporte.

5.4.2.1 - Cálculo do ISmin

O ISCBR (Índice de Suporte derivado do CBR) corresponde numericamente ao valor do

CBR. Para fins de dimensionamento de um determinado trecho de características

43
homogêneas, o valor do IS a ser utilizado é o ISmin, obtido pelo tratamento estatístico,

mostrado pelas expressões 5.3;5.4;5.5 e5.6.

(Expressão 5.3) Xmed = ∑Xi Xmed - IS (CBR) médio da amostra


n n - número de determinações

(Expressão 5.4) s = ∑(Xi-Xmed)2 1/2


s – desvio padrão
(n-1) Xi - valores individuais de CBR

(Expressão 5.5) ISmin = Xmed – Ks K – coeficiente de risco

(Expressão 5.6) K = ( ( 1,29/n1/2 ) + 0,68 )

5.4.3 – Classificação dos Materiais Empregados no Pavimento (DNIT, 2006)

Os materiais do subleito devem apresentar uma expansão menor ou igual a 2% e um

CBR ≥ 2%. Para o reforço do subleito, serão aceitos os materiais que apresentem CBR

maior que o do subleito e expansão ≤ 1% (medida com sobrecarga de 10lb). Materiais

para a sub-base devem apresentar CBR ≥ 20%, IG=0 e expansão ≤ 1% (medida com

sobrecarga de 10lb). Para camada de base, serão aceitos materiais com CBR ≥ 80% e

expansão ≤ 0,5% (medida com sobrecarga de 10lb), Limite de Liquidez ≤ 25% e índice

de plasticidade ≤ 6%.

5.4.4 – Tráfego (DNIT, 2006)

44
O pavimento é dimensionado em função do número equivalente (N) de operações de um

eixo tomado como padrão durante o período de projeto escolhido. O N é sempre escrito

em potência de 10. No seu cálculo, são considerados o volume do tráfego, as cargas, os

eixos e o clima. O número N pode ser calculado pela Expressão 5.7.

(Expressão 5.7) N= Vt x Fv x Fr

Sendo:

Vt = volume total de veículos num determinado sentido para determinado período “P”;

Fv = é o fator de veículo: número que converte todos os tipos de veículos em eixos

padrões;

Fr = é um fator climático regional relacionado ao regime de chuvas de determinado local

5.4.5 – Coeficientes de Equivalência Estrutural

Para o dimensionamento do pavimento, ou seja, a definição das espessuras e dos

materiais de cada uma das camadas, esse método adota os coeficientes de equivalência

estrutural (Tabela 5.1), definidos pela pesquisa da AASHTO Road Test.

Tal como proposto, a hierarquia dos materiais que vão compor tais camadas é

determinado adotando-se um material padrão – base granular – e comparando-se os

outros materiais com esse padrão em termos de comportamento estrutural. Assim,

chama-se coeficiente de equivalência estrutural, um número que relaciona a espessura

necessária da camada a ser construída com a espessura equivalente de uma camada com

o mesmo comportamento estrutural e construída com o material padrão (Expressão 5.8)

(Castro, 2009).

45
Tabela 5.1 – Coeficiente de Equivalência Estrutural
Componentes do Pavimento Coeficiente K

Base ou revestimento de concreto betuminoso 2,00

Base ou revestimento pré-misturado a quente, de graduação densa 1,70

Base ou revestimento pré-misturado a frio, de graduação densa 1,40

Base ou revestimento betuminoso por penetração 1,20

Camadas Granulares 1,00

Solo cimento com resistência a compressão a 7 dias, superior a 45kg/cm 1,70

Idem, com resistência à compressão a 7 dias , entre 45kg/cm e 28 kg/cm 1,40

Idem, com resistência à compressão a 7 dias , entre 28kg/cm e 21 kg/cm 1,20

Fonte: DNIT, 2006

(Expressão 5.8) hp = Ki x hi

Sendo:

hp = a espessura equivalente a hi, de material padrão;

Ki = coeficiente de equivalência estrutural do material i;

hi = espessura do material que vai compor a camada.

Adotados os parâmetros de dimensionamento, descritos acima, o processo do

dimensionamento consiste na determinação das espessuras da base, sub-base, e reforço.

Isso é feito conjuntamente pela obtenção das espessuras no ábaco (Figura 5.3) e através

das expressões 5.9; 5.10 e 5.11.

(Expressão 5.9) RKR + BKB ≥ H20

46
(Expressão 5.10) RKR + BKB + h20 KS ≥ Hn

(Expressão 5.11) RKR + BKB + h20 KS + hn KREF ≥ Hm

Sendo que:

Hm – Espessura total, necessária para R – Espessura do revestimento;


proteger um material com ISC = m; KR – Coeficiente do revestimento;
Hn – Espessura da camada de KB – Coeficiente da Base;
pavimento com ISC = n; KS – Coeficiente da subbase;
H20 – Espessura de pavimento sobre a KREF – Coeficiente do reforço.
sub-base;
h20 – Espessura da sub-base;
B – Espessura da base;

A fixação da espessura mínima a ser adotada nos revestimentos betuminosos é um dos


pontos ainda em aberto na engenharia rodoviária, quer se trate de proteger a camada de
base dos esforços impostos pelo tráfego, quer se trate de evitar a ruptura do próprio
revestimento por esforços repetidos de tração na flexão (DNIT, 2006). As espessuras da
Tabela 5.2 visam especialmente as bases de comportamento puramente granular.

Tabela 5.2 – Espessura Mínima de Revestimento Betuminoso


N Espessura Mínima de Revestimento Betuminoso
6
N <= 10 Tratamentos Superficiais
6 6
10 < N < 5 x 10 Revestimentos betuminosos com 5,0 cm de espessura
5 x 106 < N < 107 Revestimentos betuminosos com 7,5 cm de espessura
107 < N < 5 x 107 Revestimentos betuminosos com 10,0 cm de espessura
N > 107 Revestimentos betuminosos com 12,5 cm de espessura

Fonte: DNIT, 2006

47
Figura 5.3 – Ábaco de Dimensionamento – Método DNIT
Fonte: Manual do DNIT, 1996

48
CAPÍTULO 6

MATERIAIS E MÉTODOS

6.1 – INTRODUÇÃO

Este capítulo aborda os materiais e a metodologia utilizados para seleção e realização


dos ensaios físicos e mecânicos, sobre as amostras coletadas dos trechos específicos
deste estudo, selecionados para caracterizar e estudar o comportamento de alguns tipos
de solos em função das energias de compactação Normal, Internormal (RT 01.46, DER-
MG, 2007) e Intermediária.

Tendo em vista a grande extensão e a variabilidade de tipos de solos existentes, torna-se


inviável, em uma pesquisa de mestrado, em razão de tempo e custo, um estudo
completo do estado de Minas Gerais. Sendo assim, o estudo foi realizado para alguns
tipos de solos em algumas regiões do estado.

A escolha dos trechos específicos deste estudo (Tabela 6.1) foi realizada levando-se em
conta a probabilidade de serem encontrados solos com características diferentes.
Características essas que, de certa forma, interferem nos resultados dos ensaios de
energia de compactação.

Tabela 6.1 – Localização dos Trechos Estudados


Rodovia Trecho
Trecho 1 Ligação Limeira do Oeste- Rio São Domingos
Trecho 2 MG-190 Entrº BR 262 – Almeida Campos – Entrº LMG-798
Trecho 3 Municipal Milho Verde - Serro

49
Todos os ensaios, objetos deste estudo, foram realizados no laboratório de solos da
Empresa Engemaster Engenharia e Projetos Ltda, localizada à Rua Itajubá, número
1709, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

6.2 – CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INSERÇÃO DOS TRECHOS


ENSAIADOS

6.2.1 – Introdução

Para um bom estudo dos solos, é indispensável um conhecimento mínimo sobre as


características e distribuição pedológica da região em que a área de estudo se insere,
bem como dos fatores que influenciam nos processos de formação desses solos, tais
como clima, relevo, material de origem e tempo.

Diante do exposto, torna-se de fundamental importância, na elaboração deste estudo,


caracterizar as áreas de inserção dos trechos aqui estudados.

A caracterização geral dos trechos, aqui apresentada foi elaborada com base em dados e
mapas obtidos de órgãos federais, estaduais e municipais, tais como IBGE, IGAM,
ANA, CETEC, SEIA-BA entre outros.

6.2.2 – Trecho 1 – Limeira do Oeste – Rio São Domingos

O trecho 1 localiza-se na mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto do Paranaíba,


microrregião de Frutal, no estado de Minas Gerais, Brasil e está compreendido entre as
coordenadas UTM 7838592 N e 536400 L no início do trecho, e 7857177 N e 536786 L
no final do trecho, com aproximadamente 36,3 km de extensão (Figura 6.1)

O balanço hídrico e o clima da mesorregião do Triângulo Mineiro são representativos


das condições hidroclimáticas da vasta superfície situada na Bacia do Rio Paranaíba.
Conforme informações obtidas no site do (IGAM,2009), o clima da região é

50
caracterizado como tropical mesotérmico brando úmido com um ou dois meses secos. A
temperatura média anual oscila entre 20,2ºC e 24,7ºC.

A altura média de precipitação no mês mais seco não ultrapassa 10,5mm (junho) e a
temperatura média do mês mais quente se mantém na ordem de 23,9ºC. A precipitação
total média anual é de 1495,9mm, sendo os meses de maior pluviosidade de novembro a
janeiro e os de menor pluviosidade de maio a agosto, com média anual de 119,5 dias de
chuva.

Figura 6.1 – Mapa de Localização do trecho 1. (DER-MG,2006)

51
No conceito de vegetação nativa, a região está incluída no domínio de atuação do
Cerrado (Figura 6.2), com uma formação vegetal constituída das gradações de mata de
galeria, mata ciliar, mata seca e cerradão.

A vegetação atual, em sua maioria, cedeu espaço a ação antrópica visando


principalmente à cultura da cana-de-açucar (Figura 6.3). As áreas remanescentes da
Biota original estão representadas em algumas manchas de campo de cerrado.

Figura 6.2 – Mapa de Vegetação Nativa


Fonte: CETEC/ MG, 1983
.

52
Figura 6.3 – Plantação de Cana de Açúcar

A região em questão pertence à bacia hidrográfica Paraná (Figura 6.4), drenada pelo rio
Paranaíba, um dos formadores do rio Paraná, que corre no extremo sudeste da área do
projeto, com direção geral ENE – SSE.

Figura 6.4 – Mapa de Bacia Hidrográfica. Fonte: CETEC/ MG, 1983

53
O trecho é transposto pelos seguintes cursos d’água: Ribeirão da Reserva, Córrego
Bebedouro, Córrego da Divisa; Córrego Formoso; Córrego da Barroca e Córrego Lagoa
Rica, Córrego do Amarrado e Rio São Domingos (Figura 6.5).

Figura 6.5 – Rio São Domingos

Geomorfologicamente o trecho está inserido na unidade Planalto da Bacia Sedimentar


do Paraná. De acordo com Nyshiyama (1989), essa unidade morfológica é representada
por litogias da idade Mesozóica.

Uma dessas litogias corresponde às Rochas do Grupo Bauru, compreendida entre os


vales do Rio Paranaíba e Rio Grande. Seus litossomas são representados por arenitos
cineríticos, conglomerados, ás vezes calcíferos, lentes de calcáreos, silitos e argilitos
(CETEC, 1983).

Na região ocorrem predominantemente os seguintes tipos de solos:

a) Latossolo Vermelho Escuro Álico A moderado, textura média, fase cerrado, relevo
plano e suave ondulado;
b) Latossolo Roxo Distrófico A moderado, textura argilosa, fase cerrado, relevo plano e
suave ondulado (CETEC, 1983) (Figura 6.6)

54
Figura 6.6 – Mapa de solos do trecho 1. Fonte: CETEC/ MG, 1983

6.2.3 – Trecho 2 – Entroncamento BR/262 – Almeida Campos – LMG/798

O trecho localiza-se na Mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto do Paranaíba,


microrregião de Uberaba, no estado de Minas Gerais, Brasil, e está compreendido entre
as coordenadas UTM E = 236.757,948 e N = 7.826.259,000 no início do trecho, e E
=216.709,400 e N = 7.849.063,000. no final do trecho, com extensão total aproximada
de 34,0 km , (Figura 6.7).

Assim como no trecho 1, o balanço hídrico e o clima do trecho 2 são representativos das
condições hidroclimáticas da vasta superfície, situada na Bacia do Rio Paranaíba.

55
O Clima na região é considerado semi-úmido, com um período seco entre quatro e
cinco meses por ano, situando-se a disponibilidade hídrica acima de 20 litros por
quilômetro quadrado (ANA, 2009).

Figura 6.7 – Mapa de Localização do trecho 2. (DER-MG,2006)

O trecho se desenvolve tendo a sua direita os afluentes do rio Araguari, que por sua vez
é afluente do rio Paranaíba. A bacia hidrográfica do rio Araguari abrange um total de 13
municípios e apresenta uma área de drenagem de 21.566 km2 (IGAM, 2009) (Figura
6.8).

56
Figura 6.8 – Mapa de Bacia Hidrográfica Fonte: CETEC/ MG, 1983
.

A vegetação natural, o cerrado, foi substituída por pastagens e plantações, sendo


marcante a atuação antrópica, constituída por plantações de cana-de-açúcar (Figura 6.9).

Figura 6.9 – Ocorrências de plantações de cana-de-açúcar

57
Geomorfologicamente o trecho está inserido na unidade Planalto da Bacia Sedimentar
do Paraná, cujas características foram apresentadas para o trecho anterior.

Na região de estudo são encontrados solos do tipo:

a) Latossolo Vermelho Amarelo Álico A moderado, textura argilosa, fase cerrado relevo
ondulado plano e suave ondulado;
b) Latossolo Vermelho Escuro Álico A moderado, textura média, fase cerrado, relevo
plano e suave ondulado (CETEC, 1983) (Figura 6.10).

Figura 6.10 – Mapa de Solos do trecho 2. Fonte: CETEC/ MG, 1983

58
6.2.4 – Trecho 3 - Milho Verde – Serro

O trecho localiza-se na Mesorregião do Vale do Jequitinhonha, Unidade Alto do


Jequitinhonha, microrregião de Diamantina, no estado de Minas Gerais, Brasil (IBGE,
2009) (Figura 6.11) e está compreendido entre as coordenadas UTM E = 659.490,948 e
N = 7.958.282,076 no início do trecho, e E =668.513,406 e N = 7.944.031,194. no final
do trecho, com extensão total aproximada de 20,76 km.

Figura 6.11 – Mapa de Localização do trecho 2. (DER-MG,2006)

O clima da região está sob a influência do regime continental tropical, apresentando


índice pluviométrico anual, médio da ordem de 1060 mm. O clima é quente e úmido,
com maior concentração de chuvas nos meses de novembro a janeiro e totais mensais de
precipitação frequentemente nulos no período de junho a agosto (SEIA-BA, 2009).

59
O trecho em estudo apresenta sua maior extensão inserido na bacia hidrográfica do Rio
Jequitinhonha e uma pequena extensão pertencendo a bacia do Rio Doce (Figura 6.12).

Figura 6.12 – Mapa de Bacia Hidrográfica. Fonte: CETEC/ MG, 1983

Além dos Jequitinhonha (Figura 6.13) e Rio do Peixe (Figura 6.14), os outros cursos
d’água que interceptam o trecho são: o Córrego Carijós, o Córrego da Pedreira, o
Córrego João Jackson, Córrego José André e Córrego Fundo.

60
Figura 6.13 – Travessia sobre o Rio Jequitinhonha Figura 6.14 – Travessia sobre o rio do Peixe

O Alto do Jequitinhonha é formado por zonas de extensas chapadas e suas vertentes


possuem cobertura predominantemente constituída pelo cerrado e campo cerrado, além
de campo rupestre de altitude (Figura 6.15). A atuação antrópica fica caracterizada pela
agricultura familiar.

Figura 6.15 – Campo Rupestre. Fonte: CETEC/ MG, 1983

61
A unidade geomorfológica da região corresponde à Associação Charnockitica. Dentro
do conjunto destaca-se uma sequência quartzosa, responsável pela morfologia da Serra
do Espinhaço (CETEC, 1983). Estruturalmente o conjunto acha-se dobrado e falhado.
As áreas aplainadas alternam-se com picos e cristas elaborados em quartzitos e com
grandes escarpamentos orientados por fraturas (CETEC, 1983).

O intemperismo produz na região um solo argiloso avermelhado sobre as rochas


vulcânicas e filíticas e um solo arenoso nas rochas quartzosas. No trecho em questão
podem ser encontrados solos do tipo Latossolos Vermelho Escuro Distrófico textura
argilosa, fase floresta subperenifólia e Cambissolo Álico, textura argilosa cascalhenta,
fase cerrado, ambos A moderado, relevo forte ondulado (CETEC, 1983) (Figura 6.16).

Figura 6.16 – Mapa de Solos do trecho 3. Fonte: CETEC/ MG, 1983

62
6.3 – COLETA, ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS
SOLOS (TRB)

6.3.1 – Coleta de Amostras

As amostras dos trechos foram coletadas de forma a representar uma extensão média de
2,0km. O plano de sondagem do subleito foi elaborado de acordo com a Recomendação
Técnica RT 01.46 do (DER-MG,2009), baseado no greide a ser implantado em cada
rodovia.

As coletas das amostras dos trechos 1, 2 e 3 foram realizadas baseadas no greide do


projeto geométrico, verificando os intervalos de corte e aterro de forma a atender o
traçado dos perfis longitudinal e transversal dos solos.

Em particular para o trecho 3, além da norma acima especificada, foram coletadas


amostras em seguimentos de trechos rodoviários que apresentassem expeditamente
solos com características siltosas e expansivas e segmentos com solos areno-argilosos
(Figura 6.17). Foi coletado um total de 35 amostras para os três trechos.

Figura 6.17 – Solos areno-argiloso, trecho 3

As amostras foram coletadas com utilização de trado manual elicoidal de 2”, pás e
picaretas (Figura 6.18) devidamente etiquetadas, ensacadas em sacos plásticos e
encaminhadas ao laboratório para fins de preparação e início dos ensaios.

63
Figura 6.18 – Coleta de amostras

Constavam nas etiquetas de cada amostra a seguinte identificação:

a - rodovia d - posição g - classificação expedita


b - trecho e - estaca h - natureza da obra
c - número do furo f - profundidade i - origem: subleito

Cada amostra continha aproximadamente um peso total de 60 kg.

A coleta de amostras foi executada conforme plano de sondagem apresentados nas


Tabelas 6.2; 6.3 e 6.4

Tabela 6.2 – Localização, Posição e Profundidade das Amostras Coletadas – Trecho 1


.TRECHO 1
Furo Estaca Posição Profundidade (m)
31 298 Eixo 1,0
32 308 Eixo 1,0
33 318 Eixo 1,0
34 328 Eixo 1,80
35 338 Eixo 1,80
36 348 LE 1,80
37 358 LE 1,80
38 368 Eixo 1,80
39 378 Eixo 1,0
40 388 Eixo 1,0

64
Tabela 6.3 – Localização, Posição e Profundidade das Amostras Coletadas – Trecho 2
TRECHO 2
Furo Estaca Posição Profundidade (m)
24 310 LD 2,4
24ª 322 Eixo 1,5
25 345 Eixo 1,0
26 355 Eixo 1,0
27 405 Eixo 1,0
28 415 Eixo 1,0

Tabela 6.4 – Localização, Posição e Profundidade das Amostras Coletadas – Trecho 3


TRECHO 3
Furo Estaca Posição Profundidade (m)
* 46 260 LD 2,30
* 156 844 LE 3,50
* 159 861 LD 1,50
*165 891 LD 3,80
* 182 978 LE 5,20
* 183 983 LE 3,90
* 185 995 LE 1,50
* 186 1000 LD 2,60
* 187 1005 LE 4,50
* 192 1031 LE 1,50
30 165 LD 1,60
64 357 LD 2,40
88 485 LD 2,10
144 777 LE 5,80
157 851 LD 1,50
159 861 LD 1,50
163 881 LD 1,50
164 888 LD 2,90
193 1036 LE 2,50
*Solos siltosos

Durante a coleta foi também elaborado um boletim único de sondagem que continha os
dados apresentados nas etiquetas.

65
6.3.2 – Ensaios de Caracterização

As amostras foram preparadas conforme método DNER-ME 041/94 – Preparação de


Amostra para Ensaios de Caracterização (Figuras 6.19 e 6.20).

Figura 6.19 – Solos areno-argiloso, trecho 1


Figura 6.20 – Solos preparados. Ensaio de
caracterização, trecho 1

Para cada amostra foram executados os ensaios de caracterização granulometria


(peneiramento e sedimentação, Figura 6.21) e limites de Atterberg (limites de liquidez e
plasticidade, Figura 6.22).

Os ensaios de caracterização foram executados de acordo com os seguintes métodos:

a) DNER ME 080/94 – análise granulométrica por peneiramento


b) DNER ME 051/94 – análise granulométrica
c) DNER ME 122/94 – determinação de limite de liquidez
d) DNER ME 082/94 – determinação de limite de plasticidade

Figura 6.21 – Ensaio de granulometria Figura 6.22 – Ensaio de Limites Físicos

66
6.3.3 – Classificação dos Solos TRB

Para classificação de um solo no sistema TRB é necessário, além dos ensaios de


caracterização, a definição do Índice de Grupo. Essa definição é baseada nos limites de
liquidez, índice de plasticidade dos solos ensaiados e a porcentagem que passa na
peneira nº 200 (0,075mm).

De posse dos resultados dos ensaios de caracterização e dos valores dos índices de
grupo, efetuou-se a classificação dos solos segundo a TRB, conforme demonstrado no
capítulo 2, item 2.5.3.2, Tabela 2.2.

6.4 – ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO, CBR E EXPANSÃO

Os ensaios de compactação, CBR e expansão (Figura 6.23), foram executados em três


energias diferentes de compactação conforme Tabela 6.5. O método de ensaio foi
preconizado pelo DNER ME 129/94.

Tabela 6.5 – Energias de Compactação


Energia Nº de Golpes
PN 13
PIN 18
PI 26

Para os demais ensaios utilizou-se, também, as normas/métodos de ensaios do DNIT


listados a seguir.

a) DNER ME 093/94 – determinação da densidade real


b) DNER ME 049/94 – determinação de Índice de Suporte Califórnia utilizando
amostras não trabalhadas.

67
Figura 6.23 – Corpos de Prova submersos em tanque de saturação

6.5 – CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Todos os equipamentos utilizados foram submetidos à calibração e estão relacionados


no Anexo II, contendo o número do certificado de calibração.

6.6 – MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL

Após realizados os ensaios para as três energias (PN, PIN, PI) no solo do subleito,
dimensionou-se o pavimento utilizando-se o Método do DNIT/DNER do Engº Murilo
Lopes de Souza (método de dimensionamento para pavimentos flexíveis).

6.7 – CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS PARA MATERIAIS DE PAVIMENTAÇÃO

Para utilização nas camadas de base e sub-base dos pavimentos rodoviários e,


especialmente para empréstimos destinados à substituição de material de subleito, há a
necessidade de serem executados os estudos de jazidas que visam identificar,
determinar as características e selecionar os materiais a serem utilizados.

Essas ocorrências de solos naturais com características que atendam aos projetos
rodoviários estão cada vez mais escassas.

Quando identificadas, estão localizados geralmente a grandes distâncias do eixo estradal


a ser implantado, exigindo grandes distâncias de transporte.

68
Na fase de projeto depois de identificada a ocorrência, há as prospecções. Toda a área
de jazida é delimitada e procede-se a execução de furos de sondagem ditos
representativos da área. A profundidade geralmente é aquela em que ocorre material
granular explorável ou com volume suficiente requerido pelo projeto rodoviário.

As fases de exploração de uma jazida obedecem genericamente o seguinte


procedimento:

a) Licença ambiental
b) Elaboração de Plano de recuperação de Área degradada (PRAD)
c) Elaboração de Projeto técnico de Recuperação Ambiental (PTRF)
d) Negociação com o proprietário
e) A exploração da jazida (escavação, carga e transporte)
f) Recuperação da área explorada

Essas etapas de exploração geram grandes custos rodoviários. Os custos médios de


recuperação ambiental de uma jazida é de cerca de R$ 10,00 (dez reais) por m2
explorado (DER-MG, 2009).

Uma das possíveis providências seria o estudo de alternativa de energia de


compactação que geraria uma economia fundamental nas vias a serem implantadas,
evitando ou minimizando a utilização desses materiais no pavimento.

É importante avaliar a viabilidade econômica e ambiental de exploração de jazidas, pois


um dos principais e mais significativos potenciais de impacto ambiental em obras desta
natureza referem-se aos aspectos relacionados aos riscos geológico e biológico.

Os principais efeitos sobre tais componentes estão relacionados à exploração de jazidas


de cascalho para obtenção de materiais de construção da rodovia que pode acarretar os
seguintes impactos:

69
Risco Geológico:

a) alteração das características físicas e químicas do solo;


b) empobrecimento do solo pela retirada de material orgânico;
c) contaminação do solo por substâncias tóxicas como óleo, graxas e combustíveis;
d) exposição do solo a precipitações diretas, ocasionando aumento do escoamento
superficial;
e) assoreamento e carreamento de solo para cursos d’água. As áreas exploradas
apresentam potencialidade de impacto sobre as áreas de jusante. Tais impactos
relacionam-se à alteração topográfica, à instalação de processos erosivos e ao
carreamento de sólidos, resultando em aspecto visual desagradável, áreas de
instabilidade geotécnica e assoreamento das redes de drenagens. Caso não sejam
tomadas medidas eficientes de drenagem e contenção de materiais particulados
advindos das obras poderá haver abertura de processos erosivos e conseqüentemente
carreamento de partículas para os cursos d’água e demais áreas a jusante.

Risco Biológico:

a) perda da cobertura vegetal em decorrência da exploração. A vegetação exerce função


de proteção do solo, atuando como indicadora das suas condições e proporcionando
também suporte para o estabelecimento da fauna;
b) intervenções em áreas se preservação permanente, áreas prioritárias de proteção;
c) extração de madeiras nativas para retirada do material;
d) redução de habitat e fonte de alimentos para a fauna;
e) impacto visual da área diretamente afetada, provocando alterações estéticas na
paisagem e empobrecimento cênico;
f) diminuição da dispersão de sementes;
g) a fauna silvestre sofre impactos diretos da fragmentação florestal, pois qualquer
alteração na vegetação repercute na oferta de abrigo, alimento e refúgio para os animais.
A capacidade suporte de um ecossistema é diretamente afetada pelo seu grau de
perturbação, originando – com sua degradação ou fragmentação – uma concentração

70
excessiva de indivíduos em determinados locais, aumentando a competição entre eles e
resultando daí a morte dos menos habilitados;
h) interferências na dinâmica e distribuição da fauna associada e transitória aos
remanescentes florestais locais;
i) destruição e redução de alguns habitats e nichos com conseqüente afungentação da
fauna implantada. A movimentação de máquinas, veículos e o ruído inerente ao
funcionamento das mesmas afugentarão a fauna ocorrente nas proximidades da obra;
j) nos trabalhos que resultam em revolvimento de solos é freqüente o aparecimento de
uma série de animais menores, dentre aqueles visíveis, são freqüentes os artrópodes
(aranhas, besouros), anfíbios (sapos, pererecas) e répteis (cobras, lagartos), que perdem
seus nichos;
l) impacto na biodiversidade de espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção.

Figura. 6.24 – Exploração de jazida de material granular

A figura 6.24 mostra a exploração de uma jazida de material granular, a poucos metros
do rio, observa-se a retirada da vegetação natural da área, com grande probabilidade de
carreamento de material para o curso d’água a juzante do local explorado, causando
assoreamento e outras conseqüências danosas ao meio ambiente.

71
6.8 – CONSULTAS/PESQUISAS

6.8.1 – Consultas nos DER’s do Brasil

Foi realizada uma consulta em alguns DER’s dos Estados Brasileiros, via telefone,
entrevistando os diretores de projetos e/ou coordenadores de projetos de cada órgão,
Essa consulta, cujos resultados são apresentados no capítulo 7, foi realizada nos
seguintes órgãos:

a) ABDER – Associação Brasileira dos DER’s


b) DER do Estado do Paraná
c) DERBA do Estado da Bahia
d) AGETOP do Estado de Goiás
e) DER de São Paulo
f) DERTINS do Estado de Tocantins
g) DER da Paraíba
h) DERT do Ceará

No decorrer da consulta, os entrevistados foram perguntados sobre a adoção e ou


existência de algum estudo sobre a adoção de energia alternativa de compactação nos
solos do subleito e em solos granulares para utilização em camadas de base e sub-base.

Também foi levantada a quilometragem estimada de estradas a implantar em cada


estado, objetivando demonstrar a necessidade de novos estudos que viessem a contribuir
para a economia na construção destas estradas.

O modelo de mensagem encaminhada foi:

Prezados Senhores,

Estou desenvolvendo uma dissertação de mestrado sobre a energia de compactação em


solos para subsidiar projetos de pavimentação.

72
Gostaria de saber se a DERBA possui normas sobre este assunto e se está empregando
estes estudos alternativos de energia em algum projeto rodoviário.

Os estudos prevêem a utilização das energias de 1,5 vezes o proctor normal e 1,5 vezes
o proctor intermediário para serem utilizados nos solos do subleito e nas camadas de
subbase e base do pavimento.

Caso o órgão possua norma de utilização destas energias, solicito favor de encaminhar
para que possam constar dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos.

Caso o órgão adote as especificações do DNIT sem alteração das energias solicito
também esta confirmação.

Atenciosamente, obrigado.

Elizeu Zica
Mestrando UFOP

6.8.2 – Pesquisas dos Solos de Subleito Estudados no DER-MG

De posse da classificação TRB dos solos dos três trechos estudados realizou-se, junto
aos arquivos do DER-MG, uma pesquisa objetivando adquirir resultados de ensaios
realizados em solos com a mesma classificação TRB dos trechos desta dissertação
(Tabela 6.6).

Concentrou-se também na identificação dos trechos próximos aos mesmos, para evitar
materiais de regiões distantes das estudadas. A finalidade era compará-los com
resultados dos ensaios obtidos neste estudo.

73
Tabela 6.6 – Trechos Pesquisados no DER
Rodovia Trecho
Contorno Contorno de Pirajuba
Ligação Limeira do Oeste – MGT-497 (Carneirinho)
MGC-154 Itapagipe- Entroncamento BR 364(Campina Verde)
MG-752 Materlândia – Rio Vermelho
MG-010 Santo Antonio do Itambé – Serra Azul de Minas
Municipal Congonhas do Norte – Conceição do Mato Dentro
Municipal Frei Lagonegro- Entroncamento MG-117
O mapa rodoviário, Anexo III ilustra os trechos estudados e pesquisados.

Os dados obtidos com esta pesquisa foram compilados e estão apresentados no capítulo
7 – Resultados e Discussões - em forma de tabelas e gráficos.

74
CAPITULO 7

RESULTADOS E DISCUSSÕES

7.1 - INTRODUÇÃO

No presente capítulo é apresentado:


a) Os resultados dos ensaios executados;
b) O resultado das consultas/pesquisas;
c) Custo/benefício gerado quando da adoção do proctor internormal para
dimensionamento de pavimentos flexíveis.

A Tabela 7.1 discrimina os trechos onde foram coletadas as amostras e submetidas aos
ensaios citados no capítulo 6.

Tabela 7.1 – Localização dos Trechos Estudados


Rodovia Trecho Região
1 Ligação Limeira do Oeste – Rio São Domingos Triangulo Mineiro
2 MG-190 Entrº BR-262 - Almeida Campos – Entrº LMG-798 Alto Paranaíba
3 Municipal Milho Verde - Serro Jequitinhonha

Os solos pertencentes ao trecho 1, como será demonstrado, apresentaram bons


resultados em relação ao acréscimo de energia de compactação. No estudo com os
materiais do trecho 2, os resultados já não apresentaram grandes variações com o
acréscimo de energia.

Para o trecho 3, os ensaios objetivaram identificar uma região de solos de subleito com
características siltosas e expansivas e em outro segmento, neste mesmo trecho, solos
finos que possam vir a apresentar bons resultados com o acréscimo de energia. Os
quadros apresentados no Anexo I contém os ensaios executados nos três trechos.

75
7.2 – ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO

7.2.1 – Análise granulométrica

Neste item são apresentadas as curvas granulométricas de todos os solos ensaiados,


trechos 1, 2 e 3.

Figura 7.1 – Curva granulométrica dos solos do trecho 1

Pela composição granulométrica da Figura 7.1, verifica-se que o solo contém um grande
percentual de areia fina. Através do ensaio de sedimentação, para determinação de
partículas com Ø < 0,074mm, o resultado demonstra um material com percentual maior
de argila em relação ao silte.

O ensaio granulométrico pós-compactação, apresentado no quadro resumo do Anexo I,


objetivou verificar a granulometria do solo, após o acréscimo de energia. Este ensaio
laboratorial demonstrou que praticamente não houve alterações na granulometria do

76
material ensaiado, subsidiando em possíveis questionamentos futuros sobre o excesso
de energia aplicada no solo.

Figura 7.2 – Curva granulométrica dos solos do trecho 2.

Verifica-se que os solos ensaiados do trecho 2, constantes da figura 7.2, são solos de
características finas, predominantemente argilosos, porém com o percentual de finos
maior que 90% (% passada na peneira 200), portanto, porcentagem bem maior que os
solos da figura 7.1 (solos arenosos).

As Figuras 7.3 e 7.4 caracterizam dois tipos de solos distintos, representativos do trecho
3.

Na Figura 7.3, observa-se um solo siltoso caracterizado pela existência de uma fração
maior de silte (40% do material ensaiado está compreendido entre os diâmetros de
0,074mm e 0,005mm) e uma fração menor de argila (18% do material ensaiado com
partículas menores que 0,005mm), identificado nos ensaios de sedimentação.

77
Figura 7.3 – Curva granulométrica dos solos do trecho 3 (solo siltoso)

Os resultados obtidos para o tipo de solo constante da Figura 7.4 correspondem a um


solo argilo arenoso, apresentando um percentual de aproximadamente 30% do material
ensaiado, retido no intervalo compreendido entre as peneiras de número #10 e #200 e,
aproximadamente, 60% do restante do material ensaiado passados na peneira #200.

Figura 7.4 – Curva granulométrica dos solos do trecho 3 (solo argilo arenoso).

78
Os percentuais apresentados nos ensaios de sedimentação e transcritos para a Figura 7.4
confirmam o grande teor de argila.

7.2.2 – Limites de Atterberg

Trecho 01 (Tabela 7.2): Os resultados dos Limites de Atterberg, obtidos para as


amostras de solo deste trecho, indicam que os solos possuem características arenosas,
uma vez que os valores de LL e IP apresentaram NL e NP, respectivamente,
confirmando os ensaios granulométricos. Tais características permitem a utilização
destes solos em camadas do pavimento ou do subleito. De acordo com Nogami (1995),
para a finalidade considerada, a maioria das normas tradicionais adotam um máximo de
25% para LL e 6% para IP.

Tabela 7.2 – Resultados de Ensaios de Limites de Atterberg


TRECHO 1
Estacas 298 308 318 328 338 348 358 367 378 388
LL NL NL NL NL NL NL NL NL NL NL
IP NP NP NP NP NP NP NP NP NP NP

Trecho 2 (Tabela 7.3): Os valores de LL e IP são extremamente altos, caracterizando


material fora de norma rodoviária para emprego em camadas de pavimento, conforme
Manual do DNIT (2006). De acordo com Craig (2007), a plasticidade dos solos se deve
à presença de um conteúdo significativo de partículas de argila (ou de material
orgânico). Craig (2007) afirma ainda que a água de adsorção, devida às forças de
superfície nas partículas de argila, pode contribuir para o comportamento plástico.

Tabela 7.3 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg


TRECHO 2
Estacas 310 322 345 355 405 415
LL 55,0 48,9 52,2 51,7 54,8 53,7
IP 22,4 20,3 21,8 21,2 20,4 22,1

79
Trecho 3 : Assim, como nos ensaios de granulometria, os ensaios de caracterização
também evidenciaram valores variáveis para os dois tipos de solos analisados nesse
trecho. Os solos que apresentam resultados de limites de liquidez e que não apresentam
plasticidade são solos que possuem baixo percentual de argila, conforme resultados
apresentados na tabela 7.4.

Tabela 7.4 – Resultado dos Ensaios de Limites de Atterberg (solos siltosos).


TRECHO 3
Estacas 260 844 861 891 978 983 995 1000 1005 1031
LL NL 49,0 48,0 NL 38,9 38,3 NL 59,0 41,6 43,1
IP NP NP NP NP NP NP NP NP NP NP

A Tabela 7.5 apresenta solos com características semelhantes aos solos do trecho 2 no
que se refere aos resultados dos ensaios de Limites de Atterberg, ou seja, altos índices
de liquidez e plasticidade, podendo, portanto, serem caracterizados como solos com
grande conteúdo de argila.

Tabela 7.5 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg (solos finos argilo arenosos).
TRECHO 3
Estacas 165 357 485 777 851 861 881 886 1036

LL 50,7 41,3 51,4 32,5 60,2 58,5 56,0 57,2 49,1

IP 21,9 14,4 21,0 15,0 22,4 24,5 25,8 26,3 20,2

Esses materiais normalmente são utilizados em corpo de aterro, camadas finais de


terraplenagem. Não são utilizados em camadas de base/sub-base de pavimento.

Esses índices de limites são apenas indícios da indicação ou não de tais solos para a
pavimentação. Subsidiam, assim, a tomada de decisão após o estudo da energia de
compactação.

80
Conforme Pinto (2006), os índices físicos encontrados no trecho 02 e 03 (solos finos
argilo arenosos) constituem-se de solos com valores típicos de argilas variegadas de São
Paulo.

7.3 – ÍNDICE DE GRUPO

Baseado nos limites de liquidez, índice de plasticidade dos solos ensaiados e a


porcentagem que passa na peneira nº 200 (0,075mm), foi definido o índice de grupo.

O índice de grupo é um numero inteiro, adimensional, variando de zero a vinte, que


fornece uma idéia da capacidade de suporte dos solos e é definido pela fórmula:

Expressão 7.1 IG= 0,2.a + 0,005.a.c + 0,01.b.d sendo:

a = porcentagem de solo que passa na peneira 200 menos 35. Se a porcentagem for <
que 35, adota-se 35 e se for > que 75, adota-se 75. Dessa forma, estabelece-se um
número inteiro de variação 0 a 40.
b = porcentagem do solo que passa na peneira 200 menos 15. Se a porcentagem for <
que 15, adota-se 15 e se for > do que 55, adota-se 55. Dessa forma, estabelece-se um
número inteiro de variação de 0 a 40.
c = Valor do limite de liquidez do material menos 40. Se LL for > do que 60, adota-se
60 e se for < que 40, adota-se 40. Assim, cria-se um número inteiro de intervalo 0 a 20.
d = Valor do IP do material menos 10. Se o valor do IP for > do que 30, adota-se 30 e se
for < que 10, adota-se 10. Assim, cria-se um número inteiro de intervalo 0 a 20.

Solos ditos bons para pavimentação apresentam valores baixo de índice de grupo
(graúdos e pouco plásticos). Os solos finos e muito plásticos apresentam valores altos
de índice de grupo e são ditos ruins para pavimentação.

Segundo Nogami 1995, a correlação entre o IG e o CBR, considerando solos tropicais, é


muito precária. Isso sugere o abandono do índice considerado para avaliação da
capacidade de suporte. Para solos de mesmo tipo que possuem constituições similares,

81
contudo, poderá ser utilizado com certa confiabilidade. A dificuldade prática é saber
quando tal similaridade ocorre efetivamente.

No caso do trecho 1, comparado com outros trechos pesquisados no DER, localizados


na região do Triângulo Mineiro, onde ocorrem os solos A-2-4, segundo classificação
TRB, podemos afirmar essa similaridade, pois os solos apresentam índice de grupo
igual a zero e CBR maior que 20 quando aplicada a energia do PIN.

Os ensaios apresentaram os seguintes resultados médios de índice de grupo: Trecho 1


IG=0; Trecho 2 IG=15; Trecho 3 segmento 1 IG=7 e Trecho 3 segmento 2 IG=14.

Com exceção do Trecho 1, os valores dos índice de grupo obtidos caracterizaram


materiais silto argilosos, conforme Tabela de Classificação de Solos da TRB.

7.4 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS SEGUNDO TRB

A classificação dos solos, utilizada corriqueiramente no meio rodoviário, é a TRB. De


acordo com a Tabela de Classificação de Solos da TRB, as amostras ensaiadas
apresentaram a seguinte classificação:

Trecho 1* – Solos A-2-4


Trecho 2 – solos A-7-5 e A-7-6
Trecho 3 – solos A-7-6, A-7-5, A-4 e A-5

* Após o ensaio de compactação, verificou-se que a classificação do solo alterou de A-


2-4 para A4 apenas nas amostras 35 e 38.

7.5 – RESULTADOS DOS ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO

De acordo com Craig (2007), a massa específica seca de um determinado solo, depois
da compactação, depende do teor de umidade (princípio de Proctor) e da energia de
compactação.

82
Pelos ensaios executados, verificou-se que o acréscimo de energia de compactação
manual ou mecânica proporciona maior densidade ao solo compactado.

As Figuras 7.5, 7.6, 7.7 e 7.8 ilustram as energias de compactação, PN, PIN e PI,
utilizadas nos solos, confirmando a teoria de Proctor de que com o acréscimo de
energia, a densidade do solo aumenta e a umidade diminui.

2020

2000

1980

1960

1940
Densidade Seca (kg/cm³)

1920

1900

1880

1860

1840

1820

1800

1780

1760

1740
7 7,5 8 8,5 9 9,5 10 10,5 11 11,5 12 12,5

Umidade %

Golpes 12 Golpes 18 Golpes 26 Golpes 55

Figura 7.5 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 1

Os resultados apresentados pelos ensaios das amostras pertencentes ao Trecho1 (A-2-4),


Figura 7.5, demonstram que para a energia do PIN há um acréscimo significativo na
densidade do solo em relação a energia do PN.

Para os solos do trecho 2 (A-7-5 e A-7-6), Figura 7.6, solos relativamente mais finos
que os solos do trecho 1, a energia aplicada de compactação de PIN, apresenta uma
melhoria na densidade do solo com uma pequena variação na diminuição da umidade.

O detalhe característico, apresentado por este solo, é que, com a utilização da energia do
PI e um pequeno acréscimo na umidade, o solo poderá vir a sofrer uma diminuição
drástica na densidade. Talvez caracterizado por ser um solo mais fino, o ramo úmido do

83
gráfico diminui já que a proporção crescente do volume do solo vai sendo ocupada pela
água.
1500

1480

1460

1440
Densidade Seca (kg/cm³)

1420

1400

1380

1360

1340

1320

1300

1280

1260

1240
24 24,5 25 25,5 26 26,5 27 27,5 28 28,5 29 29,5 30 30,5 31

Umidade%

Golpes 12 Golpes 18 Golpes 26

Figura 7.6 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 2

No trecho 3, foram obtidas curvas de compactação com a energia do Proctor


Internormal. Para as outras energias (PN e PI) foi estudado somente um corpo de prova
na umidade ótima. Houve perda de material, não tendo sido suficiente para a execução
dos outros ensaios com os demais corpos de prova. Dessa forma, os pontos ilustrados
nas figuras 7.7 e 7.8 representam o corpo de prova ensaiado na umidade ótima.

1680

1660
Densidade Seca (kg/cm³)

1640

1620

1600

1580

1560

1540
18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

Umidade%

Golpes 12 Golpes 18 Golpes 26

Figura 7.7 – Gráfico de umidade x densidade- Trecho 3 –Solos Siltosos

84
Os gráficos das Figuras 7.7 e 7.8 retratam as curvas de compactação dos solos com a
energia diferenciada de PIN. A relação da densidade máxima e a umidade ótima
também é característica, como nos demais solos, ou seja, a densidade aumenta e a
umidade ótima diminui com o acréscimo de energia.

1680

1660
Densidade Seca (kg/cm³)

1640

1620

1600

1580
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Umidade%

Golpes 12 Golpes 18 Golpes 26

Figura 7.8 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 3 solos argilo arenosos

Os resultados do acréscimo de energia de compactação para as amostras ensaiadas são


ilustrados nas Figuras 7.9, 7.10, 7.11 e 7.12.

Amostra 01
1990 Amostra 02
Amostra 03
Densidade Seca (kg/cm³)

Amostra 04
Amostra 05
Amostra 06
1940
Amostra 07
Amostra 08
Amostra 09
Amostra 10
1890

1840
12(PN) 18(PIN) 26(PI) 55(PM)

ENERGIA DE COM PACTAÇÃO

Figura 7.9 – Energia de Compactação x Densidade máxima – Trecho 1

85
Nota-se que este solo (Figura 7.9) possui uma boa resposta ao acréscimo de energia de
compactação em relação ao acréscimo de densidade. Responde quase que linearmente e
sem grandes variações em relação às demais energias. As variações no acréscimo de
densidade são menores que 5% entre as energias adotadas. Cernica (1995), verificou
que os acréscimos de densidade raramente excedem 10% quando se compara os
resultados da energia modificada com a energia normal.

1520

Amostra 01
Densidade Seca (kg/cm³)

Amostra 02
1470 Amostra 03
Amostra 04
Amostra 05
Amostra 06
1420

1370

1320

12(PN) 18(PIN) 26(PI)

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Figura 7.10 – Energia de Compactação x Densidade máxima – Trecho 2

As amostras ensaiadas para o trecho 2 (Figura 7.10) apresentaram variações distintas na


densidade do solo em relação ao acréscimo de energia. Há um acréscimo na densidade
do solo detectada na variação do PN para a energia de PIN, porém os solos
apresentaram variações diferenciadas quando aplicada a energia do PI.

Estas variações podem ser confrontadas também com as curvas da figura 7.6, que já
evidenciam diferenças de umidade ótima em relação à densidade do solo na energia do
proctor intermediário.

Para os solos constantes das Figuras 7.11, pertencentes ao trecho 3, verifica-se que há
um acréscimo médio de 3%, na densidade das amostras, quando aplicada a energia de
PIN. A densidade praticamente não se altera quando há o acréscimo de energia para o PI
(média de 1%).

86
1810

1760
Densidade Seca (kg/cm³)

Amostra 01
1710
Amostra 02
Amostra 03
1660
Amostra 04
Amostra 05
1610 Amostra 06
Amostra 07
1560 Amostra 08
Amostra 09
1510

1460

1410
12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)
ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Figura 7.11 – Energia de compactação x densidade máxima – Trecho 3 (solos argilo arenosos)

No caso do trecho 3 solos siltosos (Figura 7.12), observa-se que com o acréscimo da
energia houve uma variação não superior a 8% (ver Anexo I) na densidade dos solos,
considerada pequena, segundo Cernica (1995), quando da variação do acréscimo de
energia.

1810

1760 Amostra 01
Amostra 02
Densidade Seca (kg/cm³)

1710 Amostra 03
Amostra 04

1660 Amostra 05
Amostra 06
Amostra 07
1610
Amostra 08
Amostra 09
1560
Amostra 10

1510

1460

1410
18 (PIN) 26 (PI)
12 (PN)

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Figura 7.12 – Energia de compactação x densidade máxima – Trecho 3 (solos siltosos)

As maiores densidades encontradas foram as das amostras do trecho 1, solos do


subgrupo A-2-4, solos considerados granulares segundo a classificação TRB, e as

87
menores densidades foram as dos solos de materiais finos do subgrupo A-7-5, do trecho
2, que possuem uma média de 90% de material passado na peneira 200.

As Figuras 7.13, 7.14, 7.15 e 7.16 ilustram as pequenas variações de umidade, baseada
nas energias estudadas. Este decréscimo contribui para a diminuição de caminhões pipa,
durante a execução da obra.

12

11
Amostra 01
Amostra 02
Amostra 03
10 Amostra 04
HOT.%

Amostra 05
Amostra 06
9 Amostra 07
Amostra 08
Amostra 09
Amostra 10
8

7
12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI) 55 (PM)

ENERGIA DE COM PACTAÇÃO

Figura 7.13 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 1

30

29

Amostra 01
28
Amostra 02
HOT. %

Amostra 03
Amostra 04

27 Amostra 05
Amostra 06

26

25
12 (PN) 18 (1,5PN) 26 (PI)
ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Figura 7.14 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 2

88
Verificou-se que os solos arenosos (Figura 7.13) são mais sensíveis as variações de
energia de compactação do que os solos argilosos (Figuras 7.14 e 7.16) para o teor de
umidade ótimo, embora as diferenças sejam no máximo de 3%.

29

Amostra 10
Amostra 02
26
Amostra 03
Amostra 04
Amostra 05
23 Amostra 06
HOT. %

Amostra 07
Amostra 08
Amostra 09
20
Amostra 10

17

14
18 (PIN) 26 (PI)
12 (PN)
ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Figura 7.15 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 3 (solos siltosos)

Para o trecho 3, Figuras 7.15 e 7.16, nota-se que praticamente não houve variação de
umidade em relação ao acréscimo de energia de compactação.

29

26

Amostra 01
Amostra 02
23 Amostra 03
HOT. %

Amostra 04
Amostra 05
Amostra 06
20
Amostra 07
Amostra 08
Amostra 09
17

14
12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

ENERGIA DE COM PACTAÇÃO

Figura 7.16 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 3 (solos argilo arenosos)

89
Medina e Motta (2005) citam que, em pavimentos com uma boa drenagem verifica-se
que a umidade de equilíbrio pode ser considerada, no máximo, igual ao teor de umidade
ótima de ensaios do Proctor Normal de compactação baseado na experiência brasileira
em rodovias federais e estaduais.

Ricci et al, (1983), citado por Medina (2005), estudou a sazonalidade das deflexões,
medidas em provas de cargas com rodas pneumáticas de caminhão, em 53 trechos
experimentais de estradas, concluindo que o efeito da sazonalidade foi verificado
insignificante quanto às variações de umidade refletidas na deflexão.

Medina e Motta (2005) retratam que experiência inglesa nos trópicos, traduzido no
Road Note 31 do TRRL (1977) é de que: “na maioria dos países tropicais, se a
drenagem for adequada do ponto de vista da engenharia, raramente o teor de umidade
do subleito é superior ao teor de umidade de compactação. Na verdade, os subleitos são
em geral mais secos e mais resistentes do que os de países temperados”.

7.6 – ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (CBR)

Os ensaios de CBR avaliam a capacidade de suporte relativas dos solos do subleito,


comparada a de uma brita. Os resultados evidenciaram a grande variação de suporte do
solo em função do acréscimo de energia de compactação para o trecho 1 (Tabela 7.6) e
para o trecho 3 (Tabela 7.7) .

Tabela 7.6 – Resultados de CBRs com variadas Energias de Compactação - Trecho 1


Estacas % PN PIN PI PM
298 CBR 15 28 38 45
308 CBR 14 34 35 48
318 CBR 14 31 38 47
328 CBR 15 27 35 45
338 CBR 15 29 38 50
348 CBR 15 25 29 38
358 CBR 15 30 33 42
367 CBR 13 28 37 42
378 CBR 13 25 35 40
388 CBR 15 24 33 38

90
Tabela 7.7 – Resultados de CBRs com variadas Energias de Compactação – Trecho 3
(solos argilo arenosos)
Estacas % PN PIN PI
165 CBR 10 17 16
357 CBR 9 16 15
485 CBR 9 17 17
777 CBR 12 21 26
851 CBR 9 14 16
861 CBR 7 14 13
881 CBR 8 14 13
886 CBR 10 16 17
1036 CBR 10 18 19

Para os demais trechos, o acréscimo de energia não resultou em grandes acréscimos de


suporte do solo (Tabelas 7.8 e 7.9).

Tabela 7.8 – Resultados de CBRs com variadas Energias de Compactação –Trecho 2


Estacas % PN PIN PI
310 CBR 8 10 10
322 CBR 8 8 8
345 CBR 7 10 11
355 CBR 9 9 10
405 CBR 8 8 9
415 CBR 8 10 10

Para os seguimentos de solos siltosos do trecho3 (Tabela 7.9), o acréscimo de energia


basicamente não alterou os valores de CBR.

Tabela 7.9 – Resultados de CBRs com variadas Energias de Compactação-Trecho 3


(solos siltosos)
Estacas % PN PIN PI
260 CBR 3 4 3
844 CBR 1 1 2
861 CBR 1 1 1
891 CBR 4 5 4
978 CBR 1 2 2
983 CBR 2 2 2
995 CBR 2 2 2
1000 CBR 4 6 6
1005 CBR 1 2 1
1031 CBR 2 3 2

91
Verifica-se para o trecho 1 (Figura 7.17), solos classificados como A-2-4, o acréscimo
de energia de compactação do Proctor Normal para o Proctor Internormal, eleva em
quase 100% a capacidade de carga do solo.

Para as demais energias, neste mesmo trecho, verifica-se também um acréscimo do


suporte, porém com tendência à elevação de um percentual menor dos valores
crescentes obtidos de CBR.

48

43

Amostra 01
38
Amostra 02
Amostra 03
Amostra 04
CBR %

33
Amostra 05
Amostra 06
28 Amostra 07
Amostra 08
Amostra 09
23
Amostra 10

18

13

12 (PN) 18 (PIN) 55 (PM)


26 (PI)

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Figura 7.17 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 1

Para os solos do trecho 2, solos classificados com A-7-5 e A-7-6, com acréscimo de
energia de compactação, praticamente não houve acréscimo de CBR, conforme Figura
7.18.

92
12

11

Amostra 01
10
Amostra 02
CBR %

Amostra 03
Amostra 04

9 Amostra 05
Amostra 06

7
12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)
ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Figura 7.18 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 2

Os solos siltosos (Figuras 7.19), pertencentes ao trecho 3, não respondem ao acréscimo


de energia. São solos que não devem ter acrescida a energia de compactação, pois,
tendem a perder capacidade de suporte.

6 Amostra 01
Amostra 02
5 Amostra 03
Amostra 04
CBR %

Amostra 05
4
Amostra 06
Amostra 07
3
Amostra 08
Amostra 09
2 Amostra 10

0
18 (PIN) 26 (PI)
12 (PN)
ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Figura 7.19 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 3 – solos siltosos

Já os solos argilo arenosos (Figura 7.20) do trecho 3, apresentaram um bom acréscimo


de CBR, obtido através do acréscimo de energia de compactação (solos A-7-5, A-7-6 e
A6).

93
27

25

23

21 Amostra 01
Amostra 02
19 Amostra 03
CBR %

Amostra 04
17
Amostra 05
15 Amostra 06
Amostra 07
13 Amostra 08
Amostra 09
11

5
18 (PIN) 26 (PI)
12 (PN)
ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Figura 7.20 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 3 – solos argilo arenosos

A figura 7.20 demonstra que a energia máxima a ser aplicada para os solos argilo
arenosos do Trecho 3, deverá ser a do PIN, pois os valores de CBR praticamente
permanecem constantes com a energia do Proctor Intermediário.

Conforme Souza Junior (2005), pode-se verificar que a classificação TRB, para as
amostras estudadas, sugere uma tendência de respostas positivas ou negativas através da
utilização de acréscimo de energia para obtenção de CBR maiores. A elevação da
capacidade de suporte obviamente levará à diminuição nas espessuras de camadas de
pavimentos rodoviários.

Pelas normas rodoviárias, atualmente utilizadas, especialmente as citadas na


recomendação técnica RT.01.46 do DER-MG, para valores de CBR abaixo de 8,0, o
material constituinte de camada de subleito deverá ser substituído ou proposta uma
camada de reforço.

Isto posto, justifica-se o estudo de acréscimo de energia, objetivando uma maior


estabilidade do solo através do acréscimo de suporte, evitando substituição e/ou

94
contribuindo para diminuição de espessuras de camadas de pavimento ou supressão
dessas camadas.

A importância do acréscimo de energia no subleito é tão significativa que atualmente ,


em alguns projetos rodoviários do DER-MG,verifica-se que estão sendo suprimidas,
após o dimensionamento do pavimento, as camadas de sub-base que possivelmente
seriam indicadas em pavimento rodoviário.

7.7 – EXPANSÃO

As Tabelas 7.10, 7.11, 7.12 e 7.13 ilustram, para os três trechos, o resultado da
expansão medido rotineiramente e utilizado nos meios rodoviários. O método utilizado
foi o procedimento do ensaio de CBR (ou ISC), segundo a metodologia adotada pelo
DNIT.

Tabela 7.10 Energia de Compactação x Expansão – Trecho 1


TRECHO 1
ENERGIA DE COMPACTAÇÃO
Estacas PN PIN PI PM
298 0,07 0,04 0,02 0,00
308 E 0,04 0,00 0,00 0,00
X
318 0,04 0,04 0,02 0,00
P
328 A 0,03 0,01 0,00 0,02
338 N 0,10 0,07 0,04 0,01
348 S 0,08 0,04 0,03 0,01
358 Ã 0,08 0,05 0,02 0,01
O
367 (%) 0,04 0,01 0,00 0,02
378 0,10 0,08 0,04 0,01
388 0,07 0,06 0,04 0,00

Com o acréscimo de energia (Tabela 7.10), nota-se que há uma tendência para o
decréscimo de expansão. As amostras desse trecho (corpo de prova) ficaram expostas ao
sol durante uma semana e não apresentaram trincas indicativas de contração.

Nogami (1995) cita que no caso de solos argilosos, quanto mais argilosos, mais
contráteis são, apresentando, contudo, expansibilidade baixa. Cita ainda que de uma

95
maneira geral, os solos lateritícos, mesmo que sejam argilosos ou muito argilosos,
possuem pequena expansão quando compactados na umidade ótima correspondente a
massa específica aparente seca máxima da energia adotada e, em seguida, imersos em
água.

Tabela 7.11 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho 2


TRECHO 2
ENERGIA DE COMPACTAÇÃO
Estacas E PN PIN PI
310 X 0,20 0,14 0,12
P
322 0,03 0,19 0,14
A
345 N 0,29 0,18 0,12
355 S 0,33 0,21 0,17
405 Ã 0,35 0,18 0,13
415 O 0,34 0,25 0,15
(%)

A Tabela 7.11 dos solos ensaiados do trecho 2, solos argilo arenosos, também
apresentaram baixos valores de expansão e uma diminuição em seus valores quando da
adoção da energia de PIN e PI.

Tabela 7.12 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho 3


TRECHO 3 (SOLOS SILTOSOS EXPANSIVOS)
ENERGIA DE COMPACTAÇÃO
Estacas PN PIN PI
260 1,92 1,88 3,25
844 6,92 7,34 8,36
E
861 X 9,29 9,34 9,38
891 P 3,08 3,15 3,84
A
978 N 8,03 7,33 7,73
983 S 5,61 6,50 6,28
Ã
995 O 6,73 7,40 7,40
1000 (%) 2,31 2,28 2,28
1005 6,40 4,60 6,19
1031 6,70 6,60 6,40

96
Os solos do primeiro segmento, estudado do trecho 3 (Tabela 7.12), apresentaram
valores altos de expansão, fora de norma rodoviária para utilização em aterros e/ou
acabamento de terraplenagem. O acréscimo da energia de compactação resulta em um
acréscimo de expansão do solo. Observa-se também que esse tipo de solo apresenta
valores de CBR baixo, não respondendo ao acréscimo de energia de compactação.

Tabela 7.13 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho 3 (2º)


TRECHO 3 (SOLOS Argilo Arenosos)
ENERGIA DE COMPACTAÇÃO
Estacas PN PIN PI
165 0,32 0,35 0,16
357 E 0,20 0,30 0,20
X
485 P 0,22 0,15 0,14
777 A 0,27 0,13 0,29
N
851 S 0,49 0,43 0,12
861 Ã 0,86 0,60 0,58
O
881 (%) 0,29 0,13 0,43
886 0,31 0,20 0,20
1036 0,55 0,45 0,42

No segundo segmento ensaiado do trecho 3, solos argilo arenosos tabela 7.13, verifica-
se um decréscimo, para algumas amostras, da expansão com a utilização do acréscimo
de energia do PIN.

Segundo Nogami (1995), verificam-se exemplos da inaplicabilidade dos Limites das


normas tradicionais (LL máximo de 25% e IP máximo de 6%). Podem ocorrer casos
com LL maior que 50% e tratar-se de solos que não se expandem ou expandem muito
pouco, quando compactados nas condições exigidas pelas normas rodoviárias.Trata-se
do caso dos solos do trecho 2 e 3(segundo segmento). Cita ainda solos que possuem
baixo LL e baixo IP, isto é, dentro dos limites tradicionais e expandem-se bastante,
quando compactados segundo as normas rodoviárias,como no caso dos solos siltosos do
trecho 3 (Tabela 7.4 e 7.12).

97
7.8 – DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO NOS TRECHOS ENSAIADOS

Para o dimensionamento das camadas do pavimento do trecho 1, onde o número N para


o ano de 2010, previsto em projeto, é de N = 9,86 x 106, utilizando-se o método do
DNIT do Engº Murilo Lopes de Souza e o número máximo de 10 amostras estudadas
nessa dissertação, obteve-se os resultados apresentados na Tabela 7.14.

Os coeficientes de equivalência estrutural utilizados para o dimensionamento foram os


constantes na Tabela 5.1. Para o revestimento de concreto betuminoso (CBUQ)
KR=2,00 e camadas granulares KB e KS=1,00, a espessura mínima de revestimento
betuminoso, baseado no tráfego e na Tabela 5.2, é de R= 7,5cm.

Na determinação das espessuras Hm, Hn e H20, conforme expressões 5.9, 5.10 e 5.11, foi
utilizado o gráfico constante na Figura 5.3, cujos resultados foram transcritos para a
Tabela 7.14.
Tabela 7.14 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 1
CBR Ábaco Inequações Camadas
de Fig. RKR+BKB≥H20 RKR+BKB+h20KS≥Hn Dimensionadas
Energia
Projeto 5.3 (cm)
ISmin
PN 14 Hn=36 7,5x2+Bx1≥26 7,5x2+15x1+h20x1≥36 Sub-base – 15
H20=26 B ≥11 adotar h 20≥6 adotar 15 Base – 15
15
PIN 25 Hn=36 7,5x2+Bx1≥26 7,5x2+15x1+h20x1≥26 Sub-base - 0
H20=26 B ≥11 adotar h 20≥-4 Base – 15
15
PI 32 Hn=36 7,5x2+Bx1≥26 7,5x2+15x1+h20x1≥26 Sub-base – 0
H20=26 B ≥11 adotar h 20≥-4 Base – 15
15
PM 39 Hn=36 7,5x2+Bx1≥26 7,5x2+15x1+h20x1≥26 Sub-base – 0
H20=26 B ≥11 adotar h 20≥-4 Base – 15
15

98
Verificou-se que utilizando ISmin de projeto do subleito ≥ 25%, obtido com a energia de
compactação do1,5PN, não há necessidade de sub-base.

Para o trecho 2, solos finos argilosos, com o tráfego previsto de projeto de N = 4,77 x
106, também foi utilizado o método de dimensionamento do DNIT. Foram adotados os
coeficientes estruturais constantes da Tabela 5.1 e a espessura mínima de revestimento
betuminoso foi de 5cm, conforme Tabela 5.2.

Conforme demonstrado nos cálculos apresentados na Tabela 7.15, não houve a


supressão da camada de sub-base.

O acréscimo de energia, para este tipo de solo, não resultou em um aumento


significativo de CBR que viesse a contribuir para a não indicação da camada de sub-
base.

Tabela 7.15 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 2


CBR Ábaco Inequações Camadas
de Fig. 5.3 RKR+BKB≥H20 RKR+BKB+h20KS≥Hn Dimensionadas
Energia
Projeto (cm)
ISmin
PN 7,0 Hn=52 5,0x2+Bx1≥25 5,0x2+15x1+h20x1≥52 Sub-base – 27
H20=25 B≥15 h20≥27 Base – 15

PIN 8,0 Hn=48 5,0x2+Bx1≥25 5,0x2+15x1+h20x1≥48 Sub-base - 23


H20=25 B≥15 h20≥23 Base – 15

PI 8,0 Hn=48 5,0x2+Bx1≥25 5,0x2+15x1+h20x1≥48 Sub-base – 23


H20=25 B≥15 h20≥23 Base – 15

Mesmo não ocorrendo a supressão da camada de sub-base, o acréscimo de energia de


compactação culminou com a viabilização de não ser indicada em projeto a substituição

99
do material do subleito, ou a indicação de reforço do subleito. Houve a redução da
espessura total da camada granular da sub-base em 4cm.

No trecho 3, solos siltosos, como já mencionado, o material de subleito deverá ser


substituído por se tratar de solos expansivos, uma vez que o acréscimo de energia não
resultou em acréscimo de CBR.

Já os solos finos argilo arenosos, do trecho 3, responderam bem ao acréscimo de


energia de compactação. Os solos obtiveram um acréscimo de CBR em média de 75%.

O número N, previsto para esse trecho, é de 2,85 x 105. Foram adotados os coeficientes
estruturais constantes da Tabela 5.1, e a espessura mínima de revestimento betuminoso
foi de 2,5cm, utilizando-se neste caso o Tratamento Superficial Duplo (TSD), conforme
Tabela 5.2.

O dimensionamento encontrado está demonstrado na Tabela 7.16.

Tabela 7.16 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 3 (solos argilo arenosos)


CBR Ábaco Inequações Camadas
de Fig. RKR+BKB≥H20 RKR+BKB+h20KS≥Hn Dimensionadas
Energia
Projeto 5.3 (cm)
ISmin
PN 7 Hn=43 2,5x1,2+Bx1≥21 2,5x1,2+18x1+h20x1≥43 Sub-base – 22
H20=21 B≥18 h20≥22 Base – 18

PIN 14 Hn=29 2,5x1,2+Bx1≥21 2,5x1,2+18x1+h20x1≥29 Sub-base - 15


H20=21 B≥18 h20≥8 adota 15 Base – 18

PI 12 Hn=31 2,5x1,2+Bx1≥21 2,5x1,2+18x1+h20x1≥31 Sub-base – 15


H20=21 B≥18 h20≥10 adota 15 Base – 18

100
Nota-se, pelo método do dimensionamento do pavimento, que não há necessidade de
aumentar demasiadamente a energia de compactação, objetivando diminuir/suprimir
camadas do pavimento. Apenas a energia do Proctor Internormal foi eficaz para reduzir
a espessura da camada de sub-base em 32%.

Os resultados de CBR, obtidos com o acréscimo da energia de compactação, são


fundamentais no dimensionamento do pavimento. Poderá ser adotada uma energia de
compactação objetivando um valor de CBR mínimo, o suficiente para atender ao
dimensionamento, evitando atropelos em relação ao excesso de energia com possível
desestabilização do solo, alterando, assim, suas propriedade geotécnicas.

7.9 – ANÁLISE DA PESQUISA REALIZADA

7.9.1 – Resultados das Pesquisas Realizadas no DER-MG

Os resultados dos ensaios de CBR dos solos coletados nas pesquisas realizadas são
apresentados no Anexo IV.

As figuras 7.21, 7.22 e 7.23 apresentam a média dos CBRs dos trechos que contêm
solos A-2-4, A-7-5 e A-7-6, pesquisados no DER-MG. Para os solos A-7-5 e A-7-6
procurou-se demonstrar a resposta ao acréscimo de energia separadamente para
amostras com percentual maior ou igual a 80% passado na peneira #200 (solos mais
argilosos) e para amostras com percentual menor que 80% passado na peneira #200.

Foram analisados dados de 130 amostras, referentes a três trechos rodoviários, inseridos
dentro da região do Triângulo Mineiro, cujas amostras de solos do subleito foram
classificadas como A-2-4, totalizando 130 ensaios de CBR. A Figura 7.21 demonstra a
variação de CBR quando da adoção de energias diferentes de compactação.

O resultado dos ensaios pesquisados confirma a boa resposta do solo ao acréscimo da


energia de compactação, proposta nesta dissertação. A energia de 1,5 vezes o Proctor

101
Normal varia em média de 24% a 79% o acréscimo do CBR em relação ao Proctor
Normal, baseado nos trechos pesquisados de solos A-2-4 nessa região.

39

34

29
CB R %

24

19

14

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

ENERGIA DE COM PACTAÇÃO


TRECHO: Contorno de Pirajuba - NÚMERO DE AMOSTRAS: 16

TRECHO: Limeira do Oeste - MGT-497 (Carneirinho) - NÚMERO DE AMOSTRAS: 62

TRECHO: Itapagipe - Entrº BR-364 (Campina Verde) - NÚMERO DE AMOSTRAS: 52

Figura 7.21 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-2-4 Pesquisados no DER-MG

Para os trechos contidos na Figura 7.22, foram analisados 17 ensaios de CBR, cujos
solos são classificados como A-7-5 e A-7-6.

20

18

16

14

12
CBR %

10

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)


ENERGIA DE COM PACTAÇÃO

TRECHO: Congonhas do Norte - Conceição do Mato Dentro - NÚMERO DE AMOSTRAS: 7

TRECHO: Santo Antônio do Itambé - Serra Azul de Minas - NÚMERO DE AMOSTRAS: 8

TRECHO: Frei Lagonegro - Entrº MG-117 - NÚMERO DE AMOSTRAS: 2

Figura 7.22 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-7-5 e A-7- 6, #200 ≥ 80%

102
Os ensaios desses solos não apresentaram variações significativas no suporte de CBR,
de forma a atender aos pré- requisitos mínimos, necessários ao dimensionamento de
pavimento esperado. Mesmo assim, os valores do acréscimo do PIN contribuem para
evitar uma possível substituição de material de subleito e/ou reforço.

A pesquisa confirma, ainda, os ensaios realizados no trecho 2 , ratificando que a energia


necessária é apenas a do PIN, pois a energia do PI não acrescenta uma resposta
significativa de suporte de CBR.

Verificou-se que os solos classificados como A-7-5 e A-7-6, baseado em suas


granulometrias, com percentuais ≤ 80%, passados na peneira #200, apresentam um bom
resultado de acréscimo de CBR, quando aumentada a energia de compactação. Foram
pesquisados 107 resultados de solos, ensaiados nos trechos fornecidos pelo DER-MG.
Os resultados médios desses CBRs são apresentados na Figura 7.23 e demonstram um
acréscimo médio de 33% de melhoria no suporte, quando há o acréscimo da energia do
PN para o PIN. Dependendo do tráfego de veículos da região, esse acréscimo pode
proporcionar um bom subsídio para o projeto de pavimentação.

20

18

16

14

12
CBR %

10

0
18 (PIN) 26 (PI)
12 (PN)

ENERGIA DE COM PACTAÇÃO

TRECHO: Congonhas do Norte - Conceição do Mato Dentro - NÚMERO DE AMOSTRAS: 39

TRECHO: Santo Antônio do Itambé - Serra Azul de Minas - NÚMERO DE AMOSTRAS: 21

TRECHO: Frei Lagonegro - Entrº MG-117 - NÚMERO DE AMOSTRAS: 37

TRECHO: Materlândia de Minas - Rio Vermelho - NÚMERO DE AMOSTRAS: 10

Figura 7.23 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-7-5 e A-7- 6, #200 ≤ 80%

103
Durante pesquisa realizada no DER-MG, verificou-se a ocorrência constante e uniforme
de solos na região do Triângulo Mineiro com classificação TRB A-2-4. Na região do
Alto Paranaíba, ocorrem solos finos com classificação TRB A-7-5 e A-7-6 e na região
do Jequitinhonha, solos bastante heterogêneos, compostos de várias classificações.

7.9.2 – Resultado das Consultas a Outros DERs

Inicialmente foi procurada a Associação dos DERs ( ABDER), objetivando verificar se


o órgão dispunha de informações técnicas sobre o assunto de energia de compactação.

Constatou-se que havia necessidade de procurar cada DER, pois a associação não
dispunha das informações solicitadas.

As consultas realizadas individualmente aos DERs trouxeram várias informações


valiosas que contribuíram para as justificativas apresentadas nesta dissertação .

Notou-se a ausência de pesquisas sobre o tema de energia de compactação e até mesmo


surpresas quando mencionado sobre uma energia alternativa de compactação.

Nos DERs consultados, verificou-se que não é empregada a energia de compactação


proposta do Proctor Internormal para utilização nos dimensionamentos dos projetos de
pavimentação rodoviários .

Os DERs empregam as normas do DNIT, ou seja, na utilização de estudos de subleito


estradal, adota-se a energia do Proctor Normal.

Em alguns casos, durante a consulta, fui questionado sobre a adoção de uma energia
maior de compactação nos solos de fundação, ou seja, se a mesma contribuiria para a
não formação de trilhas de rodas em pavimentos rodoviários
.
O DER de SP ,quando utiliza as energias, adota também as energias preconizadas pelo
DNIT ou a metodologia MCT.

104
O DERT do Ceará (Departamento de Edificações, Rodovias e Transporte do Estado do
Ceará) regulamentou em 1994, mais uma energia de compactação, além das três
especificadas pelo DNIT, para materiais de base e sub-base de pavimentos. São as
normas DERT-ES-P 03/94 e DERT-ES-P 04/94, que tratam a respeito a energia
“intermodificada” (1,5 vezes o proctor intermediário). Objetiva-se, assim, adquirir
maior capacidade de suporte nos materiais granulares a serem utilizados nas camadas do
pavimento.

Só a AGETOP de Goiás possui mais de 12000 km de vias a serem pavimentadas, as


quais podem ser beneficiadas pela adoção da energia proposta.

A malha rodoviária brasileira a ser implantada é demasiadamente grande e carece de


informações técnicas necessárias, objetivando reduzir custos sem perda de qualidade e
técnica.

7.10 – CUSTO/BENEFÍCIO

De posse dos dimensionamentos dos pavimentos apresentados no item 7.8, verificou-se


que através do acréscimo de energia obtém-se a eliminação da camada de sub-base do
trecho 1. Para os trechos 2 e 3, mantiveram-se as camadas do pavimento com pequena
redução na sub-base do trecho 2 e uma redução significativa para o trecho 3.

Objetivando apresentar os custos diretos comparativos de implantação da rodovia,


adotaram-se alguns parâmetros necessários conforme Tabela 7.17.

Tabela 7.17-Características Técnicas dos Trechos Estudados


Trechos Plataforma Extensão Dimensionamento DMT km
Proctor normal Proctor internormal
metros metros Subbase Base Subbase Base Material
cm cm cm cm granular
1 9,40 1000 15 15 - 15 20
2 9,40 1000 27 15 23 15 20
3 8,60 1000 22 18 15 18 20

105
Foi utilizada a planilha de custos do DER-MG (Anexo VI), mês base 02/09, para
apresentação dos custos previstos da obra. O preço de execução é diferenciado de
acordo com as energias de compactação, conforme demonstrado na Tabela 7.18.

Tabela 7.18 – Preço de execução de energias de compactação


Discriminação U R$
Regularização do Subleito PN m² 1,48
Regularização do Subleito PIN m² 1,52
Execução de base/subbase PI m³ 12,44
Distância de transporte 20km m3xkm 0,69

Baseado nesses resultados e nos dados das Tabelas 7.17 e 7.18 estão sendo apresentadas
no Anexo V, as planilhas de quantidades e preços unitários calculadas para os trechos
estudados. Contém os preços da execução da regularização do subleito, base e sub-base
projetados, bem como uma distância de transporte médio de utilização de material para
camada de sub-base, adotada de 20 km.

O trecho 1, com extensão total de 36,34 km, possui solos em toda sua extensão
totalmente homogêneos, de classificação TRB A-2-4. Conforme demonstrado no anexo
V.1 a economia foi de R$ 36 622,00(trinta e seis mil seiscentos e vinte e dois reais) por
quilômetro de rodovia adotando-se PIN.

A economia total, adotando-se o Proctor Internormal, foi de R$ 1.330.843,48 (Hum


milhão trezentos e trinta e três mil oitocentos e quarenta e três reais e quarenta e oito
centavos).

Para o trecho 3, com extensão de 20,76 km, ocorrendo a substituição dos solos
expansivos do subleito por solos que atendam ao CBR mínimo de projeto, adotando-se
a energia do Proctor Internormal, geraria uma economia de R$ 320.783,52 (trezentos e
vinte mil setecentos e oitenta e três reais e cinqüenta dois centavos),conforme dados

106
demonstrados no anexo V.3. Salienta-se que o trecho 3 apresenta segmentos com outros
tipos de solos, com grande ocorrência de rochas no subleito estradal, gerando outros
fatores que possam vir a interferir nos custos aqui apresentados.

Para o trecho 2, conforme verificado, os solos não apresentaram grandes melhorias na


capacidade de suporte. Porém apresentaram valores viáveis que evitaram possíveis
substituições do material do subleito e, consequentemente, melhoria de estabilidade do
solo. O valor do acréscimo, referente ao custo do aumento de energia, justifica qualquer
argumento sobre a substituição do material. A diferença de R$ 9.490,00 (nove mil
quatrocentos e noventa reais), por quilômetro de via (anexo V.2), é significativa tendo
como referência os aspectos técnicos para o subleito do solo local.

Sabe-se que atualmente está em fase de projeto mais de 300 km de rodovias, só no


Triângulo Mineiro, onde há grande ocorrência de solos A-2-4, conforme pesquisa
realizada no DER/MG.

O acréscimo de energia de compactação no subleito pode gerar uma economia média de


R$ 10.986.596,00 (dez milhões novecentos e oitenta e seis mil quinhentos e noventa e
seis reais) apenas na região do Triângulo Mineiro.

A recuperação ambiental de uma jazida é da ordem de R$ 10,00 (dez reais) por metro
quadrado. Esse valor fornecido prevê o custo em termos médios para plantio de árvores.
Poderá sempre ocorrer maiores intervenções, dependendo da área a ser explorada e das
condicionantes ambientais locais. Em média, uma área de uma jazida de material
granular para sub-base é da ordem de 20.000 m2

Outro aspecto, já mencionado, e que não foi incluído nos custos citados, devido à difícil
mensuração de valores, é o beneficio direto da não degradação ambiental evitando
qualquer alteração das qualidades físicas, químicas ou biológicas do meio ambiente que
possam:

a) prejudicar a saúde ou bem estar da população;

107
b) criar condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) ocasionar danos relevantes à flora, à fauna e a qualquer recurso natural;
d) ocasionar danos relevantes aos acervos históricos, culturais e paisagísticos.

Esses tópicos são citados no manual de pavimentação/2006, DNIT

7.11 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a elaboração destes estudos foram verificados vários vetores que vieram a
contribuir e geram discussões sobre o tema.

Técnicos do DER/MG, consultados, julgaram ser de extrema contribuição para a


engenharia rodoviária o estudo alternativo de energia de compactação. Especialmente a
contribuição desta energia, como forma econômica e eficaz na diminuição ou até na
supressão das camadas de pavimento.

O meio ambiente foi outro fator que pesou na escolha deste assunto, pois haverá uma
concentração de obras no corpo estradal, minimizando a intervenção em jazidas.

Outro aspecto que deverá ser verificado é a adoção de equipamentos de construção, que
venham atender ao acréscimo de energia a ser especificado.

A ampla malha rodoviária do Estado de Minas Gerais, conjugada com a diversidade dos
solos, foi um fator dificultador da pesquisa apresentada.

Houve a necessidade de repetição de vários ensaios devido aos erros humanos de


execução e/ou período de chuvas intensas que adiaram por vezes as coletas de amostras.

Confrontando os ensaios realizados verifica-se claramente a influência desse acréscimo


de energia nos solos de subleito estradal.

108
Há solos nos quais, quando se efetua o acréscimo de energia, conseguem-se bons
resultados de suporte (CBR). Há solos em que não há necessidade de efetuar o
acréscimo de energia, pois não influem no CBR.

No capitulo 8 apresentam-se as conclusões dessa dissertação.

109
CAPITULO 8

CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS

8.1 – CONCLUSÕES

A metodologia utilizada na determinação dos resultados dos ensaios foi autilizada no meio
rodoviário. Para a presente dissertação, a partir dos ensaios, pesquisas e consultas pode-se
concluir:

Para os solos do trecho 1 (solos A-2-4)

a) A utilização da energia na compactação do Proctor Internormal (PIN), proposto


nesta dissertação, pode gerar economias significativas, em rodovias a serem
implantadas e, consequentemente, contribuir demasiadamente para preservação
ambiental.

b) Os ensaios de pós compactação na energia do Proctor Internormal demonstraram,


pelos ensaios de granulometria por peneirameto, praticamente não houve quebra da
estrutura do solo. Estes resultados granulométricos pós compactação, são
demonstrados no quadro resumo de ensaios apresentados nos anexos I.7 a I.16

c) Houve alterações na densidade do solo, quando do acréscimo das energias, em


média de 3,5%,da energia Proctor Normal para o Internormal. Para as demais
energias, Proctor Intermediário e Proctor Modificado, o acréscimo na densidade foi
em média 1%.

110
d) Verificou-se que no dimensionamento do pavimento, houve a eliminação da
camada de sub-base do pavimento a ser implantado, confirmando ser vantajosa a
adoção da energia do Proctor Internormal.

Para solos do trecho 2 (solos A-7-5, A-7-6):

a) O acréscimo de energia (PIN) resultou em uma economia de 8% por quilômetro


de via a ser implantada, provocado pelo acréscimo de capacidade de suporte do solo.
Através do acréscimo da capacidade de suporte do solo, podemos minimizar uma
possível substituição do material do subleito.

b) Houve alterações variáveis na densidade dos solos quando do acréscimo das


energias, porém não causou aumento significativo no suporte do subleito.

c) Por tratar-se de solo muito fino, mais de 90% passados na peneira 200, esse fator
pode ter sido fundamental para a ausência de acréscimo do suporte de CBR. Não é
um solo predominante de subleito, mas ocorre em várias regiões do Estado de Minas
Gerais.

Para solos do trecho 3, seguimento siltosos (solos A-4, A-5):

a) O acréscimo de energia não resultou em acréscimo de suporte do subleito.

b) A expansão do solo já comprometia sua utilização em subleito, pois solos com


expansão > 2% não podem ser utilizados em camadas de pavimento rodoviário.

c) O acréscimo de energia aumenta a expansão destes tipos de solos, conforme


citado por vários outros pesquisadores.

111
d) O acréscimo de energia não é recomendado para este tipo de solo.

Para solos do trecho 3, segmentos argilo arenosos (solos A-7-5, A-7-6).

a) O acréscimo de energia resultou em um acréscimo na capacidade de suporte do


solo, melhorando sua capacidade de suporte. Esse acréscimo poderá gerar até 14,5%
de economia por quilômetro de via a ser implantada.

b) Por ser um solo fino, da ordem de 60% passados na peneira 200, respondem
melhor ao acréscimo de energia que o solo do trecho 2.

c) Não se deve aumentar demasiadamente a energia deste tipo de solo: a resistência


não sofre significativa alteração.

Genericamente podemos citar que os solos do grupo A-2-4, conforme classificação TRB,
localizados em sua maioria no Triangulo Mineiro, respondem bem ao acréscimo de energia,
podendo ser utilizado para a supressão de camada de pavimento, o que pode gerar grande
economia para as estruturas aqui estudadas.

Os solos A-7-5 e A-7-6, conforme classificação TRB, com percentual passado na peneira
200 na ordem de 60%, também respondem bem ao acréscimo de energia, porém com fator
limitador de energia.

Os solos de características expansivas não sofreram alterações com o aumento de energia


quanto à resistência e expansão.

Para os tipos de solos de subleito estudados (exceto solos siltosos), verificou-se que a
energia do Proctor Internormal (PIN) é suficiente para atender a um dimensionamento de

112
pavimento, não havendo necessidade de aumentar demasiadamente a energia de
compactação, gerando um custo desnecessário em obras rodoviárias. Essa ultima conclusão
também está sendo vivenciada pelos técnicos no DER-MG, através de implantações
recentes pelo Governo do Estado de Minas do Programa Proacesso.

A energia de compactação PIN, se mostrou adequada para subsidiar projetos de


pavimentação. Genericamente essa energia poderá vir a substituir a energia do Proctor
Normal, comumentemente utilizada no meio rodoviário.

Os resultados dos ensaios das pesquisas realizadas no DER-MG confirmam também a


tendência de utilização desta energia de compactação, do Proctor Internormal. Resta
normatizar.

Para os solos constantes de outras classificações TRB, para utilização em subleito, deverão
ser realizados estes mesmos estudos, objetivando reunir elementos que venham somar as
conclusões aqui apresentadas.

8.2 – SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS

Objetivando sugerir futuras pesquisas pode-se propor:

a) Reunir todos os estudos/ensaios já realizados pelo DER e acompanhar seu emprego


no campo, medindo a vida útil do pavimento através de acompanhamento rotineiro
com coletas, ensaios de amostras e monitoramento do tráfego.
b) Mapear o Estado de Minas Gerais com seus trechos sobre solos ocorrentes em cada
região, conseguindo, assim, orientar os futuros estudos de energia de compactação.
c) Catalogar e divulgar esses históricos e estudos através de publicações, subsidiando,
assim, futuros profissionais ligados à área de geotecnia e pavimentação.

113
d) Desenvolver um estudo baseado na economia e preservação ambiental, objetivando
o acréscimo da energia de compactação, não somente para subleito estradal, mas
também para materiais granulares a serem empregados na camada dos pavimentos
rodoviários e urbanos (base e sub-base).
e) Efetuar esses estudos para as jazidas ainda existentes e com potencial para serem
indicadas em projetos rodoviários.
f) Efetuar estudos de módulos de resiliência, verificando sua influência através das
três energias de compactação (PN, 1,5PN, PI).
g) Verificar a modificação que o aumento de energia traz para o módulo de
resiliência, que é o principal parâmetro utilizado pelos Métodos Mecanísticos.

114
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1996. v.19, n. 2, p. 117-136,

117
ANEXOS
ANEXO I – RESULTADO DE ENSAIOS
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO:01
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
31 298 Eixo 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 98,8 26,2 0 A-2-4 12 10,1 1860 0,07 15 8 19
12 8,1 1751
12 9,1 1815 0,10 11
12 10,1 1859 0,07 15
12 11,1 1826 0,05 7
12 12,1 1781

31 298 Eixo 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 98,8 26,2 0 A-2-4 18 9,5 1916 0,04 28
18 7,6 1858
18 8,7 1904 0,06 21
Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 27,7 0 A-2-4 18 9,7 1914 0,04 27
18 10,7 1889 0,03 25
18 11,8 1854

31 298 Eixo 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 98,8 26,2 0 A-2-4 26 9,0 1958 0,02 38
26 7,0 1891
26 8,0 1937 0,03 28
26 9,0 1957 0,02 38
26 10,0 1933 0,01 23
26 11,0 1897

31 298 Eixo 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 98,8 26,2 0 A-2-4 55 8,4 1990 0,00 45
55 6,2 1845
55 7,2 1924 0,01 25
55 8,2 1984 0,00 43
55 9,3 1961 0,00 33
55 10,3 1924

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO:01
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
32 308 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 18,8 0 A-2-4 12 9,6 1848 0,04 14 6 13
12 7,0 1754
12 8,0 1811 0,05 8
12 9,0 1838 0,03 13
12 10,1 1840 0,01 9
12 11,1 1802

32 308 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 18,8 0 A-2-4 18 9,2 1910 0,00 34
18 6,7 1764
18 7,7 1842 0,07 19
Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 20 0 A-2-4 18 8,8 1900 0,00 30
18 9,8 1891 0,00 25
18 10,8 1830

32 308 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 18,8 0 A-2-4 26 8,7 1955 0,00 35
26 7,0 1881
26 8,0 1932 0,01 30
26 9,0 1953 0,00 33
26 10,0 1904 0,00 25
26 11,1 1841

32 308 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 18,8 0 A-2-4 55 8,0 2008 0,00 48
55 6,5 1959
55 7,5 2001 0,01 34
55 8,5 2000 0,00 46
55 9,6 1968 0,00 30
55 10,6 1929

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO:01
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
33 318 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,5 17 0 A-2-4 12 10,8 1878 0,04 14 8 10
12 8,5 1745
12 9,5 1824 0,09 9
12 10,5 1874 0,05 13
12 11,5 1856 0,03 10
12 12,5 1784

33 318 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,5 17 0 A-2-4 18 10,1 1950 0,04 31
18 7,5 1778
18 8,5 1865 0,05 14
Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 19,4 0 A-2-4 18 9,6 1939 0,04 30
18 10,6 1943 0,04 27
18 11,6 1907

33 318 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,5 17 0 A-2-4 26 9,7 1978 0,02 38
26 7,5 1881
26 8,5 1937 0,04 21
26 9,5 1975 0,03 37
26 10,5 1960 0,01 29
26 11,6 1918

33 318 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,5 17 0 A-2-4 55 9,0 2008 0,00 47
55 6,9 1880
55 7,9 1945 0,01 32
55 9,0 2008 0,00 47
55 10,0 1932 0,00 27
55 11,1 1830

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO:01
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
34 328 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 25,9 0 A-2-4 12 9,6 1880 0,03 15 6,7 18
12 6,9 1696
12 7,9 1776 0,07 8
12 8,9 1860 0,04 14
12 9,9 1872 0,02 12
12 10,9 1815

34 328 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 25,9 0 A-2-4 18 9,0 1962 0,01 27
18 7,2 1887
18 8,2 1940 0,07 24
Pós Compactação 100 100 100 100 100 27,1 0 A-2-4 18 9,3 1959 0,01 25
18 10,3 1918 0,01 16
18 11,3 1863

34 328 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 25,9 0 A-2-4 26 8,5 1990 0,00 35
26 7,1 1904
26 8,2 1983 0,00 28
26 9,2 1980 0,00 31
26 10,2 1950 0,00 19
26 11,2 1914

34 328 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 25,9 0 A-2-4 55 8,1 2020 0,02 45
55 6,2 1915
55 7,2 1985 0,03 29
55 8,2 2019 0,02 43
55 9,2 1983 0,01 42
55 10,3 1941

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO:01
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
35 338 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 35 0 A-2-4 12 9,4 1874 0,10 15 8 23
12 7,5 1830
12 8,6 1868 0,13 11
12 9,6 1874 0,09 14
12 10,6 1857 0,06 7
12 11,6 1833

35 338 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 35 0 A-2-4 18 9,0 1960 0,07 29
18 6,9 1874
18 7,9 1918 0,11 28
Pós Compactação 100 100 100 100 100 36,4 0 A-4 18 9,0 1960 0,07 29
18 10,0 1902 0,05 19
18 11,0 1843

35 338 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 35 0 A-2-4 26 8,6 1971 0,04 38
26 6,3 1820
26 7,3 1901 0,06 23
26 8,3 1963 0,05 35
26 9,4 1957 0,03 28
26 10,4 1918

35 338 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 35 0 A-2-4 55 8,0 2004 0,01 50
55 6,2 1917
55 7,2 1975 0,01 25
55 8,2 2001 0,01 50
55 9,2 1970 0,00 48
55 10,3 1920

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO:01
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
36 348 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 19,9 0 A-2-4 12 10,5 1855 0,08 15
12 7,9 1685
12 9,0 1773 0,10 11
12 10,0 1840 0,09 13
12 11,0 1850 0,07 8
12 12,0 1812

36 348 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 19,9 0 A-2-4 18 9,9 1911 0,04 25
18 7,3 1720
18 8,3 1808 0,07 18
Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 21,4 0 A-2-4 18 9,3 1886 0,05 24
18 10,3 1913 0,03 22
18 11,3 1861

36 348 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 19,9 0 A-2-4 26 9,0 1943 0,03 29
26 7,0 1800
26 8,0 1873 0,04 22
26 9,0 1944 0,03 29
26 10,0 1892 0,02 25
26 11,0 1829

36 348 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 19,9 0 A-2-4 55 8,9 1977 0,01 38
55 6,9 1915
55 7,9 1955 0,02 23
55 8,9 1977 0,01 38
55 10,0 1958 0,00 24
55 11,0 1929

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO:01
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
37 358 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 24,2 0 A-2-4 12 10,0 1844 0,08 15 7 17
12 7,7 1730
12 8,7 1791 0,10 9
12 9,7 1837 0,09 15
12 10,7 1826 0,07 12
12 11,7 1792

37 358 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 24,2 0 A-2-4 18 9,4 1925 0,05 30
18 6,7 1755
18 7,7 1839 0,07 11
Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 26,4 0 A-2-4 18 8,8 1912 0,04 28
18 9,8 1916 0,02 18
18 10,9 1882

37 358 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 24,2 0 A-2-4 26 9,0 1958 0,02 33
26 7,6 1880
26 8,6 1949 0,03 22
26 9,6 1951 0,01 32
26 10,6 1916 0,00 20
26 11,6 1880

37 358 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 24,2 0 A-2-4 55 8,6 1994 0,01 42
55 6,6 1848
55 7,6 1936 0,02 32
55 8,6 1994 0,01 42
55 9,7 1950 0,01 32
55 10,7 1939

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO:01
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
38 367 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 34,2 0 A-2-4 12 11,1 1860 0,04 13
12 9,0 1739
12 10,1 1808 0,05 8
12 11,1 1860 0,04 13
12 12,1 1819 0,02 10
12 13,1 1764

38 367 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 34,2 0 A-2-4 18 10,4 1922 0,01 28
18 8,6 1831
18 9,6 1896 0,03 24
Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 35,5 0 A-4 18 10,6 1912 0,01 25
18 11,7 1872 0,00 11
18 12,7 1812

38 367 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 34,2 0 A-2-4 26 9,8 1965 0,00 37
26 7,2 1806
26 8,3 1885 0,01 18
26 9,3 1957 0,00 35
26 10,3 1953 0,00 29
26 11,3 1889

38 367 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 34,2 0 A-2-4 55 9,2 1980 0,02 42
55 7,0 1832
55 8,1 1923 0,03 22
55 9,1 1977 0,02 42
55 10,1 1959 0,01 18
55 11,1 1908

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO:01
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
39 378 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 29,9 0 A-2-4 12 10,8 1872 0,10 13
12 9,0 1781
12 10,0 1842 0,13 8
12 11,0 1871 0,09 13
12 12,1 1849 0,07 10
12 13,1 1820

39 378 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 29,9 0 A-2-4 18 10,0 1928 0,08 25
18 8,7 1882
18 9,9 1927 0,10 22
Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 31,5 0 A-2-4 18 10,9 1921 0,07 25
18 11,9 1892 0,05 16
18 13,0 1858

39 378 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 29,9 0 A-2-4 26 9,6 1946 0,04 35
26 7,4 1843
26 8,4 1904 0,05 16
26 9,5 1943 0,04 32
26 10,5 1921 0,03 18
26 11,5 1881

39 378 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 29,9 0 A-2-4 55 9,0 2009 -0,01 40
55 7,0 1916
55 8,0 1976 -0,02 20
55 9,1 2007 -0,01 38
55 10,1 1975 -0,01 16
55 11,1 1933

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO:01
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
40 388 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,0 24,7 0 A-2-4 12 10,2 1875 0,07 15
12 7,8 1814
12 8,8 1899 0,08 9
12 9,8 1966 0,07 15
12 10,8 1969 0,06 11
12 11,8 1935

40 388 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,0 24,7 0 A-2-4 18 9,4 1960 0,06 24
18 7,9 1895
18 8,9 1953 0,07 22
Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 26,5 0 A-2-4 18 9,9 1951 0,04 23
18 10,9 1920 0,02 20
18 11,9 1888

40 388 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,0 24,7 0 A-2-4 26 9,0 1972 0,04 33
26 7,5 1893
26 8,5 1958 0,05 23
26 9,5 1965 0,03 32
26 10,6 1930 0,02 26
26 11,6 1891

40 388 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,0 24,7 0 A-2-4 55 8,6 1995 0,00 38
55 6,6 1871
55 7,6 1935 0,01 25
55 8,6 1994 0,00 38
55 9,6 1950 0,00 26
55 10,7 1890

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798
OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
24 310 BD 0,00 2,40 55,0 22,4 100 100 100 100 100 98,0 94,4 16 A-7-5 12 29,5 1340 0,17 8 18 52
12 27,0 1222
12 28,2 1282 0,32 6
12 29,4 1333 0,18 8
12 30,5 1329 0,15 4
12 31,7 1298

24 310 BD 0,00 2,40 55,0 22,4 100 100 100 100 100 98,0 94,4 16 A-7-5 18 28,8 1385 0,14 10
18 23,2 1274
18 25,6 1322 0,20 3
18 28,0 1377 0,16 9
18 30,4 1366 0,10 7
18 32,8 1309

24 310 BD 0,00 2,40 55,0 22,4 100 100 100 100 100 98,0 94,4 16 A-7-5 26 27,7 1418 0,12 10
26 24,8 1321
26 26,0 1372 0,10 7
26 27,2 1412 0,12 8
26 28,3 1406 0,18 8
26 29,5 1330

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798
OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
24A 322 eixo 0,00 1,50 48,9 20,3 100 100 100 99,2 98,5 95,5 90,3 14 A-7-6 12 28,6 1325 0,33 8 16 52
12 26,3 1235
12 27,5 1297 0,42 5
12 28,6 1325 0,33 8
12 29,8 1306 0,29 7
12 31,0 1273

24A 322 eixo 0,00 1,50 48,9 20,3 100 100 100 99,2 98,5 95,5 90,3 14 A-7-6 18 28,1 1335 0,19 8
18 22,9 1249
18 25,4 1293 0,16 6
18 27,8 1333 0,20 8
18 30,3 1302 0,26 5
18 32,7 1244

24A 322 eixo 0,00 1,50 48,9 20,3 100 100 100 99,2 98,5 95,5 90,3 14 A-7-6 26 27,6 1378 0,14 8
26 25,3 1329
26 26,4 1361 0,19 5
26 27,6 1378 0,14 8
26 28,8 1351 0,11 7
26 29,9 1309

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798
OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
25 345 eixo 0,00 1,00 52,2 21,8 100 100 100 100 100 97,3 92,8 15 A-7-5 12 29,1 1355 0,29 7 18 41
12 26,4 1281
12 27,6 1317 0,38 4
12 28,7 1350 0,32 7
12 29,9 1337 0,25 5
12 31,1 1303

25 345 eixo 0,00 1,00 52,2 21,8 100 100 100 100 100 97,3 92,8 15 A-7-5 18 28,2 1400 0,18 10
18 25,4 1322
18 26,6 1370 0,32 7
18 27,8 1396 0,21 10
18 29,0 1391 0,13 8
18 30,2 1356

25 345 eixo 0,00 1,00 52,2 21,8 100 100 100 100 100 97,3 92,8 15 A-7-5 26 27,7 1455 0,12 11
26 25,3 1294
26 26,5 1379 0,19 7
26 27,7 1452 0,12 10
26 28,8 1653 0,10 9
26 30,0 1342

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798
OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
26 355 eixo 0,00 1,00 51,7 21,2 100 100 100 100 99,8 97,5 92,6 15 A-7-5 12 29,2 1420 0,33 9 15 52
12 26,3 1231
12 27,5 1327 0,35 6
12 28,7 1409 0,33 9
12 29,8 1414 0,25 6
12 31,0 1380

26 355 eixo 0,00 1,00 51,7 21,2 100 100 100 100 99,8 97,5 92,6 15 A-7-5 18 28,1 1440 0,21 9
18 25,2 1248
18 26,4 1342 0,38 6
18 27,6 1429 0,22 9
18 28,8 1427 0,17 7
18 30,0 1385

26 355 eixo 0,00 1,00 51,7 21,2 100 100 100 100 99,8 97,5 92,6 15 A-7-5 26 27,7 1472 0,17 10
26 25,3 1362
26 26,5 1421 0,27 9
26 27,6 1473 0,18 10
26 28,8 1445 0,16 7
26 29,9 1371

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798
OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
27 405 eixo 0,00 1,00 54,6 20,4 100 100 100 100 99,1 95,8 89,8 15 A-7-5 12 27,7 1330 0,35 8 14 60
12 25,4 1283
12 26,6 1312 0,38 6
12 27,7 1330 0,35 8
12 28,9 1301 0,25 4
12 30,0 1263

27 405 eixo 0,00 1,00 54,6 20,4 100 100 100 100 99,1 95,8 89,8 15 A-7-5 18 27,2 1428 0,18 8
18 24,7 1337
18 25,9 1392 0,46 8
18 27,2 1428 0,18 8
18 28,4 1403 0,16 5
18 29,6 1355

27 405 eixo 0,00 1,00 54,6 20,4 100 100 100 100 99,1 95,8 89,8 15 A-7-5 26 26,7 1483 0,13 9
26 24,4 1294
26 25,5 1393 0,19 7
26 26,7 1483 0,13 9
26 27,8 1448 0,07 6
26 29,0 1408

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798
OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
28 415 eixo 0,00 1,00 53,7 22,1 100 100 100 100 100 96,9 92,6 16 A-7-5 12 28,1 1389 0,34 8 19 54
12 25,3 1295
12 26,5 1342 0,41 4
12 27,7 1381 0,36 7
12 28,8 1380 0,24 6
12 30,0 1346

28 415 eixo 0,00 1,00 53,7 22,1 100 100 100 100 100 96,9 92,6 16 A-7-5 18 27,2 1406 0,25 10
18 22,8 1181
18 24,5 1299 0,54 7
18 26,2 1396 0,31 9
18 27,9 1399 0,21 5
18 29,6 1319

28 415 eixo 0,00 1,00 53,7 22,1 100 100 100 100 100 96,9 92,6 16 A-7-5 26 26,3 1437 0,15 10
26 24,3 1352
26 25,5 1415 0,26 7
26 26,6 1431 0,14 9
26 27,8 1396 0,12 5
26 29,0 1353

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03
OCORRÊNCIA: SUBLEITO
PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO
FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
30 165 BD 0,00 1,60 50,7 21,9 100 100 97,9 97,7 96,8 95,3 70,5 14 A-7-6 18 23,0 1688 0,35 17 9 60
18 17,8 1586
18 20,0 1631 0,65 9
18 22,1 1679 0,35 17
18 24,2 1675 0,35 10
18 26,4 1632

12 23,7 1635 0,32 10


26 22,6 1691 0,16 16

64 357 BD 0,00 2,40 48,3 21,4 100 100 100 98,4 93,9 89,6 72,4 14 A-7-6 18 20,4 1661 0,30 16 9 54
18 16,2 1578
18 18,3 1629 0,70 7
18 20,4 1661 0,30 16
18 22,5 1630 0,20 12
18 24,6 1585

12 20,9 1575 0,20 9


26 19,4 1660 0,20 15

88 485 BD 0,00 2,10 51,4 21,0 100 100 100 99,5 98,7 96,9 73,5 14 A-7-5 18 21,2 1680 0,15 17 6 67
18 16,3 1564
18 18,5 1620 0,43 11
18 20,7 1676 0,19 18
18 23,0 1654 0,15 12
18 25,2 1632

12 21,7 1584 0,22 9


26 20,2 1689 0,14 17

144 777 BE 0,00 5,80 32,5 15,0 100 100 89,4 84,4 78,3 66,8 38,9 18 A-7-5 18 15,0 1788 0,13 21 7 16
OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03
OCORRÊNCIA: SUBLEITO
PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO
FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
18 10,7 1638
18 12,2 1708 0,30 12
18 13,8 1773 0,17 21
18 15,4 1782 0,13 16
18 17,0 1754

12 15,5 1695 0,27 12


26 14,2 1850 0,14 26

157 851 BD 0,00 1,50 60,2 22,4 100 100 100 100 98,8 82,8 68,5 15 A-7-5 18 27,7 1503 0,43 14
18 22,5 1411
18 24,6 1457 1,90 7
18 26,7 1497 0,63 13
18 28,9 1494 0,23 10
18 31,0 1456

12 27,3 1426 0,49 9


26 26,7 1515 0,12 16

159 861 BD 0,00 1,50 58,5 24,5 100 100 98,4 95,9 92,3 86,3 66,6 15 A-7-5 18 25,2 1675 0,20 14 7 58
18 19,9 1577
18 22,1 1627 0,42 10
18 24,3 1668 0,25 13
18 26,5 1662 0,13 8
18 28,7 1623

12 25,7 1571 0,32 7


26 24,4 1692 0,18 13

163 881 BD 0,00 1,50 56,0 25,8 100 100 100 99,7 99,1 95,3 64,8 15 A-7-5 18 24,0 1640 0,13 14 6 59
18 20,1 1535
OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. EQUIV. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB AREIA Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
46 260 BD 0,00 2,30 NL NP 100 100 100 100 99,9 99,4 63,4 6 A-4 18 9,2 1687 1,68 4 26 16
18 7,0 1642
18 8,1 1673 1,72 3
18 9,1 1682 1,68 4
18 10,1 1675 1,52 3
18 11,1 1647

12 9,2 1641 1,92 3


26 9,0 1691 3,25 3

156 844 BE 0,00 3,50 49,0 NP 100 100 100 100 99,1 96,6 73,7 9 A-5 18 22,2 1570 7,34 1 40 18
18 15,7 1519
18 18,9 1551 9,13 1
18 22,2 1570 7,34 1
18 25,5 1551 3,30 2
18 28,8 1522

12 22,7 1531 6,92 1


26 21,7 1591 8,36 2

159 861 BD 1,50 3,70 48,0 NP 100 100 100 99,2 98,7 95,6 72,3 9 A-5 18 20,2 1593 9,34 1 49 15
18 15,1 1547
18 17,2 1574 0,34 1
18 19,2 1591 9,34 1
18 21,3 1590 8,96 1
18 23,3 1575

12 20,7 1546 9,29 1


26 19,7 1596 9,38 1

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03
OCORRÊNCIA: SUBLEITO
PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. EQUIV. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO
FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB AREIA Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
165 891 BD 0,00 3,80 NL NP 100 100 96,6 94,2 90,4 85,1 59 5 A-4 18 17,1 1708 3,15 5 46 13
18 13,1 1660
18 15,1 1684 3,39 3
18 17,2 1707 3,15 4
18 19,3 1690 3,03 4
18 21,3 1674

12 17,7 1646 3,06 4


26 16,8 1728 3,84 4

182 978 BE 0,00 5,20 39,9 NP 100 100 100 99,8 99,1 97,0 71,5 7 A-4 18 17,3 1656 7,33 2 50 14
18 13,1 1637
18 15,2 1648 8,38 1
18 17,3 1656 7,33 2
18 19,4 1652 6,50 2
18 21,5 1645

12 18,3 1571 8,03 1


26 16,7 1688 7,73 2

183 983 BE 0,00 3,90 38,3 NP 100 100 93,6 91,7 89,7 81,3 57,5 5 A-4 18 18,4 1700 6,50 2 44 13
18 12,7 1642
18 14,8 1672 7,32 1
18 16,8 1694 6,67 2
18 18,9 1695 6,57 2
18 21,0 1674

12 19,0 1632 5,61 2


26 17,4 1734 6,28 2

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03
OCORRÊNCIA: SUBLEITO
PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. EQUIV. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO
FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB AREIA Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
185 995 BE 0,00 1,50 NL NP 100 100 100 99,9 99,5 95,3 59,3 5 A-4 18 18,7 1668 7,40 2 27 23
18 14,6 1632
18 16,6 1656 7,40 1
18 18,7 1668 7,40 2
18 20,7 1654 5,79 1
18 22,7 1632

12 19,2 1615 6,73 2


26 18,1 1682 7,40 2

186 1000 BD 0,00 2,60 59,0 NP 100 100 100 100 99,4 96,8 80,4 12 A-5 18 25,2 1515 3,20 6 43 14
18 21,0 1457
18 23,2 1498 3,75 4
18 25,4 1514 3,18 6
18 27,6 1495 3,00 4
18 29,8 1458

12 25,9 1496 3,51 4


26 24,8 1575 2,80 6

187 1005 BE 0,00 4,50 41,6 NP 100 100 90,2 88,8 85,9 80,1 60,2 5 A-5 18 18,0 1672 6,27 2 34 10
18 14,4 1641
18 16,5 1665 6,46 1
18 18,6 1672 6,20 2
18 20,6 1662 6,16 2
18 22,7 1649

12 18,5 1621 6,40 1


26 17,4 1691 6,19 1

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03
OCORRÊNCIA: SUBLEITO

PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. EQUIV. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO


FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB AREIA Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
192 1031 BE 0,00 1,50 43,1 NP 100 100 99 98,6 97,8 95,6 71,6 8 A-5 18 20,0 1650 6,50 3 17 26
18 16,9 1616
18 19,0 1643 7,20 2
18 21,2 1644 5,80 4
18 23,4 1627 3,60 2
18 25,5 1608

12 20,8 1615 6,70 2


26 19,5 1672 6,40 2

OBS:
QUADRO RESUMO DE ENSAIOS RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03
OCORRÊNCIA: SUBLEITO
PROFUNDIDADE GRANULOMETRIA CLASS. COMPACTAÇÃO CBR SEDIMENTAÇÃO
FURO ESTACA POSIÇÃO LL IP IG
DE A 2" 1" 3/8" #4 # 10 # 40 # 200 TRB Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA
18 22,3 1602 0,22 10
18 24,5 1625 0,10 13
18 26,8 1606 0,09 8
18 29,0 1574

12 24,6 1536 0,29 8


26 23,6 1664 0,12 13

164 886 BD 0,00 2,90 57,2 26,3 100 100 100 99,6 98,4 94,3 75,9 18 A-7-5 18 24,4 1560 0,20 16 6 62
18 20,5 1510
18 22,8 1529 0,50 10
18 25,2 1549 0,20 16
18 27,5 1494 0,10 7
18 29,9 1438

12 24,9 1493 0,31 10


26 23,8 1572 0,20 17

193 1036 BE 0,00 2,50 49,1 20,2 100 93,2 90,9 89,7 88,4 84,9 61,4 11 A-7-6 18 24,5 1642 0,25 18 6 50
18 22,4 1561
18 23,5 1616 0,32 13
18 24,7 1642 0,25 18
18 25,8 1632 0,22 11
18 26,9 1614

12 25,0 1530 0,30 10


26 24,0 1694 0,18 19

OBS:
VARIAÇÃO DAS DENSIDADES

Trecho 1 - Limeira do Oeste – Rio São Domingos


Energia de ESTACA 298 ESTACA 308 ESTACA 318 ESTACA 328 ESTACA 338
compactação
dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação
% % % % %
PN 1860 - 1848 - 1878 - 1880 - 1874 -

PIN 1916 3,01 1910 3,35 1950 3,83 1962 4,36 1960 4,58

PI 1958 2,19 1955 2,35 1978 1,43 1990 1,42 1971 0,56

PM 1990 1,63 2008 1,51 2008 1,51 2020 1,50 2004 1,67

Trecho 1 - Limeira do Oeste – Rio São Domingos


Energia de ESTACA 348 ESTACA 358 ESTACA 367 ESTACA 378 ESTACA 388

compactação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação
% % % % %
PN 1855 - 1844 - 1860 - 1872 - 1875 -

PIN 1911 3,01 1925 4,39 1922 3,33 1928 2,99 1960 4,53

PI 1943 1,67 1958 1,71 1965 2,23 1946 0,93 1972 0,61

PM 1977 1,74 1994 1,83 1980 0,76 2009 3,23 1995 1,16
VARIAÇÃO DAS DENSIDADES

Trecho 2 -

Energia de ESTACA 310 ESTACA 322 ESTACA 345 ESTACA 355 ESTACA 405 ESTACA 415
compactação
dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação
% % % % % %
PN 1340 - 1325 - 1355 - 1420 - 1330 - 1389 -

PIN 1385 3,35 1335 0,75 1400 3,32 1440 1,40 1428 7,36 1406 1,22

PI 1492 7,72 1519 13,78 1455 3,92 1472 2,22 1483 3,85 1437 2,20

Trecho 3 (solos siltosos expansivos)

Energia de ESTACA 260 ESTACA 844 ESTACA 861 ESTACA 891 ESTACA 978 ESTACA 983 ESTACA 995 ESTACA 1000 ESTACA 1005 ESTACA 1031
compactação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação
% % % % % % % % % %
PN 1641 - 1531 - 1546 - 1646 - 1571 - 1632 - 1615 - 1496 - 1621 - 1615 -

PIN 1687 2,80 1570 2,54 1593 3,04 1708 3,76 1656 5,41 1700 4,16 1668 3,28 1515 1,27 1672 3,14 1650 2,16

PI 1691 0,23 1591 1,33 1596 0,18 1728 1,17 1688 1,93 1734 2,00 1682 0,83 1575 3,96 1691 1,13 1672 1,33

Trecho 3 (solos areno argilosos)


Energia de ESTACA 155 ESTACA 357 ESTACA 485 ESTACA 777 ESTACA 851 ESTACA 861 ESTACA 881 ESTACA 886 ESTACA 1036
compactação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação dens. Variação
% % % % % % % % %
PN 1635 - 1575 - 1584 - 1695 - 1426 - 1571 - 1536 - 1493 - 1530 -
PIN 1688 3,24 1661 5,46 1680 6,06 1788 5,48 1503 5,39 1675 6,61 1640 6,77 1560 4,48 1642 7,32
PI 1691 0,17 1660 - 1689 0,53 1850 3,46 1515 0,79 1692 1,01 1664 1,46 1572 0,76 1694 3,16
ANEXO II – CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS EMPREGADOS NOS ENSAIOS

LABORATÓRIO RESPONSÁVEL PELA CALIBRAÇÃO : Mettrocal


Setor: Granulometria e Ensaios Especiais

ITEM DESCRIÇÃO PRÓXIMA CALIB. CERTIFICADO NO.

001 Peneira Granulométrica - ABNT 1/2" 10/9/2010 MC65403/09

002 Peneira Granulométrica - ABNT 1.1/2" 10/9/2010 MC65410/09

003 Peneira Granulométrica - ABNT 3" 10/9/2010 MC65358/09

004 Peneira Granulométrica - ABNT 1/4" 10/9/2010 MC65362/09

005 Peneira Granulométrica - ABNT 10 10/9/2010 MC65361/09

006 Peneira Granulométrica - ABNT 3/8" 10/9/2010 MC65335/09

007 Peneira Granulométrica - ABNT 8 10/9/2010 MC65359/09

008 Peneira Granulométrica - ABNT 4 10/9/2010 MC65363/09

009 Peneira Granulométrica - ABNT 1" 10/9/2010 MC65393/09

II.1
CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS EMPREGADOS NOS ENSAIOS

LABORATÓRIO RESPONSÁVEL PELA CALIBRAÇÃO : Mettrocal


Setor: Granulometria e Ensaios Especiais (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO PRÓXIMA CALIB. CERTIFICADO NO.

010 Peneira Granulométrica - ABNT ¾" 10/9/2010 MC65443/09

011 Peneira Granulométrica - ABNT 4 10/9/2010 MC65330/09

012 Peneira Granulométrica - ABNT 16 10/9/2010 MC65311/09

013 Peneira Granulométrica - ABNT 200 10/9/2010 MC65307/09

014 Peneira Granulométrica - ABNT 30 10/9/2010 MC65305/09

015 Peneira Granulométrica - ABNT 80 10/9/2010 MC65300/09

016 Peneira Granulométrica - ABNT 40 10/9/2010 MC65303/09

017 Peneira Granulométrica - ABNT 40 10/9/2010 MC65308/09

018 Peneira Granulométrica - ABNT 40 10/9/2010 MC65313/09

019 Peneira Granulométrica - ABNT 100 10/9/2010 MC65304/09

020 Peneira Granulométrica - ABNT 50 10/9/2010 MC65309/09

021 Peneira Granulométrica - ABNT 10 10/9/2010 MC65455/09

022 Proveta de vidro 15/09/10 MC65468/09

023 Proveta de vidro 15/09/10 MC65467/09

024 Escala de aço 10/09/10 MC65099/09

025 Termômetro de vidro 10/09/10 MC65088/09

026 Picnômetro de vidro 15/09/10 MC65463/09

027 Densímetro 15/09/10 MC65462/09

028 Paquímetro analógico 10/09/10 MC65079/09

II.2
CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS EMPREGADORES NOS ENSAIOS

LABORATÓRIO RESPONSÁVEL PELA CALIBRAÇÃO : Mettrocal

Setor: Rompimento
029 Prensa de CBR 10/09/2010 MC65457/09

030 Prensa de CBR 10/09/2010 MC65458/09

031 Relógio Comparador 10/09/2010 MC65084/09

032 Relógio Comparador 10/09/2010 MC65086/09

Setor: Limite
033 Balança digital - AS 2000 C MC65097/09
10/09/10

Setor: Preparação

034 Peneira Granulométrica ABNT 4 10/09/02010 MC65400/09

035 Peneira Granulométrica ABNT 4 10/09/02010 MC65430/09

036 Peneira Granulométrica ABNT 4 10/09/02010 MC65456/09

Setor: Geral

037 Estufa 10/09/02010 MC65089/09

038 Estufa 10/09/02010 MC65373/09

II.3
ANEXO III – MAPAS DOS TRECHOS PESQUISADOS
Contorno de Pirajuba Materlândia - Rio Vermelho

Limeira do Oeste - MGT-497


(Carneirinho)

Congonhas do Norte -
Almeida Campo - Entrº BR-262 Conceição do Mato Dentro
Santo Antônio do Itambé -
Limeira do Oeste - Rio São Domingos Serra Azul de Minas

Itapagipe - Entrº BR-364 Frei Lagonegro -


(Campina Florido) Milho Verde - Serro Entrº MG-117
ANEXO IV – PESQUISAS REALIZADAS NO DER-MG
Pesquisas realizadas no DER-MG – Resultados Médios de CBR e Resultados dos
ensaios por amostra.

TRECHOS PESQUISADOS RESULTADOS MÉDIOS DE CBR-SUBLEITO


DER-MG SOLOS A-2-4 PN 1,5PN PI NUMERO DE
AMOSTRAS
Contorno de Pirajuba 21,1 32,0 - 16
Limeira do Oeste-MGT497 (Carneirinho) 18,7 23,2 30,7 62
Itapagipe-Ent. BR-364(Campina Verde) 14,8 26,6 38,5 52

TRECHOS PESQUISADOS RESULTADOS MÉDIOS DE CBR-SUBLEITO


DER-MG SOLOS A-7-5 E A-7-6- PN 1,5PN PI NUMERO DE
% #200≥ 80% AMOSTRAS
Congonhas do Norte-Conceição do Mato 8,5 10,1 10,8 7
Dentro
Santo Antônio do Itambé- Serra Azul de 9,4 12 14,3 8
Minas
Frei Lagonegro- Ent. MG 117 6,6 12,9 13,8 2

TRECHOS PESQUISADOS RESULTADOS MÉDIOS DE CBR-SUBLEITO


DER-MG SOLOS A-7-5 E A-7-6- PN 1,5PN PI NUMERO DE
% #200< 80% AMOSTRAS
Congonhas do Norte-Conceição do Mato 9,6 13,0 13,7 39
Dentro
Santo Antônio do Itambé- Serra Azul de 8,6 12,2 14,5 21
Minas
Frei Lagonegro- Ent. MG 117 12,5 15,6 18,9 37

Materlândia de Minas-Rio Vermelho 12,3 16,11 20,8 10

IV.1
Rodovia: MGC-154 Trecho: Itapagipe – Entroncamento BR 364 (Campina Verde)

SOLOS A-2-4

Sequência Estaca PN 1,5PN PI Sequência Estaca PN 1,5PN PI


Num. CBR CBR CBR Num. CBR CBR CBR
1 41 13 24 35 27 297+13 17 17 38
2 46 16 34 47 28 302+13 19 19 44
3 51 12 28 36 29 307+13 16 16 48
4 56 14 25 33 30 312+13 18 18 42
5 61 13 20 33 31 317+13 12 27 41
6 71+18 13 24 35 32 322+13 14 31 45
7 80+18 17 34 48 33 327+13 16 29 37
8 115 14 27 35 34 333+13 18 25 31
9 120 15 20 29 35 361+13 21 34 41
10 130 16 29 36 36 426+13 23 43 52
11 135 17 32 42 37 432+13 10 23 37
12 140 14 24 39 38 437+13 13 25 31
13 144+18 18 24 38 39 442+13 12 25 37
14 149+18 11 26 38 40 561+13 13 20 30
15 154+17 13 23 41 41 603+13 10 20 28
16 159+17 14 26 40 42 611+13 11 22 27
17 194+17 15 24 36 43 616+13 12 19 25
18 199+16 17 27 41 44 624+13 14 25 37
19 204+16 12 20 36 45 659+13 14 29 49
20 209+16 16 25 30 46 667+13 16 21 38
21 214+16 15 29 40 47 677+13 13 19 26
22 219+16 17 29 45 48 687+13 17 26 37
23 225+16 15 22 35 49 697+13 13 23 39
24 260+16 13 26 41 50 707+13 17 35 50
25 274+14 15 35 52 51 713+13 14 33 48
26 289+16 22 31 46 52 734+13 12 19 35

IV.2
Rodovia: Ligação Trecho: Limeira do Oeste- MGT 497 (Carneirinho)

SOLOS A-2-4

Sequência Estaca PN 1,5PN PI Sequência Estaca PN 1,5PN PI


Num. CBR CBR CBR Num. CBR CBR CBR
1 3 20 29 44 32 453 17 22 34
2 2 17 24 36 33 470 13 25 33
3 21 15 21 22 34 489 27 38 29
4 40 24 28 36 35 506+10 18 20 26
5 60 20 21 28 36 528+10 19 23 29
6 79 19 31 39 37 550 13 21 28
7 98 16 28 35 38 569+10 23 32 41
8 117 20 21 31 39 589 16 20 28
9 137 18 27 39 40 609 19 25 38
10 157 18 25 33 41 628 16 23 25
11 175 18 30 42 42 648 17 23 27
12 175 22 28 34 43 667+10 13 20 24
13 175 18 23 36 44 677+10 18 25 36
14 191 16 22 28 45 687 24 34 46
15 205 16 27 31 46 696 25 36 46
16 220 19 24 35 47 705 19 24 30
17 241 12 20 28 48 722+10 32 36 43
18 261 17 22 32 49 744 15 22 33
19 280 17 22 32 50 764 13 20 34
20 300 18 23 38 51 783 18 21 28
21 304 26 35 43 52 801 30 35 42
22 310 18 27 36 53 821 13 26 31
23 315 24 32 41 54 840 17 22 30
24 320+10 18 27 40 55 860 16 26 39
25 325 15 21 30 56 880 20 24 31
26 340 20 27 34 57 900 21 32 46
27 345 18 26 34 58 920 24 36 44
28 355 16 25 31 59 941 17 23 28
29 394 20 26 31 60 978 21 24 30
30 414 19 26 32 61 3+10 21 30 40
31 433+10 18 28 37 62 37+10 16 24 34

IV.3
Rodovia: Contorno Trecho: Contorno de Pirajuba

SOLOS A-2-4

Sequência Estaca PN 1,5PN PI Sequência Estaca PN 1,5PN PI


Num. CBR CBR CBR Num. CBR CBR
CBR
1 64+5 21,6 46 9 179+15 18,9 25,0
2 74+15 22,5 41,2 10 190 20,8 23,8
3 85+10 21,3 40,0 11 209 23,9 42,0
4 106+5 17,9 25,0 12 23 26,8 39,8
5 117 25,6 29,3 13 43 19,9 37,8
6 128 21,1 30,4 14 64 20,6 25,8
7 138 17,9 20,0 15 85 25,3 38,0
8 148 17,3 25,9 16 169 17,4 23,2

IV.4
Rodovia: Municipal Trecho: Congonhas do Norte – Conceição do Mato Dentro

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 < 80% passado # 200

Sequência Estaca PN 1,5PN PI Sequência Estaca PN 1,5PN PI


Num. CBR CBR CBR Num. CBR CBR CBR
1 5 12 17 17 28 816 13 14 16
2 13 7 10 14 29 820 9 12 13
*3 13 5 5 5 *30 846 5 6 7
4 21 6 8 7 31 860 11 19 11
*5 118 13 10 16 32 871 10 14 15
*6 148 5 4 5 33 883 10 11 12
*7 153 6 5 6 *34 894 5 7 7
*8 175 3 3 3 *35 950 4 7 8
*9 255 7 4 6 36 999 7 12 9
*10 271 3 3 2 *37 1065 2 1 1
11 315 10 11 14 38 1385 8 11 10
12 340 9 13 14 39 1385 12 17 18
13 345 8 11 12 40 1426 12 13 17
14 432 9 13 14 41 1436 14 15 20
*15 445 3 3 4 *42 1469 1 2 4
16 560 14 18 18 43 1480 8 11 13
*17 579 7 6 7 44 1532 8 11 12
18 587 10 14 16 45 1548 9 13 14
19 607 11 15 19 46 1568 10 14 14
20 639 7 11 12 47 1640 9 10 12
21 652 7 11 12 48 1712 9 12 11
22 672 8 14 18 49 1740 13 15 15
23 712 9 13 12 50 1809 12 14 16
24 734 7 11 14 51 1866 9 13 10
*25 754 8 9 10 52 1887 6 9 10
26 775 12 13 16 *53 2049 3 3 2
27 800 14 21 17 54 2074 8 11 11
55 2079 7 10 8
*SOLOS SILTOSOS

IV.5
Rodovia: Municipal Trecho: Congonhas do Norte – Conceição do Mato Dentro

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 ≥ 80% passado # 200

Sequência Estaca PN 1,5PN PI Sequência Estaca PN 1,5PN PI


Num. CBR CBR CBR Num. CBR CBR CBR
1 86 6 9 9 7 1818 14 14 14
2 766 8 9 10 *8 1951 4 3 3
3 910 9 12 12 *9 1950 1 1 1
*4 938 3 3 4 10 2069 6 7 7
5 1532 8 11 12 *11 2069 2 2 2
6 1645 9 9 10
*SOLOS SILTOSOS

Rodovia: MG- 010 Trecho: Santo Antônio do Itambé - Serra Azul de Minas

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 ≥ 80% passado # 200

Sequência Estaca PN 1,5PN PI Sequência Estaca PN 1,5PN PI


Num. CBR CBR CBR Num. CBR CBR CBR
1 935 6 10 15 5 200 4 10 8
2 940 9 11 17 6 220 13 13 20
3 950 7 9 8 7 250 16 18 22
4 330 13 16 17 8 252+10 7 9 8

IV.6
Rodovia: MG - 010 Trecho: Santo Antônio do Itambé - Serra Azul de Minas

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 < 80% passado # 200

Sequência Estaca PN 1,5PN PI Sequência Estaca PN 1,5PN PI


Num. CBR CBR CBR Num. CBR CBR CBR
1 5+11 12 13 13 13 275 5 8 9
2 40 16 17 26 14 280 2 7 9
*3 50 6 9 8 15 290 9 10 17
4 60 10 17 24 16 291+15 11 14 19
5 70 8 10 12 17 304+8 6 12 12
6 109+10 14 17 17 18 309+10 12 17 22
*7 110 3 3 4 19 314+19 8 10 14
8 260 4 9 10 20 315 9 10 14
9 265 9 16 15 21 315 10 12 13
10 265 9 11 10 22 329+2 6 14 8
11 270 5 9 11 23 330 10 15 13
12 270 - 9 16
* solos siltosos

Rodovia: MG- 752 Trecho: Materlândia – Rio Vermelho

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 < 80% passado # 200

Sequência Estaca PN 1,5PN PI Sequência Estaca PN 1,5PN PI


Num. CBR CBR CBR Num. CBR CBR CBR
1 10+2 13,7 16,2 18,6 6 455+10 15,5 16,4 24,7
2 39+8 10,2 15,9 19,2 7 465+12 22,5 28,3 29,9
3 59+12 10,3 12,5 18,0 8 615 16,7 19,9 26,8
4 148+4 6,8 11,0 19,9 9 694+15 7,4 13,2 12,4
5 305+18 11 14,1 19,7 *10 764+15 3,6 4,6 4,6
11 1132+18 8,9 18,9 18,9

* solos siltosos

IV.7
Rodovia: Municipal Trecho: Frei Lagonegro – Entroncamento MG - 117

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 < 80% passado # 200

Sequência Estaca PN 1,5PN PI Sequência Estaca PN 1,5PN PI


Num. CBR CBR CBR Num. CBR CBR CBR
1 49+5 11,6 12,5 20,1 19 291+10 18,9 18,9
2 54+5 12,9 14,2 20 297+10 18,1 18,9
3 59+5 8,3 13,7 20,2 21 302+10 17,4 21,5
4 79+5 11,4 18,6 21,3 22 307+10 13,0 14,2
5 84+5 24,3 24,3 23 307+10 11,4 13,8
6 89+5 20,7 27,9 24 312+5 18,0 28,7
7 99+5 11,2 18,2 22,7 25 312+5 20,7 25,3
8 114+5 16,3 20,5 26 317+5 13,3 15,9
9 114+5 13,5 14,3 27 343 13,6 13,9
10 139+5 16,1 17,3 28 363+10 11,8 15,1
11 139+5 26 29,1 29 364+15 8,1 8,8
12 189+15 12,7 19 30 367+10 15,2 18,9
13 218+15 12,9 19,8 20,3 31 387+10 15,2 20,1
14 218+15 10,4 14,7 32 396+15 9,9 11,8
15 223+15 10,7 12,7 33 406+15 17,9 20,4 22,3
16 255+5 12,4 17,6 34 416+15 9,6 13,0
17 260+5 13 15,3 16,0 35 437+5 18,9 21,1
18 265+5 13,9 17,7 30,6 36 497+10 13,2 14,1
37 497+10 18,8 20,8

Rodovia: Municipal Trecho: Frei Lagonegro – Entroncamento MG - 117

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 ≥ 80% passado # 200

Sequência Estaca PN 1,5PN PI Sequência Estaca PN 1,5PN PI


Num. CBR CBR CBR Num. CBR CBR CBR
1 22+15 6,6 12,3 13,6 2 184+15 - 13,6 14,1

IV.8
ANEXO V – PLANILHA DE CUSTOS
QUANTITATIVOS DE PAVIMENTAÇÃO
UFOP POCT0R NORMAL (PN) E PROCTOR INTERNORMAL (1,5PN)
Data: MESTRADO 2009 LIMEIRA DO OESTE - TRECHO 1 MÊS E ANO BASE 02/09
SEGMENTOS SUBLEITO BASE DMT MOMENTO RESUMO FINAL

ITEM SERVIÇOS ENTRE ESTACAS EXTENSÃO (m) LARGURA (m) ÁREA (m²) ESPESSURA (m) VOLUME (m3) PN 1,5PN SUBBASE (km) DE
UN QUANTID.
INICIAL FINAL (R$) (R$) (R$) TRANSPORTE

1 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

SEGUIMENTO MESTRADO 0 50 1.000 9,4 9.400


2
m 9.400
VALOR EM REAIS COM PN 0 50 1.000 9.400 1,48 R$ 13.912
VALOR EM REAIS COM 1,5PN 0 50 1.000 9.400 1,52 R$ 14.288

2 SUBBASE DE SOLO ESTABILIZADO


GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA
SEGMENTO MESTRADO 0 50 1.000 9,4 9.400 0,15 1.410

3 BASE DE SOLO ESTABILIZADO


GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA
SEGMENTO MESTRADO 0 50 1.000 9,4 9.400 0,15 1.410

m³ 2.820
VALOR EM REAIS DE EXECUÇÃO
DE SUBASE 1.410 12,44 R$ 17.540
4 TRANSPORTE DE MATERIAL DE SUB BASE

SEGMENTO MESTRADO 0 50 1.000 9,4 9.400 0,15 1.410 20,0 28.200 m³ x km 28.200

VALOR EM REAIS DE TRANSPORTE


DE SUBBASE 0,69 28.200 R$ 19.458

5 TOTAL EM REAIS COM SUBBASE R$ 50.910

6 TOTAL EM REAIS SEM SUBBASE R$ 14.288

7 ECONOMIA POR QUILÔMETRO DE RODOVIA R$ 36.622


QUANTITATIVOS DE PAVIMENTAÇÃO
UFOP POCT0R NORMAL (PN) E PROCTOR INTERNORMAL (1,5PN)

Data: MESTRADO 2009 Almeida Campos - TRECHO 2 MÊS E ANO BASE 02/09
SEGMENTOS SUBLEITO BASE DMT MOMENTO RESUMO FINAL
LARGURA ÁREA
ITEM SERVIÇOS ENTRE ESTACAS EXTENSÃO (m) ESPESSURA (m) VOLUME (m3) PN 1,5PN SUBBASE (km) DE
(m) (m²) UN QUANTIDADE
INICIAL FINAL (R$) (R$) (R$) TRANSPORTE

1 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

SEGUIMENTO MESTRADO 0 50 1.000 9,4 9.400


m2 9.400
VALOR EM REAIS COM PN 0 50 1.000 9.400 1,48 R$ 13.912
VALOR EM REAIS COM 1,5PN 0 50 1.000 9.400 1,52 R$ 14.288
2 SUBBASE DE SOLO ESTABILIZADO
GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA
SEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,27 2.538
SEGMENTO MESTRADO (1,5PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,23 2.162

3 BASE DE SOLO ESTABILIZADO


GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA
SEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,15 1.410
SEGMENTO MESTRADO(1,5PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,15 1.410
m³ 7.520
4 VALOR EM REAIS DE EXECUÇÃO
DE SUBASE e BASE PN 3.948 12,44 R$ 49.113

5 VALOR EM REAIS DE EXECUÇÃO


DE SUBABSE E BASE 1,5PN 3.572 12,44 R$ 44435,68
4 TRANSPORTE DE MATERIAL DE SUB BASE
E BASE
SEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 3.948 20,0 78.960 m³ x km 78.960
SEGMENTO MESTRADO ( 1,5PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 3.572 20,0 71.440 m³ x km 71.440

5 VALOR EM REAIS DE TRANSPORTE


DE SUBBASE E BASE PN 0,69 78.960 R$ 54.482
DE SUBBASE E BASE 1,5 PN 0,69 71.440 R$ 49.294

6 TOTAL EM REAIS COM :


SUBABASE E BASE PN R$ 117.508
SUBABASE E BASE1,5 PN R$ 108.017

DIFERENÇA PRO 1,5PN POR QUILOMETRO R$ 9.490


QUANTITATIVOS DE PAVIMENTAÇÃO
UFOP POCT0R NORMAL (PN) E PROCTOR INTERNORMAL (1,5PN)

Data: MESTRADO 2009 MILHO VERDE - TRECHO 3 MÊS E ANO BASE 02/09
SEGMENTOS SUBLEITO BASE DMT MOMENTO RESUMO FINAL
LARGURA VOLUME
ITEM SERVIÇOS ENTRE ESTACAS EXTENSÃO (m) ÁREA (m²) ESPESSURA (m) PN 1,5PN SUBBASE (km) DE
(m) (m3) UN QUANTIDADE
INICIAL FINAL (R$) (R$) (R$) TRANSPORTE

1 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

SEGUIMENTO MESTRADO 0 50 1.000 8,6 8.600


m2 8.600
VALOR EM REAIS COM PN 0 50 1.000 8.600 1,48 R$ 12.728
VALOR EM REAIS COM 1,5PN 0 50 1.000 8.600 1,52 R$ 13.072

2 SUBBASE DE SOLO ESTABILIZADO


GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA
SEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 8,6 8.600 0,22 1.892
SEGMENTO MESTRADO (1,5PN) 0 50 1.000 8,6 8.600 0,15 1.290

3 BASE DE SOLO ESTABILIZADO


GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA
SEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,18 1.692
SEGMENTO MESTRADO(1,5PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,18 1.692
m³ 6.566
4 VALOR EM REAIS DE EXECUÇÃO
DE SUBASE e BASE PN 3.584 12,44 R$ 44.585

5 VALOR EM REAIS DE EXECUÇÃO


DE SUBABSE E BASE 1,5PN 2.982 12,44 R$ 37096,08
4 TRANSPORTE DE MATERIAL DE SUB BASE
E BASE
SEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 8,6 8.600 3.584 20,0 71.680 m³ x km 71.680
SEGMENTO MESTRADO ( 1,5PN) 0 50 1.000 8,6 8.600 2.982 20,0 59.640 m³ x km 59.640

5 VALOR EM REAIS DE TRANSPORTE


DE SUBBASE E BASE PN 0,69 71.680 R$ 49.459
DE SUBBASE E BASE 1,5 PN 0,69 59.640 R$ 41.152

6 TOTAL EM REAIS COM :


SUBABASE E BASE PN R$ 106.772
SUBABASE E BASE1,5 PN R$ 91.320

DIFERENÇA PRO 1,5PN POR QUILOMETRO R$ 15.452


ANEXO VI – PREÇOS UNITÁRIOS DER-MG
ESTADO DE MINAS GERAIS Página 37
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

REFERENCIAL DE PREÇOS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS


Nº 01/09 - Vigência a partir de 1 /2 /2009 BDI = 38,35%

3000000000 Pavimentação
Código Discriminação Unid. Preço unit.

3600040000 FRESAGEM DE PAVIMENTO ASFÁLTICO m² 6,63

3600050000 RECICLAGEM DO PAVIMENTO m³ 20,78


(Execução,exclui a reconfecção)

3600051000 RECICLAGEM E RECONFECÇÃO DO PAVIMENTO m³ 30,74


(Execução, com reaproveitamento do material)

3600052000 RECICLAGEM E RECONFECÇÃO DO PAVIMENTO COM ADIÇÃO DE 2% DE CIMENTO m³ 50,71


(Execução, com reaproveitamento do material, incluindo o fornecimento do cimento)

3600053000 RECICLAGEM E RECONFECÇÃO DO PAVIMENTO COM ADIÇÃO DE 3% DE CIMENTO m³ 60,00


(Execução, com reaproveitamento do material, incluindo o fornecimento do cimento)

3600200020 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO (PROCTOR NORMAL) m² 1,48

3600200030 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO (PROCTOR INTERNORMAL) m² 1,52

3600200040 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO (PROCTOR INTERMEDIÁRIO) m² 1,56

3600330000 CARGA DE ESCORIA m³ 2,56

3600340000 ESCAVAÇÃO DE MATERIAL DE JAZIDA m³ 2,86

3600350000 CARGA DE MATERIAL DE JAZIDA m³ 2,56

3600360000 ESCAVAÇÃO E CARGA DE MATERIAL DE JAZIDA m³ 5,42

3600370000 ESCAVAÇÃO E CARGA DE MINÉRIO m³ 5,42

3600380000 ESCAVAÇÃO E CARGA DE ESCÓRIA m³ 5,42

3620620000 REFORÇO DO SUB-LEITO m³ 9,30


(Execução , incluindo escavação, carga, descarga, homogenização, umidecimento,
espalhamento e compactação do material) (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

ASSESSORIA DE CUSTOS

Engº José César Del Gaudio Engª Cláudia B. Pacífico Homem


Chefe do Núcleo de Orçamento Assessora Chefe da ASC

VI.1
ESTADO DE MINAS GERAIS Página 38
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

REFERENCIAL DE PREÇOS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS


Nº 01/09 - Vigência a partir de 1 /2 /2009 BDI = 38,35%

3000000000 Pavimentação
Código Discriminação Unid. Preço unit.

3620630000 REFORÇO DO SUB-LEITO COM ADIÇÃO DE 3% DE CAL m³ 25,37


(Execução , incluindo fornecimento da cal, escavação, carga, descarga, homogenização,
umidecimento, espalhamento e compactação do material) (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3630620100 SUB-BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA m³ 12,44


(Execução , incluindo escavação, carga, descarga, espalhamento e compactação do
material; exclui aquisição do material) (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3641220001 SUB-BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA m³ 12,74


(Execução , incluindo escavação, carga, descarga, espalhamento e compactação do
material; exclui aquisição do material) (PROCTOR INTERMODIFICADO)

3641220002 SUB-BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA m³ 13,06


(Execução , incluindo escavação, carga, descarga, espalhamento e compactação do
material; exclui aquisição do material) (PROCTOR MODIFICADO)

3631220000 SUB-BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE COM MISTURA NA m³ 13,34


PISTA
(Execução , incluindo escavação, carga, descarga, espalhamento e compactação do
material; exclui aquisição do material) (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3641220003 SUB-BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE COM MISTURA NA m³ 13,68


PISTA
(Execução , incluindo escavação, carga, descarga, espalhamento e compactação do
material; exclui aquisição do material) (PROCTOR INTERMODIFICADO)

3630631502 SUB-BASE COM 85% DE MATERIAL PROVENIENTE DE RECICLAGEM E 15% DE m³ 31,14


PÓ DE PEDRA, COM ADIÇÃO DE 2 % DE CIMENTO (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3630631503 SUB-BASE COM 50% DE SAIBRO, 25% DE BICA CORRIDA E 25% DE ARGILA, m³ 18,26
COM MISTURA EM USINA (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3630620101 RECONFECÇÃO DE SUB-BASE OU BASE COM REAPROVEITAMENTO DO MATERIAL m³ 10,18


(PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3640620100 BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA m³ 12,44


(Execução ,incluindo escavação,carga,descarga,espalhamento e compactação do
material; exclui aquisição do material) (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

ASSESSORIA DE CUSTOS

Engº José César Del Gaudio Engª Cláudia B. Pacífico Homem


Assessora Chefe da ASC Chefe do Núcleo de Orçamento

VI.2
ESTADO DE MINAS GERAIS Página 57
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

REFERENCIAL DE PREÇOS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS


Nº 01/09 - Vigência a partir de 1 /2 /2009 BDI = 38,35%

7000000000 Conservação
Código Discriminação Unidade Preço unit.

7080010000 HORA DE SERVENTE h 8,52

7090500000 TRANSPORTE DE MATERIAL DE JAZIDA PARA CONSERVAÇÃO


7090500010 DMT DE 0 A 10 KM m³xkm 1,04
7090501015 DMT DE 10 A 15 KM m³xkm 0,77
7090501520 DMT DE 15 A 20 KM m³xkm 0,73
7090502025 DMT DE 20 A 25 KM m³xkm 0,71
7090502530 DMT DE 25 A 30 KM m³xkm 0,71
7090503040 DMT DE 30 A 40 KM m³xkm 0,69
7090504050 DMT DE 40 A 50 KM m³xkm 0,69
7090505000 DMT ACIMA DE 50 KM m³xkm 0,69

7090510000 TRANSPORTE DE AGREGADOS


7090510010 DMT DE 0 A 10 KM m³xkm 0,98
7090511015 DMT DE 10 A 15 KM m³xkm 0,73
7090511520 DMT DE 15 A 20 KM m³xkm 0,69
7090512025 DMT DE 20 A 25 KM m³xkm 0,66
7090512530 DMT DE 25 A 30 KM m³xkm 0,66
7090513040 DMT DE 30 A 40 KM m³xkm 0,65
7090514050 DMT DE 40 A 50 KM m³xkm 0,65
7090515000 DMT ACIMA DE 50 KM m³xkm 0,65

7090520000 TRANSPORTE DE PMF PARA CONSERVAÇÃO


7090520010 DMT DE 0 A 10 KM m³xkm 1,11
7090521015 DMT DE 10 A 15 KM m³xkm 0,83
7090521520 DMT DE 15 A 20 KM m³xkm 0,77
7090522025 DMT DE 20 A 25 KM m³xkm 0,75
7090522530 DMT DE 25 A 30 KM m³xkm 0,75
7090523040 DMT DE 30 A 40 KM m³xkm 0,73
7090524050 DMT DE 40 A 50 KM m³xkm 0,73
7090525000 DMT ACIMA DE 50 KM m³xkm 0,73

7090530000 TRANSPORTE DE CBUQ PARA CONSERVAÇÃO


7090530010 DMT DE 0 A 10 KM m³xkm 1,11
7090531015 DMT DE 10 A 15 KM m³xkm 0,83
7090531520 DMT DE 15 A 20 KM m³xkm 0,77

ASSESSORIA DE CUSTOS

Engº José César Del Gaudio Engª Cláudia B. Pacífico Homem


Chefe do Núcleo de Orçamento Assessora Chefe da ASC

VI.3

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