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Parte

3 FICha FOrMatIva 3
Fichas formativas

NOME: N.O: TURMA: DATA:

Grupo I
Parte A

Lê o texto seguinte.

zOna eCOnóMICa exCLUSIva


N

Zona económica exclusiva atual


Zona económica exclusiva proposta

Oceano
Atlântico

AÇORES
PORTUGAL
CONTINENTAL

MADEIRA

0 250 km

Olhando para um mapa do velho Continente, ficamos com a sensação de que Portugal está de costas
viradas para os seus vizinhos europeus. O mesmo já não acontece com a enorme mancha azul que se estende
mesmo à sua frente: o oceano atlântico. Dotado de uma linha costeira que se prolonga por 1187 quilómetros, o
nosso país tem ao seu dispor uma das maiores zonas económicas exclusivas (zee) do continente europeu. Ou
5 seja, toda a zona marítima que vai até às 200 milhas náuticas (370 km), para além da linha de costa, está debaixo

da sua soberania, dando-lhe o direito de explorar, conservar e administrar os recursos que aí se encontrem. Deste
modo, e em grande parte por causa dos arquipélagos da Madeira e dos açores, Portugal possui uma zee espa-
lhada por 1,7 milhões de quilómetros quadrados, o que equivale a 18 vezes a área em terra do País. Uma enor-
midade.
10 em 2009, o Governo português entregou à OnU uma proposta para aumentar a sua área de soberania
marítima para além das 200 milhas náuticas, o Projeto de extensão da Plataforma Continental. O veredicto final
não será conhecido antes de 2013, mas, caso seja aceite, permitirá que o litoral de Portugal continental, a Madeira
e os açores fiquem ligados por uma enorme faixa de água (sob jurisdição nacional), que corresponde a 3,6 milhões
de quilómetros quadrados. Contudo, e para que fosse possível chegar até aqui, primeiro foi necessário investigar
15 e conhecer melhor o fundo do oceano que nos cerca. e assim começa a nossa epopeia pelo fundo dos mares.

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Parte

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as primeiras campanhas científicas destinadas a fazer levantamentos hidrográficos e a estudar a superfície
do fundo marinho das áreas que Portugal pretende reclamar para si marcaram o ano de 2005. após 2009 (com
a entrega da proposta de extensão da plataforma continental à OnU), as investigações prosseguiram, embora

Fichas formativas
com menos vigor. a última campanha decorreu entre os meses de junho e julho, nas ilhas Desertas e no Porto
20 Santo (arquipélago da Madeira), assim como nos ilhéus das Formigas (açores). e antes? em que outros lugares do

atlântico estiveram os cientistas portugueses? e a fazer o quê?


Super Interessante, n.º 162, outubro de 2011 (adaptado).

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1 C
lassifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que se seguem, de acordo com
o sentido do texto.
(A) Portugal não tem uma boa relação com os países vizinhos.
(B) a zee de Portugal estende-se por 1187 quilómetros.
(C) a zee portuguesa é dezoito vezes maior do que os arquipélagos da Madeira e dos açores.
(D) em 2009, o governo português propôs à OnU aumentar a sua zee.
(E) O ano de 2005 foi dominado por expedições científicas ao fundo dos mares.
(F) após o pedido formal à OnU, em 2009, as investigações continuaram com a mesma regularidade.
1.1 Corrige as afirmações que consideraste falsas.

2 S
eleciona, para responderes a cada item (2.1 a 2.3), a opção que permite obter uma afirmação
adequada ao sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
2.1 entende-se por zee o direito de uma nação a
(A) supervisionar todas as rotas comerciais dos oceanos.
(B) explorar e administrar toda a sua linha costeira.
(C) explorar, conservar e administrar todos os recursos marítimos desse espaço.
(D) explorar, conservar e administrar todos os recursos marítimos da União europeia.
2.2 O pedido do Governo português para ampliar a sua zee
(A) originou grande controvérsia entre os países da União europeia.
(B) implicou um exaustivo trabalho de investigação e pesquisa marítimas.
(C) teve como origem a descoberta de novas ilhas.
(D) exigiu que todo o trabalho de investigação e pesquisa estivesse concluído até 2009.
2.3 a frase «e assim começa a nossa epopeia pelo fundo dos mares.» (linha 15)
(A) significa que Os Lusíadas relatam essas incursões marítimas.
(B) realça a dificuldade em conhecer o fundo dos oceanos.
(C) acentua a facilidade em conhecer mais pormenorizadamente o fundo dos oceanos.
(D) enfatiza a ideia de que o fundo do oceano já eram conhecido há muito tempo.

3 A
s afirmações apresentadas de (A) a (F) relacionam-se com informações veiculadas pelo texto.
Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual essas informações surgem
no texto.
Começa a sequência pela letra (D).
(A) a zee portuguesa estende-se até 200 milhas náuticas da costa.
(B) em 2009, o Governo português pediu formalmente à OnU o alargamento da sua zee.
(C) as últimas expedições decorreram nas ilhas Desertas, no Porto Santo e nos ilhéus das Formigas.
(D) a linha costeira portuguesa prolonga-se por 1187 quilómetros.
(E) a zee portuguesa ocupa 1,7 milhões de quilómetros quadrados.
(F) O veredicto final da OnU só será conhecido em 2013.

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Parte

3
Parte B

Lê o texto seguinte.
Fichas formativas

4 e vós, tágides1 minhas, pois criado
  tendes em mi um novo engenho ardente,
  Se sempre em verso humilde2 celebrado 1
   Ninfas do tejo.
  Foi de mi vosso rio alegremente, 2
   Género lírico.
  Dai-me agora um som alto e sublimado3, 3
   Género épico: estilo elevado 
  Um estilo grandíloco e corrente4, e sublime.
4
  Por que de vossas águas Febo5 ordene    Género épico: grandioso 
e fluente.
  Que não tenham enveja às de Hipocrene6. 5
   apolo, deus do sol, da música, 
da poesia e mestre das musas.
5 Dai-me ũ a fúria grande e sonorosa7, 6
   Fonte cujas águas inspiravam 
  e não de agreste avena ou frauta ruda8, os poetas.
  Mas de tuba canora e belicosa9, 7
   Inspiração grande e sublimada.
8
  Que o peito acende10 e a cor ao gesto11 muda;    Flauta pastoril (poesia relativa 
à vida/paisagem campestre).
  Dai-me igual canto aos feitos da famosa 9
   trombeta clamorosa e guerreira 
  Gente vossa, que a Marte tanto ajuda; (estilo épico).
  Que12 se espalhe e se cante no universo, 10
  I nflama os corações (ânimo).
11
  Se tão sublime preço13 cabe em verso.   r  osto.
12
  P  ara que (conjunção final).
Luís de Camões, Os Lusíadas, edição de Álvaro Júlio da Costa Pimpão e apresentação  13
  V  alor.
de aníbal Pinto de Castro, 2.ª ed., Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1989.

Responde, de forma completa e estruturada, aos itens que se seguem.

4 Situa o excerto apresentado na estrutura interna e externa da obra a que pertence. Justifica
a tua resposta.

5 Menciona o destinatário das estâncias e a razão pela qual o Poeta lhe dirige os seus versos.

6 Relaciona o pedido do Poeta com uma das características da epopeia.

7 Explicita a intenção do Poeta ao afirmar no fim do excerto: «Se tão sublime preço cabe em verso.»

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Parte

3
Parte C

8 P
roduz um texto, de 70-120 palavras, dirigido a uma entidade divina, onde peças o seu auxílio

Fichas formativas
na concretização de um desejo teu.
O teu texto deve incluir:
• uma parte inicial, em que identifiques e adjetives a entidade divina (real ou ficcional) a que te dirijes;
• uma parte de desenvolvimento, em que formules o desejo e as razões para o fazeres;
• uma parte final, em que assumas um compromisso para que o desejo se concretize.

Grupo II

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1 S
ubstitui cada alínea por uma palavra adequada, de modo a obteres três famílias de palavras
constituídas por um nome, um verbo e um adjetivo.

Nome Verbo Adjetivo


engenho a) b)
c) acender d)
e) f) grande

2 C
onsiderando o excerto d’Os Lusíadas, na parte B do grupo I, seleciona, para responderes a cada
item (2.1 a 2.3), a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
2.1 na expressão «tágides minhas» (estância 4), está presente uma
(A) sinédoque.
(B) antonomásia.
(C) personificação.
(D) apóstrofe.
2.2 na passagem «[…] Febo ordene / Que não tenham enveja às de hipocrene» (estância 4),
o segmento sublinhado inicia uma oração
(A) subordinada adverbial final.
(B) subordinada substantiva completiva.
(C) subordinada adjetiva relativa restritiva.
(D) subordinada adjetiva relativa explicativa.
2.3 O segmento «Um estilo grandíloco e corrente» (estância 4) desempenha a função sintática de
(A) sujeito simples.
(B) sujeito nulo subentendido.
(C) complemento direto.
(D) complemento indireto.

Grupo III

1 R
edige um texto, de 180-240 palavras, em que reflitas sobre o modo como a sociedade atual
vê e vivencia a religião.
O teu texto deve apresentar a seguinte estrutura:
• u
ma parte inicial, em que exponhas o teu ponto de vista face ao tema proposto;
• u
ma parte de desenvolvimento, em que apontes possíveis razões para o que afirmaste na introdução,
dando exemplos sugestivos;
• u
ma parte final, em que apresentes uma síntese do que defendeste ao longo da tua exposição.

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