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FÍSICA Professor Gomes

Nota de Aula
CAPÍTULO

6
Neste Capítulo

1 Introdução
2 Trabalho e energia potencial
3 Independência da trajetória
para o trabalho de forças
conservativas
4 Determinação de valores de
energia potencial
5 Energia mecânica e sua
conservação
6 Força e energia potencial
7 Trabalho realizado por uma
força externa sobre um
sistema
8 Diagramas de energia

Energia Mecânica

2020
NOTA DE AULA
PROF. JOSÉ GOMES RIBEIRO FILHO

ENERGIA MECÂNICA
1 INTRODUÇÃO
Quando um mergulhador pula de um trampolim para uma piscina, ele atinge a água com velocidade relativamente
elevada, possuindo grande energia cinética. De onde provém essa energia? A resposta que aprendemos no capítulo
anterior é que a força gravitacional (seu peso) exerce um trabalho sobre o mergulhador durante sua queda. A energia
cinética do mergulhador — a energia associada com seu movimento — aumenta em quantidade igual ao trabalho
realizado sobre ele.
Contudo, existe um modo alternativo muito útil para estudar conceitos envolvendo trabalho e energia cinética.
Esse novo método se pauta no conceito de energia potencial, que é a energia associada com a posição da partícula, e não
com seu movimento. Segundo essa abordagem, existe energia potencial gravitacional mesmo no caso de o mergulhador
ficar parado sobre o trampolim. Nenhuma energia é adicionada ao sistema mergulhador—Terra durante sua queda,
porém uma energia armazenada é transformada de uma forma (energia potencial) para outra forma (energia cinética)
durante sua queda. Neste capítulo estudaremos como essa transformação pode ser entendida a partir do teorema do
trabalho-energia.
Quando o mergulhador oscila no trampolim antes de pular, a tábua encurvada acumula um segundo tipo de
energia potencial denominada energia potencial elástica.
Discutiremos a energia potencial elástica de sistemas simples, como o de molas comprimidas ou alongadas. (Um
terceiro tipo importante de energia potencial está associado com a posição relativa entre cargas elétricas. Esse tipo de
energia potencial será estudado em outra disciplina)
Demonstraremos que em alguns casos a soma da energia potencial com a energia cinética, que fornece a energia
mecânica total de um sistema, permanece constante durante o movimento do sistema. Isso nos conduzirá a uma
formulação geral da lei da conservação da energia, um dos princípios mais fundamentais e abrangentes de todas as
ciências.

2 TRABALHO E ENERGIA POTENCIAL


No capítulo anterior discutimos a relação entre o trabalho e a variação da energia cinética. Agora, vamos discutir
a relação entre trabalho e uma variação da energia potencial.
Suponha que um tomate seja arremessado para cima como na figura 1. Já sabemos que, enquanto o tomate está
subindo, o trabalho Wg realizado pela força gravitacional sobre o tomate é negativo, porque a força extrai energia da
energia cinética do tomate.

FIGURA 1 Um tomate é arremessado para cima. Enquanto sobe, a força


gravitacional realiza um trabalho negativo sobre o tomate, diminuindo sua
energia cinética. Quando desce, a força gravitacional realiza um trabalho
positivo, aumentando sua energia cinética.

Podemos agora concluir a história dizendo que esta energia é transferida pela força gravitacional da energia
cinética do tomate para a energia potencial gravitacional do sistema tomate-Terra.
O tomate perde velocidade, para e começa a cair de volta por causa da força gravitacional. Durante a queda, a
transferência se inverte: o trabalho Wg realizado sobre o tomate pela força gravitacional agora é positivo e a força
gravitacional passa a transferir energia da energia potencial do sistema tomate-Terra para a energia cinética do tomate.

1
Tanto na subida como na descida a variação ΔU da energia potencial gravitacional é definida como o negativo do
trabalho realizado sobre o tomate pela força gravitacional. Usando o símbolo geral W para o trabalho, podemos expressar
esta definição através da seguinte equação:
ΔU = -W [1]
Esta equação também se aplica a um sistema massa-mola como o da figura 2. Se empurramos bruscamente o
bloco, movimentando-o para a direita, a força da mola atua para a esquerda e, portanto, realiza trabalho negativo sobre
o bloco, transferindo energia da energia cinética do bloco para a energia potencial elástica do sistema bloco-mola. O bloco
perde velocidade até parar; em seguida, começa a se mover para a esquerda, já que a força da mola ainda está dirigida
para a esquerda. A partir desse momento, a transferência de energia se inverte: a energia passa a ser transferida da
energia potencial do sistema bloco-mola para a energia cinética do bloco.

FIGURA 2 Um bloco, preso a uma mola e inicialmente em repouso em x = 0, é colocado em movimento para a direita. (a)
Quando o bloco se move para a direita (no sentido indicado pela seta) a força elástica da mola realiza trabalho negativo
sobre o bloco. (b) Mais tarde, quando o bloco se move para a esquerda. Em direção ao ponto x = 0, a força da mola realiza
trabalho positivo sobre ele.

FORÇAS CONSERVATIVAS E DISSIPATIVAS


Vamos fazer uma lista dos elementos principais das duas situações que acabamos de discutir:
1. O sistema é formado por dois ou mais objetos.
2. Uma força atua entre um objeto do sistema que se comporta como partícula (o tomate ou o bloco) e o resto do sistema.
3. Quando a configuração do sistema varia, a força realiza trabalho (W1 digamos) sobre o objeto, transferindo energia
cinética K do objeto para alguma outra forma de energia do sistema.
4. Quando a mudança da configuração se inverte, a força inverte o sentido da transferência de energia, realizando um
trabalho W2 no processo.
Nas situações em que a relação W1 = - W2 é sempre observada, a outra forma de energia é uma energia potencial,
e dizemos que a força é uma força conservativa. Como o leitor já deve ter desconfiado, a força gravitacional e a força
elástica são conservativas (de outra forma, não poderíamos ter falado em energia potencial gravitacional e da energia
potencial elástica, como fizemos anteriormente).
Uma força que não é conservativa é chamada de força dissipativa. A força de atrito cinético e a força de arrasto
são forças dissipativas. Imagine, por exemplo, um bloco deslizando em um piso com atrito. Durante o deslizamento a
força de atrito cinético exercida pelo piso realiza um trabalho negativo sobre o bloco, reduzindo sua velocidade e
transferindo a energia cinética do bloco para uma outra forma de energia, chamada energia térmica (que está associada
ao movimento aleatório de átomos e moléculas). Os experimentos mostram que essa transferência de energia não pode
ser revertida (a energia térmica não pode ser transferida de volta para a energia cinética do bloco pela força de atrito
cinético). Assim, embora tenhamos um sistema (composto pelo bloco e pelo piso), uma força que atua entre partes do
sistema e uma transferência de energia causada pela força, a força não é conservativa. Assim, a energia térmica não é
uma energia potencial.
Quando um objeto que se comporta como uma partícula está sujeito apenas a forças conservativas, certos
problemas que envolvem o movimento do objeto se tornam muito mais simples. Na próxima seção, em que apresentamos
um método para identificar forças conservativas, será apresentado um exemplo desse tipo de simplificação.

3 INDEPENDÊNCIA DA TRAJETÓRIA PARA O TRABALHO DE FORÇAS CONSERVATIVAS


O teste principal para determinar se uma força é conservativa ou dissipativa é o seguinte: deixa-se a força atuar
sobre uma partícula que se move ao longo de um percurso fechado, começando em uma certa posição e retornando a
essa posição (ou seja, fazendo uma viagem de ida e volta). A força é conservativa se e apenas se a energia total transferida
durante a viagem de ida e volta, ao longo deste ou de qualquer outro percurso fechado, for nula. Em outras palavras:
O trabalho total realizado por uma força conservativa sobre uma partícula que se move ao longo de qualquer percurso
fechado é nulo.
Sabemos, através de experimentos, que a força gravitacional passa neste teste do percurso fechado. Um exemplo
é o tomate da figura 1. O tomate deixa o ponto de lançamento com velocidade v0 e energia cinética ½ mv02. A força

2
gravitacional que age sobre o tomate reduz sua velocidade a zero e depois o faz cair de volta. Quando o tomate retoma
ao ponto de partida ele possui novamente uma velocidade v0 e uma energia cinética ½ mv02. Assim, a força gravitacional
extrai tanta energia do tomate durante a subida quanto fornece energia ao tomate durante a descida. O trabalho total
realizado sobre o tomate pela força gravitacional durante a viagem de ida e volta é, portanto, nulo.
Uma consequência importante do teste do percurso fechado é a seguinte:
O trabalho realizado por uma força conservativa sobre uma partícula que se move entre dois pontos não depende da
trajetória seguida pela partícula.
Suponha, por exemplo, que a partícula se move do ponto a para o ponto b da figura 3a seguindo a trajetória 1 ou
a trajetória 2.

FIGURA 3 (a) Uma partícula pode se mover do ponto a ao ponto b,


sob a ação de uma força conservativa, seguindo a trajetória 1 ou a
trajetória 2. (b) A partícula descreve um percurso fechado,
seguindo a trajetória 1 para ir do ponto a ao ponto b e a trajetória
2 para voltar ao ponto a.

Se todas as forças que agem sobre a partícula são conservativas, o trabalho realizado sobre a partícula é o mesmo para
as duas trajetórias. Em símbolos, podemos escrever este resultado como
Wab,1 = Wab,2 [2]
onde o índice ab indica os pontos inicial e final, respectivamente, e os índices 1 e 2 indicam a trajetória.
Este resultado é importante porque permite simplificar problemas difíceis quando apenas uma força conservativa
está envolvida. Suponha que você precise calcular o trabalho realizado por uma força conservativa ao longo de uma certa
trajetória entre dois pontos e que o cálculo seja difícil ou mesmo impossível sem informações adicionais. Você pode
determinar o trabalho substituindo a trajetória entre estes dois pontos por outra para a qual o cálculo seja mais fácil.
DEMONSTRAÇÃO DA EQUAÇÃO 2
A figura 3b mostra um percurso fechado arbitrário de uma partícula sujeita à ação de uma única força. A partícula
se desloca de um ponto inicial a para um ponto b seguindo a trajetória 1 e volta ao ponto a seguindo a trajetória 2. A força
realiza trabalho sobre a partícula enquanto ela se desloca em cada uma das trajetórias. Sem nos preocuparmos em saber
se o trabalho realizado é positivo ou negativo, vamos representar o trabalho realizado de a até b ao longo da trajetória 1
como Wab,1 e o trabalho realizado de b até a ao longo da trajetória 2 como Wba,2. Se a força é conservativa, o trabalho total
realizado durante a viagem de ida e volta deve ser zero:
Wab,1 + Wba,2 = 0
e, portanto,
Wab,1 = - Wba,2 [3]
Em palavras, o trabalho realizado ao longo da trajetória de ida deve ser o negativo do trabalho realizado ao longo da
trajetória de volta.
Consideremos agora o trabalho Wab,2 realizado pela força sobre a partícula quando ela se move de a para b ao
longo da trajetória 2 (figura 3a). Se a força é conservativa, este trabalho é o negativo de Wba,2:
Wab,2 = - Wba,2 [4]
Substituindo -Wba,2 por Wab,2 na equação 3, obtemos
Wab,1 = Wab,2
como queríamos demonstrar.

4 DETERMINAÇÃO DE VALORES DE ENERGIA POTENCIAL


Os valores dos dois tipos de energia potencial discutidos neste capítulo, a energia potencial gravitacional e a
energia potencial elástica, podem ser calculados com o auxílio de equações. Para chegar a essas equações, porém,
precisamos encontrar uma relação geral entre uma força conservativa e a energia potencial a ela associada.
Considere um objeto que se comporta como uma partícula e que faz parte de um sistema no qual atua uma força
conservativa F. Quando essa força realiza um trabalho W sobre o objeto, a variação ΔU da energia potencial associada ao

3
sistema é o negativo do trabalho realizado. Este fato é expresso pela equação 1 (ΔU = - W). No caso mais geral em que a
força varia com a posição, podemos escrever o trabalho W como:
xf


W = F(x) dx
xi
[5]

Esta equação fornece o trabalho realizado pela força quando o objeto se desloca do ponto xi para o ponto xf, mudando a
configuração do sistema. (Como a força é conservativa, o trabalho é o mesmo para qualquer percurso entre esses dois
pontos.)
Substituindo a equação 5 na equação 1, descobrimos que a variação de energia potencial associada à mudança
de configuração é
xf


∆U =− F(x) dx
xi
[6]

a) ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL


Consideremos inicialmente uma partícula de massa m que se move verticalmente ao longo de um eixo y (com o
sentido positivo para cima). Quando a partícula se move do ponto yi para o ponto yf a força gravitacional Fg realiza trabalho
sobre ela. Para determinar a variação correspondente da energia potencial gravitacional do sistema partícula-Terra
usamos a equação 6 com duas modificações: (1) integramos ao longo do eixo y em vez do eixo x, já que a força
gravitacional age na direção vertical. (2) Substituímos a força F por - mg, pois Fg possui módulo mg e está orientada no
sentido negativo do y. Temos:
yf yf

∫ ∫
∆U =− (−mg) dy =mg dy =mg[y]yfyi
yi yi

e portanto,
ΔU = mg(yf - yi) = mg Δy [7]
São apenas as variações ΔU da energia potencial gravitacional (ou de qualquer outro tipo de energia) que possuem
significado físico. Entretanto, para simplificar um cálculo ou uma discussão às vezes gostaríamos de dizer que um certo
valor de energia potencial gravitacional U está associado a um certo sistema partícula-Terra quando a partícula está a
uma certa altura y. Para isso, escrevemos a equação 7 na forma
U - Ui = mg(y- yi). [8]
e tomamos Ui como sendo a energia potencial gravitacional do sistema quando ele se encontra em uma configuração de
referência na qual a partícula está em um ponto de referência yi. Normalmente tomamos Ui = 0 e yi = 0. Fazendo isso, a
equação 8 se torna
U(y) = mgy [9]
Esta equação nos diz o seguinte:
A energia potencial gravitacional associada a um sistema partícula-Terra depende apenas da posição vertical y (ou altura)
da partícula em relação à posição de referência y = 0, e não da posição horizontal.
b) ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA
Consideramos a seguir o sistema massa-mola da figura 2, com o bloco se movendo na extremidade de uma mola
de constante elástica k. Enquanto o bloco se desloca do ponto xi para o ponto xf, a força elástica Fx = -kx realiza trabalho
sobre o bloco. Para determinar a variação correspondente da energia potencial elástica do sistema bloco-mola
substituímos F(x) por - kx na equação 6. Obtendo
xf xf
1
xi
∫ xi

∆U =− (−kx) dx =k xdx = k[x2 ]xixf
2
ou
1 2 1 2
U
∆= kx f − kxi [10]
2 2
Para associar um valor de energia potencial U ao bloco na posição x escolhemos a configuração de referência como sendo
aquela na qual a mola se encontra no estado relaxado e o bloco está em xi = 0. Nesse caso, a energia potencial elástica Ui
é zero e a equação 10 se torna
1 2
U −=0 kx − 0
2
o que nos dá
1
U (x) = kx2 [11]
2

4
5 ENERGIA MECÂNICA E SUA CONSERVAÇÃO
A energia mecânica Emec de um sistema é a soma da energia potencial U do sistema com a energia cinética K dos
objetos que compõem o sistema:
Emec = K + U [12]
Nesta seção, vamos discutir o que acontece com essa energia mecânica quando as transferências de energia dentro do
sistema são produzidas apenas por forças conservativas, ou seja, quando os objetos do sistema não estão sujeitos a forças
de atrito e de arrasto. Além disso, vamos supor que o sistema está isolado do ambiente, isto é, que nenhuma força externa
produzida por um objeto fora do sistema causa variações de energia dentro do sistema.
Quando uma força conservativa realiza um trabalho W sobre um objeto dentro do sistema, essa força é
responsável por uma transferência de energia entre a energia cinética K do objeto e a energia potencial U do sistema. De
acordo com o teorema da energia cinética, a variação ΔK da energia cinética é
ΔK = W [13]
e, de acordo com a equação 1, a variação ΔU da energia potencial é
ΔU = -W [14]
Combinando as equações 13 e 14, temos:
ΔK = -ΔU [15]
Em palavras, uma dessas energias aumenta exatamente da mesma quantidade que a outra diminui.
Podemos escrever a equação 15 na forma
K2 – K1 = -(U2 – U1) [16]
onde os índices se referem a dois instantes diferentes e, portanto, a duas configurações distintas dos objetos do sistema.
Reagrupando os termos da equação 16, obtemos a seguinte equação:
K2 + U2 = K1 + U1 [17]
Em palavras, esta equação diz o seguinte:
 Soma de K e U para   Soma de K e U para qualquer 
 = 
 qualquer estado do sistema   outro estado do sistema 
quando o sistema é isolado e apenas forças conservativas atuam sobre os objetos do sistema. Em outras palavras:
Em um sistema isolado, onde apenas forças conservativas causam variações de energia, a energia cinética e a energia
potencial podem variar, mas sua soma, a energia mecânica Emec do sistema, não pode variar.
Este resultado é conhecido como princípio de conservação da energia mecânica. (Agora você pode entender a origem do
nome força conservativa.) Com o auxílio da equação 15, podemos escrever este princípio de outra forma:
ΔEmec = ΔK + ΔU = 0 [18]
O princípio de conservação da energia mecânica permite resolver problemas que seriam bastante difíceis de resolver
usando apenas as leis de Newton:
Quando a energia mecânica de um sistema é conservada, podemos relacionar a soma da energia cinética com a energia
potencial em um instante à soma em outro instante sem levar em conta o movimento intermediário e sem calcular o
trabalho realizado pelas forças envolvidas.
A figura 4 mostra um exemplo no qual o princípio de conservação da energia mecânica pode ser aplicado.
Enquanto um pêndulo oscila, a energia do sistema pêndulo-Terra é transferida da energia cinética K para a energia
potencial gravitacional U e vice-versa, com a soma K + U permanecendo constante. Se conhecemos a energia potencial
gravitacional quando o peso do pêndulo está no ponto mais alto (figura 4c), a equação 17 nos fornece a energia cinética
do peso no ponto mais baixo (figura 4e).
Vamos, por exemplo, escolher o ponto mais baixo como o ponto de referência, com a energia potencial
gravitacional U2 = 0. Suponha que a energia potencial no ponto mais alto seja U1 = 20 J em relação ao ponto de referência.
Como o peso se imobiliza momentaneamente ao atingir o ponto mais alto, a energia cinética nesse ponto é K1 = 0.
Substituindo estes valores na equação 17, obtemos a energia cinética K2 no ponto mais baixo:
K2 + 0 = 0 + 20J ou K2 = 20J
Observe que obtivemos este resultado sem considerar o movimento entre os pontos mais baixo e mais alto (como na
figura 4d) e sem determinar o trabalho realizado pelas forças envolvidas no movimento.

5
FIGURA 4 Um pêndulo, com a massa concentrada em um peso na extremidade inferior, oscila de um lado para o outro. É
mostrado um ciclo completo do movimento. Durante o ciclo os valores da energia potencial e cinética do sistema pêndulo-
Terra variam quando o peso sobe e desce, mas a energia mecânica Emec do sistema permanece constante. Pode-se dizer
que a energia Emec se alterna continuamente entre as formas de energia cinética e energia potencial. Nos estágios (a) e
(e) toda a energia está na forma de energia cinética, o peso tem velocidade máxima e se encontra no ponto mais baixo
de sua trajetória. Nos estágios (c) e (g) toda a energia está na forma de energia potencial, o peso tem velocidade nula e
se encontra no ponto mais alto da trajetória. Nos estágios (h), (d), (f) e (h) metade da energia é energia cinética e a outra
metade é energia potencial. Se a oscilação do pêndulo envolvesse uma força de atrito no ponto onde o pêndulo está
preso ao teto ou uma força de arrasto devido ao ar, Emec não seria conservada e o pêndulo acabaria parando.

6 FORÇA E ENERGIA POTENCIAL


Para os dois tipos de força conservativa estudados (a elástica e a gravitacional), começamos com uma descrição
do comportamento da força e a partir disso deduzimos uma expressão para a energia potencial. Por exemplo, para um
corpo de massa m em um campo gravitacional uniforme, a força gravitacional é dada por Fy = -mg. Vimos que a energia
potencial correspondente é dada por U(y) = mgy. Para esticar uma mola ideal a uma distância x, devemos exercer uma
força igual a -kx. Pela terceira lei de Newton, a força que a mola ideal exercerá sobre o corpo é igual e contrária ou Fx = -
kx. A função da energia potencial correspondente é dada por U(x) = ½ kx2.
Ao estudar física, porém, você encontrará situações em que lhe é dada uma expressão para a energia potencial
em função da posição para que seja calculada a força correspondente. Veremos vários exemplos desse tipo, quando
estudarmos as forças elétricas em uma outra disciplina: é em geral mais fácil calcular a energia potencial elétrica primeiro
e depois determinar a força elétrica correspondente.
A seguir, mostraremos como proceder para calcular a força que corresponde a um dada expressão de energia
potencial. Inicialmente considere um movimento retilíneo, sendo x a coordenada. Designamos o componente x da força,

6
uma função de x, por Fx(x), e a energia potencial por U(x). Essa notação serve para lembrarmos de que tanto Fx quanto U
são funções de x. Lembramo-nos agora de que o trabalho realizado por uma força conservativa em qualquer
deslocamento é igual, mas de sinal contrário, à variação ΔU da energia potencial:
W = -ΔU
Vamos aplicar esse resultado a um deslocamento pequeno Δx. O trabalho realizado pela força Fx(x) durante esse
deslocamento é aproximadamente igual a Fx(x) Δx. Devemos dizer ‘aproximadamente’ porque Fx(x) varia ligeiramente ao
longo do deslocamento Δx. Logo, é aproximadamente verdade que
∆U
Fx (x)∆x = −∆U e Fx (x) = −
∆x
Você já deve ter percebido o que virá. Tomamos o limite quando Δx→0 nesse limite, a variação de Fx torna-se desprezível,
e achamos a expressão exata
dU(x)
Fx (x) = − [19]
dx
Esse resultado faz sentido; em regiões onde U(x) varia rapidamente com x (ou seja, onde dU(x)/dx é grande), ocorre a
realização de um trabalho grande em um dado deslocamento, e a força correspondente possui módulo elevado. Por outro
lado, quando Fx(x) está orientada no sentido positivo do eixo Ox, U(x) diminui quando x cresce. Logo, Fx(x) e dU(x)/dx
devem realmente possuir sinais contrários. O significado físico da equação (19) é que uma força conservativa sempre atua
no sentido de conduzir o sistema a uma energia potencial mais baixa. Para conferir, considere a função da energia
potencial elástica, U(x) = ½ kx2. Usando a equação (19), obtemos
d 1 
−  kx2  =
Fx (x) = −kx
dx  2 
que é a expressão correta da força exercida por uma mola ideal (figura 5a). Analogamente, para a energia potencial
gravitacional temos U(y) = mgy; tomando o cuidado de substituir x por y na escolha do eixo, obtemos Fy = -dU/dy = -
d(mgy)/dy = -mg, que é a expressão correta para a força gravitacional (figura 5b).

FIGURA 5 Uma força conservativa é a derivada negativa da energia potencial correspondente.

FORÇA E ENERGIA POTENCIAL EM TRÊS DIMENSÕES


Podemos estender a análise anterior para três dimensões, onde a partícula pode se mover ao longo do eixo Ox,
Oy ou Oz, ou então, mover-se no espaço com componentes simultaneamente em todas essas direções, quando está sob
a ação de uma força que possui componentes FX, FY e FZ. Cada componente da força pode ser uma função das coordenadas
x, y e z. A função da energia potencial U é sempre uma função dessas três coordenadas espaciais. Podemos agora usar a
equação (19) para achar cada componente da força. A variação da energia potencial ΔU quando a partícula se move de
uma pequena distância Δx ao longo do eixo Ox é novamente dada por -FxΔx; ela não depende de FY ou de FZ, que são
componentes da força ortogonal ao deslocamento e não realizam trabalho. Sendo assim, temos novamente a expressão
aproximada
∆U
Fx = −
∆x
Os componentes y e z da força são obtidos de modo análogo:
∆U ∆U
Fy =
− Fz =

∆y ∆z
Para fazer essas relações tornarem-se exatas, precisamos tomar os limites quando Δx→0, Δy→0 e Δz→0, de modo que
essas relações se transformem nas respectivas derivadas. Como U é uma função dessas três coordenadas, devemos
lembrar que ao calcular cada uma dessas, somente uma coordenada varia de cada vez. Calculamos a derivada de U em
relação a x supondo y e z constantes e somente x variando, e assim por diante. Esse tipo de derivada denomina-se derivada
parcial. A notação usual para a derivada parcial é ∂U/∂x e assim por diante; o símbolo ∂ é um d modificado para lembrar-
nos da diferença entre os dois tipos de derivada. Logo escrevemos

7
∂U ∂U ∂U
Fx =
− Fy =
− Fz =
− [20]
∂x ∂y ∂z

Podemos usar vetores unitários para escrever uma expressão vetorial compacta para a força F :
  ∂U ∂U ∂U 
F=− i + j+ k [21]
 ∂x ∂y ∂z 
A expressão no interior dos parênteses representa uma operação particular, na qual tomamos as derivadas parciais de U
em relação a cada uma das coordenadas, multiplicamos pelo respectivo vetor unitário e fazemos a soma vetorial. Essa

operação, geralmente abreviada como ∇U é chamada de gradiente de U. Portanto, a força é o gradiente da energia
potencial com o sinal contrário:
 
F = −∇U [22]
Para conferirmos, substituindo a expressão da energia potencial gravitacional U = mgy na equação (22), encontramos:
   ∂(mgy) ∂(mgy) ∂(mgy) 
F = −∇(mgy) = −  i+ j+ k  = (−mg)j
 ∂x ∂y ∂z 
Este resultado é a expressão familiar da força gravitacional.

7 TRABALHO REALIZADO POR UMA FORÇA EXTERNA SOBRE UM SISTEMA


No capítulo anterior definimos o trabalho como a energia transferida para um objeto ou de um objeto através de
uma força que age sobre o sistema. Podemos agora estender essa definição para uma força externa que age sobre um
sistema de objetos.
Trabalho é a energia transferida para um sistema ou de um sistema através de uma força externa que age sobre o sistema.
A figura 6a mostra um trabalho positivo (uma transferência de energia para um sistema) e a figura 6b mostra um
trabalho negativo (uma transferência de energia de um sistema). Quando mais de uma força age sobre um sistema, o
trabalho total dessas forças é a energia transferida para o sistema ou retirada do sistema.

FIGURA 6 (a) O trabalho positivo W realizado sobre um sistema corresponde a uma transferência de energia para o
sistema. (b) O trabalho negativo corresponde a uma transferência de energia para fora do sistema.

Essas transferências são semelhantes às transferências de dinheiro em uma conta bancária através de depósitos
e saques. Se um sistema contém uma única partícula ou um único objeto que se comporta como uma partícula, como no
capítulo anterior, o trabalho realizado por uma força sobre o sistema pode mudar apenas a energia cinética do sistema.
Esta transferência é governada pelo teorema do trabalho e energia cinética expresso pela equação ΔK = W, ou seja, uma
única partícula possui apenas uma conta de energia, chamada energia cinética. Forças externas podem apenas transferir
energia para esta conta ou retirar energia desta conta. Se um sistema é mais complicado, porém, uma força externa pode
alterar outras formas de energia (como a energia potencial), ou seja, um sistema mais complexo pode ter várias contas
de energia.
Vamos formular definições de energia para esses sistemas mais complexos examinando duas situações básicas,
uma que não envolve o atrito e outra que envolve o atrito.
NA AUSÊNCIA DE ATRITO
Em uma competição de arremesso de bolas de boliche, primeiro você se agacha e coloca as mãos em concha
debaixo da bola. Em seguida, você se levanta rapidamente e ao mesmo tempo levanta as mãos, lançando a bola quando
as mãos atingem o nível do rosto. Durante o movimento para cima a força que você aplica à bola obviamente realiza
trabalho. Ela é uma força externa que transfere energia, mas para qual sistema?
Para responder a essa pergunta vamos verificar quais são as energias que mudam. Há uma variação ΔK da energia
cinética da bola e, como a bola e a Terra ficaram mais afastadas uma da outra, há também uma variação ΔU da energia
potencial gravitacional do sistema bola-Terra. Para levar em conta essas duas variações é preciso considerar o sistema
bola-Terra. Assim, a força que você aplica é uma força externa que realiza trabalho sobre esse sistema, e o trabalho é
dado por
W = ΔK + ΔU [23]
ou W = ΔEmec [24]

8
onde ΔEmec é a variação da energia mecânica do sistema. Essas duas equações, que estão representadas na figura 7, são
equivalentes no caso de um trabalho realizado por uma força externa sobre o sistema na ausência de atrito.

FIGURA 7 Um trabalho positivo W é realizado sobre um sistema


composto por uma bola de boliche e a Terra, causando uma variação
ΔEmec da energia mecânica do sistema, uma variação ΔK da energia
cinética da bola e uma variação ΔU da energia potencial
gravitacional do sistema.

NA PRESENÇA DE ATRITO
Vamos agora considerar o exemplo da figura 8a. Uma força horizontal constante F puxa um bloco ao longo de um
eixo x, deslocando-o de uma distância d e aumentando a velocidade do bloco de v0 para v. Durante o movimento o piso
exerce uma força de atrito cinético constante fk sobre o bloco. Inicialmente, vamos escolher o bloco como nosso sistema
e aplicar a ele a segunda lei de Newton.

FIGURA 8 (a) Um bloco é puxado por uma força F enquanto uma força de atrito cinético fk se opõe ao movimento. O bloco
tem uma velocidade v0 no inicio do deslocamento e uma velocidade v no final do deslocamento. (b) Um trabalho positivo
W é realizado pela força F sobre o sistema bloco-piso, produzindo uma variação ΔEmec da energia mecânica do bloco e
uma variação ΔEt da energia térmica do bloco e do piso.

Podemos escrever essa lei para as componentes ao longo do eixo x (Fres,x = max) na forma
F – fk = ma [25]
Como as forças são constantes, a aceleração a também é constante. Assim, podemos usar a equação
v2 = v02 + 2ad
Explicitando a nesta equação, substituindo o resultado na equação 25 e reagrupando os termos, obtemos
Fd =1/2 mv2 – 1/2 mv02 + fkd [26]
ou, como 1/2 mv – 1/2 mv0 = ΔK para o bloco.
2 2

Fd = ΔK + fkd [27]
Em uma situação mais geral (na qual, por exemplo, o bloco esteja subindo uma rampa) pode haver uma variação da
energia potencial. Para levar em conta essa possível variação generalizamos a equação 27, escrevendo
Fd = ΔEmec + fkd [28]
Observamos experimentalmente que o bloco e a parte do piso ao longo da qual o bloco se desloca ficam mais
quentes quando o bloco está se movendo. Como será visto posteriormente, a temperatura de um objeto está relacionada
à sua energia térmica Et (energia associada ao movimento aleatório dos átomos e moléculas do objeto). Neste caso, a
energia térmica do bloco e do piso aumenta porque (1) existe atrito entre eles e (2) há movimento. Lembre-se de que o
atrito é causado pelas soldas a frio entre as duas superfícies. Quando o bloco desliza sobre o piso as soldas são
repetidamente rompidas e refeitas, o que aquece o bloco e o piso. Assim, o deslizamento aumenta a energia térmica Et
do bloco e do piso.
Experimentalmente, observa-se que o aumento ΔEt da energia térmica é igual ao produto do módulo da força de
atrito cinético, fk por d, o módulo do deslocamento:
ΔEt = fk d [29]

9
Assim, podemos reescrever a equação 28 na forma
Fd = ΔEmec + ΔEt [30]
Fd é o trabalho W realizado pela força externa F (a energia transferida pela força), mas sobre que sistema o
trabalho é realizado (onde são feitas as transferências de energia)? Para responder a esta pergunta, verificamos quais são
as energias que variam. A energia mecânica do bloco varia e as energias térmicas do bloco e do piso também variam.
Assim, o trabalho realizado pela força F é realizado sobre o sistema bloco-piso. Esse trabalho é dado por
W = ΔEmec + ΔEt [31]
Esta equação, que está representada na figura 8b, é a definição do trabalho realizado por uma força externa sobre um
sistema no qual existe atrito.

8 DIAGRAMAS DE ENERGIA
Quando uma partícula se desloca em linha reta sob a ação de uma força conservativa, podemos inferir diversas
possibilidades de movimentos examinando o gráfico da função U(x) da energia potencial. A figura 9a mostra um cavaleiro
de massa m que se move ao longo do eixo Ox em um trilho de ar. A mola exerce sobre o cavaleiro uma força na direção
do eixo Ox dada por Fx = -kx. A figura 9b mostra um gráfico da energia potencial correspondente U(x) = ½ kx2. Se a força
elástica da mola for a única força horizontal atuando sobre o cavaleiro, a energia mecânica total E = K + U permanecerá
constante, não dependendo de x. Assim, o gráfico de E em função de x é uma linha reta horizontal. Usamos o termo
diagrama de energia para um gráfico como esse, que mostra tanto a função da energia potencial U(x) quanto a energia
da partícula sujeita à força que corresponde a U(x).
A distância vertical entre a curva de U e a curva de E para cada ponto do diagrama dada pela diferença E - U
fornece a energia cinética K nesse ponto. Note que K possui seu valor máximo para x = 0. Ele se anula para os valores de
x referentes à intersecção das duas curvas, indicadas por A e -A no diagrama. Portanto, a velocidade v possui seu valor
máximo para x = 0 e se anula para x = ± A, os pontos que, para um dado valor da energia total E, correspondem ao
deslocamento máximo possível a partir de x = 0. A energia potencial U nunca pode ser maior do que a energia total E; se
isso ocorresse, K teria valor negativo, o que é impossível. Trata-se de um movimento oscilatório entre os extremos x = A
e x = -A.

FIGURA 9 (a) Um cavaleiro sobre um trilho de ar. A mola exerce uma força Fx = –kx. (b) A função da energia potencial.

Para cada ponto, a força Fx sobre o cavaleiro é dada pela inclinação da curva U(x) com sinal contrário: Fx = -dU/dx
(figura 5a). Quando a partícula está em x = 0, a inclinação e a força são iguais a zero, portanto essa é uma posição de
equilíbrio. Quando x é positivo, a inclinação da curva U(x) é positiva e a força Fx é negativa, orientada para a origem.
Quando x é negativo, a inclinação da curva U(x) é negativa e a força Fx é positiva, orientada novamente para a origem.
Essa força algumas vezes é chamada de força restauradora; quando o cavaleiro se desloca para qualquer um dos lados de
x = 0, a força resultante tende a ‘restaurar’ sua posição para x = 0. Situação análoga ocorre quando uma bola de gude rola
dentro de um recipiente com o fundo redondo. Dizemos que x = 0 é um ponto de equilíbrio estável. De modo geral,
qualquer mínimo na curva da energia potencial corresponde a um ponto de equilíbrio estável.
A figura 10a mostra uma função da energia potencial U(x) hipotética e geral. A figura 10b mostra a força
correspondente Fx = -dU/dx. Os pontos x1 e x3 são pontos de equilíbrio estável. Em cada um desses pontos, Fx é igual a
zero porque a inclinação da curva U(x) é nula. Quando a partícula se desloca para qualquer um dos lados, a força a empurra
de volta para o ponto de equilíbrio. A inclinação da curva U(x) também é nula nos pontos x2 e x4, que também são pontos
de equilíbrio. Contudo, quando a partícula se desloca um pouco para a direita de qualquer um desses pontos, a inclinação
da curva U(x) torna-se negativa e a força correspondente Fx torna-se positiva, empurrando a partícula para longe do ponto
de equilíbrio. Quando a partícula se desloca um pouco para a esquerda, a força Fx torna-se negativa, empurrando
novamente a partícula para longe do ponto de equilíbrio. Situação análoga ocorre quando uma bola de gude rola a partir

10
do equilíbrio no topo de uma bola de boliche. Os pontos x2 e x4 correspondem a pontos de equilíbrio instável; qualquer
máximo na curva da energia potencial corresponde a um ponto de equilíbrio instável.
Quando a partícula possui energia total E1 e está inicialmente em repouso próximo do ponto x1, ela pode se mover
somente na região entre xa e xb delimitada pela intersecção entre a reta E1 e o gráfico de U (figura 10a). Novamente, U
não pode ser maior do que E1 porque K não pode ter valores negativos. Dizemos que a partícula se move em um poço de
potencial, e xa e xb são os pontos de inversão do movimento da partícula (porque nestes pontos a partícula para
momentaneamente e inverte o sentido do movimento). Quando a energia total aumenta para um valor E2, a partícula
pode se mover em uma região maior, entre xc e xd. Quando a energia total é maior do que E3, a partícula pode ‘escapar’
e se deslocar para valores infinitamente grandes de x. No outro extremo, E0 representa o menor valor possível da energia
total do sistema.

FIGURA 10 Os máximos e mínimos de uma função da energia potencial U(x) correspondem aos pontos onde Fx = 0.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

01 Um saco de farinha de 5,0 kg é elevado verticalmente até uma altura de 15,0 m com uma velocidade constante de 3,5
m/s.
a) Qual é o módulo da força necessária?
b) Qual é o trabalho realizado por essa força sobre o saco? Em que se transforma esse trabalho?
SOLUÇÃO
Aplique ΣF = ma ao saco para encontrar a força. O trabalho é dado por W = Fd cos φ. A força de elevação atua na mesma
direção que o movimento do saco, portanto φ = 0°.
a) Para velocidade constante, a força líquida é zero, então a força necessária é o peso do saco, P = (5,00 kg) (9,80 m/s2) =
49,0 N.
b) W = (49,0 N) (15,0 m) = 735 J. Este trabalho torna-se energia potencial.

02 A figura a seguir mostra um pedaço de 2,0 kg de queijo gorduroso que desliza por um trilho sem atrito do ponto a ao
ponto b. O queijo percorre uma distância total de 2,0 m ao longo do trilho e uma distância vertical de 0,80 m.

11
Qual é o trabalho realizado sobre o queijo pela força gravitacional durante o deslocamento?
SOLUÇÃO
(1) Não podemos usar a equação (W = mgd cosφ) para calcular o trabalho, pois o ângulo φ entre a força gravitacional Fg e
o deslocamento d varia de ponto para ponto de forma desconhecida. (Mesmo que conhecêssemos a forma da trajetória
e pudéssemos calcular φ para todos os pontos, o cálculo poderia ser muito difícil.)
(2) Como Fg é uma força conservativa, podemos calcular o trabalho escolhendo outra trajetória entre a e b, uma que tome
os cálculos mais simples.
Vamos escolher o percurso tracejado da figura abaixo; ele é formado por dois segmentos de reta. Ao longo do segmento
horizontal o ângulo φ é constante e igual a 90°.

Não conhecemos o deslocamento horizontal de a para b, mas a equação (W = mgd cosφ) nos diz que o trabalho Wh
realizado ao longo deste segmento é Wh = mgd cos 90° = 0.
No segmento vertical, o deslocamento d é 0,80 m e, com Fg e d apontando verticalmente para baixo, o ângulo φ é
constante e igual a 0°. Assim, a equação (W = mgd cosφ) nos fornece, para o trabalho W, realizado ao longo do trecho
vertical do percurso tracejado, Wv = mgd cos 0° = (2,0 kg)(9,8 m/s2)(0,80 m)(1) = 15,7 J.
O trabalho total realizado sobre o queijo por Fg quando o queijo se desloca do ponto a para o ponto b ao longo do percurso
tracejado é, portanto, W = Wh + Wv = 0 + 15,7 J = 15,7 J.
Este é também o trabalho realizado quando o queijo escorrega ao longo do trilho de a até b.

03 Um trabalhador de 75 kg sobe por uma escada de 7,0 m até o telhado plano de uma casa. Ele caminha 12 m sobre o
telhado, desce por outra escada vertical de 7,0 m e finalmente caminha pelo solo de volta ao seu ponto de partida. Quanto
trabalho a gravidade realiza sobre ele
a) enquanto ele sobe;
b) enquanto ele desce;
c) enquanto ele caminha sobre o telhado e sobre o solo?
d) Qual é o trabalho total realizado sobre ele pela gravidade no percurso completo?
e) Com base na resposta do item d), você afirmaria que a gravidade é uma força conservativa ou não conservativa?
Explique.
SOLUÇÃO
O trabalho da força peso(gravidade) é dado por Wgrav = mg cosφ. Quando ele se move para cima, φ = 180° e quando se
move para baixo, φ = 0°. Quando ele se move paralelo ao solo, φ = 90°.
a) Wgrav = (75 kg) (9,80 m/s2) (7,0 m) cos180 ° = -5100 J.
b) Wgrav = (75 kg) (9,80 m/s2) (7,0 m) cos0 ° = +5100 J.
c) φ = 90 ° em cada caso e Wgrav = 0 em cada caso.
d) O trabalho total realizado pela gravidade durante a viagem de ida e volta é de -5100 J + 5100 J = 0.
e) A gravidade é uma força conservativa, uma vez que o trabalho total realizado para uma viagem de ida e volta é zero.
A força de gravidade é independente da posição e do movimento do objeto. Quando o objeto se move para cima, a
gravidade faz trabalho negativo e quando o objeto se move para baixo, a gravidade faz trabalho positivo.

04 Uma preguiça de 2,0 kg está pendurada a 5,0 m acima do solo (figura abaixo):

12
a) Qual é a energia potencial gravitacional U do sistema preguiça-Terra se tomamos o ponto de referência y = 0 como
estando (1) no do solo, (2) no piso de uma varanda que está a 3,0 m acima do solo, (3) no galho onde está a preguiça e (4)
1,0 m acima do galho? Considere a energia potencial como sendo nula em y = 0.
b) A preguiça desce da árvore. Para cada escolha do ponto de referência, qual é a variação ΔU da energia potencial do
sistema preguiça-Terra?
SOLUÇÃO
a) Uma vez escolhido o ponto de referência para y = 0, podemos calcular a energia potencial gravitacional U do sistema
em relação a esse ponto de referência usando a relação U = mgy.
No caso da opção (l),a preguiça está em y = 5,0 m e U = mgy = (2,0 kg)(9,8 m/s2)(5,0 m) = 98 J
Para as outras escolhas, os valores de U são
(2) U = mgy = mg(2,0 m) = 39 J,
(3) U = mgy = mg(0) = 0J,
(4) U = mgy = mg(-1,0 m) = - 19,6 J
b) A variação da energia potencial não depende da escolha do ponto de referência, mas apenas de Δy, a variação de altura.
Nas quatro situações temos o mesmo valor Δy = -5,0 m. Assim, para as situações (1) a (4), a relação ΔU = mg Δy nos diz
que ΔU = mg Δy = (2,0 kg)(9,8 m/s2)( -5,0 m) = - 98 J.

05 Uma mola armazena energia potencial U0 quando está comprimida em uma distância x0 em relação ao seu
comprimento sem deformação.
a) Em termos de U0, quanta energia ela armazena quando está comprimida (i) no dobro e (ii) pela metade?
b) Em termos de x0, em quanto ela deve estar comprimida a partir do seu comprimento sem deformação, para armazenar
(i) o dobro da energia e (ii) metade da energia?
SOLUÇÃO
Usaremos Uel = ½ kx2.
U0 = ½ kx02. Onde x é a distância que a mola é esticada ou comprimida.
a) (i) com x = 2x0 teremos Uel = ½ k(2x0)2 = 4(½ kx02) = 4U0. (ii) x = x/2 teremos Uel = ½ k(x0/2)2 = ¼.(½ kx02) = U0/4.
b) (i) U = 2U0 teremos ½ kx2 = 2(½ kx02) e x = x0 2 . (ii) U =U/2 teremos ½ kx2 = ½.(½ kx02) e x = x0/ 2 .

06 Na figura a seguir uma criança de massa m parte do repouso no alto de um toboágua, a uma altura h = 8,5 m acima da
base do brinquedo.

13
Supondo que a presença da água torna o atrito desprezível, encontre a velocidade da criança ao chegar à base do
toboágua.
SOLUÇÃO
(1) Não podemos calcular a velocidade da criança usando a aceleração durante o percurso, como fizemos em capítulos
anteriores, porque não conhecemos a inclinação (ângulo) do toboágua. Entretanto, como a velocidade está relacionada
à energia cinética talvez possamos usar o princípio da conservação da energia mecânica para calcular a velocidade da
criança. Nesse caso não precisaríamos conhecer a inclinação do brinquedo.
(2) A energia mecânica é conservada em um sistema se o sistema é isolado e se as transferências de energia dentro do
sistema são causadas apenas por forças conservativas. Vamos verificar.
Duas forças atuam sobre a criança. A força gravitacional, que é uma força conservativa, realiza trabalho sobre ela. A força
normal exercida pelo toboágua sobre a criança não realiza trabalho, pois sua direção em qualquer ponto da descida é
sempre perpendicular à direção em que a criança se move.
Como a única força que realiza trabalho sobre a criança é a força gravitacional, escolhemos o sistema criança-Terra como
o nosso sistema, que podemos considerar isolado.
Assim, temos apenas uma força conservativa realizando trabalho em um sistema isolado e, portanto, podemos usar o
princípio de conservação da energia mecânica.
Seja Emec,a a energia mecânica quando a criança está no alto do toboágua e Emec,b a energia mecânica quando a criança
está na base. Nesse caso, de acordo com o princípio da conservação da energia mecânica, Emec,b = Emec,a.
Explicitando os dois tipos de energia mecânica, escrevemos
Kb + U b = K a + U a ⇒ ½ mvb2 + mgyb = ½ mva2 + mgya
Dividindo a equação por m e reagrupando os termos, temos:
vb2 = va2 + 2g(ya – yb)
Fazendo va = 0 e ya - yb = h, temos vb = 13 m/s.
Esta é a mesma velocidade que a criança teria se caísse verticalmente de uma altura de 8,5 m. Em um brinquedo de
verdade haveria algum atrito e a criança chegaria à base com uma velocidade um pouco menor.

07 Um “bungee jumper” de 2 m de altura e 100 kg de massa pula de uma ponte usando uma “bungee cord”, de 18 m de
comprimento quando não alongada, constante elástica de 200 N/m e massa desprezível, amarrada aos seus pés. Na sua
descida, a partir da superfície da ponte, a corda atinge a extensão máxima sem que ele toque nas rochas embaixo. Qual
a menor distância entre a superfície da ponte e as rochas?
SOLUÇÃO
Seja d a distância pedida e x a máxima deformação da corda.
d = 18 + x + 2,0 (em metros)
d = 20 + x (em metros)
Emf = Emi (referencial na posição mais baixa do centro de massa do
bungee - jumper):
K x2/2 = m g h
200 x2/2 = 100 · 10 · (20 + x)
x2 – 10 x – 200 = 0
Resolvendo-se a equação:
x = 20 m
Logo: d = 20 + 20 (em metros)
d = 40 m

08 Considere a situação esquematizada na figura em que um aro circular de raio R = 50 cm e massa M = 3,0 kg, disposto
verticalmente, é apoiado sobre uma balança graduada em newtons. Uma pequena esfera de massa m = 200 g será lançada
por um operador de modo a percorrer a parte interna do aro, sem perder o contato com a trajetória e sem sofrer a ação
de forças de atrito.

14
No local, a influência do ar é desprezível e adota-se g = 10 m/s2. Supondo que nos instantes em que a esfera passa no
ponto A, o mais alto do aro, a balança indique zero, determine:
a) a intensidade da velocidade da esfera no ponto B, o mais baixo do aro;
b) a indicação da balança nos instantes da passagem da esfera no ponto B.
SOLUÇÃO
a) Para que a balança indique zero nos instantes em que a esfera passa no ponto A, a força de contato trocada entre ela
e o aro nesse ponto deve ser vertical e de intensidade igual ao peso do aro.

FnA = Paro = M · g
FnA = 3,0 · 10 (N)
FnA = 30 N

Ponto A:
FnA + P = Fcp
mv 2
FnA + mg =A
R
0,2.v 2A
30 + 0,2.10
= v 2A 80
⇒ =
0,5
Sistema conservativo:
mvB2 mv 2A
= + mg2R
2 2
vB2 =80 + 2.10.2.0,5 ⇒ vB = 10 m / s
b) Ponto B:
FnB + P = Fcp
mv 2
FnB − mg =B
R
0,2.(10)2
FnB + 0,2.10 =
0,5
FnB = 42 N
A indicação da balança nos instantes da passagem da esfera no ponto B, (I), corresponde à intensidade da força vertical
total transmitida ao aparelho.
I = Paro + FnB
I = M g + FnB
I = 3,0 · 10 + 42 (N)
I = 72 N

15
09 A figura, fora de escala, mostra um pêndulo simples abandonado à altura h do ponto mais baixo da trajetória. Na
vertical que passa pelo ponto de sustentação, um pino faz o fio curvar-se e o pêndulo passa a descrever uma trajetória
circular de raio r e centro C.

Qual o menor valor de h para que a esfera pendular descreva uma circunferência completa?
SOLUÇÃO

(I) No ponto B:
FcpB = P
mvB2
= mg ⇒ vB2 = gr (I)
r
(II) Sistema conservativo:
EmA = EmB
mv 2
m g (h – 2 r ) = B
2
v 2
g h-2gr = B (II)
2
Substituindo (I) em (II):
gr
gh-2gr = ⇒ h = 2,5r
2

10 Uma pequena esfera penetra com velocidade V em um tubo oco, recurvado e colocado em um plano vertical, como
mostra a figura, num local onde a aceleração da gravidade tem módulo igual a g. Supondo que a esfera percorra a região
interior do tubo sem atrito e acabe saindo horizontalmente pela extremidade, pergunta-se: que distância x, horizontal,
ela percorrerá até tocar o solo?

SOLUÇÃO

16
Emsaída = Ementrada (referencial no ponto de saída)
mv 2S mv 2
= + mgR / 2
2 2
=vS v 2 + gR (I)
Movimento balístico:
Na vertical: MUV
Δy = v0y t + αy/2 t2
3 R/2 = g/2 t2q
tq = 3 R/g (II)
Na horizontal: MU
Δx = vHΔt
x = vs t q (III)
Substituindo (I) e (II) em (III):
3R
=x v 2 + gR
g
Do qual:
3R 2
= x (v + gR)
g

11 Na figura, tem-se um cilindro de massa 5,0 kg, dotado de um furo, tal que, acoplado à barra vertical indicada, pode
deslizar sem atrito ao longo dela. Ligada ao cilindro, existe uma mola de constante elástica igual a 5,0·102 N/m e
comprimento natural de 8,0 cm, cuja outra extremidade está fixada no ponto O. Inicialmente, o sistema encontra-se em
repouso (posição A) quando o cilindro é largado, descendo pela barra e alongando a mola. Calcule o módulo da velocidade
do cilindro depois de ter descido 16 cm (posição B). Adote nos cálculos g = 10 m/s2.

SOLUÇÃO
Emf = Emi
mv2B/2 + K (ΔxB)2/2 = m · g · hA + K (ΔxA)2/2
5,0 v2B/2 + 5,0 · 102 · (0,12)2/2 = 5,0 · 10 · 0,16 + 5,0 · 102 · (0,040)2/2
Da qual: vB = 1,4 m/s

12 Uma bolinha de gude de dimensões desprezíveis é abandonada, a partir do repouso, na borda de um hemisfério oco e
passa a deslizar, sem atrito, em seu interior.

17
Calcule o ângulo θ (expresso por uma função trigonométrica) entre o vetor-posição da bolinha em relação ao centro C e
a vertical para o qual a força resultante f sobre a bolinha é horizontal.
SOLUÇÃO
A componente f na direção radial ao hemisfério é a resultante centrípeta. Ver figura abaixo.
sen θ = Fcp/f
sen θ = m v2/R f
m v2 = R · f sen θ (I)

Sistema conservativo:
EmB = EmA
m v2/2 = m g h
Mas h = R cos θ; logo:
m v2 = 2 m g R cos θ (II)
Comparando (I) e (II):
R f sen θ = 2 m g R cos θ
f tg θ = 2 m g (III)

Donde:
tg θ = f/P
tg θ = f/m g
Onde: f = m g tg θ (IV)
Substituindo (IV) em (III):
m g tg θ tg θ = 2 m g
tg2 θ = 2
tg θ = 2

13 Um pequeno bloco de gelo parte do repouso do ponto A da superfície hemisférica representada na figura e desce sem
sofrer ação de atritos ou da resistência do ar:

Sendo R o raio do hemisfério, calcule a que altura h do solo o bloco perde o contato com a superfície, passando a se mover
sob a ação exclusiva da gravidade g .
SOLUÇÃO

18
Ponto Q: Pn = Fcp
m g cos θ = m v2/R
v2 = g R cos θ
v2 = g h (I)
EmA = EmQ (referencial no solo):
m g R = m v2/2 + m g h
g R = v2/2 + g h (II)
Substituindo (I) em (II), vem:
g R = g h/2 + g h
h = 2R/3

14 Considere um trilho envergado em forma de arco de circunferência com raio igual a R instalado verticalmente, como
representa a figura. No local, a aceleração da gravidade tem módulo g e a resistência do ar é desprezível. Supondo-se
conhecido o ângulo θ, qual deve ser a intensidade da velocidade V0 com que se deve lançar um pequeno objeto do ponto
O, o mais baixo do trilho, para que ele possa deslizar livremente saltando da extremidade A para a extremidade B,
executando assim um movimento periódico?

SOLUÇÃO

Do movimento balístico, o alcance horizontal pode ser calculado por:


AB = V2A sen 2θ/g ou
AB = V2A 2 sen θ cos θ/g (I)
Partindo-se do triângulo retângulo destacado, conclui-se que:
AB = 2 R sen θ (II)
Comparando-se (I) e (II):
V2A 2 sen θ cos θ/g = 2 R sen θ onde:
V2A = g R/cos θ (III)
Sistema conservativo:
EmO = EmA

19
m V20/2 = m V2A/2 + m g (R + R cos θ)
V20 = V2A + 2 g R (1 + cos θ) (IV)
(III) em (IV):
V20 = g R/cos θ + 2 g R (1 + cos θ)
 1 
=V0 gR  + 2 (1 + cos θ ) 
 cos θ 

15 Uma partícula com carga elétrica é mantida em repouso no ponto x = 0, enquanto uma segunda partícula com a mesma
carga pode mover-se livremente ao longo do sentido positivo do eixo Ox. A energia potencial do sistema é
C
U(x) =
x
onde C é uma constante positiva que depende do módulo das cargas. Deduza em função da posição uma expressão para
o componente x da força que atua sobre a carga que se move.
SOLUÇÃO
A energia potencial U(x) foi fornecida, e devemos encontrar a função da força Fx(x). Usaremos a relação Fx(x)= -dU(x)/dx.
A derivada em relação a x da função 1/x é -1/x2. Logo, a força que atua sobre a carga que se move para x > 0 é dada por
dU(x)  1  C
Fx (x) =− =−C  − 2  =2
dx  x  x
O componente x da força é positivo, correspondendo a uma interação repulsiva entre cargas elétricas de mesmo sinal. A
energia potencial é muito elevada quando as partículas estão próximas (x é pequeno) e tende a zero quando as partículas
se afastam (x é grande); a força empurra a carga móvel para os valores x mais positivos, para os quais a energia potencial
é menor. A força Fx(x) = C/x2 torna-se mais fraca quando as partículas se afastam (x aumenta).

16 Um disco de hóquei desliza sobre uma mesa de ar sem atrito. As coordenadas do disco são x e y. Sobre ele atua uma
força conservativa oriunda de uma energia potencial dada pela função
1 2
U(x,y)
= k(x + y2 )
2
Deduza uma expressão para a força que atua sobre o disco de hóquei e ache uma expressão para o módulo da força em
função da posição.
SOLUÇÃO

A partir da função U(x,y), precisamos encontrar os componentes dos vetores e o módulo da força conservativa F
correspondente.
  ∂U ∂U ∂U 
Os componentes da força de U(x,y) podem ser determinados usando-se a relação F =
− i + j + k  . Essa função
 ∂x ∂y ∂z 
não depende de z, portanto a derivada parcial de U em relação a z é ∂U/∂z = 0, e a força não possui nenhum componente
de z. A seguir, determinamos o módulo da força usando a fórmula para o módulo de um vetor:=F Fx2 + Fy2 .
Os componentes de x e y da força são
∂U ∂U
Fx =− = −kx Fy =− −ky
=
∂x ∂y
  ∂U ∂U ∂U 
Pela relação F = − i + j + k  , o resultado anterior corresponde ao vetor
 ∂x ∂y ∂z 

F= −k(xi + yj)

Porém, (xi + yj) é somente o vetor posição r da partícula, de modo que podemos reescrever essa relação do seguinte
 
modo F = −kr : Essa força é contrária ao vetor posição em cada ponto, ou seja, uma força que em cada ponto é dirigida
para o sentido da origem. A energia potencial é mínima na origem, de modo que novamente vemos que a força aponta
no sentido da diminuição da energia potencial. O módulo da força em cada ponto é dado por
F= (−kx)2 + (−ky)2 = k x2 + y2 = kr
onde r é a distância da partícula à origem. Esse resultado é igual ao da força que atua sobre uma mola que obedece à lei
de Hooke e que possui comprimento muito pequeno (em comparação com outras dimensões do problema) quando ela
não está esticada. (A outra extremidade da mola está presa à origem da mesa de ar.)
Para conferir nosso resultado, note que a função energia potencial também pode ser escrita como U = ½ kr2. Escrito dessa
forma, U é uma função de uma única coordenada r, de modo que podemos encontrar a força substituindo x por r na
relação Fx(x)= -dU(x)/dx:

20
dU d  1 2 
Fr =
− = kr = −kr
dr dr  2 
exatamente como calculamos acima, a força possui módulo kr; o sinal negativo indica que a força possui direção radial
para dentro (no sentido da origem).

17 Os habitantes pré-históricos da ilha da Páscoa esculpiram centenas de gigantescas estátuas de pedra em uma pedreira
e depois as espalharam por toda a ilha (figura abaixo).

A forma como transportaram essas estátuas por até 10 km sem usar máquinas sofisticadas até hoje é motivo para
acaloradas discussões. Provavelmente colocaram as estátuas, uma a uma, em uma espécie de trenó de madeira e puxaram
o trenó por uma "pista" formada por toras de madeira quase do mesmo tamanho, que funcionavam como roletes. Em
uma reconstituição moderna dessa técnica, 25 homens conseguiram transportar uma estátua de 9000 kg, semelhante às
da ilha da Páscoa, a uma distância de 45 m, em terreno plano, em 2 min.
a) Estime o trabalho realizado pela força total F exercida pelos 25 homens durante o transporte da estátua e determine o
sistema sobre o qual a força realizou o trabalho.
b) Qual foi o aumento ΔEt da energia térmica do sistema durante o deslocamento de 45 m?
c) Estime o trabalho que teria sido realizado pelos 25 homens se eles tivessem transportado a estátua por 10 km sobre
um terreno plano na ilha da Páscoa. Estime também a variação total ΔEt que teria ocorrido no sistema estátua-trenó-
troncos-solo.
SOLUÇÃO
a) (1) Podemos calcular o trabalho realizado usando a equação (W = Fd cosφ).
(2) Para determinar qual é o sistema sobre o qual a força realizou o trabalho, vamos verificar quais foram as energias que
mudaram.
Na equação acima, d é a distância percorrida, 45 m, F é o módulo da força exercida pelos 25 homens sobre a estátua e φ
= 0°. Vamos supor que cada homem puxou a estátua com uma força cujo módulo era igual ao dobro do seu peso, que
consideraremos como tendo o mesmo valor mg para todos os homens. Assim, o módulo da força resultante era F =
(25)(2mg) = 50mg. Estimando a massa de um homem em 80 kg, podemos escrever
W = Fd cos φ = 50mgd cos φ = (50)(80 kg)(9,8 m/s2)(45 m) cos0° = 1,8.106 J
Como a estátua se moveu, houve certamente uma mudança ΔK da energia cinética durante o movimento. Podemos supor
que houve um atrito cinético considerável entre o trenó, os troncos e o solo, o que resultou em uma variação ΔEt da
energia térmica desses objetos. Assim, o sistema sobre o qual o trabalho foi realizado era formado pela estátua, o trenó,
os troncos e o solo.
b) Podemos relacionar ΔEt ao trabalho W realizado por F através da relação W = ΔEmec + ΔEt para um sistema no qual
existe atrito:
W = ΔEmec + ΔEt
O valor de W foi determinado no item (a). A variação ΔEmec da energia mecânica da estátua foi nula, pois a estátua estava
em repouso no início e no fim do deslocamento e não mudou de altura. Assim, temos:
ΔEt = W = 1,8.106 J.
c) Calculamos W como em(a),mas com d = 1.104 m. Além disso, podemos igualar ΔEt a W. O resultado é o seguinte: W =
ΔEt = 3,9.108 J
Isso mostra que a quantidade de energia transferida pelos homens durante o movimento da estátua teria sido enorme.
Mesmo assim, os 25 homens poderiam ter transportado a estátua por 10 km sem recorrer a nenhuma fonte misteriosa
de energia.

21
18 Um operário empurra um engradado de repolhos (massa total m = 14 kg) sobre um piso de concreto com uma força
horizontal constante F de módulo 40 N. Em um deslocamento retilíneo de módulo d = 0,50 m, a velocidade do engradado
diminui de v0 = 0,60 m/s para v = 0,20 m/s.
a) Qual foi o trabalho realizado pela força F e sobre que sistema esse trabalho foi realizado?
b) Qual é o aumento ΔEt da energia térmica do engradado e do piso?
SOLUÇÃO
a) Como a força aplicada F é constante, podemos calcular o trabalho realizado pela força usando a equação (W = Fd cosφ).
Substituindo os valores conhecidos e levando em conta o fato de que a força F e o deslocamento d apontam na mesma
direção, temos:
W = Fd cos φ = (40 N)(0,50 m) cos 0° = 20 J.
Para determinar o sistema sobre o qual o trabalho é realizado devemos examinar quais são as energias que variam. Como
a velocidade do engradado varia, certamente existe uma variação ΔK da energia cinética do engradado. Existe atrito entre
o piso e o engradado e, portanto, uma variação da energia térmica? Observe que F e a velocidade do engradado apontam
no mesmo sentido. Assim, se não existisse atrito F aceleraria o engradado, fazendo a velocidade aumentar. Como a
velocidade do engradado está diminuindo, deve existir atrito e uma variação ΔEt da energia térmica do engradado e do
piso. Assim, o sistema sobre o qual o trabalho é realizado é o sistema engradado-piso, porque as variações de energia
ocorrem nesse sistema.
b) Podemos relacionar ΔEt ao trabalho W realizado pela força F à definição de energia da relação W = ΔEmec + ΔEt para um
sistema no qual existe atrito: W = ΔEmec + ΔEt
O valor de W foi calculado no item (a). Como a energia potencial não variou, a variação ΔEmec da energia mecânica do
engradado é igual à variação da energia cinética, e podemos escrever: ΔEmec + ΔK = 1/2 mv2 – 1/2 mv02
Substituindo esta expressão na equação W = ΔEmec + ΔEt e explicitando ΔEt, obtemos
ΔEt = W - (1/2mv2 – 1/2mv02) = W – 1/2m(v2 – v02) = 20 J – 1/2(14 kg)[(0,20 m/s)2 - (0,60 m/s)2] = 22,2 J

19 Um pêndulo de comprimento L é abandonado na posição indicada na figura e, quando passa pelo ponto mais baixo da
sua trajetória, tangencia a superfície de um líquido, perdendo em cada uma dessas passagens 30% da energia cinética
que possui. Após uma oscilação completa, qual será, aproximadamente, o ângulo que o fio do pêndulo fará com a vertical?

SOLUÇÃO
EPf = 0,70 EPi – 0,30 (0,70 · EPi)
EPf = 0,49 EPi
m g L (1 – cos θ) = 0,49 m g L
cos θ = 0,51 ⇒ θ = 60°

20 Uma bola de borracha deixada cair de uma altura de 1,80 m é rebatida várias vezes pelo chão, perdendo 10% de sua
energia cinética de cada vez. Depois de quantas colisões a bola não conseguirá se elevar acima de 0,90 m?
SOLUÇÃO
Considere o seguinte esquema:

22
Seja K0 a energia cinética inicial, K1 a energia cinética após a primeira rebatida, K2 a energia cinética após a segunda
rebatida, etc., e KN a energia cinética da bola após a N-ésima rebatida.
Temos que:
K1 = 0,9K0
K2 = 0,9K1 = 0,92K0
K3 = 0,9K2 = 0,93K0
Logo:
KN = 0,9NK0 (1)
Também pode-se usar o trabalho da força gravitacional na subida da bola após cada rebatida para fazer o cálculo de K1,
K2, etc., KN.
W = ΔK
-mgh1 = K – K0 = 0 – K1
K1 = mgh1
Logo:
K2 = mgh2
Portanto, após a N-ésima rebatida:
KN = mghN (2)
Queremos saber N tal que hN ≤ 0,90 m. Igualando-se (1) e (2):
0,9NK0 = mghN
0,9Nmgh0 = mghN
0,9N = hN/h0
hN/h0 = 0,90/1,80 = 0,5 = 0,9N
ln0,5 = ln0,9N
N = ln0,5/ln0,9
N = 6,57...
A altura h = 0,90 só deixa de ser atingida após N = 6,57 rebatidas. Logo: N = 7

21 Um bloco de massa m movendo-se a uma velocidade v comprime uma mola através de uma distância x antes de sua
velocidade ser reduzida pela metade. Encontre a constante elástica da mola.
SOLUÇÃO
Observe o esquema abaixo:

No ponto A a velocidade é v e no ponto B a velocidade é v/2. Usando EMA = EMB, teremos:


1 2 1 2 1 2
=mv A mvB + kx
2 2 2
kx = m(v A − vB )= m(v2 − v2 / 4)
2 2 2

3mv2
k=
4x2

22 Uma extremidade da mola de comprimento natural h e constante elástica k é fixada no chão e a outra extremidade
está presa a um anel de massa m onde é permitido deslizar sem atrito sobre uma haste horizontal fixada a uma altura h
(figura abaixo). Inicialmente, a mola faz um ângulo de 37° com a vertical quando o sistema é liberado do repouso. Encontre
a velocidade do anel quando a mola se encontra na vertical.

SOLUÇÃO
Considere v a velocidade quando a mola estiver na vertical. Observe o esquema abaixo:

23
Cos37° = BC/AC = 0,8 = 4/5
AC = h + x =5h/4 (pois BC = h), então
x = 5h/4 – h = h/4
Aplicando o princípio da conservação da energia mecânica, teremos:
1 2 1 2
mv = kx
2 2
h k
=v x= k /m
4 m

23 Um bloco de 2,0 kg é lançado do topo de um plano inclinado, com velocidade escalar de 5,0 m/s, conforme indica a
figura. Durante a descida, atua sobre o bloco uma força de atrito constante de intensidade 7,5 N, que faz o bloco parar
após deslocar-se 10 m. Calcule a altura H, desprezando o efeito do ar e adotando g = 10 m/s2.

SOLUÇÃO
Durante a descida da caixa, agem sobre ela as forças peso, normal N e a força de atrito. Dentre elas, são não-conservativas
a normal N e a força de atrito. Pelo Princípio do Trabalho da Forças Não-conservativas, teremos:
Wforças não cons = EMi - EMf
Wfat + WN = (EPi + ECi) – (EPf + ECf)
-fat.d + 0 = (0 + 0) – (mgH + mv2/2)
-7,5.10 + 0 = (0 + 0) – (2.10H + 2.(5)2/2)
H = 2,5 m

24 Um corpo é lançada verticalmente para cima com uma velocidade v. A que altura sua energia potencial gravitacional
é cinco vezes a sua energia cinética? (g: aceleração da gravidade).
SOLUÇÃO
Observe o esquema abaixo:

Após ser lançada só atua no corpo a força gravitacional, portanto a energia mecânica se conserva.
EMA = EMB

24
ECA = ECB + EPB
Pela condição da questão: EPB = 5ECB, então:
ECA = 1/5 EPB + EPB
ECA = 6/5 EPB
1 2 6
mv = mgh
2 5
5  v2 
h=  
12  g 

25 Um bloco de massa m = 5 kg é puxado por uma força constante F, de modo que ao passar pelos pontos A e B tem
velocidade de 6 m/s e 10 m/s respectivamente. Se μ = 0,2, qual é o valor de F?

SOLUÇÃO
Decompondo as forças como na figura abaixo, observamos que a força de atrito é dada por Fat = 0,2.40 = 8 N.

Então, a força resultante paralela ao plano inclinado é dada por


Fr = F - 30 - Fat = F - 38 (1)
Onde 30 N é a componente do peso na direção do plano.
Vemos que o deslocamento é d = AB = 20 m, e utilizando a relação
Fr.d = ECf - ECi, (2)
logo:
(F – 38).d = ½ m(vB2 – vA2)
F = 54 N

26 Determine o trabalho que é necessário realizar sobre a haste mostrada na figura abaixo, para tira-la da posição vertical
até a posição indicada por θ = 53°, a haste é uniforme e homogênea de massa m = 6 kg.

SOLUÇÃO
Considere um esquema em que o nível de referência horizontal passa pelo centro de gravidade CG da haste na sua posição
vertical. Em tal forma, as posições do CG da haste são hA = 0 m e hB = 2 m. Considerando que o movimento de rotação é
muito lento, então a velocidade e, portanto, a energia cinética, são insignificantes. Deste modo, energia mecânica é dada
pela relação EM = mgh. Em seguida, utilizando o teorema do trabalho-energia, o trabalho será dado por:
W = EMf – EMi = mg (hB - hA)
W = 120 J

25
27 Uma prancha uniforme e homogênea de 2 m de comprimento é lançada horizontalmente sobre um piso áspero com
coeficiente de atrito μ = 0,5 como indicada na figura abaixo. Se ao entrar no dito piso o extremo B da prancha tem uma
velocidade vc = 5 m/s, determine o espaço percorrido pela prancha até parar por completo.

SOLUÇÃO
Em primeiro lugar, deve-se reconhecer que a força de atrito passa por duas fases: Inicialmente varia com o deslocamento
x, em seguida, mantém-se constante. Fazendo o gráfico F versus x teremos:

Note que a medida que o deslocamento x aumenta, aumenta o peso P’ da porção da barra sobre o piso, a reação normal
N’ e a força de atrito Fat. Quando a prancha estiver inteiramente no piso, a força de atrito tem o valor máximo: Fat = μmg.
Usando a relação W = EMf – EMi e considerando que a velocidade final é igual a zero, a área sob a curva no gráfico F versus
x nos dá o trabalho líquido, teremos:
½ [(xf - L) + xf].μmg = ½ mv2
xf = 3,5 m

28 Um pequeno corpo é solto a partir de A em uma cavidade esférica sem atrito cujo raio é R = 8 m. Em seguida, entra
em um plano inclinado em B de coeficiente de atrito μ = 1/4. O Professor Gomes pede que se determine a altura do ponto
C em que o corpo para. Considere θ = 37°.

SOLUÇÃO
Considerando que a energia cinética em B é dada por: ECB = mgR = 10mR.
Decompondo as forças no plano inclinado teremos:

Então, a força resultante paralelo ao plano inclinado será Fr = Fat + 6m = 8m, onde 6m é a componente na direção do plano
do peso 10m. Reconhecendo que o deslocamento d = BC é oposto à força resultante Fr, usaremos a relação
-Fr.d = ECC - ECB (EC = 0).
-8md = - 10mR
d = 5/4 R = 10 m
Finalmente, aplicando Pitágoras no triângulo BHC teremos
h=6m

26
29 Um corpo de massa m é solto do ponto A de uma calha lisa em forma de circunferência de raio R como mostrado na
figura abaixo. Em que ponto B da calha, definido por θ a aceleração do referido corpo será horizontal?

SOLUÇÃO
Considere o esquema mostrado abaixo:

Pela conservação da energia mecânica em A-B


½ mvB2 = mgRcosθ
vB2 = 2gRcosθ (1)
Pelo diagrama de forças temos:
N = mg/cosθ (2)
Em B teremos:
N = mgcosθ = mvB2/R (3)
Substituindo (1) e (2) em (3), descobrimos que
mg/cosθ - mgcosθ = 2mgRcosθ/R
3
cos θ =
3
 3
θ = arccos 
 3 
 

30 Uma pequena esfera é solta do ponto A de uma calha lisa em forma de circunferência de raio R e abandona a calha no
ponto B como indica a figura abaixo. Determine a altura máxima h atingida pela esfera após abandonar a calha. Considere
que R = 8 m e θ = 60°.

SOLUÇÃO
Observe o esquema abaixo:

27
Considerando o nível de referência passando por B e considerando a conservação da energia mecânica, teremos:
EMB = EMA
½ mv2 = mg.R/2
v2 = gR
Do movimento parabólico que se inicia em B, teremos
H = v2 sen260°/2g
e de v2 = gR
H = 3/8 R
Finalmente: h = H + R/2
h = 7/8 R
h=7m

31 Na figura abaixo se mostra um sistema de dois blocos inicialmente em repouso com massas m1 e m2 tal que m1 = 3m2.
Se o sistema for liberado, qual a velocidade dos blocos quando se cruzam?

SOLUÇÃO
Reconhecendo que os blocos ao se cruzarem têm a mesma velocidade v (em módulos) e a mesma altura h em relação ao
piso, tomemos o nível de referência no ponto em que se cruzam para que toda a energia potencial gravitacional inicial
seja convertida em energia cinética. Observe o esquema abaixo:

Então aplicando a conservação da energia mecânica, teremos:

28
½ m1v2 + ½ m2v2 = m1g(h/2) + m2g(-h/2)
 m − m2 
v = gh  1 
 m1 + m2 
v =5 m/s

32 Uma corda de massa m = 9 kg e comprimento L = 2 m, se encontra sobre uma mesa lisa com 1/3 de seu comprimento
pendurado como mostra a figura abaixo. Determine o trabalho mínimo que se dever realizar para colocá-la
completamente em cima da mesa.

SOLUÇÃO
Fazendo o esquema correspondente ao estado inicial e final do sistema, traçamos o nível de referência no CG(2) da porção
pendurada. Sabemos que a massa de qualquer porção da corda é diretamente proporcional ao seu comprimento. Então,
usando a relação W = EMf - EMi e considerando que o movimento aconteceu muito lentamente, de modo que a velocidade
e energia cinética são zero, temos:

W = EMf - EMi = mg(L/6) - 2/3 mg(L/6)


W = 1/18 mgL
W = 10 J

33 Observe o sistema de corpos abaixo. Sabendo que na posição mostrada o sistema está em repouso e a mola não está
deformada, determine a máxima deformação experimentada pela mola, xm, quando o sistema for liberado do repouso.
Despreze a massa da polia móvel e considere m = 1 kg e k = 400 N/m.

SOLUÇÃO
A mola atinge a sua deformação máxima no instante em que o bloco para, observa-se também que o deslocamento da
polia é xm para cima e o do bloco é 2xm para baixo, conforme mostrado na figura abaixo.

29
Agora, considerando como sistema bloco-polia-mola, teremos:
EMf = EMi
½ kxm2 = mg(2xm)
xm = 4mg/k
xm = 0,1 m

34 Um bloco de massa m = 1 kg está inicialmente em repouso na posição A do plano inclinado como mostrado na figura
abaixo. Uma força constante F = 10 N começa a atuar paralelo à direção do plano inclinado. Determine a velocidade do
bloco quando passa pelo ponto C. Considere que há atrito apenas no trecho BC (μc = 0,8) e AB = BC = 5 m. (g = 10 m/s2).

SOLUÇÃO
O trabalho realizado por todas as forças externas diferentes do peso é igual à variação da energia mecânica:

WF + WFat = EMC - EMA


FdAC – μmg(cos37°).dBC = mghC + ½ mvc2 – 0
(10).(10) – (0,8).(1).(10).(4/5).(5) = (1).(10).(6) + ½ (1)vC2
vC = 4 m/s

35 A um bloco de massa m aplica-se uma força constante F = 2 mg ao longo do segmento AB. Se o bloco parte do repouso
da posição A, determinar sua velocidade ao passar a posição C. Não há atrito. AB = L.

30
SOLUÇÃO
O trabalho realizado pela força F é igual à variação da energia mecânica:
WF = EMC - EMA
FdAB = mghC + ½ mvc2
2mgL = mg3L + ½ mvc2
-gL = ½ vc2
v C= −2gL
Portanto o bloco não chega a posição C.

36 Um bloco parte do repouso em A deslizando para baixo de uma rampa e perde, entre A e B, 10% da sua energia
mecânica por atrito. De B a C não há atrito. Se no ponto C de altura máxima sua velocidade é vC = 6 m/s, determine essa
altura máxima H. Adote g = 10 m/s2.

SOLUÇÃO
A energia mecânica no ponto B é de 90% da energia em A. Mas a energia mecânica nos pontos B e C são iguais: EMB = EMC.
Então:
0.9 EMA = EMC
0,9mghA = mgH + ½ mvC2
Substituir os dados que temos:
0,9.(10).(10) = (10).H + ½ (6)2
90 = 18 + 10H
H = 7,2 m

37 Um bloco parte do ponto A sem velocidade inicial e desliza ao longo do caminho mostrado na figura. Determine a
distância d percorrida sobre a parte plana, sabendo que só existe atrito sobre essa superfície plana. O coeficiente de atrito
cinético é de 0,5. Considere: g = 10 m/s2 e H = 2,5 m.

SOLUÇÃO
Considere o esquema abaixo:

Usando o princípio da conservação da energia mecânica:


EMA = EMB = mgH (1)
O trabalho realizado pela força de atrito é igual à variação da energia mecânica entre B e C:
WFat = EMC - EMB (2)
Substituindo (1) em (2), teremos:
-Fat.d = 0 – mgH

31
-μmgd = -mgH
d = H/μ
d=5m

38 Um bloco parte de A sem velocidade inicial e desliza pelo caminho mostrado na figura (R = 1 m). A que altura h sobe o
bloco, sabendo que há atrito apenas na parte plana. O coeficiente de atrito cinético é de 0,4.

SOLUÇÃO
Considere o esquema abaixo no trecho plano:

Teorema de trabalho e energia mecânica: O trabalho realizado pela força de atrito é igual à variação de energia mecânica
que experimenta o bloco.
WFat = EMB - EMA
WFat = EPB + ECB – EPA – ECA
WFat = mgh + 0 – mgR - 0
-Fat.d = -mg(R – h)
μmgd = mg(R – h)
h = R - μd
h = 0,2 m

39 Se tem uma partícula de massa 2 kg na posição A (1, 3) m com velocidade (0, 5) m/s. Uma força desconhecida agindo
sobre a referida massa a faz ir para a posição B (3, 6) m. Na segunda posição ela tem velocidade (6, 8) m/s. Determine o
trabalho da força desconhecida. Adote g = 1 0 m/s2.
SOLUÇÃO
A velocidade das partículas na posição A é de 5 m/s e na posição B é de 10 m/s. O deslocamento no eixo vertical é h = 3
m. O peso realiza um trabalho negativo igual a: -mgh.

Do teorema da energia cinética: O trabalho realizado por todas as forças é igual a variação da energia cinética.
W = ΔEC
WF - mgh = ½ m(vf2 – vi2)
Substituindo os dados teremos:
WF = 135 J

32
40 O sistema apresentado é composto de duas esferas de massa m e 2m unidas por uma barra imponderável de
comprimento 2L que pode rodar em torno do seu centro O, num plano vertical. Se o sistema for deixado livre quando
disposto verticalmente, qual será a velocidade máxima atingida esferas?

SOLUÇÃO
A velocidade das esferas será máxima quando o sistema passa por sua posição de equilíbrio, ou seja, quando a esfera 2m
passa pelo ponto mais baixo da sua trajetória. Observe o esquema:

Pelo princípio da conservação da energia mecânica:


EMf = EMi
2mg2L = mg2L + ½ mv2 + ½ 2mv2
resolvendo para v teremos:
gL
v =2
3

EXERCÍCIOS PARA RESOLVER

01 Um halterofilista ergue uma anilha de 10,0 kg verticalmente até uma altura de 1,5 m com uma velocidade constante
de 1,5 m/s.
a) Qual é o módulo da força necessária?
b) Qual é o trabalho realizado pelo halterofilista sobre a anilha? Em que se transforma esse trabalho?

02 Uma caixa de massa M começa a se deslocar a partir do repouso, no topo de uma rampa sem atrito e inclinada a um
ângulo α acima da horizontal. Calcule sua velocidade escalar na extremidade inferior da rampa a uma distância d do ponto
de partida. Faça isso de duas formas:
a) Considere que o nível no qual a energia potencial é igual a zero situa-se na extremidade inferior da rampa, com y
positivo orientado de baixo para cima.
b) Considere o nível zero para a energia potencial no topo da rampa, com y positivo orientado de baixo para cima.
c) Por que a força normal não foi considerada na solução?

03 Você está testando uma nova montanha-russa em um parque de diversões com um carro vazio de massa de 120 kg.
Uma parte da trajetória é uma espira vertical com raio de 12,0 m. No ponto inferior da espira (ponto A) o carro tem
velocidade escalar de 25,0 m/s, e no topo da espira (ponto B) ele tem velocidade de 8,0 m/s. Enquanto o carro desliza do
ponto A para o ponto B, quanto trabalho é realizado pelo atrito?

04 Dois blocos com massas diferentes estão amarrados a cada extremidade de uma corda leve que passa sobre uma polia
leve e sem atrito, que está suspensa a partir do teto. As massas são libertadas do repouso, e a mais pesada começa a

33
descer. Após essa massa descer 1,20 m, sua velocidade é 3,0 m/s. Se a massa total dos dois blocos é 15,0 kg, qual é a
massa de cada bloco?

05 Em um acidente, um carro atropelou um pedestre, e em seguida o motorista pisou nos freios para parar o carro.
Durante o julgamento, o advogado do motorista alegou que ele obedecia ao limite de velocidade de 56,32 km/h, mas que
a velocidade legal era alta demais para permitir que ele enxergasse o pedestre e reagisse em tempo para evitar o
atropelamento. Você foi convocado como testemunha. Sua investigação do acidente constatou que as marcas de
frenagem deixadas no local do acidente tinham 85,34 m de comprimento e que a freada produziu um coeficiente de atrito
cinético de 0,30 com a rua.
a) Em seu testemunho no tribunal, você afirmaria que o motorista obedecia ao limite de velocidade? Você deve ter fortes
argumentos para comprovar sua conclusão e passar pelo crivo dos advogados.
b) Se a multa por excesso de velocidade fosse de R$ 10 a cada km/h que o motorista dirigisse acima do limite de
velocidade, ele teria que pagar alguma multa? Em caso afirmativo, de quanto seria?

06 Uma bola de gude de 5,0 g é lançada verticalmente para cima usando uma espingarda de mola. A mola deve ser
comprimida de exatamente 8,0 cm para que a bola alcance um alvo colocado 20 m acima da posição da bola de gude na
mola comprimida.
a) Qual é a variação ΔUg da energia potencial gravitacional do sistema bola de gude-Terra durante a subida de 20m?
b) Qual é a variação ΔUE da energia potencial elástica da mola durante o lançamento da bola de gude?
c) Qual é a constante elástica da mola?

07 Uma massa de 2,50 kg é empurrada contra uma mola horizontal de constante elástica 25,0 N/cm sobre uma mesa de
ar sem atrito. A mola é presa ao tampo da mesa, e a massa não está presa à mola. Quando a mola foi suficientemente
comprimida para armazenar 11,5 J de energia potencial, a massa é subitamente libertada do repouso.
a) Ache a maior velocidade escalar que a massa atinge. Quando isso ocorre?
b) Qual é a maior aceleração da massa e quando ela ocorre?

08 Sobre uma superfície horizontal, uma caixa com massa de 50,0 kg é colocada contra uma mola que armazena 360 J de
energia. A mola é libertada, e a caixa desliza por 5,60 m antes de parar. Qual é a velocidade escalar da caixa, quando ela
está a 2,0 m da sua posição inicial?

09 Uma caixa de 10,0 kg é puxada por um cabo horizontal formando um círculo sobre uma superfície horizontal áspera,
para a qual o coeficiente de atrito cinético é 0,250. Calcule o trabalho realizado pelo atrito durante uma volta circular
completa, considerando o raio de
a) 2,0 m e
b) 4,0 m.
c) Com base nos resultados obtidos, você afirmaria que o atrito é uma força conservativa ou não conservativa? Explique.

10 Seja k a constante de uma mola ideal que possui um bloco de massa m preso a uma de suas extremidades.
a) O bloco se move de x1 a x2, onde x2 > x1. Qual o trabalho realizado pela força da mola durante esse deslocamento?
b) O bloco se move de x1 a x2 e a seguir retorna de x2 para x1. Qual o trabalho realizado pela força da mola durante o
deslocamento de x2 para x1? Qual o trabalho total realizado pela força da mola durante o deslocamento total x1 → x2 →x1?
Explique por que você encontrou a resposta esperada.
c) O bloco se move de x1 a x3, onde x3 > x2. Qual o trabalho realizado pela força da mola durante esse deslocamento? A
seguir o bloco se move de x3 a x2. Qual o trabalho realizado pela força da mola durante esse deslocamento? Qual é o
trabalho total realizado pela força da mola durante o deslocamento total x1 → x3 →x2? Compare essa resposta com sua
resposta do item (a), notando que o ponto inicial e o ponto final nos dois casos são os mesmos, porém as trajetórias são
diferentes.

11 A energia potencial entre dois átomos de hidrogênio separados por uma distância x muito grande é dada por U(x) = -
C/x6, onde C é uma constante positiva. Qual é a força que um átomo exerce sobre o outro? Essa força é de atração ou de
repulsão?

12 Uma força paralela ao eixo Ox atua sobre uma partícula que se desloca ao longo deste eixo. Essa força produz uma
energia potencial dada por U(x) = αx4, onde α = 1,20 J/m4. Qual é a força (módulo, direção e sentido) quando a partícula
se encontra em x = -0,800 m?

34
13 Um objeto se desloca no plano xy submetido à ação de uma força conservativa descrita pela função energia potencial
dada por U(x, y) = α (1/x2 + 1/y2), onde α é uma constante positiva. Deduza uma expressão para a força em termos dos
vetores unitários ˆi e ˆj .

14 Uma partícula com massa m sofre ação de uma força conservativa e se desloca ao longo de uma trajetória dada por x
= x0cosω0t e y = y0senω0t, onde x0, y0 e ω0 são constantes.
a) Ache os componentes da força que atua sobre a partícula.
b) Ache a energia potencial da partícula em função de x e y. Considere U = 0 quando x = 0 e y = 0.

15 A energia potencial de uma molécula diatômica (um sistema de dois átomos, como H2 ou O2) é dada por
A B
U
= −
r12 r6
onde r é a distância entre os átomos da molécula e A e B são constantes positivas. Esta energia potencial está associada
à força de ligação entre os dois átomos.
a) Determine a distância de equilíbrio, ou seja, a distância entre os átomos para a qual as forças a que os átomos estão
submetidos é nula. A força é repulsiva ou atrativa se a distância é
b) menor e
c) maior que a distância de equilíbrio?

16 A figura mostra um gráfico da energia potencial U em função da posição x de uma partícula de 0,90 kg que pode se
deslocar apenas ao longo de um eixo x. (Forças dissipativas não estão envolvidas.) Os três valores mostrados no gráfico
são UA = 15,0 J, UB = 35,0 J e UC = 45,0 J. A partícula é liberada em x = 4,5 m com uma velocidade inicial de 7,0 m/s, no
sentido negativo de x.

a) Se a partícula puder chegar ao ponto x = 1,0 m, qual será sua velocidade nesse ponto? Se não puder, qual será o ponto
de retorno?
Quais são
b) o módulo e
c) a orientação da força experimentada pela partícula quando ela começa a se mover para a esquerda do ponto x = 4,0
m? Suponha que a partícula seja liberada no mesmo ponto e com a mesma velocidade, mas o sentido da velocidade seja
o sentido positivo de x.
d) Se a partícula puder chegar ao ponto x = 7,0 m, qual será sua velocidade nesse ponto? Se não puder, qual será o ponto
de retorno? Quais são
e) o módulo e
f) a orientação da força experimentada pela partícula quando ela começa a se mover para a direita do ponto x = 5,0 m?

17 Uma bola de gude move-se ao longo do eixo Ox. A energia potencial é indicada na figura abaixo.

a) Para quais valores de x indicados no gráfico a força é igual a zero?


b) Para quais valores de x indicados no gráfico o equilíbrio é estável?
c) Para quais valores de x indicados no gráfico o equilíbrio é instável

35
18 Um biscoito de mentira, deslizando em uma superfície horizontal, está preso a uma das extremidades de uma mola
horizontal de constante elástica k = 400 N/m; a outra extremidade da mola está fixa. O biscoito possui uma energia cinética
de 20,0 J ao passar pela posição de equilíbrio da mola. Enquanto o biscoito desliza, uma força de atrito de módulo 10,0 N
age sobre ele.
a) Que distância o biscoito desliza a partir da posição de equilíbrio antes de parar momentaneamente?
b) Qual é a energia cinética do biscoito quando ele passa de volta pela posição de equilíbrio?

19 O Professor Gomes empurra um bloco de 2,0 kg contra uma mola horizontal, comprimindo-a 15 cm. Em seguida, solta
o bloco e a mola o faz deslizar sobre uma mesa. O bloco para depois de percorrer 75 cm a partir do ponto em que foi
solto. A constante elástica da mola é 200 N/m. Qual é o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a mesa?

20 Um pacote de 4,0 kg começa a subir um plano inclinado de 30° com uma energia cinética de 128 J. Que distância ele
percorre antes de parar, se o coeficiente de atrito cinético entre o pacote e o plano é 0,30?

21 Uma criança que pesa 267 N desce em um escorregador de 6,1 m que faz um ângulo de 20° com a horizontal. O
coeficiente de atrito cinético entre o escorregador e a criança é 0,10.
a) Qual é a energia transformada em energia térmica?
b) Se a criança começa a descida no alto do escorregador com uma velocidade de 0,457 m/s, qual é sua velocidade ao
chegar ao chão?

22 Um pequeno objeto de massa m = 234 g desliza em um trilho que tem a parte central horizontal e as extremidades são
arcos de círculo.

A parte horizontal mede L = 2,16 m e nas porções curvilíneas não há atrito. O objeto é solto no ponto A, situado à altura
h = 1,05 m acima do trecho horizontal, no qual ele perde 688 mJ de energia mecânica, devido ao atrito. Em que ponto o
objeto irá parar?

23 No tampo horizontal de uma mesa apóia-se um sólido de massa m = 2,0 kg sujeito a uma mola leve de constante
elástica k = 200 N/m. O coeficiente de atrito dinâmico entre o móvel e a mesa é μ = 0,20. Inicialmente o móvel se situa no
ponto que corresponde a esforço nulo na mola; esse ponto é adotado como origem do eixo de abscissas Ox. O móvel é
deslocado para o ponto de abscissa x = 5,0 cm. É dado g = 10 m/s2. Abandonado em repouso, o móvel desliza para a
esquerda e estaciona.
Determinar a abscissa x do ponto em que o móvel estaciona.

24 A figura representa um bloco de massa m = 1,0 kg apoiado sobre um plano inclinado no ponto A. A mola tem constante
elástica K = 10 N/m e está vinculada ao bloco. O bloco é solto da altura h = 40 cm, com a mola na vertical, sem deformação.
Adotando g = 10 m/s2, determine sua velocidade ao passar pelo ponto B.

36
25 Um corpo de massa M igual a 2 kg é abandonado de uma certa altura de um plano inclinado e atinge uma mola ideal
de constante elástica igual a 900 N/m, deformando-a de 10 cm. Entre os pontos A e B, separados 0,50 m, existe atrito cujo
coeficiente de atrito vale 0,10. As outras regiões não possuem atrito. A que distância de A o corpo M irá parar?

26 Uma bola de borracha de 650 gramas é largada de uma altura inicial de 2,50 m, e a cada quique ela retorna a 75 % da
sua altura anterior.
a) Qual é a energia mecânica inicial da bola assim que é libertada da sua altura inicial?
b) Quanta energia mecânica a bola perde durante o seu primeiro quique? O que acontece com essa energia?
c) Quanta energia mecânica é perdida durante o segundo quique?

27 A peça de uma máquina de massa m é presa a uma mola ideal horizontal de constante elástica k e que está presa à
borda de uma superfície horizontal sem atrito. A peça é empurrada contra a mola, comprimindo-a por uma distância x0,
e em seguida é libertada do repouso. Ache
a) a velocidade escalar máxima e
b) a aceleração máxima da peça.
c) Em que ponto do movimento ocorrem as máximas obtidas nos itens (a) e (b)?
d) Qual será a extensão máxima da mola?
e) Descreva o movimento subsequente dessa peça. Ela vai parar permanentemente?

28 Um bloco de 3,0 kg está conectado a duas molas ideais horizontais com constantes elástica k1 = 25,0 N/cm e k2 = 20,0
N/cm (ver figura). O sistema está inicialmente em equilíbrio sobre uma superfície horizontal, sem atrito. O bloco é
empurrado 15,0 cm para a direita e libertado do repouso.

a) Qual é a velocidade escalar máxima do bloco? Em que ponto do movimento essa velocidade máxima ocorre?
b) Qual é a compressão máxima da mola 1?

29 Um dispositivo experimental de massa m está apoiado sobre uma mola vertical com massa desprezível e empurrado
para baixo até que a mola seja comprimida de uma distância x. O dispositivo é então libertado e atinge uma altura máxima
h acima do ponto onde ele foi libertado. O dispositivo não está ligado à mola, e para essa altura máxima ele não está mais
em contato com a mola. A aceleração máxima que o dispositivo pode suportar sem se danificar é a, onde a > g.
a) Qual deve ser a constante elástica da mola necessária?
b) Até que distância a mola é comprimida inicialmente?

30 Um bloco de 263 g é jogado sobre uma mola vertical com uma constante elástica k = 2,52 N/cm (ver figura). O bloco
adere à mola que se comprime 11,8 cm antes de ficar momentaneamente em repouso. Enquanto a mola está sendo
comprimida, qual é o trabalho realizado
a) pela força da gravidade e
b) pela mola?
c) Qual era a velocidade do bloco imediatamente antes de atingir a mola?
d) Se esta velocidade inicial do bloco for dobrada, qual será a máxima compressão da mola? Despreze o atrito.

37
31 Um bloco de 700 g é liberado a partir do repouso de uma altura h0 acima de uma mola vertical com constante elástica
k = 400 N/m e massa desprezível. O bloco se choca com a mola e para momentaneamente depois de comprimir a mola
19,0 cm. Qual é o trabalho realizado
a) pelo bloco sobre a mola e
b) pela mola sobre o bloco?
c) Qual é o valor de h0?
d) Se o bloco fosse solto de uma altura 2h0 acima da mola, qual seria a máxima compressão da mola?

32 Alega-se que até 900 kg de água podem ser evaporados diariamente pelas grandes árvores. A evaporação ocorre nas
folhas e para chegar lá a água tem de ser elevada desde as raízes da árvore.
a) Suponha que em média a água seja elevada de 9,20 m acima do solo; que energia deve ser fornecida?
b) Qual a potência média envolvida, se admitirmos que a evaporação ocorra durante 12 horas?

33 Uma haste delgada de comprimento L = 2,13 m e de massa desprezível pode girar em um plano vertical, apoiada num
de seus extremos. A haste é afastada de θ = 35,5° e largada, conforme na figura. Qual a velocidade da bola de chumbo
presa à extremidade inferior, ao passar pela posição mais baixa?

34 Duas crianças brincam de acertar, com uma bolinha lançada por um revólver de brinquedo situado na mesa, uma
caixinha colocada no chão a 2,20 m da borda da mesa da figura. Caio comprime a mola de 1,10 cm, mas a bolinha cai a
27,0 cm antes da caixa. De quanto deve a mola ser comprimida por Gabriel para atingir o alvo?

35 Um pequeno objeto de massa m escorrega ao longo de um aro como mostrado na figura. O objeto sai do repouso no
ponto P.
a) Qual a força resultante que atua nele quando estiver em Q?
b) A que altura acima do fundo deve o objeto ser solto para que, ao passar na parte mais alta do círculo, esteja a ponto
de desprender-se dele?

36 Na figura abaixo um pequeno bloco de massa m = 0,032 kg pode deslizar em uma pista sem atrito que forma um loop
de raio R = 12 cm.

38
O bloco é liberado a partir do repouso no ponto P, a uma altura h = 5,0R acima do ponto mais baixo do loop. Qual é o
trabalho realizado sobre o bloco pela força gravitacional enquanto o bloco se desloca do ponto P para
a) o ponto Q e
b) o ponto mais alto do loop?
Se a energia potencial gravitacional do sistema bloco-Terra for tomada como nula na base do loop, quanto valerá essa
energia potencial quando o bloco estiver
c) no ponto P.
d) no ponto Q e
e) no topo do loop?
f) Se, em vez de ser simplesmente liberado, o bloco recebe uma velocidade inicial dirigida para baixo ao longo da pista, as
respostas dos itens de (a) até (e) aumentam, diminuem ou permanecem as mesmas?

37 Um bloco com massa m = 2,00 kg é apoiado em uma mola em um plano inclinado sem atrito de ângulo θ = 30° (figura
abaixo). (O bloco não está preso à mola.) A mola, de constante elástica k = 19,6 N/cm, é comprimida de 20 cm e depois
liberada.

a) Qual é a energia potencial elástica da mola comprimida?


b) Qual é a variação da energia potencial gravitacional do sistema bloco-Terra quando o bloco se move do ponto em que
foi liberado até o ponto mais alto que atinge no plano inclinado?
c) Qual é a distância percorrida pelo bloco ao longo do plano inclinado até atingir esta altura máxima?

38 De um ponto S fixo em relação à Terra pende um fio suportando um sólido na extremidade livre. O comprimento do
fio é L, a massa do sólido é m, a aceleração local da gravidade é g. Mediante um fio tenso horizontalmente o Professor
Gomes puxa o sólido quase estáticamente até a distância x da vertical, por S. Os fios são leves, flexíveis e inextensíveis.
No sólido suspenso o Professor Gomes exerce uma força horizontal F (mediante o fio de tração), e o fio de suspensão
exerce uma força T. Demonstrar que na operação descrita o trabalho da força T é nulo; o trabalho da força F é igual ao do
peso, com sinal trocado. Determinar o trabalho do Professor Gomes. Em particular considerar o caso em que x << L.

39
39 Um objeto pontual de massa m desliza com velocidade inicial v, horizontal, do topo de uma esfera em repouso, de raio
R. Ao escorregar pela superfície, o objeto sofre uma força de atrito de módulo constante dado por f = 7m.g/4π. Determine
o módulo de sua velocidade inicial para que o objeto se desprenda da superfície esférica após percorrer um arco de 60°
(veja figura).

40 Uma esquiadora parte com velocidade inicial desprezível do topo de uma esfera de neve com raio muito grande e sem
atrito, desloca-se diretamente para baixo (ver figura). Em que ponto ela perde o contato com a esfera e voa seguindo a
direção da tangente? Ou seja, no momento em que ela perde o contato com a esfera, qual é o ângulo a entre a vertical e
a linha que liga a esquiadora ao centro da esfera de neve?

41 Uma haste rígida de comprimento L e massa desprezível é suspensa por uma das extremidades de tal maneira que a
mesma possa oscilar sem atrito. Na outra extremidade da haste acha-se fixado um bloco de massa m = 4,0 kg.

A haste é abandonada no repouso, quando a mesma faz um ângulo θ = 60° com a vertical. Nestas condições, determine
a tensão T sobre a haste, quando o bloco passa pela posição mais baixa. Adotar g = 10,0 m/s2.

42 Um bloco de massa m é abandonado sobre o trilho e desliza, a partir do ponto A, como representado na figura abaixo.

O coeficiente de atrito cinético entre o trilho e o bloco no trajeto retilíneo AB é μ. A seção circular que se inicia no ponto
B não tem atrito.
a) Qual o módulo da menor velocidade que o bloco deve ter no ponto B para que consiga passar pelo ponto C?
b) Qual a altura hA para que isso ocorra?
A aceleração da gravidade tem módulo g e despreza-se o efeito do ar.

43 O fio da figura tem comprimento L = 120 cm e a distância d ao pino fixo P é de 75,0 cm.

40
Quando se larga a bola em repouso na posição mostrada ela oscilará ao longo do arco pontilhado. Qual será a sua
velocidade
a) quando alcançar o ponto mais baixo do movimento?
b) quando alcançar o ponto mais elevado depois que o fio encostar no pino?

44 Na figura abaixo uma corrente é mantida sobre uma mesa sem atrito com um quarto do comprimento pendurado fora
da mesa. Se a corrente tem um comprimento L = 28 cm e massa m = 0,012 kg, qual é o trabalho necessário para puxar a
parte pendurada de volta para cima da mesa?

45 Uma corrente uniforme de comprimento 2L e massa M está situada numa tábua absolutamente lisa. Uma pequena
parte da corrente foi introduzida numa abertura na tábua.

No momento inicial o extremo da corrente, que se encontrava sobre a tábua, estava fixo, mas depois foi liberado e a
corrente começou a mover-se sob a ação da força da gravidade na parte da corrente que ficou pendurada fora da tábua.
Determinar a velocidade de movimento da corrente no momento em que o comprimento da parte pendurada da corrente
é x (x < L). Determinar, para esse mesmo momento, a aceleração da corrente e a reação do extremo da tábua.

46 Uma corrente uniforme de comprimento L e massa M encontra-se numa mesa horizontal sem atrito com uma parte
muito pequena pendurada na borda da mesa. A corrente começa a cair sob o peso da parte pendurada. Obtenha a
expressão para a velocidade da corrente no instante em que o comprimento da corrente pendurada se torna L/n onde n
> 1.

47 Na figura abaixo é mostrado o instante em que uma corrente homogênea é abandonada sobre uma mesa. Qual a
velocidade do extremo A no instante em que a corrente perde contato com a mesa?

48 Na figura abaixo é mostrado dois blocos A e B, cada um com uma massa de 320 g conectada por um fio leve que passa
sobre uma polia ideal. A superfície horizontal na qual o bloco A pode deslizar é lisa. O bloco A está ligado a uma mola de
constante elástica 40 N/m cuja outra extremidade é fixada a um suporte a 40 cm acima da superfície horizontal.

41
Inicialmente, a mola está na vertical e não apresenta deformação quando o sistema é liberado para se mover. Encontre a
velocidade do bloco A no instante em que perde contato com a superfície. Adote g = 10 m/s2.

49 Uma corda de borracha lisa de comprimento l e de constante elástica k é suspensa pela extremidade O (figura abaixo).
A outra extremidade está equipada com um esbarro B. Um pequeno pino A de massa m começa a cair do ponto O.
Desprezando as massas da corda e do esbarro, encontre o alongamento máximo da corda.

50 No sistema da figura, a massa do corpo 1 é n (n > 4) vezes maior que a do corpo 2. A massa da polia e dos fios, assim
como o atrito, são desprezíveis. Em um certo momento, o corpo 2 é abandonado a partir do repouso e o sistema passa a
se mover. Determine a máxima altura atingida pelo corpo 2 em função de n, da altura h inicial do corpo 1 e da gravidade
local g.

51 Duas esferas de massa m estão fixas a uma haste rígida de massa desprezível e comprimento 3L como mostra a figura.
A haste está livre para girar em torno de um ponto fixo. O Professor Gomes pede para você determinar a velocidade da
esfera B ao passar pela posição mais baixa durante a rotação livre.

42
52 Um bloco é abandonado em repouso num ponto A de um plano inclinado, conforme a figura. Os trechos inclinados AB
e CD são perfeitamente lisos e o trecho horizontal BC apresenta atrito de coeficiente μ = 0,40. O Professor Gomes pede
para você determinar a altura máxima que o bloco atinge no trecho CD.

53 Um bloco é lançado horizontalmente com velocidade inicial v0 em direção a uma rampa inclinada, como mostra a figura
abaixo, num local em que a gravidade vale g. Sabendo que o coeficiente de atrito entre o bloco e a superfície, em todo
percurso, vale μ, determine a altura máxima atingida pelo bloco ao longo da rampa, em função de v0, g, a, b, μ e d.

54 A figura a seguir mostra a trajetória percorrida por uma esfera que foi abandonada no ponto A a uma altura H sobre
uma superfície inclinada. Se os atritos são desprezíveis, determine H em função de R, a fim de que a esfera caia
exatamente no ponto C, o ponto mais baixo do trecho circular.

55 Uma esfera de massa m ligada a um fio é abandonada da posição A, como mostrado na figura. Determine o ângulo que
o fio forma com a vertical no instante em que a aceleração é horizontal.

56 No dispositivo representado na figura, o atrito entre o bloco e o plano inclinado é desprezível; o bloco de massa M está
preso a uma mola ideal de constante elástica k. Empurra-se o bloco contra a mola até esta se achar comprimida em uma
distancia d em relação ao seu comprimento natural. A seguir, o bloco é largado a partir do repouso. Qual a distância
percorrida pelo bloco até parar pela primeira vez? A gravidade local vale g.

43
 
F (20 − h) ˆj
57 No bloco mostrado na figura abaixo começa a agir uma força F que depende da altura (h), de acordo com =
N, em que h está em metros. Se o ar exerce uma força de resistência de módulo 2 N, qual será sua máxima velocidade?
(g = 10 m/s2)

58 O bloco mostrado na figura abaixo foi abandonado em A e parou em D. Se existe atrito apenas no trecho horizontal,
qual a velocidade com que ele passou em C? (g = 10 m/s2)

59 Na figura abaixo, duas pequenas esferas de 0,5 kg cada uma, estão ligadas a uma haste rígida de 3,2 m e massa
desprezível. As esferas são abandonadas dentro de uma superfície semicilíndrica de raio de 2 m. Se o atrito não é muito
intenso, determine a energia dissipada devido ao atrito depois de um tempo muito longo. (g = 10 m/s2)

60 Na figura abaixo é mostrado um bloco de 4 kg unido a uma mola de constante elástica 8 N/cm. Se você começar a
exercer uma força vertical ascendente na extremidade livre da mola, qual é o menor trabalho deve realizar para que o
bloco se eleve 3 m? (g = 10 m/s2)

61 Na figura abaixo são mostrados dois blocos, de mesmo material, presos a uma mola sem deformar. Um operador
começa a puxar o bloco da esquerda que inicia seu movimento a partir do repouso. Qual o mínimo trabalho que deve ser
realizado até o momento em que o outro bloco fica prestes a deslizar?

62 Uma pequena esfera é abandonada da posição como mostrada na figura abaixo. Determinar o máximo alcance
horizontal sobre a superfície horizontal AB (desprezar todos os tipos de atrito).

44
63 Uma partícula de massa m = 2 kg é abandonada em A. Calcular a reação normal quando ele passa pela posição C na
superfície da curvatura 2R. Não há atrito e g = 10 m/s2.

64 Uma canaleta é constituída por dois quadrantes com centros O1 e O2 de raios iguais a R como mostra a figura abaixo.
Uma esfera é abandonada da posição A a uma altura h = R/5, em relação a horizontal que passa pelo ponto de inflexão
curvilínea. Desprezando todos os tipos de atrito, determinar em que a posição da segunda secção, definida pelo ângulo
θ, a pequena esfera sai da superfície.

65 Na figura abaixo é mostrada uma esfera de 2 kg de massa descrevendo uma trajetória circular em um plano vertical.
Determinar a variação do valor da força de tração do cabo, quando a esfera passa da posição P para Q. (g = 10 m/s2)

66 No teto de um carro em repouso é suspenso um pêndulo de 2 m de comprimento. Se o carro repentinamente adquire



uma aceleração constante de a = + 10 î m/s2, qual valor tem a máxima velocidade do pêndulo para uma pessoa dentro
do carro? (g = 10 m/s2)

67 Na figura abaixo se mostra o momento em que se abandona uma esfera em um tubo sem atrito. Que direção tem sua
velocidade quando colide com o solo?

45
68 Uma barra homogênea e uniforme está inicialmente numa posição horizontal ligada a uma mola de comprimento L =
40 cm e constante elástica k = 100N/m. Ao extremo B da barra se aplica uma força F que a coloca na posição vertical em
A como indica a figura abaixo. Sabendo que a barra tem uma massa m = 4 kg, o Professor Gomes pede que se determine
o trabalho realizado pela força F.

69 A figura a baixo mostra um sistema mecânico em equilíbrio com uma mola de constante elasticidade k = 20 N/m de
extensão natural 5 m, ligados nas suas extremidades a duas esferas de massa m = 2 kg. Quando o cabo é cortado no ponto
A, qual a deformação máxima sofrida pela mola. O comprimento da corda é L = 5 m. (g = 10 m/s2)

70 O sistema apresentado é composto de duas esferas de massa m e M (M = 2m) unidas por uma haste imponderável de
comprimento 3L que pode girar em torno do eixo O, num plano vertical. Se o sistema for deixado livre na posição vertical,
qual a velocidade angular máxima que as esferas adquirem?

71 A figura abaixo mostra uma estrutura em forma de L de peso desprezível. Nas suas extremidades estão fixadas duas
esferas de massa m cada. Se abandonada da posição indicada, qual será a máxima energia cinética adquirida pelo sistema?
A estrutura pode girar livremente em torno da rótula A.

46
72 Na figura abaixo, os blocos de massas m1 e m2 são liberados a partir da posição indicada. Mostre que a velocidade dos
blocos exatamente antes que m1 colida contra o chão é:
1/2
 2gd(m1 − m2 ) 
v= 
 (m1 + m2 ) 
Desprezar a massa e o atrito da polia.

73 Um carrinho parado no ponto "A", é abandonado a partir de uma altura "h", do plano horizontal "DE", e atravessa os
dois planos inclinados "AB" e "BC". Se a força que se opõe ao movimento, devido à resistência do ar e ao atrito, é constante
e igual a um décimo do peso do carrinho, mostre que a altura atingida pelo carrinho quando ela para em qualquer um
dos planos inclinados após ter passado em "B" n vezes será dado por:
n
2
hn =   h
3

Respostas
01 a) 100 N b) 150 J
02
= a) v2 2gdsenα = b) v2 2gdsenα c) a normal é perpendicular ao deslocamento e não realiza trabalho.
03 - 5400 J
04 mA = 10,4 kg e mB = 4,6 kg
05 a) não b) sim, $150
06 a) 0,98 J b) – 0,98 J c) 3,1 N/cm
07 a) 3,03 m/s; quando a massa deixa a mola b) 95,9 m/s2; logo após a massa ser libertada
08 3,04 m/s
09 a) - 308 J b) - 616 J c) não conservativa

47
1 2 2 1 1 1 1
10 a) k(x1 − x2 ) b) − k(x12 − x22 ); zero c) − k(x23 − x12 ); − k(x22 − x23 ); − k(x22 − x12 ); a mesma
2 2 2 2 2
11 6C / x 7
12 2,46 N na direção +x
  −2 −2 
13 F = −α  3 i + 3 j 
x y 
14 a) Fx = -mω0 x, Fy = -mω02x
2
b) ½ mω02(x2 + y2) c) i) ½ mω02(x02 + y02) ii) ½ mω02(x02 + y02)
1/6
A
15 a) req = 1,12  
B 
b) Isso define um mínimo na curva de energia potencial (como pode ser verificado por um gráfico ou ao tomar outra
derivada e verificar que é côncava para cima neste ponto), o que significa que para valores de r ligeiramente menores do
que req a inclinação da curva é negativa (então a força é positiva, repulsiva).
c) E para valores de r ligeiramente maiores do que req a inclinação da curva é positiva (assim a força é negativa, atrativa).
16 a) 2,1 m/s b) 10 N c) na direção de x+ d) 5,7 m e) 30 N
f) na direção de x-
17 a) ponto b e d b) ponto b c) ponto d
18 a) 0,292 m b) 14,2 J
19 μ = 0,15
20 4,3 m
21 a) 150 J b) 5,5 m/s
22 L/2 = 0,525 m
23 x = -1 cm
24 2,1 m/s
25 0,25 m além de A
26 a) 15,9 J b) 4 J Essa energia é convertida em energia termica. c) 3 J
k k
27 a) v2 = x 0 b) a = x0
m m
c) Velocidade é máxima quando x = 0, Aceleração é máxima quando x = -x0
d) Em x = x0
e) Irá oscilar entre x = -x0 e x = +x0 e nunca irá parar permanentemente.
28 a) 5,81 m/s b) 15 cm
m(g + a)2 2gh
29 a) k = b) x =
2gh g+a
30 a) 0,304 J b) -1,75 J c) -3,32 m/s d) -0,225 m
31 a) -7,2 J b) -7,2 J c) 0,86 m d) 0,26 m
32 a) -81,2 kJ b) 1,88 W
33 2,75 m/s
34 1,25 cm
35 a) -8mgi – mgj b) h = 5R/2
36 a) 0,15 J b) 0,11 J c) 0,19 J d) 0,038 J
e) 0,075 J f) as respostas permanecem as mesmas
37 a) 39,2 J b) 39,2 J c) 4 m
38 Demonstração
2gR
39 v =
3
40 48,2°
41 160 N
5 R 
42 a) vB = 5gR b) hA =  
2  1 − µ cotgθ 
43 a) 4,85 m/s b) 2,42 m/s
44 0,001 J
gx2 gx Mgx(L − x)
45 v
= = a = N
2L 2L L2

48
gL
46 v =
n
5gb
47 v =
2
48 v = 1,5 m/s
mg  2kl 
49=∆l  1 + 1 + 
k  mg 
6nh
50 H =
n+ 4
8gL
51 vB =
5
52 H = 1 m
 v2  µa
53
= h  o − d 
 2µg  a + µb
7R
54 hA =
4
55 θ =arctag 2
2Mgsenα
56 D
= 2d +
k
57 8 m/s
58 4 5 m / s
59 2,4 J
60 W = 121 J
 µ + 2µc  (mg)2
61 Wmín  e
=  µe k
 2 
8 3
62 d = r
9
63 70 N
64 θ = 37°
65 30 N
66 v = 4,07 m/s
67 254°
68 W = 10 J
69 xmáx = 4 m
4g
70 ω =
3  L 
71
= Ec mgL(1 + 2)
72 Demonstração
73 Demonstração

49

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