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República dos Estados Unidos do Brasil

• Câmara dos Deputados


( DO SENHOR NINA RIBEIRO )
:
. ASSUNTO: PROTOCOLO N.o ........................... .

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FINANÇAS
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Mod Gb . 04
SINOPSE


Projeto N.o................................... d e ....................... de................................................................................. . . ................. d e 19. .................... ..

Ementa : ................................................................................................................... .................................................................................................................. .

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Au tor : ........................................................................................................................................................................................................................................ ..

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Discussão. única ............................ ... ..... .... ..... ................................................................................................................................................................. ..
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Discussão final ................................................................................................................................................................................. ........................... ..

Redação final ,. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• 0. o. o •• • •• 0 ••• • • 0 o ••• ••• •• o.· o . · · ••••••• • ••• o' • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •••••• • • • • • • • • • • • • •• ••••• • o • •• •••• •• ••• •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • o • • • • • • • • • • •


Remessa o Sena do ...................................................................................................................................................................................................... ..

Emendas -do Senado aprovadas em ....................... d e .......................................................................................... de 19 ..................... ..



Sanciona o em ....................... de .......... . .............................................. ............................ ....... ............................. de 19..................... ..
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Promulgado em ................ ...de .. .. ......... . ............. . . ....... ....... ............................ . .. de 19..................... ..

Vetado e m............... .. de .....


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Publicado no "Diário Oficial" de....................... de ................................. ·········· .. ····· .. ·................................................ de 19..................... ..

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CÂMARA DOS DEPUTADOS


PROJETO DE LEI Nº 1 . 919 , DE 1974
(DO SR . NINA RIBEIRO)

~
Estabelece normas de proteçao "
contra incendios •

I .,
,

"
(As COMISSÕES DE CONSTITUIÇÃO
PORTES E DE FINANÇAS)
,
.' , / •


CÂMARA DOS DEPUTADOS
I

,
PROJETO DE de 1974

Estabelece normas de proteção contra incêndio

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 19 - Sem prejuízo da competência estadual e muni


cip al, no que concerne ao combate e prevenção de incêndio, as edifi
4t cações urbanas em todo território nacional deverão observar os se-
guintes requisitos:

I - Obrigatoriedade da existência em condi ç ões de uso


de extintores de incêndio, mangueiras d'água e dutos de ventilaçãoi
11 - Saídas de emergência compreendendo sinalização,coE
redores de acesso, escada enclausurada à prova de fumaça e descarga,
e portas corta-fogo proporcionais à utilização humana do edifício.
111 - Áreas de refúgioi
IV - Elevadores externos de emergência tipo "monta-car
ga"i
V - Revestimentos de corredores, portas e cabinas de
elevadores de material incombustívéli
VI - Nos prédios com mais de dez pavimentos será obri-
gatório o uso de "sprinklers" i
VII - Nos prédios com mais de 20 pavimentos será obrig~
tória a linha de ligação direta com o Corpo de Bombéirosi
VIII - Proibição de exceder os lim~tes de capacidade huma
na dos aposentos não residenciais na seguinte prop orçao:
Lojas e centros de compras

I pessoa por 5,0 m2

Salas de aula

1 alunos por m2
Restaurantes
!
-
1 pessoa por m2 de area bruta

GER 6.07
!J;
I ,:;

CÂMARA DOS DEPUTADOS \.


\.
\~

Escritórios em geral e consultórios

1 p essoa p or 9,00 m2 de área bruta

Locais de reunião
1 pessoa por m2 com assentos individuais
1 pessoa por 0,5 m2 sem assento individual

Hospitais
1,5 p essoas por leito
~.

Hote1s
1,5 pessoas p or dormitório.

Art. 29 - Os dutos de ventilação no n9 I do art. ante


rior devem atender aos seguintes req uisitos:
a) ter suas paredes resistentes ao fogo por 2 horas;
b) ter as dimensões mínimas em planta livre de 1,20 m
de largura por 0,70 de profundidade;
c) elevar-se 1 m acima de qualquer cobertura podendo
ser protegido na sua parte sup erior por material combustível;
d) ter pelo menos, em duas faces acima da cobertura,
venezianas de ventilação com área mínima de 1,00 m2 cada;
e) não ser utilizado para localização de equipamentos
ou canalização.

Art. 39 - Todos os acessos dos edifícios de uso não


residencial serão sinalizados com indicação clara do sentido da saí
da.
§ 19 - A sinalização deve ser luminosa e alimentada
por acumuladores que deverão funcionar automaticamente quando faltar
a energia da rede p Ública.
§ 29 - A sinalização deverá conter a palavra "saída"
e uma flexa indicando o sentido.
§ 39 - A sinalização deve dar um nível de iluminamento
q ue garanta a circulação fácil de pessoas.
§ 49 - As letras e a flexa da sinalização devem ter
cor branca sobre fundo vermelho.

..
Art. 49 - A escada enclausurada a prova de fumaça de-
...
vera atender aos seguintes requisitos:

GER 6.07
CÂMARA DOS DEPUTADOS

a) terá sua caixa envolvida por paredes resistentes ao


fogo por um período de 4 horas;
b) terá ingresso através de antecâmara (vestíbulo,ter-
raço ou bà.lcão) ;
c) a comunicação da antecâmara com a escada será provi
da de porta corta-fogo;
d) terminará obrigatoriamente no piso da descarga sem
comunicação direta com outro lance da mesma prumada;
e) não poderá ser utilizada corno depósito ou localiza-
- de e q uipamentos;
çao
f) não terá aberturas para tubulação de lixo;
g) as escadas e respectivos patamares serão construí-
dos de concreto armado;
h) os lances da escada serão retilíneos não se permi-
tindo degraus dispostos em leque;
-
i) os pisos dos degraus e patamares serao revestidos
total ou parcialmente com materiais anti-derrapantes;
j) as dimensões dos degraus obedecerão aos sequintes
requd:sitos:
- a sorna das medidas de 2 alturas e 1 largura deverá
estar compreendida entre 63 cm e 64 cm;
- a altura poderá variar entre 16 cm a 18 cm;

A localização e dimensão dos patamares atenderá aos se


guintes requisitos:
a) a altura máxima de p iso a piso, entre patamares con
secutivos será de 2,70 mi
b) o comprimento mínimo, medido no sentido do trânsito
para os patamares situados em posição intermediária, num lance reto
de escada, será de 1,50 m.
Número mínimo de degraus:
a) o lance mínimo será de 3 degraus contando-se estes
-
pelo numero de espelhos.
A largura da escada atenderá aos seguintes requisitos:
a) será porporcional ao número de pessoas que por ela
transitarem em cada andar;

GER 6.07
' .
•>

~
CÂMARA DOS DEPUTADOS

o.
b) o andar com maior lotação imporá a largura míni-
ma para os demais andares, considerando-se o sentido de saída;
c) será determinada em função da natureza da ocupação
do edifício ; ~
d) terá no mínimo 2,5 unidades de largura (1,50 m) p~
ra as escolas e edificações com locais de reunião e de 2,0 unidades
de largura (1,20 m) para os demais tipos de préaios;
e) a medida será feita no ponto mai s estreito, com ex
clusão dos corrimãos q ue podàm s e p rojetar até 10 cm de cada lado,
sem obrigatoriedade de aumento na largura da escada;
f) será acrescida de uma unidade de largura quando a-
t i ngir o número de pessoas indicado na Tabela A.
Os corrimãos atenderão aos segujntes requisitos:
a) serão obrigatóriamente colocados de ambos os lados
da escada;
b) estarão situados entre 75 cm e 85 cm acima do ní -
vel do bordo dos p isos;
c) somente poderão ser fixados pela sua face inferior;
d) terão a largura máxima de 6 cm;
e) estarão afastados no mínomo 4 cm da face das p are -
des.

Art. 59 - As descargas poderão ser constituídas por:


-
a) area em pilotis;
b) corredor ou átrio enclausurado.
-
Quando a descarga conduzir a um corredor a ceu aberto
este deverá ser protegido por marquize com largura mínimo de 1,20m.
g permitido o acesso de galeria de lojas para a des-
carga, desde que seja p rovido de antecâmara ventilada.
Os elevadores do edifício podem ter acesso direto à
descarga.
LARGURA
A largura da descarga atenderá aos seguintes requisi -
tos:
a) será proporcional
?'-
ao número de pessoas que transi-
tarem por uma escada de pavimento;

GER 6.07
., ..

CÂMARA DOS DEPUTADOS

~ ~ .
b) tera no mlnlmo 2 unidades de largura (1,20 m) ;
c) não poderá ser menor q ue a largura da escada en
clausurada à p rova de fumaça que com ela se co-
munique;
d) quando a descarga receber mais de uma escada en
clausurada à prova de fumaça, sua largura irá se
acrescendo a par-tir de cada uma delas, da lar-
gura destas.

Art. 69 - Os edifícios de uso não vesidencial devem


ser subdivididos por áreas de refúgio em cada pavimento, comparti
mentados por portas corta-fogo e paredes resistentes à combustão
por 2 horas, toda vez que:

a) tiverem mais de 20 pavimentos;


b) tiverem a área de pavimento superior a 1.000 m2 .

Art. 79 - A fiscalização da rede elétrica dos edifí


cios, bem como do funcionamento de extintores são atribuições das
autoridades municipa~s.

§ 19 - Caberá ao Ministério do Interior estabelecer


assistência técnica e normativa aos municípios carentes a fim de
prover ao estabelecimento de política de proteção contra incêndio em
toto Território nacional.
§ 29 - A sobrecarga da rede elétrica, a XHHxxx~iHXXH
inexistência ou funcionamento impróprio de extintores é causa impe-
ditiva da concessão do "habite-se" além de sujeitar o condomínio à
multa de até 10 salários mínimos regionais.
§ 39 - Sempre q ue possível, a autoridade municipal
fará ministrar nos prédios com màis de dez pavimentos cursos de cur
ta duração destinados a formar porteiros e zeladores na técnica de
combate a incêndios.

Art. 89 - Todo prédio com mais de 20 pavimentos ou


de uso coletivo de mais de 300 pes s oas fica obrigado a ter organiz~

do serviço especial e próprio de combate a incêndios que poderá ser


integrado pelos p róprios zeladores, empregados ou moradores.
,
I

GER 6.07
CÂMARA DOS DEPUTADOS

Art. 99 - Os recipientes de Combustíveis ou inflamáveis


nos edifícios de habitação coletiva ou de escritórios deverão ficar
situados em área externa.
I

Art. 10 - Tanto quanto seja tecnicamente possível os


edifícios em construção ou reforma deverão adaptar-se às normas cons
tantes na p resente lei.

Art. 11 - Esta lei entrará em vigor na data de sua pu-


blicação revogadas as dis p osições e m contrário.

JUS T I F I C A T I VA

Trata-se de salvar vidas humanas. Nesse sentido, est~

damos e m várias fontes as soluções que nos pareceram mais cabíveis,


dentro da inarredável e uniformizadora competência da União de legis
lar para todo o âmbito nacional sobretudo antes q ue a delonga custe
algumas tragédias a mais. Assim, nos valemos das conclusões do19
Simpósio Brasileiro de Segurança contra Incêndio em Edifícios, reali
zado de 18 a 21 de março do corrente ano, no Clube de Engenharia no
Estado da Guanabara, sob o patrocínio daquela entidade, presidida pe
lo eminente e culto Geraldo Bastos da Costa Reis e da Sociedade Bra
sileira de Engenharia de Segurança - SOBES, cujo presidente é o exp~

riente engenheiro Dr. Teixeira Barbosa, e da Câmara Brasileira da I~

dústria de construção. Também nos valemos de valiosos trabalhos da


Associação Brasileira de Normas Técnicas (NB 208) e do Ministério da
Justiça, na gestão do eminente Professor Alfredo Buzaid, além de mui
tas outras publicações.

SALA DAS SESSÕES, 18 de de 1974

GER 6.01
CÂMARA DOS DEPUTADOS

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Emenda Constitucional nº 1 - de 17 de o~

tubro de 1969

TÍTULO I
. ~

Da Organlzaçao Nacional
•• • • •••• • • • • •• • • •• • •• • •• •• •• • • ••• • • •• ••
,
CAPITULO 111
Dos Estados e Munic{pios
•• • • • •• •• •• • • • • • •• • •• • ••• • • ••• •• •• • • •• •
,
Art. 15 - A autonomia municipal sera assegurada:
••••••••• •••••••••••••••••••• ••••• •• • ••
~ ,
11 - pela administraçao propria, no que respeite ao s eu
peculiar interesse, especialmente quanto:
• • • ••• •••• ••••• ••• ••• • • •• •• ••• ••• •• ••• •
,~ ,
b) a organizaçao dos serviços publicos locais •

• •• •• ••••• • •• • •• • • • • •• • • • • • • • •• • • • • • •• ••

•• • • • • •• •• • • •• • • • • • • • • •• •• •••

GER 6.07
....
, O

CAMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

Of. nQ 87/74 Brasília, 29 de maio de 1974.


~~~ _ ~Bb/-l/
/'t-- V '
Senhor Presidente, •

Atendendo à del~beração unânime desta Comissão,


f
. ~

em reunlao de sua Turma "A", realizada em 22.05.74, solicito


a V.Exa. que o Projeto nQ 1.919/74, do Sr. Deputado Nina Ribci
ro , que "Estabelece normas de proteção contra incêndio", seJa
encaminhado à "Comissão Especial, destinada a estudar global-
mente o problema da poluição ambiental" que está promovendo
"Simpósio de Sistemas de Prevenção contra incêndios em edifi-
~

caçoes urbanas ".


Aproveito o enseJo para renovar a V.Exa. meus
protestos de estima e consideração.

(
\
~
D José Bonifácio
PRESIDENTE

À Sua Exce lência o Senhor


Deputado FLÁVIO PORTELA MARCILIO
DD. Presidente da Câmara dos Deputados
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I
GAB INE TE DO PRE SIDENT;: i

.. 4 JUN 1974 1
L
I DATA DA ENTRADA
____________________ ~v

GER 6.07
.
CÂMARA DOS DEPUTADOS

COORDENAÇÃO DAS COMISSõES PERMAi'fENTES

Bras{lia, em 06 de junho

À COMISSÃO DE COt\5TITUI~ E JUSTIÇA

,
Senhor Secretario

Informo ter sido de:eridc', pelo Senhor Pre-


sidente destfi Casa, requerimento de auJl ência da "Comissão E pecie1
N
destinada a estudar global nte o prob1 po1uçao ambi ntel"
- sobre
, .
o Pro j eto d lei n' 1.919, d 1974 , conforme copla em
anexo.
~

Solicito acres~entar, na distribuiçac cons-


tante da capa do pro,jeto em causa (*) o LJme da Comissão para
...
a qual foj. reqÀ.erida audiencia, a fim de que fique aSSlID indi-
-
cada a tramitaçao a ser seguida.


Atenciosamente

Coordenadora das
Comissões Pennanentes

( *) Apó s o nOlIle dessa Comi soão


, , ~

( ) Apos o nome da ultima Comissao

G ER 0 .0?
r

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

PROJETO DE LEI N9 1 919, DE 1 974.

"Estabelece normas de proteç~o con-


tra incêndios."

Autor: Dep. Nina Ribeiro


Relator: Dep. Túlio Vargas

I - R E L A T 6 R I O

• Intenta o nobre Deputado Nina Ribeiro, através


do Projeto de Lei n9 1 919/74, estabelecer normas de prote
ç~o contra incêndio.

No art. 19 da proposiç~o, Sua Excelência esti-


pula requisitos a serem observados nas edificações urbanas
em todo território nacional; no art. 29, estabelece normas
para os dutos de ventilaç~o; no art. 39, traça diretrizes
sobre sinalizaç~o no acesso dos edifícios; no art. 39, dis
- ,
poe sobre escada enclausurada a prova de fumaça e estabele
ce outras providências.

Na justificativa, o ilustre autor da matéria,


entre outras considerações, diz ter aproveitado no traba-
lho as conclusões do 19 Simpósio Brasileiro de Segurança
Contra Incêndio em EdifíCios, realizado no Clube de Enge-
nharia do Rio de Janeiro e de trabalhos da Associaç~o Bra
sileira de Normas Técnicas.

O projeto consubstancia medidas preventivas


reclamadas pelos fatos, dado que nos últimos tempos s~o
inúmeros os incêndios nos grandes centros urbanos do País,
com graves reflexos na tranq~ilidade pública, que se alar
ma e teme sua repetiç~o.

As cidades cresceram, horizontal e vertical -


mente, surgiram admiráveis técnicas de construç~o, as edi

GER 6.07
• 1
-. ". 2

CÂMARA DOS DEPUTADO S

ficações atingiram formidáveis alturas, movidas pelas de-


limitações do espaço urbano, pela ausência de planejamen-
to e pela especulação imobiliária. Todavia, as ciências
de proteção contra o fogo tiveram sua evolução lenta em
nosso País.

Louvamos a iniciativa do projeto. Data veni~,

a matéria afigura-se-nos inconstitucional, de vez que fe-


re a autonomia municipal, ex-vi do art. 15 de nossa Car-
ta Magna, que reza:

"Art. 15 - A autonomia municipal sera assegura -


da:
I - .................................. .
11 - pela administração própria, no que
respeite ao seu peculiar interesse,
especialmente quanto:
a) ••••••••••••••••••••••••••••••••
b) à organização dos serviços públi-
cos locais".

o serviço de combate a incêndio e demais nor-


mas pertinentes são de competência muITtipal.

11 - VOTO DO RELATOR

-
Pelas razoes expe ndLdas, opinamos pela rejei-
ção da proposição, por inconstitucio alidade.

Sala da Comissão,
em )
Deputa
Relator

GER 6.07
,•
,

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

PARECER DA COMISSÃO

f"oJ ,..., . "'"

A Comissao de Constituiçao e Justiça , em reunlao de sua


Turma " A", realizdda em 28 . 8 . 74 , opinou , unanimemente , pela incon~
titucionalidade do Projeto nº 1 919/74 , nos termos do parecer do
Relator .
Estiveram presentes os Senhores Deputados : Djalma Marinho ,
, ,
Presidente em exercicio , art . 76 do R. I. , Tulio Vargas , Relator , I -
talo Fittipaldi , Jarmund Nasser , Luiz Braz , Djalma Bessa , Altair Cha
,., ,
gas , Antonio Mariz , Manoel Taveira , Cantidio Sampaio e Alfeu Gaspa-
rlnl .

Sala da Comissão , em 28 de agosto de 1974 .

De p. ...-..:f~.,.
esidente em exerclcio
art(lB\ do R. I •
f

t
Dep .
Relator

dai

GER 6.07
....."... . . . . ... .......-. .............-. . . . . . . . . . . . . . . . . . . • ~ 'W -.- .... ......,. • ......,...--" ....... ............... fiZ • • • • • • • • • • • • • • •
• •••••

CÂMARA DOS DEPUT ADOS


i
PROJETO DE LEI Nº 1 . 919- A, DE 1974 '/,
,

(DO SR . NINA RIBEIRQ )


- ... . -
" ~ ,
Estabelece normas de proteçao cor.tra lncen-

, dios ; tendo parecer da Corniss~o de Constituiç~o e

Justiça , pe l a inconstitucionalidade .

(Projeto de lei nº 1 . 919 , de 1 974 , a ~ue se refe -

re o parecer).
.. ~ .
" ..

CÂMARA DOS DEPUTADOS

PROJEtO DF; LEI


N.o 1.919, de 1974
(Do Sr. Nina Ribeiro)

Estabelece normas de proteção contra Restaurantes


incêndio.
1 pessoa por m 2 de área bruta
(As Comissões de Constituição e Jus- Escritórios em geral e consultórios
tiça, de Transportes e de Finanças.)
O Congresso Nacional decreta: 1 pessoa por 9,00 m 2 de área bruta
Art. 1. 0 Sem prejuízo da competência es- Locais de reunião
tadual e municipal, no que concerne au 1 pessoa por m 2 COm assentos indivi-
combate e prevenção de incêndio, as edifi- duais
cações urbanas em todo território nacional
deverão observar os sceguin tes requisitos: 1 pessoa por 0,5 m 2 sem assento indi-
vidual
I - Obrigatoriedade da existência em
condições de uso de extintores de incêndio, Hospitais
mangeuiras d'água e dutos de ventilação; 1,5 pessoas por leito
Hotéis
II - Saídas de emergência compreenden- 1,5 pessoas por dormitório.
do sinalização, corredores de acesso, escada
enclausurada à prova de fumaça e descar- Art. 2. 0 Os dutos de ventilação no n. o I
ga, e portas corta-fogo proporcionais à uti- do art. anterior devem atender aos seguin-
lização humana do edifício. tes requisitos:
III - Areas de refúgio; a) ter suas paredes resistentes ao fogo
IV - Elevadores externos de emergência por 2 horas;
tipo "monta-carga"; b) ter as dimensõ'es mínimas em planta
V - Revestimentos de corredores, portas livre de 1,20 m de largura por 0,70 de pro-
e cabinas de elevadores de material incom- fundidade;
bustível; c) elevar-se 1m acima de qualquer co-
VI - Nos prédiOS com mais de dez pavi- bertura podendo ser protegido na sua parte
mentos será obrigatório o uso de "sprin- superior por material combustível;
klers"; d) ter pelo menos, em duas faces acima
VII - Nos prédiOS com mais de 20 pavi- da cobertura, venezianas de ventilação cem
mentos será obrigatória a linha de ligação área mínima de 1,00 m 2 cada;
direta com o Corpo de Bombeiros; e) não ser utilizado para localizaçãe de
VIII - Proibição de exceder os limites de equipamentos ou canalização.
capacidade humana dos aposentos não Art. 3. 0 Todos os ac'es.sos dos edifícios de
residenciais na seguinte proporção: uso não residencial serão sinalizados com
Lojas e centros de compras indicação clara do sentido da saída.
1 pessoa por 5,00 m 2 § 1. 0A sinalização deve ser luminosa e
Salas de aula alimentada por acumuladores que deverão
funcionar automaticamente quando faltar
1 alunos por m 2 a energia da rede pública.
'. Lote: 48
PL N° 191911974
Caixa: 94

2 16

A largura da esccada atenderá aos se-


guintes requisitos:
tido.
a) será proporcional ao número de pes-
§ 3.° A sinalização deve dar um nível de soas que por ela transitarem em cada an-
iluminamento que garanta a circulação fá- dar;
cil de pessoas.
b) o andar com maior lotação imporá a
§ 4.° As letras e a flexa da sinalização largura mínima para os demais andares,
devem ter cor branca sobre fundo verme- considerando-se o sentido de saída;
lho .
c) será determinada em função da natu-
Art. 4.° A escada enclausurada à prova reza da ocupação do edifício;
de fumaça deverá atender aos seguintes re-
quisitos: d) terá no mínimo 2,5 unidades de lar-
gura 0,50 m) para as escolas e edificações
a) terá sua caixa envolvida por paredes ,Çom locais de reunião e de 2,0 unidades de
resistentes ao fogo por um período de 4 1argura 0,20 m ) para os demais tipos de _
horas; prédiOS; _
b) terá ingresso através de antecâmara e) a medida será feita no ponto mais es-
(vestíbulo, terraço ou balcão); treito, com exclusão dos corrimãos que po-
c) a comunicação da antecâmara com a
dem se projetar até 10 cm de cada lado ,
sem obrigatoriedade de aumento na largura
escada será provida de porta corta-fogo; da escada;
d) terminará obrigatoriamente no piso
f) será acrescida de uma unidade de lar-
da descarga sem comunicação direta com gura quando atingir o número de pessoas
outro lance da mesma prumada; indicadO na Tabela A.
e) não poderá ser utilizada como dep ós i~o Os corrimões atenderão aos seguintes re-
ou localização de equipamentos; quisitos:
f) não terá aberturas para tubulação de . a) serão obrigatoriamente colocados de
lixo; ambos os lados da escada;
g) as escadas e respectivos patamares se- b) estarão situados entre 75 cm e 85 cm
rão construídos de concreto armado; acima do nível do bordo dos pisos;
h) os lances da escada serão retilíneos
não se permitindo degraus dispostos em le- c) somente poderão ser fixados pela sua
que; face inferior;
d) terão a largura máxima de 6 cm ;
i) os pisos dos degraus e patamares se-
rão revestidos total ou parcialmente com e) estarão afastados no mínimo 4 cm da
materiais antiderrapantes; face das paredes.
j) as dimensões dos degraus obedecerão
Art. 5.° As descargas poderão ser cons-
aos seguintes requisitos: tituídas por:
a) área em pilotis;
_ a soma das medidas de 2 alturas e
1 largura deverá estar compreendida b) corredor ou átrio enclausurado.
entre 63 cm e 64 cm; Quando a descarga conduzir a um corre-
_ a altura poderá variar entre 16 cm a dor a céu aberto este deverá ser protegido
18 cm ; por marquize com largura mínima de
A localização e dimensão dos patamares 1,20 m.
a tenderá aos seguintes requisitos: É permitido o acesso de galeria de lojas
a) a altura máxima de piso a piso, entre para a descarga, desde que seja provido de
patamares consecutivos será de 2,70 m; antecâmara ventilada.
Os elevadores do edifício podem ter acesso
b) o comprimento mínimo, medido ~o direto à descarga.
sentido do trânsito para os patamares SI-
tuados em posição intermediária, num lan- Largura
ce reto de escada, será de 1,50 m . A largura da descarga atenderá aos se -
Número mínimo de degraus: guin tes requisitos:
a) o lance mínimo ser~ de 3 degraus a) será proporcional ao número de pes··
contando-se estes pelO numero de espe- soas que transitarem por uma escada de
pavimento;
lhos.
3

b) terá no mínimo 2 unidades de largura


(1,20 m); Trata-se de salvar vidas hu . esse
c) não poderá ser menor que a largura sentido, estudamos em várias fontes as so-
da escada enclausurada à prova de fumaça luções que nos pareceram mais cabíveis
que com ela se comunique; dentro da inarredável e uniformizadora
d) quando a descarga receber mais de competência da União de legislar para todo
uma escada enclausurada à prova de fu- o âmbito nacional sobretudo antes que a
maça, sua largura irá se acrescendo a par- delonga custe algumas tragédias a mais.
tir de cada uma delas, da largura destas. Assim, nos valemos das conclusões do 1.0
Simpósio Brasileiro de Segurança contra
Art. 6.° Os edifícios de uso não residen- Incêndio em Edifícios, realizado de 18 a 21
cial devem ser subdivididos por áreas de re- de março do corrente ano, no Clube de En-
fúgio em cada pavimento, compartimenta- genharia no Estado da Guanabara, sob o
dos por portas corta-fogo e paredes resis- patrocínio daquela entidade, presidida pelo
tentes à combustão por 2 horas, toda vez eminente culto Geraldo Bastos da Cos~a
que: Reis e da Sociedade BrasHeira de Engenha-
a) tiverem mais de 20 pavimentos; ria de Segurança - SOBES, cujo presidente
é o experiente engenheiro Dr. Teixeira Bar-
b) tiverem a área de pavimento superior bosa, e da Câmara Brasileira da Indústria
a 1.000 m Z de Construção. Também nos valemos de va-
Art. 7.° A fiscalização da rede elétrica liosos trabalhos da Associação Brasileira de
dos edifícios, bem como do funcionamento Normas Técnicas (NB 208) e do Ministério
de extintores são atribuições das autorida- da Justiça, na gestão do eminente Professor
des municipais. Alfredo Buzaid, além de muitas outras pu-
blicações.
§ 1.0 Caberá ao Ministério do Interior
estabelecer assistência técnica e normativa Sala das Sessões, 18 de abril de 1974. -
aos municípios carentes a fim de prover ao Nina Ribeiro.
estabelecimento de política de proteção con-
tra incêndio em todo Território Nacional.
§ 2.° A sobrecarga da rede elétrica, a CONSTITUIÇãO DA REPúBLICA
inexistência ou funcionamento impróprio FEDERATIVA DO BRASIL
de extint<lres é causa impeditiva da conces-
são do "habite-se" além de sujeitar o con- EMENDA CONSTITUCIONAL N.o 1
domínio à multa de até 10 salários mínimos DE 17 DE OUTUBRO DE 1969
regionais .
§ 3.0 Sempre que possível, a autoridade
municipal fará ministrar nos prédios com TíTULO I
mais de dez pavimentos cursos de curt.a Da Organização Nacional
duração destinados a formar porteiros e ze-
ladores na técnica de combate a incêndios. · . . .. .......... . .. .. .. . ................... .
Art. 8.° Todo prédio com mais de 20 pa- CAPíTULO III
vimento.s ou de uso coletivo de mais de 300 Dos Estados e Municípios
pessoas fica obrigado a ter organizado ser-
viço especial e próprio de combate a incên- · . ........................... ..... . ....... .
dios que poderá ser integrado pelos próprios Art. 15 A autonomia municipal será as-
zeladores, empregados ou moradores. segurada:
Art. 9.° Os recipientes de Combustíveis · ........ ...... . .......................... .
ou inflamáveis nos edifícios de habitação
coletiva ou de escritórios deverão ficar si- II -. pela administração própria, no que
tua dOs em área externa. respeIte ao seu peculiar interesse, especial-
mente quanto:
Art. 10. Tanto quanto seja tecnicamente
possível os edifícios em construção ou re- · . . .. ... ... ... .. . . . . .. . .. .. .. .. ........... .
forma deverão adaptar-se às normas cons- ~) à organização dos serviç.os públicos 10-
tantes na presente lei. calS.
Art. 11. Esta lei entrará em vigor na · ....... . ... ....... . .. . ................... .
data de sua publicação revogadas as dis-
posições em contrário. · . .. .... . .. .... ....... . .......... . ........ .

Centro Gráfico do Senado Federal - Bresília - DF


200/5/74
OBSE RVAÇÕES
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DOCUMENTOS ANEXADOS :_ _ _ _ _ _ _ _ __

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