Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
UFCD 8534
Página 1 de 24
UFCD 8534 - Sistema de segurança social
Conteúdos
4. Folha de contribuições
5. Incidência contributiva
6. Isenções
7. Taxas contributivas
Página 2 de 24
Índice
Página 3 de 24
1. Segurança social em Portugal
A Segurança Social é um sistema que pretende assegurar direitos básicos dos cidadãos e a
igualdade de oportunidades, bem como, promover o bem-estar e a coesão social para todos os
cidadãos portugueses ou estrangeiros que exerçam atividade profissional ou residam no
território.
A lei de bases gerais do sistema de Segurança Social (Lei n.º 4/2007, de 16 de janeiro) define as
bases gerais em que assenta o sistema, bem como as iniciativas particulares de fins análogos.
ARTIGO 63.º
Página 4 de 24
3. O sistema de segurança social protege os cidadãos na doença, velhice, invalidez, viuvez e
orfandade, bem como no desemprego e em todas as outras situações de falta ou diminuição de
meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho.
4. Todo o tempo de trabalho contribui, nos termos da lei, para o cálculo das pensões de velhice e
invalidez, independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado.
5. O Estado apoia e fiscaliza, nos termos da lei, a actividade e o funcionamento das instituições
particulares de solidariedade social e de outras de reconhecido interesse público sem carácter
lucrativo, com vista à prossecução de objectivos de solidariedade social consignados,
nomeadamente, neste artigo, na alínea b) do n.º 2 do artigo 67.º, no artigo 69.º, na alínea e) do n.º 1
do artigo 70.º e nos artigos 71.º e 72.º
Objetivos:
Página 5 de 24
● Princípio da solidariedade: consiste na responsabilidade coletiva das pessoas entre si na
realização das finalidades do sistema e envolve o concurso do Estado no seu financiamento, nos
termos definidos pela Lei n.º 4/2007, de 16 de janeiro.
Página 6 de 24
● Princípio da inserção social: caracteriza-se pela natureza ativa, preventiva e personalizada das
ações desenvolvidas no âmbito do sistema, com vista a eliminar as causas de marginalização e
exclusão social e a promover a dignificação humana.
● Princípio da unidade: pressupõe uma atuação articulada dos diferentes sistemas, subsistemas e
regimes de Segurança Social no sentido da sua harmonização e complementaridade.
● Princípio da descentralização: manifesta-se pela autonomia das instituições, tendo em vista uma
maior aproximação às populações, no quadro da organização e planeamento do sistema e das
normas e orientações de âmbito nacional, bem como das funções de supervisão e fiscalização das
autoridades públicas.
● Princípio da eficácia: consiste na concessão oportuna das prestações legalmente previstas, para
uma adequada prevenção e reparação das eventualidades e promoção de condições dignas de
vida.
● Princípio da tutela dos direitos adquiridos e dos direitos em formação: visa assegurar o
respeito por esses direitos, nos termos definidos pela Lei n.º 4/2007, de 16 de janeiro.
● Princípio da garantia judiciária: assegura aos interessados o acesso aos tribunais, em tempo útil,
para fazer valer o seu direito às prestações.
Página 7 de 24
1.3. Regime geral contributivo do Sistema Previdencial
O Código dos Regimes Contributivos, regula os regimes abrangidos pelo sistema previdencial aplicáveis
aos trabalhadores por conta de outrem ou em situação legalmente equiparada para efeitos de segurança
social, aos trabalhadores independentes, bem como o regime de inscrição facultativa.
Artigo 9.º
Enquadramento
Artigo 5.º
Página 8 de 24
c) O regime aplicável às situações equiparadas a trabalho por conta de outrem.
Artigo 8.º
Inscrição
1 - A inscrição é o ato administrativo pelo qual se efetiva a vinculação ao sistema previdencial da segurança
social.
2 - A inscrição confere:
a) A qualidade de beneficiário às pessoas singulares que preenchem as condições de
enquadramento no âmbito pessoal de um dos regimes abrangidos pelo sistema previdencial;
b) A qualidade de contribuinte às pessoas singulares ou coletivas que sejam entidades
empregadoras.
Página 9 de 24
2. Relação jurídica de vinculação - Regime e documentação
obrigatória
Artigo 6.º
Artigo 7.º
Objeto da relação jurídica de vinculação
A relação jurídica de vinculação tem por objeto a determinação dos titulares do direito à proteção social do
sistema previdencial da segurança social, bem como dos sujeitos das obrigações.
Página 10 de 24
Modelo RV 1011/2018 - DGSS
Página 11 de 24
Página 12 de 24
3. Relação jurídica contributiva - Regime e documentação obrigatória
Artigo 10.º
Relação jurídica contributiva
1 - A relação jurídica contributiva consubstancia-se no vínculo de natureza obrigacional que liga ao sistema
previdencial:
a) Os trabalhadores e as respetivas entidades empregadoras;
b) Os trabalhadores independentes e quando aplicável as pessoas coletivas e as pessoas
singulares com atividade empresarial que com eles contratam;
c) Os beneficiários do regime de seguro social voluntário.
2 - A relação jurídica contributiva mantém-se mesmo nos casos em que normas especiais determinem a
dispensa temporária, total ou parcial, ou a redução do pagamento de contribuições.
Página 13 de 24
● A admissão de novos trabalhadores:
4. Folha de contribuições
● Se não for utilizado este meio considera-se que a DR não foi entregue.
● A entrega da DR é feita do dia 1 ao dia 10 do mês seguinte àquele a que diga respeito.
5. Incidência contributiva
A remuneração ilíquida é constituída pelos valores respeitantes a todas as prestações devidas como
contrapartida de trabalho, designadamente:
Página 14 de 24
● Remuneração pela prestação de trabalho suplementar
● Remuneração por trabalho noturno
● Remuneração correspondente ao período de férias
● Subsídios de Natal, de férias, de Páscoa e outros de natureza análoga
● Subsídios por penosidade, perigo ou outras condições especiais de prestação de trabalho
● Subsídios de compensação por isenção de horário de trabalho ou situações equiparadas
● Subsídios de refeição atribuídos em dinheiro ou em títulos (1)
● Subsídios de residência, de renda de casa e outros de natureza análoga, com caráter regular
● Valores devidos a título de despesas de representação pré-determinados e dos quais não tenham sido
prestadas contas até ao fim do exercício
● Gratificações devidas por contrato, ainda que condicionadas aos bons serviços do trabalhador e as de
caráter regular
● Ajudas de custo, abonos de viagem, despesas de transporte e outras equivalentes, na parte em que
excedam os limites legais ou quando não sejam cumpridas as regras de atribuição aos servidores do
Estado (2)
● Abonos para falhas (1) (2)
● Despesas resultantes da utilização pessoal, pelo trabalhador, de viatura automóvel que gere encargos
para a entidade empregadora
● Despesas de transporte, suportadas pela entidade empregadora para custear as deslocações em
benefício dos trabalhadores, desde que estas não resultem da utilização de transporte disponibilizado
pela entidade empregadora ou excedam o valor do passe social ou a utilização de transportes coletivos
● Retribuições a cujo recebimento os trabalhadores não tenham direito em consequência de sanção
disciplinar (1)
● Compensação por cessação do contrato de trabalho por acordo apenas nas situações com direito a
prestações de desemprego (1) (2)
● Importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio em serviço da entidade empregadora (1) (2)
● O valor mensal atribuído pela entidade patronal ao trabalhador em "vales de transportes públicos
coletivos" (1) (2)
● E ainda, todas as prestações em dinheiro ou em espécie atribuídas ao trabalhador, direta ou
indiretamente como contrapartida da prestação do trabalho, com caráter regular (a sua atribuição
constitui direito do trabalhador por se encontrar pré-estabelecida segundo critérios de objetividade e por
forma a que este possa contar com o seu recebimento, independentemente da frequência da
concessão).
___________________________________
(1)
Prestações sujeitas a incidência contributiva, nos termos previstos no Código do Imposto sobre os
Rendimentos de Pessoas Singulares (IRS).
(2)
O limite legal pode ser acrescido até 50% se o acréscimo resultar da aplicação de instrumento de
regulação coletiva de trabalho.
Página 15 de 24
6. Isenções
Página 16 de 24
As entidades empregadoras podem beneficiar da isenção do pagamento de contribuições na parte que lhes
respeita, se celebrarem contrato de trabalho sem termo com:
Consideram-se desempregados de muito longa duração as pessoas que à data da celebração do contrato
de trabalho tenham idade igual ou superior a 45 anos e se encontrem inscritas no centro de emprego há 25
meses ou mais.
Estão incluídos os trabalhadores nas condições atrás indicadas que, anteriormente à celebração de contrato
de trabalho sem termo, tenham:
● Celebrado contrato de trabalho por tempo indeterminado que tenha cessado durante o período
experimental
● Frequentado estágio profissional
● Estado inseridos em programas ocupacionais
● Celebrado contrato de trabalho a termo ou exercido trabalho independente por período inferior a 6
meses, cuja duração conjunta não ultrapasse 12 meses.
A entidade empregadora tem direito à isenção se, cumulativamente, reunir as seguintes condições:
Não têm direito à isenção do pagamento de contribuições as entidades empregadoras que tenham
trabalhadores abrangidos por:
Página 17 de 24
● Esquemas contributivos com taxas inferiores à da generalidade dos trabalhadores por conta de outrem,
com exceção das entidades cuja redução de taxa resulte do facto de serem pessoas coletivas sem fins
lucrativos ou por pertencerem a setores considerados economicamente débeis
● Bases de incidência fixadas em valores inferiores à remuneração real ou remunerações convencionais.
Contratação de:
7. Taxas contributivas
Página 18 de 24
Página 19 de 24
Página 20 de 24
Página 21 de 24
8. Trabalhadores integrados em categorias ou situações específicas
Considera-se trabalhador do serviço doméstico a pessoa que, mediante retribuição, presta a outrem, com
caráter regular atividades destinadas à satisfação das necessidades de um agregado familiar, ou
equiparado, e dos respetivos membros, nomeadamente:
Confeção de refeições
Lavagem e tratamento de roupas
Limpeza e arrumo de casa
Vigilância e assistência a crianças, pessoas idosas e doentes
Tratamento de animais domésticos
Execução de serviços de jardinagem
Execução de serviços de costura
Outras atividades consagradas pelos usos e costumes
Coordenação e supervisão de tarefas externas do tipo das mencionadas neste número
Execução de tarefas externas relacionadas com as anteriores.
Inscrição
A entidade empregadora é responsável pela inscrição dos trabalhadores que iniciem a atividade ao seu
serviço e deve comunicar aos serviços de Segurança Social a admissão de novos trabalhadores por
qualquer meio escrito ou on-line.
Para este efeito, os trabalhadores devem facultar à entidade empregadora a informação relativa à morada e
Número de Identificação da Segurança Social (se já estiver identificado no sistema de Segurança Social) e
todos os documentos necessários à sua inscrição, designadamente:
A entidade empregadora não pode inscrever como trabalhador ao seu serviço, pessoas que consigo
tenham os seguintes vínculos familiares:
Cônjuge ou pessoa que com ele viva em união de facto há mais de 2 anos
Filho(a), neto(a) ou adotado
Genro, nora, enteado(a) ou filho(a) do(a) enteado(a)
Página 22 de 24
Pai, mãe, padrasto, madrasta ou sogro(a)
Irmão, irmã ou cunhado(a)
Pagamento de contribuições
As quotizações dos trabalhadores dizem respeito ao montante que a entidade empregadora descontou na
respetiva remuneração de acordo com a taxa contributiva que lhes é aplicável.
As contribuições são calculadas pela aplicação da taxa contributiva estabelecida sobre a remuneração
declarada pelo trabalhador (convencional ou real).
Página 23 de 24
Bibliografia
Página 24 de 24