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CIÊNCIAS DA NATUREZA

E SUAS TECNOLOGIAS
Frente: Física I
EAD – MEDICINA
Professor(a): Paulo Lemos

AULA 06

Assunto: Movimento Circular

Nº de vezes que o fenômeno


Resumo Teórico Intervalo de tempo
se repete

Introdução (período) T 1 (vez)


Uma partícula está em movimento circular quando sua
trajetória é uma circunferência.
VA (unidade de tempo) 1 f (frequência)

A
Resolvendo a regra de três estabelecida, temos:

B 1 1
f ⋅ T = 1⇒ f = ou T =
A T f

• Unidades de frequência
C VB SI: voltas/s = Hertz (Hz)
VC
Usual: rotações/min (rpm)

Movimento circular uniforme • Velocidade angular (ω)

O movimento efetuado por uma partícula ao longo de uma Observe a figura.


circunferência será chamado de circular uniforme, quando sua
velocidade escalar for constante no decorrer do tempo. t1

1 ∆θ t2
θ2 2
V
V θ1
x

sentido da rotação

A velocidade angular média, em um movimento circular, é a


Período e frequência variação do ângulo θ descrito na unidade de tempo t, ou seja:
No movimento circular uniforme de uma partícula, definimos ωm = ∆θ/∆t
período ( T ), como sendo o tempo gasto para que ela execute uma
volta completa. Já a frequência é definida como sendo o número de • Unidade de velocidade angular
voltas que o fenômeno se repete na unidade de tempo.
Podemos estabelecer uma relação entre período e frequência SI: rad/s
da seguinte forma.

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Módulo de Estudo

Relação entre: velocidade escalar (V), velocidade


angular (ω), período (T) e frequência (f) Exercícios
Sabendo que a velocidade angular média é igual à velocidade
angular em qualquer instante, podemos escrever:
01. (Unifor) Uma das modalidades de corridas de automóveis muito
∆θ , para ∆θ = 2π rad e ∆t = T, temos: populares nos Estados Unidos são as corridas de arrancadas, lá
ω= chamadas de Dragsters Races. Estes carros são construídos para
∆τ
percorrerem pequenas distâncias no menor tempo. Uma das
características destes carros é a diferença entre os diâmetros
2⋅ π dos seus pneus dianteiros e traseiros. Considere um Dragster cujos
ω= ou ω = 2 ⋅ π ⋅ f
T pneus traseiros e dianteiros tenham, respectivamente, diâmetros
de d1 = 1,00 m e d2 = 50,00 cm. Para percorrer uma distância
As equações acima são as equações da velocidade angular em de 300,00 m, a razão (n1 / n2), entre o número de voltas que os
função do período e da frequência no MCU. pneus traseiros e dianteiros, supondo que em nenhum momento
Observe a figura a seguir. haverá deslizamento dos pneus com o solo, será:

Trekphiler CC BY 3.0/Wikimedia
Foundation
y
v

∆s = r ∆θ
ω
∆θ
x
A) 150,00
B) 50,00
C) 25,00
D) 2,00
E) 0,50

Velocidade Linear 02. (Unirio-RJ) Na figura, um sistema mecânico é formado por uma
Para uma partícula que realiza movimento circular, notamos que roda R, uma haste H e um êmbolo E, que desliza entre as guias G1
esta partícula percorre uma distância linear dada pelo comprimento e G2. As extremidades da haste H são articuladas em P e P’, o que
do arco: permite que o movimento circular da roda R produza um movimento
de vai e vem de P’, entre os pontos A e B, marcados no eixo x.
∆s = r · ∆θ
P
O deslocamento do arco ∆s ocorre em um intervalo de tempo G
∆t, então a velocidade linear é: H
E
P’
∆s r∆θ
ν= ⇒ν= R A B x
∆t ∆t
G
Mas:
∆θ
ω= Considerando-se que a roda R descreve 240 rotações por minuto,
∆t o menor intervalo de tempo necessário para que o ponto P’ se
desloque de A até B é
Logo:

V=ω·R A) 2s

Onde: B) 1s
R é o raio da trajetória circular. 1

Aceleração centrípeta ( acp) C) s
4
1
D) s
8
1
E) s
16

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Módulo de Estudo

03. (UFC/2000) Uma partícula descreve trajetória circular, de raio Depois de a bicicleta percorrer uma distância d, os pontos A e B voltam
r = 1,0 m, com velocidade variável. A figura abaixo mostra a a ficar, simultaneamente, em contato com o solo. Assumindo que
partícula em um dado instante de tempo em que sua aceleração não há escorregamento das rodas da bicicleta, o menor valor de
tem módulo a = 32 m/s2 e aponta na direção e sentido indicados. d, em metros, para o qual essa situação acontece, é:
Nesse instante, o módulo da velocidade da partícula é A) 1,98 p
B) 2,97 p
v C) 5,94 p
a D) 8,91 p
60º E) 17,82 p

07. (Enem/1998 – Adaptada) As bicicletas possuem uma corrente que


1,0 m liga uma coroa dentada dianteira, movimentada pelos pedais, a
uma coroa localizada no eixo da roda traseira, como mostra a
figura.

A) 2,0 m/s
B) 4,0 m/s
C) 6,0 m/s
D) 8,0 m/s
E) 10,0 m/s

04. (Unicamp) As máquinas cortadeiras e colheitadeiras de
cana-de-açúcar podem substituir dezenas de trabalhadores rurais,
o que pode alterar de forma significativa a relação de trabalho nas O número de voltas dadas pela roda traseira a cada pedalada
lavouras de cana-de-açúcar. A pá cortadeira da máquina ilustrada depende do tamanho relativo destas coroas.
na figura abaixo gira em movimento circular uniforme a uma Em que opção abaixo a roda traseira dá o maior número de voltas
frequência de 300 rpm. A velocidade de um ponto extremo P da por pedalada?
A) A) B) B)
pá vale A) A)
A) B)
B) B)
A) B)
(Considere π ≈ 3.)

C) C) D) D)
C)
C) C) D)
D) D)
C) D)
R = 60 cm
P

E)
E) E)E)
E)

A) 9 m/s B) 15 m/s
C) 18 m/s D) 60 m/s

05. (UFC-CE) Considere um relógio de pulso em que o ponteiro dos 08. (Enem/1998) Quando se dá uma pedalada na bicicleta abaixo
segundos tem um comprimento, rs = 7 mm, e o ponteiro dos (isto é, quando a coroa acionada pelos pedais dá uma volta
minutos tem um comprimento, rm = 5 mm (ambos medidos a partir completa), qual é a distância aproximada percorrida pela
do eixo central do relógio). Sejam vs a velocidade da extremidade bicicleta, sabendo-se que o comprimento de um círculo de
do ponteiro dos segundos e vm a velocidade da extremidade do raio R é igual a 2πR, onde π ≈ 3?
VS
ponteiro dos minutos. A razão é igual a
A) 35 Vm

B) 42
C) 70
D) 84
E) 96

06. (Pasusp) Uma bicicleta tem a roda


dianteira com raio 27 cm e a roda
traseira com raio 33 cm. Estando a 80 cm 10 cm 30 cm
bicicleta parada, dois pontos A e B são
marcados, nas rodas dianteira e traseira, 27 cm A) 1,2 m B) 2,4 m
33 cm
nos respectivos pontos de contato com C) 7,2 m D) 14,4 m
o solo, conforme a figura ao lado. A B
E) 48,0 m

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09. (UFPR) Um ciclista movimenta-se com sua bicicleta em linha reta 12. (Uece/99.1) Um ventilador acaba de ser desligado e está parando
a uma velocidade constante de 18 km/h. O pneu, devidamente vagarosamente, girando no sentido horário, conforme a figura
montado na roda, possui diâmetro igual a 70 cm. No centro da abaixo. O vetor aceleração da pá do ventilador no ponto p é melhor
roda traseira, presa ao eixo, há uma roda dentada de diâmetro representado na opção:
7,0 cm. Junto ao pedal e preso ao seu eixo há outra roda dentada A) P
de diâmetro 20 cm. As duas rodas dentadas estão unidas por uma
corrente, conforme mostra a figura. Não há deslizamento entre
a corrente e as rodas dentadas. Supondo que o ciclista imprima
B) P
aos pedais um movimento circular uniforme, assinale a alternativa
correta para o número de voltas por minuto que ele impõe aos
pedais durante esse movimento. Nesta questão, considere p = 3.
C) P

D) P

13. ( U e c e / 9 7 . 1 ) A f i g u r a m o s t r a u m
disco que gira em torno do centro O.
A velocidade do ponto X é 50 cm/s e a do Y
X
O
A) 0,25 rpm ponto Y é de 10 cm/s. A distância XY vale
B) 2,50 rpm 20 cm. Pode-se afirmar que o valor da 10 cm/s
C) 5,00 rpm velocidade angular do disco, em radianos 50 cm/s

D) 25,0 rpm por segundo, é


E) 50,0 rpm A) 2,0 B) 5,0
C) 10,0 D) 20,0
10. (Enem/1998) Com relação ao funcionamento de uma bicicleta
de marchas, onde cada marcha é uma combinação de uma das 14. (Uece/97.2) Clara de Assis se encontra sentada num banquinho
coroas dianteiras com uma das coroas traseiras, são formuladas de roda-gigante (brinquedo de parque infantil) de 5 metros de
as seguintes afirmativas: raio, que dá uma volta completa em 20 segundos. A velocidade
I. Numa bicicleta que tenha duas coroas dianteiras e cinco escalar dessa menina é, em m/s
traseiras, temos um total de dez marchas possíveis onde cada A) p
marcha representa a associação de uma das coroas dianteiras π
com uma das traseiras; B)
2
II. Em alta velocidade, convém acionar a coroa dianteira de maior
raio com a coroa traseira de maior raio também; π
C)
III. Em uma subida íngreme, convém acionar a coroa dianteira de 4
menor raio e a coroa traseira de maior raio. π
D)
3
Entre as afirmações acima, estão corretas
A) I e III apenas. 15. (UFC/99-2ª Fase) A figura mostra dois discos planos, D1 e D2,
B) I, II e III. presos a um eixo comum E. O eixo é perpendicular a ambos os
C) I e II apenas. discos e passa por seus centros. Em cada disco há um furo situado
D) II apenas. a uma distância d = 2,40 m e os furos alinham-se sobre uma
E) III apenas. reta paralela ao eixo E. Calcule as três frequências mais baixas
(medidas em rotações por segundo) com as quais deverão girar
11. (PUC-SP-2011) Lucas foi presenteado com os discos se quisermos que uma bala com velocidade v = 240 m/s,
Bonzami Emmanuelle/123RF/Easypix

um ventilador que, 20 s após ser ligado, que passa pelo primeiro furo, passe também pelo segundo furo.
atinge uma frequência de 300 rpm em um Suponha a trajetória da bala paralela ao eixo E.
movimento uniformemente acelerado.
O espírito científico de Lucas o fez se d
perguntar qual seria o número de voltas
efetuadas pelas pás do ventilador durante r E
esse intervalo de tempo. Usando seus
conhecimentos de Física, ele encontrou
D2
A) 300 voltas. r
B) 900 voltas. E
C) 18000 voltas.
D) 50 voltas. D1
E) 6000 voltas.

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Resolução 04. Dados:

f = 300 rpm = 5 Hz; p = 3; R = 60 cm = 0,6 m.


01. Para qualquer distância percorrida (D), a razão entre os números
de voltas dadas é a mesma.
A velocidade linear do ponto P é:
D = n1 2 π d1 v = ω R = 2 f R ⇒ 2 ⋅ 3 ⋅ 5 ⋅ 0, 6 ⇒
 ⇒ n1 2 π d1 = n2 2 π d 2 ⇒ v = 18 m /s.
D = n2 2 π d 2
n1 d 2 0, 5 n1 Resposta: C
⇒ = = ⇒ = 0, 5.
n2 d 1 1 n2 05.
∆s 2 π · 7 · 10−3 7π · 10−3
Resposta: E Vs = = =
∆t 6 030 30
02. Dado: f = 240 rot/min = 4 rot/s = 4 hz ∆s 2 π · 5 · 10−3 π · 10−3
Vm = = =
∆t 3600s 360
1500
∆ t = 1h = 3600s
P` P`
P 7 π · 10−3
P Vs 30
12
360 · 7
A B = = = 84
Vm π · 10−3 36
360

Resposta: D
Quando o ponto P’ desloca de A para B, o ponto P da roda executa
meia volta, veja figura acima. E o intervalo de tempo de meia volta 06. A distância d deve ser igual ao comprimento de cada circunferência
é meio período, logo: das rodas vezes um número inteiro de voltas, para que os pontos
1. Cálculo do período: A e B estejam simultaneamente em contato com o solo. Assim,
1 1 supondo que a distância d será atingida após a roda menor dar
T= →T= s um número x de voltas e a roda maior um número y de voltas,
f 4
tem-se — d = x · 2 · p · 27 e d = y · 2 · p · 33 — igualando —
2. Cálculo do intervalo de tempo: x · 2 · p · 27 = y · 2 · p · 33 — 9 · x = 11 · y — como x e y devem
1 ser números inteiros e 11 é um número primo, então x = 11 e
∆t = ⋅ T
2 y = 9 — assim, d = 11 · 2 · p · 27 = 594 p cm, ou d =
1 1 1 = 9 · 2 · p · 33 = 594 p cm, ou d = 9 · 2 · p · 33 = 594 p cm —
∆t = ⋅ → ∆t = s como a resposta está em metros — d = 5,94 p m.
2 4 8
Resposta: C
Resposta: D
07. Quanto maior a coroa, no pedal, e menor a catraca, na roda, mais
03. voltas a roda dá, e mais pesado o pedal fica, também!
Quando se pedala e a corrente se move nas engrenagens,
v entrando na engrenagem do pedal um dente tem que ter saído
a da engrenagem da roda um dente também, ou a corrente se
60° rompe! Quanto menos dentes a engrenagem da roda tiver, uma
volta será completa com um menor deslocamento da corrente.
acp = a ⋅ cos 60° Por outro lado, quanto mais dentes a engrenagem dos pedais
tiver, mais rápido ela puxa a corrente.
Resposta: A

1 08. Como coroa (pedais) e catraca (pneu) estão associadas por uma
acp = a ⋅ cos 60” = 32 ⋅ = 16 m / s2 corrente temos:
z
Vcatraca = Vcoroa ⇒ ω catraca ⋅ Rcatraca = ω coroa ⋅ Rcoroa ⇒
v2
acp =
R 2π fcatraca ⋅ Rcatraca = 2π fcoroa ⋅ Rcoroa ⇒
v2
16 =
1 ncatraca n
V 2 = 16 ⋅ Rcatraca = coroa ⋅ Rcoroa ⇒
∆t ∆t
v = 4m / s

Resposta: B ncatraca ⋅ 5 = 1⋅ 15 ⇒ ncatraca = 3 voltas

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Módulo de Estudo

O pneu e a catraca possuem a mesma frequência já que estão 12. Como está acontecendo um movimento circular, existe uma
unidos por um eixo, assim: aceleração centrípeta dirigida para o centro. Como o ventilador
1 volta = 2πR está parando, existe uma aceleração tangencial contra o
3 voltas = ∆S movimento. Então:
∆S = 3 ⋅ 2πR aR aT
∆S = 3 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 40 acp
∆S = 720 cm Resposta: D
∆S = 7, 2 m
13.
Resposta: C
V
Rx = 20° + Ry V=W·R W=
09. A coroa e a catraca são interligadas por uma correia. Podemos R
dizer que as velocidades lineares de suas periferias são iguais.
Wx = Wy

ωr
Vcoroa = Vcatraca → wR = ωr → w = (01) Vx Vy 5 0 10
R = ⇒ = ⇒ R x = 5 R y ⇒ 5 Ry = Ry + 20 ⇒
Rx Ry Rx Ry
D 2V
Cálculo de v: V = ω →ω= (02) ⇒ 4 R y = 20 ⇒ R y = 5 cm
2 D
10
Substituindo 02 em 01, vem: Wy = = 2 rad s
5

2Vr Resposta: A
w= (03)
RD
14. T = 20 s R = 5 m v=?
V =18 km/h = 5,0 m/s V = W ⋅R
D= 70 cm = 0,7 m 2π 2π π
2R = 20 cm → R = 0,1 m V= ⋅R = ⋅5 = m s
T 20 2 2
2r = 7 cm → r = 0,035 m
Resposta: B
Substituindo os valores em 03, temos:
15.
2.5.0, 035
w= = 5, 0rd / s → w = 5, 0rd / s = 2, 4 1
0,1× 0, 7 ∆tbala = ∆trotação ⇒ =
5 240 f
rot
5
= π
2 = × 60 = 50RPM
1
min 6 ∆sbala ∆ϕ 1 1
60 = ⇒ =
Vbola ω 100 f
Resposta: E
2, 4 2⋅ π
= ⇒
10. I. Com duas catracas e 5 coroas, são 2 × 5 = 10 marchas. Correto; 240 2 ⋅ π ⋅ f
II. Alta velocidade ⇒ maior coroa (na frente) e menor catraca
(atrás)! Não maior com maior! Errado;

f = 100 Hz
III. Já na subida, para cansar menos, melhor ir devagar, com a
menor coroa e a maior catraca. Correto.
Resposta: 100 Hz, 200 Hz e 300 Hz.
Resposta: A

t
11. Sendo um MCUA, a velocidade angular média em Dt = 20 s =
3
ω + ω0 ∆ϕ 2π t + 2πt 0 n2π
min é dada por → wm = = → =
2 ∆t 2 ∆t

t + t0 n 300 + 0 n
→ = → = → n = 50 voltas
2 ∆t 2 1
3

Resposta: D SUPERVISOR/DIRETOR: MARCELO – AUTOR: PAULO LEMOS


DIG.: VICENTINA – REV.: KARLLA

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