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dedicatória

Dedico este livro especialmente a dois pequenos: um em término de gestação, Lucas, que já
tão cedo me inspira como mãe e profissional que aposta numa infância mais saudável para todas as
crianças dessa nova geração; e Vitor, meu pequeno grande menino, que há 10 anos me ensina, entre
erros e acertos, sobre a arte de ser mãe.
agradecimentos

Ao meu grande parceiro de vida e de trabalho, Renato Caminha, agradeço pelo apoio, supor-
te e incentivo na escrita durante um momento tão especial, que foi nossa gestação e a chegada de
um novo filho. À minha família, que sempre está ao meu lado de forma acolhedora e protetora nos
meus projetos de vida, sejam eles pessoais ou profissionais. Às amigas Sabrina Vier e Luciana Wickert
pelas ricas contribuições ao trabalho, sendo elas minhas grandes inspiradoras na arte de escrever.
A Mônica Ballejo Canto e ao Rodrigo Nunes pela parceria no projeto e por tornarem-no real.
APRESENTAÇÃO
Há quatro anos, Renato Caminha e eu, em parceria, desenvolvemos um protocolo clínico cha-
mado TRI (Terapia de Reciclagem Infantil). Direcionado a crianças com quadros de ansiedade e/ou
depressão, o protocolo tinha em seu acrônimo também a explicação de suas três etapas, sendo elas:
Trabalhe suas emoções.
Recicle seus pensamentos.
Inove seus comportamentos.

Durante nosso trabalho com essas crianças, percebemos que a primeira etapa, “Trabalhe suas
emoções”, acabava por ser a mais significativa e com maiores resultados. Assim, passamos a nos
questionar: “Se as crianças melhoram tanto com o trabalho de regulação emocional, por que, en-
tão, não trabalhar esse tópico com todas as crianças e, assim, prevenir este tipo de sintomatolo-
gia?”. Percebemos que, num trabalho preventivo e em grupo, poderíamos explorar muitos concei-
tos, como o desenvolvimento da resiliência e o fortalecimento da empatia e das habilidades sociais.
A partir dessa ideia, foi desenvolvido o segundo protocolo, denominado TRI-P (Trabalho de Reci-
clagem Infantil – Preventivo).
Ao longo desses anos, percebemos que a regulação emocional deveria conter algumas etapas,
entre elas, o reconhecimento e a validação das emoções. Criamos o conceito de emoções agradá-
veis e desagradáveis para romper com a ideia de que existem emoções boas e ruins, positivas ou
negativas. Queríamos que as crianças, os pais e os educadores apoiassem a proposta de que deve-
mos aceitar as emoções, mesmo sendo elas desagradáveis, e entendessem que todas elas têm sua
função na preservação da vida.
Atualmente, o protocolo TRI-P já está sendo trabalhado em grupos dentro de escolas, clínicas
e comunidades no Brasil e em Portugal, que vêm disseminando todos esses conceitos e abrangen-
do cada vez mais crianças e suas famílias. Passamos a existir como o Instituto TRI, procurando
sempre aperfeiçoar ambos os protocolos, o clínico e o preventivo.
Diante disso, o desenvolvimento de novos materiais voltados para as crianças, os quais pos-
sam psicoeducar, de forma diversificada, esse público, se faz constantemente necessário. Os livros
sobre as emoções têm esse propósito.
O presente livro, sobre o medo, pretende mostrar às crianças e seus familiares, que o Medo
tem uma função de preservação e, quando bem-dosado, protege e evita situações nas quais pode-
mos nos colocar em risco. Esperamos que, depois da leitura, ele possa ser mais bem acolhido e
aceito em todos os lares.
Boa leitura!
Era uma vez uma emoção que tinha muitos disfarces, chamada
Medo. O Medo era alto, um pouco gordinho, tinha os olhos esbugalha-
dos, os cabelos cheios de nós e muitos dentes em sua boca larga. Suas
vestimentas eram bem variadas, pois ele gostava de se disfarçar.

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