CRISE HUMANITÁRIA

NA VENEZUELA

Cristina Lizana Araneda

IME-UFBA, 13 de março de 2019

Foto de Federico Parra

ANTECEDENTES HISTÔRICOS(Antes 1920)

•1914 – Descoberta do Petróleo no Lago de Maracaibo

ANTECEDENTES HISTÔRICOS(1920-1958)

Juan Vicente Gómez

Marcos Pérez Jimenez

•1958 – Acordo de governabilidade

ANTECEDENTES HISTÔRICOS(1958-1998)

1 de janeiro de 1976
Lei de Nacionalização Industria Petrolífera
ANTECEDENTES HISTÔRICOS(1958-1998)

Histôrico da cotação do dólar americano em bolívares

ANTECEDENTES HISTÔRICOS(1958-1998)

Caracazo foi uma explosão social espontânea, de grandes

proporções, ocorrida em Caracas o 27 de fevereiro de
1989, em repúdio ao pacote de medidas econômicas
imposto pelo governo de Carlos Andrés Pérez.
ANTECEDENTES HISTÔRICOS(1958-1998)

•1992-Duas tentativas de golpes de estado de Chávez

ANTECEDENTES HISTÔRICOS(1958-1998)
Eleiçoes presidenciais 1993 Eleiçoes presidenciais 1998

Rafael Caldera Hugo Chávez

 1994 : apertura da industria petrolífera

 CHAVISMO NO PODER
2000 : nova Constituição

2003-2005 :
• Controle de preços e cambio
• Estatização de empresas
• Eleições congresso 2005

2006 :
• 1ra reeleição de chavez
• Aumento do preço do petróleo e ingressos
• Continua política de estatização

2007 :
• Reformas da Constituição (1ra e 2da)
• Reeleição indefinida
• Fechamentos de veiculos de imprensa
• Reorganização da oposição numa plataforma unitaria
CHAVISMO NO PODER
CHAVISMO NO PODER

PRIMEIRA RECONVERSÃO MONETARIA 2007

 CHAVISMO NO PODER

 2010: ELEIÇÕES PARLAMENTARIAS

CHAVISMO NO PODER
CHAVISMO NO PODER
 CHAVISMO NO PODER

2012 : 2da reeleição de Chávez (vs. Capriles)

2013 :
• Morte de Chávez
• Eleições maduro vs capriles
• Escasez - inflação

2014 : presos políticos (Leopoldo López)

 CHAVISMO NO PODER

1. Os representantes da oposição foram retirados "pela força" em 286

centros.
2. Mais de "600.000 pessoas que estão no cadastro eleitoral e já morreram".
3. A votação assistida, que incluiu "funcionários públicos" ou pessoas
favorecidas por um programa sociais em 564 centros.
4. Proselitismo do partido do governo em 421 centros eleitorais.
5. Violência e intimidação em 397 centros eleitorais
 CHAVISMO NO PODER

2014

Marcha 12F
CHAVISMO NO PODER
 CHAVISMO NO PODER
• Leopoldo Lopez vai para cadeia 18F 2014.
• Em 3 meses de protestos se contabilizam 43 assassinados.
• Mais de 2000 feridos.
• NTN24 tirado das grades de TV a cabo.

• Mais de 3mil
detenções por
manifestar.
CHAVISMO NO PODER
CHAVISMO NO PODER
CHAVISMO NO PODER
 CHAVISMO NO PODER
2015: Eleições do Congresso (74,25% de participação)
 CHAVISMO NO PODER

2015 : antes de tomar posse a nova Assambleia Nacional controlada pela

oposição, o governo renovou o tribunal supremo de justiça.

2016 : tentativa de convocar Referendum Revocatorio.

2017 :
• Anulam as competencias da assembleia nacional.
• Procuradora geral declara rompimento da ordem
constitucional.
• Segunda grande onda de protestos.
 CHAVISMO NO PODER
2018 : Eleição Presidencial
• Adiantamento das eleições (descumprindo a legislação eleitoral),

•Parlamento declara nulo o processo eleitoral,

• Cancelamento dos principais partidos de oposição,

• Inabilitação das principais lideranças da oposição,

• Impedimento do voto dos venezuelanos no estrangeiro,

•Fechamentos de centros de votação,

•Falta de observadores internacionais,

•Troca de voto por comida e dinheiro,

•Participação de menos de 20% da população.

CHAVISMO NO PODER
 CHAVISMO NO PODER

Depois dos dois processos de reconversão monetaria, pode se dizer:

Um produto que tenha um valor atualmente de 1.000BsF são

100.000.000.000 Bs
 CHAVISMO NO PODER
2019 :
• 5 DE JANEIRO: Novo período legislativo, é eleito Juan Guaidó
como presidente do Parlamento.

• 10 DE JANEIRO: Novo período presidencial, Nicolás Maduro

toma posse no STJ, embora para o Parlamento, carece de
legitimidade. O Parlamento decreta que existe usurpação do
poder executivo.

• 23 DE JANEIRO: o Presidente do Parlamento se baseando na

Constituição assume o cargo Presidente Interino da República.
(Art. 233, 235) . Guaidó é reconhecido nos próximos dias por
mais de 60 países.
MADURO vs. GUAIDÓ
 CRISE HUMANITÁRIA
 Falta de remédios e tratamentos médicos

 79% dos hospitais públicos tem falhas no

serviço e falta de equipamentos

 Metade das UTI e salas de cirurgias estão

paralisadas

 10% das emergências estão

completamente operativas

 Migração a procura de tratamentos

médicos em outros países

 Aumento nos índices de

criminalidade e insegurança

 Crise nos serviços públicos

CRISE HUMANITÁRIA
CRISE HUMANITÁRIA
 CRISE HUMANITÁRIA

79 FALECIDOS ENTRE 10 DE NOVEMBRO 2018 E 16 DE FEVEREIRO 2019

CRISE HUMANITÁRIA
CRISE HUMANITÁRIA
 CRISE HUMANITÁRIA
 Denuncias de violação de DDHH(Foro Penal, Provea, Amnistia Int)

 Forte estrutura policial orientada ao controle social

 Mais de 1000 presos políticos

 Mais de 256 mortos em protestos desde 2014

 Denuncias de tortura física e psicológica

 Mais de 3000 feridos em protestos em 2017

 Anulação dos principais partidos e lideranças de oposição

 Mais de 7000 pessoas respondem por processos ante a justiça

CRISE HUMANITÁRIA
 DIÁSPORA VENEZUELANA

"Com mais de 3,4 milhões, os venezuelanos são

a segunda população com mais refugiados do
mundo, perdendo apenas para a Síria, que está
em guerra há sete anos. E as previsões indicam
que até o final de 2019 o êxodo chegará a 5,4
milhões de pessoas“.

Secretario Geral da OEA

Março 2019
 DIÁSPORA VENEZUELANA

•Estima-se a saída 4milhões de pessoas.

•Mais de 500mil saíram só no 2015 (OIM).
•Aumento de 8mil % pedidos de asilo (ACNUR).
•Mais de 50mil pediram asilo no exterior nos
primeiros meses de 2017 (ONU).
•Brasil está no 6to lugar entre os destinos da
migração venezuelana em sulamérica.
 DIÁSPORA VENEZUELANA

O relatório da OEA oferece dados atualizados sobre o

número de venezuelanos em diferentes países da região:

• Colômbia existem 1,2 milhões de venezuelanos,

• Peru, 700.000,
• Chile, 265.000,
• Equador, 220.000,
• Argentina, 130.000,
• Brasil, 100.000.
DIÁSPORA VENEZUELANA
DIÁSPORA VENEZUELANA

2017- Puente Simón Bolívar (Fronteira com a Colômbia)

DIÁSPORA VENEZUELANA

Ecuador-2018
DIÁSPORA VENEZUELANA

Colômbia-2018
 VENEZUELANOS NO BRASIL

•No Brasil, estima-se mais de 96mil. Roraima mais

de 40mil.
•50% dos pedidos de refugio no 2017 foram de
venezuelanos. (CONARE)
•Entre 2014-2017 somam 22mil pedidos de refugio.
(ACNUR)
•Nova legislação migratória.
•Políticas do governo federal para aliviar o impacto
negativo desta migração em Roraima.
 VENEZUELANOS NO BRASIL

Principais dificuldades:
Status migratório.
Integração ao mercado laboral.
Inserção ao sistema educativo.
Dificuldades no processo de revalidação de
diplomas.
 VENEZUELANOS NO BRASIL

Datos de 2018:
•70% entre 20-40 anos. (CNIg)
• 60% homens.(CNIg)
•54% solteiros.(CNIg)
•78% tem ensino médio completo e 32% tem
ensino superior ou pós-graduação.(FGV)
 VENEZUELANOS NO BRASIL

•60% dos venezuelanos no Brasil em 2017

estavam trabalhando e mandavam remessas aos
familiares na Venezuela. (OBMigra)

•9 de cada 10 ganha 2 salários mínimos ou

menos. (CNIg)
VENEZUELANOS NO BRASIL
VENEZUELANOS NO BRASIL

Boa Vista (Tancredo Neves)-2017

VENEZUELANOS NO BRASIL

Boa Vista - 2018

 VENEZUELANOS NO BRASIL

Abrigo “Rondon 1” tem 116 residências com capacidade para até seis pessoas,
janelas, divisória e energia solar renovável (Boa Vista-2018)
 CENSURA
Falta de dados oficiais desde 2014 (saúde, economia)

Fechamentos de rádios e redes de televisão

Falta de material para imprimir os jornais

Perseguição aos jornalistas

Bloqueio de redes sociais (YouTube, Twitter, Instagram)

Bloqueio de sites de noticias (Infobae, NTN24, CNN, El

Pitazo, Caraota Digital, outros)
CENSURA
 BLACKOUT 7 DE MARÇO

 5 dias sem energia a nível nacional

 Pelo menos 32 pacientes mortos em hospitais pela falta de energia

 Perda milhares de alimentos e medicamentos que precisam

refrigeração

 Falhas a nível nacional das redes de comunicação(telefonia movel,

fixa, internet)
OBRIGADA