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MINISTÉRIO DA
MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS SAÚDE
Copyright © 2020 Fundação Demócrito Rocha
CDD 616.89
2. A Importância da informação 7
2.1. A influência das redes sociais 7
. 2.1.1. Contribuição positiva 7
Referências bibliográficas 15
INTRODUÇÃO cesso de prevenção. O segundo capítulo
traz o impacto das redes sociais, tanto sob
automutilação, também co- a perspectiva positiva quanto negativa, em
nhecida por autolesão ou relação ao comportamento autodestrutivo
lesão autoprovocada, é um e os principais mitos e verdades sobre esse
fenômeno antigo, mas que comportamento. E por fim, o terceiro capítu-
tem sido objeto de interes- lo aborda as recentes políticas públicas vol-
se, nas últimas décadas, de tadas à prevenção da automutilação (Políti-
pesquisadores e instituições ca Nacional de Prevenção da Automutilação
(NOCK, 2009; WALSH, 2012). e Suicídio) e alguns dos seus instrumentos
Isso porque houve um au- legais de amparo à população (serviço te-
mento, em alguns países, da prevalência de lefônico estatal, notificação compulsória e
casos de automutilação (ARAÚJO et al., 2016). obrigação dos planos de saúde).
Com a Lei nº 13.819, de 26 de abril de
2019, as lesões autoprovocadas passam a
ser consideradas como problemas de saú-
de pública passíveis de prevenção (BRASIL,
2019). A prática é mais frequente entre ado-
lescentes, em decorrência de uma série de
mudanças físicas, psíquicas, afetivas e sexu-
ais provenientes da puberdade e que afetam
a forma como esses jovens veem a si mesmo
e ao mundo (WHITLOCK; LLOYD-RICHARD-
SON, 2019). Além dos fatores socioambien-
tais, como bullying, discriminação, violências
domésticas, dentre outros fatores.
Por ser um comportamento geralmente
silenciado pela pessoa que pratica a autole-
são, o tema tem sido alvo de discussão con-
junta entre autoridades estatais, especia-
listas em saúde pública e a sociedade civil,
além de participar da pauta de audiências
públicas, de seminários e de eventos de uma
forma geral. Por se tratar de um problema
complexo e multideterminado, o seu enfren-
tamento deve envolver profissionais de dife-
rentes setores (intersetorialidade) e discipli-
nas (interdisciplinaridade).
A estrutura deste documento encontra-
-se dividida em três capítulos. O primeiro
capítulo aborda o papel da família e da so-
ciedade para o enfrentamento do problema.
E traz orientações e informações ao leitor
para que ele e sua família possam lidar com
casos de automutilação, além de destacar a
importância da união da sociedade no pro-
1.
ambientes inseguros e inconsistentes po-
dem levar o jovem a desenvolver relações
interpessoais pobres e não conseguir lidar
com as próprias emoções. Além disso, pode
O PAPEL haver alteração no eixo hipotalâmico-pitui-
tária-adrenal (HPA), relacionado ao estresse.
DA FAMÍLIA E Crianças submetidas a maus-tratos são mais
suscetíveis à alta responsividade a eventos
DA SOCIEDADE estressores, deficits cognitivos, dificuldades
de aprendizagem e a psicopatologias (MELLO
1.1. COMO A FAMÍLIA DEVE et al., 2009; KLIMES-DOUGAN et al., 2019). Por-
tanto, a família exerce um papel fundamental
LIDAR COM O PROBLEMA na identificação, tratamento e recuperação
abe-se que a família é a primei- de crianças e adolescentes com quaisquer
ra fonte de relacionamento do problemas de ordem psicopatológica.
indivíduo, ocupando um lugar Normalmente, a família não dispõe de
de destaque no desenvolvi- ferramentas e do conhecimento técnico ne-
mento de sua personalidade e cessários para ajudar da melhor forma um
na construção de seus valores membro em situação de risco. Por vezes, a
éticos e morais. Os pais influen- família, ao imaginar que é possível lidar com
ciam no padrão de comporta- eventos adversos sem ajuda profissional,
mento e no desenvolvimento pode tornar a situação ainda mais difícil.
biopsicossocial de seus filhos. Desta forma, A condução do tratamento de uma
a coesão familiar, em um ambiente harmo- criança ou adolescente com comporta-
nioso com diálogo, torna-se um dos instru- mento autolesivo deve ser acompanhada
mentos mais importantes para que o filho rigorosamente pelos pais, sendo uma das
construa uma autoestima positiva, estabe- chaves para o sucesso da recuperação do
leça sua identidade, desenvolva resiliência mesmo. Isso envolve empatia, ambiente
e habilidades socioemocionais, diminuindo acolhedor e disciplina para que todas as
a susceptibilidade ao desenvolvimento de prescrições dos profissionais de saúde se-
psicopatologias. Neste contexto, o indiví- jam cumpridas, para que assim o tratamen-
duo teria maior capacidade de enfrentar as to seja eficaz. É importante ressaltar que
dificuldades inerentes à vida sem recorrer a todos precisam se envolver no tratamento
comportamentos autodestrutivos, como o e caminhar na mesma direção para que o
comportamento autolesivo. resultado seja satisfatório.
Por outro lado, desenvolver-se em um am- Percebe-se, assim, que a família pode
biente familiar caótico pode representar um ser fator de risco ou de proteção para seus
fator de risco, repercutindo negativamente membros, e todos os esforços devem ser
na saúde emocional e mental dos indivíduos. feitos para que a proteção seja o caminho a
Estes, dentro de casa, ao crescerem expostos seguir ao longo da vida.
Prevenção da Automutilação 5
dos sujeitos e superar os estigmas relacio-
nados ao tema junto com a equipe escolar.
Os jovens com muitos fatores de riscos e/
ou poucos fatores protetivos, bem como
aqueles que apresentam comportamento
autolesivo devem ser encaminhados para
acompanhamento multiprofissional.
É evidente que, para isso, deve-se con-
siderar a necessidade de profissionais que
estejam preparados para identificar, avaliar
1.2. COMO TRABALHAR os riscos e promover ações na conexão en-
tre escola, setor de saúde e família.
COM O TEMA AUTOMUTILAÇÃO
NAS ESCOLAS? 1.3. A COLABORAÇÃO
O comportamento autolesivo tem vá-
rias funções. Entre elas, pode-se destacar: DA SOCIEDADE CIVIL
regulação de emoções (alívio da angústia), Os diversos tipos de organizações insti-
autopunição, pertencimento a grupos e tuídas pela sociedade civil organizada de-
vingança. Dessa forma, é importante levar sempenham um papel relevante no enfren-
em consideração os relatos de jovens para tamento da automutilação. Tais instituições
elaboração e implementação de políticas atuam de forma isolada ou em parcerias
públicas voltadas para prevenção. com o Estado, elaboram e efetivam políticas
A escola tem papel fundamental, não de conscientização social, medidas de pre-
apenas fornecendo informações de valori- venção e intervenção acerca do comporta-
zação e respeito à vida, mas também de- mento autolesivo.
tectando indícios de automutilação, uma Um exemplo desta atuação por parte da
vez que os jovens passam boa parte do sociedade civil organizada é a campanha
seu tempo no ambiente escolar. Para isso, “Setembro Amarelo”, que se tornou referên-
é preciso que a escola invista na capacita- cia nacional sobre a conscientização da po-
ção de sua equipe, no desenvolvimento de pulação a respeito das temáticas do suicídio
protocolos de intervenção em crise e na e da automutilação. Criada em 2014 a partir
prevenção do comportamento autolesivo. de uma parceria entre a Associação Brasilei-
Esses protocolos precisam contemplar, in- ra de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal
clusive, as estratégias de encaminhamen- de Medicina (CFM), a campanha tem como
to, em casos de indícios de automutilação, estratégia o esclarecimento ou desmitifica- Aponte a câmera do seu celular para o QR Code
e acesse o conteúdo da campanha do Setembro
com a ajuda da família. É importante res- ção das temáticas junto à população, fazen- Amarelo.
saltar que a escola não tem por função for- do uso, primordialmente, das mídias sociais,
necer tratamento, mas a responsabilidade como informações veiculadas no programa
social de acolhimento e encaminhamento “ABP TV”, transmitido periodicamente no dade civil e dos mais diversos segmentos
dos alunos em sofrimento para as institui- site oficial da Associação e seus canais no do Estado brasileiro, é de suma importância
ções de saúde. Youtube, Facebook e Instagram. que o trabalho voltado à prevenção do com-
As propostas, em todos os níveis, de- Nota-se que ações e estratégias realiza- portamento autolesivo seja compreendido
vem ser voltadas para condicionar habili- das em parceria entre Estado e sociedade como uma tarefa de todos, gerando uma
dades alternativas para o enfrentamento; para prevenção da autolesão alcançam re- consciência coletiva para que possam con-
promover a reflexão e a conscientização sultados mais expressivos. No entanto, para vergir na direção do enfrentamento deste
de funções, papéis e responsabilidades além do trabalho de organizações da socie- problema de saúde pública.
2.
Um dos fatos recentes mais relevantes
Vida2, respectivamente, em 10 de maio de
relacionados à automutilação, provocando
2020 e 12 de abril de 2019.
a instauração de diversas investigações no
A Política Nacional de Prevenção da Au-
Brasil e no mundo, foi o conhecido “Jogo
tomutilação e do Suicídio foi instituída por
ou Desafio da Baleia Azul”, iniciado por
A IMPORTÂNCIA meio da lei federal 13.819/19 e representa
a adoção de estratégias de prevenção ao
meio da rede social russa VK 3 e dissemina-
Prevenção da Automutilação 7
do pelas diversas redes sociais disponíveis O Facebook, por exemplo, tem sua Polí- na página 14. A rede social possui também
na internet. Trata-se de uma “brincadeira” tica de Segurança voltada para a remoção uma linha de apoio com especialistas de
organizada em cinquenta desafios que de- de conteúdos relacionados ao suicídio e à todo o mundo para contato com usuários
vem ser cumpridos sequencialmente du- automutilação. A rede social disponibiliza que se encontram em situação de risco re-
rante cinquenta dias. Com etapas iniciais orientações de segurança e ferramentas lacionado a práticas suicidas e autolesivas,
simples, o cumprimento destas tarefas in- de filtragem, além da possibilidade de rea- recurso que possibilita à vítima se conectar
centiva comportamentos autodestrutivos lizar denúncias de publicações impróprias. com o chamado ‘conselheiro de crise ou de
mais graves, principalmente em crianças Saiba mais sobre a Política de Segurança saúde mental’.
e adolescentes (BEDINELLI; MARTÍN, 2017).
Em 2017, a Polícia Civil de Pernambuco
obteve, por meio do aplicativo de mensa-
gens do Facebook instalado no celular da
vítima, provas de que uma jovem de 19 anos
estava em uma das fases finais do desafio. À
época, já era o oitavo caso que a polícia per-
nambucana investigava relacionado ao jogo.
c. Filtro de conteúdo
As redes sociais possuem orientações,
recursos e ferramentas de segurança des-
tinadas a impedir e banir a publicação de
vídeos e fotos com conteúdos agressivos
e impróprios. Tais materiais podem incen-
tivar as pessoas a cometer crimes ou a ter
comportamentos que coloquem em risco
sua vida, sua saúde e sua integridade física.
a. Grupos de automutilação
Os grupos que incentivam e disseminam
práticas de automutilação podem visar, den-
tre outros objetivos, o sofrimento das pesso-
as, a promoção de desafios inconsequentes
e a implantação de uma cultura autolesiva, o
que pode ser resultante de um quadro patoló-
gico grave do idealizador do grupo (CASTRO;
SILVA; BOTTI, 2016). O “Jogo ou Desafio da Ba-
leia Azul”, já mencionado, é um dos maiores
exemplos de um grupo criado para incentivar
a automutilação, promovendo desafios em
uma escala progressiva de autoagressões.
bullying e a autoagressão. Observa-se que,
b. Automutilação digital
muito embora a automutilação digital seja
A automutilação digital, uma nova for- uma prática ruim, o fato de ela ser praticada
ma de autolesão, vem ganhando mais es- via rede social a torna passível de ser detec-
paço. Basicamente, a conduta se destina tada, auxiliando na identificação a na pre-
a postar, enviar ou compartilhar anonima- venção do comportamento que costuma
mente na internet, especialmente em redes ser silencioso. LENKAMP, 2014). Em muitas situações, perce-
sociais, fotos e mensagens agressivas con- Estudos sobre comportamento autole- be-se que, quando há um caso de comporta-
tra si próprio (FIGUEIREDO, 2015; PACHECO; sivo apontam para um efeito de contágio mento autolesivo, outros casos começam a
MELHUISH; FISKE, 2019). Em síntese, o indi- que resulta no crescimento do número de surgir algum tempo depois, sugerindo o efeito
víduo — autor e destinatário da mensagem casos de autolesão entre jovens, princi- de contágio do evento original, além de carac-
— envia ameaças ofensivas para o seu pró- palmente. Nesse sentido, a internet ganha terizar o agrupamento (NOCK, 2009).
prio perfil criado em rede social. destaque como um dos dois ambientes em
Segundo Patchin e Hinduja (2017), um
dos objetivos perseguidos pela automuti-
que esse contágio ocorre; o outro é a escola 2.2. CONHECENDO OS
(ARAGÃO NETO; TAVARES, 2018).
lação digital é esclarecer se as percepções O efeito de contágio e o posterior agrupa- MITOS E AS VERDADES
negativas que o indivíduo tem sobre si são mento de casos são considerados aspectos São comuns os mitos sobre o compor-
aceitas e, se forem, a tendência é que o so- relevantes no contexto do comportamento tamento autolesivo sem intenção suicida.
frimento do indivíduo aumente. Assim, a au- autolesivo. Como vimos, os dois ambientes Tais mitos interferem na identificação e pre-
tomutilação, que era apenas digital, passa a onde mais se verifica a ocorrência desses fe- venção deste comportamento.
ser física. nômenos são a internet e a escola. Nessa úl- Nessa perspectiva, é importante que o
O autocyberbullying constitui-se como tima, a autolesão está sujeita à influência de leitor conheça alguns mitos e verdades com
uma problemática complexa situada entre pares, como sugerem evidências científicas os respectivos critérios científicos, confor-
dois domínios de conhecimento: o cyber- (SHAPIRO, 2008; WALSH, 2012; CLAES; MUEH- me aponta Shapiro (2008, p. 10-11):
Prevenção da Automutilação 9
Critério científico: aproximadamente 1% da população faz, em algum momento
Poucas pessoas que
(FALSO) da vida, um episódio de autolesão como forma de enfrentamento de situação ou
estão doentes se mutilam
sentimento considerados insuportáveis.
Existem muitas maneiras Critério científico: há inúmeros métodos usados por quem pratica autolesão.
(métodos) usadas por (VERDADEIRO) Entretanto, a queimadura e o corte em alguma parte do corpo são os mais
quem pratica a autolesão. prevalentes para a maioria.
Critério científico: a maioria dos jovens que praticam autolesão se esforçam para
Jovens que praticam
esconder dos adultos, principalmente dos pais, as cicatrizes feitas. Especialistas
autolesão estão apenas (FALSO)
entendem que qualquer sintoma psicológico é sinal da tentativa da pessoa para obter
tentando chamar
ajuda, mas o desprezo desses sintomas faz com que não se dê a devida importância ao
a atenção dos pais.
problema. Ao menor sinal de sofrimento de alguém, deve-se oferecer ajuda.
Critério científico: uma parcela muito pequena de jovens diz que pratica
Lesões autoprovocadas são
autolesão para entrar e pertencer a um grupo. O mais provável é que estes
uma maneira de o jovem (FALSO)
procurem se agrupar apenas com os pares com quem se identificam e têm o
ser aceito na escola
mesmo comportamento.
Apenas pessoas
que têm sérios problemas Critério científico: é verdade que muitas pessoas que praticam autolesão podem
(FALSO).
mentais farão episódios ter transtornos mentais. No entanto, não é, em absoluto, a situação de todos.
de autolesão.
Critério científico: a severidade do dano causado pela autolesão tem muito
Se as feridas são pouco a ver com os sentimentos da pessoa que a praticou. O limiar de dor varia
(FALSO)
superficiais, a autolesão de um indivíduo para outro, e diferentes métodos são usados para a prática da
pode ser só uma fase. autolesão. Quando se vê alguém com esse comportamento, deve-se levar a sério e
oferecer ajuda.
Jovens de todas as classes Critério científico: a autolesão é encontrada nas mais diversas classes
econômicas e sociais (VERDADEIRO) econômicas e sociais. O que deve ser levado sempre em consideração são
praticam autolesão. aspectos culturais que variam de um lugar para outro.
Prevenção da Automutilação 11
II – Estabelecimentos de ensino públicos e Em outras palavras, em uma escola,
privados ao conselho tutelar. universidade, posto de saúde, clínicas ou
§ 1º Para os efeitos desta Lei, entende-se hospitais, por exemplo, ao tomar conheci-
por violência autoprovocada: mento ou suspeitar que uma pessoa possa
estar praticando violência contra si, essa
I – O suicídio consumado;
situação deverá ser comunicada à autori-
II – A tentativa de suicídio; dade sanitária competente ou ao Conselho
Tutelar, no caso de criança ou adolescente.
III – O ato de automutilação, com ou sem
ideação suicida.
3.1.3. Obrigação dos Planos de Saúde
§ 2º Nos casos que envolverem criança ou A Lei nº 13.819/2019 acrescentou o art.
adolescente, o conselho tutelar deverá re- 10-C à lei que regulamenta os planos de
ceber a notificação de que trata o inciso I
do caput deste artigo, nos termos de regu-
saúde (Lei nº 9.656/98), prevendo que a co-
lamento. bertura assistencial oferecida pelos referi-
dos planos deve contemplar o atendimento
§ 3º A notificação compulsória prevista no dos casos de violência autoprovocada.
caput deste artigo tem caráter sigiloso, e
as autoridades que a tenham recebido fi- “Art. 10-C. Os produtos de que tratam o in-
cam obrigadas a manter o sigilo. ciso I do caput e o § 1º do art. 1º desta Lei
deverão incluir cobertura de atendimento à
§ 4º Os estabelecimentos de saúde públi- violência autoprovocada e às tentativas de
cos e privados previstos no inciso I do ca- suicídio”.
put deste artigo deverão informar e treinar
os profissionais que atendem pacientes Disponível em www.planalto.gov.br/cccivil_03
em seu recinto quanto aos procedimentos
de notificação estabelecidos nesta Lei.
Disponível em www.planalto.gov.br/cccivil_03
Prevenção da Automutilação 13
Saiba mais sobre as políticas e recursos
de segurança do Facebook e a forma de
denunciá-los:
Automutilação e suicídio
Fundamento da política
Em um esforço para promover um
ambiente seguro no Facebook, remove-
mos conteúdo que incentive o suicídio
ou a automutilação, inclusive imagens
explícitas e representações em tempo
real que especialistas afirmam poder
levar outros a praticar atos semelhan-
tes. Define-se automutilação como uma
agressão intencional e direta ao corpo,
inclusive distúrbios alimentares. Que-
remos que o Facebook seja um espaço
onde as pessoas possam compartilhar
experiências, gerar conscientização so-
bre essas questões e buscar apoiar umas
às outras, por isso permitimos o debate
sobre o suicídio e a automutilação.
Trabalhamos com organizações no
mundo todo para oferecer assistência a
pessoas em dificuldades. Também con-
versamos com especialistas em suicídio
e automutilação para ajudar a orientar
nossas políticas e sua respectiva apli-
cação. Por exemplo, especialistas nos
aconselharam a não remover vídeos ao
vivo de automutilação enquanto hou-
ver a oportunidade de pessoas próxi-
mas e das autoridades oferecerem aju-
da ou recursos.
Em contrapartida, removemos todo
conteúdo que identifique e refira-se ne- Aponte a câmera do seu celular
para o QR Code e saiba mais sobre
gativamente, de maneira humorística ou
as políticas e recursos que o Face-
retórica, a vítimas ou sobreviventes de book oferece a respeito de suicí-
automutilação ou suicídio. dio e automutilação.
MINISTÉRIO DA
MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS SAÚDE