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4.1 Introdução
P
Pk = Vk m∈K Vm (Gkm cos θkm + Bkm sen θkm)
k = 1, . . . , NB
Q =V P
k k m∈K Vm (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm )
–1–
I Considera-se que o estado da rede seja conhecido quando as tensões
(magnitudes e ângulos de fase) de todas as barras forem conhecidas. Seja V s
e θ s este estado:
T
Vs= V1s V2s . . . VNB
s
T
θ s = θ1s θ2s . . . θNB
s
Assim:
P
Pk = Vks m∈K Vms (Gkm cos θkm
s s
+ Bkm sen θkm )
k = 1, . . . , NB
Q = VsP s s s
k k m∈K Vm (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm )
P
Pk − Vk m∈K Vm (Gkm cos θkm + Bkm sen θkm ) = 0
k = 1, . . . , NB
Q −V P
k k m∈K Vm (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm ) = 0
–2–
I Considere uma rede elétrica constituı́da por:
(
2 · (NPQ + NPV + 1) dados
2 · (NPQ + NPV + 1) incógnitas
–3–
I Em função da existência de dois tipos de incógnitas, o problema de fluxo de
carga pode ser decomposto em dois subsistemas de equações algébricas:
(
V e θ para barras PQ → (2 · NPQ) incógnitas
θ para barras PV → NPV incógnitas
(
P e Q para barras PQ → (2 · NPQ) dados
P para barras PV → NPV dados
Para cada potência dada, pode-se escrever uma equação de fluxo de carga:
P
Pkesp − Vk m∈K Vm (Gkm cos θkm + Bkm sen θkm ) = 0 , para barras PQ e PV
Qesp − V P
k k m∈K Vm (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm ) = 0 , para barras PQ
–4–
Subsistema 2 (dimensão NPV + 2)
(
P para a barra de referência → 1 incógnita
Q para as barras PV e a barra de referência → NPV + 1 incógnitas
P
Pk = Vk m∈K Vm (Gkm cos θkm + Bkm sen θkm) , para a barra de referência
P
Q k = V k m∈K Vm (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm ) , para barras PV e
barra de referência
–5–
I As incógnitas
PSfragdoreplacements
subsistema 1 podem ser escritas como:
NPQ + NPV
θ
x=
V
NPQ
∆Pk = Pkesp − Pkcalc (V , θ) = 0 , para barras PQ e PV
∆Q = Qesp − Qcalc (V , θ) = 0 , para barras PQ
k k k
Pkesp e Qesp
k são os valores das injeções de potência ativa e reativa
especificados para as barras (considerados constantes, em princı́pio) e
dados por:
Pkcalc (V , θ) e Qcalc
k (V , θ) são calculados através das equações das potências
nodais.
∆Pk e ∆Qk são chamados de mismatches (ou resı́duos, ou erros) de
potência ativa e reativa.
–6–
I O método de solução das equações do subsistema 1 consiste na escolha inicial
de valores de tensão (mismatches não nulos) e da sua atualização sucessiva,
até que os mismatches se anulem.
Na prática, considera-se que a solução tenha sido atingida se os mismatches
forem muito pequenos (menores que um certo valor predeterminado –
tolerância).
∆P = P esp − P (V , θ) = 0
∆Q = Qesp − Q (V , θ) = 0
I Considere a função
PSfrag vetorial:
replacements
NPQ + NPV
∆P
g (x) =
∆Q
NPQ
–7–
I Como a solução do subsistema 1 é obtida quando os mismatches são iguais a
zero, as equações do subsistema 1 podem ser colocadas na forma:
∆P
g (x) = =0
∆Q
Exemplo
1 Vθ 2 PQ 4 PQ
PSfrag replacements
3 PV
T
x= θ2 θ3 θ4 V 2 V 4
–8–
O subsistema 1 consiste na resolução do seguinte sistema de equações:
T
g (x) = ∆P2 ∆P3 ∆P4 ∆Q2 ∆Q4 =0
em que:
X
P1 = V 1 Vm (. . .)
m∈K1
X
Q1 = V1 Vm (. . .)
m∈K1
X
Q3 = V3 Vm (. . .)
m∈K3
–9–
4.3 Método de Newton aplicado ao problema de fluxo de carga
NPQ + NPV
ν
∆P
g (xν ) =
∆Qν
NPQ
PSfrag replacements
NPQ + NPV
ν
∆θ
∆xν =
PSfrag replacements ∆V ν
NPQ
(ν)
∂ (∆P ) ∂ (∆P )
∂θ ∂V NPQ + NPV
J (xν ) =
∂ (∆Q) ∂ (∆Q)
NPQ
∂θ ∂V
– 10 –
I Lembrando das equações dos mismatches (cujas derivadas aparecem na
matriz Jacobiana) e de que os valores especificados das potências são
constantes, pode-se escrever, por exemplo:
(ν)
∂ (P ) ∂ (P )
∂θ ∂V
NPQ + NPV
J (xν ) = −
∂ (Q) ∂ (Q)
NPQ
∂θ ∂V
∂ (P ) ∂ (P )
H= N=
∂θ ∂V
∂ (Q) ∂ (Q)
M= L=
∂θ ∂V
(ν)
∆P ν H N ∆θν
= ·
∆Qν M L ∆V ν
– 11 –
I As expressões para os elementos das matrizes H, M, N e L são obtidas a
partir das equações das potências nodais (equações de Pk e Qk ).
X
Pk = V k Vj (Gkj cos θkj + Bkj sen θkj )
j∈K
X
= Gkk Vk2 + Vk Vj (Gkj cos θkj + Bkj sen θkj )
j∈Ωk
∂ ∂ X
Hkm = Pk = Gkk Vk2 + Vk Vj (Gkj cos θkj + Bkj sen θkj )
∂θm ∂θm
j∈Ωk
∂
= Gkk Vk2 + Vk Vm (Gkm cos θkm + Bkm sen θkm) +
∂θm
X
Vk Vj (Gkj cos θkj + Bkj sen θkj )
j∈Ωk ,j6=m
= Vk Vm (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm)
∂
Hmk = Pm = Vm Vk (Gmk sen θmk − Bmk cos θmk )
∂θk
– 12 –
Como:
∂
Hkk = Pk
∂θk
∂ 2
X
= Gkk Vk + Vk Vj (Gkj cos θkj + Bkj sen θkj )
∂θk
j∈Ωk
X
= −Vk Vj (Gkj sen θkj − Bkj cos θkj )
j∈Ωk
X
Hkk = −Bkk Vk2 +Bkk Vk2 − Vk Vj (Gkj sen θkj − Bkj cos θkj )
j∈Ωk
!
= −Bkk Vk2 −Vk Vk Gkk |sen{zθkk} −Bkk |cos{zθkk}
=0 =1
| {z }
(∗)
X
−Vk Vj (Gkj sen θkj − Bkj cos θkj )
j∈Ωk
X
Hkk = −Bkk Vk2 − Vk Vj (Gkj sen θkj − Bkj cos θkj )
j∈K
| {z }
=Qk
= −Bkk Vk2 − Qk
– 13 –
A expressão em termos da potência reativa é mais simples e mais
econômica sob o ponto de vista de cálculo, pois aproveita o valor da
potência que já foi calculado anteriormente (este fato ficará mais claro
quando for apresentado o algoritmo de resolução de fluxo de carga).
Resumindo:
∂
P
Hkk = ∂θk Pk = −Bkk Vk2 − Vk m∈K Vm (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm )
= −Bkk Vk2 − Qk
∂
Hkm = P
∂θm k
= Vk Vm (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm)
∂
Hmk = ∂θk Pm = −Vk Vm (Gkm sen θkm + Bkm cos θkm)
∂
P
Nkk = ∂Vk Pk = Gkk Vk + m∈K Vm (Gkm cos θkm + Bkm sen θkm)
= Vk−1 Pk + Gkk Vk2
∂
Nkm = ∂Vm Pk = Vk (Gkm cos θkm + Bkm sen θkm )
∂
Nmk = ∂Vk Pm = Vm (Gkm cos θkm − Bkm sen θkm )
∂
P
Mkk = ∂θk Qk = −Gkk Vk2 + Vk m∈K Vm (Gkm cos θkm + Bkm sen θkm)
= −Gkk Vk2 + Pk
∂
Mkm = ∂θm Qk = −Vk Vm (Gkm cos θkm + Bkm sen θkm)
∂
Mmk = ∂θk Qm = −Vk Vm (Gkm cos θkm − Bkm sen θkm)
∂
P
Lkk = ∂Vk Qk = −Bkk Vk + m∈K Vm (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm)
= Vk−1 Qk − Bkk Vk2
∂
Lkm = ∂Vm Qk = Vk (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm )
∂
Lmk = ∂Vk Qm = −Vm (Gkm sen θkm + Bkm cos θkm )
– 14 –
I Comentários sobre as submatrizes H, M, N e L:
São estruturalmente simétricas e numericamente assimétricas (assim como
J);
Têm as mesmas caracterı́sticas de esparsidade da matriz admitância nodal
Y;
Têm dimensões distintas, em função dos dados do problema:
(
∆θk = 0 k ∈ {referência}
∆Vk = 0 k ∈ {referência,PV}
– 15 –
Exemplo
Vθ PQ
PSfrag replacements 1 2
PV
3
∆P2 ∆θ2
∆P3 = J · ∆θ3
∆Q2 ∆V2
H → [2 × 2]
N → [2 × 1]
M → [1 × 2]
L → [1 × 1]
– 16 –
Após resolvido o subsistema 1, pode-se obter P1 , Q1 e Q3 utilizando-se as
equações de fluxo de carga (subsistema 2).
T
∆x = ∆θ1 ∆θ2 ∆θ3 ∆V1 ∆V2 ∆V3
T
g (x) = ∆P1 ∆P2 ∆P3 ∆Q1 ∆Q2 ∆Q3
× × × × × ×
× × × ×
× × × ×
J=
PSfrag replacements × × × × × ×
× × × ×
× × × ×
∞ × × × × ×
× × × ×
PSfrag replacements × × × ×
J=
× × × ∞ × ×
× × × ×
× × × ∞
– 17 –
O vetor de correções das variáveis de estado é obtido por:
∆θ1 0 0 0 0 0 0 ∆P1
∆θ2 0 × × 0 × 0 ∆P2
∆θ3 0 × × 0 × 0 ∆P3
= ·
∆V1 0 0 0 0 0 0 ∆Q1
∆V2 0 × × 0 × 0 ∆Q2
∆V3 0 0 0 0 0 0 ∆Q3
J−1
→ As dimensões originais das submatrizes de J podem ser vistas (blocos
destacados).
– 18 –
I Considera-se que a solução tenha sido atingida quando, para um determinado
estado (tensão), as potências calculadas para as barras forem iguais às (ou
muito próximas das) potências especificadas para as mesmas → P e Q para
barras PQ e P para barras PV.
| ∆Pk |≤ εP barras k tipo PQ e PV
e
| ∆Qk |≤ εQ barras k tipo PQ
– 19 –
PSfrag replacements
Exemplo
∆P2 P2
P2esp
Q2
Qesp
2
solução exata
+εP
∆Q2
−εP
3
4
2 solução obtida
1
V2
1 0
3 2
0 4
−εQ+εQ
θ2
evolução do
estado da rede
– 20 –
4.5 Algoritmo básico para a resolução dos subsistemas 1 e 2 pelo método de
Newton
Subsistema 1
θ ν+1 = θ ν + ∆θ ν
V ν+1 = V ν + ∆V ν
– 21 –
(vi) Incrementar o contador de iterações (ν ← ν + 1) e voltar para o passo (ii).
Subsistema 2
rag replacements
Exemplo
Dados
E1 E2
z E1 = 1,0112∠0◦ pu
S1 S2 z = 0,01 + j 0,05 pu
S2 = −1,0∠0◦ pu
1 2
referência carga
3,8462 − j 19,2308 −3,8462 + j 19,2308
Y=
−3,8462 + j 19,2308 3,8462 − j 19,2308
– 22 –
As incógnitas são θ2 e V2 . As equações das potências nodais que serão utilizadas
são:
(
P2 = V2 V1 (G21 cos θ21 + B21 sen θ21) + V22 G22
Q2 = V2 V1 (G21 sen θ21 − B21 cos θ21) − V22 B22
( (
P2esp − P2 = 0 −1 − P2 = 0
Qesp
2 − Q2 = 0 0 − Q2 = 0
∂ ∂
∆P2 P
∂θ2 2
P
∂V2 2 ∆θ2
= ∂ ∂ ·
∆Q2 ∂θ2 Q2 ∂V2 Q2 ∆V2
em que:
∂
∂θ2 P2 = −V2 V1 (G21 sen θ21 − B21 cos θ21)
∂
∂V2 P2 = V1 (G21 cos θ21 + B21 sen θ21 ) + 2V2 G22
∂
Q = V2V1 (G21 cos θ21 + B21 sen θ21)
∂θ2 2
∂
∂V2 Q2 = V1 (G21 sen θ21 − B21 cos θ21 ) − 2V2 B22
(i) ν=0
V2 = 1 pu, θ2 = 0
(ii) As potências nodais e os mismatches de potência são:
– 23 –
(iii) Os mismatches de potência são maiores que a tolerância especificada.
(iv) Matriz Jacobiana:
19,4462 3,8031 −1 0,0494 −0,0099
J= J =
−3,8892 19,0154 0,0101 0,0506
∆θ2 ∆P 2 −0,0494
= J−1 · =
∆V2 ∆Q2 0,0012
V2 = 1,0012, θ2 = −0,0494
(vi) ν = 1
(ii) As potências nodais e os mismatches de potência são:
∆θ2 −0,0001
=
∆V2 −0,0012
V2 = 1,0000, θ2 = −0,0495
– 24 –
(vi) ν = 2
(ii) As potências nodais e os mismatches de potência são:
P2 = −1,0000 ∆P2 = 0
Q2 = 0 ∆Q2 = 0
∗
∗ 1
S1 = E1 I12 = E1 (E1 − E2 ) = 1,01 + j 0,05 pu
z
Iteração E2 [pu]
0 1+j0
1 1,0012 − j 0,0495
2 0,9987 − j 0,0494 Solução: E2 = 1∠ − 2,8◦ pu
– 25 –
4.6 Métodos desacoplados
Por exemplo:
∂
H= P → ∆P ≈ H · ∆θ
∂θ
∂ ∂
P e Q
∂θ ∂V
são maiores que
∂ ∂
Q e P
∂θ ∂V
[P e θ] e [Q e V ]
e um acoplamento fraco (desacoplamento) entre
[Q e θ] e [P e V ]
– 26 –
I O desacoplamento permite que se obtenha outros métodos de resolução do
problema de fluxo de carga, que são derivados do método de Newton.
I Métodos desacoplados:
o modelo da rede continua o mesmo;
realizam-se simplificações na matriz Jacobiana;
o processo de convergência (caminho percorrido durante o processo
iterativo) é diferente;
o critério de convergência é o mesmo;
o resultado final é praticamente o mesmo.
PSfrag replacements
Exemplo
Dados
E1 E2
z E1 = 1,0112∠0◦ pu
S1 S2 z = 0,01 + j 0,05 pu
S2 = −1,0∠0◦ pu
1 2
referência carga
– 27 –
Desprezando as submatrizes M e N tem-se os seguintes resultados:
Iteração E2 [pu]
0 1+j0
1 1,0101 − j 0,0497
2 0,9988 − j 0,0511
3 0,9983 − j 0,0495
4 0,9987 − j 0,0494
5 0,9988 − j 0,0494 Solução: E2 = 1∠ − 2,8◦ pu
Desacoplado
Newton
1
1
2
3
2
+εP 4
3
P2esp
−εP solução exata
Qesp
2 Q2
−εQ +εQ
– 28 –
4.6.1 Método de Newton desacoplado
(ν)
∆P ν HN ∆θ ν
= ·
∆Qν ML ∆V ν
ν
θ ν+1 θ ∆θ ν
= +
V ν+1 Vν ∆V ν
I Pode-se escrever:
∆P (V ν , θ ν ) = H (V ν , θν ) ∆θ ν + N (V ν , θν ) ∆V ν
∆Q (V ν , θ ν ) = M (V ν , θ ν ) ∆θν + L (V ν , θν ) ∆V ν
θ ν+1 = θ ν + ∆θν
V ν+1 = V ν + ∆V ν
∆P (V ν , θν ) = H (V ν , θν ) ∆θν
∆Q (V ν , θν ) = L (V ν , θ ν ) ∆V ν
θ ν+1 = θ ν + ∆θν
V ν+1 = V ν + ∆V ν
– 29 –
I Pode-se aplicar agora o esquema de solução alternado, que resulta em uma
melhor caracterı́stica de convergência:
∆P (V ν , θν ) = H (V ν , θ ν ) ∆θν
θ ν+1 = θ ν + ∆θ ν (A)
∆Q V ν , θν+1 = L V ν , θ ν+1 ∆V ν
V ν+1 = V ν + ∆V ν (B)
I Comparação:
– 30 –
ments
∆P (V q , θp )
max {| ∆Pk |} : εp ≤
k = {PQ, PV} KP = 0
> =
Meia-iteração ativa
p q
∆θ = H (V , θ ) p −1 q p
· ∆P (V , θ ) KQ : 0
θp+1 = θp + ∆θ p 6=
p←p+1
KQ = 1
Solução
q p
∆Q (V , θ )
Meia-iteração reativa
max {| ∆Qk |} : εq ≤
k = {PQ} KQ = 0
> =
q q
∆V = L (V , θ ) p −1 q p
· ∆Q (V , θ ) KP : 0
V q+1 = V q + ∆V q 6=
q ←q+1
KP = 1
– 31 –
I p e q são os contadores das meias-iterações ativa e reativa.
I Esta versão pode apresentar uma convergência mais rápida para alguns
sistemas.
V1
V2 0
V=
0 ...
Vn
– 32 –
I As submatrizes H e L podem ser colocadas na seguinte forma:
H = V · H0
L = V · L0
I Os elementos de H0 e L0 são:
H 0 = −Qk /Vk − Vk Bkk
kk
0
Hkm = Vm (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm)
H 0 = −V (G sen θ + B cos θ )
mk k km km km km
L0 = Qk /Vk2 − Bkk
kk
L0km = (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm )
L0 = − (G sen θ + B cos θ )
mk km km km km
∆P = V · H0 · ∆θ
∆Q = V · L0 · ∆V (premultiplicar por V−1 )
V−1 · ∆P = H0 · ∆θ
V−1 · ∆Q = L0 · ∆V
∆P /V = H0 · ∆θ
∆Q/V = L0 · ∆V
– 33 –
4.6.3 Método desacoplado rápido
Bkk Vk2 Qk
As reatâncias shunt são em geral muito maiores que as reatâncias série.
Vk ≈ 1 pu
I São definidas duas novas matrizes B0 e B00, que correspondem à aplicação das
aproximações às matrizes H0 e L0 respectivamente:
0 00
Bkk = −Bkk Bkk = −Bkk
0 00
Bkm = −Bkm Bkm = −Bkm
0 00
Bmk = −Bkm Bmk = −Bkm
– 34 –
I Considerações sobre as matrizes B0 e B00:
∆P /V = B0 · ∆θ
∆Q/V = B00 · ∆V
– 35 –
I Um melhor desempenho do método foi observado desprezando-se as
resistências dos ramos e os elementos shunt na formulação da matriz B0 ,
resultando em:
X
0
Bkk = x−1
km 00
Bkk = −Bkk
m∈Ωk
00 00
0 0 Bkm = Bmk = −Bkm
Bkm = Bmk = −x−1
km
rag replacements
Exemplo
Dados
E1 E2
z E1 = 1,0112∠0◦ pu
S1 S2 z = 0,01 + j 0,05 pu
S2 = −1,0∠0◦ pu
1 2
referência carga
3,8462 − j 19,2308 −3,8462 + j 19,2308
Y=
−3,8462 + j 19,2308 3,8462 − j 19,2308
– 36 –
As incógnitas são θ2 e V2 . As equações das potências nodais que serão utilizadas
são:
(
P2 = V2 V1 (G21 cos θ21 + B21 sen θ21) + V22 G22
Q2 = V2 V1 (G21 sen θ21 − B21 cos θ21) − V22 B22
(i) KP = 1, KQ = 1
p = 0, q = 0
V2 = 1 pu, θ2 = 0
(ii) A potência ativa nodal e o mismatch de potência são:
θ2 = −0,0478
(vi) p=1
(vii) KQ = 1
– 37 –
(viii) A potência reativa nodal e o mismatch de potência são:
V2 = 1,0004
(xii) q=1
(xiii) KP = 1
(ii) A potência ativa nodal e o mismatch de potência são:
θ2 = −0,0495
– 38 –
(vi) p=2
(vii) KQ = 1
(viii) A potência reativa nodal e o mismatch de potência são:
V2 = 1,0000
(xii) q=2
(xiii) KP = 1
(ii) A potência ativa nodal e o mismatch de potência são:
– 39 –
(ix) O mismatch de potência reativa é menor que a tolerância especificada.
(xvi) KQ = 0
(xvii) KP = 0 → o processo convergiu.
∗
∗ 1
S1 = E1 I12 = E1 (E1 − E2 ) = 1,01 + j 0,05 pu
z
Iteração E2 [pu]
0 1+j0
1 0,9993 − j 0,0478
2 0,9988 − j 0,0495 Solução: E2 = 1∠ − 2,8◦ pu
– 40 –
g replacements
Exemplo
Dados
E1 E2
z, b sh E1 = 1,0∠0◦ pu
S1 S2 S2 = −0,30 + j 0,07 pu
z = 0,2 + j 1,0 pu
1 2
bsh = 0,02 pu
referência carga
Para que as soluções fiquem ainda mais próximas, deve-se reduzir as tolerâncias.
– 41 –
4.6.4 Método de Newton desacoplado rápido – uma versão modificada
I Equivalentes externos:
Fronteira (F)
Rede Rede
Interna Externa
(I) .. (E)
.
Área de Interesse
PSfrag replacements
Rede
Interna ligação equivalente
(I) ..
.
injeção equivalente
– 42 –
I Idéia: substituir a rede externa (E) por uma rede equivalente que reaja de
maneira semelhante a distúrbios na rede interna (I).
→ Análise de contingências
Exemplo
F y2
y1
I y2sh
y1sh
Equivalente
ag replacements
I
sh
yeq
– 43 –
Neste caso:
h i
y2 ·y2sh
y2 +y2sh
+ y1sh · y1
sh
yeq = y2 ·y2sh
y2 +y2sh
+ y1sh + y1
Como, em geral:
y1 , y2 y1sh , y2sh
ou:
z1 , z2 z1sh , z2sh
tem-se:
h i
y2 ·y2sh
y2 + y1sh · y1
sh
yeq ≈ y2 ·y2sh
y2
+ y1sh + y1
y2sh + y1sh · y1
≈
y2sh + y1sh + y1
y2sh + y1sh · y1
≈
y1
≈ y1sh + y2sh
ag replacements
F curto
curto
I y2sh
y1sh
– 44 –
I A matriz B00 foi obtida a partir de simplificações na matriz L0 . O elemento da
diagonal de L0 é:
!
X X
L0kk ≈ Bkk
00
= −Bkk = − bkm − bsh
k + bsh
km
m∈Ωk m∈Ω
| {z } | {z k }
série shunt
00
é necessário obter uma nova expressão para Bkk levando Qk em
consideração
– 45 –
Voltando ao elemento da diagonal de L0 :
– 46 –
I Com relação à presença de transformadores na rede:
– 47 –
I Em alguns casos (por exemplo na análise de estabilidade transitória), o
modelo de carga como injeção de potência constante não é adequado.
Pkesp = ap + bpVk + cp Vk2 · Pknom
nom
Qesp
k = a q + b V
q k + c 2
q k · Qk
V
em que:
ap + b p + c p = 1
ap + b p + c p = 1
Coeficientes
a b c Tipo de carga
1 0 0 potência constante
0 1 0 corrente constante
0 0 1 admitância constante
– 48 –
I Dependendo dos valores de a, b e c pode-se obter qualquer combinação de
modelos.
Por exemplo:
∂ ∂ esp ∂ cal
Nkk = − ∆Pk = − Pk + P
∂Vk ∂Vk ∂Vk k
= − (bp + 2cpVk ) · Pknom + Vk−1 Pkcal + Vk2 Gkk
∂ ∂ esp ∂ cal
Lkk = − ∆Qk = − Qk + Q
∂Vk ∂Vk ∂Vk k
= − (bq + 2cq Vk ) · Qnom
k + Vk−1 Qcal 2
k − Vk Bkk
– 49 –
rag replacements
Exemplo
Dados
E1 E2
z E1 = 1,0112∠0◦ pu
S1 S2 z = 0,01 + j 0,05 pu
S2 = −2,0∠0◦ pu
1 2
referência carga
ap = a q = 0 b p = bq = 0 c p = cq = 1
3,8462 − j 19,2308 −3,8462 + j 19,2308
Y=
−3,8462 + j 19,2308 3,8462 − j 19,2308
(
P2 = V2 V1 (G21 cos θ21 + B21 sen θ21) + V22 G22
Q2 = V2 V1 (G21 sen θ21 − B21 cos θ21) − V22 B22
– 50 –
Portanto, as equações de fluxo de carga são:
( (
P2esp (V ) − P2 = 0 −2 V22 − P2 = 0
Qesp
2 (V ) − Q2 = 0 0 − Q2 = 0
∂ ∂
∆P2 ∂θ2 ∆P2 ∂V2 ∆P2 ∆θ2
=− ∂ ∂ ·
∆Q2 ∂θ2 ∆Q2 ∂V2 ∆Q2
∆V2
em que:
∂
∂θ2 ∆P2 = V2 V1 (G21 sen θ21 − B21 cos θ21)
∂
∂V2
∆P2 = −V1 (G21 cos θ21 + B21 sen θ21) − 2V2 G22 −4
| {zV}2
∂
∂θ2 ∆Q2 = −V2 V1 (G21 cos θ21 + B21 sen θ21)
∂
∂V2
∆Q2 = −V1 (G21 sen θ21 − B21 cos θ21) + 2V2B22
(i) ν=0
V2 = 1 pu, θ2 = 0
(ii) As potências nodais e os mismatches de potência são:
– 51 –
(v) Atualização do estado:
∆θ2 ∆P 2 −0,0972
= −J−1 · =
∆V2 ∆Q2 −0,0086
V2 = 0,9914, θ2 = −0,0972
(vi) ν = 1
(ii) As potências nodais e os mismatches de potência são:
∆θ2 −0,0005
=
∆V2 −0,0048
V2 = 0,9867, θ2 = −0,0977
(vi) ν = 2
– 52 –
(ii) As potências nodais e os mismatches de potência são:
∆θ2 0,0000
=
∆V2 −0,0001
V2 = 0,9866, θ2 = −0,0977
(vi) ν = 3
(ii) As potências nodais e os mismatches de potência são:
P2 = −1,9469 ∆P2 = 0
Q2 = 0 ∆Q2 = 0
– 53 –
A potência na barra de referência (subsistema 2) é:
∗
∗ 1
S1 = E1 I12 = E1 (E1 − E2 ) = 1,9850 + j 0,1953 pu = 1,9946∠5,6◦ pu
z
Iteração E2 [pu]
0 1+j0
1 0,9868 − j 0,0962
2 0,9820 − j 0,0963
3 0,9819 − j 0,0963 Solução: E2 = 0,9866∠ − 5,6◦ pu
Repita o exemplo considerando que a carga seja modelada como uma injeção de
potência constante e comparar os resultados obtidos.
– 54 –
A Análise dos métodos de fluxo de carga desacoplados rápidos
A.1 Introdução
∆P /V = B0 · ∆θ
∆Q/V = B00 · ∆V
em que1 :
X !
0
Bkk = x−1 00
X X
km Bkk =− bkm − bsh
k + bsh
km
Ωk
Ωk Ωk
0 0
Bkm = Bmk = −x−1 00 00
km Bkm = Bmk = bkm
!
X X
00
Bkk =− bkm − 2 · bsh
k + bsh
km
Ωk Ωk
00 00
Bkm = Bmk = bkm
– 55 –
I FCDR proposto por van Amerongen (versão BX)
van Amerongen, R.A.M., A general-purpose version of the fast decoupled load
flow, IEEE Transactions on Power Systems, vol.4, pp.760-770, 1989.
X !
0
Bkk =− bkm 00
X X
Bkk = x−1
km − 2 · bsh
k + bsh
km
Ωk
Ωk Ωk
0 0
Bkm = Bmk = bkm 00 00
Bkm = Bmk = −x−1
km
– 56 –
I O artigo
Monticelli, A., Garcia, A., Saavedra, O.R., Fast decoupled load flow:
hypothesis, derivations, and testing, IEEE Transactions on Power Systems,
vol.5, pp.1425-1431, 1990.
apresenta uma análise teórica dos métodos desacoplados rápidos, mostrando
entre outras coisas que:
∆P H N ∆θ
= ·
∆Q M L ∆V
ou:
∆P = H · ∆θ + N · ∆V (1)
∆Q = M · ∆θ + L · ∆V (2)
– 57 –
I Premultiplicando (1) por −MH−1 e somando com (2) tem-se:
∆P H N ∆θ
= · (3)
∆Q − MH−1∆P 0 L − MH−1N ∆V
I Premultiplicando (2) por −NL−1 e somando com (1) tem-se:
∆P − NL−1∆Q H − NL−1M 0 ∆θ
= · (4)
∆Q M L ∆V
∆P − NL−1∆Q H − NL−1 M 0 ∆θ
= ·
∆Q − MH−1∆P 0 L − MH−1N ∆V
ou:
∆P − NL−1∆Q Heq 0 ∆θ
= · (5)
∆Q − MH−1∆P 0 Leq ∆V
I Nas equações (3) e (4) é necessário inverter duas matrizes (H e Leq em (3) e
L e Heq em (4)).
I Na equação (5) é necessário inverter quatro matrizes, o que torna esta opção
menos atrativa.
– 58 –
A.2.2 Propriedades básicas
Propriedade 1
∆P (V, θ) − NL−1 ∆Q (V, θ) ≈ ∆P V + L−1 ∆Q, θ
(6)
∆Q (V, θ) − MH−1∆P (V, θ) ≈ ∆Q V, θ + H−1∆P
– 59 –
Propriedade 2
∆P H N ∆θ
= · (7)
∆Q V, θ + H−1 ∆P 0 Leq ∆V
∆P V + L−1∆Q, θ Heq 0 ∆θ
= · (8)
∆Q M L ∆V
(i) ∆P (V, θ)
(ii) ∆θH = H−1∆P
(iii) θH = θ + ∆θH
(iv) ∆Q (V, θH )
(v) ∆V = L−1
eq ∆Q, V = V + ∆V
I Até este ponto, a única aproximação feita foi com relação à série de Taylor da
propriedade 1.
2 Considera-se que valores iniciais de V e θ sejam disponı́veis
– 60 –
I Problemas: ∆θ é calculado em dois passos (isso será tratado pela propriedade
3) e L−1
eq é uma matriz cheia (isso será tratado pela propriedade 4).
I O sistema de equações (8) (dual de (7)) pode ser resolvido através de:
(i) ∆Q (V, θ)
(ii) ∆VL = L−1∆Q
(iii) VL = V + ∆VL
(iv) ∆P (VL , θ)
(v) ∆θ = H−1
eq ∆P , θ = θ + ∆θ
– 61 –
Propriedade 3
I Trata de eliminar o problema de se ter que calcular θ (em (7)) e V (em (8))
em dois passos.
I Considerando o problema (7), iniciando em V 0, θ0 :
Iteração 1 Iteração 2
(i) ∆P V 0 , θ0 (i) ∆P V 1 , θ1
0
(ii) ∆θH = H−1∆P 1
(ii) ∆θH = H−1∆P
1
(iii) θH = θ0 + ∆θH0 2
(iii) θH = θ1 + ∆θH1
(iv) ∆Q V 0 , θH
1
(iv) ∆Q V 1 , θH
2
(v) ∆V 0 = L−1 1 0
eq ∆Q, V = V + ∆V
0
(v) ∆V 1 = L−1 2 1
eq ∆Q, V = V + ∆V
1
0
(vi) ∆θN = −H−1N∆V 0 1
(vi) ∆θN = −H−1N∆V 1
(vii) θ1 = θH
1 0
+ ∆θN (vii) θ2 = θH
2 1
+ ∆θN
2
θH = θ1 + ∆θH
1
2 1 0
θH = θH + ∆θN + ∆θ1
| {z H}
δ
– 62 –
Tomando o termo δ:
0 1
δ = ∆θN + ∆θH
= −H−1 N∆V 0 + H−1∆P V 1 , θ1
= H−1 ∆P V 1, θ1 − N∆V 0
= H−1 ∆P V 1, θH 1 0
+ ∆θN − N∆V 0
−1 1 1
∂ 0 0
=H ∆P V , θH + ∆P ∆θN − N∆V
∂θ
= H−1 ∆P V 1, θH 1
− H∆θN 0
− N∆V 0
= H−1 ∆P V 1, θH 1
− H −H−1N∆V 0 − N∆V 0
= H−1 ∆P V 1, θH
1
I Nota-se que:
– 63 –
I Procedimento modificado (equação (7), iteração γ):
(i) ∆P (V γ , θγ )
γ
(ii) ∆θH = H−1∆P
γ+1 γ
(iii) θH = θγ + ∆θH
γ γ+1
(iv) ∆Q V , θH
(v) ∆V γ = L−1
eq ∆Q, V
γ+1
= V γ + ∆V γ
– 64 –
Propriedade 4
Vθ PQ
r + jx
∼
r −x
g= r2 +x2
b= r2 +x2
∆P −b g ∆θ
= ·
∆Q −g −b ∆V
∆P −b g ∆θ
= ·
∆Q − (g/b) ∆P 0 1/x ∆V
∆P − (g/b) ∆Q 1/x 0 ∆θ
= ·
∆Q −g −b ∆V
– 65 –
I No segundo caso tem-se uma relação com a versão XB:
Neste caso, para que obtenção de Heq resulte sempre nesta forma, deve-se
fazer a aproximação extra de se ignorar as barras PV, shunts e taps
(presentes na matriz L)
I É possı́vel mostrar que estas observações são rigorosamente válidas para redes
radiais e para redes malhadas desde que todos os ramos tenham a mesma
relação R/X.
Para redes malhadas com relações R/X variadas, essas observações são
aproximadas.
PSfrag replacements
1 2
0+j
1+j 2+j
1+j
3 4
– 66 –
I Considerando flat start tem-se:
2 −1 0 −1
−1 2 −1 0
B00 =
0 −1 2 −1
(*) versão BX
−1 0 −1 2
1,5 −1 0 −0,5
−1 1,2 −0,2 0
L=
0 −0,2 0,7 −0,5
−0,5 0 −0,5 1
1,9 −0,8 -0,1 −1
−0,8 1,6 −0,8 0
Leq =
-0,1 −0,8 1,9 −1
−1 0 −1 2
I Nota-se que:
Leq é uma matriz cheia. Porém, seus elementos fill-ins são pequenos se
comparados com os demais.
Se os fill-ins forem desprezados, Leq terá a mesma estrutura de esparsidade
de B00.
– 67 –
A.2.3 Algoritmos
∆P H N ∆θ
= ·
∆Q V, θ + H−1 ∆P 0 Leq ∆V
em que:
I Observações:
I Algoritmo:
∆θ = (B0)−1 · ∆P
θ = θ + ∆θ
∆V = (B00)−1 · ∆Q
V = V + ∆V
– 68 –
Algoritmo dual – versão um pouco diferente da XB
∆P V + L−1∆Q, θ Heq 0 ∆θ
= ·
∆Q M L ∆V
em que:
I Observações:
I Algoritmo:
∆V = (B00)−1 · ∆Q
V = V + ∆V
∆θ = (B0)−1 · ∆P
θ = θ + ∆θ
– 69 –
Problema: Considere a rede mostrada a seguir.
PSfrag replacements
Vθ PQ PQ
Vθ PQ PQ
1 : akm
r1 + jx1 jx2
– 70 –
PSfrag replacements
Problema: Considere a rede mostrada a seguir.
Vθ PQ PV
r1 + jx1 r2 + jx2
– 71 –