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CURSO DE PSICOLOGIA
ANÁLISE TRANSACIONAL
ANÁLISE TRANSACIONAL
ANÁLISE TRANSACIONAL
BANCA EXAMINADORA
Profª Msc. Elisiênia Cardoso de Souza Frasson Fragnani – CRP 12/2121– UNESC
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, por estar aqui mais um dia e com plena saúde.
Agradeço a minha família querida, meu pai Osvaldo, minha mãe Adenir e minha irmã
Cristine por me incentivarem e acreditarem em mim, me auxiliando quando em meio
aos obstáculos. Mas em especial agradeço a minha amada mãe que me ensinou a
ser uma pessoa honesta e a lutar para alcançar meus objetivos.
Também quero fazer um agradecimento especial para o meu esposo Cleber, que me
apoiou nas horas que tanto precisei, ficando ali do meu lado, atencioso como
sempre, me compreendendo e dando força no que necessário com aquele jeito
carinhoso e paciente dele ser. Obrigada!
E agradeço também com grande satisfação a minha maravilhosa orientadora Myrta
que foi uma pessoa fundamental para mim durante esses semestres. Ela, com seu
jeito carismático de ser, me proporcionando nas orientações uma grande
aprendizagem, contribuindo com sua enorme teoria e prática em Psicologia.
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RESUMO
A Análise Transacional busca obter uma melhora da qualidade de vida, pois é uma
abordagem de grande comunicação, de relacionamentos humanos (sociais,
profissionais,...), em que é possível observar como o indivíduo interage com o meio
no qual ele está inserido (vive e/ou convive) apresentando comportamentos
observáveis, verbais e não-verbais, permitindo localização fácil das instâncias Pai,
Adulto e Criança. A Análise Transacional é conhecida como uma “teoria da
personalidade”, sendo também uma Psicoterapia Sistemática (organizada) para o
crescimento e mudança pessoal de cada indivíduo. Também é vista como uma
Filosofia de Vida, que utiliza uma teoria da Psicologia individual e social. Contém
diferentes técnicas de mudanças positivas que possibilitam uma tomada de posição
do indivíduo. A Análise Transacional tem por objetivo entender o indivíduo diante de
seu comportamento, tanto no aspecto social ou psicológico, visando obter sua
própria autonomia. O estudo mostra-se relevante, pois permeia grande parte dos
relacionamentos, impedindo ou colaborando para o crescimento e desenvolvimento
adequados de pessoas e organizações.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 07
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 38
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 39
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1 INTRODUÇÃO
2 ANÁLISE TRANSACIONAL
a) Uma filosofia positiva de vida e de confiança no ser humano. Afirma que todos
são Ok e que todos possuem capacidade para vencer a menos que sofra
alguma afecção orgânica grave.
b) Um modelo de aprendizagem, em que o indivíduo toma consciência de que
antes de analisar o outro, este, precisa curar-se. Tanto na relação
psicoterapeuta e paciente quanto sistema familiar e indivíduo em dificuldade.
c) É uma abordagem simples. Apresenta uma linguagem cotidiana de fácil
compreensão.
d) É natural, pois levando em conta as necessidades biológicas, psicológicas e
sociais que são comuns a todos os seres humanos.
e) Objetiva. Desenvolveu-se por meio de observação das experiências que o
autor vivenciava, do ouvir e falar dos pacientes e pessoas em geral.
f) Diagramável. Ou seja, grande parte dos seus conceitos teóricos é
representada por gráficos simples, círculos, triângulos, vetores, quadrados.
g) Preditiva. Ela procura dar atenção a história de vida do indivíduo, os sinais de
comportamento observáveis, mas também, levando em conta a intuição
observada.
h) Preventiva, ao dar ênfase as características preditivas criam condições que
facilitam a prevenção de comportamentos perigosos que prejudicavam o
indivíduo.
i) É muito eficaz, porque é um modelo de trabalho que facilita ao paciente
compreender o seu comportamento e o dos outros já no início do tratamento,
pois utiliza técnicas de fácil compreensão e acesso.
j) Integrável, pois sua teoria pode ser integrada com outras abordagens, como o
Psicodrama, a Gestalt-terapia, entre outras.
k) Contratual. Paciente e psicoterapeuta delimitam um contrato no sentido de
dar objetividade ao indivíduo que se foca no tratamento, buscando a mudança
positiva de comportamento.
l) Igualitária, pois ela considera todos com direitos iguais e potencial positivo
para vencer, afirmando que ninguém é melhor do que ninguém.
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C
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1) O esquema da personalidade.
2) A análise das transações.
3) Os reforços sociais ou carícias.
4) As posições existenciais.
5) Estruturação do tempo.
6) Os jogos psicológicos.
7) Emoções autênticas, substitutas e disfarces.
8) O argumento e as Metas de vida.
9) O miniargumento.
10) Dinâmica dos grupos.
(KERTÉSZ, 1987)
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(KERTÉSZ, 1987)
3. Carícias
(KERTÉSZ, 1987)
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4. Posições Existenciais
(KERTÉSZ, 1987)
(KERTÉSZ, 1987)
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6. Jogos Psicológicos
(KERTÉSZ, 1987)
7. Estruturação do Tempo
(KERTÉSZ, 1987)
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(KERTÉSZ, 1987)
9. Miniargumento
(KERTÉSZ, 1987)
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(KERTÉSZ, 1987)
Pai
Adulto
Criança
Segundo Gouding & Gouding (1985), os dados no Estado de Ego Pai são
colhidos e gravados diretamente, sem artifícios de montagem. A situação da criança
pequena, sua dependência e sua incapacidade para construir significados com as
palavras tornam impossível para ela modificar, corrigir ou explicar qualquer dado.
Sendo assim, o autor coloca que, se os pais são hostis e estão
constantemente brigando um com o outro, uma briga é gravada juntamente com o
terror produzido pela visão de duas pessoas de quem a criança depende para a
própria sobrevivência prestes a se destruírem mutuamente. Dentro disso, no Estado
de Ego Pai são registradas todas as advertências, regras e leis que a criança ouviu
de seus pais e viu através do modo como viviam. E elas variam desde as primeiras
comunicações paternas, interpretadas não verbalmente, através do tom de voz,
expressão facial, carícia ou “não-carícia”, até as mais elaboradas regras verbais e
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mundo por meio dos sentidos e quando se faz necessário atua de maneira racional,
realizando assim, suposições dos dados já arrecadados.
Para Kertész (1987), o Estado de Ego Adulto recebe informações de fora
e de dentro, analisa e compara com seu “banco de dados” e toma as decisões
cabíveis.
De acordo com Minicucci (1992), o Estado de Ego Adulto é utilizado para
captar/colher informações, arrecadar e organizar dados, guardar referências, realizar
mudanças com as informações coletadas, estabelecendo assim, dados às
experiências adquiridas.
Para Badcock e Keepers (1977), no Estado de Ego Adulto levamos em
considerações as regras da lógica para chegarmos a uma conclusão, é o estado de
ego que torna possível a sobrevivência do indivíduo no mundo civilizado, protegendo
de muitos sofrimentos. O Estado de Ego Adulto é aquele que toma as decisões e
tem autonomia para escolha, porque numa escolha é necessário usar a inteligência
de forma racional, objetiva, técnica, analisar as informações para chegar a uma
conclusão, habilidades do Estado de Ego Adulto.
O Estado de Ego Adulto não julga. Ele trabalha com fatos. Tem
conhecimento do Estado de Ego Pai é mediador entre este e o Estado de Ego
Criança.
Pai Criança
Adulto
criança ao que ela vê e ouve. São esses dados que juntos se formam e se definem
como o Estado de Ego Criança.
Segundo Kertész (1987), o Estado de Ego Criança é o primeiro estado de
ego a existir no ser humano. E já lá por volta dos 2 anos de idade se distingue do
Estado de Ego Adulto e logo após do Estado de Ego Pai. O Estado de Ego Criança
atribui toda uma idéia de fantasias que são ingênuas, que contém magias. Ela
também interrompe a parte curiosa da personalidade humana, pois é dotada de
grande intuição e podendo também ser até telepática. O Estado de Ego Criança
carrega também um componente biológico da personalidade, em que se associa
grande extensão da aprendizagem e transmite todo o material genético do ser
humano como o sexo, a estatura, a cor da pele, entre outros. (KERTÉSZ, 1987)
O referido autor coloca que o Estado de Ego da Criança é dividido de
duas formas: a Criança Adaptada e a Criança Natural. A Criança Adaptada é vista
sendo aquela que aprendeu a obedecer. Contudo, ela muda a sua conduta mediante
a influência do Estado de Ego Pai. Mas já a Criança Natural, é vista como uma
criança livre, que desenvolve espontaneamente características naturais como a
criatividade, alegria, intuição, entre outros.
Woolams e Brown (1979) consideram que o Estado de Ego Criança
funciona de duas maneiras básicas, Criança Natural (CN) ou Criança Adaptada
(CA). A Criança Natural é livre, se expressa naturalmente sem preocupações com as
reações dos pais e do mundo, é espontânea. A Criança Adaptada pode ser
compreensiva, danoso, indefesa, representam as atitudes desfavoráveis,
encontradas nas artimanhas e nos jogos.
É pelas atitudes agradáveis, como sorrisos e aprovações vindas dos pais
ou substitutos; ou da frieza, aborrecimentos demonstrando idéias punitivas pelos
atos mau-feitos que a criança vai formando dentro de si a Criança Natural e a
Criança Adaptada. Então, as permissões são dadas pelo Pai Protetor e as punições
e reprovações vêm do Pai Crítico. Mas é importante salientar a necessidade da
presença do Estado de Ego Pai como forma de preservação, já que se deixar o
Estado de Ego Criança tomar conta da situação, poderá levar o indivíduo para auto-
destruição.
Para Berne, sendo referido em Kertész (1987), à definição dos Estados
de Ego, são combinações onde emoções e pensamentos, participando
simultaneamente de padrões de comportamento. Contudo, Berne também evidencia
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P P
E
R
A A
C C
- Eu te amo!
- Eu também o amo!
- Esses jovens de hoje, não há quem os entenda... O que você acha deles?
- Eles são diferentes mesmos... Que será que eles têm na cabeça?
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-Traga-me um cafezinho.
- Já Trago.
Exemplos:
Exemplos:
1) A fome de estímulo
2) A fome de reconhecimento
3) A fome de estruturação de tempo
4) A fome de posição existencial
5) A fome de acontecimentos novos seguidos
6) A fome de sexo
7) A fome de liderança
1) Isolamento
2) Rituais
3) Atividades
4) Passatempos
5) Jogos Psicológicos
6) Intimidade
P S
P: Perseguidor
S: Salvador
V: Vítima V
Kertész (1987) coloca que uma das grandes contribuições de Berne foi a
de dividir as emoções em duas classificações, as emoções autênticas (criança
natural) e emoções substitutivas ou disfarces (criança adaptada, submissa, rebelde).
De acordo com o autor, esta mudança emocional está ligada às “crenças”
e aos pontos de referência da família, pois cada família tem seus padrões de
conduta conscientes ou não sobre quais emoções se pode evidenciar, experimentar.
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4.9 Miniargumento
De acordo com Eric Berne (1963, apud KERTÉSZ, 1987, p. 148) “o grupo
é qualquer agregação social com um limite externo, e pelo menos um limite interno”.
O autor apresenta que para Limite Externo percebe-se o que divide e/ou
distingue dos indivíduos que fazem parte do grupo, e aqueles que não são do grupo.
O Limite Interno é aquele que distingue o líder ou líderes de um determinado grupo.
Para Kertész (1987) tanto os limites externos como internos são
classificados seguinte maneira:
1) A estrutura grupal
2) As divisões geográficas e físicas
3) Aos aspectos psicológicos
1ª - Eu não estou Ok – Você está Ok: está é uma posição que se estende
a tudo e a todos da primeira infância, sendo que é uma dedução coerente que a
criança (bebê) faz do nascimento e da sua própria infância.
Diante disso, permanece um Ok que é positivo nesta posição, porque o
estímulo está presente. A criança é estimulada no primeiro ano de vida pelo inocente
ato de ter que ser carregada (o) no colo para que se cuide dela.
Mas também há um Ok negativo, que é a dedução a respeito de si
mesma. São acontecimentos que evidenciam o cúmulo de sentimentos Não Ok na
criança que se torna coerente (com nexo), pois são certezas fundamentadas e
afirmadas para ela (criança) de que ela é Não Ok, e isso, a respeito de si mesma.
(HARRIS, 2003)
2ª - Eu não estou Ok – Você não está Ok: no fim do primeiro ano do bebê,
acontece algo de grande importância e essencial para o bebê, ele começa a andar,
é não terá mais que ser colocado (a) e carregado (a) no colo. Para a criança fica
claro que seus dias de bebê acabaram. Onde acontece menor contato físico (mãe-
filho), além disso, a criança está andando sozinha e começa principalmente as
quedas, tombos, ferimentos, arranhões, tudo isso, porque está iniciando uma nova
fase da criança, que já se locomove sem ajuda da mãe. Dando continuidade a esses
acontecimentos à criança logo conclui que “Eu não estou Ok – Você não está Ok”.
(HARRIS, 2003)
3ª - Eu estou Ok – Você não está Ok: uma criança que está Ok e que
sofre agressão dos pais constantemente, logo, irá substituir o Ok para outra posição
existencial de vida que é a “Eu estou Ok – Você não está Ok”. A criança com esta
posição de certo modo protege sua vida, que por desventura, para ela mesma e
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para os grupos onde está inserida. Contudo, ela impossibilita a si mesma de ser
objetiva a respeito de sua própria cumplicidade com o que lhe acontece. Essa
posição é “Eu estou Ok – Você não está Ok”, onde é jogada toda a culpa nos outros
ou neles todos. (HARRIS, 2003)
4ª - Eu estou Ok – Você está Ok: esta última posição é onde está toda
uma expectativa. Entre a posição “Eu estou Ok – Você está Ok” e as posições
anteriores existem grandes divergências entre ambas. Porque as três primeiras
posições são inconscientes. Onde a posição quarta de “Eu estou Ok – Você está
Ok” veio primeiro e permanece na maioria das pessoas por toda a sua vida.
Para algumas crianças que são mais desfavorecidas, esta posição foi
mudada para a posição 2 (Eu não estou Ok – Você não está Ok) e 3 (Eu estou Ok –
Você não está Ok).
Por volta do terceiro ano de vida, uma dessas posições é estabelecida em
todas as pessoas. A definição quanto à posição tomada poderá ser uma das
primeiras funções do Estado de Ego Adulto da criança, em uma pretensão para
comparar um sentido “uma direção” à vida, dela própria.
A posição “Eu estou Ok – Você está Ok”, por ser uma determinação
(ação) verbal e consciente, pode-se abranger não só uma quantidade infinita de
instrução “informação”, como também a si própria e as outras pessoas.
Entretanto, as três primeiras posições são fundamentadas em
sentimentos. A quarta posição é fundamentada no pensamento.
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6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BABCOCK, D.E.; KEEPERS, T.D. Pais Ok. Filhos Ok. Artenova: Rio de Janeiro,
1977.
______. O que você diz depois de dizer Olá? A psicologia do destino. Nobel: São
Paulo, 1988. 357 p.
HARRIS, Thomas Anthony. Sempre Ok. 3ª Ed. Rio de Janeiro: 1985. 249 p.
______. Eu estou ok, você está ok. Rio de Janeiro: Record, 2003. 268 p.
______. Eu estou ok. Você está ok: um guia prático para sua auto-análise. Record:
Rio de Janeiro, 1969. 268 p.
JAMES, Muriel. Um novo Eu: autoterapia pela Análise Transacional. São Paulo:
Ibrasa, 1982. 355p.