Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VIÇOSA
MINAS GERAIS - BRASIL
2010
MARCOS ROBERTO MARCIAL
ii
Agradecimentos
• A minha famı́lia, meus pais, meus irmãos Mateus e Bruna, pelo incentivo,
pela compreensão e pelas orações.
• Aos professores, Paulo César Carrião e Sandro Vieira Romero pela co-
orientação.
• À CAPES pelo suporte financeiro, sem o qual este trabalho não seria
possı́vel.
Sumário
1 Agradecimentos iii
Resumo vi
Abstract vii
Introdução 1
2.5 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
iv
3.3.1 Teoremas principais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
A Apêndice 44
Referências Bibliográficas 52
v
Resumo
vi
Abstract
vii
Introdução
(P0 )
u ∈ H 1 (IRN ), u 6≡ 0,
g(s) g(s)
(a1 ) −∞ < lim inf ≤ lim sup = −m ≡ g 0 (0) < 0,
+
s→0 s s→0− s
g(s) N +2
(a2 ) −∞ ≤ lim sup ≤ 0, l = , N ≥ 3,
s→+∞ s l N −2
Z τ
(a3 ) existe τ > 0 tal que G(τ ) = g(s)ds > 0.
0
1
No segundo capı́tulo estudaremos o seguinte problema elı́ptico não linear
com potenciais singulares:
−∆u + V (|x|)u = f (u)
(P1 )
u ∈ D 1,2 (IRN ; IR), N ≥ 3,
onde o potencial V : [0, +∞) → (0, +∞] é uma função mensurável, a função
não linear f : IR → IR é contı́nua e V e f satisfazem :
(Vα ) existem A, α > 0 tal que V (s) ≥ As−α para quase todo s > 0;
(fp ) existem M > 0 e p > 2 tais que |f (s)| ≤ M |s|p−1 para todo s ∈ IR.
2
Capı́tulo 1
1
Z Z
2
S(u) = |∇u| dx − G(u)dx, (1.1)
2 RN IRN
Z s
onde G(s) = g(t)dt. O funcional S(u) é também chamado de “ação”associado
0
com (P0 ) (quando (P0 ) é olhada como uma equação no espaço euclidiano).
3
Existem estudos importantes e bem conhecidos na literatura sobre proble-
mas elı́pticos semilineares com valor de fronteira modelados em domı́nios limi-
tados de IRN . Evidentemente, um forte contraste entre os problemas elı́pticos
com fronteira definida em domı́nio limitado e problemas elı́pticos cuja condição
de fronteira é um domı́nio não limitado é a falta de compacidade da imersão
de Sobolev. Isso acarreta grandes dificuldades no caso do segundo problema
para pesquisadores que trabalham em domı́nios ilimitados.
4
g(s) g(s)
(a1 ) −∞ < lim inf ≤ lim sup = −m ≡ g 0 (0) < 0,
+
s→0 s s→0− s
g(s) N +2
(a2 ) −∞ ≤ lim sup ≤ 0, l = , N ≥ 3,
s→∞ sl N −2
Z τ
(a3 ) existe τ > 0 tal que G(τ ) = g(s)ds > 0.
0
i) u > 0 em IRN .
iii) u ∈ C 2 (IRN ).
iv) u junto com suas derivadas a menos de ordem 2 tem decaimento exponen-
cial no infinito
|D α (u(x))| ≤ Ce−δ|x| , x ∈ IRN
para algum C, δ > 0 e para |α| ≤ 2.
5
Esta equação foi estudada por S. Pohožaev em [11]. Neste trabalho o autor
N +2
mostrou que (2.2) possui uma solução se e somente se 1 < p < N −2
e não
N +2 N +2
possui solução se p ≥ N −2 . Note que se 1 < p < N −2 , as condições (a1 ) − (a3 )
N +2
são trivialmente satisfeitas e se p ≥ N −2
o resultado de não-existência segue
da identidade de Pohožaev a qual será apresentada na próxima seção.
−∆u + mu = λθup .
Exemplo 1.3
N +2
Aqui as hipóteses do Teorema 2.1 são reduzidas para 1 < p < max N −2
,q e
existência de τ > 0 tal que
λ p+1 µ q+1 m 2
G(τ ) = τ − τ − τ > 0.
p+1 q+1 2
6
.
g(s) λsp − µsq − ms
lim = = 0.
s→∞ sl sl
+2
Portanto o Teorema 2.1 se aplica para 1 < q < p < N N −2
= l. Strauss em [13]
mostrou a existência de um número infinito de soluções do problema (2.3). O
N +2
caso em que q ≤ N −2
≤ p será tratado na próxima seção, onde provaremos a
não existência de soluções não triviais para (2.3), utilizando a identidade de
Pohožaev.
Finalmente quando p < q, o teorema 2.1 se aplica se existir τ > 0 tal que
G(τ ) > 0. Utilizando a identidade de Pohožaev pode-se mostrar que (2.3)
não tem solução se G(τ ) < 0 ∀ τ > 0. Assim a condição (a3 ) é necessária e
suficiente.
7
O procedimento argumentado acima não é rigoroso, por duas razões pelo
menos, em primeiro lugar necessitamos saber se S ∈ C 1 sobre o espaço onde
d
está definido e precisamos mostrar que dσ uσ (x) = −∇u(x).x está bem
σ=1
definida.
8
Para cada i fixo, multipliquemos os dois membros de (2.5) por (xi −
zi∗ )∂i u(x)φj (x). Agora, usando o fato de ∂i G(u(x)) = g(u(x))∂i u(x) e em
seguida integrando por partes o lado direito da equação obtemos:
Z Z
∗
g(u(x))(xi − zi )∂i u(x)φj (x)dx = (xi − zi∗ )φj (x)∂i G(u(x))dx
Ω Ω
Z
= − (φj (x) + (xi − zi∗ )∂φj (x))G(u(x))dx +
Z Ω
(σi − zi∗ )φj (σ)G(u(σ))η(σ)dσ
∂Ω
Z
= − (φj (x) + (xi − zi∗ )∂φj (x))G(u(x))dx,
Ω
Z Z
lim g(u(x))(xi − zi∗ )∂i u(x)φj (x)dx =− G(u(x))dx. (1.8)
j→∞ Ω Ω
Para resolver a outra parte usaremos a identidade
9
Z
− ∆u(x).(xi − zi∗ )∂i u(x)φj (x)dx =
Ω
Z Z
zi∗ )∂i u(x)φj (x)∇u(x)]dx ∇ (xi − zi∗ )∂i u(x)φj (x) .∇u(x)dx =
− div[(xi − +
Ω Ω
Z Z
− (σi − zi∗ )∂i u(σ)φj (σ)∇u(σ)η(σ)dσ + ei ∂i u(x)φj (x).∇u(x)dx+
Z ∂Ω Ω
1
Z Z
2
H(σ) + |∂i u(x)| φj (x)dx + (xi − zi∗ )φj (x)∂j [|∇u(x)|2 ]dx+
Z Ω 2 Ω
∗
(xi − zi )∂i u(x)∇u(x).∇φj (x)dx =
Ω
onde
Z
H(σ) = − (σi − zi∗ )∂i u(σ)φj (σ)∇u(σ)η(σ)dσ,
Z ∂Ω
E1j = |∂i u(x)|2 φj (x)dx,
ΩZ
1
E2j = (xi − zi∗ )φj (x)∂j [|∇u(x)|2 ]dx
2 Ω
e Z
E3j = (xi − zi∗ )∂i u(x)∇u(x).∇φj (x)dx
Ω
10
1
Z
E2j = (xi − zi∗ )∂i [|∇u(x)|2 ]dx
2 Ω
1 1
Z Z
2
= − |∇u(x)| φj − (xi − zi∗ )∂i φj (x)|∇u(x)|2 dx +
2 Ω 2 Ω
1
Z
|∇u(σ)|2 (σi − zi∗ )φj (σ)ηi (σ)dσ.
2 ∂Ω
Quando j → ∞
1 1
Z Z
2
E2j = − |∇u(x)| + |∇u(σ)|2 (σi − zi∗ )ηi (σ)dσ.
2 Ω 2 ∂Ω
1 1
Z Z Z
2 2
− |∇u(x)| + |∇u(x)| (σi −zi∗ )ηi (σ)dσ− (σi −zi∗ )∂i u(σ)∇u(σ).η(σ)dσ =
2 Ω 2 ∂Ω ∂Ω
Z
− G(u(x))dx.
Ω
e
||∂i u||2L2 (IRN ) = ||∂1 u||2L2 (IRN ) para i = 1, . . . , N.
2
11
(a) A hipótese (a3 ) é uma condição necessária, visto que se u é solução de
(P0 ), então segue da identidade de Pohožaev que
N −2
Z Z
G(u)dx = |∇u|2 dx > 0
IR N 2N IR N
12
N −1
na verdade temos |u(x)| = o |x|−
quando |x| → +∞.
2 Aqui
f (h)
f (x) = o(|h|) quando |x| → ∞ se lim = 0.
|x|→∞ |h|
fato
s2
g(s) = g(0) + g 0 (0)s + g 00 (0)
2
s2
= ms + g 00 (0) .
2
Daı́
g(u(r)) u(r) u(r)2
= m + g 00 (0)
u(r) u(r) 2u(r)
u(r)
= m + g 00 (0) ,
2
q(r)
logo r
= −g 00 (0) u(r)
2r
, enquanto que u satisfaz a equação linear
mas isto é impossı́vel, pois viola um resultado de Kato [10] o qual diz
que o operador linear de Schrödinger −∆ + q(r) não possui autovalores
positivos associados à auto-funções em L2 (IR3 ) sob a condição de que
q(r) = o(r −1 ).
(d) Uma outra consequência da identidade de Pohožaev é o seguinte corolário:
daı́,
N −2
V (u) = T (u),
2N
13
logo
1 N −2 1
S(u) = T (u) − T (u) = T (u) > 0.
2 2N N
Com intuito de mostrar uma situação onde a equação (2.3) não admite
solução não trivial, vamos retornar ao exemplo 2.3,
N +2
Da identidade de Pohožaev é facil ver que se q ≤ N −2
≤ p a equação acima
não possui nenhuma solução não trivial. De fato,
Z Z
2
λ|u|p−1 u − µ|u|q−1 u − mu udx.
|∇u| dx =
IRN IRN
Por outro lado, segue da identidade de Pohožaev que
Z u
2N
Z Z
2
|∇u| dx = G(u)dx, G(u) = g(s)ds
IRN N − 2 IRN 0
ou seja,
N −2
Z
N −2
Z
1 1 m
Z
λ − p+1
|u| dx+µ − + q+1
|u| dx = u2 > 0.
p+1 2N IR N q + 1 2N IR N N IR N
1 −2 1 −2 N +2 N +2
Como p+1 − N2N > 0 e − q+1 + N2N > 0, então p < N −2
= l e q > N −2
.
N +2
Portanto, se q ≤ N −2 ≤ p conclui-se que a equação (2.3) não admite solução
não trivial como já havı́amos afirmado anteriormente.
14
de modo que o funcional S seja de classe C 1 em H 1 (IRN ), para isso usaremos
Teorema A.7 .
1 t2
Z Z Z
2
lim S(ten ) = |∇ten | dx− G(ten )dx = lim − G(ten )dx → +∞,
t→∞ 2 IRN IRN t→+∞ 2 IRN
(a2 )
Z Z
pois G(u)dx ≤ C |u|l+1 dx < ∞. Portanto segue que o funcional S
IRN IRN
não é limitado superiormente. Para mostrar que S não é limitado inferiormente
vamos utilizar a hipótese (a3 ) e a mudança de variável da seção 3.1. De (a3 )
temos que existe w ∈ H1 (IRN ) tal que
Z
V (w) = G(w)dx > 0.
IRN
15
(i) g̃ =: g(s) Se g(s) ≥ 0 para todo s ≥ τ ;
e
|g(s)| N +2
(a2 )bis lim = 0 com l = N −2
.
s→±∞ sl
Z
Agora utilizando o teorema A.7 (ver apêndice) segue que V (w) = G(w)dx
IRN
está bem definido e é de classe C 1 no espaço H 1 (IRN ).
16
Teorema 1.6 Sob as mesmas hipóteses do teorema 2.1 o problema de mini-
mização (2.10) possui uma solução u ∈ H 1 (IRN ) a qual é positiva, esferica-
mente simétrica e decrescente com r = |x|. Além disso, existe um multiplicador
√
de Lagrange θ > 0 tal que u satisfaz (2.11). Assim uσ , para σ = θ é uma
solução de (P0 ).
4. Passagem ao limite.
5. Conclusão.
Primeira etapa :
Mostraremos que o conjuto w ∈ H 1 (IRN ), V (w) = 1 é não vazio. Note que
Seja τ > 0 tal que G(τ ) > 0. Para R > 1 defina a seguinte função:
τ para |x| < R
wR (x) = τ (R + 1 − r) para, r = |x| ∈ [R, R + 1]
0 para |x| > R + 1.
17
Segunda etapa :
Selecionaremos uma sequência minimizante adequada. Da etapa acima, mais
a definição de ı́nfimo segue que existe uma sequência un ∈ H 1 (IRN ) tal que
V (un ) = 1 e
lim T (un ) = I ≡ inf T (w); w ∈ H 1 (IRN ), V (w) = 1 ≥ 0.
n→∞
18
Agora como T (un ) → I, então a sequência ||∇un ||L2 (IRN ) é limitada. Segue-
se do teorema de imersões de Sobolev (Ver apêndice A.2) (D 1,2 (IRN ) ,→
∗
L2 (IRN )), que ||un ||L2∗ (IRN ) ≤ C, onde 2∗ = l + 1 = N2N
−2
(aqui a constante C
é positiva e independente n).
m
Z Z
2
u ≤ G2 (un ) ≤ C.
2 IRN n IRN
Asim, pelo que obtemos acima, ||un ||H 1 (IRN ) é limitada. Daı́ segue-se da
imersão contı́nua H 1 ,→ Lp que
4◦ etapa:
Passagem ao limite. Inicialmente observemos que un (x) → 0 quando |x| →
+∞ uniformemente com respeito a n. De fato, sabemos das duas últimas
etapas que un é radial, não crescente e limitada em L2 (IRN ). Daı́ segue-se
N
do lema radial A.6 (ver apêndice) que |un (x)| ≤ C|x|− 2 , x ∈ IRN , com C
independente de n. Agora como un é limitada em H 1 (IRN ) podemos extrair
uma subsequência de un , novamente denotada por un , tal que un converge
fracamente em H 1 (IRN ) e quase sempre em IRN para a função u ∈ H 1 (IRN ).
Observe que u ∈ H 1 (IRN ) é esfericamente simétrica e não crescente com r.
G1 (s)
→ 0 quando s → ∞ e quando s → 0. (1.16)
Q(s)
19
un (x) → 0 quando |x| → +∞, uniformemente com respeito a n.
(1.19)
Por (2.16(-(2.19) o lema de compacidade de Strauss (ver apêndice, Teorema
A.3) nos garante:
Z Z
G1 (un )dx → G1 (u)dx quando n → +∞.
IRN IRN
Suponha agora por contradição que V (u) > 1. Então, usando a mudança
de variável uσ (x) = u( σx ), obtemos que V (uσ ) = σ N V (u) = 1 para algum σ,
0 < σ < 1. Também temos T (uσ ) = σ N −2 T (u) ≤ σ N −2 I. Pela definição de I,
T (uσ ) ≥ I. Mas isto implicaria em I = 0, ou seja, T (u) = 0, logo u = 0 (u não
pode ser uma constante não nula por causa de seu decaimento ), contradizendo
V (u) > 1. Portanto V (u) = 1 e T (u) = I > 0; disto, u é solução do problema
de minimização (2.10).
5◦ etapa:(conclusão)
Vamos supor então que θ < 0. Observe que V 0 (u) 6= 0 (V 0 (u) = 0 daria
g(u) ≡ 0, o que implica em u ≡ 0 pois g(s) 6= 0 para s > 0 pequeno,
contradizendo assim o fato de V (u) = 1, resultado obtido na etapa anterior.
Considere então a função w ∈ D(IRN ) tal que
Z
0
hV (u), wi = g(u)wdx > 0.
IRN
20
podemos encontrar > 0 suficientemente pequeno tal que v = u + w satisfaça
V (v) > V (u) = 1 e T (v) < T (u) = I. Novamente por uma mudança de
variável, existe σ ∈ (0, 1) tal que V (vσ ) = 1 e T (vσ ) < I, pois I é ı́nfimo que é
um absurdo. Portanto segue que θ > 0.
Lema 1.7 Sob as condições (a1 ), (a2 )bis , se u é uma solução esfericamente
simétrica de (P0 ), então u ∈ C 2 (IRN ).
g(u(x))
onde q(x) = . Usando (a2 )bis , temos
u(x)
g(u) l−1 4
u ≤ c|u| = c|u|
q(u) = N −2 .
∗
Como u ∈ H 1 (IRN ), temos também que u ∈ L2 (IRN )(Teorema de imersões
4 N
de Sobolev). Notando que 2∗ = . e usando a estimativa acima vemos
N −2 2
N
N
que q ∈ L (IR ). Agora aplicando um resultado de Brezis & Kato ver [13],
2
N −1
−urr − ur = g(u), r ∈ (0, +∞), (1.21)
r
nós já sabemos que urr é contı́nua, exceto possivelmente na origem 0. Vamos
colocar v(r) = g(u(r)); v é contı́nua em [0, +∞). Reescrevendo (2.21) como
d N −1
− (r ur ) = r N −1 v(r)
dr
21
e integrando de 0 a r temos
Z r
N −1
r ur = − sN −1 v(s)ds.
0
ou
1
ur
Z
=− tN −1 v(rt)dt.
r 0
Como
1
v(0)
Z
tN −1 v(rt)dt → quando r → 0,
0 N
v(0)
usando (2.21) deduzimos que urr (0) existe e urr (0) = quando r → 0.
N
Então u ∈ C 2 (IRN ). Observamos também que u > 0 em IRN pelo princı́pio do
máximo e que u é uma função decrescente de r, pois pelo princı́pio do máximo
forte u0 (r) < 0 para todo r > 0. 2
Lema 1.8 Sob as condições (a1 ), (a2 bis), se u é uma solução esfericamente
simétrica de (P0 ), então
g(u(r)) (N − 1)(N − 3)
onde q(r) = − eb= . Para r suficientemente grande,
u(r) 4
digamos r ≥ r0 , temos
b m
q(r) + 2 ≥
r 2
(lembramos que u(r) → 0 quando r → 0 pelo lema radial, ver apêndice).
22
Seja w = v 2 ; então w verifica
1 2 b b
wrr = vr + q(r) + 2 w. ≥ q(r) + 2 w.
2 r r
√ √
Então
√
w(r) ≤ Ce− mr , de fato, seja f (r) = e mr w(r), r ≥ r1 , como
(e√ mr w)r ≤ 0, f é decrescente, ou seja, f (r)
√
≤ f (r1 ) = C. Portanto
e mr w(r) ≤ C, o que implica que w(r) ≤ Ce− mr .
(N −1)
Como w = v 2 e v = r 2 u, temos
√
m
− N 2−1 − r
|u(r)| ≤ Cr e 2 para r ≥ r1 , (1.22)
(r N −1 ur )r = −r N −1 g(u). (1.23)
23
1.5 Conclusão
24
Capı́tulo 2
onde o potencial V : [0, +∞) → (0, +∞] é uma função mensurável. A função
não linear f : IR → IR é contı́nua e V e f satisfazem as seguintes condições:
(Vα ) existem A, α > 0 tais que V (s) ≥ As−α para quase todo s > 0;
(fp ) existem M > 0 e p > 2 tais que |f (s)| ≤ M |s|p−1 para todo s ∈ IR;
(V )1 V ∈ L1 (a, b) para algum intervalo aberto limitado (a, b), com b > a > 0.
25
2.1 Espaço de Sobolev com peso
Seja N ≥ 3 e assuma que V : [0, +∞) → (0, +∞] é uma função mensurável
satisfazendo (Vα ) e (V )1 .
Z u∈C ∞ Z
(Bb \B a ) (V )1
2
V (|x|)u dx ≤ c V (|x|)dx < ∞.
Bb \B a Bb \B a
26
a função identicamente nula está contida nele. Agora vamos mostrar que ele
realmente é fechado.
X
De fato, seja un ∈ Cc∞ , un ∈ Xr tal que un →r u, onde c = Bb \ B a para
0 < a < b. Temos
un (x) = un (gx)
q.s. q.s.
u(x) = u(gx)
Da unicidade de limite segue que u é invariante por grupos ortogonais, ou seja,
u ∈ Xr , e assim podemos concluir que Xr é fechado como querı́amos.
∗
Proposição 2.1 A imersão Xr (IRN ; V ) ,→ L2α (IRN ) é continua, onde 2+ N2α
−2
para α ∈ (0, ∞).
Dado u ∈ Xr , temos
∗ 2α (3.2) 2α
|u(x)|2α = |u(x)|2 |u(x)| N −2 ≤ |u(x)|2 C||∇u||LN2−2
(IRN )
|x|−α
(Vα ) 2α
≤ A−1 C||∇u||LN2−2
(IRN )
V (|x|)|u(x)|2
e
Xr (IRN ; V ) ,→ Lp (IRN ) para α > 2 e p ∈ [2∗ , 2∗α ]. (2.4)
são contı́nuas.
27
Demonstração: Para mostrar (3.3) e (3.4) basta usarmos interpolação,
proposição 3.1 e as desigualdades de Sobolev. 2
Proposição 2.3 As imersões (3.3) e (3.4) são compactas para p 6= 2 ∗ , 2∗α .
Na verdade
(i) segue do lema radial, estimativa apresentada em (3.3) mais o
fato de ||∇(un − u)||L2 ser limitado. Quanto à (ii), como un * u em Xr ,
segue que a menos de subsequência un (x) → u(x) pontualmente, isto é quase
sempre em IRN , daı́ |un − u|p → 0 quase sempre em IRN . Finalmente passemos
agora para (iii). Como
Z Z
∗ ∗
|un − u|2 + |un − u|2α dx
sup Q (un − u)(x) dx = sup
n IRN n IRN
2∗ ∗
= ||un − u||Lα2∗α + ||un − u||2L2∗
(iii) segue da das imersões contı́nuas (3.3) e (3.4) mais a limitação de
||un − u|| . 2
Proposição 2.4 Se u ∈ Xr (IRN ; V ) então existe C = C(N, α, A) > 0 tal que
Z
∗ ∗
|u|2α −1 |v|dx ≤ C||u||2α−1 ||v|| para todo v ∈ X(IRN ; V ).
IRN
Demonstração: Temos
12 Z 2
12
∗ −1 |v|
Z
v
Z Z
α
2∗α −1 2 α 2(2 ∗ −1)
|u| |v|dx = |x| 2 |u| α α dx ≤ |x| |u| α dx
IRN |x|
α
IRN IRN |x| 2 IRN
Z 1
2 Z 21
α 2(2∗α −1) −1 2
≤ |x| |u| dx A V (|x|)v dx .
IRN IRN
28
Logo
Z Z 12
2∗α −1 α 2(2∗α −1)
|u| |v|dx ≤ C |x| |u| dx ||v||.
IRN IRN
4α
Agora escrevendo 2(2∗α − 1) = 2 + N −2
e usando a estimativa (3.2) obtemos
u2 u2
Z Z 4α
Z
α 2(2∗α −1) 2α 4α
−2 2α − N 2−2 N4α
|x| |u| dx = |x| |u| N −2 dx ≤ C||∇u|| N
L 2 (I
R N )
|x| |x| −2 dx
∗
Demonstração: Tome s = 2∗ e s0 = 2∗2−1 , daı́ usando a desigualdade de
Hölder temos:
Z Z 10 Z 1s
0 s
2∗ −1 2∗ −1 s s
|u| |v|dx ≤ |u| dx |v| dx
IRN IRN IRN
Z 21∗ 2∗ −1 Z 21∗
2∗ 2∗
= |u| dx |v| dx
IRN IRN
2∗ −1
≤ C||u|| ||v||.
29
Demonstração:
u2
Z
2
|∇u| + α + |F (u)| dx < +∞ (2.6)
IRN |x|
então
N −2 N −α Au2
Z Z Z
2
|∇u| dx + dx = N F (u)dx. (2.7)
2 IRN 2 IRN |x|α IRN
Demonstração:
Primeiramente consideremos as seguintes identidades em IRN \{0}:
1 2 N −2
i) (x · ∇u)∆u = div (x · ∇u)∇u − |∇u| x + |∇u|2 ;
2 2
30
A u2 N − α Au2
Au
ii) (x · ∇u) α = div x − ;
|x| 2 |x|α 2 |x|α
iii) (x · ∇u)f (u) = div F (u)x − N F (u).
Au2
Z
1
Z Z
2
− (x · ∇u)(∇u · ν)dσ + |∇u| + α x · νdσ − F (u)x · νdσ
∂Ω 2 ∂Ω |x| ∂Ω
N −2 N −α Au2
Z Z Z
2
= |∇u| dx + dx − N F (u)dx (2.8)
Ω |x|
2 2 α
Ω Ω
Z Z
|∇u|2 dσ
(x · ∇u)(∇u · ν)dσ ≤ Ri
(2.9)
∂BRi ∂BRi
Au2 Au2
Z Z
2 2
|∇u| + α x · νdσ = Ri
|∇u| + α dσ (2.10)
∂BRi |x| ∂BRi |x|
Z Z
F (u)x · νdσ ≤ Ri |F (u)|dσ (2.11)
∂BRi ∂BRi
para i = 1, 2. Agora tomemos uma sequência R1,n → 0 com R1,n > 0, tal que
u2
Z
2
R1,n |∇u| + α + |F (u)| dσ → ∞. (2.12)
∂BRi |x|
A existência de tal sequência se dá pelo fato da equação (3.7) ser limitada.
De fato, mostremos a existência de tal sequência usando um argumento de
contradição. Se fosse
u2
Z
2
λ := lim inf R1 |∇u| + α + |F (u)| dσ > 0
R1 →0+ ∂BR1 |x|
terı́amos
u2
λ
Z
2
∀ R1 ∈ (0, ρ) |∇u| + α + |F (u)| dσ >
∂BR1 |x| 2R1
31
para algum ρ > 0, e disto tiramos que
Z ρ
u2 u2
Z Z
2 2
|∇u| + α +|F (u)| dx = dR1 |∇u| + α +|F (u)| dσ = +∞
Bρ |x| 0 ∂BR1 |x|
Au2
1
Z Z
2
− (x · ∇u)(∇u · ν)dσ + |∇u| + α − |F (u)| x · νdσ → 0
∂BR1,n ∂BR1,n 2 |x|
N −2 N −α Au2
Z Z Z
2
|∇u| dx + dx = N F (u)dx. (2.13)
2 ∂BR2 2 ∂BR2 |x|α ∂BR2
u2
Z
2
R2,n |∇u| + α + |F (u)| dσ → 0 quando n → ∞.
∂BR2,n |x|
Lema 2.8 Seja u ∈ C 2 (IRN \{0}; IR) uma solução clássica para a equação
A
−∆u + u = |u|p−2 u em IRN \{0}, N ≥ 3. (2.14)
|x| α
Au2
Z Z
2
|∇u| + α dx = |u|p dx. (2.15)
IRN |x| IRN
Demonstração:
Multiplicando (3.14) por u e usando a identidade u∆u = div u∇u − |∇u|2
Au2
−div u∇u + |∇u|2 + α = |u|p .
|x|
32
Agora aplicando o Teorema da Divergência no aberto Ω := BR2 \B R1 , teremos
Au2
Z Z Z Z
2
− u(u∇u · ν)dσ − u(∇u · ν)dσ + |∇u| + α dx = |u|pdx
∂BR1 ∂BR2 Ω |x| Ω
Au2
Z
1 1
Z Z Z
2
u(u∇u·x)dσ− u(∇u·x)dσ+ |∇u| + α dx = |u|pdx.
R1 ∂BR1 R2 ∂BR2 Ω |x| Ω
∗
Agora, como 2∗2−1 = N2N+2
< 2 e NN−1 = 21∗ + 12 , usando as desigualdades de
Schwartz e Hölder e o fato de x ∈ BRi temos
Z
1 1
Z Z
Ri u(∇u.x)dσ ≤
|u||∇u||x|dσ ≤ |u||∇u|dσ
∂BR1 Ri ∂BR1 ∂BRi
Z 21∗ Z 2∗2−1
∗
∗ 2∗
≤ |u|2 dσ |∇u| 2∗−1 dσ
∂BRi ∂BRi
Z 21∗ Z N2N+2
2N
2∗
= |u| dσ |∇u| N +2 |1|dσ
∂BRi ∂BRi
como
Z N2N+2 Z NN+2 N2N+2 N2+2 N2N+2
2N 2N NN+2
|∇u| N +2 |1|dσ ≤ |∇u| N +2 dσ c Ri
∂BRi ∂BRi
Z 21 N1
2
= c |∇u| dσ RiN −1 ,
B Ri
segue que
Z Z 21∗ Z 12
1 2∗ 2
N −1
Ri u(∇u.x)dσ ≤ C |u| dσ |∇u| dσ Ri N
∂BR1 ∂BRi B Ri
Z 21∗ Z 12
2∗ 2
= C Ri |u| dσ Ri |∇u| dσ
∂BRi ∂BRi
33
e a conclusão se segue.
Figura 1.1
Teorema 2.9 (Badiale-Rolando) Dado A > 0 se α ∈ (0, 2) e p 6∈ (2α , 2∗ )
ou α = 2 e p 6= 2∗ , ou α ∈ (2, N ) e p 6∈ (2∗ , 2α ), ou α ≥ N e p ≤ 2∗ , então a
equação
A
−∆u + α u = |u|p−2u em IRN \{0}
|x|
2 N N
N 2 N −α
up ∈ CN (IR \{0}; IR ) tal que
não tem solução clássica não trivial
1,2
u ∈ D (IR ) ∩ L IR ; |x| dx ∩ L (IR ).
Demonstração: Vamos supor que a tese deste teorema é falsa, daı́, podemos
|u|P
usar os lemas 3.7 e 3.8 com f (u) = |u|p−2 u e F (u) = . Levando (3.14) em
p
(3.7), obtemos
Au2
Z Z
N −2 N 2 N N −α
− |∇u| dx = − dx
IRN |x|
2 p p 2 α
IRN
N −2 N N N −α
o qual é impossı́vel para u 6= 0 se 2
− p p
− 2 < 0. Como esta
inequação é equivalente às hipóteses do teorema, chegamos a uma contradição.
2
34
Observação 2.10 No caso em que α = 2 e p = 2∗ , a equação (3.14) admite
soluções. Isto foi provado em [8].
definido em (3.1).
(V )2 existem B, β, µ0 > 0 tais que V (µs) ≤ µ−β BV (s) para quase todo
µ > µ0 e s > 0;
(f )5 f é ı́mpar;
35
De fato, suponha que V (Sn ) → +∞, onde Sn = un , com un → +∞. Então
por um lado, temos V (Sn ) → +∞, por outro lado, usando (V )2 , temos
Sn Sn
V (Sn ) = V (un ) ≤ u−β
n BV ( ) = u−β
n V (1) → 0
un un
o que é uma contradição, portanto a observação feita acima procede.
36
(f )2 , ou f satisfaz (f )3 . Então o problema (P1 ) tem uma solução radial não
trivial u ∈ X(IRN ; V ) e
Z Z
(∇u · ∇h + V (|x|)uh)dx = f (u)hdx para todo h ∈ X(IRN ; V ).
IRN IRN
(2.16)
Se (f )4 se verificar também, temos que a solução u é não negativa.
Veja figura abaixo, a região hachurada com linhas verticais indica onde o
problema (P1 ) admite solução.
Vamos assumir que f ∈ C 0 (IR; IR) satisfaz (f )1 e V : [0, +∞) → (0, +∞]
é uma função mensurável satisfazendo (V )1 . Nós também vamos assumir que
(Vα ) e (fp ) se verificam comZ α ∈ (0, 1) e p ∈ (2∗α , 2∗ ), ou α ∈ (2, +∞) e
s
∗
p ∈ (2 , 2∗α ). Seja F (s) := f (t)dt e seja N ≥ 3. Antes de apresentar a
0
prova dos teoremas 3.16 e 3.17, apresentemos alguns fatos preliminares.
37
Figura 2.1:
38
Demonstração: Seja u ∈ Xr . Para h ∈ X definimos
Z Z
T (u)h := ∇u.∇h + V (|x|)uh dx − f (u)hdx.
IRN IRN
O funcional T (u) está bem definido e é contı́nuo em X, isto é, T (u) ∈ X 0 , pois
Z Z Z
f (u)hdx ≤
|f (u)||h|dx ≤ M |u|p−1 |h|dx ≤ C||u||p−1||h|| ∀h ∈ X.
IRN IRN IRN
Agora I 0 (un )u também converge para zero, assim, usando a convergência fraca
e novamente o Teo. da Convergência Dominada, obtemos
Z Z
2
hun , ui − f (un )udx → ||un || − f (u)dx,
IRN IRN
f (u)udx = ||u||2.
R
Assim rn
Lema 2.20 Assuma que V satisfaz (V )2 e seja F ∈ZC 0 (IR; IR) satisfazendo a
condição (f )2 . Então existe u ∈ Xr (IRN ; V ) tal que F (u)dx > 0.
IRN
40
Agora para todo x ∈ IRN defina uR (x) := ΦR (|x|), note que uR ∈ Xr , pois
uR (gx) = ΦR (|gx|) = ΦR (|g||x|) = ΦR (|x|), ∀g ∈ O(N ) e uR ∈ X.
Temos também que uR satisfaz suppuR ⊂ Bc0 +1+R \ B c0 +1 , 0 ≤ uR ≤ 1 em IRN
e uR = 1 em B c0 +R \ Bc0 +2 . Usando a condição (f )2 temos que
Z Z Z
R→+∞
F (s∗ uR )dx = F (s∗ )dx + F (s∗ uR )dx → +∞.
IRN B c+R \Bc+2 Bc+1+R \B c+1
2
(fp ) (3.3)−(3.4)
Z Z
F (u)dx ≤ C |u|pdx ≤ C||u||p.
IRN IRN
Daı́
1 1
Z
I(u) = ||u||2 − F (u)dx ≥ ||u||2 − C||u||p para todo u ∈ Xr . (2.19)
2 IRN 2
Como p > 2, isto prova a geometria do passo da montanha próximo da origem,
ou seja, existem δ, ρ > 0 tais que para todo u ∈ Xr com ||u|| = ρ, obtemos
I(u) ≥ δ (basta tomar ||u|| suficientemente pequeno).
Vamos mostrar agora que existe ũ ∈ Xr tal que ||ũ|| > ρ e I(ũ) ≤ 0.
Z
Primeiro assuma (V )2 e (f )2 . Tome u ∈ Xr tal que F (u)dx > 0 (isso é
IRN
possı́vel graças ao lema 3.20), e defina un (x) := u(µ−1
onde (µn ) ⊂ (µ0 , +∞)
n x)
é uma sequência qualquer divergindo tal que (V )2 se verifica para qualquer
µ = µn e para quase todo s > 0. Então un ∈ Xr é tal que
Z Z
2 N −2 2
||un || = µn |∇u| dx + µnN
V (µn |x|)u2 dx
N IRN
ZIR
(V )α u2
Z
N −2 2 N −α
≥ µn |∇u| dx + Aµn dx
IRN |x|
α
IRN
−2 −α 0
= µN n K + µN n K → +∞ K, K 0 constantes.
41
Por outro lado,
1 N −2 1 N
Z Z Z
I(un ) = µ |∇u|2 dx + µ 2 N
V (µn |x|)u dx − µn F (u)dx
2 n N 2 n IRN IRN
ZIR
(V )2 1 N −2 B N −β
Z Z
≤ µ |∇u|2 dx + µ 2
V (|x|)u dx − µnN
F (u)dx → −∞
2 n IR N 2 n IRN IRN
logo
F (s)
ln ≥ ln sϑ ,
F (1)
ou seja, F (s) ≥ F (1)sϑ .
42
IRN , onde u− é a parte negativa de u. Então se u satisfaz (3.16), temos
Z Z Z
− −
0= ∇u·∇u dx+ V (|x|)uu dx− f (u)u− dx ≤ −||u− ||2 ⇒ ||u− || ≤ 0
IRN IRN IRN
pois
Z Z
− −
∇(u+ − u− )∇u− + V (|x|)(u+ − u− )u− dx
∇u · ∇u + V (|x|)uu dx =
IRN IRN
Z Z
− 2 − 2
= − |∇u | dx + V (|x|)(u ) dx
IRN IRN
− 2
= −||u ||
Portanto como u− = 0 e u = u+ − u− segue que u = u+ como querı́amos. 2
43
Apêndice A
Apêndice
Nós vamos apresentar aqui alguns resultados que foram utilizados no texto.
Definição A.1 Seja Ω ⊂ IRN , Ω aberto. Nós denotamos por Cc∞ (Ω) o
conjunto de todas funções reais C ∞ com suporte compacto em Ω. Nós
também assumiremos que o leitor esteja familiarizado com o espaço de Sobolev
H 1 (Ω), H01 (Ω). Sabemos que, para N ≥ 3 e 2∗ = (N2N
−2)
, o espaço
∗
D 1,2 (IRN ) = u ∈ L2 (IRN ); ∇u ∈ L2 (IRN )
é um espaço de Hilbert. Também sabemos que D01,2 (Ω) é o fecho de Cc∞ (Ω) em
D12 (IRN ).
44
(1.1) H 1 (IRN ) ,→ Lp (IRN ), 2 ≤ p < ∞, N = 1, 2,
(1.2) H 1 (IRN ) ,→ Lp (IRN ), 2 ≤ p ≤ 2∗ , N ≥ 3,
∗
(1.1) D 1,2 (IRN ) ,→ L2 (IRN ), 2 ≤ p ≤ 2∗ , N ≥ 3,
Lema A.4 Seja N ≥ 3; toda função radial u ∈ H 1 (IRN ) é quase sempre igual
a função U (x), contı́nua para x 6= 0 e tal que
(1−N )
|U (x)| ≤ CN |x| 2 ||u||H 1(IRN ) , |x| ≥ αN , (A.6)
para algum αN ≥ 0, onde CN depende apenas da dimensão N .
45
(Ver demonstração em [2] página 340).
Lema A.5 Seja N ≥ 3. Toda função radial u ∈ D 1,2 (IRN ) é quase sempre
igual a função U (x), contı́nua para x 6= 0 e tal que
(2−N )
|U (x)| ≤ CN |x| 2 ||u||D1,2 (IRN ) , |x| ≥ 1, (A.7)
Lema A.6 Se u ∈ Lp (IRN ), com 1 ≤ p < +∞, é uma função radial não
decrescente (i.e. 0 ≤ u(x) ≤ u(y) se |x| ≥ |y|), então temos
p1
−N N
|u(x)| ≤ |x| p ||u||Lp(IRN ) , x 6= 0. (A.8)
|S N −1|
46
Inequação de Riesz. Sejam f, g ∈ L2 (IRN ); então
Z Z
f (x)g(x)dx ≤ f ∗ (x)g ∗ (x)dx. (A.9)
IRN IRN
Então o funcional
Z Z t
V (u) = G(u(x))dx, onde G(t) = g(s)ds,
Ω 0
Então o funcional
Z Z t
V (u) = G(u(x))dx, onde G(t) = g(s)ds,
IRN 0
47
está bem definido e é da classe C 1 no espaço H 1 (IRN ). Temos também que
Z
0
hV (u), vi = g(u(x))v(x)dx, u, v ∈ H 1 (IRN ). (A.15)
IRN
.
Então f ∈ L1 (Ω) e Z Z
f ≤ lim inf fn .
n→∞
48
A.6 Alguns resultados importantes
qX n
X
De fato, como u(x) = u(|x|) = u , ∆u = x2i ux i x i ,
i=1
xi
qX
então como r = x2i , temos rxi = . Agora
r
49
(Ver demonstração em [5], página 38).
(1) E(0) = 0;
Defina
0
Γ= γ ∈ C ([0, 1]; V ) ; γ(0) = 0, γ(1) = ū
então
β := inf sup E(γ(t))
γ∈Γ t∈[0,1]
é um valor crı́tico.
50
Teorema A.18 (Princı́pio do Máximo Forte) Seja Ω ⊂ IRN aberto limi-
tado e conexo, u ∈ C 2 (Ω) ∩ C(Ω̄) e −∆u ≥ 0 em Ω. Então temos uma das
alternativas:
ou u é constante (e então ∆u = 0)
ou u(x) > inf u, para todo x ∈ Ω, isto é, o ı́nfimo é atingido em ∂Ω.
Ω
51
Referências Bibliográficas
[9] T. Kato, Growth properties of solutions of the reduced wave equation with
a variable coefficient, Comm. Pure Applied Math. 12 (1959) 403-425.
52
[12] P. H. Rabinowitz, Minimax methods in critical point theory with appli-
cations to differential equations, CBMS Regional Conference Series in
Mathematics, no. 65, Providence 1986.
53