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Fundamentos da prótese sob implante:

Marcos Altyeres.

Planejamento Reverso:

 Conjunto de ações realizadas antes da instalação dos implantes osseointegrados,


que irão beneficiar e direcionar as etapas cirúrgicas e de reabilitação com as
próteses implantossuportadas.
 A maior parte das falhas ocorre depois da instalação das próteses, depois do
carregamento oclusal, por falhas no planejamento reverso, quando pensa-se
primeiro na cirurgia e coloca-se primeiro os implantes. Os implantes podem ter
angulação inadequada. Logo, pensar na prótese em primeiro ponto é
fundamental.

Sequência do planejamento:

 Avaliação sistêmica do paciente.


 Exame físico e anamnese.
 Exames complementares (laboratoriais ou imaginológicos).
 Obtenção de modelo de estudo (digital ou moldagem convencional)
 Montagem em articulador semi-ajustável – mais aconselhável em
reabilitações maiores.
 Enceramento diagnóstico (pelo protético ou CD) – projetar a previsão da
conformação da prótese em relação à forma, tamanho, à angulação,
posicionamento. A partir do enceramento é que vai ser analisado a seleção
dos implantes, no que diz respeito a quantidade, dimensão e tipo de conexão
dos implantes, bem como a disposição desses implantes na forma de coroas
unitárias, múltiplas ou totais.
 Seleção dos implantes (quantidade, comprimento, diâmetro, conexão)
 Disposição dos implantes (unitários, múltiplos totais)>
 Confecção de guia cirúrgico (Impressora 3D a partir de tomografia
computadorizada ou por meio convencional).
 Carregamento imediato ou tardio. (Imediato com instalação de prótese
provisória logo após instalação de implantes ou espera de 4 a 6 meses, que é
o tardio).

Componentes protéticos:

Qualquer peça utilizada sobre os implantes dentários que permita a execução dos
procedimentos clínicos ou laboratoriais.

Parafuso de cobertura / tapaimplante / parafuso de selamento /


cover screw) – função dele, após cirurgia de colocação de implante, é
usado para vedar a rosca interna do implante e proteger da entrada de
tecido mole ou invasão por tecido ósseo durante o processo de reparo
ósseo. Uso somente durante o período de cicatrização, removido
posteriormente. Às vezes não se usa, vai direto pro cicatrizador.
(Permanece às vezes de 4 a 6 meses) Pode ser que fique exposto ao meio
bucal durante esse período, mas não corre risco de falha de
osseointegração (Cuidado específico com higienização e não aplicar
carga mastigatória sobre esse componente para evitar problemas com
neoformação óssea) – orientações ao paciente.
Cicatrizador / pilar ou parafuso de cicatrização / healing cap:
Utilizado no 2 estágio cirúrgico, no momento da reabertura e possui
função de modelar o tecido gengival ao redor desse implante, ele
promove um perfil de emergência mais estético e funcional para a coroa
protética instalada posteriormente, deve ficar num período mínimo de 7 a
14 dias (Pode ficar mais ou menos tempo de acordo com o
planejamento). Obs: Às vezes, pode-se colocar direto o cicatrizador e
evitaria a etapa de reabertura. Podem ter diferentes alturas, formatos, de
acordo com o tipo de implante usado (precisa medir a profundidade
gengival e acrescentar ou 1 ou 2 mm sobre essa medida para que ele
fique exposto, acima ao menos 1mm da margem gengival).
Transferente de moldagem: Depois de instalado o cicatrizador e
passado os 7 a 14 dias de reparo do tecido mole, pode-se dar início á
moldagem dos implantes, utilizando o transferente de moldagem.
Função: transferir a posição da plataforma ou da superfície do implante
da cavidade oral para o modelo de gesso, para confeccionar a coroa ou a
prótese. Diferentes tipos, para moldagem com moldeira aberta ou
fechada (fechada remove o cicatrizador e faz instalação dos transferentes
de moldagem – usada mais em região posterior e o paciente tem
limitação de abertura de boca). A moldeira aberta é melhor, pois permite
a passagem do transferente em posições pré-estabelecidas O material de
escolha baseia-se na quantidade mínima de distorções com material
nítido, sendo eleita a silicona de adição ou poliéter. OBS: quando se tem
moldagem de mais de um implante, deve esplintar esses implantes e unir
eles para manter o posicionamento, com resina acrílica.
Silicona de adição usada na moldagem pois tem ausência de distorção,
rigidez, também usa-se o poliéter.
Análogo do implante: utilizado a partir da realização da moldagem, é
uma réplica do implante para ser utilizado no modelo de gesso para os
procedimentos protéticos. É conectado o análogo no transferente.
Pilar protético / intermediário / Munhão: A função é fazer a união do
implante com a coroa protética. Pode ser CÔNICO / ANGULADO
/MINE PILAR / PILAR CIMENTADA

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