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DIREITO PENA III

PROCEDIMENTOS, RITOS PENAIS COMUNS,


ORDINÁRIOS E SUMÁRIOS

RICARDO ANTONIO CORREIA DE ARAÚJO - FR041742

Trabalho apresentado à
Faculdade Católica Imaculada
Conceição do Recife –
Pernambuco, da disciplina de
Direito Penal III. Sob a
orientação do Excelentíssimo
Professor : LEONARDO
CRESPO.

SUMÁRIO

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SUMARIO
SUMARIO ....................................................................................................................... 2
1 - OBJETIVO................................................................................................................. 3
2 - ESPÉCIES DE PROCESSO PENAL.................................................................... 4
3 - PROCEDIMENTOS ................................................................................................. 5
3.1 - ESPÉCIEIS DE PROCEDIMENTOS PENAL................................................ 5
3.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS COMUNS............................. 5
4 - RITO ORDINÁRIO ................................................................................................... 7
4.1 - OFERECIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA ....................................... 7
4.2 - DESPACHO DO JUIZ DETERMINANDO O REGISTRO E AUTUAÇÃO 7
4.3 - JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE .................................................................... 8
4.4 - CITAÇÃO (Artigo 351 CPP)........................................................................... 8
4.5 - INTERREGATÓRIO DO ACUSADO............................................................ 8
4.6 - DEFESA PRÉVIA ........................................................................................... 8
4.7 - INSTRUÇÃO CRIMINAL .............................................................................. 8
4.8 - TESTEMUNHAS DE DEFESA ...................................................................... 8
4.9 - ALEGAÇÕES FINAIS .................................................................................... 8
4.10 - SENTENÇA ................................................................................................... 9
5 - CRIMES DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI................................. 10
5.1 - A PLENETUDE DE DEFESA ...................................................................... 10
5.2 - O SUGILO DAS VOTAÇÕES (Art. 93, IX da CF). ..................................... 10
5.3 - A SOBERANIA DOS VERIDICTOS ........................................................... 10
5.4 - JUDICIUM ACCUSATIONIS ...................................................................... 10
5.5 - ALEGAÇÕES FINAIS .................................................................................. 11
5.6 - SETENÇA...................................................................................................... 11
5.7 - JUDICIUM CAUSAE.................................................................................... 11
5.7.1 - LIBELO....................................................................................................... 11
5.7.2 - CONTRARIEDADE................................................................................... 11
5.7.3 - PREPARO DO PROCESSO....................................................................... 11
5.7.4 - DESAFORAMENTO ................................................................................. 11
5.7.5 - CONVOCAÇÃO DO JÚRI ........................................................................ 12
5.7.6 - INSTALAÇÃO DA SESSÃO..................................................................... 12
5.7.7 - SORTEIO DOS JURADOS SUPLENTES................................................. 12
5.7.7 - PREGÃO..................................................................................................... 12
5.7.8 - CONSTITUIÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA .............................. 12
5.7.9 - COMPROMISSO DOS JURADOS............................................................ 12
5.7.10 - INTERROGATÓRIO DO RÉU................................................................ 12
5.7.11 - RELATÓRIO DO PROCESSO (Artigo 466 caput , § 466º). ................... 12
5.7.12 - INQUIRIÇÃO DAS TESTEMUNHAS................................................... 13
5.7.13 - DEBATES................................................................................................. 13
5.7.14 - ESCLARECIMENTOS SOBRE QUESTÕES DE FATOS ..................... 13
5.7.15 - QUESTIONÁRIO ..................................................................................... 13
5.7.16 - JULGAMENTO ........................................................................................ 13
5.7.17 - VOTAÇÃO ............................................................................................... 13
5.7.18 - SENTENÇA .............................................................................................. 13
6 - RITO SUMÁRIO ..................................................................................................... 14
6.1 - DESPACHO SANEADOR ............................................................................ 14
6.2 - AUDIENCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO .................................... 14
7 - REFERÊNCIAS...................................................................................................... 16

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1 - OBJETIVO

O presente trabalho idealizado num modelo do tipo sinopse, tem por


finalidade abordar os procedimentos comuns, ordinários e sumários, que estão
delineados no nosso Código de processo Penal topograficamente localizados
no LIVRO II, DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE, TÍTULO I, DO PROCESSO
COMUM, CAPÍTULO I, DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, como também poderão
está positivados em leis especiais como por exemplo: a do rito da lei de drogas,
e seja, para determinados casos específicos.

Art. 394. O procedimento será comum ou especial.

§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:

I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima


cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de
liberdade;

II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima


cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;

III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo,


na forma da lei.

§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo


disposições em contrário deste Código ou de lei especial.

§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento


observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste
Código.

§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a


todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não
regulados neste Código.

§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário


e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.

Art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão


prioridade de tramitação em todas as instâncias.

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2 - ESPÉCIES DE PROCESSO PENAL
O Código de Processo Penal, estabelece o rito decorrente das infrações
penais a serem seguidos nas apurações, partindo sempre do particular para o
geral, desta forma, dispõe-se de normas especificas para as seguintes
infrações penais:

i) os crimes dolosos contra a vida e os conexos, seguem o rito comum de


competência do júri;

ii) os chamados crimes funcionais, aqueles que são praticados por funcionários
públicos no exercício de sua função, os delitos de calúnia, injuria, propriedade
imaterial, iniciam-se com procedimentos específicos convergindo
posteriormente para comuns;

iii) os delitos cometidos por agentes com foro privilegiados, ou seja, com
prerrogativas de função, via de regra, é de competência originária dos tribunais.

Entretanto, nem todos os procedimentos são positivados pelo o Código


de Processo Penal, desta maneira, os regidos por leis especiais tais como: os
crimes de imprensa, e os relativos as infrações de menor potencial ofensivo, -
estabelece o art. 61 da Lei nº 9.099/95: são consideradas infrações penais de
menor potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes a que a lei
comine pena máxima não superior a um ano, excetuados os casos em que a lei
preveja procedimento especial.

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3 - PROCEDIMENTOS

3.1 - ESPÉCIEIS DE PROCEDIMENTOS PENAL


No Título I, do Livro II do Código de Processo Penal, estão contidas as
regras de processos e procedimentos comuns com a rubrica de "instrução
criminal" que tem os seus ritos ordinários, sumários e sumaríssimos.

A instrução criminal é a fase do processo criminal (da ação penal), após


o inquérito policial e a denúncia, em que são colhidas as provas. Assim,
juntam-se os elementos capazes de convencer o juízo para a sentença penal,
seja em favor de uma eventual condenação ou de uma absolvição.

Espécies de procedimentos:

i) Procedimento comum: é o rito padrão, a ser aplicado para as infrações que


não possuam rito especial previsto no Código de Processo Penal ou na
legislação extravagante (art. 394, §2º).

Art. 394. O procedimento será comum ou especial.

(...)

§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo


disposições em contrário deste Código ou de lei especial.

ii) Procedimentos especiais: previstos no CPP ou em leis especiais, trazem


regras próprias de tramitação de acordo com as peculiaridades da infração
penal, ou seja, a previsão de qualquer ato processual distinto do procedimento
comum.

Em caso de concurso de crimes, sujeitos e procedimentos diversos, que


devam observar unidade de processo e julgamento, o procedimento a
ser observado é aquele do crime de maior gravidade, nos termos do
artigo 78, II, a, do CPP, pois assim presumivelmente estará sendo
observada a garantia de ampla defesa em sua maior amplitude (TRF da
3ª Região, 2ª T., HC 11603).

3.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS COMUNS

Art. 394. O procedimento será comum ou especial.

§ 1o - O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo.

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i) Procedimento ordinário: Quando o crime possuir como sanção máxima a
pena privativa de liberdade igual ou superior a 4 (quatro) anos, art. 394, § 5o,
CPP:

(...)
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário
e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.

ii) Procedimento sumário: quando o crime contiver como sanção máxima


pena privativa de liberdade superior a 2 (dois) anos e inferior a 4 (quatro) anos.

iii) Procedimento sumaríssimo: previsto na Lei nº 9.099/95 (Lei dos Juizados


Especiais Criminais), aplica-se às infrações penais de menor potencial
ofensivo, assim compreendidas as contravenções penais e os crimes com pena
máxima não superior a 02 (dois) anos.

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4 - RITO ORDINÁRIO
As normas no que concerne a apuração dos crimes punidos com
reclusão da Lei 7.209/84, no seu artigo 33:

Reclusão e detenção

Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado,


semi-aberto ou aberto. A de detenção em regime semi-aberto ou aberto,
salvo necessidade de transferência a regime fechado.

§ 1º - Considera-se:

a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de


segurança máxima ou média;

(...)

§ 2º - As Penas privativas de liberdade deverão ser executadas em


forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os
seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime
mais rigoroso:

a) o condenado a pena superior a oito anos deverá começar a cumpri-la


em regime fechado;

Estes estão abarcados no rito ordinários, mencionados nos artigos 394 a


405 a 502 do Código de Processo Penal.

Segue a Sequência dos atos processuais do rito ordinário estabelecidos


pelo o Código de Processo Penal:

4.1 - OFERECIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA

A ação penal inicia-se com o oferecimento da denuncia ou queixa,


podendo ser arroladas até 8 (oito) testemunhas, deverá ser oferecida no prazo
de 5 (cinco) dias se o acusado estiver preso e 15 (quinze) dias se estiver solto.
A queixa segue o mesmo preceito, 5 (cinco) dias se o réu estiver preso. (Artigo
394 do CPP).

4.2 - DESPACHO DO JUIZ DETERMINANDO O REGISTRO E


AUTUAÇÃO

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4.3 - JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

No ato continuo, os autos retornam ao magistrado para o juízo de


admissibilidade, designando a data para o interrogatório do réu, determinando
a sua citação e a notificação do promotor, (artigo 394 do CPP). Rejeitada a
inicial acusatória (artigo 43 do CPP), a parte poderá no prazo de 5 (cinco) dias,
interpor recurso em sentido estrito, englobando os seguintes dispositivos
(artigos 581, I, CPP) . No recebimento, caberá ao réu ou terceiro interessado
impetrar Habeas Corpus (artigo 648 do CPP).

4.4 - CITAÇÃO (Artigo 351 CPP)

Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no
território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.

4.5 - INTERREGATÓRIO DO ACUSADO

O não comparecimento e a não constituição de advogado, poderá se for


o caso, correr a revelia, com a decretação de prisão preventiva e a suspensão
do processo e o curso dos prazos prescricionais, dispositivos (artigos 396, 366
e 367 do CPP).

4.6 - DEFESA PRÉVIA

Após o interrogatório ou a decretação de revelia, tem-se a fase de


defesa prévia escrita, previsão (artigos 395, 399 do CPP).

4.7 - INSTRUÇÃO CRIMINAL

Nessa etapa, o magistrado, examinará os pedidos de diligências


requeridas pela a defesa, deferindo-as ou não, dispositivos elencados (artigos
397 e 403 do CPP).

4.8 - TESTEMUNHAS DE DEFESA

A data para a oitiva das testemunhas de defesa, se dará após o juiz


ouvir todas as testemunhas de acusação, (artigos 396, 397,401 e 405 todos do
CPP).

4.9 - ALEGAÇÕES FINAIS

A fase das alegações finais, deverão as partes sucessivamente no prazo


de 3 (três) dias, ser apresentadas. A falta desta, nulifica o processo.

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4.10 - SENTENÇA

Findada a instrução criminal, os autos serão conclusos para a prolação


de sentença, podendo o juiz sanar eventuais nulidades, ou suprir qualquer
causa que prejudique o esclarecimento da verdade. (Artigo 800 do CPP).

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5 - CRIMES DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO
JÚRI

A Constituição federal de 1988, determina que o julgamento pelo o


tribunal do júri, seja-lhe assegurado como princípios básicos, a plenitude de
defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência
mínima para o julgamento dolosos dos crimes contra a vida (Artigo 5ª, XXXVIII,
CF).

5.1 - A PLENETUDE DE DEFESA

Tal princípio se traduz que o réu, terá além da ampla defesa, o


embasamento da defesa técnica baseadas em teses jurídicas, argumentações
emocionais, sociais etc.

5.2 - O SUGILO DAS VOTAÇÕES (Art. 93, IX da CF).

5.3 - A SOBERANIA DOS VERIDICTOS

Constitui-se na impossibilidade de reforma da decisão do julgamento do


júri popular.

5.4 - JUDICIUM ACCUSATIONIS (juízo de acusação)

Tem por objeto a admissibilidade da acusação perante o Tribunal.


Consiste em produção de provas para apurar a existência de crime doloso
contra a vida poderá resultar em:

i) pronúncia: se houver indícios da autoria e materialidade de crime doloso


contra a vida;

ii) impronúncia se o juiz não se convencer da materialidade do fato ou da


existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, podendo
ocorrer a;

iii) desclassificação se os indícios não forem de crime doloso contra a vida, ou;

iv) absolvição sumária se houver prova incontroversa da inexistência do crime,


da não autoria, da atipicidade, da excludente da ilicitude, ou da excludente da
culpabilidade.

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5.5 - ALEGAÇÕES FINAIS

Estas serão oferecidas no prazo de 5 (cinco) dias para cada parte.

5.6 - SETENÇA

Após a conclusão dos autos e finalizadas as diligências, o juiz proferirá


decisão, que poderá ser de pronúncia, impronúncia, desclassificação ou
absolvição sumária, previstos (nos artigos 407, 408 caput, §§ 1º e 2 º, 409, 408
§ 4º e 411 todos do CPP respectivamente).

5.7 - JUDICIUM CAUSAE (juízo da causa)

Trata-se da segunda fase iniciada após a pronúncia, originando-se com


o recebimento do libelo, encerrando-se com o julgamento em plenário do júri,
dos quais, são decorrem os atos subseqüentes:

5.7.1 - LIBELO

Peça processual acusatória, feita pelo o Ministério Público, após a fase


da pronúncia do Júri, terá o Promotor de Justiça um prazo de 5 (cinco) dias
para oferecê-la, com os requisitos previstos nos (artigos 416, 417, 418 do
CPP).

5.7.2 - CONTRARIEDADE

Dispositivo facultado a defesa, o seu não oferecimento não constitui


nulidade com previsão nos (artigos 521 do CPP).

5.7.3 - PREPARO DO PROCESSO

Declarado após a conclusão de dotas as diligências e\ou a contrariedade


oferecida, determinando o juiz, a data para o julgamento e a intimação das
partes e das testemunhas, (artigo 425 do CPP).

5.7.4 - DESAFORAMENTO

Via de regra, o réu deverá ser julgado pelo o júri composto de cidadãos
da comarca onde ocorreu o crime, salvo em algumas hipóteses dos
pressupostos contidos no (artigo 424 do CPP).

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5.7.5 - CONVOCAÇÃO DO JÚRI

O juiz da Vara do júri expede ofícios a diversas entidades com o objetivo


que sejam indicadas pessoas que reúnam as condições legais para servirem
como jurados, da forma como prevê o (artigo 439 do CPP).

5.7.6 - INSTALAÇÃO DA SESSÃO

Com o comparecimento de no mínimo 15 (quinze) jurados, será


declarada a instalação da sessão. Caso contrário, o juiz convocará nova
sessão para o primeiro dia útil subseqüente, (artigo 442 do CPP).

5.7.7 - SORTEIO DOS JURADOS SUPLENTES

Instalada a sessão, o juiz presidente procederá ao sorteio dos jurados


suplentes, (artigo 447 CPP).

5.7.7 - PREGÃO

Após o sorteio, o presidente do tribunal do júri ordenará via de regra ao


oficial de justiça que apregoe as partes e as testemunhas, previstos: (artigos ,
449, 451 , 454, 455, 458 do CPP).

5.7.8 - CONSTITUIÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA

Em seguida o juiz procederá ao sorteio dos sete jurados para a


constituição do conselho de sentença previstos nos (artigos 457, 459 § 2º).

5.7.9 - COMPROMISSO DOS JURADOS

Formado o conselho de sentença, o juiz procederá ao compromisso dos


jurados (artigo 464 CPP).

5.7.10 - INTERROGATÓRIO DO RÉU

O juiz presidente interrogará o réu pela forma estabelecida nos (artigos


186 a 195 do CPP), e no que for aplicável (artigo 465 do CPP).

5.7.11 - RELATÓRIO DO PROCESSO (Artigo 466 caput ).

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5.7.12 - INQUIRIÇÃO DAS TESTEMUNHAS

Serão inquiridas as testemunhas arroladas no libelo ou na contrariedade


e aquelas que o juiz de ofício, tenha ordenado. (Artigos 467, 468, 470 do CPP).

5.7.13 - DEBATES

Os debates são constituídos de acusação e defesa e facultativamente de


replica e tréplica, previsão (artigos 471, 474, 475 e 476 parágrafo único do
CPP).

5.7.14 - ESCLARECIMENTOS SOBRE QUESTÕES DE FATOS

Concluídos os debates, o juiz perguntará aos jurados se estão


habilitados a julgar, ou se necessitam de algum esclarecimento sobre questões
de fato. (Artigo 478 do CPP).

5.7.15 - QUESTIONÁRIO

Os quesitos serão formulados conforme a libelo e da contrariedade se


houver, e dos debates, com explicação do significado de cada um, estes,
constituem o questionário.

5.7.16 - JULGAMENTO

Após a leitura e explicações dos quesitos, o juiz deve anunciar que irá
proceder ao julgamento convidando os jurados e as partes a acompanhá-lo até
a sala especial para a votação. (Artigos 481, 480, 483 do CPP).

5.7.17 - VOTAÇÃO

Distribuídas as cédulas aos jurados, o juiz pronunciará o quesito que


deverá ser respondido a um oficial de justiça que recolherá secretamente as
cédulas com os votos. (Artigos 485 a 490 do CPP).

5.7.18 - SENTENÇA

Por fim, o juiz lavrará a sentença, com observância ao disposto no artigo


492 do Código do Processo Penal, e 495 do CPP.

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6 - RITO SUMÁRIO
Com a denominação de processo sumário, a lei Processual Penal,
regulou os procedimentos das infrações a que seja cominada a pena de
reclusão, incluindo as contravenções penais e os crimes apenados com
detenção. Resumidamente, podemos desta forma destacar o rito sumário:

i) Processo Audiência una: instrução, debates e julgamento.

ii) Prazo de 30 dias.

iii) Máximo de 5 testemunhas por parte.

iv) Ouvida da(s) vítima(s), testemunhas da acusação, da defesa, inquirição de


peritos (ou assistentes técnicos) e interrogatório do réu Carta precatória não
suspende a instrução (não havendo que se falar na inversão da produção da
prova).

v) Nada fala sobre diligências, mas nada obsta, caso haja alguma
circunstância que seja imprescindível.

vi) Debates orais (20 + 10min) – nada fala sobre conversão em memoriais.

vii) Sentença – nada fala sobre conversão em memoriais.

A previsão estão contidas nos (artigos 531 a 537, 538 a 540 do CPP e 129, I
da CF).

6.1 - DESPACHO SANEADOR

O Juiz proferirá um despacho saneador eventuais nulidades,


determinando diligências que considerem indispensáveis aos esclarecimentos
da verdade, que poderão ser requeridas ou não, pelas as partes.

Art. 538. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o


juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças
existentes para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o
procedimento sumário previsto neste Capítulo.

6.2 - AUDIENCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Ouvidas as testemunhas arroladas pela a defesa, as partes, primeiro a


acusação e depois a defesa, procedem o debate oral, pelo o tempo de 20
(vinte) minutos para cada, sendo prorrogável por mais 10 (dez) minutos, a
critério de juiz.

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Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora
para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor,
do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.

§ 1o O acusado preso será requisitado para comparecer ao


interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação.

§ 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.

Nada impeditivo que as partes apresentem memoriais (alegações


escritas) em substituições as alegações orais.

O procedimento sumário ocorrerá da mesma forma que o ordinário,


respeitando as mesmas regras processuais, com exceção do prazo para a
realização da audiência que deverá ocorrer em 30 dias e não em 60, como no
ordinário.

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7 - REFERÊNCIAS

Processo Penal - Procedimentos Comuns - Instituto Formula -


https://www.institutoformula.com.br/processo-penal-procedimento-comum/
(acessado em 26/10/2020 as 12:00)

PRADO, Amauri Renó e BONILHA, José Carlos Mascari - MANUAL DE


PROCESSO PENAL, Conhecimento e Execução Penal - 2ª edição, revista
atualizada 2003 - editora Juarez de Oliveira.

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