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CEEST - ENGENHARIA DE SEGURANÇA

PROTEÇÃO CONTRA ARCOS ELÉTRICOS


Prof. Dr. Methodio Godoy
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

PROGRAMAÇÃO
▪ Aula 1: Riscos Elétricos e a NR 10
▪ Aula 2: Choque Elétrico
▪ Aula 3: Aterramento
▪ Aula 4: Proteção contra Choques Elétricos em Baixa
Tensão. (NBR 5410/2005)
▪ Aula 5: Proteção contra Arco Elétrico
▪ Aula 6: Proteção contra Choques Elétricos em Alta
Tensão. (NBR 14.039/2005)
▪ Aula 7: Eletricidade Estática e Indução
▪ Aula 8: Sistema de Proteção contra Descargas Atmos-
féricas
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CEEST – MÓDULO : RISCOS ELÉTRICOS

INTRODUÇÃO
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ARCOS ELÉTRICOS INTERNOS

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ARCOS ELÉTRICOS INTERNOS

● A simples execução de manobras cotidianas


dentro de uma subestação, como por exem-
plo, a inserção de um disjuntor, pode terminar
no surgimento de um arco voltaico de efeitos
irreversíveis para a saúde do operador.

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ARCOS ELÉTRICOS INTERNOS

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MOTIVAÇÃO

Estudos conduzidos nos Estados Unidos


mostram que 50% das pessoas enviadas
às unidades de tratamento de queimaduras
possuem lesões devidas a ocorrências de
arco voltaico e que uma ou duas entre
cinco pessoas não sobrevive às conse-
quências dessas lesões.

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PROTEÇÃO CONTRA ARCO ELÉTRICO

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CEEST – MÓDULO : RISCOS ELÉTRICOS

DEFINIÇÃO
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ARCO ELÉTRICO

▪ É a passagem da corrente elétrica pelo ar


ou outro meio isolante.
▪ Ele ocorre pela pequena distância entre
dois condutores, onde a diferença de
potencial entre os condutores não é
capaz de manter a rigidez dielétrica do
meio isolante provocando a ruptura dielé-
trica (capacidade de isolação) do meio
isolante.
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ARCO ELÉTRICO

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ARCO ELÉTRICO

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ARCO ELÉTRICO

▪ O arco elétrico é um fenômeno da eletri-


cidade inerente aos sistemas elétricos.
▪ Podem existir de uma forma intensa e
controlada como nos casos de solda
elétrica e fornos industriais ou com a
liberação de uma pequena quantidade de
calor como nos casos de interruptores
para lâmpadas.

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ARCO ELÉTRICO EM PONTO DE TOMADA

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INTRODUÇÃO AOS ARCOS ELÉTRICOS


▪ O surgimento de arcos elétricos está diretamente rela-
cionada aos esforços elétricos de tensão aplicados a
uma isolação e a capacidade dessa isolação suportar
esses esforços.
▪ A rigidez dielétrica corresponde ao maior valor do
campo elétrico aplicado a um isolante sem que ele se
torne um condutor.
▪ A rigidez dielétrica para o caso do ar é da ordem de e
vale cerca de 3 MV/m, assim quando esse valor for
ultrapassado, o ar torna-se condutor.
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ESFORÇOS ELÉTRICOS DE TENSÃO

▪ Nas instalações elétricas, os equipamen-


tos e materiais são submetidos aos se-
guintes esforços elétricos de tensão:
• Tensões normais de operação (± 5% em
torno da tensão nominal),
• Sobretensões Temporárias
• Sobretensões ou surtos devido a descargas
atmosféricas e manobras.

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ISOLAÇÕES
▪ Os esforços de tensão aplicados nas isolações
provocam a polarização dos dielétricos envolvi-
dos.
▪ Essa polarização aumenta com o aumento da
tensão aplicada e com a diminuição da distân-
cia entre os materiais condutores envolvidos.
▪ Essa polarização é influenciada pelas condi-
ções ambientais do local e com a polaridade, o
formato e a duração do esforço elétrico de
tensão.
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DESCARGA DISRUPTIVA

▪ É a ruptura brusca do meio isolante.

+ + + + + +
I I I
e(t) + + +

- - - - - -

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ARCO ELÉTRICO EXTERNO

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ARCOS ELÉTRICOS INTERNOS E


EXTERNOS

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PLASMA
▪ Quando a rigidez dielétrica do ar for excedida,
ele se torna condutor com a formação de gás
ionizado e vapor metálico oriundo dos terminais
emissores do arco.
▪ Essa mistura superaquecida de vapor metálico
com gás ionizado é denominada PLASMA e
apresenta grande liberação de calor e emissão
de radiação eletromagnética.
▪ As temperaturas atingem valores superiores a
13.000°C.
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RISCOS ELÉTRICOS

CAUSAS DO SURGIMENTO DE ARCO


ELÉTRICO
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CAUSAS

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UMIDADE

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ANIMAIS

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ESQUECIMENTO DE FERRAMENTAS

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OBJETOS ESTRANHOS

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FALHA DE ISOLAMENTO DOS


EQUIPAMENTOS

▪ Envelhecimento precoce da isolação,


▪ Poluição e contaminação por poeira, né-
voa salina ou mesmo produtos quími-
cos,
▪ Abrasão mecânica destruindo isolação,
▪ Sobretensões excessivas causadas pela
incidência de descargas ou manobras na
rede.
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ERROS HUMANOS

▪ Aproximação excessiva de partes vivas,


▪ Manobras indevidas como abertura de
chaves em circuitos com corrente e sem
tensão,
▪ Utilização de instrumentos inadequados,
não certificados ou danificados...

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FALHAS EM EQUIPAMENTOS

▪ Pontos quentes gerados por aqueci-


mento excessivo de peças e componen-
tes,
▪ Contatos que não encaixam ou que não
completaram o movimento normal,
▪ Abertura de disjuntores sem o meio de
extinção está atendendo as condições
adequadas (Vácuo/Gás SF6/Óleo) ...

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QUANDO SE FORMA UM ARCO ELÉTRICO


▪ O arco se estabelece quando:
• Ocorrem falhas na isolação,
• Ocorrem em falhas nos dispositivos de manobra ou
proteção,
• Ocorrem em erros humanos por manobras
equivocadas com dispositivos de manobra,
• Ocorrem com curto circuitos fortuitos provocados
por: desprendimento de elementos condutores,
deterioração de isolantes, aproximação excessiva
de partes vivas com ferramentas, instrumentos de
medidas, presença de animais, umidade ...
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ESTATÍSTICAS DE ARCO ELÉTRICO


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RISCOS DO SURGIMENTO DE
ARCOS ELÉTRICOS

▪ A ocorrência de um arco elétrico pode


provocar:
• Queimaduras de elevado grau,
• Inalação de gases tóxicos e quentes,
• Incidência de altíssimos níveis de ruídos,
• Lançamento de peças e materiais derretidos
por distâncias significativas,
• Ondas de pressão que podem arremessar o
trabalhador a metros de distância.
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ESTATÍSTICAS DO SETOR ELÉTRICO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ESTATÍSTICAS DO SETOR ELÉTRICO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ESTATÍSTICAS DO SETOR ELÉTRICO

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ESTATÍSTICAS DO SETOR ELÉTRICO

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ESTATÍSTICAS NA INDÚSTRIA
AMERICANA – NFPA 70

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TROCA DE FUSÍVEIS

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LEITURAS PRÓXIMOS A QUADROS

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OPERAÇÕES DE MANOBRAS

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MANOBRAS NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ELETRICISTA DA REDE

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ENTREVISTA

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RISCOS DE ARCO ELÉTRICO


▪ O risco do arco se torna uma preocupação
principal para tensões superiores a 380V.
▪ Arcos formados em tensões mais baixas que
380 V não se sustentam, se extinguindo por si
mesmos.
▪ A maior incidência de fatalidades e lesões
causadas por arco ocorrem com sistemas de
440V até 480V, especialmente quando se
trabalha no barramento principal ou em suas
proximidades.
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RISCOS ELÉTRICOS

HISTÓRICO DO PROBLEMA
ASSOCIADO AO ARCO ELÉTRICO
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

RESUMO GERAL

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RISCOS ELÉTRICOS

EFEITOS DO ARCO ELÉTRICO


RISCOS ELÉTRICOS CEEST

EFEITOS DO ARCO ELÉTRICO


▪ EXPLOSÃO: o rápido aumento de temperatura causa
uma potente expansão de ar e um impacto explosivo
nas imediações.
▪ COMBUSTÃO E RADIAÇÃO TÉRMICA: o efeito
térmico imediato derrete e queima todos objetos ao seu
redor, como as paredes do cubículo, barramentos e
isoladores. Gases quentes, material derretido e a
radiação térmica podem causar danos ainda maiores.
▪ GASES TÓXICOS: dependendo dos materiais envolvi-
dos, compostos químicos de elevado teor tóxico podem
ser produzidos sob as elevadas temperaturas.

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QUEIMADURAS

▪ Segundo estatísticas do IEEE mais de


80% de todos os acidentes elétricos in-
dustriais são resultado de arco elétrico e
combustão de roupas inflamáveis.
▪ Queimaduras fatais poderão ocorrer a
distância de 3m.

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IRRADIAÇÃO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ARCO ELÉTRICO
▪ O calor produzido por um arco elétrico é
proporcional a potência de curto-circuito no
local da ocorrência, cuja energia envolvida
pode chegar a um máximo de 50% da
disponibilidade no ponto de emissão do arco.
▪ Por outro lado, quando se trata de arcos
elétricos enclausurados há um acréscimo na
energia envolvida no arco cujos efeitos
produzidos podem ser três vezes maiores
dependendo das condições de ocorrência.
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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

EFEITOS DO ARCO ELÉTRICO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST
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EFEITOS DO ARCO ELÉTRICO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

EFEITOS DO ARCO ELÉTRICO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

EFEITOS DO ARCO ELÉTRICO

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CARACTERÍSTICAS DO ARCO ELÉTRICO

▪ A potência máxima instantânea pode


chegar à 40 MW;
▪ Em média tensão a máxima tensão de
arco atinge de 500 a 1000 V;
▪ A intensidade luminosa de um arco pode
ser 2000 vezes a luminosidade de um
escritório comum.

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ARCO ELÉTRICO NA BT E NA AT

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CONSEQUÊNCIAS DA OCORRÊNCIA DO ARCO

▪ Queimaduras de segundo e terceiro graus,


potencialmente fatais;
▪ Ferimentos por quedas de postes;
▪ Problemas na retina, devido à emissão de
radiação ultravioleta;
▪ Danos físicos devidos à onda de pressão
originada pela explosão;
▪ Ferimentos e queimaduras devidos à ação de
partículas derretidas de metal.

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GRAVIDADE DAS CONSEQUÊNCIAS

▪ Da intensidade da corrente elétrica do ar-


co
▪ Da distância ao ponto de falha;
▪ Da energia liberada;
▪ Da vestimenta de proteção.

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QUEIMADURA POR ARCO ELÉTRICO

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CENA APÓS A OCORRÊNCIA DO ARCO

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CENA APÓS A OCORRÊNCIA DO ARCO

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CEEST – MÓDULO : RISCOS ELÉTRICOS

MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA


ARCOS ELÉTRICOS
CEEST – MÓDULO : RISCOS ELÉTRICOS

PROTEÇÃO CONTRA ARCOS


ELÉTRICOS
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

PROTEÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO

▪ Uma das formas de se mitigar os efeitos


do arco elétrico usando relés de proteção
digitais com a função proteção de arco
elétrico.
▪ A proteção de arco voltaico tem que ser
extremamente rápida, os detectores de-
vem atuar em tempos da ordem de 7 ms
mais o tempo de atuação do disjuntor
em média 50 ms.
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SENSORES DE ARCO

▪ Existem várias linhas de sensores alguns


baseados na luminosidade e outros no
calor.
▪ Os sensores de luminosidade são os
mais empregados, eles tem como prin-
cipio básico de funcionamento supervi-
ionar a variação da intensidade da ilumi-
nação, captada por até quatro sensores
óticos independentes
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SENSORES DE ARCO

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SENSORES DE ARCO

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SENSORES DE ARCO

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SENSOR DE LUMINOSIDADE

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SENSORES DE LUMINOSIDADE

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

SENSORES DE LUMINOSIDADE

▪ Os sensores de luminosidade são de dois


tipos: pontuais e regionais.
▪ Os sensores pontuais de luz são para a
detecção localizada em pontos de maior
possibilidade de ocorrência de arco
voltaico, como partes móveis do painel
(Ex: inserção/extração de disjuntor).

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

SENSORES DE LUMINOSIDADE

▪ Os sensores regionais são recomenda-


dos para as aplicações onde se deseja
um alcance maior, sendo comumente
aplicado no compartimento do barramen-
to principal do painel.

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PROTEÇÃO CONTRA ARCO

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AJUSTES NOS SENSORES

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RISCOS ELÉTRICOS

QUADROS A PROVA DE ARCOS


ELÉTRICOS
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QUADROS DE BAIXA E MÉDIA TENSÃO


RESISTENTES ARCO ELÉTRICO

▪ São quadros ou cubículos de baixa e


média tensão projetados para em caso
de arco elétrico, suportarem os esforços
ou direcionarem as ondas de pressão e
calor em direções específicas protegendo
os trabalhadores.
▪ São quadros mais robustos mecânica e
termicamente projetados para suportar
estes esforços.
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QUADROS DE BAIXA E MÉDIA TENSÃO


RESISTENTES ARCO ELÉTRICO

▪ Chaminés específicas pa-


ra direcionamento do gás
pela parte superior.
▪ Testado nos diversos com-
partimentos:
• Disjuntor
• Barramento
• Cabos
▪ Para um dado nível de
curto 31,5 kA e tempo 1s.

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QUADROS DE BAIXA E MÉDIA TENSÃO


RESISTENTES ARCO ELÉTRICO

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CUBÍCULOS RESISTENTES A ARCO

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CUBÍCULOS RESISTENTES A ARCO

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CUBÍCULOS RESISTENTES A ARCO

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CEEST – MÓDULO : RISCOS ELÉTRICOS

MANUTENÇÃO PREVENTIVA
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

MANUTENÇÃO PREVENTIVA

▪ Uma das formas de se prevenir a o-


corrência de arcos elétricos em instala-
ções é a realização de manutenções pre-
ventivas adequadas.
▪ Uma das técnicas que é fundamental
para identificação de falhas antes que
elas ocorram é a TERMOVISÃO.

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TERMOVISÃO NAS INSTALAÇÕES

▪ É uma técnica de sensoreamento re-


moto, que possibilita a medição de tem-
peraturas e a formação de imagens tér-
micas de um componente, equipamento
ou processo, à partir da radiação infra-
vermelha, naturalmente emitida pelos
corpos

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

INSPEÇÃO EM DISTÂNCIAS SEGURAS

▪ Inspecionando equipamentos em carga,


à partir de distâncias seguras

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TERMOVISÃO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ANÁLISE POSTERIOR

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

TERMOVISÃO

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TERMOVISÃO NAS INSTALAÇÕES

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

TERMOVISÃO NAS INSTALAÇÕES

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CEEST – MÓDULO : RISCOS ELÉTRICOS

AUTOMAÇÃO
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

AUTOMAÇÃO

▪ Uma forma mais segura e que permite se


quantificar é o uso de dispositivos que
permitam o afastar o operador do painel
durante estas atividades.
▪ A utilização da AUTOMAÇÃO ou opera-
ção e leitura remota são fundamentais na
mitigação dos efeitos de um arco interno,
mantendo o elemento humano fora da
zona de risco.
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UTILIZAÇÃO DE EPIs
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MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


RISCOS ELÉTRICOS CEEST

INTRODUÇÃO

▪ Em todos os serviços executados em ins-


talações elétricas devem ser previstas e
adotadas, prioritariamente, medidas de
proteção coletiva.
▪ Quando as medidas de proteção coletiva
forem tecnicamente inviáveis ou insuficie-
ntes para controlar os riscos, devem ser
adotados equipamentos de proteção
individuais (EPI’s).
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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ENERGIA INCIDENTE
▪ No caso do arco elétrico, o EPI que deve ser
especificado para trabalhos envolvendo riscos com
arco elétrico deve limitar a energia incidente sobre o
trabalhador na ocorrência de arco a valores que
mitiguem os efeitos de queimaduras.

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ARC THERMAL PERFORMANCE VALUE


▪ A ASTM definiu um indicador denominado
ATPV (Arc Thermal Performance Value), para
medir o desempenho dos tecidos e caracterizar
a roupas de proteção contra arco elétrico.
▪ ATPV é o valor máximo da energia incidente
sobre o tecido sem permitir que a energia no
lado protegido, exceda o valor limiar de
queimadura do segundo grau, ou seja, que não
ultrapasse 5 J/cm² e não entre em combustão.

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

QUAL A VESTIMENTA ADEQUADA?


▪ O que determina o tipo de proteção pessoal é o
cálculo da energia incidente a partir de um arco
elétrico.

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CLASSE DO PERIGO DA ROUPA CARACTERÍSTICA E


GRAU DE PROTEÇÃO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

TRAJES ADEQUADOS

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST1
0
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EFEITOS NAS VESTIMENTAS

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ATPV MÍNIMO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

UTILIZAÇÃO DE EPIs

▪ Utilização de equipamentos de proteção


individual: roupas de proteção térmica,
óculos de segurança, cinto de segurança
e talabartes, capacete classe “B”, para
trabalhos em eletricidade, preso ao pes-
coço pelo prendedor denominado “jugu-
lar” e botas de segurança.
▪ A Norma NFPA70E estabelece 4 catego-
rias de risco.
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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

MEDIDAS PARA REDUÇÃO


DOS EFEITOS DO ARCO ELÉTRICO

▪ Especificar painéis resistente a arco interno


▪ Não violar a compartimentação do painel para
execução de manobras
▪ Possuir dispositivos de inserção e extração
com porta fechada
▪ Operação Remota dos disjuntores.
▪ Sistemas de Aterramento através de Alta Re-
sistência tanto na baixa como na média tensão
(< 17,5KV).

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CEEST – MÓDULO : RISCOS ELÉTRICOS

CÁLCULO DA ENERGIA
INCIDENTE DO ARCO ELÉTRICO
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

INFLAMABILIDADE

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

CÁLCULO DA ENERGIA INCIDENTE

▪ Para a avaliação do cálculo de energia


incidente provocada pelo arco elétrico, as
seguintes normas apresentam metodo-
logia ou orientação sobre cálculos:
• NEC 2002 – National Electric Code
• NFPA 70E 2004 - National Fire Protection Associa-
tion
• OSHA / CFR 1910 – Ocupacional Safety Health
• IEEE 1584 2002 – International Electrical Electronics
Enginneer
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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

CÁLCULO DA ENERGIA INCIDENTE


▪ Em 1982 Ralph Lee publicou um modelo
teórico para cálculo do calor liberado por arco
elétrico numa falha, a partir vários estudos e
ensaios em simulando várias configurações de
equipamentos em sistemas de distribuição.
▪ Em setembro de 2002 o IEEE, publicou um
documento mais completo com recomenda-
ções e métodos de cálculo para determinação
da energia do arco que um trabalhador fica
exposto nos seus locais de trabalho.
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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ENERGIA INCIDENTE

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

DANOS PROVOCADOS POR ARCO ELÉTRICO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

DANOS PROVOCADOS POR ARCO ELÉTRICO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

MODELO DE RALPH LEE


▪ Ralph Lee desenvolveu uma teoria baseada no
modelo de energia do arco. A sua maior
limitação é que não inclui um método de
encontrar a corrente de arco elétrico, que é
muito importante para os casos até 1000 V.
▪ O modelo também não considera efeitos de
aumento de arco em um painel e para
aplicações superiores a 1000 V, é bastante
conservador.

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

MODELO DE RALPH LEE

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

TEMPO DE ARCO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

EXEMPLO DE CÁLCULO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

MODELO IEEE - 1584


▪ O novo modelo da IEEE foi desenvolvido
baseado em ensaios levando em consideração
os fatores que mais influenciam no nível de
energia incidente liberado na forma de calor.
▪ Para os casos onde a aplicação do modelo
IEEE - 1584 não é adequado, tais como em ar
livre em subestações, a céu aberto e sistemas
de transmissão e distribuição se aplica o
Modelo de Ralph Lee.

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

DADOS REQUERIDOS

▪ tempo do arco
▪ distância do arco
▪ tensão do circuito
▪ corrente de curto circuito sólido
▪ relação X/R do circuito
▪ distância dos eletrodos (barramento)
▪ número de fases

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

DADOS REQUERIDOS

▪ tipo de aterramento funcional do sistema


▪ arco enclausurado ou em área aberta
▪ tamanho do invólucro
▪ formato do invólucro
▪ configuração dos eletrodos (em triângulo
ou alinhados)
▪ distância dos eletrodos com o invólucro
▪ freqüência.
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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

LIMITAÇÕES DE APLICAÇÃO
▪ Tensão entre 208 V e 15 kV
▪ Freqüência de 50 Hz e 60 Hz
▪ Corrente de curto circuito entre 700 A e 106 kA
▪ Aterramento funcional sólido e isolado com e
sem resistência
▪ Arco dentro do invólucro e em locais abertos
▪ Espaçamento entre condutores entre 13 mm e
152 mm
▪ Curtos circuitos trifásicos.

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

CÁLCULO DA CORRENTE DE ARCO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

TABELA 4

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

CÁLCULO DA CORRENTE DE ARCO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ENERGIA LIBERADA PELO ARCO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

TENSÕES ACIMA DE 15 KV

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

LIMITES DE PROTEÇÃO CONTRA ARCO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

PROTEÇÃO CONTRA ARCO ELÉTRICO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

PROTEÇÃO CONTRA ARCO ELÉTRICO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

PROTEÇÃO CONTRA ARCO ELÉTRICO

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

ARMÁRIO PARA VESTIMENTAS CONTRA


ARCO ELÉTRICO

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MUITO OBRIGADO

Methodio Godoy
e-mail: mgodoy@br.inter.net
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

FELIZ RETORNO AO LAR

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

PENSAMENTO

O SÁBIO ANTEVÊ O PERIGO E PROTEGE-SE,


MAS OS IMPRUDENTES PASSAM E SOFREM
AS CONSEQUÊNCIAS”

Provérbios 2,2:3

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NR 10 – MÓDULO COMPLEMENTAR

TELAS DE APOIO
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

EXPOSIÇÃO AO ARCO ELÉTRICO

▪ Queimadura curável - 630C


▪ Morte das células 960C
▪ Arco elétrico 20.0000C
▪ Superfície do Sol 5.0000C
▪ Queima de roupas 370 a 7600C
▪ Fusão do metal - 1.0000C.

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

QUANDO SE FORMA UM ARCO ELÉTRICO


▪ Quando a tensão elétrica entre dois pontos
supera a rigidez dielétrica do ar, como no caso
das sobretensões de origem atmosférica e das
decorrentes de manobras de circuitos;
▪ Quando o ar no entorno de algum condutor
torna-se superaquecido devido a passagem de
uma corrente excessiva pelo mesmo;

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST

COMPETÊNCIA DE PESSOAS

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RISCOS ELÉTRICOS CEEST
O modelo de Lee

- O método de Lee estima a energia incidente baseando-se em


um valor teórico máximo.

- Não analisa separadamente arcos em locais abertos ou


fechados.

- Utiliza a corrente de curto franco, não utilizando a corrente de


arco que é muito importante para tensões abaixo de 1000
volts.

- Muito conservador para tensões superiores a 1 kV.

Fronteira de Risco

Arco Elétrico
RISCOS ELÉTRICOS CEEST
Equações de Ralph Lee

Relação Distância versus Energia


Dcurável = √( 2,65 * MVAbf*t) ;
Energia do Arco - MW
Distância (cm) (Pés)
Curável Incurável
50 5,2 7 Dcurável = √( 53 * MVA*t) ; (Pés)
61 7,5 10
Dfatal = √( 1,96 * MVAbf*t) ;
76,2 11,8 16 (Pés)

81,4 17 23
D = √( 39 * MVA*t) ;
Dcurável,fatal
distância para queimadura curável,
(Pés) (pés)
152,4 47 64
304,8 189 256 Dfatal, distância para queimadura não curável, (pés)
MVAbf, potência de curto no ponto do arco,
Trafo: 75 kVA = 0,075 MVA
MVA, potência do transformador
Tempo exposição: 1 s
t, tempo de exposição (s)
Dcurável = (53 x 0,075 x 1,25 x1)1/2 Nota: Para transformadores com MVA menores
Dcurável = 2,23 pés = 70 cm que 0,75 MVA multiplicar por 1,25.

Dfatal = (39 x 0,075 x 1,25 x1)1/2


D = 1,91 pés = 60 cm
RISCOS ELÉTRICOS CEEST
Energia Incidente - Ralph Lee

Cubículo Rede Baixa tensão


Energia Incidente V = 0,44 kV V = 0,22 kV
Icc = 25 kA Icc = 8 kA
E = 5,12 × 105 × V × Ibf × t = 0,5 s t=3s
(t/D²) D = 600 mm D = 500 mm
Onde,
E, energia incidente (cal/cm²)
Energia = 7,52 cal/cm² Energia = 10,81 cal/cm²
V, tensão (kV) Dcurável = 1,53 m Dcurável = 1,50 m
t, duração do arco (segundos)
Ibf, corrente 3φ (kA)
t = 0,25 s t=2s
D, distância do ponto de arco
ao trabalhador (mm)
Dcurável , distância para a qual E Energia = 3,91 cal/cm² Energia = 7,20 cal/cm²
é igual a 1,2 cal/cm² Dcurável = 1,10 m Dcurável = 1,20 m
RISCOS ELÉTRICOS CEEST
Dought - NFPA 70E

Com o apoio da NFPA Dougth, Neal e Floyd publicaram uma nova equação empírica em
1998, a qual direcionada especialmente para a propagação em cubículos de baixa tensão
até 600 volts. Foram desenvolvidas duas equações, para arco em cubículos e em local
aberto. As equações foram incorporadas ao NFPA 70E em 2000.

Arco elétrico aberto

Onde,
EMA, energia máxima incidente do arco aberto
(cal/cm²)
DA, distância em relação ao arco, in (≥ 18 polegadas)
Ibf, corrente de curto circuito, kA (16 a 50 kA)

Rede Baixa tensão


Não
V = 0,22 kV
Icc = 8 kA aplicável,
t=2s corrente fora
D = 500 mm das
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

Arco elétrico em painéis/cubículos

Onde,
EMB, energia máxima incidente do arco fechado (cal/cm²)
DB, distância em relação ao arco, in (≥ 18 polegadas)
Ibf, corrente de curto circuito, kA (16 a 50 kA)

Cubículo Energia = 15,47 cal/cm²


Dcurável = 3,40 m
V = 0,44 kV
Icc = 25 kA
t = 0,50 s Com 0,25 s de proteção
D = 600 mm
Energia = 7,73 cal/cm²
Dcurável = 2,12 m

Caixa cúbica com 50 cm e


gap de 3,2 cm
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

Energia de arco elétrico V≥ 600 volts

Rede Média tensão

= V = 13,8 kV
Icc = 10 kA
t=1s
D = 600 mm
Rede Baixa tensão
Energia Incidente V = 0,22 kV
Energia = 197 cal/cm²
Não aplicável,
Icc = 8 kA
Onde, Necessidade de
t=3s
Ei, energia incidente (cal/cm² ou J/cm²) desenvolver modelo.
D = 500 mm
V, tensão (kV)
t, duração do arco (sec) Energia = 10,80 cal/cm²
Ibf, corrente 3φ (kA) Dcurável = 1,20 m
D, Distância do ponto de arco ao
trabalhador, em polegadas ou Com 2 s de proteção
milímetros
Energia = 7,20 cal/cm²
Dcurável = 1,50 m
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

IEEE – 1584
O IEEE considerando que:

•a corrente de arco pode ser de 30% a 50% menor que a corrente de curto 3φ;
•a distância entre condutores;
•o tamanho da caixa;
•o sistema de aterramento.

Em baixa tensão, influenciam na energia incidente realizou intensa pesquisa com testes
elétricos em laboratórios com tensões de 208V a 15kV. Definindo equações e
constantes para as faixas de tensão de 208V a 650V; 1.001V a 15.000V; e maiores que
15.000V.

Condições de contorno

— Tensão trifásica de 208 V–15 000 V


— Frequencia 50 Hz ou 60 Hz.
— Corrente de curto-franco de 700 A a106 000 A (0,7 kA a 106 kA).
— Sistemas aterrados e não aterrados.
— Tipos de configurações mais comuns.
— Distância entre condutores/barramentos 13 mm a152 mm.
— Falhas envolvendo as 3 fases.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

Cálculo da corrente de arco

Tensões até 1kV

Ibf 🡪 Corrente de curto – circuito franco [kA] K = -0,153 configuração aberta


V 🡪 Tensão [kV] -0,097 configuração fechada
G 🡪 Distância entre condutores[mm]
Ia 🡪 Corrente de arco [kA]

Tensões de 1kV a 15 kV
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

Cálculo da Energia IEEE 1584

EN 🡪Energia normalizada [J/cm2]


G 🡪 Distância entre condutores[mm]
Ia 🡪 Corrente de arco [kA]
K1 🡪 –0.792 para configurações abertas
–0.555 para configurações fechadas
K2 🡪 0 para sistemas não aterrados ou de alta impedância
0,113 para sistemas aterrados

E 🡪 Energia Incidente
Cf 🡪 o fator de cáculo
1.0 para tensões até 1kV
1.5 para tensões superiores a 1kV
EN 🡪 Energia normalizada [J/cm2]
t 🡪 tempo de duração do arco
D 🡪 distância do ponto de arco
x 🡪 é o expoente da distância tabela 4
RISCOS ELÉTRICOS CEEST
Cálculo da Energia IEEE 1584

Cubículo

V = 0,44 kV
Icc = 25 kA
T = 0,5 s
D = 600 mm
G = 25 mm
Sistema aterrado

Energia = 14,44 cal/cm²


Dcurável = 2,70 m

Com 0,25 s de proteção


Rede Baixa tensão
Energia = 7,22 cal/cm²
Não
Dcurável = 1,70 m V = 0,22 kV
Icc = 8 kA aplicável,
T=3s gap fora das
D = 500 mm
G = 200 mm condições
Sistema aterrado de contorno.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST
Ralph Lee x IEEE 1584

Tensão de 600V, distância 60 cm, tempo de 1 s e arco


aberto, IEEE mais adequado.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST
Ralph Lee x IEEE 1584

Tensão de 4.160V, distância 60 cm, tempo de 1 s e arco


aberto, IEEE 1584 não fornece proteção adequada.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST
Ralph Lee x IEEE 1584

Tensão de 13.8 kV, distância 60 cm, tempo de 1 s e arco


aberto, método de Ralph Lee exige proteção elevada, acima
dos testes.
Softwares para Cálculo

A análise dos softwares, para cálculo de energia incidente, foi realizada


pela equipe da UFMG integrante do PROJETO ANEEL GT293-Modelagem
do Arco Elétrico devido a Faltas em Sistemas Elétricos e Cálculo
Computacional de seus Efeitos Térmicos.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•Duke Power Heat Flux Calculator


Características:
• Interface: Extremamente amigável;
• Modelo: Baseia-se na teoria de transferência de calor por
radiação;
• Preço: Gratuito;
• Específico: Sim;
• Vantagens: Ferramenta de simples uso, específico e sua
obtenção é feita sem qualquer tipo de custo;
• Desvantagens: Modelo baseado em sistemas monofásicos em
locais abertos, desconsidera qualquer transferência de calor por
convecção e possui função limitada á apenas cálculo da energia
incidente.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•Duke Power Heat Flux Calculator

Fatores de correção:
• Como o programa assume que o sistema é do tipo aberto e
monofásico é necessário o uso de fatores de correção para as
demais configurações, como por exemplo: para sistemas
trifásicos em locais abertos, deve-se multiplicar o resultado
calculado por um fator de 2,8.
• Sabe-se que uma mudança de configuração do sistema
acarreta uma drástica mudança no comportamento do arco
elétrico. Por tal motivo, o uso destes fatores de correção pode
ser encarado como uma espécie de simplificação, o que torna
difícil de dizer a verdadeira precisão destes resultados. Além
deste fato, existem na literatura muitos fatores de correção.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•Arc Flash Analytic v. 3.0 (AFA)


RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•Arc Flash Analytic v. 3.0 (AFA)

Características:
• Interface: Muito amigável;
• Modelo: Baseia-se na norma do IEEE.
• Preço: US $130.00;
• Específico: Sim;
• Vantagens: Ferramenta de simples uso, específico, apresenta
diferentes tipos de equipamento, possibilita o uso de dispositivos
de proteção, determina o nível e os detalhes do PPE requerido e
gera etiquetas de alarme;
• Desvantagens: Não permite cálculos baseados na norma da
NFPA.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•ARCPRO v. 2.0
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•ARCPRO v. 2.0
Características:
• Interface: Muito amigável;
• Modelo: Baseia-se em modelos físicos com um grande número
de variáveis, como por exemplo: o calor transferido tanto por
radiação, quanto por convecção.
• Preço: US $1,895.00;
• Específico: Sim;
• Vantagens: Ferramenta de simples uso, específico, apresenta
boa relação entre custo e benefício e considera o calor
transferido por convecção;
• Desvantagens: Modelo baseado em sistemas monofásicos em
locais abertos.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST
•ARCPRO v. 2.0
Parâmetros de entrada e saída:
•O software foi desenvolvido para calcular o fluxo de calor total e a
energia transferida para uma dada superfície, a várias distâncias do
arco elétrico.

•Possui como parâmetros de entrada: a corrente e o gap do arco e a


distância do mesmo para a superfície receptora.

• Possui como resultados: a energia total disponível, o fluxo de calor


para qualquer localização presente no caminho do arco, as
componentes do fluxo de calor que são conduzidas por radiação e
convecção, as formas de onda da tensão, corrente e diâmetro do
arco e por último, os gráficos que auxiliam na escolha de um PPE
adequado.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•ARCPRO v. 2.0

Fatores de correção:
• Assim como no Duke Power Heat Flux Calculator, o
programa assume que o sistema é do tipo aberto e
monofásico. Por tal motivo, o uso de fatores de
correção para as demais configurações também deve
ser utilizado.

• Sistemas monofásicos em locais fechados: 1,5.


• Sistemas trifásicos em locais abertos: 1,2 a 2,2.
• Sistemas trifásicos em locais fechados: 3,7 a
6,5.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•Easy Power 9.0


RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•Easy Power 9.0


Características:
• Interface: Amigável;
• Modelo: Baseia-se nas normas do IEEE e NFPA;
• Preço: US $9,480.00 (com 100 barramentos);
• Específico: Não;
• Vantagens: Permite fazer a representação esquemática do
sistema, calcula automaticamente a energia incidente para todos
os possíveis pontos de falha de forma simultânea, gera além das
etiquetas de alarme, uma autorização de trabalho ao empregado
que irá atuar em áreas de risco.
• Desvantagens: Desconsidera qualquer transferência de calor
por convecção.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•ETAP 7.1
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•ETAP 7.1
Características:
• Interface: Mais complexa;
• Modelo: Baseia-se nas normas do IEEE e NFPA;
• Preço: Concorrente do Easy Power 9.0 e do SKM;
• Específico: Não;
• Vantagens: Permite fazer a representação esquemática do
sistema, calcula automaticamente a energia incidente para todos
os possíveis pontos de falha de forma simultânea, gera além das
etiquetas de alarme, a autorização de trabalho em diferentes
formatos;
• Desvantagens: Desconsidera qualquer transferência de calor
por convecção e possui uma interface que pode proporcionar
dificuldades a usuários iniciantes .
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•SKM
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•SKM
Características:
• Interface: Mais complexa;
• Modelo: Baseia-se nas normas do IEEE e NFPA;
• Preço: US $6,495.00 (com 100 barramentos);
• Específico: Não;
• Vantagens: Permite fazer a representação esquemática do
sistema, calcula automaticamente a energia incidente para todos
os possíveis pontos de falha de forma simultânea, gera além das
etiquetas de alarme, a autorização de trabalho;
• Desvantagens: Desconsidera qualquer transferência de calor
por convecção e possui uma interface mais complicada.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST
•SKM
Características:

•Obs.: O software SKM possui funcionamento muito semelhante


aos programas Easy Power 9.0 e ETAP 7.1. Talvez por esse
motivo, os três concorrem entre si no mercado atual.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

•Comparação
Tabela:
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

Estudo: Camisa RF com camiseta 100% algodão


• Considerando informações dos empregados sobre o desconforto
térmico causado pelo o uso dos uniforme RF, a Cemig estudou o
assunto e avaliou a possibilidade de padronizar e fornecer aos
empregados uma camiseta 100% algodão para uso durante as
atividades que não houvesse o risco de arco elétrico, tais como
condução de veículos e inspeções da rede aérea do solo, sendo
identificado o risco de arco elétrico na atividade o a camisa RF seria
vestida sobre a camiseta.
• Tal situação era contemplada na norma NFPA 70E como parte da
proteção, mas foi suprimida na revisão de 2009. Entendendo que
estamos com a vestimenta RF adequada ao risco, e que o uso da
camiseta não é para proteção, e sim para melhoria de conforto,
foram realizados testes de arco elétrico considerando situações de
arco.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

Avaliação teórica e prática de uso de camiseta 100%


algodão por baixo de camisa RF

A ASTM F 1958 - Determinação de inflamabilidade de materiais não


resistente à chama para roupa pelo método de exposição ao arco elétrico
usando manequins - demonstra que em testes realizados em tecidos 100%
algodão com 7oz (220g/m²), a uma distância de 12 in (30 cm) e exposto a
um arco de 8000 A, com duração 6 a 12 ciclos, a probabilidade de 50% de
iginição é entre 7,8 e 8,6 cal/cm², conforme resultados da tabela 1.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

Testes de Arco Elétrico CEMIG


Parâmetros:

Tensão: 13,8 kV
Correntes de curto: 4,6 kA / 10,7kA /
6 kA
Tempo: 300 ms/18 ciclos
Distância: 50 cm
Laboratório CEPEL
RISCOS ELÉTRICOS CEEST
Manequins preparados com uniforme RF para teste de arco
elétrico, foram testados diversos EPIs capacete, óculos, cinturão,
luvas, paraquedista e inclusive peças intimas.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST
Resultado das camisas e calças RF, para um arco com
tensão de 13,8 kV, 6 kA e 50 cm de distância.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

Resultado das camisetas 100% algodão debaixo do uniforme RF,


para um arco com tensão de 13,8 kV, 6 kA e 50 cm de distância.
RISCOS ELÉTRICOS CEEST

Teste de arco elétrico com camiseta RF, calça RF, manga


isolante, luva isolante e luva de cobertura de couro.
FIM
Methodio Godoy
e-mail: mgodoy@br.inter.net

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