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Faculdade de Economia

Departamento de Gestão

Licenciatura em Gestão – Laboral

3º ano, 1º semestre

Gestão de Sistemas de Informação

Resumo: Política Informática e Estratégia de Governo Electrónico de Moçambi-


que

Discente:

Rosário Silvestre Siúta

Docente:

Prof. Doutor Hilário Langa (R)

Maputo, Junho de 2018


1 Estratégias do Governo eletrónico
Governo eletrónico, é uso das TIC´s para promover maior eficiência e eficácia governamental,
facilitando o acesso aos serviços públicos, permitindo o cidadão e ao empresário o acesso à
informação, e tornando o governo mais responsável perante o cidadão.

O governo eletrónico, é, desta forma, uma oportunidade para repensar no papel do governo e
pode tornar-se uma ferramenta para catalisar o desenvolvimento económico e boa governação.
O Governo Electrónico ajuda, pois, a enfrentar e vencer o desafio da construção de uma socie-
dade de conhecimento formada por indivíduos comprometidos e pro-activos, ligados por redes
que promovem o espírito empreendedor nas áreas cultural, social e económica. Através do Go-
verno Electrónico, o Governo pode tornar-se num integrador e facilitador da participação da
sociedade na educação, na saúde, na agricultura, nas novas tecnologias, na indústria e na eco-
nomia em geral, oferecendo informação e serviços centrados no cidadão para catalisar o desen-
volvimento.

1.1 Reforma do Sector Público (RSP)


A Reforma do Sector Público tem cinco componentes principais:
✓ Melhorar a prestação de serviços públicos através da descentralização e reestruturação
institucional;
✓ Fortalecer os processos de formulação de políticas e de sua monitorização;
✓ Melhorar o profissionalismo no Sector Público;
✓ Melhorar a gestão financeira, a transparência e a responsabilidade dos funcionários aos
vários níveis; e
✓ Promover a boa governação e o combate à corrupção

2 Política de Informática e sua Estratégia de Implementação


A Política de Informática identifica seis áreas prioritárias, a saber: educação, desenvolvimento
de recursos humanos, saúde, acesso universal, infra-estrutura e governação. A Estratégia de
Implementação da Política de Informática providencia a plataforma operacional para a execu-
ção faseada, mas integrada dos projectos a curto, médio e longo prazos nestas seis áreas priori-
tárias.

O objectivo central do Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA) é reduzir
significativamente os níveis de pobreza absoluta em Moçambique, O seu objectivo específico
é reduzir a incidência da pobreza absoluta de 70% em 1997 para menos de 60% em 2005 e
menos de 50% até ao final desta década.

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3 Principais Desafios Contextuais
Ao longo da elaboração da presente estratégia, foram identificados os seguintes desafios, como
principais desafios determinantes a planificação e definição de projectos e na implementação
da Estratégia de Governo Electrónico:

✓ Coordenar, Integrar e optimizar os programas implementados no âmbito do PARPA de


forma a concorrerem para uma boa governação;
✓ O financiamento actual (multilateral/bilateral) e as estratégias que facilitação, requerem
optimização ao nível dos projectos pois carecem de uma visão estratégica comum de
integração dos programas e iniciativas sobrepostas;
✓ As instituições envolvidas na coordenação e implementação dos projectos devem bene-
ficiar de capacitação institucional e em recursos humanos, de forma a estarem à altura
de assegurar a sinergia e integração dos projectos da Política de Informática e da Re-
forma do Sector Público.
✓ Importa criar o quadro de integração arquitectónica do ambiente da infra-estrutura elec-
trónica para servir de estrutura da fundação necessária para o governo Electrónico.
✓ Como importantes parceiros da agenda nacional de desenvolvimento económico e so-
cial, o Sector Privado e a Sociedade Civil devem ser conscientemente incluídos e cha-
mados a ter papel relevante na implementação do Governo Electrónico.

3.1 Recursos Humanos


A limitada base de conhecimentos de ICTs em Moçambique – e a sua concentração em Maputo
– actua como um constrangimento para a iniciação e manutenção das actividades das ICTs em
toda a extensão do país. O défice de conhecimento é global; inclui utilizadores de computadores
e aparelhos de comunicações e técnicos médios que implementem e mantenham os sistemas, e
especialistas de alto nível que desenhem redes e aplicações adequadas às necessidades do país.
A formação básica em ICTs é proporcionada por um número reduzido de escolas, telecentros,
centros de acesso comunitário e empresas em todo o país, mas não num nível que possa acelerar
significativamente o crescimento da base de utilizadores.
O sector terciário produz anualmente aproximadamente 30 a 40 graduados em ICTs com co-
nhecimentos técnicos. Programas de pós-graduação e um número reduzido de programas de
concessão de bolsas de estudo são disponibilizados, em colaboração com universidades estran-
geiras. Não existem de momento cursos superiores para formação nas áreas de ciências de in-
formação e documentação no país. A escassez de habilidades estende-se para além da arena

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técnica incluindo aspectos de políticas e regulamentos relacionados com telecomunicações, co-
municações e os media e o desenvolvimento da sociedade de informação e gestão de projectos
em ICTs.

3.2 Infra-estrutura
As redes telefónica e de electricidade existentes atingem actualmente todas as capitais provin-
ciais, mas continuam a deixar de fora cerca de 90% da população que reside nas zonas rurais.
60% a 70% da população é coberta pela rádio nacional e várias rádios comunitárias foram lan-
çadas recentemente. A televisão nacional atinge 30% a 35% da população residente principal-
mente nas zonas urbanas. Sendo o acesso às ICTs um grande constrangimento,

4 Objectivos da estratégia de implementação e sua contribuição para o desenvolvi-


mento nacional
✓ Contribuir para a redução da pobreza absoluta no país;
✓ Expandir a cobertura nacional e melhorar a qualidade de ensino através do uso das ICTs,
particularmente o poder da Internet;
✓ Aumentar o número e qualidade de profissionais das ICTs por forma a torná-los com-
petitivos no mercado mundial;
✓ Modernizar a infra-estrutura de suporte e providenciar acesso às ICTs ao maior número
possível de pessoas através dos telecentros e outros pontos de acesso público ou comu-
nitário;
✓ Criar uma rede electrónica do Governo que concorra para aumentar a eficácia e eficiên-
cia das instituições do Estado e contribua para a redução dos custos operacionais e me-
lhoria da qualidade de serviços prestados ao público;
✓ Criar novas oportunidades de negócios através do uso das ICTs; e
✓ Criar conteúdos e aplicações apropriadas que reflictam a realidade cultural nacional e
as aspirações das populações.

5 Contribuição da Estratégia para o Desenvolvimento Nacional


Estratégia de Implementação da Política de Informática define projectos através dos quais as
novas tecnologias de informação e comunicação irão apoiar a materialização do Programa
Quinquenal do Governo, a própria Política de Informática e o Plano de Acção para a Redução
da Pobreza Absoluta (PARPA). O PARPA identifica como áreas fundamentais de acção, Mais
adiante, reconhece a necessidade de descentralizar a capacidade de governação para os níveis
provincial e distrital e aumentar a interacção entre o Governo e outros actores sociais num

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esforço comum de combate à pobreza absoluta e promoção do crescimento económico. O
PARPA reconhece ainda a necessidade de se estabelecer um clima político que estimule o sec-
tor privado a acelerar a criação de postos de trabalho e aumentar as oportunidades de geração
de rendimento através do auto-emprego.
A implementação da estratégia da política informática, visa, na sua essência, a criação de um
sistema integrado que maximizará a utilização dos recursos disponíveis de forma a reduzir os
riscos de duplicação e sobreposição desnecessárias no uso de tão escassos recursos.
A curto prazo, tem plano, a implementação de medidas que reforcem a ligação entre o governo
central e os governos provinciais.
E, a longo prazo, Estes projectos têm em vista o desenvolvimento de competências necessárias
para desenhar, implementar e manter aplicações de ICTs ajustadas aos desafios do desenvolvi-
mento nacional.

6 Programa Integrado De Acção


Como forma de maximizar os limitados recursos disponíveis tanto do Governo como da comu-
nidade doadora, as acções serão implementadas dentro de um programa integrado, que será
capaz de enfatizar as ligações e sinergias entre os vários projectos.
Os projectos que explorarão os benefícios das ICTs nas seis áreas prioritárias identificadas na
Política de Informática (educação, desenvolvimento de recursos humanos, saúde, acesso uni-
versal, infra-estrutura e governação) estão inseridos nas seguintes componentes de programa:
✓ Capacidade humana;
✓ Conteúdo e aplicações;
✓ Governo electrónico;
✓ Política e Regulação;
✓ Infra-estrutura; e
✓ Desenvolvimento empresarial.

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