Diretores
8
Conteúdo
»» Lean Management
»» Círculo de Ohno
»» Hoshi Kanri
»» Startup Lean
Avaliação IMPORTANTE :
As avaliações só são
TESTE MÚLTIPLA ESCOLHA
liberadas após
»» Composto por 10 questões; o acesso do Feedback
»» Duração de 2 horas; do curso.
Certificação
»» Se o aluno for aprovado com nota igual ou superior a 7 o certificado será enviado por
e-mail.
9
TENHO DÚVIDAS, COMO FAZER?
»» Todos os alunos da EDTI contam com uma equipe de Black Belts e consultores
dedicados a atender e tirar dúvidas
10
GESTÃO LEAN
Para a mudança cultural,
precisamos das pessoas
preparadas
12
Gestão Lean
O LÍDER DO PROJETO
Tem o objetivo de coordenar as
atividades do time, além de fazer
a comunicação do projeto com a
direção e os demais stakeholders*.
»» É importante que o líder saiba fazer a tradução do resultados técnicos do projeto para a
linguagem da diretoria (normalmente é a financeira). Por exemplo, traduzir uma redução do
templo de ciclo de determinado produto, em quanto isso representa financeiramente, ou
quantos produtos a mais serão capazes de produzir.
»» Essa “tradução” na linguagem as vezes não é fácil, mas é de grande importância para validar
o projeto e conquistar recursos financeiros, se necessários. Indicadores como payback, são
fundamentais para suportar a conquista de investimentos.
»» Além de fazer a comunicação com a diretoria e coordenar as atividades, o líder de projeto deve
estar atento a motivação do time de projeto e a resistências a mudança dos membros do time
ou ainda outros impactados com o projeto. Criar coalisão com as partes interessadas, celebrar
os pequenos sucessos e manter uma comunicação ativa com os interessados do projeto são
algumas dicas para diminuir a resistência as mudanças
*Pessoas interessadas/impactadas pelo projeto. Podem ser clientes, fornecedores, outras áreas impactadas, sociedade.
13
Lembremos
dos 4P´s
Gembutsu
»» Genchi Genbutsu
Melhoria contínua »» Tome decisões consensualmente e
& aprendizado lentamente; Implemente rapidamente
People &
e time de
Respeito
trabalho
»» Fluxo contínuo
»» Sistemas de puxar
Process »» Heijunka
Elimine desperdício »» Jidoka
»» Padronize as tarefas
»» Use controles visuais
»» Tecnologia
»» Decisões de gestão
Desafio
14
Gestão Lean
Pessoas e Parceiros:
Princípio 9
1. Desenvolvimento líderes
Forme líderes que verdadeiramente de dentro da empresa, ao invés
de buscá-los fora da organização
entendam o trabalho, vivam a
2. Os líderes devem ser modelos
filosofia, e ensinem -na aos outros
da filosfia da empresa e de seu
modo de fazer negócios
3. Um bom líder deve entender
detalhadamento o trabalho diário,
de modo que possa ser o melhor
professor da filosofia de sua
empresa
Exemplo
O gerente Operacional (franqueado)
do McDonald’s vivencia no mínimo
um ano todas as operações de sua
futura franquia; aprende desde
fritar batatas a atender e fazer os
pedidos dos clientes nos caixas.
15
Pessoas e Parceiros:
Princípio 10
16
Gestão Lean
Pessoas e Parceiros:
Princípio 11
FERRAMENTA: MAPEAMENTO DE
FLUXO DE VALOR ESTENDIDO
1. Atual facilitando a comunicação
entre fornecedor e cliente através
de uma linguagem comum
2. Visa reduzir os ruídos de
informação entre as interfaces por
meio do contato direto
3. Proporciona o desenvolvimento
de uma solução conjunta
17
Problem Solving
(Melhoria Contínua)
KAIZEN E A LIDERANÇA
Muito deste curso tem bases no livro do Liker e co-autores – “O Modelo Toyota de Liderança Lean”
que também fala sobre o kaizen em geral. Vamos focar, no entanto, no kaizen da liderança.
Segundo os autores, o modelo tradicional de liderança concentra-se na figura do executivo como
um visionário ou “agente de mudança”, que orienta a mudança em toda a organização pela
força de sua vontade. Mesmo a teoria da liderança “iluminista” concentra-se em estratégias para
convencer os trabalhadores a se comprometerem com a visão do líder.
18
Gestão Lean
Nenhuma destas pequenas inovações e melhoria pode ser conduzida pela alta gerência.
Mas isto não significa que a liderança sênior não tenha uma função a desempenhar nestas
situações. O papel fundamental do líder é apoiar a atividade diária de kaizen. Apesar de não se
envolver no dia a dia dos projetos e não passar aos líderes o tempo determinado daquilo que
teriam que fazer, o presidente deve agir como coach, orientador, incentivando-os, gastando
bastante tempo revisando seu trabalho e fazendo-lhes perguntas, reforçando a importância de suas
realizações e impulsionando-os a melhorar ainda mais – deve agregar energia ao sistema. Como
dizem os grandes líderes Lean “nem todas as fábricas teriam um presidente disposto a descer até
o chão de fábrica todos os meses para revisar o trabalho dos seus funcionários do gemba, fazer
perguntas e estimular-lhes a imaginação. As reuniões do presidente com a equipe do gemba
servem de inspiração que a equipe avance ainda mais”.
Lembrando do
Pensamento Enxuto
»» Processos são subjacentes a tudo o que fazemos. Assim, compreender e melhorar processos é
a chave para melhorar a produtividade.
»» Queremos continuamente estar hoje melhores do que estávamos ontem, e amanhã, melhores
do que estamos hoje.
19
Lembrando
dos Desperdícios
Muda = desperdício
20
Gestão Lean
21
Muda
O primeiro M recebe o nome de Muda, um termo que designa o desperdício. Tanto nas linhas produtivas
quanto na gestão, há dificuldade no gerenciamento de tempo, de energia, de matéria-prima, de
deslocamento, etc. Em resumo, qualquer atividade improdutiva e que não agrega valor ao cliente.
A Muda é caracterizada pelo uso de recursos — humanos, materiais e financeiros — sem qualquer
retorno para a empresa. Esse desperdício é facilmente encontrado em locais em que os processos não
são bem definidos, há falhas de comunicação ou inconsistências nos procedimentos padrões
Taiichi Ohno, considerado um dos pais do Sistema Toyota de Produção, listou sete desperdícios que podem
comumente ser encontrados nas organizações e devem ser combatidos em vista de otimizar a produção,
reduzir os custos e diminuir ao máximo o Lead Time, trazendo maior responsividade e flexibilidade às empresas.
22
Gestão Lean
23
Líder Kaizen
em resumo:
»» Perfil intraempreendedor (foco no negócio, vai para o Gemba, busca suporte, negocia
recursos..)
24
Gestão Lean
Liderança Convencional x
“Toyota Way”
Uma boa comparação da liderança convencional para o “jeito Toyota” de liderar, que constitui a
liderança Kaizen é resumida por Liker:
Elementos de Desenvolvimento da
Liderança Convencional “Jeito” Toyota de Liderar
Liderança Liderança
Estágio 1 - Auto Desenvolvimento (aprendendo valores do Norte Verdadeiro através de ciclos repetidos de imersão)
Habilidade e Líderes naturais “vêm” potenciais melhorias em si e em outros, e
Capacidade Carisma para que as pessoas sigam
potencial de liderar instintivamente harmonizam com valores da Toyota
Vai para o Gemba para entender profundamente a situação e
Aprendizado e Aprender de um mentor e copiar o estilo para dentro
Processo assume metas crescentemente desafiadoras sob a tutela de um
crescimento de sua equipe
mentor
Estágio 2 - Mentoria e Desenvolvimento de Pessoas (Auxiliando os outros no auto desenvolvimento)
Habilitação para Presença do líder no Gemba para identificar lacunas com o Norte
Processo melhorias e alcance Assegura compromisso das pessoas com métricas
Verdadeiro. Mentoria para que as pessoas possam fechar estas
das metas através de recompensas e punições
lacunas.
Estágio 4 - Criar uma visão e Alinhar as Metas (Alinhamento vertical e horizontal na direção do Norte Verdadeiro)
Adaptado de : “The Toyota Way to LEAN Leadership - Achieving and Sustaining Excellence Through Leadership Development”, Liker J.K.,
Convis G.L., Editora McGraw Hill, 2012
25
Chefe x Líder
Para a obtenção da melhoria, devemos também nos atentar às boas práticas da liderança e à
evolução do conceito de líder quando comparado ao gestor antigo, que chamávamos de chefe.
Dizem que o verdadeiro líder não é nomeado mas sim eleito pela equipe. Ele(a) obtém a autoridade por
merecimento e age como um “servidor” fornecendo à equipe o que ela precisa para que as atividades
sejam executadas da forma mais eficiente possível para a obtenção de resultados relevantes e
duradouros. Observemos que fornecer o que a equipe precisa não é necessariamente o que ela quer.
Enquanto o chefe buscava por culpados no momento do erro, o líder entende os erros como uma
oportunidade de aprendizado. Isto tem muito fundamento dentro da cultura oriental de colocar o grupo
acima do indivíduo e entender que até a pessoa mais habilidosa e experiente pode cometer erros.
O(a) líder trabalha com a empatia (i.e tentar enxergar com os olhos dos outros) para entender
as reais necessidades da equipe e dos demais envolvidos no projeto (clientes e outras pessoas
que impactam ou são impactadas pelo projeto). Isto também está vinculado com a fundamental
“visão sistêmica”, que nos orienta para a melhoria global, aquela que a nossa organização
realmente necessita e não a melhoria meramente local que ora não traz benefício relevante para a
organização, ora traz até a chamada “pioria”.
O(a) líder também trabalha no autoconhecimento pois somente através deste, ele poderá refletir
sobre como atuar nos diferentes perfis e a a si mesmo(a) em busca da melhoria contínua de todos.
A aplicação prática daquilo que é falado é também crucial para o sucesso da liderança Kaizen.
Quando seguimos o princípio Lean de formar líderes que verdadeiramente entendam o trabalho,
vivam a filosofia e ensinam-a aos outros, o mínimo que podemos esperar é que a liderança seja
feita por exemplo e líderes sejam referências de aplicação da filosofia Lean.
»» Poder x autoridade
»» Empatia
»» Autoconhecimento
»» Discurso x atitude
»» Visão sistêmica
26
Gestão Lean
Motivadores
psicológicos
A motivação da equipe, que determinará o sucesso de nossas atividades pode ser trabalhada através
da afetividade, que, por sua vez, é compreendida pela junção da autoestima com a empatia:
AUTOESTIMA:
O que nos leva a uma maior ou menor motivação, dentro da avaliação subjetiva que fazemos de nós
mesmos.
EMPATIA:
Se colocar no lugar da outra pessoa, ser solidário, saber ouvir ou adotar “escuta ativa”.
É fundamental para a liderança.
AFETIVIDADE:
O sentimento que surge quando o gestor elogia as atitudes positivas, conversa sabendo
ouvir, se preocupa com as pessoas.
27
Erros que
devemos evitar
Como líderes, devemos nos atentar a estas questões de forma contínua e com disciplina.
28
Gestão Lean
Tipos de
liderança
Podemos classificar a liderança em três grupos:
AUTOCRÁTICA (CONDUÇÃO)
O gestor deve ser firme sem ser mal educado;
Usada para eliminar comportamentos inadequados e/ou imaturos,
impor tarefas e/ou obter maior controle.
DEMOCRÁTICA (CONDIÇÃO)
Gera e reforça a participação, cooperação e a adesão às ideias, e
busca o consenso;
Usada para coletar mais informações da equipe;
LIBERAL (DELEGAÇÃO)
Gera e reforça iniciativa e criatividade no membros da equipe;
O gestor informa mais e controla menos (perfil orientador);
29
Liderança
Situacional
Para a gestão de equipes de alto desempenho, devemos notar que todas as pessoas são diferentes e
consequentemente trabalham melhor com diferentes impulsos e abordagens da liderança. A chamada
Liderança Situacional nos auxilia no entendimento das diferentes dimensões que compõem os
membros da equipe e na identificação da melhor forma de lidar com o time segundo estas diferentes
dimensões. Podemos ajustar a orientação e tipo de liderança conforme a pessoa e o momento.
Autocrático Democrático
Autoridade do líder
Liberdade para os subordinados
Líder toma Líder Líder Líder Líder Líder define Líder permite
decisões, e “vende” a apresenta apresenta apresenta o limites e que os
apresenta decisão. ideias decisão problema, pede que o subordinados
aos e pede provisória recebe grupo tome operem
seguidores. perguntas sujeita a sugestões a decisão. em limites
mudanças. e toma a definidos.
decisão.
30
Gestão Lean
Liderança
Situacional
Uma das muitas formas de ajustar o perfil de liderança para obtenção de um desempenho melhor da
equipe usa a maturidade do membro como orientação.
Neste sentido, pessoas com baixa maturidade (M1) trabalham melhor e até desejam uma liderança mais
autocrática, onde o(a) líder determina as ações sem necessidade de persuasão. A pessoa liderada deseja
ações claramente definidas com alguém que tome a decisão por elas.
O segundo nível nesta escala (M2) traz o grupo de indivíduos que necessitam serem convencidos da
necessidade das tarefas além do método a ser utilizado para que elas sejam executadas. Ele implica em
um maior relacionamento, que normalmente auxilia nos resultados em projetos de melhoria.
O terceiro nível trata das pessoas que trabalham melhor quando o problema é compartilhado bem como
a definição das tarefas para sua resolução. Para a melhoria contínua, este nível é dos que traz melhores
resultados pois opera através da sinergia do trabalho em equipe e nos auxilia na obtenção de soluções
alternativas.
O quarto nível, normalmente atribuído aos grupos de especialistas, trata das pessoas com mais alta
maturidade, que já sabem dos objetivos do negócio, identificam os problemas e trabalham melhor com
liderança voltada mais ao suporte e orientação sob demanda.
Temos em geral e idealmente, equipes heterogêneas com pessoas em diferentes níveis e muitas outras
características singulares. Os pensamentos e as experiências diferentes normalmente são chave na obtenção
de melhorias. Resta ao líder identificar estas diferenças e trabalhar com elas da melhor forma possível.
Alto
Compartilhar Persuadir
M3 M2
Relacionamento
M4 M1
Delegar Determinar
Baixo
Baixo Alto
Tarefas
M1 M2 M3 M4
Baixa Maturidade Alta
31
TOYOTA KATA
CULTURA LEAN
Kata e Shu Ha Ri
SEGUNDO O LIVRO “THE TOYOTA WAY TO LEAN LEADERSHIP - ACHIEVING AND SUSTAINING
EXCELLENCE THROUGH LEADERSHIP DEVELOPMENT“ DOS AUTORES LIKER J.K., CONVIS G.L.
(EDITORA MCGRAW HILL, 2012):
Kata, que pode ser traduzido literalmente como “forma”, é um conceito base de treinamento japonês
utilizado diversas artes como o karatê, kabuki, cerimônia do chá, etc. Ele auxilia pessoas a executar
tarefas altamente detalhadas e com roteiros.
Nos estágios iniciais, o aluno aprende os fundamentos através da repetição de habilidades individuais
que são gradativamente vinculadas entre si. Nesta fase, o aluno precisa copiar o tutor de forma
exata, sem questionamentos ou variações. Conforme estas rotinas se tornam naturais, o aluno pode
procurar suas próprias adaptações e melhorias no que foi ensinado.
O conceito central do kata é o ciclo de aprendizado “em camadas”, que também é conhecido em
japonês como shu ha ri . Estes três termos se referem aos estágios de aprendizado e os níveis de
envolvimento do tutor:
Ha – significa “romper”
34
Toyota KATA Cultura Lean
»» Na fase shu, o aluno, sob o olhar atento do mestre, aprende fundamentos, executando
repetidamente tarefas com padrões precisos. Nesta fase, o
»» o aluno é observado cuidadosamente pelo professor, que de certa forma “protege”, o aluno e o
produto do trabalho, da falha.
»» Na fase ha, o aluno tem mais liberdade para praticar sem supervisão, embora o mestre o
monitore; o aluno pode aplicar as regras de forma criativa, mas ainda segue a forma padrão de
maneira bastante rígida.
»» Na fase ri, as regras e comportamentos tornaram-se tão arraigados que o aluno não pensa
mais neles conscientemente. As ações acontecem naturalmente, e o aluno está em posição de
desenvolver seu próprio entendimento e melhorar o que aprendeu. Esse ciclo continua ao longo da
vida do indivíduo.
»» Este é um ciclo de aprendizado porque o aluno está passando shu ha ri repetidamente, mais e
profundamente, retornando periodicamente ao básico.
»» É extremamente importante entender que no ciclo shu ha ri, o sucesso não foi alcançado
alcançado quando o aluno pode emular perfeitamente o mestre. Essa é apenas a fase ha. Este
é o erro que muitos que estudaram superficialmente a cultura japonesa ou a Toyota cometem
quando concluem que essa abordagem produz autômatos incapazes de pensar para eles mesmos.
A verdadeira medida de sucesso no ciclo de aprendizado da Toyota está atingindo o estágio
ri, em que o aluno não age apenas como um clone do professor, mas dominou o processo tão
completamente que ele pode fazer alterações que melhoram o que ele aprendeu.
35
Kata de
Melhoria
No Kata de melhoria, temos a rotina para a melhoria contínua iniciada com a definição da
condição ideal, descrita pela nossa visão, direção ou meta. Seguimos para o entendimento
da condição atual, e então definimos a próxima condição-alvo, em direção à nossa visão. Ao
caminhar na direção da nossa condição-alvo, é natural encontrarmos desafios, obstáculos que
constituem o que precisamos trabalhar e com os quais aprendemos.
Neste sentido, o Kata passa a ser a busca sistemática pela melhoria através do uso das
capacidades humanas de uma forma concentrada.
4
Obstáculo
Próxima Visão
Condição atual condição-alvo
1
2 3
36
Toyota KATA Cultura Lean
Os caminhos
para a melhoria
A eliminação de obstáculos é obtida de diferentes formas. Tradicionalmente em projetos Lean a
melhoria incremental (Kaizen) é obtida através de eventos Kaizen e uso do roteiro PDCA, e a melhoria
incremental, através de projetos de melhoria também organizados sob o mesmo roteiro.
Kaizen
Melhoria disruptiva
Desempenho
Kaizen
Tempo
P D
A C
37
PDSA vs. PDCA
Define
1 Entender
Measure
Plan
2 Desenvolver Analyze
3 Testar Improve Do
Check
4 Implementar Control
Act
38
Toyota KATA Cultura Lean
Os caminhos
para a melhoria
Tanto sob a forma de múltiplos projetos incrementais organizados por um roteiro de projeto e
desenvolvidos através da abordagem kata de melhoria, quanto projetos de melhoria disruptiva,
organizados também por um roteiro (PDCA, DMAIC, etc), a abordagem adaptativa é aplicada.
No segundo caso, ela é obtida através do uso de múltiplos ciclos de aprendizado através dos quais
evoluímos no decorrer do projeto, aprendendo mais sobre o nosso processo e nos aproximando
a cada ciclo das mudanças que resultam melhoria.
39
Movimento: desenvolver,
testar e implementar
Não sabemos quais mudanças resultarão em melhoria e, por isso, seguimos caminhos de
experimentação para que possamos medir o nosso grau de convivção (i.e. o quão seguros estamos de
que uma mudança resultará em melhoria).
Mudança
fracassada
baixo
DESENVOLVENDO TESTANDO UMA MUDANÇA IMPLEMENTANDO
UMA MUDANÇA CICLOS 1, 2, ... UMA MUDANÇA
40
Toyota KATA Cultura Lean
Quebrando padrões
de pensamento
Ao lidar com as incertezas, em especial se, de modo estruturado, aprendemos mais sobre nossos
processos e assim podemos evoluir junto com eles. Conforme este aprendizado evolui, nossa zona de
conforto já não é mais a mesma. O nosso maior conhecimento nos permite então enfrentar desafios e
incertezas maiores.
Mistério
Incertezas
(área do aprendizado)
Zona de
conforto
41
Quebrando padrões
de pensamento
No padrão normal de pensamento, nos limitamos ao “caminho normal” que nos leva a
soluções do tipo “mais do mesmo”. Para problemas de qualidade, inserimos mais inspeção
no sistema. Para aumentar capacidade, investimos em mais equipamento e pessoal.
Assim normalmente resolvemos os problemas mas também incorporamos mais custo e
ineficiências ao nosso processo.
Nós precisamos quebrar os padrões normais de pensamento para obter soluções que são
diferentes do “mais do mesmo”. Estas soluções poderão resultar em novas ideias de mudança
que potencialmente se tornarão melhorias.
Caminho Caminho
normal normal
42
Toyota KATA Cultura Lean
A tarefa do líder
A tarefa do líder não é necessariamente introduzir novas tecnologias, princípios ou soluções mas,
fomentar uma cultura de melhoria contínua através de métodos e comportamentos padrão que por
sua vez auxiliam no desenvolvimento de habilidades e hábitos. Funciona como o treino em esportes!
1. Alimenta nossa aversão às incertezas ao invés de nos estimular a explorar nossas habilidades e
um pensamento exploratório
Não são as soluções por si só que fornecem vantagem competitiva mas nossa habilidade em
desenvolvê-las.
Precisamos, portanto, saber: onde estamos (a condição atual), onde queremos chegar (a próxima
condição-alvo) e por quais meios pretendemos chegar a esta situação de modo a superar os
obstáculos que normalmente são envoltos em incertezas e, por isso, não sabemos de início como
iremos superá-los.
Devemos então preparar as pessoas para lidarem com as incertezas, em treinamentos que farão
43
Kata de coaching x Kata
de melhoria
Este processo de treinamento e mentoria é algumas vezes chamado de “kata de coaching” como
diferenciação ao kata de melhoria. O líder exerce continuamente a função de mentor / treinador para
habilitar sua equipe e demais envolvidos a desenvolver mudanças que resultarão em melhorias.
Processo
Kata de
coaching Kata de
melhoria
Pupilo
Mentor (aluno)
(treinador)
Aplicação
Não existe restrição sobre quais atividades devem ser mapeadas e detalhadas dentro do kata para
o desenvolvimento dos nossos processos. Todas as áreas nos mais diferentes níveis devem ser
analisadas através da abordagem sistemática de melhoria contínua.
O kata também nos guia através das melhorias em projetos específicos e também serve
naturalmente como abordagem eficaz para treinar colaboradores e líderes.
44
SHOP FLOOR
MANAGEMENT
/ OFFICE FLOOR
MANAGEMENT
Shop floor
managment
A gestão do chão de fábrica ou do Gemba*, é um conjunto de ferramentas que buscam através da
gestão do dia a dia melhorar os resultados de qualidade, produtividade e segurança das operações.
Shop Floor Managment exige que as lideranças estejam próximas a operação, e a sua grande
contribuição e é tornar evidente para toda organização, que a operação é o componente mais
importante do sistema. Deste modo, o foco de todas as áreas de suporte está no sucesso da operação.
46
Shop Floor Management / Office Floor Management
Identificação dos
indicadores críticos
Para identificação dos indicadores críticos pode se utilizar a o Hoshin Kanri, no próximo módulo
esse assunto será mais bem discutido.
47
Gestão visual
»» Facilitar o cumprimentos dos padrões – isto é: deixar visível para todos o que e como as coisas
devem ser feitas, além de esclarecer metas e apresentar os resultados.
»» Facilitar a identificação de problemas – Como o padrão está claramente identificado e as metas
são visíveis e entendidas por todos, fica fácil identificar quando algo está errado. Por exemplo, se
tivermos o gráfico de sucata exposto no quadro de gestão à vista com a meta clara e o resultado
alcançado nas últimas semanas todos os colaboradores podem identificar o problema e dar
sugestões ou tomar ações para a redução de sucata e por consequência melhoria do indicador.
»» Tornar mais rápida a solução dos problemas – Uma característica dos quadros de gestão à vista
é conter além das metas, resultados e padrões. ´Podem também estar expostos os planos de ação
para solucionar os desvios. Assim, o acompanhamento das ações bem como o status delas ficam
visíveis para todos os envolvidos.
48
Shop Floor Management / Office Floor Management
O que é cadeia
de ajuda?
A cadeia de ajuda:
»» É uma rotina de interação e envolvimento entre as pessoas para se resolver um problema
quando ele surge.
»» Exige das pessoas a tolerância “zero” aos problemas que geram desperdícios, num ambiente
onde não é “quem é o responsável”, e sim, “qual é o problema”.
»» Iniciando-se pelo líder da produção e que envolve as lideranças imediatas e os responsáveis de
todas as áreas de apoio, eliminando as instabilidades do processo.
49
Sistemática da
cadeia de ajuda
PARA A CADEIA DE AJUDA FUNCIONAR, BASICAMENTE SÃO NECESSÁRIOS 5 PASSOS, SÃO ELES:
50
Shop Floor Management / Office Floor Management
ABASTECIMENTO MANUTENÇÃO
»» Algo fundamental para que a cadeia de ajude funcione é a disciplina dos participantes para que
quando chamados atendam com presteza a área solicitante.
»» Para tornar o acionamento padronizado e com regras claras, é definida a estrutura da cadeia de
ajuda, você pode ver um exemplo na figura a direita do slide. Onde são definidos os responsáveis de
cada área para atender, assim como o tempo o qual cada nível tem para solucionar o problema.
51
Solução de
problemas e A3
Algo fundamental após a Cadeia de Ajuda reestabelecer a produção é o tratamento da causa raiz do
problema que gerou a interrupção do fluxo. Isso pode se dar através da abertura de um projeto com o
acompanhamento do formulário A3 e aplicação de ferramentas como gráfico de Ishikawa, a técnica dos “5
Porquês” e um plano de ação como, por exemplo, o 5W2H.
52
Shop Floor Management / Office Floor Management
Exemplo
Formulário A3
MASP - Método de Análise e Solução de Problemas
Entendendo o Processo / / / /
A empresa possui um setor de estamparia, no qual produz peças metálicas em agrupamentos para suprir 8 linhas de montagem. Todos os agrupamentos após estampados, passam pelo processo
/ / / /
de pintura e após a saída desse processo as peças ficam acondiconadas em embalagens que posteriormente são retiradas pela linha de montagem de acordo com a necessidade.
Diariamente são reportadas falta de peças nos agrupamentos que chegam na linha, gerando retrabalho na estamparia e pintura, impactando na eficiência dos setores.
/ / / /
Poderia substituir texto por um
fluxograma do processo.
/ / / /
/ / / /
Descrição do Objetivo / / / / / /
Eliminar paradas de linha de mongagem por falta de peças nos agrupamentos até 01/08/14. / / / / / /
/ / / / / /
7 Padronização e Treinamento
P adrão de plano de c o rte c riado
3 Causa Raíz
Não existe uma garantia na saída da estamparia que todas as peças foram
entregues.
8 Reconhecimento de Comprometimento Colaboradores que ajudaram esta equipe a ter sucesso
Não há conferência na saída da estamparia. Fernando Gonçalves Luis Osório Fernando Abreu Igor Rolim
O modelo de plano de corte dificulta conferencia dos operadores das máquinas da estamparia?
Clei Silva
Caso positivo, sugiro alterar para: "Não há conferencia da integridade do lote pelos operadores das máquinas
da estamparia"
Modelo de plano de corte dificulta conferência.
Por quê?
Cópias distribuídas ! ! !
Liste todas as fábricas que !
Para quais áreas da empresa seria interessante divulgar
! !
Layout do plano de corte não é adequado.
receberam uma cópia deste !
este trabalho? ! !
relatório.
53
HOURENSOU,
NEMAWASHI E
CÍRCULO DE OHNO
Hourensou
SEGUNDO O LIVRO “THE LEAN PRODUCT DESIGN AND DEVELOPMENT JOURNEY: A PRACTICAL
VIEW“ DOS AUTORES MARCUS VINICIUS PEREIRA PESSÔA, LUIS GONZAGA TRABASSO
(EDITORA SPRINGER, 2017):
Hourensou significa relatar frequentemente o progresso do seu trabalho e seu resultado, o
colaborador tem como dever repassar as informações reais sem a sua opinião e deve pedir
conselhos a um colega, mentor ou aprendiz quando não conseguir fazê-lo. Em cascata, gestores
têm por responsabilidade se manter informados sobre as atividades realizadas por seus
subordinados. Podendo assim relatar as principais atividades relacionados ao processo em
questão, informar a seus líderes e aconselhar sua equipe. O conceito da palavra Hourensou advém
da junção das iniciais de três palavras que formam em conjunto um significado da necessidade da
transparência do fluxo de informações de um processo.
HOUKOKU: RELATAR
Quando o responsável pelo projeto tem por obrigação comunicar a seu chefe o estado atual, esse
papel é classificado como essencial. Para entender até que ponto esse relatório é satisfatório,
uma medida útil é verificar se existe tal questionamento “qual é o estado do projeto?”. Caso essa
pergunta seja feita, é um indicador de que o relatório atual de reporte do estado de andamento do
projeto não é o suficiente.
Para entender realmente esta necessidade de comunicação, é necessário se colocar na posição do
seu chefe e considerar o processo/projeto do ponto de vista dele. Isto pode ser complicado se você
nunca esteve em um papel de direção, visto que você pode não ser capaz de avaliar com precisão
as informações que um gerente precisa obter constantemente estar ciente do projeto. De qualquer
forma, pensar nos outros (que no caso significa pensar nas situações sob a perspectiva do outro)
é o alicerce do sucesso em uma empresa japonesa porque concede a você a habilidade de prever
necessidades antes que elas sejam ditas – uma característica altamente valorizada no Japão.
56
Hourensou, Nemawashi e Círculo de Ohno
RENRAKU: INFORMAR
Nota-se sobre este pilar do trio que a informação é repassada apenas às partes interessadas –
usualmente colegas de equipe e aqueles envolvidos ou afetados pelo projeto em andamento.
Essa análise está ligada ao conceito japonês de “nemawashi” – “cavar ao redor das raízes”
referindo-se a preparar a transferência de uma árvore para um novo lugar. Novamente observamos
a necessidade de se colocar na posição do outro. Visto que se você não informar seus colegas
sobre um projeto antecipadamente, eles ficarão muito surpresos ao saber sobre ele quando for
formalmente anunciado. Levando-os a sentirem-se ignorados, que consequência provavelmente
se tornarão um obstáculo para o projeto seguir em frente. Discutir os detalhes antecipadamente
e sondar a opinião e pensamentos dos demais, criará um vínculo com a equipe possivelmente
envolvida, podendo assim o projeto ser tocado a adiante de forma suave, e com um bônus pois
você provavelmente receberá idéias e conselhos nos quais você não tinha pensado no processo.
SOUDAN: CONSULTAR
E por fim o último pilar. Pedir conselho, aprovação ou ‘feedback’ sobre partes do projeto é crucial para
finalizá-lo com sucesso, desde que essas informações sejam repassadas por pessoas que possuam mais
experiência e vivência processual do que aqueles que conduzem o projeto de melhoria. Através dessa
consulta processual, os riscos associados a sua implementação/execução são reduzidos. Uma vez que
alguém mais antigo, com conhecimento apurado do processo, indicará possíveis falhas as quais não
foram previstas. A definição desse pilar envolve também o pedido de orçamentos para gestores, custo
necessário para dar andamento ao projeto de melhoria.
Ao realizar tais consultas, o projeto se torna um esforço de responsabilidade compartilhada. Esta cultura
de trabalho em equipe faz parte do cotidiano de uma empresa japonesa.
57
Nemawashi
Segundo o livro “The Toyota Way to LEAN Leadership - Achieving and Sustaining Excellence
Through Leadership Development“ dos autores Liker J.K., Convis G.L. (Editora McGraw Hill, 2012):
Nemawashi significa traduzido literalmente como “escavar as raízes da árvore para se preparar
para a mudança”, na cultura japonesa, o nemawashi é um processo informal que ocorre em
segundo plano para estabelecer as bases para alguma mudança ou projeto proposto. As reuniões
no Japão são muito formais e públicas, e seria embaraçoso que uma proposta bem examinada
fosse rejeitada nesse cenário. Assim, antes que qualquer proposta formal seja feita em uma
reunião, um líder deve praticar o genchi genbutsu, reunindo as informações necessárias e
discutindo sua análise e proposta de solução individualmente com várias pessoas da empresa.
Através de uma série dessas discussões, a proposta é modificada e o consenso é construído.
Vale a pena expandir sobre o que é consenso e não está no contexto da Toyota. O consenso não
significa que todos concordam - isso seria impossível. O consenso na Toyota significa que cada
pessoa sente que foi respeitosamente ouvida e que suas idéias foram seriamente consideradas.
Por meio do nemawashi, um líder testa, modifica e aprimora uma proposta do conselho em todos
os níveis da organização antes de chegar ao conselho. Isso ajuda a ideia a obter a aprovação do
conselho e evita surpresas desagradáveis em diferentes níveis da empresa; os líderes tiveram a
chance de compartilhar seus pensamentos e, portanto, qualquer proposta adotada pelo conselho
será familiar para aqueles que têm a tarefa de implementá-la.
58
Hourensou, Nemawashi e Círculo de Ohno
Círculo
de Ohno
59
Masaaki Imai:
“De todas as atividades do kaizen , a eliminação de perdas (Muda) é a parte mais fácil
no princípio, pois não é difícil identificar as perdas assim que se adquire a habilidade
necessária.
A eliminação de perdas geralmente acontece quando paramos de fazer algo que sempre
fizemos, portanto, sua implementação é de baixo custo. Por esta razão, a Liderança deve
tomar a iniciativa de iniciar o kaizen com a eliminação das perdas onde elas existirem – na
produção (gemba), na administração e/ou prestação de serviços.”
60
HOSHIN KANRI
O que
vamos ver
Nesta seção, vamos abordar alguns temas relacionados a essa metodologia para desdobramento de
metas e acompanhamento das ações para alcance dessas.
62
Hoshin Kanri
O que é o
Hoshin Kanri
O ideograma Hoshin Kanri tem o significado de Ho – direção, shin – agulha, kan – controle e ri-lógica/
razão. Com essa definição podemos fazer a analogia com a bussola que indica a direção que devemos
seguir até determinado objetivo, e com o olhar constante nessa podemos ao longo do caminho
identificar se estamos ou não na rota.
Apesar do conceito ser simples, muitas organizações não possuem esse direcionamento. Seja porque
não estabeleceram o seu “Norte verdadeiro” ou porque não conseguirem fazer o desdobramento e
comunicação adequados desse para a empresa.
Direção Execução
Estado
Atual
63
O Norte Verdadeiro
e Casa Hoshin
Para fazer a correta utilização do Hoshin Kanri, tudo inicia pela definição do “Norte Verdadeiro” da
organização que na casa hoshin é definida como a visão, que indica onde a empresa deseja chegar
no futuro. A definição é bem importante, pois todas ações serão julgadas com base nela. Devemos
constantemente nos questionar se a ação ou projeto que estão sendo definidos estão nos levando à
visão definida.
O segundo estágio da Casa do Hoshin é a missão, que consiste na razão de ser da empresa. Nesse
ponto a empresa vai definir os objetivos relacionados com o stakeholders* envolvidos com o negócio.
O terceiro estágio é a definição dos valores que servirão como um guia para a orientação de ações da
organização (limites e prioridades);
E por fim, temos o hoshin kanri que estabelece o desdobramento dos objetivos e define as ações e
projetos para alcance desses.
Visã o
Missã o
Valores
Sistem a de
Gerenc ia me nt o
Hoshi n Kanr i
64
Hoshin Kanri
O Processo de
Desdobramento
da Estratégia
O processo de desdobramento inicia com a definição das estratégias de longo e médio prazo,
alinhadas obviamente com a visão da organização. Com essas estratégias alinhadas é o momento de
fazer a definição das ações anuais e o desdobramento dessas que ajudaram a alcançar os objetivos.
Porém, antes de partir para as ações é pertinente realizar a matrix X que ajudara a desdobrar e
entender a relação da estratégia com outros elementos da organização.
Estratégias de longo
3 a 5 anos
prazo
Estratégias de médio
1 a 3 anos
prazo
65
Matrix X –
Hoshin Kanri
A matrix X do hoshin Kanri tem o propósito de conectar todas as ações com os objetivos, entender
como os objetivos se conectam e facilitar a todos os níveis o entendimento de quais objetivos são mais
relevantes.
A elaboração e posterior leitura da matriz inicia pela parte inferior, denominada na figura como What,
aqui são escritos os objetivos de longo prazo (3 a 5 anos), a segunda etapa chamada de How Far
são expressos os objetivos anuais, a terceira etapa é o How que sinaliza o “Norte Verdadeiro”, são as
prioridades da alta direção. Na sequência temos o as metas a serem atingidas e a última etapa consiste
na definição das ações/recursos para alcance das metas.
Esses 5 quadrantes são conectados com pontos nas grades, para demostrar a conexão ente ações e
estratégias.
COMO
NORTE
METAS PARA MELHORAR
OBJETIVOS ANUAIS
QUÃO
LESTE
OESTE
QUANTO QUEM
LONGE
SUL
O QUÊ
66
Hoshin Kanri
Gerência de operações
e Nps maior que 80%
Diretor de vendas
Gerênte de RH
O quê
Objetivos de
Longo Prazo
67
Roteiro A3 de Projeto
de Melhoria
Definição do Problema Mudanças Propostas
Análise
Resultados
68
Hoshin Kanri
Desdobramento
do A3
Dentro do Hoshin Kanri, utilizamos o conceito de A3 Mãe que consiste no A3 da alta administração, que
será desdobrado em diversos A3 filhos, sendo cascateado assim em diversos níveis hierárquicos.
Esse desdobramento de objetivos ocorre como uma cascata e é retroalimentado pelas ações que
sustentaram os objetivos estratégicos.
Para realizar esse desdobramento utilizamos um conceito bem interessante de catch ball, que
traduzindo literalmente é pegando a bola.
Estratégico A3 Mãe
69
Catch-Ball
O catch-ball consiste no processo de alinhar os objetivos entre níveis e pares dentro da organização.
Para garantir que o desdobramento seja comunicado a todos os níveis, e o mais importante para
garantir que não existam objetivos concorrentes, mas sim complementares. Além é claro, de buscar o
comprometimento de todos os membros da organização com os objetivos e plano de ação.
Dialogue
Authority
70
Hoshin Kanri
Hoshin Kanri
e o PDCA
O processo de desdobramento e definição das ações é apenas o inicio da jornada. Após a conclusão
dessa etapa inicia o processo de implementação, e aqui nos valemos de métodos e ferramentas
conhecidas como PCDA. Em cada A3 são rodados diversos PDCAs/PDSAs para implementação
das ações.
Muitas vezes ao implementar ações surgem alguns problemas, e devemos utilizar outros métodos de
solução como o Ishikawa, 5 Porquês, ou outros para buscar a melhor a solução.
Como você já deve imaginar, nem tudo sai conforme planejado e eventualmente ajustes nos
objetivos ou nas ações precisam ser realizados em função de mudanças no mercado, dificuldades
de implementação ou até mesmo mudança de prioridades. Por isso, a sugestão é que os A3s sejam
revisados no mínimo trimestralmente. Sendo que o acompanhamento da evolução do A3 deve ser
mensal e executado pelo gestor responsável por este.
Como todo novo método implementado, a organização precisa de tempo para evoluir neste
desdobramento. Provavelmente a primeira rodada de Hoshin Kanri, não será perfeita, mas é
importante a organização manter-se perseverante e criar um processo de aprendizado continuo no
método para que este evolua e traga melhores resultados.
Estratégico A3 Mãe
71
PROFISSIONAL
POLIVALENTE /
TRABALHO PADRÃO
/ POP
Trabalho padrão
Benefícios do
trabalho padrão
»» Documentação do processo atual
»» Redução de variação
»» Treinamento mais fácil de novos operadores
»» Reduções de acidentes e lesões
»» Linha de base para as atividades de melhoria.
»» Adiciona disciplina na cultura
»» Uma ferramenta de aprendizagem que apoia a auditoria, promove a resolução de problemas
74
Profissional Polivalente / Trabalho padrão / POP
Colaborador
polivalente
Uma vez que determinados como o trabalho deve ser executado fica mais fácil treinar e avaliar os
colaboradores.
Pensando em uma linha de montagem, um profissional polivalente seria capaz de atuar em mais de
um posto com a mesma competência e nível de prontidão.
A manufatura celular com layout em “U” tende a facilitar essa operação em múltiplos postos.
75
Matriz de
habilidades
Uma ferramenta que auxilia os gestores a avaliarem o nível de prontidão dos colaboradores
e demostrar a polivalência destes é a Matriz de Habilidade. A Matriz de habilidade cruza os
conhecimentos necessários, ou no caso da figura acima, os processos, com o nome dos colabores e,
através de uma simbologia específica, ilustra o nível de prontidão de cada colaborador.
Esta é uma ótima ferramentas para planejar treinamentos e contratações, além de deixar claro para os
colaboradores o que é esperado e quais os próximos passos deve seguir.
Matriz de treinamentos
-
/habilidades Processos
Embalagem
#O perador
Montagem
Reparo
Dobra
Solda
Corte
Teste
Não habilitado
Em Treinamento
Habilitado
Experiente
Instrutor
76
CÉLULAS DE
MANUFATURA
-CÉLULAS DE
TRABALHO E LAYOUT
Pilar JIT
78
Células de Manufatura -Células de trabalho e layout
Definição
de célula
Uma célula é uma combinação de pessoas, equipamentos e estações de trabalho organizadas na
ordem do fluxo do processo, para fabricar toda ou parte de uma unidade de produção.
Vantagens
As células são parte integrante da fabricação enxuta. O uso de células é tão básico que, no Sistema
Toyota de Produção nem sequer é questionado. Ainda assim, isso não necessariamente se verifica
para todas as organizações. É, portanto, necessário analisar as suas vantagens e desvantagens antes
de embarcarmos em um esforço para converter tudo em células.
A taxa de produção pode ser normalmente modulada com o ajuste da quantidade de colaboradores
na célula, o que não é normalmente viável para a produção em linha.
Para a logística, fica mais fácil alimentar a célula com insumos uma vez que a movimentação maior
ocorre no interior da mesma.
»» Balanceamento
»» Maior flexibilidade
»» Facilita a supervisão
»» Facilita a logística
79
Pontos fracos
»» Muitas combinações de produtos de baixo volume dificultam sua aplicação
80
STARTUP LEAN
Princípios
Com este conceito mais amplo de “startup” podemos entender que o (intra)empreendedorismo trata
majoritariamente da administração de recursos, principalmente pessoas. Ainda dentro deste mesmo
conceito, uma vez que estamos tratando de um ambiente envolto em incertezas, que é o caso dos
projetos de melhoria radical, problemas de qualidade ou projetos onde os recursos são escassos (ex.
tempo, dinheiro, pessoas..), precisamos de um processo de estruturação do aprendizado, onde o
nosso conhecimento é testado e validado. Vemos, portanto, como a dinâmica do pensamento enxuto,
do kata e do plano de aprendizado, são tão aplicáveis para o desenvolvimento de um novo produto,
processo ou serviço.
»» Empreendedores estão por toda a parte - segundo Eric Ries*, startup é “uma instituição humana
projetada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza”
»» Empreender é administrar
»» Aprendizado validado
»» Construir-medir-aprender
* - A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para criar empresas extremamente
bem-sucedidas / Eric Ries
82
Startup Lean
Intra-empreendedorismo
Precisamos de alguma forma ter ou trabalhar nas outras duas dimensões fundamentais: a estratégia e
a estrutura.
Nenhum projeto terá sucesso se não estiver alinhado com a visão e missão da organização. É
fundamental que nossas iniciativas sejam reconhecidas como valor pelos executivos da organização
de modo que o apoio necessário será fornecido e os esforços não serão mero desperdício. O Hoshin
Kanri pode ser uma excelente forma de desdobrar estes valores de forma a gerar objetivos que de fato
traduzem as “dores” que precisamos sanar.
A estrutura necessária também deve estar disponível com os recursos mínimos necessários para a
execução do projeto definidos. Muitas vezes, o principal recurso no projeto de melhoria, ainda que
também escasso, é o tempo dos colaboradores.
Novamente, temos, portanto, que trabalhar como intra-empreendedores. Devemos negociar recursos
e assegurar a aderência de nossas ações para com a estratégia da organização.
Estrutura
Estratégia
Método
83
O intra-empreendedor
Artista
Intra-
Inventor empreendedor
Gerente
Operacional
ação
84
Startup Lean
Exemplo
É muito difícil imaginar organizações de sucesso que não dependam de colaboradores que se sintam
donos do negócio. Vejamos um exemplo típico de como a atitude proativa das pessoas gera resultados
para a organização e para elas mesmas.
PROBLEMA 1
Em média 130 mil pessoas visitam
os 4 parques da Disney por dia.
Como manter os parques limpos?
PROBLEMA 2
A lavanderia da Disney atende a todos os resorts do complexo de Orlando
(cerca de 80 mil quartos).
O turnover de empregados era 85%.
85
O segredo
»» Finanças
86
Startup Lean
Próximo nível
PROBLEMA 1
TODOS os funcionários pegam o lixo
(além do pessoal da limpeza)
PROBLEMA 2
Pararam de dizer o que fazer e passaram a perguntar como fazer? Turnover de 7%!
87
Desenvolvimento
do cliente
Steve Blank desenvolveu um trabalho extremamente relevante no que diz respeito ao tema
“desenvolvimento de cliente” em que a abordagem de experimentação tão eficiente no pensamento
Lean e em projetos de melhoria é aplicada no desenvolvimento de novos produtos ou serviços. Esta
abordagem traduz essencialmente uma fase de pesquisa, onde a solução é rascunhada e processos de
validação em níveis preliminares do desenvolvimento do conceito auxiliam uma convergência muito
mais rápida da solução com as reais necessidades do cliente. Quando a solução se mostra ineficiente
e/ou não atrativa para o cliente, há um processo de “pivotação” que consiste no redesenho de parte
ou toda a solução previamente testada. A execução segue de forma similarmente interativa para que o
aprendizado seja aproveitado de forma mais eficiente.
»» Descoberta – entender se o cliente tem interesse na sua solução através de testes de hipóteses de
mercado
»» Validação – entender se os clientes realmente pagam pelo seu produto através da validação do
processo de vendas e distribuição do mesmo
»» Criação de demanda – lançar campanhas de marketing para criar demanda e escalar as vendas
»» Estruturação do negócio – criar e otimizar processos para transição do foco de aprendizado para a
execução
88
Startup Lean
Business Model
Canvas
»» Uma forma de resumir as principais dimensões de nosso negócio em uma única página
»» Infraestrutura ou respostas “Como?
»» Finanças ou respostas “Quanto?”
89
Segmentação
Proposta de Valor
O QUE VOCÊ ESTÁ OFERENCENDO A ELES?
O QUE ISTO RESOLVE? ELES SE IMPORTAM?
90
Startup Lean
Canais
Customer Relationships
QUAIS AS RELAÇÕES COM CADA SEGMENTO ESTÃO SENDO ESTABELECIDAS?
PESSOAIS? AUTOMÁTICAS? RETENÇÃO?
91
Linhas de Receita
Recursos Chaves
QUAIS RECURSOS CHAVES SUSTENTAM O MODELO DE NEGÓCIOS?
QUAIS ATIVOS SÃO ESSENCIAIS?
92
Startup Lean
Atividades Chaves
QUAIS SÃO AS ATIVIDADES QUE VOCÊ TEM QUE FAZER MUITO BEM?
O QUE É CRUCIAL? (CORE BUSINESS X OUTSOURCED)
Parceiros Chaves
QUAIS PARCEIROS E FORNECEDORES SÃO CHAVES EM SEU MODELO?
COM QUEM VOCÊ REALMENTE TEM QUE CONTAR?
93
Estrutura de Custos
QUAL A ESTRUTURA DE CUSTOS RESULTANTE?
QUAIS OS ELEMENTOS CHAVEM QUE NORTEAM OS CUSTOS?
Atividades
Proposta de customer
Chaves
valor relationships
Parceiros Segmentação
Chaves
94
Startup Lean
Exemplos
Nespresso
Club
Fabricação
Fábrica chinesa de cápsulas Pessoas de alto
(fabricação das padrão social
máquinas) O melhor café
espresso sem
Logística trabalho nem
sujeira dentro
da sua casa
Principais Recursos Canais Pessoas
Produtores tecnológicas
de Café
Varejos
Parceiros
Contrato com
George Clooney Lojas
Nespresso
Nespresso.com
Fábrica
95
Exemplos
Recomendações
Netflix.com
Plataforma
Consoles parceiros
Filmes em (PS3, Blue-Ray,TVs)
formato digital
96
Startup Lean
Físicos
1. Consciência: como aumentamos a consciência sobre
Intelectuais (padrões de marca, copyrights, nossos produtos e serviços?
dados) 2. Avaliação: como ajudamos os clientes a avaliar a
Humanos proposta de valor de nossa organização?
Financeiros 3. Compra: como permitiremos que os consumidores
comprem produtos e serviços específicos?
4. Entrega: como entregaremos a proposição de valos aos
nossos cllientes?
5. Depois das Vendas: como fornecemos suporte
pós-compra ao cliente?
97
Mínimo produto
viável
Desenvolvendo o mínimo produto viável podemos testar rapidamente a atratividade de
nossa solução no mercado, os canais de venda, funcionalidades básicas do nosso produto e
diversas outras dimensões antes de assumirmos riscos maiores, principalmente com relação ao
investimento. O entendimento da voz do cliente (VOC – Voice of Customer) é fundamental para nos
guiar em esforços que irão resultar em resultados relevantes, reduzindo assim os desperdícios no
próprio desenvolvimento de novas iniciativas e traduzindo o pensamento enxuto para o processo
de gestão e liderança.
»» Não entender VOC representa muitas vezes um produto que não atende às necessidades do
cliente. Isso representa desperdício!
»» O produto mínimo viável é aquele que traz as mínimas características possíveis para que
consigamos ter um feedback
98
Startup Lean
99