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 Tudo sobre Petição


Inicial

Todo o processo começa com uma petição inicial. Ela, portanto, é o documento mais
importante de toda a disputa judicial, pois é nela que os fatos são apresentados para
o julgador.
Saber fazer uma petição inicial é uma das atividades mais vitais para a vida
pro ssional de um advogado, pois é a partir dela que os processos se desenrolam e
tomam seus rumos.

Este artigo tem como objetivo explicar o que é uma petição inicial, apresentar
modelos do documento e dar dicas de como o advogado pode fazer a melhor petição
inicial possível, para que o julgador consiga compreender, da melhor forma possível,
o pedido do seu cliente. Boa leitura!

Navegue pelos tópicos deste conteúdo 


1. O que é uma petição inicial?
2. Petição inicial com o Novo CPC
3. Quem pode entrar com uma petição?
4. Como elaborar uma petição inicial?
4.0.1. O juízo ao qual é dirigida
4.0.2. A quali cação das partes
4.0.3. Os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido
4.0.4. O pedido e suas especi cações
4.0.5. O valor da causa
4.0.6. As provas com as quais o autor pretende demonstrar a veracidade das alegações
4.0.7. A opção, ou não, de conciliação ou mediação
4.1. Modelos de petição inicial
5. 5 dicas para fazer uma boa petição inicial
5.1. 1. Narre os fatos na ordem correta
5.2. 2. Tenha uma escrita limpa e objetiva
5.3. 3. Use os recursos necessários para mostrar o seu lado ao juízo
5.4. 4. Deixe tudo organizado
5.5. 5. Automatize os processos
5.6. O que é uma petição inicial?
5.7. Qual a importância de uma petição inicial?
5.8. Quem entra com uma petição inicial?
6. Conclusão

O que é uma petição inicial?


A petição inicial, como o nome já diz, é o primeiro ato de um processo. Trata-se do
ato que dá início a uma disputa judicial. Ela é o meio pelo qual o advogado leva ao
juízo os problemas jurídicos de quem está representando.

Na petição inicial, o advogado descreve o que a parte deseja, quais são os fatos e os
direitos que embasam esse desejo e disponibiliza espaço para que a outra parte se
manifeste, contrariando ou negando as acusações.

Dessa forma, ca nítida a importância da petição inicial, pois é o primeiro documento


que o juiz lerá a respeito da lide da parte interessada. Portanto, pode-se dizer que é a
peça mais importante de todo o processo jurídico em questão.

É a petição inicial que de ne a narrativa dos acontecimentos, quais documentos


serão necessários, quais serão os possíveis caminhos que o processo irá trilhar, quais
provas serão necessárias e, principalmente, qual é a questão abordada no jurídico
pela parte que entrou com o pedido.

Petição inicial com o Novo


CPC
O Novo Código de Processo Civil de 2015 (Lei nº 13.105/15
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm)) trata
sobre a Petição Inicial em seu Capítulo II, Seção I. No artigo 319
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art319), o
Novo CPC disciplina os requisitos essenciais da petição inicial, que são:

O juízo ao qual é dirigida;


A quali cação das partes;
Os fatos e o fundamento jurídico do pedido;
O pedido e suas especi cações;
O valor da causa;
As provas com as quais o autor pretende demonstrar a veracidade das alegações;
A opção, ou não, de conciliação ou mediação.

Nos casos em que a petição inicial não atende a todos os requisitos, conforme o
artigo 321 do CPC de 2015 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm#art321), o juiz pode determinar a chamada “emenda da
petição inicial”, que nada mais é do que a correção e complementação da mesma.

A possibilidade de emendar a inicial ocorre quando é constatada a existência do


chamado “vício sanável”, que são os vícios de menor importância. Caso seja
necessária a emenda, o Novo Código de Processo Civil determina que o prazo para a
correção seja de quinze dias úteis.

Quando se tratar de vício considerado insanável o magistrado, nos termos do artigo


330 do CPC/15, determinada o indeferimento da petição inicial.

Para qualquer advogado, tanto a emenda da petição inicial quanto o indeferimento


devem ser evitados, pois podem demonstram despreparo, causando danos à
imagem do pro ssional e do escritório.

Quem pode entrar com uma


petição?
Como a petição inicial é o instrumento que começa uma disputa judicial,
apresentando ao juiz os problemas, necessidades e requerimentos da parte que
entra com a lide, geralmente é o advogado, representando seu cliente, que entra
com a petição inicial de um processo.

Entretanto, embora a regra da petição inicial seja um documento escrito, entregue


em juízo especí co por um advogado que representa uma pessoa física ou jurídica,
essas mesmas pessoas podem entrar com a petição inicial por conta própria.
Nos casos de ajuizados especiais, ações de alimentos e ações judiciais contra crimes
de violência doméstica, as pessoas podem entrar com uma petição inicial de forma
oral, onde a pessoa que entra com a ação fala com o juízo, que formaliza, de forma
escrita, a petição inicial. 

Como elaborar uma petição


inicial?
Na construção de uma petição inicial, vários itens podem parecer simples, mas na
realidade requerem atenção e dedicação. Ela deve seguir os requisitos indicados no
artigo 319 do Novo CPC.

O juízo ao qual é dirigida


Deve ser indicado o juízo ao qual a petição é endereçada, por exemplo: “ao juízo da
1ª vara cível da comarca de Joinville”.

No Código de Processo Civil de 1973, era solicitado o endereçamento apenas ao juiz,


que foi alterado para juízo no Novo CPC.

A qualificação das partes


Autor e réu devem ser quali cados da forma mais completa possível, inclusive com
endereço eletrônico, que se tornou requisito essencial com o Novo CPC.

Nos casos em que alguma informação seja desconhecida, o advogado deve informar
o juiz, solicitando diligência para que os dados necessários sejam colocados na
petição inicial.
Os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido
Devem ser narrados os fatos, de forma clara, bem estruturada e respeitando a
ordem cronológica. Deve-se tomar o cuidado de não “misturar” as partes durante a
narrativa dos fatos, o que pode causar problemas no entendimento do juízo.

Os fundamentos jurídicos são o direito ferido ao qual o autor quer a proteção,


baseado na legislação, doutrinas, súmulas e jurisprudências. É recomendado que
esse item seja divido em dois tópicos: “dos fatos” e “do direito”, para facilitar a leitura
e o entendimento.

O pedido e suas especificações


Todos os pedidos devem constar na petição inicial, uma vez que o juiz só pode julgar
o que estiver nos autos.

O valor da causa
Toda causa deve ter um valor estabelecido, mesmo que não tenha conteúdo
econômico quanti cável. O valor da causa tem uma série de re exos no decorrer do
processo (cálculo das custas, de nição do rito), por isso requer atenção no seu
cálculo.

As provas com as quais o autor pretende


demonstrar a veracidade das alegações
Mesmo existindo a fase das provas durante o processo, é fundamental que conste,
na petição inicial, todos os tipos de prova que o autor pretende produzir (como
provas documentais e testemunhais, por exemplo). 
A opção, ou não, de conciliação ou mediação
Esse item foi estabelecido pelo Novo CPC, devido a sua loso a conciliatória. O autor
deve indicar, já na petição inicial, se tem interesse em conciliação ou mediação.

Embora pareça simples, esse item é outro que merece atenção redobrada, levando
em consideração o interesse da parte e os possíveis desfechos da ação.

Modelos de petição inicial


A produção de documentos é um dos exercícios mais recorrentes da prática da
advocacia. É através dela que ocorre no dia-a-dia a legitimação da relação cliente-
advogado-causa.

O uso de modelos prontos tem se popularizado nos últimos anos, por sua
praticidade, uma vez que já trazem grande parte da peça pronta, sem a necessidade
de digitar do zero e buscar a fundamentação legal.

No entanto, é importante que o advogado tenha acesso a modelos con áveis e que
não apresentem erros, que poderão custar mais adiante no processo ou na própria
imagem do pro ssional.

Por isso, a equipe jurídica da ProJuris criou uma série de modelos de petições iniciais,
que estão disponíveis gratuitamente neste link
(https://www.projuris.com.br/modelos-de-peticoes-previdenciario/).

Seu escritório de advocacia mais e ciente agora mesmo


5 dicas para fazer uma boa
petição inicial
Já podemos perceber que a petição inicial é o documento mais importante de
qualquer disputa judicial. É nela que constará a narrativa dos fatos, os direitos da
parte, a demanda requerida e todas as partes citadas no processo.

Por isso, fazer uma boa petição inicial é obrigação de todo o advogado que deseja se
destacar e providenciar a melhor representação jurídica possível para os seus
clientes.

Listamos abaixo cinco dicas para que o pro ssional do direito escreva uma boa
petição, que auxilie o juiz a compreender o pedido da parte representada,
aumentando a compreensão dos fatos.

1. Narre os fatos na ordem correta


A petição inicial é o momento onde o advogado explica ao juiz quais foram os fatos
que ocorreram para que a parte entrasse em uma disputa jurídica contra a outra
parte.

Por isso, narrar os fatos na ordem que eles ocorreram é importante, para que o juiz
consiga compreender o que ocorreu, sem a possibilidade de confundir a linha do
tempo.

Quanto mais ordenado estiverem os fatos, mais fácil será do juiz compreender as
motivações da parte e a gravidade do que ocorreu.

2. Tenha uma escrita limpa e objetiva


Cada vez mais é comum ver advogados que largam mão de palavras em latim e
termos rebuscados para explicar ao juiz o que ocorreu e quais são os pedidos da
parte em uma lide.

O juiz é um pro ssional que está sempre com excesso de trabalho. Dessa forma, ter
uma escrita limpa e objetiva, além de facilitar a leitura do juiz e a compreensão dos
leigos sobre o que está sendo tratado, torna o trabalho do juiz mais dinâmico e
possibilita que o mesmo não precise ler diversas vezes a mesma petição.

Entretanto, ter uma escrita objetiva não é a mesma coisa que ser pobre em detalhes.
É importante que o advogado utilize todos os recursos linguísticos possíveis para
colocar o juiz na situação que a parte que entrou com o processo se encontra, para
que o mesmo consiga compreender a causa.

Mesmo assim, é importante preservar o juiz de parágrafos e rulas desnecessárias. O


importante para quem está julgando é a compreensão dos fatos e dos direitos da
pessoa que entrou com o pedido, nada mais.
3. Use os recursos necessários para
mostrar o seu lado ao juízo
A petição inicial é a primeira impressão que o julgador terá da disputa judicial que
ocorrerá após ela ser entregue. Por isso, é importante que o advogado e a parte
estejam bem preparados e mostrem todos os recursos possíveis para convencer o
juiz.

Ter uma narrativa bem clara dos fatos, juntar todos os documentos necessários para
a comprovação das necessidades, embasar os direitos em jurisprudência, doutrinas e
no código especí co, tudo isso é muito importante para a ação.

A petição inicial, portanto, é o documento que precisa estar bem caprichado e com o
máximo de apontamentos possíveis para favorecer o pedido da parte.

4. Deixe tudo organizado


Além de ter uma boa escrita, objetiva e clara, e organizar a narração dos fatos da
forma mais el possível, é importante que toda a petição inicial esteja devidamente
organizada.

Abordamos a importância de preencher todos os dados que o artigo 319 do Novo


CPC pede na petição inicial. É crucial que o advogado preencha tudo conforme o
requerido, pois a imagem do advogado frente ao cliente e ao juiz pode ser dani cada
por descuidos desnecessários.

Além disso, é importante que todos os documentos referidos na petição inicial


estejam devidamente listados e anexados a ela, para que o juiz não tenha problemas
ao identi car o que está sendo alegado. Lembre-se que a petição inicial é um
momento crucial em todo o processo jurídico!
5. Automatize os processos
Como já vimos anteriormente, a qualidade de uma peça processual pode ser o fator
determinante entre o sucesso e o fracasso em qualquer pleito judicial.

Uma petição inicial bem escrita e fundamentada pode ser a chave para o
convencimento do juiz acerca daquele entendimento bené co ao seu cliente.

Por outro lado, uma peça mal escrita, com erros gramaticais e de concordância e
embasada em jurisprudências desatualizadas dani ca a imagem do advogado, a
interpretação dos fatos pelo juiz e a própria qualidade do trabalho do pro ssional.

A elaboração de uma petição inicial de qualidade demanda tempo e recursos


humanos preciosos. São necessárias horas de pesquisa apenas para desenvolver o
embasamento necessário.

Em seguida ainda é necessário mais tempo para organizar o conteúdo e começar a


redigir a peça, revisar, alterar o que for necessário para só então nalizar e
protocolar.

Com o auxílio da tecnologia, através das modernas ferramentas de automação, todo


esse processo pode ser abreviado, mantendo a qualidade da produção das peças
processuais. 

Com o uso da ferramenta Gerador de Documentos


(https://www.projuris.com.br/lancamento-gerador-de-documentos-projuris-para-
escritorios/), do software ProJuris para Escritórios
(https://www.projuris.com.br/escritorios), não há necessidade de criar os
documentos do zero. Os riscos de erros de digitação e quali cação das partes
também são drasticamente reduzidos, devido à automação do processo de criação
da peça.
Estima-se que a automatização de peças processuais com o uso de softwares
modernos e especí cos possa trazer uma economia de até 50% no tempo
desprendido para a sua elaboração, tempo que o advogado pode investir em outras
áreas do seu trabalho, gerando e ciência.

O que é uma petição inicial?


A petição inicial é o ato que dá início a uma disputa judicial. Ela é o meio pelo qual o
advogado leva ao juízo os problemas jurídicos de quem está representando.

Qual a importância de uma petição


inicial?
A petição inicial é importante pois é o primeiro documento que o juiz lerá a respeito
da lide da parte interessada. Portanto, pode-se dizer que é a peça mais importante
de todo o processo jurídico em questão.

Quem entra com uma petição inicial?


Geralmente é o advogado, representando seu cliente, que entra com a petição inicial
de um processo.

Conclusão
A petição inicial é o documento que começa todo um processo judicial. Tendo esse
peso, é notável a importância da mesma para o advogado, para a parte representada
e para os julgadores, que, a partir dela, terão uma dimensão das necessidades da
parte.
Por isso, é imprescindível que todo o advogado saiba fazer uma boa petição inicial,
pois falhas, erros e descuidos podem custar não só a reputação do pro ssional,
como também a própria ação, que pode ser de suma importância para a parte.

Praticar a petição inicial é muito importante para advogados, independente do


tempo em que atuam na área. Utilizar um software jurídico
(https://www.projuris.com.br/escritorios) para padronizar e organizar documentos
também é uma vantagem competitiva importante para o pro ssional, além de tornar
seu trabalho mais dinâmico e e ciente.

(https://promo.projuris.com.br/juridico-de-resultados)

Sobre o autor:

Tiago Fachini
(https://www.projuris.com.br/tiago-
fachini/)
Palestrante, professor, podcaster jurídico
(https://www.projuris.com.br/juriscast),
colunista do blog ProJuris e, acima de
tudo, um apaixonado por tecnologia e
pelo mundo jurídico com mais de uma
Tiago Fachini
década de atuação dedicada ao mundo
digital.

Tags:petição inicial (https://www.projuris.com.br/tag/peticao-inicial)


1 comentário em “Tudo sobre Petição Inicial”

Guto Brandao
05.21.2020 EM 00:16 (HTTPS://WWW.PROJURIS.COM.BR/PETICAO-
INICIAL#COMMENT-15320)
REPLY 

Excelente texto. Muito explicativo. Parabéns.

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