Você está na página 1de 9

ALUNO: MARCUS FILIPPE LEAL LACERDA

PRÁTICA SIMULADA DO TRABALHO CASOS 7, 8 E 11

CASO 07

EXMO. JUÍZO DA 80ª VARA DO TRABALHO DE CUIABÁ

Processo nº XXXXXXXXXXX

Sociedade Empresária Tecelagem Fio de Ouro S.A, ré na presente demanda e já qualificada na


mesma, vem, através de seu advogado infra assinado e com base no artigo 847 da CLT,
apresentar

CONTESTAÇÃO

em face dos fatos alegados por Joana da Silva, autora da presente ação, pelos fatos e
fundamentos que passa a expor.

1) BREVE RELATO DOS FATOS

A Sra. Joana da Silva ajuizou a presente ação em face da Sociedade Emoresária Tecelagem
Fio de Ouro S.A visando a obtenção de direitos trabalhistas, no que tange sua prestação de
serviços para a referida empresa.

Dessa forma, é importante ressaltar que a autora obteve vínculo trabalhista com a ré
durante o período de 10/05/2008 a 29/09/2018 como cozinheira. Assim, em sua exordial,
requer danos morais, pagamentos de tempo a disposição e outros direitos que sustentar ser
devidos, o que será, fundamentalmente, provado que a autora não possui.

2) PRELIMINARMENTE

Primeiramente, deve ser observado pelo Douto Juízo que a autora, em sua exordial,
requereu pedido de adicional de periculosidade, porém, sem nenhuma fundamentação
adequada que justifique o pagamento da referida verba.
Dessa forma, não pode ser outro entendimento senão da inépcia em relação a esse
pedido, com consequente extinção do processo sem resolução de mérito em relação a esse
pleito, na forma dos artigos 330, § 1º, inciso I, e 485, inciso I, ambos do CPC/15.

Ato contínuo, a Sra. Joana da Silva foi empregada da Tecelagem de 10/05/2008 a


29/09/2018 e ajuizou a presente ação em 15/10/2018 pleiteando direitos referentes a todo
período trabalho. Porém, deve-se notar que aqueles anteriores a 15/10/2013 não devem ser
ao menos discutidos, uma vez que foram atingidos pela prescrição disposta tanto no artigo 7º,
inciso XXIX, da CRFB/88, no art. 11, inciso I, da CLT e na Súmula 308, inciso I, do TST.

Dessa forma, preliminarmente, a ré reitera seu pedido de inépcia em relação ao pleito de


periculosidade (não fundamentado) e aos direitos anteriores a 15/10/2013 (prescritos).

3) DOS FUNDAMENTOS

A Sra. Joana da Silva requer danos morais supostamente causados por doença
profissional. Porém, ao acostar aos autos os exames e laudos médicos realizados, pode-se
perceber que a doença que a autora se refere é uma doença degenerativa. Dessa forma, não
se pode qualificar a mesma como uma doença advinda do seu exercício profissional, o que,
consequentemente, afasta o pedido de danos morais realizado pela autora, na forma do artigo
art. 20, § 1º, alínea a, da Lei nº 8.213/91.

Ato contínuo, a autora requer o pagamento do benefício odontológico fornecido pela ré


como salário utilidade. Porém, pela leitura do Art. 458, § 2º, inciso IV e § 5º, da CLT, pode-se
perceber que o legislador vedou, expressamente, o enquadramento de plano odontológico
como salário. Assim, o referido pleito autoral possui proibição literal, não podendo, portanto, a
ré dispor de forma contrária.

Não obstante a esses pedidos totalmente desarrazoados, a Sra. Joana aduz que a benesse
oferecida pela empresa ao conceder uma cesta básica por mês para seus funcionários
caracteriza-se como direito adquirido. Ora, Excelência, tal benefício foi previsto por Norma
Coletiva, a qual se findou em julho de 2018 e não houve renovação expressa ou mesmo
elaboração de substituta. Dessa forma, não pode-se presumir a renovação automática como
alega a autora, nos termos do Art. 614, § 3º, da CLT.
CASO 08

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da 50ª Vara do Trabalho de João Pessoa – PB

Processo nº 1234

A empresa Loteria Alfa Ldta, devidamente inscrita no CNPJ 123456789, estabelecida na rua
Dinheiro Fácil, n° 10, bairro Ricos, cidade João Pessoa, Paraíba, CEP 65058-120, por seu
advogado que esta subscreve, com endereço profissional na rua Problemas Resolvidos, n° 01,
bairro Solução, cidade João Pessoa, Paraíba , 65058-000, onde deverá receber
intimações(procuração em anexo), vem respeitosamente, com fundamento no art. 847 da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, propor a sua

CONTESTAÇÃO

a todos os termos da reclamação trabalhista proposta por Hamilton, brasileiro, estado civil,
profissão, RG n°, CPF n°, nascido na data de, com CTPS n° e serie, residente e domiciliado na
rua, n°, bairro, cidade, estado, CEP, consubstanciado nos motivos de fato e de direito a seguir
expostos

1. DOS FATOS

O reclamante Hamilton alega que foi contratado pela reclamada no dia 13 de janeiro de 2010 e
foi dispensado sem justa causa no dia 25 de março de 2017.

No ano da dispensa, o Reclamante ajuizou Reclamação Trabalhista pleiteando adicional de


periculosidade, vantagens previstas na norma coletiva dos bancários, reintegração ao
emprego, horas extras, horas de sobreaviso, ticket previsto em norma coletiva, vale-transporte
pelo período em que trabalhou em home Office e integração do vale-cultura ao seu salário.
Cabe ressaltar que o mesmo laborava de segunda a sexta-feira, das 7h às 14h, com uma hora
de intervalo intrajornada.

2. DAS PRELIMINARES

INÉPCIA DA INICIAL – INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL

O reclamante Hamilton afirma que trabalhou por três meses fazendo a substituição do gerente
da reclamante enquanto o mesmo esteve afastado recebendo benefício de auxílio doença e
que neste período o próprio reclamante não recebeu nenhum acréscimo salarial.

No entanto, no rol dos pedidos o reclamante não alega nenhuma pretensão relacionada à
referida causa de pedir, sendo assim, deixa a sua inicial inepta nos termos do art. 330,§1º, I, do
CPC.

Por tal motivo, nos termos do art. 330, I, do CPC se faz requerido o indeferimento da petição
inicial, em razão da ausência de pedido quanto ao acréscimo salarial que diz respeito ao
período da substituição descrito na causa de pedir.

DE PRESCRIÇÃO

O reclamante Hamilton também propôs a presente reclamação trabalhista no dia 30 de abril


de 2017 pleiteando a condenação da reclamada ao pagamento de rubricas sem a necessária
delimitação do período.

Ao considerar que o reclamante foi admitido em 13 de janeiro de 2010, e que a ação foi
proposta na data já mencionada, e ainda observando o regramento contido no art. 7º, XXIX da
Constituição Federal – CF e art. 11 da CLT, faz-se requerido o acolhimento desta preliminar de
prescrição quinquenal para declarar como sendo prescritas todas as pretensões anteriores a
30 de abril de 2012.

3. DO MÉRITO

DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
O reclamante Hamilton relata em sede de sua inicial que ele permanecia durante 10 minutos,
uma vez a cada semana, em área de risco (subestação de energia), motivo este a qual pede
pela condenação da reclamada ao pagamento de adicional de periculosidade.

No entanto, é improcedente a alegação do reclamante quanto à pretensão ao adicional de


periculosidade, pois a exposição a risco ocorre em tempo extremamente reduzido. Logo, a
pretensão do reclamante contraria redação do art. 193 da CLT, a qual exige a implicação de
risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador à energia elétrica, além
de estar em sentido oposto ao disposto na OJ 324 da SDI1 do Tribunal Superior do Trabalho –
TST e também à Indicação Súmula 364, I, TST.

DAS PRETENSAS VANTAGENS PREVISTAS EM NORMA COLETIVA DOS BANCÁRIOS

Em sua inicial o reclamante Hamilton requer a aplicação das vantagens previstas nas normas
coletivas dos bancários.

No entanto, o mesmo está sem razão. Isso conforme os termos da Súmula 374 do TST, a qual
exibe vedação expressa, pois o empregado integrante de categoria profissional diferenciada
não tem o direito de haver de seu empregador vantagens previstas em instrumento coletivo
no qual a empresa não foi representada por órgão de classe de sua categoria.

Logo, como a reclamada não teve a sua representatividade no instrumento coletivo cuja
aplicação é pretendida pelo reclamante, faz-se requerido a total improcedência do pedido do
reclamante senhor Hamilton.

REINTEGRAÇÃO NO EMPREGO

O senhor Hamilton realizou o registro da sua candidatura como presidente do sindicato


daslotéricas no tempo do aviso prévio por ele recebido da reclamada e pretende a sua
reintegração no emprego por considerar que tem o direito à estabilidade no emprego.

No entanto se faz indevido tal pedido do reclamante, pois não há estabilidade para o

dirigente ou representante sindical que registra sua candidatura no curso do aviso prévio.

Tal entendimento é extraí do da Súmula 369, V do Colendo Tribunal


Superior do Trabalho – TST. Portanto, improcedente deve ser este pedido.

HORAS EXTRAS

O reclamante Hamilton pede em sua inicial a condenação da reclamada, também, às horas


extras, mas a jornada do reclamante não ultrapassava a jornada legal prevista no art. 7, XIII da
CF, ou seja, não ultrapassava a 44h por semana.

Desse modo, improcede o pedido de horas extras e eventuais reflexos.

REQUERIMENTOS FINAIS

Pelo exposto, requer a reclamada que vossa Excelência se digne a :

1- Reconhecer a inépcia apontada em sede de preliminares, extinguindo o pedido sem


resolução de mérito;

2-Reconhecer a prescrição quinquenal que atinge todas as prestações anteriores a cinco


anos,contados retroativamente a partir do ajuizamento desta demanda;

3- No mérito, julgar improcedentes os pedidos, pelas razões expostas, deferindo a produção


de todas as provas em direito admitidas, especialmente documental, pericial e testemunhal.

Termos em que ,

Pede deferimento,

Local, data

Advogado

OAB

CASO 11
DOUTO JUÍZO DA 100ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ-AL

Processo Nº...
OMEGA, sociedade empresá ria já qualificada nos autos do processo em epígrafe,
em que contende com FABIANO, igualmente já qualificado nos autos, vem à
presença de Vossa Excelência, por seu advogado, com fundamento no art. 895, I, da
CLT, interpor RECURSO ORDINÁ RIO, em razã o da sentença prolatada. Informa-se
que todos os pressupostos de admissibilidade se encontram presentes, tendo
efetuado o pagamento das custas e o depó sito recursal.
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimaçã o da parte
contrá ria para, querendo, apresentar contrarrazõ es, e apó s seja o presente
remetido para o Egrégio Tribunal Regional.

Nestes termos, pede deferimento.


Local...data...

Advogado...
OAB....

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO


RECORRENTE: ÔMEGA
RECORRIDO: FABIANO
PROCESSO Nº.....

Eminentes Julgadores,

XII- DAS PROVAS:


Requer provar o alegado por todos os meios e provas em direito
admitidos,
especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal do
reclamado, sob pena
de confissão; oitiva de testemunhas e as demais que se fizerem necessárias
no curso
da lide.
Termos em que,
Pede deferimento

Local/data
Advogado
OAB
Nos autos do processo em epígrafe foi prolatada sentença que julgou parcialmente
procedente dos pedidos, porém a sentença não merece ser mantida, pelas razões que passa a
expor:

DA PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

O magistrado rejeitou a preliminar suscitada pela empresa e determinou o recolhimento do


INSS relativo ao período trabalhado mês a mês, para fins de aposentadoria, já que restou
comprovado que a empresa descontava a cota previdenciária, mas não a repassava ao INSS.
Porém, a justiça do trabalho não tem competência para a cobrança das referidas
contribuições, conforme art. 114, VIII da CF, e súmula 368, I, TST, pois sua competência neste
aspecto é limitada a execução quando de sentenças condenatórias em pecúnia e de acordos
homologados. Diante disso, requer seja acolhida a presente preliminar para reconhecer a
incompetência absoluta da justiça do trabalho para a cobrança de contribuições sociais.

DA PRELIMINAR DE COISA JULGADA

Na sentença foi rejeitada a preliminar suscitada e desconsiderado que a empresa havia feito
um acordo em outro processo movido pelo mesmo empregado, homologado em juízo, no qual
pagou o prêmio de assiduidade, condenando-a novamente ao pagamento dessa parcela.
Contudo, com o acordo celebrado houve coisa julgada sobre o assunto, já que se trata de
situação, inclusive, irrecorrível para as partes, conforme art. 831, § único da CLT. Assim, requer
seja acolhida a preliminar para extinguir o processo sem a análise do mérito quanto ao prêmio
assiduidade, conforme art. 485, V do CPC.

DA PRELIMINAR DE LITISPENDÊNCIA

O magistrado rejeitou a preliminar suscitada pela empresa e desconsiderou que em relação às


diárias postuladas, o autor tinha, comprovadamente, outra ação em curso com o mesmo tema,
que se encontrava em grau de recurso. Com isso, resta caracterizada a litispendência entre as
duas ações, conforme art. 337, VI do CPC. Em razão, requer seja acolhida a presente preliminar
para extinguir o feito com relação às diárias, pois caracterizada a litispendência, conforme art.
485, V do CPC.

DA PRESCRIÇÃO

O magistrado não acolheu a prescrição parcial porque ela foi suscitada pelo advogado em
razões finais, afirmando que deveria sê-lo apenas na contestação, tendo ocorrido preclusão.
Porém, não há preclusão, pois a prescrição poderia ser alegada em alegações finais, conforme
súmula 153 do TST, que garante a possibilidade de alegação na via ordinária. Diante disso,
requer seja acolhida a prejudicial para que seja reconhecida a prescrição.

DA REINTEGRAÇÃO

O juiz deferiu a reintegração do ex-empregado, Fabiano, porque ele foi eleito presidente da
Associação de Leitura dos empregados da empresa, entidade criada pelos próprios
empregados, sendo que a dispensa ocorreu em dezembro de 2017, no decorrer do mandato
do reclamante. Porém, o reclamante não possuía estabilidade, razão pela qual é indevida a sua
reintegração, pois não é dirigente sindical, este sim, com garantia de emprego prevista no art.
543, §3º da CLT. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar improcedente o
pedido de reintegração.

DO DANO MORAL

O juiz deferiu indenização por dano moral, porque, pelo confessado atraso no pagamento dos
salários dos últimos 3 meses do contrato de trabalho, o empregado teve seu nome inscrito em
cadastro restritivo de crédito, conforme certidão do Serasa juntada pelo reclamante
demonstrando a inserção do nome do empregado no rol de maus pagadores em novembro de
2015. Porém, como havia inscrição prévio, ou seja, em novembro de 2015, sendo que o atraso
de salário ocorreu em 2017, não há ato ilícito do empregador, e por essa razão é indevida a
indenização, conforme art. 186 e art. 927 do CC. Assim, requer a reforma da sentença para
julgar improcedente o pedido do reclamante.

DA CARTA DE REFERÊNCIA

Na sentença foi deferida a entrega de uma carta de referência para facilitar o autor na
obtenção de nova colocação, caso, no futuro, ele viesse a querer se empregar em outro lugar.
Porém, não obrigação prevista em lei para fornecimento do referido documento, razão pela
qual não pode o empregador ser compelido a fornecer, conforme art. 5º, II da CF. Assim,
requer a reforma da sentença para julgar improcedente o pedido.

DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS

O magistrado deferiu o pagamento da participação nos lucros prevista na convenção coletiva


da categoria, nos anos de 2012 e 2013, pois confessadamente não havia sido paga. Porém,
nesse período houve suspensão do contrato de trabalho, e por essa razão, não é devida a
participação nos lucros, conforme art. 476 da CLT. Diante disso, requer a reforma da sentença
para julgar improcedente o pedido.

DA DIFERENÇA DE FÉRIAS

O magistrado deferiu o pagamento da diferença de férias, porque o empregado não fruiu 30


dias úteis no ano de 2016, como garante a Lei. Porém, a lei garante apenas 30 dias corridos, e
não úteis, conforme art. 130, I da CLT. Assim, requer a reforma da sentença para julgar
improcedente o pedido.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer o conhecimento e provimento do presente recurso para:

a) Acolher as preliminares de incompetência absoluta, litispendência e coisa julgada;

b) Acolher a prejudicial de prescrição;

c) Reformar a sentença, nos termos da fundamentação;

Nestes termos, pede deferimento;

Local..., data...

Advogado...

OAB....

Você também pode gostar