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FACULDADE PITÁGORAS

DISCIPLINA: Matrizes Do Pensamento Em Psicologia – Behaviorismo


Aluna: Uliane Ribeiro de Pinho Morais

Atividade Discursiva

A importância dos indicadores de sustentabilidade e do sistema brasileiro e


internacional, além dos modelos de sustentabilidade, está em informar bem aquele
que cabe a decisão ou o tomador de decisão para responder as expectativas dos
stakeholders e isso implica em constatar e provar que os resultados foram atingidos
segundo as estratégias definidas antecipadamente, sendo estas metas as
motivações para a existência dos indicadores.

O que constituem e para que servem os indicadores de desenvolvimento sustentável


do IBGE e a Agenda 21?

O desenvolvimento sustentável é um conceito que corresponde ao


desenvolvimento ambiental das sociedades, aliado aos desenvolvimentos
econômico e social. Em outras palavras, o desenvolvimento sustentável é aquele
que assegura o crescimento econômico, sem esgotar os recursos para as gerações
futura O conceito de desenvolvimento sustentável foi oficialmente declarado na
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em
1972, na cidade de Estocolmo, Suécia. Os três pilares do Desenvolvimento
Sustentável são crescimento econômico, desenvolvimento social e preservação
ambiental. Romeiro (2012, p.65) elucida que “para ser sustentável, o
desenvolvimento deve ser economicamente sustentado (ou eficiente), socialmente
desejável (ou includente) e ecologicamente prudente (ou equilibrado). ”
Em 1992, durante a Conferência ECO-92 na cidade do Rio de Janeiro, conceito
de desenvolvimento sustentável tornou-se o assunto central e países de todo mundo
concentraram seus esforços para atender esse axioma. Como resultado dessa
conferência, 179 países assinaram um documento denominado Agenda 21, que
pode ser definido como um plano de ação para ser adotado do nível global ao local,
cujo alicerce é a associação da sustentabilidade ambiental, social e econômica,
perpassando em todas as suas ações propostas. Cada país tem um compromisso
político acerca dos problemas socioambientais existentes no mundo, para que isso
ocorra, são necessárias estratégias, planos e políticas específicas em cada país em
que a agenda for aplicada.
Em 2002, o Brasil aprovou sua Agenda 21, o documento serve para instituir um
modelo de desenvolvimento sustentável a partir da avaliação das potencialidades e
fragilidades de nosso país, determinando estratégias e linhas de intervenção, em
parceria com a sociedade civil e o setor público. O documento é resultado de uma
vasta consulta à população brasileira envolvendo cerca de 40.000 pessoas, sendo
construída a partir das diretrizes da Agenda 21 Global. De acordo com Malheiros et
al (2008):

Percebe-se, portanto, a Agenda 21 brasileira como um documento


resultante de um processo de planejamento participativo e com status de
plano nacional de desenvolvimento sustentável, significando um importante
documento de subsídio potencial à formulação de políticas focadas no
desenvolvimento duradouro, pois incorpora princípios, compromissos e
objetivos estabelecidos na Agenda 21 Global, traduzindo-os para o contexto
do Brasil. (p.10).

A agenda 21 é composta por 40 capítulos, divididos em quatro seções,


trazendo temas como dimensão social e econômica, consumo, pobreza,
desenvolvimento sustentável, recursos vivos, aproveitamento, gestão ecológica,
populações indígenas, comércio, industrias, trabalhadores e sindicatos,
conscientização, educação, entre outros. Portanto, a Agenda 21 Brasileira é um
importante instrumento de participação civil e ação coletiva em prol de uma
sociedade sustentável.
Os indicadores de sustentabilidade do IBGE são instrumentos utilizado para
monitorar o desenvolvimento sustentável no Brasil. São ferramentas que auxiliam
na tomada de decisões e no monitoramento de políticas e estratégias no que diz
respeito à relação entre meio ambiente, sociedade e desenvolvimento sustentável.
Esses indicadores permitem medir a distância entre a situação atual de uma
sociedade e seus objetivos de desenvolvimento, gerando equilíbrio entre o
crescimento econômico e a manutenção dos recursos naturais.
De acordo com site do IBGE, os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável
(IDS) estão subdivididos São 63 indicadores organizados em quatro dimensões:
 A dimensão ambiental aborda temas ligados à emissão de gases de
efeito estufa, poluição do ar e das águas, uso de agrotóxicos,
queimadas, desflorestamento, além de informações sobre saneamento
básico, entre outros.
 A dimensão social avalia a satisfação das necessidades humanas,
melhoria da qualidade de vida e justiça social. Os indicadores se
relacionam a temas como demografia, emprego, saúde, educação e
violência.
 A dimensão econômica aborda dados relacionados ao PIB, consumo de
energia e participação de fontes renováveis na oferta de energia.
 A dimensão institucional aborda temas como acordos multilaterais
internacionais, legislação ambiental, gastos com pesquisa e
desenvolvimento e patrimônio cultural.

Em síntese, os indicadores de sustentabilidade são importantes fontes de


informações estruturadas com enfoque sobre os aspectos ambientais, sociais,
econômicos e institucionais do desenvolvimento sustentável brasileiro. Pode-se
concluir que, tanto a Agenda 21 como os Indicadores de Desenvolvimento
Sustentável do IBGE são importantes instrumentos para mensurar e quantificar o
progresso do desenvolvimento sustentável no Brasil, servindo de ferramenta para
ações públicas e privadas, auxiliando na tomada de decisão e ações implementação
estratégias políticas e ambientais.

Referencial Bibliográfico

GUIMARAES, Roberto Pereira; FEICHAS, Susana Arcangela Quacchia. Desafios na


construção de indicadores de sustentabilidade. Ambient. soc., Campinas, v. 12, n. 2,
p. 307-323, Dec. 2009 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1414-753X2009000200007&lng=en&nrm=iso Acesso em: 17
out. 2020.

MALHEIROS, Tadeu Fabricio; PHLIPPI JR., Arlindo; COUTINHO, Sonia Maria


Viggiani. Agenda 21 nacional e indicadores de desenvolvimento sustentável:
contexto brasileiro. Saude soc., São Paulo, v. 17, n. 1, p. 7-20, Mar. 2008 .
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12902008000100002&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 16 out. 2020.

ROMEIRO, Ademar Ribeiro. Desenvolvimento sustentável: uma perspectiva


econômico-ecológica. Estud. av., São Paulo, v. 26, n. 74, p. 65-92,   2012 .
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142012000100006&lng=en&nrm=iso . Acesso em: 16 out. 2020.

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