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^ /7 Q aioota ABRIL-1

Livre é a alma no seu destino —


Grande e nobre, ou pequenino;
A lei suprema, certo, é esta,
E contra ela, Deus não contesta.

Apenas mostra o reto caminho;


Prudente dá bênção, luz, carinho
Guia com zêlo, benevolência,
Mas nunca força a conciência.

E’ o homem — razão, liberdade.


Sem. isso, é iniqüidade,
Irracional, besta horrorosa
Do céu, inferno, vil asquerosa.
Ano l — N.° 4 Abril de 1948

“A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N.° 66, conforme Decreto N.° 4857, de 9-11-1939.

Assinatura Anual no Brasil . Cr? 20,00 D iretor: . . . Cláudio Martins dos Santos
Assinatura anual do Exterior Cr$ 40,00
R e d a to r:..................................... João Serra
Exemplar In d iv id u a l............... Cr$ 2,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a :
•“ A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil
* — -----------------------------

Í N D I C E

Editorial ............................................................* .............................. Joseph F. Smith 74


O Lado da Linha do Senhor ........................................... George A lbert Smith Capa

ARTIGOS ESPECIAIS
Linhagem Nobre ................................................................ .Johannes A. Alius 75
Prenuncio Promissor .............................................................. Elder Remo Roselli 77
A Palavra De Sabedoria ........................................... Elder M erril E. W orsley 78
Personalidade ............................................................................................ João Serra 80
Lembrança do Monte Cumorah ................................................................ 3.a Parte 81
A U X IL IA R E S
Escola Dominical
Só para esta vez .......................................................................... R.L. Evans 84
Verso Sacramental ............................................................................................. 84
Sociedade De Socorro
Prazer versus Felicidade ...........................(D o The Improvement E ra) 85
Primária
A Decisão de Rickey ............................................................Sylvia Próbst 88
SACERDÓCIO
O Sacerdócio Aaronico ............................................................ W arren J. Wilson 86
VÁRIOS
Evidencias e Reconciliações
LXVI Como se Pode Obter um Testemunho da
Veracidade do Evangelho? ........................................................J. A. W. 90
Abril em Revista Na História Da Igreja ................................................................ 92
Rumo dos Ramos ......................... ................................................................................. 96
Você Sabia Q u e ...? .................................................................................................... Capa
História do Cão que Falava ...................................................................................... Capa
EDITORIAL

A R essurreição
No Novo Testamento, a ressurreição do homem não é somente
tomada por uma garantia, mas tambem forma uma parte do sis­
tema doutrinai de Cristo.
São tantas as provas nas escrituras que testificam que Jesus
levantou dos mortos, e assim tornou-se um exem plo do que todos
temos que fazer, que nenhum crente poderia jamais duvidar desse
fato. O anjo testificou às mulheres no sepulcro — “ Ele não está
aqui, porque ressuscitou, como Ele disse’* (Mat. 2 8 :6 ). Ele mos­
trou-se a muitos em Jerusãlenfi, e em adição, manifestou-se aos
Nephitas neste continente onde profetas ensinaram % doutrina e
predisseram Sua ressurreição. Do L ivro de M ormon temos mui­
tos dos mais fortes testemunhos do fato de uma ressurreição com­
pleta, e esses fatos são confirm ados com seguridade por revelações
modernas ao Profeta José Smith.
Através do testemunho do N ovo Testamento, os ensinamentos
pessoais e exem plo de Jesus Cristo, Sua aparição entre Seüs dis­
cípulos antes de Sua assenção, e, neste continente, as declarações
escritas dos profetas no L ivro de Mormon e as revelações de Deus
ao Profeta José Smith testificam, em voz unida, o fato. da com ­
pleta ressurreição do corpo.
Guiado pelo Espirito do Senhor, pela fé em Deus, no testemu­
nho de Seus profetas e nas escrituras, Eu aceito a doutrina da
ressurreição com todo o meu coração e regosijo-m e com a natureza
que isso confirm a com o despertar de cada primavera.
O Espirito de Deus a mim testifica e a mim se revelou para
minha completa satisfação pessoal, que há vida depois da morte
o que o corpo que aqui deixemos, será reunido ao nosso espirito
para se tornar uma alma perfeita, capaz de receber alegria com ­
pleta na presença de Deus.

Presidente, Joseph F. Smith


Trad. por A. L. Vaz

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Linhagem Nobre
Por Johannes A. Alius

Eram quase cinco horas da tarde, e O Apostolo Richards, enquanto jo ­


a pequena vila de Carthage, Illinois, vem, teve a oportunidade de dispen-
Estava em reboliço. Homens, pinta­ der frequentemente muitas horas com
dos de escuro, uns 200 deles, rodea- seu avô. E um pouco antes do velho
vaxp a prisão do município gritando gentU-hcmem morrer, ele uma vez re­
pelo sangue do Profeta José Smith, latou ao jovem a historia da prisão de
porém sem saber porque! Carthage. E, mais importante, deixou
Finalmente, tiros rasgaram o ar, e com ele um testemunho que José era
no sobrado da prisão, Hyrum Smith realmente um profeta de Deus; que a
caiu lentamente sobre o assoalho e cal­ Igreja de Jesus Cristo dos Santos Dos
mamente disse: . .“ Sou um homem Últimos Dias era a Igreja de Deus no­
m orto.” Uma outra pessoa apareceu vamente restaurada na terra.
na janela da cela e uma bala lhe pe­ E esse testemunho tem sido uma das
netrou o corpo. E assim, em 27 de luzes guiadoras da vida do Apostolo
Junho de 1844, a mob tinha com ple­ Richards dos nossos dias.
tado seu trabalho: José Smith morreu Elder Richards nasceu na peque­
alguns minutos após ter sido atingido, na povoação de Mendon, Utah, no dia
exclamando, “ O’ Senhor, Meu Deus.” 18 de Junho de 1879. Seus pais não
Dois homens foram deixados vivos foram ricos, mas ele recebeu uma boa
na cela. Ambos eram, do conselho dos educação, e logo tornou-se um advoga­
Dcze Apóstolos. Um era John Taylor, do de primeira classe.
que estava gravemente ferido, o outro Mas, mais importante, para ele, do
era W illard Richards, que, pela graça que sua profissão, tem sido os traba­
de Deus, escapou sem um arranhão. lhos da igreja, nos quais ele tem sido
Assim que José entrara pelo cami­ muito' ativo. E assim, não foi surpre­
nho de Carthage, tres dias antes, para sa a ninguém quando, com somente 37
dar-se com o resgate pelo seu povo, o anos, ele recebeu uma chamada para
mesmo povo que num futuro não mui­ ser um dos Doze Apostolos da Igreja.
to distante havia de ser jogado de c i­ No espaço de tempo entre o fim de
dade em cidade, ele dissera para o seus estudos e a sua chamada, ele ca­
Apóstolo Richards ficar atrás. “ Eu sou-se e com mais nove crianças cons­
vou,” disse José, “ como uma ovelha tituiu sua família, das quais duas já
para o matadouro.” Ele não queria faleceram .
que nenhum outro sangue inocente Desde seu engajamento como um dos
fosse derramado. doze apostolos, Elder Richards tem es­
Mas Richards replicou: “ Eu irei tado viajando a varias partes do m un­
com voce, José. Eu quero somente que do, cumprindo seu dever com o está
a minha vida seja tomada e a sua pou­ delineado: Isto é: ser um testemunha
pada.” de que Deus vive; e esse seu Evange­
Dçssa linhagem, então, descende o lho está na terra.
Apostolo Richards — Apostolo Stephen Estas viagens, finalmente o trouxe­
L . Richards — dos dias presentes, ram ao Brasil no ultimo mes. Depois
cuja fotografia a Gaivota tem o p ri­ de passar pelas missões da Argentina
vilégio de apresentar na sua capa des­ e do Uruguai juntamente com sua es­
te mes. Ele é um neto de W illard posa, Sra. Irene M. Richards, chega­
Richards. ram em Santos no sexto dia do mes

— 75 —
de Março — o primeiro apostolo a vi­ pessoas compareceram. Nos outros
sitar a Missão Brasileira desde a sua ramos — principalmente em Joinville,
organização em 1935. — as conferencias tiveram grande su­
Embora não estando no melhor de cesso.
sua saude, apostolo Richards insistiu O Apostolo Richards e sua esposa
em ser escoltado pelo presidente da que já voltaram aos Estados Unidos,
missão Harold M. R ex a todos os Ra­ tendo ficado no Brasil 16 dias, gosta­
mos aonde fo i possível ir. E em cada ram deste país; disseram que, pelo
um dos ramos por ele visitado, o mes­ pensamento deles, o Brasil tem una
mo foi honrado com a presença de um grande futuro.
grande numero de pessoas, a despeito Ficaram especialmente impressiona­
do mau tem po reinante além da con­ dos com a mocidade, dizendo que com
siderável atenção dada pela imprensa os m oços e as moças de hoj.e, perm a­
a este advento. nece a possibilidade de um continuo
O teor de seus discursos na sua crescimento do Brasil.
tourné é tipico de um homem de amor, Se assistirem as Mutuos, as aulas
tal como ele o é, e, ao mesmo tempo de Lngles, e, especialmente as reuniõess
reflexivo das palavras dirigidas pelas da Igreja, disse Apostolo Richards, a
autoridades gerais da Igreja a todas mocidade pode crescer, espiritual e in­
as Nações: A necessidade do amor de telectualmente, e se a mocidade cres­
Deus e do homem, da fé, da humil­ cer nestas coisas, o país tambem cres­
dade e do arrependimento. cerá.
"D eus,” disse ele a uma centena de Do Brasil, mesmo, o Apostolo R i-
pessoas que assistiram à conferencia chards não viu muito. “ Nosso propo-
realizada em São Paulo num dia de sito em estar aqui,” disse ele, “ não é
condições climatericas adversas, “ será para passear — embora fosse bem in­
o nosso melhor amigo, se nos tornar­ teressante — mas saber qual é a m e­
mos Seu amigo. E isto o fazem os por lhor maneira em que o trabalho da
aceitar Seus ensinamentos e por che- igreja pode avançar neste grande pais;
garm o-nos a Ele por oração.” v er que melhoramento pode ser feito
Palavras dificeis? Não! Mas pala­ em espalhar as palavras de Deus e fa ­
vras dadas por um humilde homem zer conhecido Seu Evangelho ao povo
inspirado na mais urgente necessida­ do Brasil.”
de do d ia . . . Palavras que tocaram o E como mem bro doi Conselho dos
coração de todos os seus ouvintes, os Doze Apostolos, e do Comitê Missioná­
quais voltaram para seus lares com rio da igreja, ele relatoriará no seu
um profundo sentimento de alegria por regresso ao lar, algo que indubitavel­
terem ouvido um homem de Deus. mente trará grande impeto ao traba­
Uma das mais memoráveis reuniões lh o aqui
foi realizada em Campinas, aonde Quis deixar com todos os mem bros
quase 200 pessoas compareceram. Lá, e amigos da Missão Brasileira seus p a ­
Irmão e Irmã Richards testemunha­ rabéns, acrescentando que alem de ficar
ram o batismo de cinco pessoas nos impressionado com a mocidade, gostou
bancos do lindo rio Atibaia a poucos muito das lindas paisagens arquitetô­
quilometros de cidade. nicas, especialmente as do Rio de Ja­
Ainda no estado de São Paulo, em neiro.
Ribeirão Preto, uma inspirada reunião Mas suas impressões sobre o Brasil
foi realizada. Quatro missionários não foram maior do que a dos brasi­
tem estado trabalhando lá por alguns leiros que tiveram oportunidade de co ­
meses e sem a igreja ter um membro nhece-lo: Um verdadeiro homem de
siquer, mais do que sessenta e cinco Deus.

— 76 —
PRENUNCIO PROMISSOR •J&LiU

Nos momentos mais interessantes de Toda a humanidade depende enor­


nossa vida, mesclam-se os aconteci­ memente dessas simpaticas figuras de
mentos mais extranhos e os desejos de barbas brancas e calvas luzidas que
grandes realizações. Para se alcançar militam nos laboratorios, nas universi­
a realização dos maiores ideais é ne­ dades, nos hospitais e em muitas ocupa­
cessário despreendímento, força de ções. São essas figuras adoradas —
vontade e uma paciência inexgotavel. »s idosos e experimentados — que tra­
Todos os grandes cometimentos exi­ zem para muitos sofredores e desen­
gem sacrifícios e antes que os nossos ganados o consolo e alivio das suas
esforços sejam coroados de exito, inú­ descobertas, das suas curas milagrosas
meros e quasi intransponíveis serão os e dos seus ensinamentos bem alicer­
obstáculos a serem vencidos. Nos es- çados .
critorios comerciais, nas nossas vidas Contudo não é somente com essas
conjugais, na quietude e silencio dos venerandas personagens que nos en­
lares, e afinal, em todos os setores das contramos em debito. A mocidade es­
atividades humanas, se nos deparam tudiosa e entusiasmada da atualidade
precalços os mais diversos, que inúme­ tem emprestado o seu valioso concurso
ras vezes nos trazem desanimo e im ­ para a progagação de um grande ideal
paciência. Contam-se às centenas e e para a concretisaçãc’ de sonhos ou-
milhares 03 que não se atrevem a dar trora irrealizáveis. Um jovem brasi-
um passo para a frente temerosos de sileir» revolucionou o mundo com sua
que ele lhes traga fracasso. pasmosa descoberta pertinente à ener­
gia atômica. Seu nome figura atual­
E’i impossível termos sucesso na vida
mente entre os dos maiores fisicos exis­
se não procuramos nos esforçar. A fé
tentes. Um jovem membro de nossa
sem obras é morta, a estático signi­
Igreja nos Estados Unidos, ao esperar
fica estagnação e esta por sua vez tra-
navio que o levaria à Europa para
duz-se para deterioração. Tudo nesta
cumprir u ’a missão foi cientificado de
vida tem que ter inicio e se form os
que o governo Americano) lhe pagava
possuidores de fibra veremos nossas
cinco milhões de dólares p or uma sua
vidas atingir os planos mais elevados.
importantíssima invenção, importancia
Se titubearmos ante as vicissitudes já
essa que em moeda corrente nacional
podemos nos considerar irrem ediavel­
eqüivale à fantastica soma de cem m i­
mente perdidos. Quando os nossos
lhões de cruzeiros. Isso é mais do. que
passos para as grandes realizações fo ­
um testemunho de que a nova gera­
rem tolhidos pelas reviravoltas da vida,
ção faz com que a humanidade par­
e nossa marcha for interrompida, re^
tilhe do resultado dos seus esforços.
encetemo-la com redobrado animo pois
Rico com o está, seguiu êle sua viagem
isso talvez não passe de uma peque­
sem se importar com a imensa fortu­
nina prova da nossa fé e coragem .
na que o aguardava e hoje se encon­
Quão vitoriosa seria a humanidade, se
tra na Europa cumprindo sua gloriosa
os seus representantes, — nós os h o­
missão.
mens — pudéssemos repetir diaria­
mente o exem plo de abnegação e es- Aliás, não é sobre os ombros da mo­
toicismo que partiu de Job, o. grande cidade que pesa a enorme responsabi­
sofredor cuja vida é narrada na Bí­ lidade de proclam ar o Evangelho so-
blia. (Cont. na página 79)

— 77 —
A Palavra de Sabedoria
Todos nós somos filhos e filhas de são alguns dos conselhos de Deus, não
Deus, nosso Pai Celestial, com o foram do homem mas de Deus. Ele prom e­
Adão e Eva. Deus ncs ama e quer teu-nos e prom ete-nos agora as cousas
que todos possamos voltar à sua pre­ seguintes, da secção 89:
sença mais uma vez. E todos os Santos que se lembram
Por esta razão Ele tem nos dado de guardar e cumprir estes manda­
mandamentos e conselhos, pelos quais mentos, andando em obediencia aos
poderemos ganhar nossa exaltação. mesmos, receberão saude nos seus co­
Deus falcu a Adão, Noé, Moisés e a rações e tutano aos seus ossos; e acha­
todos os profetas antes de Moisés e rão Sabedoria e grandes tesouros de
após dele. As palavras de Deus são conhecim entos, m esm o tesouros desco­
eternas, e homens em todos os séculos nhecidos; e correrão e não ficarão fa ­
são beneficiados pelas mesmas. Nós tigados e andarão e não desmaiarão.
cremos, com o membros da Igreja de E Eu o Senhor dou-lhes uma promessa,
que o anjo destruidor passará como
Jesus Cristo, em tudo o que Deus tem
revelado, em tudo o que Ele revela aos filhos de Israel e não os matará.
agora e cremos que Ele ainda revela­ A m ém .”
Agora sobre que falou Deus, quan­
rá muitas grandes coisas pertencentes
do disse: “ O anjo destruidor passa­
ao Reino de Deus. Porque ciem os
rá . . . ” Nós bem sabemos que é só
com o Deus disse em Amos: “ Certa­
preciso olhar ao redor e veremos com o
m ente o Senhor Jehovah não fará cou-
a sua espada goteja com sangue. Este
sa alguma, sem revelar o seu segredo
A njo é o câncer, tuberculose, falha do
aos seus servos, os profetas.” E mais
coração, doença do fígado, cegueira,
uma vez em Provérbios capitulo 29:18,
loucura, artrite, doença do sangue,
“ Onde não há revelação, o povo fica
doença dos ossos e muitas outras mais.
sem freio; mas aquele que guarda a
Lem brem o-nos que somos filhos e
lei, esse é feliz.”
filhas de Deus. Quando Deus põs
No dia 21 de Fevereiro de 1833, José Adão e Eva aqui na terra disse-lhes:
Smith recebeu uma revelação, conhe­ “ Frutificai, m ultiplicai-vos, enchei a
cida com o “ A PAL A V R A DE SABE­ terra e sujeitai-a; dominai sobre os
DORIA.” Foi dada como aviso, por peixes do mar, sobre as aves e sabre
causa das consequencias dos males e todos os animais que se arrastam so­
desígnios, os quais existem e existi- bre a terra.” Deus deu-lhes também
rãci nos corações dos homens conspi- hervas e frutos pelo bem do h om em .
rantes nos últimos dias. Esta “ Pala­ Ainda o mundo permanece assim?
vra” diz que as bebidas fortes não são Quem é o mestre o bêbado ou a bebi­
para o estomago, mas sim para a la­ da? O fumante ou o cigarro? A pes­
vagem do corpo. O tabaco não é para soa que bebe café ou o café?
o corpo nem para o estomago, mas é Estas são pequeninas cousas talvez,
uma herva para contusões e todos os mas impedem-nos de entrar no Reino
gados doentes. Diz que grãos são para de Deus. Porque? Porque Deus está
o uso do homem, com o é a carne, mas nos experimentando. Se não podemos
a carne deve ser usada com prudên­ viver as leis da terra pêla escolha não
cia e só nos tempos de fome. Estes poderemos viver as leis dos céus.

— 78 —
Lembrem-se, temos o nosso livre ar­ tai-vos cedo, não comei demais, não
bítrio para escolher o bem ou o mal. bebei bebidas estimulantes, nem comei
Se escolhermos o bem, somos livres, demais carne, etc.
mas se escolhermos o mal ficaremos A cousa mais importante é conhecer­
*escravcs. Somos nós escravos do ta­ mos o bem e o mal. Se escutarmos a
baco, do álcool ou do café ou somos esta voz pequenina e silenciosa do> Es­
nós cumpridores das leis Divinas por pirito Santo então saberemos.
vivermos os seus mandamentos: “ D o­ Vamos tentar viver de acordo com
minai sobre toda a terra.” a vontade de Deus como' está sendo
Estes tres exemplos que eu dei, não revelada pelo Profeta George Albert
são toda a parte da “ PAL A V R A DA Smith. Isto eu peço a Deus o nosso
SABEDORIA.” “ Cremos em tudo o Pai, humildemente, em nome de Jesus
que Deus revela agora.” Prudência Cristo. Amém.
em todas as cousas é sabedoria. Dei­ por Elder Merril E. Worsley

Prenuncio Promissor
bre a Terra? Não são jovens de 20, conferencia publica atrair mais de 170
21 e 22 anos que aos milhares estão pessoas para ouvi-lo? Não foi desse
se espalhando por todas as partes do mesmo ramo que já sairam 3 missio­
mundo para levar a todos os seus re­ nários Brasileiros para a nossa missão?
cantos a gloriosa mensagem do Evan­ Não é tudo isso um prenuncio mais
gelho restabelecido? E alem desses do que promissor?
seus esforços titanicos, seja dito de Num culto Dominical foi apresenta­
passagem, não foram eles mesmos que do o projeto de construção da sua pri­
se voluntariaram, para, nesse exército meira capela. Ser-lhes-ia necessário
glorioso, levar com amor e carinho e que arranjassem 20 mil cruzeiros para
mensagem de paz ao mundo? os fundos iniciais da tão almejada igre­
Seria interessante contar sem maio­ ja. Sabem os queridos rmãos e ami­
res detalhes um fato que aconteceu no gos leitores que nessa mesma noite
Ramo de Campinas um dos baluartes entre as ofertas de uns e de outros foi
da Missão Brasileira. Não foram os imediatamente levantada a importan-
jovens desse ramo que nas comem ora­ cia de Cr$ 3.900,00? E que algo que
ções do Dia dos Pioneiros em 1945 le­ nos compungiu o coração foi o exem ­
varam para o Teatro M unicipal da ci­ plo de uma senhora da igreja que não
dade uma pequena multidão caulcula- podendo contribuir monetariamente,
da em 2 m il pessoas? E que nesse ofereceu 1 maravilhoso jogo de poltro­
grande palacio da arte, prenderam eles nas e sofá cujo valor sobe a mais de
a atenção de toda aquela enorme pla­ Cr$ 700,00?
téia com a representação de uma peça Sejamos sinceros irmãos e concorde­
em homenagem aos pioneiros e outros mos que isso tudo é um prenuncio pro­
números variados pelo espaço exato de missor e os alicerces de uma missão
quatro horas? fortíssima estão sendo construídos. E
Outras festas antecederam a essa esses alicerces não serão construídos
com grande brilho e diversas ainda se sobre a areia sujeitos a serem der­
seguiram com ruidoso sucesso. A fé rubados pelos vendavais e chuvas, mas
e as obras realizam milagres! Com a sim sobre uma rocha inexpugnável.
tão esperada vinda do apóstolo Richards
(Cont. na página 80)
não conseguiram os Campineiros èm
PERSONALIDADE
A grande diferença entre o homem tuem igualmente forças de atração,
e os animais irracionais, é a faculdade quando são sentimentos fortes. Quem .
do pensamento, sendo esta portanto, o busca acha e quem senha com as
fator predominante da personalidade. grandes coisas, encontra-as. Mas não
O homem é o que é o pensamento. basta sonhar, é preciso procurá-las ou
Pode-se comparar a mente a um ja r­ iniciá-las. Como realizar 05 desejos.
dim que é inteligentemente cultivado Todos conhecem a história do espe­
ou entregue à desordem. O agricul­ lho mágico. A pessoa que nele se
tor sabe que se plantar bôa semente, mirava, tornava-se conform e a ima­
colherá o bom fruto, mas se semear gem refletida, e esta era sempre de
a má semente, o resultado será máu. acôrdo com os seus desejos. Certo
O mesmo se pode dizer do pensamen­ dia, um homem, chegou-se ao espe­
to, que é a origem dos atos. Todo e lho e nele se mirou. Era um indiví­
qualquer áto tem como origem o pen­ duo vulgar, de posição humilde e re­
samento, produzindo o bom pensamen­ cebia minguado salário, um desses h o­
to, as belas ações e o máu pensamento mens que não têm confiança em si
e as ações más. Uma das maiores mesmos e sofrem de um com plexo de
descobertas da psicologia mcderna é inferioridade. Tinha plena consciência
esta: O homem é o senhor dos seus do seu estado, não obstante via, de
pensamentos, o form ador de seu ca- todos os lados, pessoas que vinham
rater e até mesmo o delineador de seu lhe suplicando auxílio e ele era um
destino. Os hábitos influenciam o ca- varão robusto. Era este exatamente,
rater, a personalidade e até mesmo' as o homem que ele queria ser se não
circunstancias da vida. A mente pode tivesse medo de manifestar o seu de­
ser comparada a um íman que magne- sejo. Qual o pensamento íntimo., tal
tize temporariamente o aço, o ferro e o homem. A jovem bela, ativa, que
outros metais, atraindo por exemplo, sonha com a elegância e a graça, não
uma agulha ou um alfinete, mas não poderá andar desairosamente Nem
um pedaço de papel. E p orq u e?. . . poderá o hcmem que medita na bra­
Porque o semelhante atrai o seme­ vura, agir como um covarde.
lhante, tanto no mundo fisico como no O segredo todo, será em sáber apli­
mental. O desejo e o temor consti- car a atenção, que é o fator por exce­
•■
lência. Ele realiza a obra; quero ser,
penso se r. . . . sê-lo-ei. Quando a von ­
Prenuncio Promissor tade está em luta ccm a imaginação,
sempre acaba vencendo a imaginação.
Tudo tem incio, e fortes seremos se
A vontade é governada e dirigida pela
conseguirmos levar de vencida os ini­
faculdade conciente, mas a imagina­
migos que se emboscam à nossa espe­
ção, pelo sub-conciente.
ra. Trabalhemos todos unidos, ho­
Este age com o material que lhe é
mens e mulheres, crianças e velhos e
fornecido pelo conciente, e nunca ques­
tenhamos sempre em nossos labios as
tiona. O sub-conciente recebe o m a­
palavras dos hinos mais significativos
terial (sugestões e pensamentos) que
que possuimos: Para levantar os nossos
lhe é transmitido pelo conciente e com
ânimos “ Mãos ao Trabalho” e para os
ele elabora de modo semelhante a um
momentos difíceis e tristes "Tudo Bem,
construtor que segue a linha e a cons­
Tudo Bem .”
trução da planta. Todos sabem que a
Pelo Elder Rem o Roselli (Cont. na página 83)

— 80 —
Lembrança do Monte Cumorah
(3.a Parte)

Fac-smile de Alguns dos Caracteres das Plantas do


LIVRO DE MORMON

O que segue é uma cópia dos caracteres tirados das placas das quais foi
traduzido o L ivro de M ormon; as mesmas foram submetidas ao Professor
Mitchel e mais tarde ao Professor Anthon de Nova York, por Martin Harris
em 1827.

O segundo grupo veio a este Conti­


QUE É O LIVRO DE M ORM ON ?
nente, 600 anos A .C ., conduzidos por
um profeta chamado Lehi, que fo i avi­
O Livro de Mormon é um docum en­
sado. pelo Senhor da eminente destrui­
to de Deus tratando ccm o povo da
ção de Jerusalem e levou sua familia
Antiga América, mais ou menos no
e um ou dois vizinhos eom .ele atra­
tempo da construção da Torre de Ba­
vez do deserto, viajando para o Sul
bel a 420 anos depois do nascimento
de Jerusalem, e finalmente embarcan­
de Cristo.
do para a América.
Ele fala de 3 separadas especies de O terceiro grupo deixou Jerusalem
povos que vieram do hemisfério pelo ano 588 A .C ., no tempo que o
oriental, atravez do oceano e se esta­ rei Zedekiah foi capturado pelo Rei
beleceram em várias partes da Am é­ da Babilônia e seus filhos foram as­
rica Central e do Sul. Um dos grupos sassinados em sua presença, menos um
que se transformou em grande e po­ de nome Múlek, este escapou com a
pulosa nação esíendeu-se tanto para o ajuda de amigos e e^ta ccmpanhia,
leste, mesmo até os Estados do Leste guiada pela mão de Deus tambem cru­
dos EE. Unidos. zou as grandes aguas para o hemis­
Um grupo, dirigido; por um homem fério ocidental, aportando em algum
chamado Jared e seu irmão, veio do lugar da parte norte, perto do que é
país da Babilônia, os quais foram es­ hoje a América Central.
palhados naquele tempo pela confu­ O Livro de Mormon trata principal­
são das linguas na época da destruição mente da história da Colonia de Lehi,
da Torre de Babel. Com a guia do a qual é geralmente referida como> a
Senhor fcram trazidos à parte nordes­ dos “ Nephitas” pois que era dirigida
te do hemisfério ocidental e ocuparam por Nephi, filho de Lehi, após a morte
grande parte da Am érica do Norte. deste ultimo.

— 81 —
Uma das partes mais interessantes Foi este ultimo sobrevivente e guar­
do Livro de Mormon é conhecida ccm o dião das placas que foi escolhido para
3 ° NEPHI. Nesta parte está a nar­ aparecer ao Profeta josé, para ensinar
ração da visita de Cristo, após sua o jovem , em consideração à vocação
ressurreição, aos habitantes deste con­ que lhe fizera o Senhor, preparou-o
tinente Americano. Assim preenchen­ para a tradução do livro e depois en­
do o misterioso relatorio que Ele fez tregou as placas, Urim e Thummim,
como está registrado em João 10:16 aos seus cuidados até que a tradução
“ Tenho tambem outras ovelhas que não chegasse à parte selada. Depois, com o
são deste aprisco; preciso conduzi-las guardião dos documentos o A n jo M o­
tambem, elas ouvirão minha voz, e ha­ roni novamente tomou posse das pla­
verá um só rebanho e um só pastor.” cas e interpretes, afim de que fossem
A vinda do Salvador, grandes des- protegidos até que chegasse o tempo
truições cairam sobre a terra, e os que para a tradução da parte selada. Na
eram máus fcram destruídos, porém, ultima placa da coleção de placas en­
os justos sob seus ensinamentos tor­ tregues à M oroni por seu pai, M ormon
naram-se um povo maravilhoso, por (de quem o livro leva o n om e), M o­
mais de 300 anos viveram sob sua lei, roni gravou um titulo explicativo, o
e transfomaram-se em uma opulenta, qual o Profeta José traduziu, e usou
civilizada e grande nação. Como sem­ com o titulo da pagina de frente do
pre acontece, sua opulência foi sua L ivro de M orm on. Como era usado
ruína, pois que gradualmente afasta­ em hebraico, este titulo, assim com o
vam -se dos ensinamentos que tão todo livro, lia-se da direita para a es­
grande os havia feito, tornaram-se, fi­ querda em vez da esquerda para di­
nalmente, máus e idólatras. Seus an­
reita, com o os nossos, o que mantêm
tigos inimigos, os Lamanitas, um ramo
sua origem israelita, e é outra evidên­
dos primeiros Nephitas, os quais, por cia da verdade da história do menino
sua desobediência tinham sido maldi­ José. '
tos com uma pele côr de cobre, agora
tornando-se fortes, atacaram seus (Cont. no próxim o núm ero).
prósperos vizinhos, enxotando-os de
suas casas e cidades até que uma guer­
ra contínua os fez deseparecer de ci­
vilização, porém, destruiu somente os
Personalidade
nephitas brancos, deixando apenas os causa produz o efeito e que não há
barbaros e incivilizados Lamanitas, efeito sem causa. O conciente forne­
cujos descendentes são os atuais iixlios ce a causa, o sub-conciente o. efeito.
americanos. Todos somos sujeitos a sugestão, sem
Os últimos sobreviventes dos Nephi­ exceção alguma, sendo a diferença em
tas foram Mormon e seu filho Moroni. questão de grau. Se todos me dizem
O primeiro sendo a guarda dos do­ que estou pálido e com aparência doen­
cumentos dos Nephitas, escondeu-os tia, começarei a ficar pálido, e doente,
no Monte Cumorah, menos o resumo mas se, ao contrário, dão-me parabéns
dos ànais, que deu aos cuidados do pela boa saúde que se traduz no meu
seu filho Moroni. Depois Moroni re­ rosto, a sugestão não deixará também
gistra a morte de seu pai e a extin­ de produzir efeito e começarei a sor­
ção do seu povo e fecha os documen­ rir saudavelmente. As gargalhadas
tos; possivelmente foi ele morto pelos dos outros fazem-nos rir, o chôro é
Lamanitas após haver escondido os comunicativo, como o é também o bo­
ultimas documentos no Monte Cumo­ cejo, o nojo, o enjoo e o enfado.. “ O
rah. conciente age, o sub-conciente reage.

— .82 — * . .
O conciente fala, o sub-conciente res­ salinho, não barbeado, os sapatos ro ­
ponde, o conciente é a causa, o su-ccn- tos e os bclsos atualhados como sa­
ciente o efeito. Muitas pessoas dissi­ cos, essa pessoa não poderá esperar
pam a sua energia em temores e que a respeitemos, porque, evidente­
preocupações, entregando-se assim, a mente, não parece respeitar-se a si
emoções improdutivas e prejudiciais. mesma. Quem não sé enfeita por si se
Pessoas há que não podem sentir-se engeita. A boa aparência é essencial
felizes se não têm algo que as preocupe. a quem deseja ter uma personalidade
A vida em comunidade exige distra­ agradavel. O asseio pessoal reflete-se
ções, compensações. Que influência no trabalho, nos pensamentos e em
terão os alimentos sobre a personali­ todos os átos. A pessoa cuidadosa ba-
dade? Influem mais do que o vestuário nhar-se-á diariamente, pois que o suor,
ou a beleza, pois afetam o tempera­ não obstante ser mais abundante no
mento, as emoções, a vitalidade intei­ calor, verifica-se em todas as estações
ra. Os melhores alimentos são. os me­ do ano. E’ muito desagradavel estar
nos temperados. Grande quantidade perto de alguem que transpira muito
de frutas e vegetais, tanto crús com o e não tem o hábito de banhar-se. Os
cozidos. O corpo é servo do pensa­ dentes devem ser escovados duas ou
mento. O corpo se tornará o que pen­ três vezes por dia, mormente de ma­
sarmos, porque tal o pensamento, tal nhã ao levantarmos. As unhas devem
o homem. ser limpas e tratadas. E’ um prazer
a convivência com pessoas em que
Como aumentar a popularidade tudo é harmonioso; corpo, rosto, cabe­
, p lo, mãos, unhas dentes, traje, voz, pos­
Somos julgados pelas nossas pala­ tura, maneiras. Há algumas pessoas
vras e pela maneira com o as proferi­ que tem dois procedimentos, aos quais
mos, muito mais do que pelos trajes podem chamá-los procedimentos casei­
ou beleza física. A fala revela o ca- ros e sociais, visto que quando, rece­
rater e a vida emocional, sendo esta bem visitas ou fazem visitas, não é a
uma razão pela qual deveríamos sem­ mesma que adotam no trato com a
pre ser sinceros. A verdade e a sin­ familia. Há senhoritas que andam
ceridade exaltam a personalidade. A vagarosas e descuidadas na presença
conversação deveria ser sempre entabo- de senhoras, mas diligentes e ativas
lada na base de dar e receber, nunca quando se encontram diante de ho­
se deveria, nem monopolisar a con­ mens. Elas têm também dois proce­
versação nem ficar calado quando é a dimentos: Um para com as pessoas de
nossa vez de falar. No falar ponha- seu sexo e outro para com as do sexo
se o coração no que se diz, pois que contrário — o que significa falta de
a simples palavra do coração é mil sinceridade.
vezes preferível às regras estudadas e Podemos cultivar os hábitos e disci­
afetadas. E ’ de bom tom não falar de pliná-los pelo dominio do. pensamento.
si mesmo, mais do que o estritamente Assim se governa o procedimento e se
necessário. Quem só pode interessar- constroi a personalidade.
se por si mesmo, deveria ficar em casa, Que é realmente, esse estranho enig­
pois que, na sociedade civilizada não ma a que chamamos personalidade?
têm lugar os egoístas e os incultos. E’ o conjunto de ações e reações ma­
nifestadas pelo indivíduo., no processo
Como dar uma boa impressão de adaptação da sua herança mental
ao ambiente social que o cerca.
Se alguem nos aparece com uma
roupa mal cuidada, os cabelos em de­ João Serra

— 83 —
É aqui, meus irmãos da Escola Do­ O VERSO S A C R A M E N TA L POR
minical, que se encontrará o Verso M A IO
Sacramental e outras informações per­ “ A juda-nos, ó Deus, trazer lembrado
O grande sacrifício redentor!
tencentes à Escola. Esta é sua coluna
Dádiva de Teu Filho muito amada,
— aguardem-rja bem! Príncipe da vida, Nosso Senhor.”

<•(*
Só para e s t a ve z ”
Por Richard L. Evans

Há uma frase bem conhecida e mui­ te vai, às vezes, de uma indulgência,


to perigcsa, pela qual algumas pessoas ou excesso, ao outro, sempre dizendo
persuadem a jogar fora seus princípios. — “ Só esta vez, Am anhã eu começa­
É a frase: “ SÓ P A R A E S TA VEZ” . rei a fhe pôr em dieta” . Amanhã,
“ Só para esta vez” tem um engôdo amanhã, am anhã!!!” '
como uma sirena. É o pai da frase, “Só esta vez” torna-se especialmente
“ Só mais uma v ez” . — E’ a voz dum serioso quando uma pessoa persuade
amigo falso, quem nos dirige da se- uma outra que um princípio é uma
guança "a uma posição falsa e insegu­ questão de frequência, em lugar de
ra, primeiramente, “ Só esta v ez” e, uma coisa clara de o que é direita ou
depois, “ Só mais uma vez” . errada. É verdade que uma pessoa
“ M a is uma vez” diz a gente “ não que faz o que não é direito é consi­
fará diferença” . “ Mais uma vez, e eu derado com mais clemencia do que o
vou deixar” . E, assim, nós podemos ofensor de muitas vezes. Mas, rou­
andar de um passo mau até o outro, bando “só esta v ez” e mentindo “ só
sempre pensando que é para a última esta v ez” ou qualquer outro ato de
vez. imoralidade bem longe — mas “ só mais
uma vez” é um passo mais fácil. E
Em algumas coisas sociais e pessoais,
assim, homens frequentemente forjam
muitos de nós vivemos assim: Nós
suas próprias cadeias de elo a elo. Se
poderíamos saber, por exemplo, que
uma coi a não é direita, não a toque!
estamos vivendo a nessa vida mais de­
Não faça “ Só esta v ez” o que nunca
pressa, mas não gostamos de recusar
deveria ser feito!
ao convite dum amigo. E assim, va­
mos de uma obrigação à outra, cada Trad. por Clarice Licetti
vez dizendo “sim” ao amigo, e “ só
para esta vez” a nós mesmos, e “ ama­ Jamais dês férias completas ao es­
nhã será m elhor” . pirito, afim de evitar seja preciso pôr
Mas o amanhã raramente é melhor. de novo a memória em movimento” .
Na questão de comer e apetite, a gen­ Do livro, "Conservai a Mocidade”

— 84 —

»
SOCIEDADE DE SOCORRO
voltorio? Certamente esperava en­
contrar de pronto a tão desejada Fe­
licidade, porém qual não é a sua de­
cepção quando descobre apenas uma
classe inferior de prazer, muitas vezes
nauseabundo.
A felicidade é ouro puro; o prazer
PRAZER vrs. FELICIDADE é um latão dourado que se corrce em
(D e “ The Improvement Era” ) nossas mãos e se converte em planta
venenosa.
O presente é uma época de buscar
A felicidade é um diamante ligitimo,
prazeres, e os homens perdem sua
quer bruto ou polido, brilha com bri­
compostura na louca carreira em bus­
lho proprio; o prazer é como uma pas­
ca das sensações que só prejudicam e
ta de imitação que brilha artificial­
desiludem.
mente.
O diabo está mais ocupado que nun­
ca, no decorrer da historia humana, A felicidade é um alimento verdadei­
em fabricar prazeres, velhos e novos; ro, nutritivo e saboroso; fortifica o
e oferece ao publico, com maneiras corpo e dá energia fisica, mental e es­
mais atrativas, com uma falsa etique­ piritual. O prazer é um estimulante
ta onde se lê: “ FELICIDADE” . enganador que com o a bebida alccoli-
Na arte de destruir almas não tem ca, faz crer que a criatura está bem
rival. Ele tem tido séculos 'de expe- forte, quando na realidade está debil.
riencia e pratica, e por isso com sua A felicidade não deixa mau sabor,
destreza controla os mercados. C o­ nem reação deprimente. Não traz re­
nhece bem o tino comercial e sabe bem morso nem arrependimento. O prazer
çomo chamar a atenção e despertar os varia constantemente deixando na sua
desejos de seus freguezes. passagem o arrependimento, contrição
Ele oferece a sua mercadoria em pa­ e sofrimento, e levado ao extremo, traz
cotes coloridos e brilhantes, atados degradação e destruição.
com fios prateados. As multidões Um momento de prazer profano pode
correm a estas liquidações, procurando, deixar um aguilhão, com o um espinho
salientar-se um dos outros na sua lou­ na carne, tornando-se uma fcinte cons­
cura de comprar maior quantidade. tante de angustia.
Sigamos a um desses compradores, Por ultimo, a felicidade provém das
no momento em que ele se afasta or­ profundezas de nossa alma e frequen­
gulhosamente com seu vistoso pacote, temente acompanhada de lagrimas.
e observemos quando o abre. O que Você nunca chegou a chorar de felici­
encontrará ele dentro do dourado en- dade- Eu j á . .

— 85 —
SACERDÓCIO
Há dois Sacerdocios mencionados “ Mais tarde o Senhor escolheu a tri-
nas escrituras, a saber, o de Melqui- bu de Levi para auxiliar Aarão nas
zedec e o A aronico ou Levitico. Con­ funções Sacerdotais, sendo os deveres
tudo o Sacerdocio de Melquizedec in- especiais dos Levitas guardar os ins­
clue o Sacerdocio Aaronico ou L evi­ trumentos e atender os serviços do ta-
tico, e é o principal. O Profeta José bernaculo. Os Levitas eram para to­
Smith uma vez disse que todo o Sa­ mar o lugar do primogênito de todas
cerdocio é de Melquizedec. Isso quer as tribus, o qual o Senhor requereu
dizer que o Sacerdocio de Melquizedec para seu serviço desde a ultima hor­
abraça todos os oficios e autoridades rível praga no Egito, quando o prim o­
do Sacerdocio. Isto se encontra m ui- gênito de todas as casas Egípcias fo ­
I to claro no livro das Doutrinas e Con­ ram mortos, enquanto o mais velho em
vênios, Sec. 107:5. todas as casas dos Israelitas fo i santi­
“ Todos os outros oficios e autorida­ ficado e salvo. A comissão assim
des da igreja são apêndices a este dada aos Levitas é chamada, as ve­
(i.e. M elquizedec) Sacerdocio.” zes, O Sacerdocio Levitico, não incluin­
Esse Sacerdocio autoritario é culcula- do os poderes sacerdotais mais altos.
do para auxiliar os homens em todos O Sacerdocio. Aaronico, como fo i res­
os esforços da vida, ambos os tem po­ taurado na terra nesta despensação,
rais e os espirituais. Por conseguinte, inclue a ordem Levitica.” (James E.
há divisões ou oficios do Sacerdocio, T a lm a g e ).
cada um encarregado com um dever O poder e autoridade do Sacerdocio
definido, apropriado a uma necessida­ menor ou Aaronico, é possuir as cha­
de humana especial. Porem, essas di­ ves do ministério dos Anjos, e admi­
visões não são separadas mas são par­ nistrar nas ordenanças temporais — as
tes coerentes. Os deveres e autorida­ regras do evangelho — o batismo de
de de cada uma combina e torna-se arrependimento pela remissão dos pe­
parte dos meios para prom over os pro­ cados, de acordo com os convênios e
pósitos de Deus no grande Plano. mandamentos. (D. & C. 107:20-21).
“ O Sacerdocio Aaronico chama-se Na parte espiritual: (1 ) Este Sacer­
segundo Aarão, que foi dado a M oi­ docio possue as chaves do ministério
sés com o sua boca, para agir sob sua dos anjos; isso é, o direito de possuir
direção em cumprir os propositos de esse poder e conferi-lo sobre outros;
Deus a respeito de Israel. Por esta (2 ) ele dá tambem a autoridade para
razão é chamado, as vezes, O Sacerdo­ pregar o arrependimento ao mundo, e
cio Menor; ainda que seja “ menor” batisar por imersão pela remissão dos
ele não é pequeno nem insignificante! pecados; (3 ) de fato, ele autoriza os
Enquanto Israel viajou no deserto, que possuem este poder a serem m i­
Aarão e seus filhos foram chamados nistros permanentes para o povo e
pela profecia e foram designados para cuidarem das necessidades do povo,
cumprir os deveres do oficio, do Sacer­ tânto as temporais com o as espirituais.
docio. Na parte temporal: (1 ) Cabe ao

— 86 —
Sacerdocio o dever de receber e de­ dos oficios mais altos do Sacer­
sembolsar os dizimos do povo sob a docio, enquanto assim auxiliando.
direção da presidencia da igreja; (2) Eles não tem autoridade particular
construir templos, casas de adoração, para fazer as ordenanças nem carregar
casas de instrução, e equipá-las, em ­ as responsabilidades diretamente; isto
belezá-las e adorná-las; (3) comprar vem depois. Ao fazer os deveres, os
terrenos e auxiliar os santos a coloni­ quais são autorizados, o Diacono deve
zá-los, ou em outras palavras, “ A ju ­ observar muito e mostrar boa vontade.
dar em construir os alicerces de Sion;” Um quórum de Diaconos inclue doze
(4) “ arranjar terrenos tidos com o he­ membros, dos quais tres formam a pre­
ranças dcs Santos;” (5 ) negociar pela sidencia. ( D . & C . 20:57; 84:30,111;
igreja; e (6) cuidar dos pobres, das 107:85).
viuvas e dos orfãos.
OS MESTRES
Os oficios do Sacerdocio Aaronico
são os seguintes: O dever dos Mestres é para zelar a
igreja sempre, e para estar consigo e
O Diacono, que é para zelar a igreja
reforçá-la.
e ser um ministro perma­
E ver que não haja iniqüidade na
nente da mesma.
igreja, nem dureza um com o outro,
O Mestre, que é para zelar a igreja nem mentira, difamações, nem calunia.
sempre, e para estar con- . E ver que a igreja se reune frequen­
sigo e reforçá-la- temente, e ver tambem que todos os
O Sacerdote, que é para “ pregar, ensi­ membros fazem seus deveres.
nar, expor, exortar, bati­ E o Mestre dirige as reuniões na au­
zar e administrar o sacra­ sência do Elder ou Sacerdote.
mento, e visitar todos os E estará auxiliando sempre, em to­
membros.” dos os seus deveres da igreja, pelos
Em pratica geral da igreja, o oficio Diaconos, se requer a ocasião.
do diacono é o primeiro a ser confe­ Mas nem os Mestres nem os Diaco­
rido sobre um homem ou moço quan­ nos têm autoridade para batisar, ad­
do ele aprende e compreende os de­ ministrar o Sacramento, ou impôr as
veres deste oficio, e tem provado ser mãos;
fiel e digno; mais tarde é ordenado Devem, \ porem, prevenir, expôr,
ao oficio de Mestre, e então ao de Sa­ exortar, e ensinar, e convidar todos a
cerdote. Assim, a ordem da igreja vir ao Cristo. (D. & C. 20:53-59).
fornece êxperiencia progressiva e de­ Os Mestres são oficiais locais, que
senvolvimento para aqueles que pos­ visitam os Santos ou membros, exor­
suem o Sacerdocio. Alem disso, des­ tando-os a cumprir os seus deveres.
de que todos os homens que são dig­ O oficio do Mestre é um dos oficios
nos podem possuir o Sacerdocio, os mais importantes no Sacerdocio, pois
beneficios do sistema são disponíveis a os Mestres são os vigilantes imedia­
todos, e a responsabilidade pelo bem tos da igreja. Em pratica, os Mestres
estar da igreja torna-se um interesse visitam as casas dos membros da igre­
comum. ja uma vez por mês, para consultar
sobre as condições e necessidades das
OS DIACONOS
íamilias e tambem para ensinar-lhes a
Os Diaconos são, primeiramente aju­ vontade de Deus.
dantes dos Mestres, Sacerdotes e os Os Mestres e os Diaconos podem ser
homens que possuem o Sacerdocio de chamados: (1 ) para distribuir o Sa­
M elquizedec. E ’ sua oportunidade cramento aos membros depois de ser
aprender os deveres e autoridade (Conti. na página 93)

— 87 —
P R I M Á R I A
A Decisão de Rickey
Por Sylvia Probst.

Logo no p rim eiro dia que R icky coisa, R icky desejava ser co m o ele.
Dean fo i à E scola “ L yn d en ” , ele sen ­ Porisso, ele guardou seu p u n h o n o
tiu que D an Y ates ia trazer in co n ­ bolso, e às ofen sas de D an Y ates, ele
veniências para ele. Dan estava lá sim plesm ente resp on d eu :
fóra , no p átio do Colégio, fa zen d o b o ­ “ Se você n ã o gosta da m in h a a p a ­
las de neve, nesta m an h ã de segun­ rência, en tão m e deixe sozin h o” ; e ele
d a -feira , e qu ando ele viu R ick y c h e ­ se apressou em voltar para d en tro d o
gar, deu um grito, “ E ntão, vejam c o lé g io .
quem está ch egando, m eninos, o n o ­ “ Espere um p o u co ” , alguem ch a m a ­
vo aluno que m u dou -se p ara a casa va, e ele olh ou para traz e viu um
do velh o W ilson. “ Que tal uma m a ­ m enino de pulôver verm elho, ch e g a n -
çã de in v e rn o?” E ele jog ou uma d o -se para ele. “ Ouvi o que D an d is­
bola de néve con gelada em Ricky, se a você, mas n ã o preste a te n çã o a
quando este n ã o prestou a te n ç ã o . . . ele. Ele é o cap an ga do sexto an o,
“ Diga, o que é que tem n o seu ros­ e isto porque seu pai é o h om em m ais
t o ? ” , disse ele com sarcasm o, quando rico da cidade, e ele ach a que pode
R icky vinha se aproxim an do, “ p a re ­ bater em todo m undo — “ Qual é o
ce que am açaram bolach as na sua c a ­ seu n o m e ?”
r a .. . bolachas, esta é b o a ” , e ele riu R icky sorria, ele ia gostar daque­
alto. le m enino. “ Bom , m eu verdadeiro
R icky sentiu a raiva subir dentro n om e é R ich ard M aurice D ean, m as
de si e com o p u nh o n o bolso, ele d e ­ todos m e ch am am de R ick y ” . “ Meu
sejava jo g a r-se em cim a d o outro, e nom e é T hom as B ronson ” , e o ou tro
d a r-lh e um bom soco n o n a r iz . . . mas sorriu, “ mas todos m e ch a m a m de
ele se conteve. Talvez seja porque T om m y” . Estou n o sexto ano, v ocê
ele se lem brou de que isso estava e r­ ta m b ém ?” R icky co n firm ou .
rado, ou talvez seja tam bém porque “ Estou m oran d o p ertinh o de você,
se lem brou daquele quadro acim a de naquela casa bran ca, grande. V enha
sua ca m a . Era um quadro que seu me visitar esta noite, e podem os dar
avô tin h a dado a ele, o quadro de um passeio nas colin as de Mill Creek.”
A brah ão L in coln . Ele lia tudo sobre T om m y foi para den tro do prédio
L in coln — tod o livro que ach ava a co m ele, e R ick y estava con ten te de
seu respeito — sobre sua honestidade, ter a ch a d o um am igo. D an Y ates, p o ­
sua bon dade, sua coragem e bravu ­ rém, p arecia determ in ado a ser seu
ra. E m ais do que qualquer outra in im igo. Na h ora d o alm oço ele e s-

— 88 —
tava esperando n a esquina d o co lé ­ santes a con tecim en tos d o dia. O
gio: ven cedor da corrida sem pre ganhava
“ B olach as” , ele gritou, “ C abeça V er­ um a bela fita verm elha e bran ca na
m elha, B ola ch a s!” qual estavam im prim idos seu n om e e
“ Porque você n ã o sóbe e dá um so­ o titulo de cam p eão de p atinação. A
co n ele?” sugeria T om m y. m aioria dos alunos con corria para o
“ É, porque é que ele n ão v e m ? ... prem io e an dava p raticando m uito
porque sou m aior do que ele, e ele tem po antes d o dia.
está com m ed o de m im . . . “ B ola­ R icky estava m uito entusiasm ado.
ch a s” . . . Dan c a ç o a v a . Ele gostava m uito de p atinar e em
Antes de R icky m esm o percebe-lo, casa em W illow Creek ele era o que
seu punho en con tra v a -se em baixo do m elhor patinava de sua classe. P or­
nariz de D an. Num segundo os dois tanto, ele, T om m y e mais alguns m e ­
m eninos estavam rolando pela neve. ninos. praticavam sempre que lhes
A luta não durou m uito porque a l­ era possível n o pequeno Lago de Mill
guém gritava que o diretor vin h a v in - Creek H ill.
io, m as os dois rapazes fora m em bora Alguns dias antes da corrida a p ro ­
com sangue n o nariz, cara verm elha fessora entrou na classe com um a v i­
e suas roupas cobertas de neve. so m uito especial. Ela dizia: já que
Ricky sentia m uita vergonha. Ele n ã o representam os coisa algum a n o
desejava n ão ter batido n o Dean, mas Natal, penso que seria m uito interes­
n ão aguentava ser ch a m a d o “ b o la ­ sante representarm os um a p eça n o
ch as” e “ ga to m ed roso” . Sua m ãi p róxim o m ês. Em fevereiro serão os
n ã o disse m uito quando ele tentou aniversários de dois dos nossos m a io­
explicar para ela. Ela n u n ca pu nia. res h om en s do país W ash in gton e L in ­
“ Ele n ã o se cansará de ch a m á -lo p or coln. Possuo um a pequena p eça sobre
estes n om es” , disse ela sim plesm ente; A braham Lincoln. Vou lê -la para v o ­
“ n ã o tenha m ed o de coisa algum a, cês e en tão poderem os decidir.
mas não seja ca p a n g a ” . R icky prestou m uita aten ção; D u­
Antes de voltar ao colégio, ele su­ rante a leitu ra da p rofessora ele es­
biu ao seu qu arto e olh ou o quadro tava se im agin and o n o papel de A bra­
de Lincoln acim a da cam a. “ Sinto h am L incoln, o m en in o d o ca m p o —
m uito” , disse ele em voz alta. “ Foi o vendedor n a lo ja — o advogad o —
um m au com eço para m eu prim eiro o len h ador — e o presidente liberta­
dia; tentarei n ão fa z e -lo de n o v o ” . E dor dos escravos. Ele desejava mais
ele tin h a a im pressão que o rosto n o d o que qualquer outra coisa repre­
quadro lhe sorria. sentar o papel de L in coln .
Durante os dias que seguiram , R i­ Q u an do a professora term inou, p er­
cky evitava Dan, m as o m en in o m aior gu ntou qual seria o m en in o que a
continuava ch a m a -lo “ b ola ch a s” e classe ach a va m ais apto para rep re­
tentava de tôdas as m aneiras p ossí­ sentar um bom L incoln. V ários n o ­
veis tornar as coisas desagradaveis mes fora m m encionados. A lguem d i­
para ele. zia R icky D ean e um alto riso fo i ou ­
Mas todos os alunos estavam am i- vido n os fu n d os da sala. Era Dan
gaveis e R ick y n ã o levára m u ito te m ­ Yates. "B o la ch a s” , resm ungava ele, é
po para saber a respeito d o m aior pequ eno dem ais. Ele n ã o servirá. O
acon tecim ento do a n o que ia realizar- rosto de R icky ardia e a professora
se brevem ente. m an dou que D an ficasse depois da
T odos os anos a 5.a e a 6.a série da aula. “ Não escolherem os ninguém
Escola Lynden faziam um a festa de in ­ h o je disse ela. Que vocês acham si es­
verno n o L ago M adsen. A corrida de perarm os até a sem ana vindoura, p o -
p atin ação era um dos m ais in teres­ (Cont. na página 94)
— 89 —
Evidências e Reconciliações Por Elder João A. Widtsoe

L X V I: Como se Pode Obter um Tes­ quentemente ele requer uma luta com
temunho da Veracidade do opiniões anteriores, tradições, apetites,
Evangelho? e uma longa provação do evangelho
por todos os fatos e padrões disponí­
Membros da igreja, frequentemente veis. “ A fé é um dom de Deus,” mas
“ prestam testemunhos,” uns aos ou­ a fé tem que ser usada para ser util
tros. Eles declaram saberem que o ao homem. O Senhor deixa cair a
evangelho restaurado é o verdadeiro; e chuva sobre os justos e cs injustos,
falam da alegria que se encontra na mas somente aquele que tem seu cam­
possessão do mesmo. po bem arado recebe o beneficio da
Tais testemunhos são. declarações de humidade do ceu.
certeza e crença. Esses implicam que Exatamente, o que deve uma pessoa
os poderes e experiencias unidos; do fazer na sua busca para um testemu­
homem ou da mulher confirm am a v e ­ nho?
racidade do evangelho. A duvida de­ 1.°) Tem que haver úm desejo pela
saparece. A fé torna-se o poder go­
verdade. Esse é o começo de todo o
vernante .
progresso humano. O desejo para sa­
Um testemunho consiste de fé em ber a veracidade do evangelho deve
Deus com o o Pai dos espirites dos ho­ ser insistente, constante, esmagador,
mens; então num plano divino de Sal­ ardente! Deve ser uma força im pe-
vação para todos os homens; com Je­ lente. Uma atitude como: “ deixe fi­
sus, O Cristo, à cabeça; e enfim na car com o está, para ver com o fica ”
restauração do evangelho ou o plano e não serve. Do contrario, o procurador
autoridade do Sacerdocio através à não pagârá o preço requerido pelo tes­
instrumentalidade do Profeta José temunho.
Smith.
Um testemunho vem para aqueles
O instruido e o analfabeto, o jovem que desejam-no. Saul, como inimigo
e o veterano-, o elevado e o humilde de Cristo, era sincero nas suas perse­
podem prestar tal testemunho do mes­ guições. Quando seu desejo pela ver­
m o m odo. Cada um aprende a ver­ dade desenvolveu, então o Senhor pou-
dade através de seus proprios poderes. de trazer-lhe à convicção, do seu e r r o .
Pode vir a cada pessoa a convicção
O Desejo deve preceder tudo para
de que a verdade é a substancia do
ganhar um testemunho.
evangelho e as suas pretensões. O ho­
mem, rico em instrução* e experiencia, 2.°) O procurador de um testemu­
talvez possa arranjar mais evidencias nho tem que reconhecer seus proprios
pela sua crença do que um jovem ado­ limites. Há verdades fora do univer­
lescente; porem, desde que os dois te­ so material. Verdadeiramente, um tes­
nham provado o evangelho com os temunho, pode-se dizer, começa com a
meios à seu comando, e acharem-no aceitação de Deus, que transcende
sem uma falta, eles podem exigir res­ tanto com o abrange as cousas mate­
peito por seus testemunhos individuais. riais. O procurador de um testemu­
A convicção da veracidade do evan­ nho sente a necessidade de um aux-
gelho, um testemunho, tem que ser lio alem dos seus proprios poderes,
procurado se quizer ser achado. Ele Como o astrônomo usa o telescopio
não vem com o orvalho do ceu. Fre­ para aumentar sua visão natural. O
! '
— 90 —
procurador de um testemunho suplica ser provado em pratica. O evangelho
ao Senhor por auxilio. Tal oração tem que ser usado na vida. Essa é a
deve ser tão insistente e constante ultima prova para ganhar um teste­
com o o desejo. Eles devem continuar munho.
juntos com o a palma e as costas da A aceitação teórica da lei do dizimo
mão. Então o auxilio virá. Muitos não tem significação na vida. Somen­
homens tem se extraviado do caminho te quando se obedece a lei se pode
porque seus desejo não tem sido acom ­ julgá-la. A Palavra de Sabedoria pode
panhado com a oração. ser discutida a faver ou contra mas a
A oração tem que acompanhar o de­ obediencia dela revelará o seu valor
sejo na busca de um testemunho. verdadeiro. A unica maneira de pro­
3.°) Tem que se esforçar para var o valor de assistência às reuniões
aprender o evangelho, entende-lo, e é assisti-las. Uma pessoa tem que
compreender a conexão .dos seus “ viver o evangelho” para aprender a
principios. O evangelho deve ser es­ sua veracidade.
tudado, do contrario não se pode, in­ Certamente, a experiencia dos ou- ,
teligentemente, pôr à prova a sua ve­ tros que obedeceram constantemente os
racidade. Esse estudo tem que ser requerimentos do evangelho tem valor
profundo e contínuo, pois o conteúdo ao procurador de um testemunho. Os
do evangelho é ilimitado.
filhos agem inteligentemente quando
E’ um paradoxo que os homens d e­ aproveitam as experiencias dos pais.
votam alegremente muitas heras todos Os principiantes agem bem em confiar
os dias por muitos anos para aprender naqueles que tem muita experiencia
uma ciência ou uma arte, mas ainda
em viver o evangelho. Mas, o tempo
esperam ganhar um conhecimento do
vem quando todas as pessoas terão de
evangelho, o qual inclue todas as ciên­
sentir por si mesmo, na sua vida diá­
cias e artes, por dar olhadinhas per-
ria, o valor do evangelho. Um teste­
funtórias nos livros sagrados ou por
escutar um sermão de vez em quando. munho suficiente virá apenas àqueles
O evangelho deveria ser estudado mais que “ remam o seu proprio barco!”
intensamente do que qualquer curso Há aqueles que presumem julgar o
da escola ou universidade. Aqueles evangelho e os testemunhos dos mem­
que formam uma opinião sobre o evan­ bros da igreja por motivos puramente
gelho sem lhe ter dado estudo cuida­ teóricos. Eles não tem um desejo fo r­
doso e intimo não são amantes da ver­ te para a verdade, não oraram nem
dade, e suas opiniões são sem impor- estudaram suficientemente o sistema
tancia. da igreja, pouco ou nada eles prati­
Tão importante é o evangelho, o guia cam cs preceitos do evangelho. Tais
da conduta humana, que seria bom juizes talvez mereçam mais a pieda­
para todes os amantes da vardade de do que o ridículo. Os Seus méto­
marcar diariamente quinze ou trinta dos ficam sem honra no salão da ver­
minutos para, o estudo do evangelho. dade.
tal estudo regular produzirá, dentro de Um testemunho da veracidade do
poucos anos, um conhecimento profun­ evangelho vem, então pelo: (1.°) de­
do dos principios do evangelho. sejo, (2.°) cração, (3.°) estudo, e (4.°)
Para obter um testemunho, então, o prática.
estudo deve acompanhar o desejo e a Esta é realmente a forma dada por
oração. M oroni, o Profeta Nephita:
4 .° ) O evangelho deve ser entre­
laçado no arcabouço da vida. Ele deve (Cont. na página 96)

— 91 —
ABRIL EM REVISTA
NA HISTORIA DA IGREJA
Durante o mês de Abril de 1828, "Uma proclamação a todos cs Reis
Martin Harris voltou da cidade de do mundo, e ao Presidente dos Esta­
Nova York, onde encontrara o Doutor, dos Unidos” foi publicada pelos doze
Professor Charles Anton, e começou a Apostolos, em 6 de A bril de 1845.
escrever para José Smith, o qual con­ Garden Grove, uma das povcações
tinuou a traduzir das placas até 14 de temporarias na viagem para o oeste
Junho. foi estabelecida em 24 de A bril de
Oliver Cowdry foi apresentado a 1846.
José Smith pela primeira vez no Do­ O Apotsolo Heber C. Kim ball m u­
mingo, dia 5 de Abril de 1829. Oli­ dou-se 7 kilometros de WinteT Quar-
ver com eçou com o escriba do profeta ters, em 5 de A bril de 1947. A lí ele
na terça-feira seguinte. Mais tarde form ou o núcleo, o qual a companhia
foi chamado pela revelação para ser dos pioneiros podiam se colocar.
o escriba do Profeta. O Presidente Brigham Young e os
A Seção vinte do livro das Doutri­ outros partiram de Winter Quarters,
nas e Convênios, sobre o Sacerdocio e em 14 de Abril. Juntaram-se com o
o governo da igreja, foi recebida em acampamento pioneiro perto do Rio
Abril de 1830. Elkhorn.
A igreja foi organizada com seis No dia 16 de Abril a companhia
pessoas no dia 6 de A bril de 1830. Pioneira foi organizada. Form ou-se
O primeiro discurso publico sobre o de 143 homens, tres mulheres, e dois
evangelho restaurado foi dado por Oli­ m eninos.
ver Cowdry, dcmingo, dia 11 de Abril Os povoadores do vale do Lago Sal­
de 1830. gado construíram um fortim perto do
Brigham Young foi batizado no dia Sitio atual da cidade de P rovo duran­
14 de Abril de 1832, na cidade de Men- te o mes de A bril de 1849.
don, estado de Nova York, por Eleazer A Primeira Epístola para a igreja
M iller. foi publicada pela primeira presiden-
A Seção oitenta e tres do livro das cia, em 9 de Abril de 1849.
Doutrinas e Convênios, concernente A vigessima primeira coníerencia
acs direitos das mulheres e das crian­ anual geral da igreja começou no dia
ças foi recebida no dia 30 de Abril 6 de Abril de 1851, mas foi transferi­
de 1832. - da para o dia 7 por causa da chuva.
A visão do Salvador apareceu a Na coníerencia os Santos votaram pela
José Smith e Oliver Cowdry, no dia construção dum templo e acéitaram
3 de Abril de 1836, no Templo de K ir- um ncvo Bispo presidindo, Edwardo
tland. Esta visão foi seguida por vi­ Hunter. A população de Utab naque­
sitas de Moisés, Elias, e Elijah, para le tempo era cerca de trinta m il.
conferir as chaves do Sacerdocio. O velho tabernáculo na praça do
(D&C 110). templo foi dedicado ao trabalho do
As Pedras do angulo do Templo de Senhor em 6 de Abril de 1852.
Nauvoo foram postas no dia 6 de Abril As pedras do angulo do Templo de
de 1841. Salt Lake foram postas no dia 6 de
Na Coníerencia de 6 de Abril de A bril de 1853. O edificio foi dedica­
1844, o Profeta declarou que toda a do quarenta anos mais tarde.
America do Norte e do Sul é Sion. O Governador A lfred Cumxning e o

— 92 —
Coronel Thomas L . Kane partiram OS SACERDOTES
de Fort Scott, estado de W yoming, em
viagem para a cidade do Lago Salgado Os deveres dos Sacerdotes são pre­
em 5 de A bril de 1858. Em 19 de gar, ensinar, expôr, exortar, e batisar,
Abril ç. Governador viu por si mesmo e administrar o Sacramento.
que os registros do tribunal não fo ­ E visitar as casas de todos os mem­
ram destruídos, com o foi acusado.
bros, e os exortar a orar em voz alta
O primeiro P ony Express (Expresso e em segredo a atender os deveres da
de Pônei) do oeste chegou em Salt familía.
Lake City (Cidade do Lago Salgado)
E podem tambem ordenar outros Sa­
dia 7 de A bril de 1860. O primeiro
cerdotes, Mestres e Diaconos.
Pony Express do leste chegou em 9
de A bril. E dirigirá as reuniões quando não
houver um Elder Presente.
Uma conferencia especial realizada
na cidade do Lago Salgado em 10 de Mas quando houver um Elder pre­
Abril de 1865 votou pela construção sente, o Sacerdote, está somente para
de uma linha telegráfica pelas povoa- pregar, ensinar, expôr, exortar, e ba­
ções de Utah. tisar.
A galeria do tabernáculo de Salt Lake O oficio do. Sacerdote é o mais alto
foi acabada em A bril de 1870. no Sacerdocio Aaronico. Ele difere
O terreno para o Templo na cidade dos do Diacono e Mestre particular­
de Manti foi dedicado pelo Presidente mente por possuir a autoridade para
Brigham Young, dia 25 de A bril de batizar, e para administrar o Sacra­
1877. A s pedras do angulo foram mento, e tambem em ordenar outros
postas em 14 de A bril de 1879. Sacerdotes, Mestres e Diaconos.
A primeira reunião publica na ‘ Ca­ Quarenta e oito Sacerdotes form am
pela da Assembleia (Assem bly Hall) um quórum. Diferente da organização
da praça do templo foi realizada no dos Mestres e dos Diaconos, o presi­
dia 4 de A bril de 1880. dente não é um dos quarenta e oito,
mas é um Sacerdote que possue o o fi­
cio de bispo.
(Continuação do SACERDOCIO) Warren J. Wilson
abençoado pelos Sacerdotes, ou aque­
les de autoridade maior no Sacerdocio;
(2) para serem porteiros, quando de­
P E N S A M E N T O S
signados; (3) para recolher as ofertas
de jejum ; (4) para ajudar na coleção
“ Q uando com preen derá você, que é
de dinheiro; (5) para visitar os mem­
m uito m ais im portan te o que se leva
bros do quórum; (6 ) para limpar e
arrumar o salão e o terreno da igre­ den tro da ca b eça do que se co lo ca em
cim a d e la ? ”
ja; (7) para ser um mensageiro para
o bispo; (8) para falar nas reuniões
Sacramentais; e (9) para ser oficiais “ Não podem os evitar que os p ás­
ou professores nas organizações auxi­ saros de am argura voem sobre a n o s­
liar es. sa cabeça, m as podem os evitar que
Vinte e quatro Mestres formam um eles fa ça m n in h o em nossos cabelos” .
quórum, com tres desses com o a pre­
sidência do quórum, tambeVn ha um “ A tristeza pode durar uma noite;
secretario do quórum. mas a alegria vem pela m an h ã” .

— 93 —
de ser que nesta ocasião possam os m esm a m aneira com que você tratou
decidir a respeito do m en in o que Ricky. A lém disso não tem os tem po.
m áis m erecer o papel. Não querem os perder a corrida. V e­
O m uito esperado dia da corrid a no nha Ricky. “ Espere, gritou R icky, n ã o
gelo ch egou enfim . Era um sábado podem os d eix á -lo aqui; está m uito
perfeito, cla ro e frio. O gelo n o L a­ frio. Ele fica rá gela d o” .
go M adsen estava bem com o devia. “ Bem, en tão deixem os o tren ó e eie
A classe tin h a em pregado o sr. W il­ poderá voltar o m elh or p o ssív e l.
son para con d u zi-la no ônibus da es­ T om m y tirou o relógio do bolso e dis­
cola e eles ia m partir da fa rm á cia a se: tem os que andar, fa lta m apenas
1 h ora em pon to. As doze e quarenta 7 m inutos para um a hora. M ais sete
R icky parou em fren te da casa de m inutos e o ônibus ia partir para o
T om m y. Seus patins estavam p e n ­ Lago e era m ais de uma m ilh a até a
durados sobre seus h om bros e ele es­ casa de Dan. R icky sabia que n ão p o ­
tava p u ch a n d o seu tren ó com um a dia con duzir D an para casa e ain d a
grande ca ix a em cim a. É a roupa la ­ ch egar em tem po para tom ar o ô n i­
vada da velh a sra. Claipon, ele e x p li­ bus na farm acia. Bem, ele deixaria
cou para T om m y. m esm o o tren ó. Dan Y ates devia f i ­
M inha m ãe estava fazen d o isto, e n ­ car con ten te em ser a ju d a d o desta
q u anto aquela senhora esteve d o e n ­ m aneira, depois de ter agido daquele
te e pediu para que eu entregasse; m od o.
pensei que pudessem os passar n a C o­ Vam os, T om m y lem brou, e eles
lina de Mill Creek, d an do bem para partiram . R icky andou alguns p as­
ch egarm os a tem po para a corrid a . sos e depois parou. Ele lem brou-se
Os m eninos entregaram a roupa. E do quadro acim a de sua cam a e im a ­
d o alto da colin a R icky d eitou -se n o ginou v e -lo olh a n d o para ele um
tren ó e T om m y após dar um p equ e­ p ou co triste. Ele virou e viu D an Y a ­
n o im pulso pulou em cim a tam bem . tes ten tar sentar no trenó. L in coln
O tren ó desceu a colina feito uma fle - n ã o teria deixado Dan sozin h o co m o
xa, o ar corta va -lh es o rosto. Eles eles deixaram . Uma vez ele até estra ­
estavam quasi ch egan d o lá em baixo gou suas roupas para a ju d a r um p o ­
qu ando pelo ar ou viu -se um grito. bre p o rco sair da lam a. R icky sabia
Os m eninos dirigiram -se para uma que L incoln teria ficad o. Mas que seria
pequena p oça gelada n o sul da colina. da corrida se ele ficasse para a ju d a r
Alguem estava sen tado n o gelo e f a ­ D an ? Ele perderia sua ch a n ce para
zendo sinais para eles. Eles se ap res­ gan har a fita. Algum a coisa den tro
saram p ara ch egar no lugar e ao se de si p arecia dizer “ ele é seu in im i­
aproxim arem puderam ver que era go, n ão seja bobo, vai a n d a n d o” , m as
D an Yates. O que acon teceu ? — a m ­ outra voz dizia: “ Si você fic a r você
bos pergu ntaram ao m esm o te m p o . m ostrará ao seu in im igo que é cap az
O m en in o m aior baixou a cabeça de perdoar o m a l. V ocê fa rá o que
qu an d o viu que eram os dois. “ E sta­ L in coln teria fe ito ” . Era com o se
va m e esquentando um p ou co antes den tro dele houvesse uma luta, m as
da corrid a e p ã o sei com o eu caí. P en ­ de repente ele endireitou os om bros
so que torci m eu tornozelo, em tod o e disse resolutam ente. “ Vai a n d a n ­
ca so está in ch an do e n ã o posso a n ­ do T om m y, eu vou voltar e a ju d a r a
d a r.” N ão sabia quem vocês eram, D an ” .
m as agora penso que vocês n ã o têm T om m y dizia que ele era m aluco,
gran de interesse em a ju d a r-m e a ir discutia e insistia, m as finalm en te fo i
para ca sa . sozinho. Dan viu R icky parado, e m al
“ Não, n ã o tem os m esm o,” T om m y h u m orad o disse: vai andando, eu n ã o
disse rapidam en te, n ã o depois da m ereço sua a ju d a . Mas R icky ficou .
— 94 —
Ele esperoti até que T om m y d esapa­ peito e m e pediu para con tar a vocês,
recesse da vista, depois voltou e aju dou a fim de saberem porque foi que R i­
D an para cim a d o trenó. Nenhum cky fa ltou à festa.
dos m eninos dizia coisa alguma. R i­ A professora n ã o disse m ais nada,
cky pensava sobre a corrida e ele p o ­ m as alguns dos m eninos falaram p a ­
deria ter ga n h o; p arecia ouvir um a ra R icky depois da aula. “ Puxa, R i­
baixa voz d en tro de si, d izen do: Seu cky, você fo i form idável em ter feito
bobo, e ele sentia von tad e de chorar, isto por Dan, depois dele ter-lh e tr a ­
mas não ch orou , som ente as crianças tad o daquela m an eira” . E um ou tro
ch oram e ele n ã o era um a cria n ça . disse: “ Não penso que m esm o o m e­
Ah, si existisse algum a m aneira de lh or am igo de Dan tivesse perdido a
ch egar ao Lago, mas con tin u ava a corrid a para a ju d á -lo ” .
pu char o trenó em silên cio. “ Esqueçam disso” , disse Ricky. Mas
De repente Dan ch a m o u -o pelo ele m esm o não podia esqu ece-lo. Ele
n om e. Ele parou e virou -se para viu a fita, H ow ard W ade g a n h o u -a ;
traz; Dan n ão olh ava para ele. “ T ra ­ e ele tinh a corrid o com W ade m ais
tei-te mal, Dan falou com voz baixa. de um a vez, e b a te u -o . Mas, assim
Não sei porque você fo i tão bom para m esm o, fo i deveras gentileza de Dan
mim, a p on to de perder a corrida para ter con ta d o tudo à professora.
a ju d a r-m e; poderia você esquecer P ou co antes das aulas acabarem , a
com o te tratei e fazer as pazes? Ele segunda coisa inesperada acontecera.
estendeu sua m ão e R ick y to m o u -a . A professora disse: “ Faz h o je uma se­
Ele sen tiu -se m u ito m elh or a g ora . m ana que li para vocês aquela peça
E m bora tendo perdido a festa n o L a­ que iam os representar. V ocês le m ­
go M adsen, Dan Y ates torn ou -se seu b ram -se que decidim os esperar algum
a m ig o . tem po para votar na pessoa que a ch a s-
Nesta tarde T om m y veio à sua casa sem os m ais apta para o papel. Quem,
è con tou -lh e tudo a respeito da fe s­ a ch a m vocês, deve ser ela?
ta. Howard W ade tinh a sido o v e n ­ R icky ouvia alguem dizer seu nom e.
cedor da fita, e R icky sabia que p a ti­ Ele sentiu um a sensação den tro de si.
nava bem, senão m elhor d o que H o­ Dois n om es fora m m encionados, e e n ­
ward. Ele a ch ou que assim m esm o tão a- classe votava. Ele ouviu a p r o ­
tinha sido m uito bobo em ter fica d o fessora ch a m á -lo pelo nom e, e os a lu ­
e aju dad o D an. nos a se lev a n ta re m . . . n ã o som ente
Mas na segu n d a -feira de m anhã, um ou dois, m as quasi todos.
coisas bem inesperadas acon teceram “ P arece que R icky é o ta l” , disse a
na escola. L ogo depois dos prim eiros professora. E todos os alunos b a te ­
exercícios, a professora disse que t i­ ram palm as. R icky n ã o sabia o que
n ha algo a con ta r para a classe: — d izer; ele sentia von tad e de rir, c h o ­
“ Sábado passado, todos dem os pela rar, ca n ta r ou qualquer cousa. Ele
falta de dois m eninos da nossa cla s­ n u n ca tin h a sido tão feliz durante
se lá no la g o. Um desses m eninos tod a sua vida. Ele tin h a son h ado
torceu o torn ozelo ju stam ente quando que havia de representar esse papel...
o ônibus ia partir. Ele estava caído, e a g o r a ... agora a classe votára nele.
sçm n inguém para a ju d á -lo a ir para A fita n ã o im p o rta v a . . . n ad a im p or­
cg,sa. O ou tro m enino, o qual é m u i­ tava, senão isto, que ele ia ser L in ­
to bom p atin ad or perdeu a sua ch a n ce coln na p eça . Ele olhou para a p ro­
de con correr à prova para a ju d a r o fessora, e ela sorriu para ele.
outro a ir para casa. V ocês todos sa ­ “ Farei o m elhor possivel” , disse ele,
bem de quem estou fa la n d o . . . D an b a ixin h o.
Y ates e R icky Dean. A ’ n oite passa­
Trad. por Léa Albuquerque
da, D an m e con tou tu d o a este res­
— 95 —
Joinville ças emprestam suas vozes e diverti­
ram -se a procurar ovos e a com er os
Os recentes acontecimentos do ramo deliciosos doces fornecidos pelas Se­
de Joinville dão a impressão que a nhoras do Ramo. A prim eira está
Igreja vai sendo reconhecida cada vez sendo bem dirigida por Elder Strin-
mais. Os Elders Turner e T yler con­ gham. Estamos orgulhosos dos quase
cederam uma entrevista ao diretor e 60 alunos que comparecem regular­
ao redator de “ A Noticia,” o maior mente às aulas de inglês, muitos dos
jornal do. estado de Santa Catarina. quais nas terças-feiras ficam para a
Essa noticia foi publicada naquele Jor­ Mútuo e nas sextas-feiras para o C oro.
nal com grande destaque contendo m-
teresssantes dados sobre a conferencia
do distrito e a visita do A postolo R i­ Campinas
chards. A Radio de Joinville anun­
ciou por varios dias a realização da Acha-se enriquecido o lar do S r.
conferencia convidando todos os que José Prestello e sua Exma. esposa D .
quizessem assistir. Cento e vinte sete Rosa Gargaro Prestello com o nasci­
pessoas form aram a maior assistência mento no dia 6 de A bril de um lindo
que a igreja de Joinville já teve des­ pim polho que receberá o nom e de
de a guerra. Muitas pessoas perma­ Claudinei. De parabéns portanto o
neceram em pé por falta de lugares. feliz casal com a feliz herança que
lhes foi legada por Deus. Congratu­
lações da direção de “ A Gaivota” . O
A escola primaria recom eçou no dia Sr. Prestello é cunhado do irmão Azar
27 de Março com uma festa "pascal Gargaro, mem bro do corpo Sacerdotal
apresentada pelas crianças. 58 crian­ do Ramo de Campinas.

Evidências e Reconciliações
“ E, quando receberdes estas cousas, form ula em busca da verdade; e tem
peço-vos que pergunteis a Deus, o Pai achado os testemunhos procurados.
Eterno, em nome de Cristo, se estas Até agora, ninguém que tenha procura­
cousas são reais; e, se perguntardés d o a verdade de “ M ormonism o” com
com um coração sincero e com boa desejo ardente, oração sincera, estudo
intenção, tendo fé em Cristo, ele vos aplicado, e prática sem medo, falhou
manifestará a verdade delas pelo p o ­ em achá-la. Alguns, por falta de co­
dei- do Espírito Santo. ragem, ainda que a verdade lhe tenha
E pelo poder do Espirito Santo p o ­ encarado, tem -na guardado por si mes­
deis saber a verdade de todas as cou ­ mo. Mas, a form ula jamais falha, as­
sas.” (M oroni 10:4,5). sim declara sem medo a Igreja de Je­
Milhares de pessoas tem usado esta sus Cristo dos Santos dos Ultimes Dias.
Trad. por W. J. Wilson
— 96 —
Você Sabia Que...?
As florestas do Brasil tem mais de do mundo, é dificil escrever. Com mi­
dois mil e quinhentos especie de arvo­ lhares de caracteres diferentes, a im­
res diferentes? prensa tem requerido grandes núme­
* * * ros de tipo, e para escrever à maqui­
Pela primeira vez na sua historia a na era impossível até recentemente.
praça do templo (Temple Square, Salt The International Business Machine
Lake City) teve mais do que um m i­ Corporation (S /A Internacional de Ma­
lhão de visitas no ano passado. O quinas do Com ercio) desenvolveu uma
Presidente Richard L. Evans, Diretor maquina eletrica que tem cinco mil
do Museu e centro de Informações e quatrocentos caracteres gravadas so­
disse que o total do ano alcançou . . . . bre um grande tambor. Para elimi­
1.003.218, em comparação com o total nar o uso de tal numero de teclas,
de 719.765 em 1946. O mês mais cada caráter é identificado por quatro
popular foi o de Agosto quando 221.418 números, e tem que se tocar nas qua­
pessoas visitaram a praça do Templo. tro teclas juntas para cada caráter.
# * * Dizem-se que uma boa datilografa
O idioma Chinês, ainda que seja fa ­ pode escrever quarenta e cinco pala­
lado por mais ou menos 1/5 do povo vras por minuto.

História do Cão que Falava


Um ventríloquo que ha muito tempo “ Estou satisfeito” fo i a pronta res­
não trabalhava, encontrou-se subita­ posta do animal.
mente sem dinheiro quando de pas­ “ O cavalheiro,” disse o encarregado
sagem por uma cidade do interior. do bar, '“ quanto o S r. quer por esse
Acompanhava-o um cãozinho de pas­ cão?”
sado muito duvidoso, o qual havia sido “ Oh, não ha dinheiro que possa
encontrado vagando pela estrada. O com pra-lo” disse o ventríloquo,” mas
nosso bom homem aventurou-se a pedir como estou meio ‘Quebrado’ agora, se
uma cerveja em um bar. Então vi- o Sr. me emprestar mil cruzeiros, dei-
rou-se para o seu cãozinho e pergun­ x a -lo-ei aqui como garantia.”
tou-lhe: “ O que queres?” Mais dc que depressa o negociante
*‘Aceito um sandwiche de presunto” retirou o dinheiro de sua caixa regis­
foi a resposta do animal. tradora, desejando que o exausto dono
O dono do bar encarou-o. sem acre­ do cão nunca mais voltasse para re­
ditar, “ Você ouviu isso?” , perguntou ao clam a-lo. O ventríloquo amarrou-o
ventríloquo. , dentro dc bar com um pedaço de cor­
“ Certamente” replicou o freguês. da e com eçou a sair. À porta voltou-
“ Este, meu amigo, é o unico cão do se para lançar um derradeiro olhar ao
mundo que fala.” animal que ficava. O cão olhou com
O negociante finalmente sentiu-se um ar de censura, “ Homem ingrato!
como que acordado de um sonho, trou­ Depois de tudo o que lhe fiz, o senhor
xe o sandwiche e ficou apreciando o me abandona por uma miséria1.!! Mas
cachorro a come-lo. eu me arrumat-ei com o senhor, nun­
“ Alguma coisa m ais?” perguntou o ca mais falarei até m orrer!”
ventríloquo ac cão. E nunca mais falou.

Trad. por Remo Roselli


O Lado da Linha, do Senhor
por Presidente G eorge A lbert Smith

Um bem homem, que era conselhei­ época do mundo, entendamos isso. Ne­
ro do Presidente Brigham Young, disse nhum homem pode fazer o que é er­
certa ocasião: “ Ha uma linha divisó­ rado e ficar no lado da linha, perten­
ria nas nossas vidas, bem definida. cente ao Senhor. Nós escolhemos ò
Num lado dessa linha é o território do que seremos. Deus deu-nos nosso ar­
Senhor, e no outro lado, o território bítrio; se fizermos o que é errado e
do diabo. Se ficardes no lado do Se­ penetrarmos no território- do diabo, nós
nhor, estareis salvos. Mas, se pene- o fazemos porque temos vontade e po­
trardes uma única polegada, no lado der para faze-lo. Não podemos cul­
pertencente ao diabo, estareis em seu par a outrem pelo que escolhemos.
território, estareis em seu poder; ele Si decidirmos guardar os mandamen­
esforçar-se-á para arrastar-vos o mais tos de Deus, viver com o devemos v i­
longe possivel da linha divisória, sa­ ver e ficarmos no território do Senhor,
bendo que se ele puder conservar-vos receberemos as nossas bênçãos por
em seu território, ele vos terá para isso.
sempre em seu poder.” Não nos deveria ser difícil guardar
Em tudo que fazemos na vida, nun­ os mandamentos do Senhor porque
ca deveríamos esquecer que o único que-en-ps ser felizes. Não- deveria ser
lugar següro é no lado do Senhor. difícil para os esposos e esposas se
Honrando nossos pais e nossas mães, amarem mutuamente e serem fieis uns
estaremos no lado da linha pertencen­ aos outros, porque isso é estar no lado
te ao Senhor. Sendo sempre verda­ do Senhor. Não nos deveria ser di­
deiros, e honestos para com o nosso fícil obedecer a Palavra de Sabedoria.
próxim o, estaremos no lado do Senhor. Não deveria ser difícil para m oços e
Obedecendo à Palavra de Sabedoria moças amarem seus pais e honrá-los,
estaremos no Seu território. Pagando porque tudo isso significa estar no ter­
os nossos dízimos e as nossas ofertas, ritório do Senhor.
estaremos em terras d ’Ele. Eu poderia prosseguir e enumerar
Honrando nosso bispo e seus conse­ muitas outras coisas, mas posso
lheiros, honrando aqueles que são cha­ resumir tudo, dizendo: Tcdgs as boas
mados a presidir nos demais cargos da coisas são do lado do Senhor, e toda
paróquia, honrando aqueles que pre­ a felicidade digna do neme, felicidade
sidem sobre nós em nossos ramos e que se goza neste mundo e na eter­
distritos, apoiando-os e ajudando-os nidade, se encontra no território a Ele
estaremos no lado do Senhor. Honran­ pertencente.
do- e apoiando os líderes da Igreja, — Porisso, sugiro não só aos nossos
não a minha Igreja, ou a vossa Igreja, meninos e meninas, não só aos nossos
mas a Igreja de Jesus Cristo dos San­ moços e moças, mas a todes, que o que
tos dos Últimos Dias, da qual temos devemos fazer si quizermos ser felizes
a ventura de ser membros — estare­ é viver em retidão; si isso fizermos,
mos no território do Senhor. estaremos no lado do Senhor e o ad­
Aqueles que desobedecem os man­ versário não será capaz de levar-nos
damentos de nesso Pai Celestial, não à tentação que nos viria destruir. Deus
importa quão pequena seja essa deso­ proteger-nos-á si seguirmos sua ad-
bediência, penetram no território do moestação e conselho, e haverá de pro­
diabo, e é tempo que nós, com o mem­ videnciar tudo, para que sejamos fe ­
bros da Igreja, vivendo neste dia e lizes. Traduzido por A lfredo L. Vaz

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