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Constituciones principum
A expressão «decreta principum», significa decisões («decretum») do
imperador. «decreta principum» são um dos vários tipos decisões imperiais.
Para evitar esta dupla aceção de decreta principu que origina certamente
confusões, aí pelo séc.II d.C, quando os as constituições eram já um
verdadeiro «constituit» com força de norma jurídica, surgiu a expressão
«constitutiones principum» para substituir «decreta principum», ficando desde
então a palavra «decreta» a significar apenas uma das várias espécies de
constituições.
As constituições imperiais durante o principado e a parte do dominado
(séc.I-IV)
As constituições imperiais são decisões de caráter jurídico proferidas
diretamente pelo imperador. «Diretamente», quer dizer, no sentido de que o
prínceps não necessita de cooperação, nem mesmo mediata ou indireta, quer
do senado quer do povo; são decisões que procedem (do imperador)
unilateralmente.
O principado surgiu no ano 27 a.C, e prolongou-se até aos fins do séc.III. O
prínceps é a nova e grande figura da constituição política de Roma. Não sendo
nem rei nem cônsul nem sequer magistratus, tem um poder quase absoluto,
por estar investido da tribunitia postestas com caráter vitalício, e do
imperium proconsulare maius práticamente também tem caráter vitalício. As
antigas magistraturas republicanas, sobretudo os cônsules e pretores,
transformam-se em funcionários executivos. Surge o funcionalismo, tudo e
todos subordinados ao princeps numa colaboração forçada.
O princeps, cheio de prestigio e de poderes, começa a proferir edictos –
ex+dicere= afirmar solenemente, para fora, em volta alta (ex), isto é, para o
público. O edicto é um programa de atividades a realizar, afixado publicamente.
Os edictos dos magistrados eram fonte do ius honorarium; mas como o
princeps não é um magistrado, os seus edictos passam a ser fonte do ius civile.
Como?
No séc. I, as constituições imperiais têm valor jurídico, de ordem prática; o povo
acata os seus preceitos e observa-os.. são decisões do imperador.
No século II, são equiparadas às leges, isto é, têm a força da lex, mas não são
leis.
No século III, já são leis.
A partir do séc.IV , as constitutiones principum são a única fonte de dto, e então
as constituições e leis são sinónimos. Justiniano revela-se o termo dessa
evolução, ao afirmar numa sua constituição de 529. Isto era o inicio da lei, ou
Resumo do livro Direito Romano, Cruz Sebastião (1ª frequência 2017) Bruna Fonseca
Iurisprudentia
A iurisprudentia é uma fonte de «ius civile». É a ciência do direito. É uma
ciência e uma técnica do justo e do injusto. A ciência do dto é prática,
concretiza-se numa atividade intelectual, dirigida a descobrir o que é justo,
honesto, útil e oportuno na convivência social.
Evolução histórica da iurisprudentia
Como a ciência do dto é «iuris-prudentia», os cultores desta ciência
chamavam-se prudentes (os que sabem agir) e os iurisprudentes.
Por este caráter «sacerdotal» do jurista, e ainda porque no inicio, Religião,
Moral, e Direito constituíam um único todo. – por estas duas razões, desde o
inicio do século IV a.C, unicamente os sacerdotes pontífices eram juristas.
A principio, a iurisprudentia constituía um privilégio dos sacerdotes pontífices.
Estes eram escolhidos pelos patrícios. Os plebeus eram tratados
desfavoravelmente. Das várias reações já sabemos que surgiu a Lei das XII
Tábuas. É o 1ºfator de laicização.
O 2ºfator é o chamado de Ius Flavianum. Segundo a tradição, Cneu Flávio,
liberto, escriba do nobre e pontífice Ápio Cláudio, aproveitando-se da cegueira
do seu patrono, publicou uma coleção de fórmulas legais processuais, que
ficou conhecida por Ius Flavianum.
O 3ºfator é o ensino público de dto, em meados do séc.III Ac por Tibério
Coruncâneo – o primeiro plebeu que teve acesso ao cargo de pontifex
maximus.
A partir do império, universalidade da «iurisprudentia»
Augusto resolveu admitir para cargos importantes jurisconsultos, mesmo
pessoas de classe média. Mas como o jurista tem de possuir além do saber
jurídico também autoridade social, e como agora, os iurisprudentes não tem
autoridade social de carater aristocrático, Augusto concede autoridade de
caráter político- ius respondendi.
Adriano, depois avançou um pouco mais. Concede aos juristas consultos
autoridade social de caráter burocrático. É o triunfo do funcionalismo sobre a
aristocracia.
Resumo do livro Direito Romano, Cruz Sebastião (1ª frequência 2017) Bruna Fonseca