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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA

BEATRIZ JACINTO DE ALMEIDA

JANETE DE ALMEIDA CAMILO

ROSANGELA APARECIDA DIONISIO FREITAS

A EXECUÇÃO DO PNAE NO MUNICÍPIO

DE CIDADE GAÚCHA

ALETHEYA FONTANA DE OLIVEIRA

Cidade Gaúcha - PR

2020
PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA

BEATRIZ JACINTO DE ALMEIDA

JANETE DE ALMEIDA CAMILO

ROSANGELA APARECIDA DIONISIO FREITAS

A EXECUÇÃO DO PNAE NO MUNICÍPIO

DE CIDADE GAÚCHA

Trabalho final de conclusão do Curso Programa


Nacional de Alimentação Escolar - PNAE no âmbito
do Programa Formação pela Escola.

TUTORA: ALETHEYA FONTANA DE OLIVEIRA

Cidade Gaúcha - PR

2020
RESUMO

Este trabalho tem como base estudo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
entre políticas públicas brasileiras de contribuição à agricultura familiar a partir da
sustentável do desenvolvimento. A presente pesquisa tem como principio o estudo de caso
e encontra-se dividida em duas partes. Na primeira parte, o contexto e os fundamentos do
PNAE são abordados e analisados sob uma visão teórica, ou seja, baseando-se em uma
pesquisa bibliográfica. Na segunda parte, é abordada a aplicação na prática do PNAE e
formação do CAE do município de em Cidade Gaúcha, município situado no noroeste do
paranaense. Esta pesquisa foi realizada a partir de dados e análises estatísticas disponível.
Além disso, o programa favorece práticas agricultura familiar pela inclusão na merenda
escolar dos produtos de subsistência da agricultura familiar favorecendo e valorizando a
mão de obra familiar disponível e a importância das atividades agrícolas nas rendas das
famílias e desenvolvimento dos hábitos de alimentação de qualidade. Os resultados da
pesquisa também demonstram a relevância do PNAE na promoção de um desenvolvimento
mais sustentável e a melhora na alimentação escolar a partir da inclusão de alimentos da
agricultura familiar, fortalecendo o PNAE enquanto promotor de Segurança Alimentar e
Nutricional.

Palavras Chave: Alimentação escolar. Agricultura Familiar. CAE.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................05

2. O PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR.................................................06

2.1 Objetivo Geral do PNAE......................................................................................... 06

2.2 Objetivos Específicos do PNAE .............................................................................07

2.3. Meta do Programa .................................................................................................08

2.4 CAISAN e o CAE do Município de Cidade Gaúcha ..............................................08

3. ANÁLISE DOS DADOS.....……………...........................................…………….…10

4. PROPOSTA DE SOLUÇÃO .......................……............................……………….12

5.CONCLUSÕES ..…………………………………..............................…………….....13

6. REFERÊNCIAS………………………………...............................………………….14
1. INTRODUÇÃO

A alimentação escolar juntamente com a agricultura familiar tem favorecido


não somente de forma monetária, com a possibilidade de mercado, mas de forma
sistemática. O mercado da alimentação escolar mobiliza a contribuição técnica para
a agricultura familiar, através das capacitações e trabalhos da assistência técnica e
extensão rural, que atuam como parceiros do PNAE, favorece a diversidade de
produção da agricultura familiar, para tornar viável a comercialização e estabelece
relações sociais e políticas entre a gestão, funcionários e agricultores, além de
melhorar a qualidade de vida das famílias fornecedoras (CAMARGO, BACCARIN,
SILVA, 2013; COSTA, AMORIM JUNIOR, SILVA, 2015; BATALHA, OLIVEIRA E
PETTAN, 2017).
Nesta situação, o Estado tem a possibilidade de priorizar a compra de
alimentos procedência da agricultura familiar e/ou de base ecológica, em uma
abrangência populacional, que promova uma mudança de paradigma. Por
conseguinte, nas diretrizes da Lei n. 11.947/2009, o PNAE é claramente descrito
como ferramenta que corrobora o desenvolvimento sustentável (BRASIL, 2009).
O objetivo é caracterizar o desenvolvimento da compra de alimentos da
agricultura familiar para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no
Município de Cidade Gaúcha e formação do Conselho Alimentar Escolar (CAE),
verificar se o Município cumpre a porcentagem mínima (30%) estabelecida pelo
artigo 14 da Lei n° 11947 de 16 de junho de 2009 e se a participação no PNAE traz
melhorias econômicas, sociais e de produção às famílias de agricultores (as)
fornecedores. Os estudos foram identificados nas bases de dados do Município de
Cidade Gaúcha.
Outro objetivo é atender Pré-Escolares e Escolares do ensino fundamental da
Rede Pública (Municipal, Estadual e Federal), creche e entidades filantrópicas que
ofertem ensino regular e que estejam cadastradas junto à Secretaria de Estado da
Educação, no Conselho Nacional de Assistência Social e constantes no Censo
Escolar realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais) no ano anterior ao do atendimento.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) juntamente com a
agricultura familiar, é formado por um conjunto de ações das três esferas de governo
que garantir a segurança alimentar e nutricional e o direito a uma alimentação adequada
à população, e inclui a transferência de recursos financeiros aos municípios, na
alimentação escolar dos alunos da educação infantil, do ensino fundamental e
filantrópicas.
O PNAE é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio
dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), e também pelo FNDE, pelo Tribunal
de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo
Ministério Público. (BRASIL, 2020). Os repasses são feito aos estados e aos
municípios, com base no censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento.

2. PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTACAO ESCOLAR

O PNAE é acompanhado e fiscalizado absolutamente pela sociedade civil, por


meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), e também pelo FNDE, pelo
Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo
Ministério Público. O repasse é feito aos estados e municípios, com base no Censo
Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. Com a Lei nº 11.947, de
16/6/2009, 30% do valor repassado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar
–PNAE deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura familiar,
medida que estimula o desenvolvimento econômico e sustentável das comunidades.
O PNAE vem propiciando a incorporação da promoção da alimentação
saudável no ambiente escolar, como uma de suas metas, em vista a oportunizar
hábitos alimentares saudáveis (SANTOS, 2010, pg.456).
O Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional 2018-2021 elaborado elo
Município de Cidade Gaúcha busca consolidar e expandir. E a consequência será
aperfeiçoar e tornar mais eficiente as estratégias públicas, para respeitar, promover e
proteger o direito humano à alimentação adequada.
A Lei nº 11.346 – Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional -LOSAN,
institui o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional -SISAN, tem como
principal propósito a promoção em todo território nacional, do direito humano à
alimentação adequada (DHAA). Esse direito é realizado quando cada homem, mulher
ou criança vivendo sozinhos ou em grupo tenham acesso a alimentos adequados e
saudáveis ou aos meios necessários para obtê-los de forma permanente, sustentável e
emancipatória.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE),
popularmente conhecido como merenda escolar, é gerenciado pelo
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e visa à
transferência, em caráter suplementar, de recursos financeiros aos
estados, ao Distrito Federal e aos municípios destinados a suprir,
parcialmente, as necessidades nutricionais dos alunos. É considerado
um dos maiores programas na área de alimentação escolar no mundo
e é o único com atendimento universalizado. (BRASIL, 2020)

De acordo com a Lei nº11.947/2009; define alimentação escolar como todo


alimento oferecido no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante
o período letivo.
O município de Cidade Gaúcha, propõe ao aderir a implantação do SISAN a
elaboração do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional –PLAMSAN
2018/2021 que definirá suas próprias alternativas, propostas e estratégias de políticas
públicas, no âmbito sustentável de produção, distribuição, consumo de alimentos que
garantam o Direito a Alimentação Adequada para toda população com base nas
pequenas propriedades rurais, respeitando suas próprias culturas e diversidade, ou seja,
do modo da agricultura familiar de produção, comercialização e gestão de espaços
rurais, de forma sustentável, conservando e respeitando a soberania alimentar do seu
território de abrangência da comunidade local.
O Município ocupa-se atualmente um total de aproximadamente 19,73% da área
agriculturável do município com a Agricultura Familiar.

2.1. Objetivo Geral do PNAE

Suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos beneficiários,


através da oferta de no mínimo uma refeição diária ou mais, visando atender os
requisitos nutricionais referentes ao período em que este se encontra na escola.

2.2. Objetivos Específicos do PNAE

 Melhorar as condições fisiológicas do aluno, de forma a contribuir para a


melhoria do desempenho escolar;
 Promover a educação nutricional no âmbito da escola, de forma a reforçar a
aquisição de bons hábitos alimentares;
 Reduzir a evasão e a repetência escolar.

2.3. Meta do Programa

Garantir uma refeição diária com aproximadamente 350 quilocalorias (Kcal) e 9


gramas de proteínas. Desta forma, a alimentação escolar deve possibilitar a
cobertura de no mínimo 15% das necessidades diárias do aluno.
Meta do PLAMSAN, implicará a responsabilidade do poder público como dever de
respeitar, proteger, promover, prover informar, monitorar, fiscalizar e avaliar a realização
do DHAA, bem como garantir os mecanismos para sua exigibilidade no fortalecimento
da agricultara familiar, no abastecimento e atendimento a população em situação de
vulnerabilidade, de insegurança alimentar e nutricional, aumento do índice de
obesidade, alimento de forma inadequada repercutindo em desequilíbrio
nutricional,levando ao desenvolvimento de doenças crônicas.
Metas refere-se a um resultado final a ser alcançado nos próximos quatros anos,
podendo ser de natureza quantitativa ou qualitativa.

2.4. CAISAN e CAE do Município de Cidade Gaúcha

De acordo com a resolução Nº 001/2018 foi constitui a Comissão Técnica


para Elaboração do Plano Municipal de Segurança Alimentar com Vigência 2018 à
2021, formado assim a CÂMARA INTERSETORIAL MUNICIPAL DE SEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL -CAISAN do Município de Cidade Gaúcha, localizado
no Estado do Paraná, estabelecida na Lei Municipal nº 2.190/2015, e Decreto
Municipal nº 025/2017.
O CAE foi renovado em 2018 com novos membros, após vencimento do
mandato anterior. Vale ressaltar que o CAE é formado por um representante do
poder executivo; dois representantes das entidades de trabalhadores da educação e
discentes; dois representantes de pais de alunos e dois representantes da
sociedade civil. Cada membro titular deverá ter um suplente do mesmo segmento.
Dessa forma o CAE é a participação social dentro do PNAE (FNDE, 2017). A
existência de Conselho atuante é benéfica para promover melhor operacionalização
do Programa, além de contribuir com o trabalho dos demais envolvidos. A gestão do
PNAE no Município é realizada e coordenada majoritariamente pela Secretaria
Municipal de Educação, principalmente pelo Setor de Merenda Escolar, que
compreende a nutricionista, o almoxarife coordenador e os funcionários do
almoxarifado e perpassa pelas instituições de ensino municipais, que se envolvem
ativamente. A presença de nutricionista é imprescindível para iniciar e dar
andamento na participação agricultura familiar no PNAE. É preciso elaborar cardápio
que atenda às necessidades nutricionais dos escolares e à produção local, para que
os alimentos da agricultura familiar sejam contemplados, calcular o quantitativo de
cada alimento a ser comprado em cada instituição, estabelecer e verificar as
especificações necessárias para o correto fornecimento e manutenção do cardápio.
A formação de 2018/2018 nomeados os integrantes do CAE -Conselho
Municipal de Alimentação Escolar, conforme Le i Municipal nº 1.395/1999 de
30/09/1999, para a gestão; 2019/2021, data de inicio 14/02/2019.
Representantes do Executivo:
Titular: ALEXANDRINA DOS SANTOS ARAÚJO,
Suplente: CARLOS EDUARDO VERGINIO DE OLIVEIRA
Docentes e Discentes ou Trabalhadores na Área de Educação:
Titular: APARECIDA DE LOURDES LACERDA,
Suplente:  ROSELI RAMOS DOS SANTOS,
Titular: ILZA EDINALVA DOS SANTOS RODRIGUES,
Suplente: IVANI APARECIDA RODRIGUES DA SILVA.
Pais de Alunos:
Titular: LUCINEIA APARECIDA DOS SANTOS
Suplente: TEREZINHA MARIA DA SILVA,
Titular: VOLTER LUCAS SCHWERZ - VICE-PRESIDENTE
Suplente: FABIO OLIVEIRA SILVA
Sociedade Civil:
Titular: NATALIA RODRIGUES - PRESIDENTA
Suplente: OLIVIR MARCELO TRENTINI
Titular: VANDA LIBERA SCHWERZ
Suplente: MARTA ZARDO ERKMANN (Falecida)
Com aproximação da eleição a partir de 15 de agosto de 2020, afim de
desincompatibilização para concorrer às eleições municipais, ocorreu uma alteração
dos representantes e assume os suplentes:
- CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR – CAE
Fabio Oliveira da Silva
- CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL –
COMSEA
Maria Inês Feroldi Leitão
Andreia Velozo de Aguiar
Esta Comissão Técnica Intersetorial Municipal de Segurança Alimentar e
Nutricional –CAISAN, tem como responsável na elaborar e articular o Plano
Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional do Município de Cidade Gaúcha,no
período de 4 anos.
A alimentação escolar municipal atende as instituições de ensino municipais,
sendo 2 escolas, 1 A Pré Escola e 2 creches e atende também 1 filantrópicas;
A Escola Municipal Dom Bosco –Ensino Fundamental, oferta os anos iniciais
do ensino fundamental (primeiro ao quinto ano).
A Escola Municipal Paulo Freire –Ensino Fundamental, oferta os anos iniciais
do ensino fundamental (primeiro ao quinto ano).
A Pré Escola Municipal Pequeno Príncipe, oferta a educação infantil para as
crianças da faixa etária de quatro a cinco anos.
O Centro Municipal de Educação Infantil Anjo da Guarda e o Centro Municipal
de Educação Infantil Prefeito Lauro Ranulfo Müller, ofertam a educação infantil para
as crianças da faixa etária de seis meses a cinco anos.
A Escola Ana Nery –Educação Infantil e Ensino Fundamental na modalidade
de Educação Especial, oferta a educação infantil, os anos iniciais do ensino
fundamental, a educação de jovens e adultos e a educação profissional –formação
inicial.

3. ANÁLISE DOS DADOS

A população total de Cidade Gaúcha, segundo dados do Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística (IBGE) no censo de 2010 foi apurada uma população total de
11.062 habitantes, 9.176 com concentração na área urbana e 1.886, na área rural.
Conforme dados do Censo IBGE 2010, a população total do município era de
11.062 residentes, dos quais 224 encontravam-se em situação de extrema pobreza, ou
seja, com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70,00. Isto significa que 2,0% da
população municipal viviam nesta situação. Do total de extremamente pobres, 27
(12,1%) viviam no meio rural e 197 (87,9%) no meio urbano.
Oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a
estudantes de todas as etapas da educação básica pública. O governo federal
repassa, a estados, municípios e escolas federais, valores financeiros de caráter
suplementar efetuados em 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro) para a
cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de
ensino.

[...]Em 2009, o município foi beneficiado com o programa Nacional de


Alimentar Escolar-PNAE, o qual adquire produtos da agricultura familiar por
meio de chamamento público, dispensando o processo licitatório, do referido
recurso 30% é destinado a aquisição dos produtos
Em 2011, o município realiza a I Conferência em SAN, objetivando a
implantação da Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional,
elegendo os novos membros do CONSEA municipal de SAN e elencando as
prioridades das propostas a serem efetivadas como estratégias, metas e
diretrizes.
O município em 2017, se mobiliza, organiza e solicita a adesão para
implantação do Sistema junto a CAISAN do Paraná e em 05de dezembro de
2017, conforme o termo de adesão do SISAN nº Adesão: nº 024 Processo:
14.558.824-3, o município é certificado e diante desse processo o município
se compromete em elaborar o I Plano Municipal de SAN.
Cria-se, portanto, o Comitê Técnico Intersetorial, para elaboração do
Plano SAN, portaria 001/2017 com a capacitação e assessoria da Secretaria
Estadual, da Agricultura e Abastecimento, através do Núcleo Regional de
Cianorte.(CONSEA)

O ponto negativo que observamos durante a pesquisa de realização deste


trabalho é falta de informações da compra direta no portal do município, ou seja, o
fornecedor faz a de vinda à entrega de frutas e verduras em quantidade para
semana ou quinze dias.
Outra situação no ano de 2020, como ocorreu adaptaram com pandemia do
Covid 19, onde ocorreu afastamento dos alunos das escolas, e a merenda da escola
passou a ser ofertada as famílias dos estudantes das instituições de ensino como
kits.
Segundo as orientações do PNAE e do Conselho Federal de Nutricionistas,
foi a elaboração de o Kit de alimentos devem ser realizados pelo profissional. A
equipe responsável pelo recebimento dos gêneros alimentícios, que irão compor os
Kits, deverá seguir as recomendações conforme a Resolução RDC nº 216 de 2004,
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.
A distribuição dos Kits na casa dos estudantes, nas escolas ou na rede
socioassistencial, a gestão local e a equipe de nutricionistas deverão prezar pelo
controle de saúde dos colaboradores (manipuladores, entregadores e demais
envolvidos). As famílias dos alunos contempladas são famílias inscritas na Bolsa
Família.
A educação alimentar tem por objetivo que as crianças desenvolvam a
capacidade de escolhas saudáveis, que estimulem o olhar crítico e reflexivo ao
comer; melhorem seus conhecimentos sobre alimentação para oportunizar práticas
alimentares saudáveis; promovendo aspectos sistêmicos da alimentação saudável,
não só o lado nutricional, mas todo seu arranjo social e cultural (LOUREIRO, 2004,
pg.44).

4. PROPOSTA DE SOLUÇÃO

Analisando o PNAE, é possível dizer que este programa tem potencial para
utilizar o espaço escolar para promover melhorias nos hábitos e comportamentos
alimentares das crianças. Observando o trabalho da equipe do CAE o da
nutricionista responsável pelos cardápios das merendas do município, a solução
apontada seria estabelecer um cronograma semanal de entrega disponível no
período de pandemia no portal do Município de Cidade Gaúcha, com a quantidade a
ser consumida na semana obedecendo ao um cardápio específico . Compreender a
importância do CAE e o quanto são grandes as suas responsabilidades.

Com paralização das aulas devido a pandemia de Covid 19, se


deu início das atividades escolares não presenciais estão sendo
entregues kits de produtos do Programa Nacional de Alimentação
Escolar juntamente com a agricultura familiar. Os kits/cestas são para
crianças matriculadas nas escolas da rede municipal de ensino e
CMEI’s em vulnerabilidade social. A seleção das famílias das crianças
foi realizada juntamente com a assistência social, onde foram
selecionadas cento e cinquenta famílias com cadastro no CAD único
cuja renda é inferior a dois salários mínimos. Essa quantidade de
famílias é devido a demanda de produtos que iriam ser destinadas as
escolas municipais e CMEI’s.
  Os kits/cestas são compostas por alimentos vindos da
agricultura familiar como verduras, legumes, frutas e também o leite. A
montagem dos kits/cestas, é realizada toda semana nas segundas-
feiras na Escola Municipal Paulo Freire no período da manhã das oito
horas às onze horas e trinta minutos, pela Secretaria Municipal de
Educação, por algumas funcionárias das escolas e CMEI’s da rede e
pela nutricionista municipal. Após o término da montagem, os
Kits/cestas, são levados para as escolas e CMEI’s onde são retiradas
pelas famílias com a apresentação do cartão do bolsa família. Cada
instituição possui uma lista com as respectivas famílias cadastradas e
a mesma é assinada pelo membro responsável da família no ato do
recebimento e para comprovação da entrega. (CIDADE GAÚCHA,
2020)1

Uma proposta valida nas divulgações dos cardápios as famílias dos estudantes.
A equipe elaboraria grupos em rede social com divulgações de manipulação dos
alimentos e preparo, com orientação da importância do cardápio portal do município,
além da divulgação e valorização da agricultura familiar.

5. CONCLUSÃO

Após estudos, pesquisas e analise conclui- se a importância dos Conselhos


de Alimentação Escolar, fundamental com a participação da sociedade civil e em
especial participação pais dos alunos matriculados na educação pública.
O CAE tem um papel importantíssimo no âmbito do Pnae, nas atribuições do
CAE está o recebimento e a análise da prestação de contas do Pnae, enviados
pelas entidades executoras, cabe zelar pelos os objetivos do Pnae sejam cumpridos,
mesmo neste período de afastamento dos alunos da escola ainda se mantém o
objetivo de suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos beneficiários
e promover a educação nutricional.
Analisando o contexto histórico do programa evoluiu em sua construção como
ação para alimentação escolar, e que precisa continuar nesse processo de
desenvolvimento, trabalhando para o surgimento de novos objetivos e ações, sendo
essas correspondendo o contexto e as problemáticas da realidade do Município e
divulgação a comunidade local sobre a agricultura família, CAE, e Pnae.

1
http://www.cidadegaucha.pr.gov.br/site/educacao
REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 8913 de 12/7/1994. Dispõe sobre a descentralização da merenda


escolar. Diário Oficial da União 1994; 132.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). O papel do Nutricionista no Programa


Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) - Manual de instruções operacionais
para nutricionistas vinculados ao PNAE. Brasília: MEC.
https://www.fnde.gov.br/programas/pnae. Acessado dia17de Agosto de 2020.

BRASIL. Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009. Dispõe sobre o atendimento da


alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da
educação básica; altera as Leis nos 10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6 de
fevereiro de 2006, 11.507, de 20 de julho de 2007; revoga dispositivos da Medida
Provisória no 2.178-36, de 24 de agosto de 2001, e a Lei 8913, de 12 de julho de
1994; e dá outras providências. Diário Oficial da União 2009; 17 agosto de 2020.

---------. Lei n. 11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a


formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos
Familiares Rurais. Brasília: DOU de 25/07/2006.

CIDADE GAUCHA. Medidas da Educação


http://www.cidadegaucha.pr.gov.br/site/educacao. Acessado 21/08/2020.

CAMARGO, R.A.L; BACCARIN, J.G.; SILVA, D.B.P. O papel do Programa de


Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE) no fortalecimento da agricultura familiar e promoção da segurança
alimentar. Temas de Administração Pública, v. 8, n. 2, 2013

CONSEA - Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - Orientações


para a Elaboração dos Planos de Segurança Alimentar e Nutricional nos
Estados e municípios/2014. Ministério de Desenvolvimento Social.
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/relatorio.php, acesso em 19 de ago. de
2020.
LOUREIRO, Isabel. A importância da educação alimentar: o papel das escolas
promotoras de saúde. Educação Alimentar, vol. 22, n. 2, p. 43-52 —
julho/dezembro, 2004.

PLAMSAN. Política de Segurança Alimentar e Nutricional: Comissão Técnica


Intersetorial Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional –CAISAN de
Cidade Gaúcha –PR. Site:
http://www.consea.pr.gov.br/arquivos/File/PLAMSANCIDADEGAUCHA.pdf.
Acessado dia 18/08/2020.

SANTOS, Ligia Amparo da Silva. O fazer educação alimentar e nutricional:


algumas contribuições para reflexão. Temas livres –Free Themes, p. 453-462,
julho/novembro de 2010.

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