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11/03/2018

DEFINIÇÃO

NUTRIÇÃO  Solução ou emulsão composta obrigatoriamente de


aminoácidos, carboidratos, vitaminas e minerais, com ou

PARENTERAL 
sem administração diária de lipídios

Destinada à administração intravenosa

Profa Andréa Fraga  Em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar

 Visando síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou


sistemas.

 Para pacientes desnutridos, ou não,


não, impossibilitados de
alcançá--la por via oral ou enteral
alcançá

VIAS DE ACESSO PARA TNP


 Nutrição parenteral central ou total
via de grande calibre (subclávia ou jugular interna )
longo período de TNP (+ 15-
15-30 dias)
> osmolaridade

 Nutrição parenteral periférica


via menor (mão e antebraço)
períodos curtos de TNP ( 10-
10-15 dias)
< osmolaridade

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INDICAÇÕES
 Pacientes com risco nutricional ou com subnutrição já
instalada
 Impossibilidade de uso pleno do TGI
 Comprometimento (mecânico/funcional) grave do TGI
 Absorção nutrientes gravemente comprometida
 Quando a TNE/VO insuficiente
 Pacientes com risco e com 80% meta em 48h
 Paciente sem risco e com 60% meta em 7 dias

OBS: considerar TNE trófica 10-20 mL/h ou 500 kcal/dia

VO VO
Risco nutricional Insuficiente Risco nutricional Insuficiente
Ou desnutrição <60-75% NET Ou desnutrição <60-75% NET

TGI TGI NÃO TGI TGI NÃO


funcionante funcionante funcionante funcionante

Se Se Associação
condições de TNE TNP condições de TNE das vias TNP
VO = SVO VO = SVO

> 15 dias < 15 dias > 15 dias < 15 dias

Sondas Sondas
Cateter Cateter Cateter Cateter
central periférico central periférico
< 4 semanas > 4 semanas < 4 semanas > 4 semanas

SEM risco de COM risco de SEM risco de COM risco de SEM risco de COM risco de SEM risco de COM alto risco de
broncoaspiração broncoaspiração broncoaspiração broncoaspiração broncoaspiração broncoaspiração broncoaspiração broncoaspiração

Nasogástrica Nasoentérica Gastrostomia Jejunostomia Nasogástrica Nasoentérica Gastrostomia Jejunostomia


Nasojejunal Nasojejunal
(pré pilórica ) (pós pilórica) (GEP) (JEP) (pré pilórica ) (pós pilórica) (GEP) (JEP)

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INDICAÇÕES “CLÁSSICAS”
 Subnutrição moderada/grave (< 15% PI)
 Jejum ou TNE insuficiente (avaliar risco nutricional)
 Íleo prolongado
 Doença ou trauma gastrintestinal obstrutiva
 Crises agudas de má absorção (diarréia > 1500 mL)
 Vômitos incoercíveis (câncer em QT e RT)
 Infecção abdominal e peritoneal
 Fístulas intestinais (> 500 ml)

INDICAÇÕES “CLÁSSICAS”
 Síndrome de intestino curto ( ID < 60-
60-50 cm)
 Pancreatite aguda grave com intolerância à NE
 Prematuros e má formação congênita
 Paciente em cuidado
cuidado paliativo - avaliar a beneficência, o
desejo do paciente e a expectativa de vida (> 2 a 3 meses)
 Paciente crítico - SIRS/sepse (Lesões múltiplas,
queimaduras graves etc
etc)) intolerantes à TNE ou c/ TNE
insuficiente

COMPLICAÇÕES DA TNP INFUSÃO CONTÍNUA POR


BOMBA DE INFUSÃO (BIC)
 Alterações eletrolíticas (hipofasfatemia
(hipofasfatemia,, hipomagnesemia,
hipomagnesemia,
hipocalemia – síndrome realimentação)  Inicio (1º dia) = 25 ou 30% da meta

 Alterações metabólicas (hiperglicemia e hipertrigliceridemia –  Evolução: + 20 mL/hora a cada 24 horas


hiperalimentação))
hiperalimentação  Volume máximo – 4 litros / 24 horas = 160 ml/h
 Contaminação do cateter ou da solução  Infusão cíclica – noturna em 8 ou 12 horas
 Colestase ( estimulo à liberação bile)  Meta: 2 dias (principalmente para pacientes com risco)
 Cateter: deslocamento, perfuração, embolia, trombose,  Cuidado com síndrome de realimentação e com a
pneumotórax, hidrotórax,
hidrotórax, hemotórax hiperalimentação

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ALTA DA TNP CLASSIFICAÇÃO DAS


 Restauração da função do TGI
FÓRMULAS
Industria Manipuladas
 Aceitação VO e/ou infusão NE  > 70 – 75% % NET FORNECEDOR farmacêutica farmácias especializadas

CONSIDERAÇÕES PRESCRIÇÃO Padronizada Individualizadas

 Se suspensão súbita sem VO ou TNE há risco de


hipoglicemia – sugestão soro glicosado a 10% por 12 horas
Fórmula PADRÃO Fórmula 3 em 1
ou 2 em 1
 Ideal:  progressiva da velocidade de infusão (desmame)
Glicose + aminoácidos + Glicose + aminoácidos +
SOLUÇÕES
micronutrientes micronutrientes
 Uso do TGI:
diariamente + lipídios diariamente
Se TNE – grau de hidrolise depende das condição do TGI
Se VO - iniciar dieta líquida sem resíduo e evoluir Lipídios 2-3x/sem

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PRESCRIÇÃO
(médica)

COMPOSIÇÃO
HIRATOS DE CARBONO
 Soluções de glicose 5, 10, 25, 50 e 70 % ( NP periférica 18-
18-20%)

PROTEÍNAS
 Soluções de aminoácidos a 10 e 15%
 Soluções de aminoácidos ramificados a 8% (hepatopatas
(hepatopatas))
 Soluções de aminoácidos essenciais a 6% (nefropatas
(nefropatas))
 Soluções pediátricas

GORDURAS
 Emulsões de lipídios 10 e 20 % (triglicérides de cadeia média e
longa)

 ELETRÓLITOS, VITAMINAS e MINERAIS – ampolas

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CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO NP
INDIVIDUALIZADA
MACRONUTRIENTES CONCENTRAÇÕES VALOR
DISPONÍVEIS CALÓRICO

Glicose monoidratada 5, 10, 50, 70 % 1 g = 3.4 kcal


Aminoácidos adulto 10 - 15 %
Aminoácidos para hepatopatas 8%
1 g = 4.0 kcal
Aminoácidos para nefropatas 6%
Aminoácidos pediatria 10 %
Emulsão de TCL 10 % 1 ml = 1.1 kcal
Emulsão de TCL 20 % 1 ml = 2.0 kcal
Emulsão de TCM /TCL 10 % 1 ml = 1.0 kcal
Emulsão de TCM/ TCL 20 % 1 ml = 1.9 kcal

OBS: na NP 1 g lipídio ≅ 10 kcal = glicerol, fosfolipídios (lecitina)

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Questões para discussão


ESTUDO DE CASO
1º Por que a TNP é a mais indicada neste momento?
 Ricardo, 25 anos, sexo masculino, é admitido na UTI após FAF
2º Qual o objetivo da terapia nutricional – fase de suporte?
(ferimento a arma de fogo) no abdome. Foi realizada cirurgia
3º Considerando as seguintes recomendações nutricionais para
para retirada de projétil do intestino delgado (ressecção de 50
o caso: 25 kcal/kg PA; 1,5 g ptn /kg PA e Relação kcal total/g
cm de jejuno).
N ideal é 90 a 150:1 e Kcal não proteica/gN ideal 80 a 100:1
 No momento (5°(5° dia de PO), paciente apresenta
apresenta--se estável, em (para estresse grave), calcule a adequação nutricional da TNP
equilíbrio hemodinâmico, sem DVA, em assistência ventilatória prescrita:
mecânica invasiva, sedado, recebendo sangue, hidratação, 2 bolsas de solução parenteral 3:1 com a seguinte composição:
antibiótico e insulinoterapia (glicemia 190-
190-210 mg
mg/dL), porém
/dL), Aminoácido a 10% 500 ml,
com alto débito de sonda nasogástrica (750 mL/dia) que foi Glicose a 50% 300 ml
passada no intraopoertório,
intraopoertório, RHA Ɵ e em
em jejum. Lipídios (TCL/TCM) a 10% 100 ml.
 Dados antropométricos referidos pelo paciente na admissão ao 4º No 10º dia de pós-operatório houve o restabelecimento dos
pronto atendimento: 67 kg e 1,70m. No momento em anasarca e RHA e diminuição significativa do débito da sonda
albumina em 2,7 g/dL (> 3,0) nasogástrica (150ml/24h). Qual sua conduta?

ESTUDO DE CASO
 Carlos, 62 anos, sexo masculino, internado com HDA (hemorragia
digestiva alta). Na admissão referiu perda de peso importante nos
últimos 3 meses, redução da ingestão alimentar nos últimos 15 dias
devido à dor e queixa de mal estado geral. Em jejum há 5 dias sem
previsão de liberação de dieta ou cirurgia. Dados da admissão: E =
1,80m, PA = 60kg, PH = 72kg
 NET estimada em 30 kcal/kg PA e 1,5 g ptn/kg

Questões para discussão


1º Há indicação de NP?
2º Calcule o valor nutricional da 1 bolsa de NP solução 3:1
Solução de glicose 50% -------- 450 ml
Solução de lipídio (TCL) 20% --------- 200 ml
Solução de aminoácido 10% --------- 350 ml
3°A prescrição atende a necessidade nutricional do paciente?
4°Após as primeiras 24h recebendo TNP, paciente apresentou
hipocalemia e hipomagnesemia. O que pode estar acontecendo?

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