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N-1888 REV.

B 12 / 2010

Fabricação de Tanque Atmosférico

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 02 CONTEC - Subcomissão Autora.

Caldeiraria As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na PETROBRAS, e qualquer
reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e
expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da
legislação pertinente, através da qual serão imputadas as
responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante
cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito
intelectual e propriedade industrial.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho


- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 11 páginas, Índice de Revisões e GT


N-1888 REV. B 12 / 2010

1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a fabricação de tanque de armazenamento
atmosférico, completo ou de componentes.

1.2 Considera-se como tanque de armazenamento atmosférico o equipamento definido na


PETROBRAS N-270.

1.3 Esta Norma complementa as API STD 650:2007 e API Spec 12F. As condições não fixadas por
esta Norma devem estar em conformidade com as API STD 650:2007 e API Spec 12F, conforme a
norma adotada no projeto do equipamento.

1.4 Esta Norma se aplica a fabricações iniciadas a partir da data de sua edição.

1.5 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos (incluindo emendas).

PETROBRAS N-133 - Soldagem;

PETROBRAS N-270 - Projeto de Tanque de Armazenamento Atmosférico;

PETROBRAS N-271 - Montagem de Tanques de Armazenamento;

PETROBRAS N-1541 - Tanque de Armazenamento - Folha de Dados;

PETROBRAS N-1590 - Ensaio Não-Destrutivo - Qualificação de Pessoal;

PETROBRAS N-1593 - Ensaio Não-Destrutivo - Estanqueidade;

PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som;

PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia;

PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante;

PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual;

PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partículas Magnéticas;

PETROBRAS N-1742 - Tanque de Teto Flutuante - Selo PW;

PETROBRAS N-2091 - Tanque de Armazenamento - Requisição de Material;

ABNT NBR 14842 - Critérios para a Qualificação e Certificação de Inspetores de Soldagem;

ISO 8501-1 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products - Visual Assessment of Surface Cleanliness - Part 1: Rust Grades and Preparation
Grades of Uncoated Steel Substrates and of Steel Substrates after Overall Removal of
Previous Coatings;

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API Spec 12F - Specification for Shop Welded Tanks for Storage of Production Liquids;

API STD 650:2007 - Welded Tanks for Oil Storage;

ASME BPVC Section VIII Division 1:2010 - Boiler and Pressure Vessel Code - Section VIII,
Division 1 - Rules for Construction of Pressure Vessels;

ASTM A6/A6M - Standard Specification for General Requirements for Rolled Structural Steel
Bars, Plates, Shapes, and Sheet Piling.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
fabricação
fase que inclui todas as tarefas realizadas em oficina, tais como: preparação adequada das chapas,
perfis, estruturas, escadas, drenos, bocais e demais acessórios, envolvendo ainda os serviços de
desempeno, corte, abertura de chanfro, calandragem, usinagem, soldagem, ensaio não destrutivo,
tratamento térmico e teste pneumático

3.2
fabricante
empresa ou organização encarregada da fabricação, em oficina de caldeiraria, de qualquer
componente de um tanque de armazenamento

3.3
mapa dos defeitos reparados
registro onde são assinalados todos os reparos com solda. Este registro deve permitir a localização
exata dos locais reparados no equipamento, tipo de defeito encontrado, processo de soldagem e a
identificação do executante

3.4
Requisição de Material (RM)
a RM de tanque de armazenamento é o documento de definição do escopo de fornecimento do
equipamento. A elaboração deste documento é padronizada pela PETROBRAS N-2091

3.5
Folha de Dados (FD)
documento padronizado pela PETROBRAS N-1541

4 Condições Gerais

4.1 Responsabilidade do Fabricante

A fabricação deve obedecer aos requisitos constantes da RM ou contrato, e deve ser feita de acordo
com os desenhos de fabricação aprovados. Caso o fabricante constate omissões ou erros em
quaisquer documentos fornecidos pela PETROBRAS, deve comunicar à PETROBRAS para a devida
solução, de forma que o fabricante continue com a integral responsabilidade pela fabricação do
equipamento.

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4.2 Normas Técnicas

A fabricação de todos os tanques deve obedecer a todas as exigências da API STD 650:2007. A
fabricação de um tanque de armazenamento, atendendo as exigências estabelecidas na
API Spec 12F, só deve ser realizada quando constar expressamente dos desenhos ou RM fornecidos
pela PETROBRAS.

4.3 Extensão do Fornecimento

A extensão do fornecimento a cargo do fabricante deve ser como indicado na RM ou contrato.

4.4 Ensaios Não Destrutivos

Os ensaios não destrutivos, quando exigidos, devem ser executados de acordo com as prescrições a
seguir.

4.4.1 Ensaio por Meio de Líquido Penetrante

Deve ser executado de acordo com a PETROBRAS N-1596 e procedida a avaliação dos resultados
em conformidade com o ASME BPVC Section VIII Division 1:2010, Appendix 8.

4.4.2 Ensaio por Meio de Partículas Magnéticas

Deve ser executado de acordo com a PETROBRAS N-1598 e procedida a avaliação dos resultados
em conformidade com o ASME BPVC Section VIII Division 1:2010, Appendix 6.

4.4.3 Ensaio por Meio de Ultrassom

Deve ser executado de acordo com a PETROBRAS N-1594 e procedida a avaliação dos resultados
em conformidade com a API STD 650:2007, Appendix U.

4.4.4 Ensaio Radiográfico

Deve ser executado de acordo com a PETROBRAS N-1595 e procedida a avaliação dos resultados
em conformidade com o ASME BPVC Section VIII Division 1:2010, Parágrafo UW-51(b).

4.4.5 Ensaio Visual

Deve ser executado de acordo com a PETROBRAS N-1597 e procedida a avaliação dos resultados
em conformidade com a API STD 650:2007.

4.4.6 Ensaio de Estanqueidade

Ensaio de estanqueidade por meio de passagem de gases pressurizados (formação de bolhas), ou


pela penetração de líquidos por capilaridade. Deve ser executado de acordo com a
PETROBRAS N-1593 e procedida à avaliação dos resultados em conformidade com a
API STD 650:2007.

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4.5 Livro de Documentação Técnica de Fabricação

O fabricante deve manter, em arquivo devidamente organizado, as informações listadas de 4.5.1 até
4.5.6 relativas às tarefas que são realizadas em oficina. O arquivo deve estar sempre disponível, à
época da inspeção, para exame pela PETROBRAS ou seu representante autorizado. As informações
constantes deste arquivo, ao final da fabricação do equipamento, constituirão o Livro de
Documentação Técnica de Fabricação, o qual deve ser apresentado à fiscalização da PETROBRAS
para analise e aprovação.

NOTA Os filmes radiográficos devem ser mantidos sob a guarda do fabricante por um período
de 5 anos a partir da entrega do equipamento. Ao término deste período o fabricante deve
notificar a PETROBRAS sobre a destinação dos filmes.

4.5.1 Certificados de usina para os materiais dos componentes do costado, fundo e teto do tanque
de armazenamento. O certificado deve conter a especificação à qual o material atende, o número da
corrida, o tratamento sofrido pelo material (se for o caso) e os resultados de análises químicas e
ensaios mecânicos.

4.5.2 Certificados de conformidade para materiais obtidos de subfornecedores, para os quais não
haja certificados de usina disponíveis. Quando não for possível comprovar a especificação do
material, o fabricante deve realizar testes e análises para emissão do certificado de conformidade
obedecendo a API STD 650:2007 Appendix N.

4.5.3 Procedimentos de qualificação de soldagem conforme a PETROBRAS N-133. Registros da


qualificação dos procedimentos de soldagem, soldadores e/ou operadores de soldagem conforme a
PETROBRAS N-133. Registros dos inspetores de soldagem qualificados de acordo com a
ABNT NBR 14842.

4.5.4 Laudos radiográficos e relatórios de ensaio por ultrassom, quando estes ensaios forem
requeridos para o equipamento ou componente fabricado.

4.5.5 Gráficos ou outros registros relativos ao teste hidrostático, pneumático ou a outro tipo de teste
se realizado no equipamento ou componente.

4.5.6 Gráficos de registro de temperatura e outros registros relativos a tratamentos térmicos.

5 Materiais

5.1 A especificação dos materiais deve ser conforme a Folha de Dados. O emprego de qualquer
material alternativo, só e permitido depois de aprovado pela PETROBRAS.

5.2 Deve ser verificado se os certificados de material estão de acordo com as respectivas
especificações.

5.3 Deve ser verificado se os materiais estão perfeitamente identificados de acordo com o desenho
de fabricação do equipamento e em consonância com o certificado de material.

5.4 As chapas destinadas ao costado e anulares do fundo devem ter suas bordas inspecionadas
antes do inicio da fabricação. Não é aceitável presença de dupla laminação.

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5.5 Devem ser verificados por ensaio visual todos os materiais, seções e equipamentos empregados,
os quais devem estar isentos de:

a) defeitos que causem uma transição brusca na superfície da peça;


b) defeitos que reduzem a espessura da peça para abaixo do valor citado no 5.7 da
presente Norma;
c) corrosão acima do Grau C da ISO 8501-1.

5.6 Deve ser feito um mapa dos defeitos reparados em chapas.

5.7 A espessura das chapas deve ser verificada e obedecer a:

Espessura medida  Espessura de projeto ou Espessura nominal - tolerância de fabricação


da chapa.

5.8 Os consumíveis para soldagem devem estar de acordo com a PETROBRAS N-133.

5.9 Devem ser inspecionadas visualmente as faces dos flanges, para verificação do estado e do tipo
de ranhuras. É inaceitável a presença de corrosão ou de amassamento nestas regiões.

5.10 As válvulas e demais acessórios devem ser inspecionados conforme desenho ou especificação.

6 Fabricação

6.1 Geral

A fabricação de um tanque de armazenamento deve atender as exigências de projeto da


PETROBRAS N-270, aos requisitos da API STD 650:2007 e visar uma adequada montagem de
acordo com a PETROBRAS N-271.

6.2 Armazenamento de Materiais

6.2.1 As chapas não calandradas devem ser armazenadas sobre berços de madeira adequados para
evitar deformações. Para as chapas calandradas, quando deitadas, os berços devem ter a mesma
curvatura das chapas e a quantidade máxima de chapas, por pilha, deve ser tal que não deforme as
chapas inferiores. Em qualquer caso, as chapas devem ser armazenadas pelo menos a 20 cm acima
do nível do solo.

6.2.2 As válvulas e acessórios, tais como flanges, luvas, parafusos, porcas e arruelas, devem ser
armazenadas em caixotes e em locais secos. As superfícies usinadas devem ser protegidas contra
corrosão por meio de graxa ou outros compostos adequados. As faces dos flanges, além da proteção
anterior, devem ser protegidas por discos de madeira.

6.3 Desempeno

Havendo necessidade de desempenar o material, esta operação deve ser executada por prensagem
ou outros métodos a frio não prejudiciais ao mesmo. Tal operação deve ser realizada antes da
traçagem e das subsequentes operações de acabamento. Não é permitido o aquecimento localizado
ou o martelamento, a menos que o material seja aquecido à temperatura de forjamento.

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6.4 Reparo de Defeitos em Materiais

Os reparos por meio de soldagem devem ser executados de acordo com o procedimento elaborado
pelo fabricante e aprovado pela PETROBRAS.

6.5 Corte e Preparação das Bordas das Chapas

6.5.1 O corte e o chanfro das bordas das chapas podem ser feitos por cisalhamento (com máquina
do tipo plaina, talhadeira automática, guilhotina ou tesoura mecânica), oxi-corte, plasma ou outro
processo permitido pela PETROBRAS. O cisalhamento é limitado às chapas com espessura
até 10 mm para as juntas de topo e até 16 mm para as juntas sobrepostas. As arestas das chapas
cortadas a oxigênio e destinadas à soldagem devem ser deixadas lisas, uniformes e livres de
carepas, escórias ou rebarbas. Tais irregularidades devem ser removidas com talhadeiras
automáticas e/ou esmeril. No caso de descontinuidades laminares paralelas à superfície, deve ser
observado o 7.7 desta Norma e o reparo deve ser feito de acordo com a PETROBRAS N-133.

6.5.2 As chapas do contorno do fundo - chapas anulares (“anular plates”) ou chapas recortadas
(“sketch plates”) - e as chapas de fechamento dos anéis do costado devem ser deixadas para corte
no campo. As dimensões apresentadas no projeto visam apenas o estudo de aproveitamento de
chapas.

6.6 Calandragem das Chapas do Costado

Deve atender às API STD 650:2007 e PETROBRAS N-270.

6.7 Aberturas nas Chapas para Construção de Acessórios

6.7.1 O conjunto da porta de limpeza, formado pela chapa de reforço, chapa de soleira, chapa do
costado, pescoço e flange, deve ser fabricado, montado, soldado, testado e ter o tratamento térmico,
quando necessário, na própria fábrica.

6.7.2 Toda abertura que exigir tratamento térmico de alívio de tensões, conforme API STD 650:2007,
deve ser fabricada, montada, soldada, testada e aliviada termicamente na fábrica.

6.7.3 Os bocais interligados a tubulações, que não exigirem tratamento térmico de alívio de tensões,
podem ser realizados no campo. [Prática Recomendada]

6.7.4 Todo furo da chapa de reforço, para saída dos gases de soldagem e realização do ensaio de
estanqueidade, deve ser realizado antes da montagem e da soldagem da chapa de reforço.

6.8 Soldagem

6.8.1 Deve ser executada de acordo com a PETROBRAS N-133.

6.8.2 O pré-aquecimento e o pós-aquecimento, quando requeridos, devem ser aplicados ao longo de


toda a junta soldada ou ponteamento em execução, incluindo a solda e mais uma faixa de, no
mínimo, 75 mm de cada lado da mesma. O controle de temperatura de pré-aquecimento e
pós-aquecimento deve ser efetuado através de medidas realizadas na faixa aquecida, da maneira
descrita na PETROBRAS N-133.

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6.8.3 Os únicos meios de pré-aquecimento e pós-aquecimento permitidos são queimadores a gás e


resistência elétrica. Os queimadores de chama única não são permitidos.

6.8.4 Todas as soldas provisórias devem ser removidas após a realização de suas funções. As
superfícies sob tais soldas devem ser adequadamente esmerilhadas.

6.8.5 Nas aberturas do costado que são pré-fabricadas em oficina, por exigirem tratamento térmico
de alívio de tensões, deve ser executado ensaio por meio de líquido penetrante após a conclusão da
soldagem do pescoço da abertura à chapa do costado. Tal ensaio deve ser realizado antes da
instalação da chapa de reforço.

6.8.6 Se algum reparo de solda for necessário, o mesmo deve ser executado de acordo com a
PETROBRAS N-133. Os ensaios não destrutivos, previstos para a junta soldada original, devem ser
igualmente repetidos.

6.9 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões

Os componentes do costado de tanques de armazenamento - porta de limpeza, bocais, bocas de


visita e outros acessórios - que exigem tratamento térmico de alívio de tensões de acordo com a
API STD 650:2007, devem ser fabricados, montados, soldados, testados e tratados termicamente na
própria oficina do fabricante do equipamento.

6.10 Selo PW

O selo PW, para tanques de teto flutuante, deve ser fabricado e montado de acordo com a
PETROBRAS N-1742.

7 Inspeção de Fabricação

7.1 Somente os materiais corretamente identificados e aprovados pela inspeção de recebimento


devem ser utilizados na fabricação do tanque de armazenamento.

7.2 Os certificados de qualidade dos materiais, inclusive o laudo radiográfico e os resultados dos
testes (hidrostático, calibração, impacto e outros), quando exigidos, devem ser confrontados com as
respectivas especificações e requisitos da API STD 650:2007, para os seguintes materiais:

a) chapas;
b) perfilados;
c) tubos;
d) forjados;
e) flanges;
f) parafusos e porcas;
g) válvulas.

7.3 Deve ser verificado se todos os materiais citados no 7.2, desta Norma, estão devidamente
identificados conforme o projeto do tanque.

7.4 Deve ser verificado se o número da corrida dos consumíveis de soldagem coincide com o
número da corrida constante dos certificados, bem como se tais certificados estão de acordo com as
especificações de projeto. Verificar também se os consumíveis atendem à PETROBRAS N-133.

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7.5 Deve ser verificada, quando aplicável, a correspondência entre o mapa dos defeitos reparados e
a posição destes nas chapas com os certificados de inspeção.

7.6 Verificar em todas as chapas do fundo, costado e teto, se as condições indicadas


em 7.6.1 a 7.6.2 atendem às tolerâncias da ASTM A6/A6M ou do projeto do equipamento, conforme o
caso.

7.6.1 Para as chapas do fundo e teto devem ser verificadas:

a) dimensões;
b) se as bordas estão aparadas.

7.6.2 Para as chapas do costado devem ser verificadas:

a) dimensões;
b) esquadrejamento.

7.7 Deve ser realizada inspeção por líquido penetrante ou partícula magnética, bem como inspeção
dimensional e visual das bordas chanfradas, que devem estar limpas e isentas dos seguintes
defeitos:

a) dupla laminação;
b) poros;
c) irregularidades de corte;
d) amassamentos;
e) trincas.

7.8 Deve ser verificada a curvatura de todas as chapas com obrigatoriedade de calandragem. Adotar
como critério de avaliação o disposto na PETROBRAS N-271.

7.9 Deve ser verificado se os registros de qualificação de soldadores e/ou operadores de soldagem e
também se os registros de qualificação dos procedimentos de soldagem adotados na fábrica atendem
às prescrições da PETROBRAS N-133.

7.10 Os inspetores de ensaios não destrutivos devem ser qualificados conforme a


PETROBRAS N-1590.

7.11 As juntas soldadas devem ser inspecionadas como exigido no projeto e obedecendo
a 7.11.1 até 7.11.5.

7.11.1 As juntas de bocais do costado devem ser inspecionadas por radiografia e partículas
magnéticas ou líquido penetrante, conforme a API STD 650:2007.

7.11.2 As juntas de bocas de visitas do costado e portas de limpeza devem ser inspecionadas por
partículas magnéticas ou líquido penetrante conforme a API STD 650:2007.

7.11.3 As chapas de reforço de aberturas do costado devem ser inspecionadas por estanqueidade
conforme a API STD 650:2007.

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7.11.4 As juntas entre acessórios permanentes e o costado devem ser inspecionadas por partículas
magnéticas ou líquido penetrante, conforme a API STD 650:2007.

7.11.5 Para os tanques montados em fábricas, as juntas devem ser inspecionadas por
estanqueidade conforme a API Spec 12F.

7.12 Os ensaios não destrutivos previstos para a junta soldada devem ser refeitos em caso de reparo
da junta.

7.13 Na hipótese de restabelecimento de espessura do metal de base, através de soldagem, devem


ser executados os ensaios não destrutivos previstos no procedimento de reparo do fabricante a ser
aprovado pela PETROBRAS.

7.14 As soldas provisórias devem ser removidas conforme a PETROBRAS N-133. Após a remoção
destas soldas, as superfícies sob as mesmas devem ser inspecionadas por ensaio visual,
dimensional e líquido penetrante. Tais superfícies devem ficar isentas de:

a) mordeduras;
b) redução de espessura além do valor requerido pelo projeto na região inspecionada;
c) remoção incompleta da solda;
d) qualquer outra descontinuidade inaceitável para soldas definitivas.

7.15 O ensaio por meio de líquido penetrante ou partículas magnéticas deve ser também executado
quando requerido no projeto.

7.16 Todas as soldas existentes nos componentes fabricados em oficina e tratados termicamente
para alívio de tensões (6.9 desta Norma) devem ser inspecionados, por meio de líquido penetrante ou
partículas magnéticas, antes e após a realização do tratamento térmico.

7.17 O ensaio de estanqueidade (pneumático) das soldas das chapas de reforço, dos componentes
tratados termicamente, deve ser realizado antes do tratamento térmico de acordo com o
API STD 650:2007 e PETROBRAS N-1593. Os furos nas chapas de reforço, utilizados para a
realização do teste pneumático, devem ser deixados abertos e protegidos com graxa.

7.18 A inspeção de fabricação do selo PW, para tanques de teto flutuante, deve ser realizada de
acordo com a PETROBRAS N-1742.

7.19 A inspeção de fabricação de tanques de armazenamento, totalmente soldados em oficina, deve


ser realizada de acordo com a norma de projeto do equipamento: API STD 650:2007 Appendix J ou
API Spec 12F.

7.20 Após a fabricação, deve ser realizada uma inspeção dimensional completa para verificar se o
equipamento ou componente do tanque fabricado está de acordo com o projeto.

7.21 A inspeção de fabricação deve ser encerrada pelo preenchimento de um Certificado de


Liberação de Material (CLM).

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8 Acondicionamento, Embalagem e Embarque

8.1 O armazenamento de materiais, fabricados ou não, deve ser realizado e inspecionado conforme
condições descritas no 6.2 desta Norma.

8.2 Todos os componentes fabricados ou tanques inteiramente soldados em oficina devem ter uma
identificação feita com tinta e com letras de no mínimo 40 mm de altura, na própria peça ou
embalagem. Tal identificação deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) identificação do tanque de armazenamento;


b) indicação do componente fabricado.

8.3 Quando requerida pintura na fábrica, devem ser obedecidos os requisitos especificados na Folha
de Dados, desenhos e RMs.

8.4 No embarque as peças devem ser adequadamente calçadas e fixadas para evitar deformações
durante o transporte. É proibida a soldagem nas peças a serem transportadas, a não ser quando
expressamente autorizada pela PETROBRAS.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

IR 1/1
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GRUPO DE TRABALHO - GT-02-13

Membros

Nome Lotação Telefone Chave


Reinaldo Ramos David AB-RE/ES/TEE 814-4373 ED8A
Armando Raphael de Azevedo ENGENHARIA/IEABAST/EAB/SE 819-3266 SG3A
Carlos Gandara Carvalho AB-CR 811-9252 BC07
Fabio Poroca Carneiro de
ENGENHARIA/SL/SEQUI/ATFCM 819-3462 ELZJ
Almeida
João Bosco Santini Pereira AB-RE/ES/TEE 814-3159 DPQ0
Sergio Augusto de Melo ENGENHARIA/AG/NORTEC-GC 819-3098 ELZR
Stenio Monteiro de Barros RH/UP/ECTAB 801-3482 SD51
Vinicius Rabello de Abreu Lima MATERIAIS/EMAT/DMT 819-2803 EMVR
Wu Shin Chien REPLAN/MI/EE 853-6706 RP3C
Secretário Técnico
Marcelo Patti de Menezes ENGENHARIA/AG/NORTEC-GC 819-0471 E3HE

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