B 12 / 2010
Procedimento
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 02 CONTEC - Subcomissão Autora.
Caldeiraria As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
1 Escopo
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a fabricação de tanque de armazenamento
atmosférico, completo ou de componentes.
1.3 Esta Norma complementa as API STD 650:2007 e API Spec 12F. As condições não fixadas por
esta Norma devem estar em conformidade com as API STD 650:2007 e API Spec 12F, conforme a
norma adotada no projeto do equipamento.
1.4 Esta Norma se aplica a fabricações iniciadas a partir da data de sua edição.
2 Referências Normativas
ISO 8501-1 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products - Visual Assessment of Surface Cleanliness - Part 1: Rust Grades and Preparation
Grades of Uncoated Steel Substrates and of Steel Substrates after Overall Removal of
Previous Coatings;
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API Spec 12F - Specification for Shop Welded Tanks for Storage of Production Liquids;
ASME BPVC Section VIII Division 1:2010 - Boiler and Pressure Vessel Code - Section VIII,
Division 1 - Rules for Construction of Pressure Vessels;
ASTM A6/A6M - Standard Specification for General Requirements for Rolled Structural Steel
Bars, Plates, Shapes, and Sheet Piling.
3 Termos e Definições
3.1
fabricação
fase que inclui todas as tarefas realizadas em oficina, tais como: preparação adequada das chapas,
perfis, estruturas, escadas, drenos, bocais e demais acessórios, envolvendo ainda os serviços de
desempeno, corte, abertura de chanfro, calandragem, usinagem, soldagem, ensaio não destrutivo,
tratamento térmico e teste pneumático
3.2
fabricante
empresa ou organização encarregada da fabricação, em oficina de caldeiraria, de qualquer
componente de um tanque de armazenamento
3.3
mapa dos defeitos reparados
registro onde são assinalados todos os reparos com solda. Este registro deve permitir a localização
exata dos locais reparados no equipamento, tipo de defeito encontrado, processo de soldagem e a
identificação do executante
3.4
Requisição de Material (RM)
a RM de tanque de armazenamento é o documento de definição do escopo de fornecimento do
equipamento. A elaboração deste documento é padronizada pela PETROBRAS N-2091
3.5
Folha de Dados (FD)
documento padronizado pela PETROBRAS N-1541
4 Condições Gerais
A fabricação deve obedecer aos requisitos constantes da RM ou contrato, e deve ser feita de acordo
com os desenhos de fabricação aprovados. Caso o fabricante constate omissões ou erros em
quaisquer documentos fornecidos pela PETROBRAS, deve comunicar à PETROBRAS para a devida
solução, de forma que o fabricante continue com a integral responsabilidade pela fabricação do
equipamento.
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A fabricação de todos os tanques deve obedecer a todas as exigências da API STD 650:2007. A
fabricação de um tanque de armazenamento, atendendo as exigências estabelecidas na
API Spec 12F, só deve ser realizada quando constar expressamente dos desenhos ou RM fornecidos
pela PETROBRAS.
Os ensaios não destrutivos, quando exigidos, devem ser executados de acordo com as prescrições a
seguir.
Deve ser executado de acordo com a PETROBRAS N-1596 e procedida a avaliação dos resultados
em conformidade com o ASME BPVC Section VIII Division 1:2010, Appendix 8.
Deve ser executado de acordo com a PETROBRAS N-1598 e procedida a avaliação dos resultados
em conformidade com o ASME BPVC Section VIII Division 1:2010, Appendix 6.
Deve ser executado de acordo com a PETROBRAS N-1594 e procedida a avaliação dos resultados
em conformidade com a API STD 650:2007, Appendix U.
Deve ser executado de acordo com a PETROBRAS N-1595 e procedida a avaliação dos resultados
em conformidade com o ASME BPVC Section VIII Division 1:2010, Parágrafo UW-51(b).
Deve ser executado de acordo com a PETROBRAS N-1597 e procedida a avaliação dos resultados
em conformidade com a API STD 650:2007.
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O fabricante deve manter, em arquivo devidamente organizado, as informações listadas de 4.5.1 até
4.5.6 relativas às tarefas que são realizadas em oficina. O arquivo deve estar sempre disponível, à
época da inspeção, para exame pela PETROBRAS ou seu representante autorizado. As informações
constantes deste arquivo, ao final da fabricação do equipamento, constituirão o Livro de
Documentação Técnica de Fabricação, o qual deve ser apresentado à fiscalização da PETROBRAS
para analise e aprovação.
NOTA Os filmes radiográficos devem ser mantidos sob a guarda do fabricante por um período
de 5 anos a partir da entrega do equipamento. Ao término deste período o fabricante deve
notificar a PETROBRAS sobre a destinação dos filmes.
4.5.1 Certificados de usina para os materiais dos componentes do costado, fundo e teto do tanque
de armazenamento. O certificado deve conter a especificação à qual o material atende, o número da
corrida, o tratamento sofrido pelo material (se for o caso) e os resultados de análises químicas e
ensaios mecânicos.
4.5.2 Certificados de conformidade para materiais obtidos de subfornecedores, para os quais não
haja certificados de usina disponíveis. Quando não for possível comprovar a especificação do
material, o fabricante deve realizar testes e análises para emissão do certificado de conformidade
obedecendo a API STD 650:2007 Appendix N.
4.5.4 Laudos radiográficos e relatórios de ensaio por ultrassom, quando estes ensaios forem
requeridos para o equipamento ou componente fabricado.
4.5.5 Gráficos ou outros registros relativos ao teste hidrostático, pneumático ou a outro tipo de teste
se realizado no equipamento ou componente.
5 Materiais
5.1 A especificação dos materiais deve ser conforme a Folha de Dados. O emprego de qualquer
material alternativo, só e permitido depois de aprovado pela PETROBRAS.
5.2 Deve ser verificado se os certificados de material estão de acordo com as respectivas
especificações.
5.3 Deve ser verificado se os materiais estão perfeitamente identificados de acordo com o desenho
de fabricação do equipamento e em consonância com o certificado de material.
5.4 As chapas destinadas ao costado e anulares do fundo devem ter suas bordas inspecionadas
antes do inicio da fabricação. Não é aceitável presença de dupla laminação.
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5.5 Devem ser verificados por ensaio visual todos os materiais, seções e equipamentos empregados,
os quais devem estar isentos de:
5.8 Os consumíveis para soldagem devem estar de acordo com a PETROBRAS N-133.
5.9 Devem ser inspecionadas visualmente as faces dos flanges, para verificação do estado e do tipo
de ranhuras. É inaceitável a presença de corrosão ou de amassamento nestas regiões.
5.10 As válvulas e demais acessórios devem ser inspecionados conforme desenho ou especificação.
6 Fabricação
6.1 Geral
6.2.1 As chapas não calandradas devem ser armazenadas sobre berços de madeira adequados para
evitar deformações. Para as chapas calandradas, quando deitadas, os berços devem ter a mesma
curvatura das chapas e a quantidade máxima de chapas, por pilha, deve ser tal que não deforme as
chapas inferiores. Em qualquer caso, as chapas devem ser armazenadas pelo menos a 20 cm acima
do nível do solo.
6.2.2 As válvulas e acessórios, tais como flanges, luvas, parafusos, porcas e arruelas, devem ser
armazenadas em caixotes e em locais secos. As superfícies usinadas devem ser protegidas contra
corrosão por meio de graxa ou outros compostos adequados. As faces dos flanges, além da proteção
anterior, devem ser protegidas por discos de madeira.
6.3 Desempeno
Havendo necessidade de desempenar o material, esta operação deve ser executada por prensagem
ou outros métodos a frio não prejudiciais ao mesmo. Tal operação deve ser realizada antes da
traçagem e das subsequentes operações de acabamento. Não é permitido o aquecimento localizado
ou o martelamento, a menos que o material seja aquecido à temperatura de forjamento.
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Os reparos por meio de soldagem devem ser executados de acordo com o procedimento elaborado
pelo fabricante e aprovado pela PETROBRAS.
6.5.1 O corte e o chanfro das bordas das chapas podem ser feitos por cisalhamento (com máquina
do tipo plaina, talhadeira automática, guilhotina ou tesoura mecânica), oxi-corte, plasma ou outro
processo permitido pela PETROBRAS. O cisalhamento é limitado às chapas com espessura
até 10 mm para as juntas de topo e até 16 mm para as juntas sobrepostas. As arestas das chapas
cortadas a oxigênio e destinadas à soldagem devem ser deixadas lisas, uniformes e livres de
carepas, escórias ou rebarbas. Tais irregularidades devem ser removidas com talhadeiras
automáticas e/ou esmeril. No caso de descontinuidades laminares paralelas à superfície, deve ser
observado o 7.7 desta Norma e o reparo deve ser feito de acordo com a PETROBRAS N-133.
6.5.2 As chapas do contorno do fundo - chapas anulares (“anular plates”) ou chapas recortadas
(“sketch plates”) - e as chapas de fechamento dos anéis do costado devem ser deixadas para corte
no campo. As dimensões apresentadas no projeto visam apenas o estudo de aproveitamento de
chapas.
6.7.1 O conjunto da porta de limpeza, formado pela chapa de reforço, chapa de soleira, chapa do
costado, pescoço e flange, deve ser fabricado, montado, soldado, testado e ter o tratamento térmico,
quando necessário, na própria fábrica.
6.7.2 Toda abertura que exigir tratamento térmico de alívio de tensões, conforme API STD 650:2007,
deve ser fabricada, montada, soldada, testada e aliviada termicamente na fábrica.
6.7.3 Os bocais interligados a tubulações, que não exigirem tratamento térmico de alívio de tensões,
podem ser realizados no campo. [Prática Recomendada]
6.7.4 Todo furo da chapa de reforço, para saída dos gases de soldagem e realização do ensaio de
estanqueidade, deve ser realizado antes da montagem e da soldagem da chapa de reforço.
6.8 Soldagem
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6.8.4 Todas as soldas provisórias devem ser removidas após a realização de suas funções. As
superfícies sob tais soldas devem ser adequadamente esmerilhadas.
6.8.5 Nas aberturas do costado que são pré-fabricadas em oficina, por exigirem tratamento térmico
de alívio de tensões, deve ser executado ensaio por meio de líquido penetrante após a conclusão da
soldagem do pescoço da abertura à chapa do costado. Tal ensaio deve ser realizado antes da
instalação da chapa de reforço.
6.8.6 Se algum reparo de solda for necessário, o mesmo deve ser executado de acordo com a
PETROBRAS N-133. Os ensaios não destrutivos, previstos para a junta soldada original, devem ser
igualmente repetidos.
6.10 Selo PW
O selo PW, para tanques de teto flutuante, deve ser fabricado e montado de acordo com a
PETROBRAS N-1742.
7 Inspeção de Fabricação
7.2 Os certificados de qualidade dos materiais, inclusive o laudo radiográfico e os resultados dos
testes (hidrostático, calibração, impacto e outros), quando exigidos, devem ser confrontados com as
respectivas especificações e requisitos da API STD 650:2007, para os seguintes materiais:
a) chapas;
b) perfilados;
c) tubos;
d) forjados;
e) flanges;
f) parafusos e porcas;
g) válvulas.
7.3 Deve ser verificado se todos os materiais citados no 7.2, desta Norma, estão devidamente
identificados conforme o projeto do tanque.
7.4 Deve ser verificado se o número da corrida dos consumíveis de soldagem coincide com o
número da corrida constante dos certificados, bem como se tais certificados estão de acordo com as
especificações de projeto. Verificar também se os consumíveis atendem à PETROBRAS N-133.
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7.5 Deve ser verificada, quando aplicável, a correspondência entre o mapa dos defeitos reparados e
a posição destes nas chapas com os certificados de inspeção.
a) dimensões;
b) se as bordas estão aparadas.
a) dimensões;
b) esquadrejamento.
7.7 Deve ser realizada inspeção por líquido penetrante ou partícula magnética, bem como inspeção
dimensional e visual das bordas chanfradas, que devem estar limpas e isentas dos seguintes
defeitos:
a) dupla laminação;
b) poros;
c) irregularidades de corte;
d) amassamentos;
e) trincas.
7.8 Deve ser verificada a curvatura de todas as chapas com obrigatoriedade de calandragem. Adotar
como critério de avaliação o disposto na PETROBRAS N-271.
7.9 Deve ser verificado se os registros de qualificação de soldadores e/ou operadores de soldagem e
também se os registros de qualificação dos procedimentos de soldagem adotados na fábrica atendem
às prescrições da PETROBRAS N-133.
7.11 As juntas soldadas devem ser inspecionadas como exigido no projeto e obedecendo
a 7.11.1 até 7.11.5.
7.11.1 As juntas de bocais do costado devem ser inspecionadas por radiografia e partículas
magnéticas ou líquido penetrante, conforme a API STD 650:2007.
7.11.2 As juntas de bocas de visitas do costado e portas de limpeza devem ser inspecionadas por
partículas magnéticas ou líquido penetrante conforme a API STD 650:2007.
7.11.3 As chapas de reforço de aberturas do costado devem ser inspecionadas por estanqueidade
conforme a API STD 650:2007.
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7.11.4 As juntas entre acessórios permanentes e o costado devem ser inspecionadas por partículas
magnéticas ou líquido penetrante, conforme a API STD 650:2007.
7.11.5 Para os tanques montados em fábricas, as juntas devem ser inspecionadas por
estanqueidade conforme a API Spec 12F.
7.12 Os ensaios não destrutivos previstos para a junta soldada devem ser refeitos em caso de reparo
da junta.
7.14 As soldas provisórias devem ser removidas conforme a PETROBRAS N-133. Após a remoção
destas soldas, as superfícies sob as mesmas devem ser inspecionadas por ensaio visual,
dimensional e líquido penetrante. Tais superfícies devem ficar isentas de:
a) mordeduras;
b) redução de espessura além do valor requerido pelo projeto na região inspecionada;
c) remoção incompleta da solda;
d) qualquer outra descontinuidade inaceitável para soldas definitivas.
7.15 O ensaio por meio de líquido penetrante ou partículas magnéticas deve ser também executado
quando requerido no projeto.
7.16 Todas as soldas existentes nos componentes fabricados em oficina e tratados termicamente
para alívio de tensões (6.9 desta Norma) devem ser inspecionados, por meio de líquido penetrante ou
partículas magnéticas, antes e após a realização do tratamento térmico.
7.17 O ensaio de estanqueidade (pneumático) das soldas das chapas de reforço, dos componentes
tratados termicamente, deve ser realizado antes do tratamento térmico de acordo com o
API STD 650:2007 e PETROBRAS N-1593. Os furos nas chapas de reforço, utilizados para a
realização do teste pneumático, devem ser deixados abertos e protegidos com graxa.
7.18 A inspeção de fabricação do selo PW, para tanques de teto flutuante, deve ser realizada de
acordo com a PETROBRAS N-1742.
7.20 Após a fabricação, deve ser realizada uma inspeção dimensional completa para verificar se o
equipamento ou componente do tanque fabricado está de acordo com o projeto.
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8.1 O armazenamento de materiais, fabricados ou não, deve ser realizado e inspecionado conforme
condições descritas no 6.2 desta Norma.
8.2 Todos os componentes fabricados ou tanques inteiramente soldados em oficina devem ter uma
identificação feita com tinta e com letras de no mínimo 40 mm de altura, na própria peça ou
embalagem. Tal identificação deve conter, no mínimo, as seguintes informações:
8.3 Quando requerida pintura na fábrica, devem ser obedecidos os requisitos especificados na Folha
de Dados, desenhos e RMs.
8.4 No embarque as peças devem ser adequadamente calçadas e fixadas para evitar deformações
durante o transporte. É proibida a soldagem nas peças a serem transportadas, a não ser quando
expressamente autorizada pela PETROBRAS.
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ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A
Não existe índice de revisões.
REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
IR 1/1
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