Filosofia
da
Religião
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Páginas
Introdução 3
A religião e o sentido da existência 4
Religião 4
Sagrado e profano 4
Transcendência e Imanência 4
Teísmo, deísmo, ateísmo, agnosticismo, panteísmo 5
O sentido da vida ou da existência 6
Resposta religiosa ao problema do sentido da existência 6
Resposta não religiosa ao problema do sentido da existência 7
Religião, razão e fé 8
O argumento do desígnio 8
O argumento cosmológico 9
O argumento ontológico 10
O argumento moral 11
O argumento do apostador 12
Argumento contra a existência de Deus: O problema do mal 12
Razão e fé 14
As dimensões pessoal e social das religiões e o problema da tolerância 15
Dimensão pessoal das religiões 15
Dimensão social das religiões 16
Diferenças entre as várias religiões 16
Religião e tolerância 17
Conclusão 19
Bibliografia 20
Filosofia da Religião 2
Introdução
Filosofia da Religião é uma disciplina filosófica que se dedica à avaliação das razões que as pessoas
expõem para justificarem as suas crenças religiosas, independentemente da religião, bem como os
argumentos exibidos contra as crenças religiosas.
Esta disciplina não pode nunca ser confundida com a teologia, pois esta é uma doutrina interior à
própria religião, enquanto que, a filosofia da religião estuda-a numa perspetiva ampla.
Posto isto, o que realmente é a religião? Quais são os elementos identificadores de uma religião?
Que posições existem perante as religiões e a existência de Deus? Terá a vida sentido? Qual a racionalidade
de Deus? A fé andará de mão dada com a razão? Que função desempenha afinal a razão Como nos
devemos posicionar face às restantes crenças e religiões? Por que via se devem entender as religiões?
Estes são alguns dos problemas que iremos abordar de forma a tornar mais claro o conceito de
religião numa perspetiva ampla e externa, bem com tudo o que ela implica, as suas crenças. A crença em
Deus e o debate entre ideias sobre o mesmo tornou-se inevitável e é um dos ramos que mais tem levado os
filósofos a refletir. Esta manifestação pode ser observada não apenas na nossa cultura mas em muitas
outras culturas e sociedades, apresentando uma posição nuclear na filosofia da religião. Assim, esta
problemática terá bastante destaque no nosso trabalho.
De uma forma mais generalizada e superficial todos nós conhecemos e talvez acreditemos em
alguma religião. Os valores que elas nos transmitem são, sem dúvida, uma conduta orientadora da nossa
vida e que influencia a forma como vemos o mundo e como nos comportamos. Esta abordagem por parte
da filosofia da religião também é importante para melhor entendermos o objetivo de cada doutrina
religiosa, o que focaremos já no final deste trabalho.
Como podemos ver, a filosofia da religião tem como objetivo investigar por processos estritamente
racionais as crenças religiosas fundamentais, com o fim de determinar o seu significado e de saber se são
justificadas, pois a religião é um processo complexo.
Filosofia da Religião 3
A religião e o sentido da existência
Religião
Existe duas opções para obter a definição de religião, sendo para uma delas necessário recorrer a
muitos exemplos, cuja maioria é conhecida pelas pessoas como religiosos, por exemplo, falando no
cristianismo, no islamismo ou no hinduísmo. A outra alternativa é procurar definir religião a partir da sua
raiz latina (religio) – religião com o significado de ligar, relacionar, unir.
Algumas pessoas preferiram definir religião em termos de crença ou veneração de um Deus ou
deuses. Porém, nesta definição existe uma consequência indesejável: exclui, por exemplo, algumas versões
do budismo.
Pelo facto de a definição de religião ser tão difícil de encontrar, pode dizer-se que esta definição
respeita um conjunto de crenças e ritos, como, por exemplo, um aspeto objetivo e um aspeto subjetivo.
A experiência religiosa tem algumas características, nomeadamente, a universalidade e a pluralidade,
a importância das crenças e dos rituais religiosos e o papel das normas e das instituições na experiência
religiosa.
Em suma, a religião é uma relação que o ser humano estabelece com a identidade superior.
Sagrado e o profano
Transcendência e Imanência
Filosofia da Religião 4
tem origem latina na palavra immanere, cujo significado é “morar em”. Segundo a imanência, Deus não
está fora e acima do mundo. Deus reside no mundo.
Estes dois conceitos são muito parecidos com o sagrado e profano, segundo os quais, Deus é
transcendente, está para além de, mas também mora em nós, é imanente, pois está presente e impulsivo
no próprio mundo.
Com isto, podemos concluir que a imanência completa a transcendência, e vice-versa, e ainda que
uma não existe sem a outra.
Antes de falarmos na apresentação das provas de existência de Deus, tal como das objeções que
contra elas são dirigidas, vamos falar em alguns conceitos que traduzem as doutrinas filosóficas relativas à
existência do mesmo: o teísmo, o deísmo, o ateísmo, o agnosticismo e o panteísmo.
Teísmo – é uma doutrina que afirma a existência de Deus, encarando-o como uma Pessoa (o que
significa que a sua relação com o ser humano adquire também um carácter pessoal) e como um Deus
perfeito, omnipotente, omnisciente, omnipresente, perfeitamente livre, eterno sumamente bom, único,
autoexistente, transcendente, criador e conservador do Universo. Aceitando a providência e a revelação, o
teísta admite que Deus governa o mundo, considerando ser possível uma demonstração racional da sua
existência. O teísta afirma, ainda, Deus como realidade suprema, absoluta e transcendente, sendo que não
pode ser inteiramente definido com as palavras de que o ser humano dispõe. Apesar desta dificuldade, o
teísta defende serem as seguintes as características ou atributos de Deus:
Ser pessoal, carente de corpo;
Único criador e sustentáculo do Universo;
Ser omnipotente (pode fazer tudo);
Ser omnisciente (sabe tudo);
Ser perfeitamente livre;
Ser eterno;
…
Deísmo – é a posição filosófica que afirma a existência de Deus, mas à margem da revelação, da
graça, dos dogmas, dos milagres ou da relação pessoal com o ser humano. Trata-se de um Deus concebido
como ser supremo, princípio e causa do Universo, mas ao qual é negada a providência, isto é, a intervenção
no mundo posteriormente à criação (significando, neste sentido, que se assemelha a um relojoeiro). É o
Deus dos filósofos, da religião natural ou racional. O deísmo teve a sua máxima expressão no século do
Iluminismo (século XVIII).
Ateísmo – é a posição filosófica que nega a existência de Deus e, de uma forma geral, de qualquer
realidade que possa considerar-se de natureza divina. O ateísmo teórico poderá servir de fundamento a
atitudes e comportamentos vividos à margem de qualquer referência à esfera religiosa ou à ideia de Deus
(ateísmo prático).
Agnosticismo – é a posição segundo a qual não é possível ao ser humano saber se Deus existe ou
não, nem aceder ao conhecimento da sua essência. Limitada a capacidade cognitiva humana ao mundo dos
fenómenos (conhecimento científico), a esfera metafísica é vista como incognoscível. O agnosticismo
advoga a suspensão do juízo e da crença relativamente àquilo a que a razão e os sentidos não têm acesso,
negando o valor das demonstrações racionais da existência de Deus.
Filosofia da Religião 5
Panteísmo – é a posição filosófica segundo a qual Deus e o mundo são a mesma realidade. Deus e o
mundo identificam-se, são apenas um. Esta perspetiva nega a existência de qualquer realidade
transcendente, afirmando a imanência de tudo o que existe, em que tudo é Deus e Deus é tudo.
Questionar o sentido da vida ou existência não é algo que façamos todos os dias. Esta questão só nos
surge quando algo nos corre mal ou quando nos sentimos infelizes. Aí, reclamamos pelo sentido da
existência: Quem somos? De onde vimos? Para ode vamos? Qual o nosso lugar no mundo? Qual o sentido
das nossas vidas?
Estas perguntas constituem-se verdadeiramente como problemas filosóficos quando sentimos uma
enorme angústia ou uma tremenda inquietude face ao sentido do nosso existir e nos perguntamos sobre o
nosso lugar no mundo e a importância da felicidade para a nossa vida, procurando uma resposta para o
sentido da nossa existência e do nosso lugar no mundo.
Contudo, a pergunta “Qual o sentido da vida?” é vaga. Qual a resposta que queremos obter quando
perguntamos acerca do sentido da vida? Quando se diz procura ou, eventualmente, ter encontrado o
sentido da vida, a que “sentido” nos referimos?
A expressão “sentido” aponta, neste contexto, para finalidade, objetivo ou propósito pelo qual viver,
mas, simultaneamente, valor. Questionar pelo sentido da vida é então uma interrogação sobre o valor da
finalidade última da vida como um todo, isto é, da vida independentemente das circunstâncias e dos
interesses particulares.
Eis-nos face ao nosso problema. Terá a vida sentido? Se a vida não tem sentido, qual a razão para fazer seja
o que for? Há algum sentido na minha vida que não seja destruído pela inevitabilidade da morte?
Sentido – existem várias formas de o entender. Por exemplo, quando dizemos “o sentido da minha ação é
…” ou “faz sentido ser leal”, entendemos que o termo sentido não tem o mesmo significado numa e noutra
frase. Na primeira aparece como sinónimo de finalidade ou objetivo a atingir; a segunda tem o significado
de um valor que se deve assumir. Por outro lado, quando se pretende saber o sentido de determinada
palavra, perguntamos pelo seu significado. Pode ainda aparecer como estabelecendo uma relação entre
acontecimentos ou fenómenos, como quando diz que “faz todo o sentido esperar bom tempo quando o
anticiclone dos Açores se encontra situado a norte do arquipélago”.
Questionar pelo sentido da vida é, por isso, investigar pela finalidade da existência. Vivemos para
que? Há algum fio condutor na nossa vida ou ela é um emaranhado de acontecimentos sem sentido e sem
relação entre si?
Muitas pessoas investigam o sentido da vida na sua essência íntima, isto é, fora do âmbito da religião
e das crenças religiosas. Contudo, muitas outras investigam-no tendo precisamente a crença, a fé em Deus,
como horizonte de partida.
Com base na religião numa abertura humana ao metafísico e supremo, o que se espera é que esta
abertura conduza à revelação do sentido último, do sentido dos sentidos, ou pelo menos à esperança de
que ele exista. Deus conformar-se assim como sentido último, como outorgador de sentido para a vida.
Filosofia da Religião 6
Contudo, as religiões não caem do céu. Tudo o que é autenticamente religioso é resposta humana a
perguntas e questões humanas. A especificidade das respostas religiosas reside no facto de estarem
relacionadas com Deus.
Todo o texto religioso tem como base uma interpretação humana da realidade, e essa realidade é
comum a crentes e não crentes. A diferença entre duas atitudes resulta de o crente considerar que a
realidade não se esgota no imediato capturado pelos sentidos, prevendo a existência de uma presença que
não se vê em si mesma, mas que está implicada no que se vê.
Esta forma de olhar sobre a realidade envolvente, sobre a vida e sobre o seu sentido, distância de
modo claro aquele que acredita daquele que não acredita.
Para o crente, a “hipótese religiosa” é a que melhor esclarece as experiências e perguntas radicais
postas pela realidade e pela existência: a contingência, as perguntas últimas sobre a vida e sobre a morte, a
esperança, a exigência ética…
A salvação da perdição do tempo e da inevitabilidade da morte, elevando Deus à proteção sublime
da realidade eterna, foi encontrada pelo crente na “hipótese religiosa”.
O sentido da nossa existência reside fora de nós, ou, “se estivesse em nós, não se colocaria a
questão, pois estaria”.
Desta forma, a resposta da religião à questão do sentido da vida leva-nos a concluir que a vida só tem
sentido porque existe Deus, o sentido último. Ao aceitar na existência de Deus, o crente sente o conforto
dessa presença e encontra nela a resposta para a sua existência e para as angústias que a finitude
transporta, pois “sem o sentido último, os caminhos de sentido não vão dar a lado nenhum”.
Entre as questões que a Filosofia de facto debate sobre a religião e o sentido da existência, e que vão
para além da questão da existência de Deus, está a de saber se a religião é a única fonte possível de sentido
para a existência, ou se, mesmo sem religião, será possível pensar que a vida tem sentido.
Assim, foram apresentadas duas respostas distintas ao mesmo problema tentando provar o sentido
da existência. Um modo evidente de defender a possibilidade de um sentido para a vida que seja
independente da verdade das religiões é a perspetiva subjetiva, defendida por Richard Taylor. Ele afirma
que o sentido da vida é ela mesma e o que cada um fizer dela, dependendo da nossa vontade e da nossa
motivação, e são os nossos desejos que definem se o que fazemos vale ou não a pena. Mas, por um lado,
parece implicar que qualquer vida feliz tem sentido, por exemplo, um criminoso, particularmente bem-
sucedido e sem remorsos, é feliz e vive, ou seja, apresenta uma vida feliz, logo, tem uma vida com sentido.
Por outro lado, a felicidade por si só, mesmo sem ser produto de nada errado pode parecer um estado
demasiado vazio, pois as pessoas parece constantemente mostrar que acreditam que são os objetivos que
dão sentido à sua vida.
Mas também é-nos apresentada uma perspetiva inversa sustentada por Susan Wolf, assentando na
objetividade. Ela refere que a vida possui um sentido objetivo e este decorre da entrega ativa àquilo a que
se chama projetos de valor ou projetos de mérito. Estabelece uma ligação entre a felicidade e o sentido
objetivamente concebido, isto é, o sentido resulta de viver de um modo que vise a preservação, a
promoção ou a criação de valor, cuja fonte seja exterior a nós e de um modo que possa ser compreendido e
admirado de pontos de vista diferentes do nosso. Contudo, isto implica que apenas um número muito
limitado de pessoas tenha uma vida com sentido, pois a maioria dos homens não consegue atingir os seus
objetivos.
Filosofia da Religião 7
Deste modo, podemos descobrir que uma vida que vale a pena ser vivida, haja ou não Deus, e seja ou
não alguma religião verdadeira, será aquela em que procuramos fazer o que se mostra correto visto desse
ponto de vista altruísta.
Religião, razão e fé
“Haverá boas razões que mostrem que Deus existe?” Esta é uma questão cuja resposta afeta a forma
como agimos e como interpretamos o mundo. Assim, a resposta a este problema assenta em três
argumentos que tentam demonstrar a existência de Deus, sendo eles divididos em argumentos a posteriori,
que dependem de princípios que só podem ser conhecidos através da nossa experiência do mundo, e
argumentos a priori, que assentam em princípios que podemos conhecer independentemente da nossa
experiência do mundo. Com isto, dos três argumentos teístas, o argumento de desígnio, o argumento
cosmológico e o argumento ontológico só este último é completamente a priori. Além destes, existe
também o argumento moral de Kant e o argumento do apostador.
Argumento do desígnio
Este argumento destaca-se como sendo o que melhor tem sobrevivido às críticas e aquele que é mais
discutido, em função de recentes descobertas científicas sobre o Universo. Quem o defendeu foi São Tomás
de Aquino e William Paley.
Este argumento que também é designado, por vezes, argumento teleológico baseia-se numa
analogia (semelhança) entre o Universo e uma máquina. Pretende transmitir que, quando se observa o
mundo à nossa volta, ele parece obedecer a um conjunto de regras, isto é, tudo parece ter o seu desígnio
definido, a sua finalidade própria. A analogia mais comum é precisamente de Deus como um artificie de
alguém que constrói um mecanismo complexo, mas organizado à semelhança de um organismo vivo. Esta
ideia parece estar ainda hoje enraizada na mente e na cultura de muitos e radica na noção de que há uma
inteligência na natureza.
Serão as semelhanças entre um relógio e a natureza suficientes para que, a partir delas, se
conclua que Deus existe? A analogia entre o relógio e um ser vivo é o exemplo mais usado neste contexto.
Aquele pressupõe a existência prévia de um relojoeiro como autor do mundo e de um desígnio ou
propósito deste: dispor as várias peças de modo a que se tivesse a leitura de horas. Neste sentido, a grande
organização de partes nos seres vivos, ou organicidade, cada uma delas com uma função, mas concorrendo
para a sobrevivência e multiplicidade desses organismos, sugere que também eles foram concebidos por
uma força inteligente com um propósito. Essa força é Deus.
Contudo, foram apresentadas críticas a este argumento, uma delas diz respeito à fraqueza da
analogia. Esta objeção tira partido das condições para que um argumento por analogia seja forte,
observando que, quando refletimos, verificamos que não há assim tantas analogias relevantes entre o
Universo, ou seres vivos em particular, e uma máquina ou artefacto. Para além disso, ter partes e uma
função global é, segundo a objeção, algo que se pode dizer de praticamente tudo. O argumento deveria
especificar em que aspetos particulares é realmente determinante que o Universo seja como uma grande
máquina formada por muitas pequenas máquinas.
Outra crítica assente neste argumento está relacionada com as limitações da prova, pois, ainda que
as analogias fossem abundantes e todas relevantes, e mesmo se aceitar que elas provam que algo
inteligente criou o universo, essa prova ficaria muito longe de demonstrar a existência de Deus do teísmo –
omnipotente, omnisciente, bondoso, eterno e único.
Filosofia da Religião 8
Por fim, uma última objeção forte consiste em assinalar que há uma explicação para o facto de os
seres vivos, em particular, exibirem as propriedades que fundamentam a analogia do argumento – a sua
organicidade, para simplificar – uma explicação que, contudo, não passa por uma inteligência criadora que
lhas atribui intencionalmente. Essa explicação cientificamente baseada é a teoria da evolução das espécies,
proposta por Darwin. Assim, a razão para as espécies animais parecerem tão bem-adaptadas aos seus
ambientes consistiria apenas no facto de que, e, cada momento, as espécies sobreviventes são
precisamente as que melhor se adaptaram a esse ambiente, enquanto as restantes, tentativas falhadas da
natureza, não sobreviveram.
Argumento cosmológico
Filosofia da Religião 9
Argumento ontológico
Este argumento teísta é de natureza distinta, pois é o único a priori, ou seja, todas as suas premissas
são conhecíveis apenas pelo pensamento, sem precisarmos de recorrer às nossas capacidades percetivas, à
experiência. Este argumento parte da ideia que temos de Deus e procura deduzir a sua existência a partir
da análise desse mesmo conceito.
Tanto Descartes como Sto. Anselmo de Cantuária defendeu este fundamento. Sto. Anselmo
convenceu-se de que se aceitássemos três premissas, teríamos que aceitar que Deus existe mediante uma
reductio ad absurdum. As proposições são:
1. Temos a ideia de Deus como um ser do qual nada maior pode ser pensado.
2. Deus existe no pensamento.
3. Se algo existe no pensamento e podia existir na realidade, então podia ser maior do que é.
Filosofia da Religião 10
propriedade. Deveria ser antes uma condição de possibilidade para que qualquer coisa possa ter realmente
uma propriedade qualquer.
Por fim, mesmo que este argumento seja aceite, há um aspeto contraditório. A presença do mal no
mundo parece opor-se à ideia de que Deus é sumamente bom.
Argumento moral
“Será possível conhecer as coisas que ultrapassam a nossa experiência sensível (Deus, a alma e o
mundo na totalidade)?”
Kant concluiu que apenas conhecemos os objetos no espaço e no tempo (os fenómenos observados)
e tudo o que faz parte do mundo inteligível é incompreendido. Logo, provar a existência de Deus pela razão
teórica acaba por ser um fiasco, um engano e gera erros. Contudo, este filósofo defende que é possível
provar a existência de Deus através da moralidade ou razão prática.
O Homem é um ser moral e deve alcançar o soberano bem, agindo segundo a lei moral. Kant
pressupõe, assim, três coisas: temos livre-arbítrio, a alma é imortal, e Deus existe.
Quando agimos moralmente pressupomos que somos livres. Nesta atitude moral, os seres humanos
aspiram ao sumo bem, que consiste na união entre virtude e felicidade. Porém, como a virtude e felicidade
não estão unidas nem dependem uma da outra, a verdadeira felicidade deve surgir em consequência da
virtude. Mas, isto não é possível, para muitas pessoas, nesta vida. Isto implica, então, que elas acreditam na
imortalidade. Ou seja, quando agem virtuosamente não pretendem procurar uma recompensa após a
morte, mas revelam ter o sentimento de que a verdadeira vida, felicidade, o sumo bem, não é alcançado
nesta vida terrena. Assim, a realização da virtude pressupõe a imortalidade da alma.
A ligação da virtude à felicidade subentende a existência de Deus, ou seja: ao alguém ter o
sentimento de que deve fazer algo, mesmo não tendo a garantia de que alcançará a felicidade, sugere a
existência de um Deus que ordenou o mundo de modo a tornar o soberano bem possível e em que a
verdadeira felicidade está em ser virtuoso e em agir por sentido do dever.
Apesar disto, Kant afirma não ser possível provar a existência de Deus, mas que ao agirmos
moralmente, sem nos preocuparmos com a nossa felicidade imediata, mostramos que acreditamos num
Deus que confere sentido à moralidade. Imortalidade da alma e deus não constituem objetos do nosso
conhecimento, não existem no mundo e não se podem provar.
Algumas críticas a este argumento são:
Kant afirma que temos o dever de incrementar o sumo bem, opondo-se de que haja atos virtuosos
com vista a receber uma recompensa. Contudo, não devemos promover a conexão virtude-felicidade,
embora achemos justo bonificar a virtude, porque a visão numa gratificação futura é certamente a forma
encontrada por muitos para serem virtuosos.
Por outro lado, nada garante que seja humanamente possível alcançar o sumo bem. Deus,
supostamente, garante isso, mas como é o que se quer provar, não se deve presumir o que se quer
concluir.
Para além de o próprio filósofo defender que devemos agir sem o foco numa finalidade, não se pode
enunciar que as pessoas serão recompensadas, praticando o bem, ou punidas, cometendo o mal, se Deus
existir.
Filosofia da Religião 11
Argumento do apostador
Este argumento não tenta propriamente provar a existência de Deus, mas sim mostrar as vantagens
em “apostar” nela, calculando as hipóteses.
Blaise Pascal, filósofo que defendeu este argumento, afirmou que: “Mesmo que a existência de Deus
seja improvável, é mais racional acreditar em Deus do que no inverso.”
Vejamos… para Pascal o mais racional a ser feito é maximizar os ganhos e minimizar as perdas.
Se acreditar em Deus e ele existir, ganho a felicidade e a vida eterna - ganho infinito.
Se acreditar em Deus e ele não existir, perco muito pouco (algum tempo em orações/
rituais) – perda finita.
Se não acreditar em Deus e ele existir, sou condenado a penas eternas – perna infinita.
Se não acreditar em Deus e ele não existir, nada ganho ou pouco perco, podendo gozar dos
prazeres da vida sem medo – ganho finito.
Logo, posto isto e a atitude mais racional, acreditar que Deus existe é a decisão mais prudente,
pois tem efeitos mais benéficos.
Contudo, este argumento também foi alvo de objeções, como o facto de existir uma diferença
evidente entre agir e acreditar. Não podemos decidir acreditar ou desacreditar em algo, é necessário
provas mais concretas que assim nos movam e este argumento só nos diz ser boa opção acreditar em Deus.
Porém, Pascal reconheceu esta dificuldade e sugeriu que se deve adotar um estilo de vida que inclua rituais
religiosos e relações com pessoas praticantes que acreditem em Deus, de modo a que a crença em Deus
nasça naturalmente.
Este filósofo, que apoia o fideísmo, presume algo que nega. Ou seja, sendo Deus incompreensível
para a razão humana, não deveríamos de saber tão detalhadamente que ele recompensará os crentes e
punirá os descrentes.
Por outro lado, é inapropriado apostar na existência de Deus com a ansia da vida eterna, fingindo
crer nele. Certamente, Deus não aprovaria esta atitude interesseira, insincera e calculista.
Por fim, as premissas em que Pascal se baseia deduzem uma certa natureza de Deus, em que os que
nele não creem estão condenados ao sofrimento eterno. Contudo, será que Deus misericordioso pode
condenar uma pessoa porque ela foi demasiado honesta e pela falta de provas não acreditou nele? Faz
mais sentido, porém, crer num Deus sumamente bom que valoriza a honestidade intelectual.
Problema do mal
O mundo em que vivemos está repleto de coisas más, dor, fome, pobreza, tristeza, guerras,
catástrofes… Isto leva-nos a questionar-nos sobre a compatibilidade entre um mundo repleto de
sofrimento e a existência de Deus.
Assim, entre vários argumentos contra a existência de Deus, o mais poderoso, utilizado e invocado é
o argumento do mal. A ideia é simples. Se Deus é bom e todo-poderoso, como explicar o mal que existe no
mundo?
1. Se Deus é bom, omnisciente, omnipotente, o mal não existe.
2. O mal existe.
.
. . Deus não é bom, omnipotente e omnisciente ou não existe.
Filosofia da Religião 12
Parece assim haver um choque entre a existência de Deus a existência do mal.
Podemos distinguir dois tipos de mal, mal moral e mal natural. O primeiro corresponde àquele
provocado pelo Homem que causa sofrimento em outros seres humanos e animais. O mal natural é o
proveniente de força e causas naturais que podem ser consequência de certas ações humanas.
Uma das conceções é a incoerência de Deus bom e com todos os poderes.
1. Se Deus quer abolir o mal, mas não pode fazê-lo ou pode abolir o mal, mas não quer fazê-lo,
ou ele não sabe da existência do mal ou sabe e não lhe põe fim.
2. Se Deus quer abolir o mal e não pode, é porque é impotente.
3. Se Deus pode abolir o mal e não quer fazê-lo, é mau.
4. Se Deus desconhece o mal, não é omnisciente.
5. Se Deus conhece o mal e pode aboli-lo, mas não o faz, não é bom.
Filosofia da Religião 13
O mal natural funciona como uma punição da má conduta moral. No entanto, o mal também afeta as
pessoas virtuosas, por vezes, em maior grau.
O mal contribui para a beleza e harmonia do mundo, tal como as imperfeições de uma obra de arte.
Não obstante, como é que alguém em extremo sofrimento colabora para o equilíbrio do mundo? Acresce
ainda que a compreensão da harmonia cabe somente a Deus e permitir o mal, apenas para a beleza
mundial, faz pensar que Deus é, em vez de bom, maldoso.
Na conceção panteísta, Deus é um “jogador” ou “ator cósmico” que adota todas as personagens,
como, por exemplo, rei, sábio, adolescente, louco, assassino e terrorista. Assim, embora Deus também
adote papeis bondosos, ao encarnar em géneros monstruosos, o mundo acaba por ser a sua vítima.
Segundo o ponto de vista fideísta, o ser humano, com capacidades limitadas e finito, e Deus
infinitamente incompreensível, não consegue entender a existência do mal, sendo uma questão que o
transcende.
Tal como os argumentos teístas sobre a existência de Deus, os argumentos ateístas contra a sua
existência são insuficientes para tirar conclusões definitivas. Neste sentido, “Existirá Deus?” é uma questão
que permanece em aberto. Então, tudo isto parece apelar à fé, ato de acreditar de forma incondicional
uma crença, tornando irrazoável recorrer à razão para explicar como funciona a vontade de Deus ou a sua
simples existência.
Razão e Fé
Incompatibilidade a favor da fé
A posição que defende que a relação entre razão e fé religiosa é de oposição ou separação,
mantendo a tese de que só a fé nos permite acreditar na existência de Deus e noutras verdades religiosas,
designa-se fideísmo (de “fides” – fé em latim).
SØren Kierkegaard, filósofo dinamarquês, adotou uma posição radical, defendendo que não só a
razão não nos permitia demonstrar a existência e a natureza de Deus, como acreditar nele com base em
argumentos e provas racionais é errado, não sendo verdadeira fé religiosa. Assim, as pessoas devem aceitar
que “acreditar é confiar de uma maneira cega, algo que parte do nosso sentimento e não do nosso
raciocínio”. Alem disto, a religião é uma via de salvação, na qual a fé tem uma função libertadora, e não
apresenta uma visão racional da vida nem do mundo.
Blaise Pascal sustentou um fideísmo moderado, pois não acreditava que houvesse um conflito aceso
entre fé e razão, embora não houvesse uma harmonia ou conciliação.
Filosofia da Religião 14
Incompatibilidade a favor da razão
Segundo a posição ateísta, fé e razão são incompatíveis e devemos seguir a última, pois mostra-nos
que Deus não existe (argumento do mal).
A posição agnóstica é a de que a razão não nos provou, até então, suficientemente, quer a existência
de Deus quer a sua inexistência, pelo que devemos interromper o nosso juízo.
Na sua dimensão pessoal, a religião exige uma vivência que não se manifesta em ritos públicos ou
cerimónias coletivas, mas supõe uma atitude contemplativa e de recolhimento, recorre à oração enquanto
meio de aproximação do divino.
Filosofia da Religião 15
A religiosidade pessoal mostra pelo afastamento do mundo e das preocupações terrenas,
procurando-se o recolhimento mais benéfico à aproximação de Deus. As ermitas refugiavam-se em lugares
ermos, às vezes, no deserto, e levavam uma vida extremamente contida que retrata uma modificação para
o corpo mas uma libertação para o espirito.
Em Portugal, o Convento de Arrábida foi edificado para responder a essa necessidade de retiro de
elevação.
A experiência mística
A dimensão pessoal da religião identifica-se como um misticismo que acredita ser possível a
comunicação direta entre o ser humano e o Deus. Apesar de alguns místicos admitirem as duas vidas
complementares de acesso ao divino, outros opõem-se a qualquer tentativa de utilização de razão para
chegar até Deus.
O êxtase-místico é a comunhão íntima e pessoal com Deus, porém, para aí chegar é necessário
percorrer um longo caminho, uma ascese, que passa pelo afastamento dos interesses terrenos, o
isolamento do mundo e do contacto do mundo com os homens e a mortificação do corpo através de
punições e jejuns para que o espirito se liberte da carne entre em comunhão com o divino. A experiencia
mística surge como incompreensível para aquele que não a viveu; não é comunicável através de palavras,
porque não é de natureza natural; é ilimitado com outros tipos de experiências, pois não há padrão com o
qual possa ser comparada.
A religião inserida encara com alguma retenção a experiência mística, porque o místico quando se
isola, absolve-se ao seu poder e autoridade; não estando devidamente enquadrado pode cair na tentação
herética e adotar princípios que representam desvios em relação a doutrina estabelecida pela instituição
religiosa. Porém, para alguns, como Bergson, é a dimensão mística que confere à religião.
No que toca à dimensão social, a religião implica um conjunto de crenças partilhadas por uma dada
comunidade e um conjunto de ritos, práticas cumpridas com escrupuloso formalismo, que acompanham e
manifestam essas crenças. O conjunto de membros da comunidade que partilham as mesmas crenças
constitui uma Igreja.
Para administrar o culto, formado pelo conjunto e práticas religiosas e de ritos que exprimem as
crenças, a Igreja possui uma classe sacerdotal hierarquizada. A instituição eclesiástica é solidária da religião,
compreendida está na sua dimensão social. A classe sacerdotal tende a gozar de poder e autoridade junto
dos fieis, devido ao prestígio que o papel de intermediária entre o terreno e o divino lhe confere. Na sua
dimensão social, a religião integra-se e intervém na sociedade, exercendo importantes funções.
Percebemos que as diferenças entre as religiões existem quando, por exemplo: os homens judeus
cobrem a cabeça, ao contrário dos cristãos; os sikhs recusam-se a cortar o cabelo, os budistas rapam-no;
algumas religiões têm mulheres ministras, outras não; algumas oferecem à divindade frutas ou incenso,
enquanto que, outras sacrificam animais; em algumas os fiéis rezam de pé, noutras sentados ou ainda
ajoelhados. No entanto, encontramos religiões que também discordam relativamente à sua estrutura e aos
seus princípios. Relativamente às tradições, elas são diferentes relativamente ao Deus teísta que
respondem, para o cristianismo, mas não para o judaísmo ou para o islamismo, Deus é uma trindade que se
torna humano na pessoa de Jesus Cristo.
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Diferem também relativamente à realidade última ser um Deus pessoal ou uma entidade impessoal,
tal como diferem no que diz respeito à vida terrena e ao destino último. Outra diferença está na revelação.
No judaísmo a revelação divina faz-se na Tora; no cristianismo a Bíblia contém a revelação sagrada; no
islamismo a revelação aparece no Corão. Assim como os muçulmanos, os judeus não aceitam a doutrina do
pecado original, apesar de reconhecerem a imperfeição humana. Porém, para os cristãos, há um nexo
causal entre o pecado original de Adão e Eva e o pecado de seres humanos.
Religiões e tolerância
Face à diversidade, como devem então os crentes de uma dada religião lidar com as outras religiões?
Devido à diversidade de religiões, os crentes de uma dada religião tem que saber lidar com os crentes das
outras religiões. Para assim o fazerem, os crentes podem seguir três posturas: postura exclusivista, postura
inclusivista e postura pluralista.
Postura exclusivista
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A postura exclusivista consiste em acreditar que a verdade está na sua própria religião e que todas as
outras são falsas. Visto que ser crente de uma certa religião é aceitar as suas afirmações como verdadeiras,
o que nos faz dizer que esta é uma postura natural. Porém, se considerarmos que as religiões não são só
um agregado de doutrinas ou princípios, todas elas constituem um meio de salvação ou de libertação do
mal do mundo. Levantando o problema de se saber como encarar as diferentes perspetivas sugeridas pelas
outras religiões ou até mesmo por quem não professa nenhuma religião.
Sendo assim, quando uma particular religião declara que só ela salva, está a ter uma postura
exclusivista, o que faz com que todos aceitem essa fé religiosa exclusivista, a menos que se desviem dessa
doutrina particular, isto é, a aceitação de uma particular religião leva a que se acredite no caminho para a
salvação que essa religião ensina e representa. Levando também a que esse caminho é único e exclusivo.
Postura inclusivista
A postura inclusivista tenta agregar o facto de não se pertencer a uma certa religião com a
possibilidade de se alcançar a salvação. Através desta perspetiva, é suficiente que se faça o possível por se
ser uma boa pessoa e seguir os princípios que a religião aponta para viver melhor de acordo com os
caminhos que estabelece. Conforme esta postura, a salvação pode ser atingida por qualquer pessoa,
mesmo por caminhos diferentes, visto que estas façam o melhor que podem para a alcançarem.
Postura pluralista
A postura pluralista pondera que apesar de serem diferentes, todas as religiões são valiosas, porque
todas oferecem uma resposta original à presença do divino na vida humana, sendo assim a postura mais
aceitável face às outras religiões.
O pluralismo defende que todas as religiões particulares devem encarar as outras como caminhos
possíveis para a salvação. A postura pluralista leva-nos a um problema: o problema das relações entre as
religiões e a tolerância.
Tolerância
Em que se baseia ser tolerante? Ser tolerante baseia-se numa proposta antimonolítica contra
dogmas ideológicos ou espirituais impostos, ou seja, não é uma atividade passiva. A tolerância transporta
uma disposição agressiva contra a intolerância, a favor da pluralidade cultural e social. Porém, existe um
aspeto que tem de ser destacado, é preciso diferenciar as pessoas como sujeitos independentes das ideias
ou crenças e dos costumes que praticam.
O diálogo inter-religioso é uma solução para a tolerância, para os fanáticos e radicalismos, porque só
através do diálogo se pode apelar ao respeito por todas as fés e práticas religiosas. É uma maneira de
promover a paz entre todas as crenças enquanto formas de humanidade.
Conclusão
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Esta análise pormenorizada sobre as componentes abordadas pela filosofia da religião permitiu-nos
concluir que, embora existam muitas religiões, com crenças, rituais, tradições, orações, valores…
diferentes, a religião, no seu geral, é uma dimensão muito importante para o Homem.
A religião apresenta-se como um caminho, uma vertente paralela com o mundo, onde muitos se
refugiam e dão sentido ao seu quotidiano. Esta é um fenómeno bastante complexo que tem,
simultaneamente, um aspeto individual e um coletivo/social.
Além disso, foi claro que a existência de argumentos a favor e contra a existência de Deus não são
fortes nem consistentes, pelo que as suas conclusões são vagas e duvidosas. Assim, não se pode nem
afirmar que Deus existe verdadeiramente, nem que ele não existe. Contudo, os crentes não necessitam
destas justificações para acreditarem na sua existência, pois trata-se de fé.
A fé, muitas vezes oposta à razão, orienta os praticantes de uma doutrina religiosa. Como podemos
ver, apesar disto, não se pode abolir a conciliação entre estes dois domínios, pois ambos são essenciais
para a vida humana.
Por fim, após estudarmos as diversas posições sobre Deus e a religião, bem como tudo o que elas
defendem comummente, torna-se fulcral salientar que saber lidar com outras pessoas, crentes ou não de
outra religião, de forma tolerante, harmoniosa e com a ideia de que somos livres e de que a diversidade
cultural e religiosa é muito rica e faz parte da humanidade, é fundamental.
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Bibliografia
Divisão do Trabalho:
Joana Dias – Da página 4 até metade da página 7 (a religião e o sentido da existência: religião;
sagrado e profano; transcendência e imanência; teísmo, deísmo, ateísmo, agnosticismo,
panteísmo; o sentido da vida; reposta religiosa ao problema do sentido da existência)
Andreia Azevedo – A partir de metade da página 7 até à página 9 (reposta não religiosa ao
problema do sentido da existência; Religião, razão e fé: o argumento do desígnio; o argumento
cosmológico)
Eduarda Antunes – Todo o subtema da “As dimensões pessoal e social das religiões e o
problema da tolerância”;
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