Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
TIPOLOGIA TEXTUAL
◊ ◊ ◊
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
GÊNEROS TEXTUAIS
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos.
Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características
comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se
dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais
ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos
demais através de suas características. Exemplos:
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-
argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de
"carta pessoal", a presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum.
Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação
fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento.
Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal
comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o
sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.
Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a
passo e de maneira simplificada, como fazer algo.
Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um
determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características
do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos.
Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversação de duas ou mais
pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum
outro assunto. Geralmente envolve também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata
de entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos narrativos, como na
entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica.
História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros
através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação.
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas,
com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande
maioria.
Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes.
Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático,
etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.
Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem, ou seja, tudo o que toca e
comove pode ser considerado como poético (até mesmo uma peça ou um filme podem ser assim
considerados). Um subgênero é a prosa poética, marcada pela tipologia dialogal.
Disponível em: https://www.passeidireto.com/pergunta/5738842/o-que-e-tipologia-textual-e-generos-textuais acesso em 28 fev 2016
–
. Seja comedida em suas a
-
. Melhor con
alma.
2. (ENEM 2010)
MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA
CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS.
Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006.
I. Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto de
interesse. Algumas revistas têm uma seção dedicada a esse gênero;
II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira
particular, refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de
imagens;
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
III. Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à vida cotidiana. Apresenta certa dose de lirismo e
sua principal característica é a brevidade;
IV. Linguagem linear e curta, envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma
única ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um
desfecho;
V. Esse gênero é predominantemente utilizado em manuais de eletrodomésticos, jogos eletrônicos, receitas,
rótulos de produtos, entre outros.
São, respectivamente:
A outra noite
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui.
Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em
cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram,
vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou o sinal fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra – pura, perfeita e linda.
- Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais
lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
- Ora, sim senhor...
Analisando as principais características do texto lido, podemos dizer que seu gênero predominante é:
a) Conto.
b) Poesia.
c) Prosa.
d) Crônica.
e) Diário.
5. O gênero abaixo é uma campanha comunitária. Discorra sobre o tipo textual, função social e elementos
utilizados no cartazes.
EDITORIAL
Este gênero textual nos parece bastante familiar, pois basta folhearmos as páginas de alguns meios de
comunicação, como jornais e revistas, que lá o encontramos. Por essa razão, dizemos que ele integra os chamados
gêneros do cotidiano jornalístico.
Podemos dizer que ele se caracteriza como um texto de natureza argumentativa em que a autoria não é
identificada, uma vez que se trata da opinião de todo o veículo de comunicação a respeito de um determinado
assunto, em geral, de algum fato polêmico.
Por se tratar de uma modalidade relacionada à linguagem escrita, o editorial é constituído de uma linguagem
clara, objetiva e precisa, razão pela qual o emprego do padrão formal da linguagem é fator preponderante. Sendo
assim, o gênero em questão obedece a uma estrutura convencional, retratada da seguinte forma:
No primeiro e segundo parágrafos apresenta-se a ideia principal a ser debatida, também denominada
de síntese.
Em seguida, tem-se o desenvolvimento, o qual constitui o corpo do editorial. Nele são apresentados
os argumentos que fundamentam a ideia principal, de forma a convencer o interlocutor acerca da
posição defendida.
No último parágrafo apresenta-se a conclusão, a qual se constitui da solução para o problema
evidenciado, como pode também apenas conduzir o leitor a uma reflexão sobre o assunto em pauta.
Educação de qualidade
Por: Editorial
A Câmara dos Deputados está analisando um projeto de lei que pretende assegurar a presença de
professores com qualificação mínima para o exercício da profissão na educação básica da rede pública de ensino.
O texto inclui no rol dos padrões mínimos de qualidade de ensino, estabelecidos pela Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB – 9.394/96), a presença de docentes qualificados, que passam a ser considerados
insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
A qualificação dos professores, segundo o projeto, respeitará os requisitos estabelecidos pela própria LDB:
graduação em nível superior em curso de licenciatura em universidades e institutos superiores de educação,
admitindo-se formação em nível médio na modalidade normal para professores de educação infantil e dos cinco
primeiros anos do ensino fundamental.
Sem dúvida, é fundamental ter professores bem qualificados para que o país possa oferecer uma educação
de qualidade, mas essa qualificação tem de vir acompanhada de uma remuneração condizente com a importância
da profissão, além de condições adequadas de trabalho.
No que diz respeito ao corpo docente, o Brasil precisa atrair para o magistério os jovens mais talentosos do
ensino médio, garantindo profissionais mais qualificados nas salas de aula. Entretanto, os níveis salariais atuais
acabam desencorajando muitos estudantes que se sentem atraídos para a sala de aula.
Hoje, um professor ganha cerca de 40% menos do que outros profissionais de nível superior. Ainda que as
melhorias salariais sejam feitas, levará tempo até que a carreira volte a ser atraente para a juventude, como já
ocorreu em outras épocas.
Especialistas concordam, porém, que a questão do professor é um problema complexo, que não se resolve
apenas com melhoria salarial. Alguns estados chegaram a pagar bônus a professores por bom desempenho, com
base no resultado dos alunos nas avaliações, entretanto essa política é alvo de críticas por parte da categoria.
O fato é que é necessário combinar a melhoria das condições salariais e de trabalho com um ingresso mais
criterioso na carreira. Dar condições, mas também cobrar desempenho e qualificação. Só assim, a educação
básica brasileira poderá avançar significativamente.
◊ ◊ ◊
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
ARTIGO DE OPINIÃO
O artigo de opinião é um gênero textual que se vale da argumentação para analisar, avaliar e responder a
uma questão controversa. Ele expõe a opinião de um articulista, que pode ou não ser uma autoridade no assunto
abordado. Geralmente, discute um tema atual de ordem social, econômica, política ou cultural, relevante para os
leitores. Nesse gênero, interessa menos a apresentação dos acontecimentos sociais em si, mas a sua análise e a
posição do autor. O processo interativo se sustenta pela construção de um ponto de vista.
As características do contexto de produção (enunciador, assunto, finalidade comunicativa) determinam a
configuração do artigo de opinião. Normalmente, esse gênero situa-se na seção destinada à emissão de opiniões, e
sua publicação tem certa periodicidade (semanal, mensal, quinzenal). O espaço físico que ele ocupa é limitado,
normalmente de meia a uma página, dependendo do veículo de publicação.
Segundo Irandé
com outra pessoa. Essa pessoa é a medida, é o parâmetro das decisões que devemos tomar acerca do que dizer, do
quanto dizer e de como fazê-
cuidada. A primeira emprega um conjunto de palavras, expressões e construções mais usuais, com uma sintaxe
acessível ao leitor comum. A segunda vale-se de um vocabulário mais preciso e raro, com uma sintaxe mais
elaborada que a comum. A escolha por um dos níveis depende do público a que se destina o texto.
Para a produção de um artigo de opinião, é necessário que haja um problema a ser discutido e seja
proposta uma solução ou avaliação, refletindo a respeito do assunto. Assim, o artigo de opinião pode ser
estruturado da seguinte forma: situação-problema, discussão e solução-avaliação. Vejamos:
a) situação-problema: coloca a questão a ser desenvolvida para guiar o leitor ao que virá nas demais
partes do texto. Busca contextualizar o assunto a ser abordado, por meio de afirmações gerais e/ou específicas.
Nesse momento, pode evidenciar o objetivo da argumentação que será sustentada ao longo do artigo, bem como a
importância de se discutir o tema;
b) discussão: expõe os argumentos e constrói a opinião a respeito da questão examinada. Para Guedes,
todo texto dissertativo precisa argumentar, ou seja, apresentar provas a favor da posição que assumiu e provas
para mostrar que a posição contrária está equivocada. Os argumentos baseiam-se nos conceitos apresentados, na
adequação dos fatos para exemplificar esses conceitos, bem como na correção do raciocínio que estabelece
relações entre conceitos e fatos (2002, p. 313). Para evitar abstrações, geralmente faz uso da exposição de fatos
concretos, dados e exemplos, com o emprego de sequências narrativas, descritivas e explicativas, entre outras;
c) solução-avaliação: evidencia a resposta à questão apresentada, podendo haver uma reafirmação da
posição assumida ou uma apreciação do assunto abordado. Não é adequado um simples resumo ou mera
paráfrase das afirmações anteriores. Essa estrutura do artigo de opinião não é rígida, mas o caracteriza,
diferenciando-o de outros gêneros, a fim de facilitar os encaminhamentos didáticos presentes no seu processo de
ensino-aprendizagem.
Hoje quero falar de gente e bichos. De notícias que frequentemente aparecem sobre baleias encalhadas e
pinguins perdidos em alguma praia. Não sei se me aborrece ou me inquieta ver tantas pessoas acorrendo,
torcendo, chorando, porque uma baleia morre encalhada. Mas certamente não me emociona. Sei que não vão me
achar muito simpática, mas eu não sou sempre simpática. Aliás, se não gosto de grosseria nem de vulgaridade,
também desconfio dos eternos bonzinhos, dos politicamente corretos, dos sempre sorridentes ou gentis. Prefiro o
olho no olho, a clareza e a sinceridade – desde que não machuque só pelo prazer de magoar ou por ressentimento.
Não gosto de ver bicho sofrendo: sempre curti animais, fui criada com eles. Na casa onde nasci e cresci, tive até
uma coruja, chamada, sabe Deus por quê, Sebastião. Era branca, enorme, com aqueles olhos que reviravam.
Fugiu da gaiola especialmente construída para ela, quase do tamanho de um pequeno quarto, e por muitos dias eu
a procurei no topo das árvores, doída de saudade. Na ilha improvável que havia no mínimo lago do jardim que se
estendia atrás da casa, viveu a certa altura da minha infância um casal de veadinhos, dos quais um também fugiu.
O outro morreu pouco depois. Segundo o jardineiro, morreu de saudade do fujão – minha primeira visão infantil
de um amor romeu-e-julieta. Tive uma gata chamada Adelaide, nome da personagem sofredora de uma novela de
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
rádio que fazia suspirar minha avó, e que meu irmão pequeno matou (a gata), nunca entendi como – uma das
primeiras tragédias de que tive conhecimento. De modo que animais fazem parte de minha história, com muitas
aventuras, divertimento e alguma tristeza. Mas voltemos às baleias encalhadas: pessoas torcem as mãos, chegam
máquinas variadas para içar os bichos, aplicam-se lençóis molhados, abrem-se manchetes em jornais e as
televisões mostram tudo em horário nobre. O público, presente ou em casa, acompanha como se fosse alguém da
família e, quando o fim chega, é lamentado quase com pêsames e oração. Confesso que não consigo me comover
da mesma forma: pouca sensibilidade, uma alma de gelos nórdicos, quem sabe? Mesmo os que não me apreciam,
não creiam nisso. Não é que eu ache que sofrimento de animal não valha a pena, a solidariedade, o dinheiro. Mas
eu preferia que tudo isso fosse gasto com eles depois de não haver mais crianças enfiando a cara no vidro de meu
carro para pedir trocados, adultos famintos dormindo em bancos de praça, famílias morando embaixo de pontes
ou adolescentes morrendo drogados nas calçadas. Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia
causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace defensor de seres humanos se moveria.
Nenhuma manchete seria estampada. Uma ambulância talvez levasse horas para chegar, o corpo coberto por um
jornal, quem sabe uma vela acesa. Curiosidade, rostos virados, um sentimentozinho de culpa, possivelmente
irritação: cadê as autoridades, ninguém toma providência? Diante de um morto humano, ou de um candidato a
morto na calçada, a gente se protege com uma armadura. De modo que (perdão) vejo sem entusiasmo as
campanhas em favor dos animais – pelo menos enquanto se deletarem tão facilmente homens e mulheres.
CHARGE
De caráter crítico e irônico acerca de uma realidade, a charge, enquanto tipo textual que alia a imagem e o
texto em sua composição, e enquanto gênero textual que constrói uma argumentação e reconstrói uma narrativa
que exagera na descrição, potencializando a interpretabilidade sobre aquilo que critica, constitui-se, de fato, em
poderoso veículo linguístico que viabiliza o trabalho com a leitura, em diferentes níveis e diferentes leitores, de
forma mais eficiente, atraente e prazerosa.
A caricatura é traço artístico que o chargista delineia em seu texto não verbal que representa e critica algo
em determinado contexto: é por meio do traço exagerado da realidade que a charge consolidou-se como texto que
carrega aspectos discursivos da realidade, ora implícitos, ora explícitos, e que estes aspectos denotam inúmeras
leituras e interpretações que podem e precisam ser trabalhadas mais profundamente, já que são críticas ao nosso
dia a dia, no que somos ou desejamos ser enquanto indivíduos sociais que somos, inseridos em situações que
exigem de nós reflexões e atitudes singulares.
Como a charge é um texto temporal e cultural na maioria de sua produção, pois são poucas as que se
eternizam na lembrança e compreensão do leitor, muitas vezes, só sentido que poderia ser óbvio em primeiro
momento, pode não ser interpretado, entendido, e daí torna a charge um pouco distante da compreensão de alguns
leitores. E, às vezes, o que deveria ser de início compreensível passa a ser indecifrável.
1. Veja as charges abaixo; feito isso, escreva qual(is) o(s) efeito(s) de sentido.
a)
c)
d)
e)
2. A charge é um gênero textual que apresenta um caráter burlesco e caricatural, em que se satiriza um fato
específico, em geral de caráter político e que é do conhecimento público.
4. (CESGRANRIO/2009) A primeira frase do personagem pode ser lida como uma hipótese formulada a
partir da fala que faz a seguir. Apesar de não estarem ligadas por um conectivo, pode-se perceber a relação
estabelecida entre as duas orações.
O conectivo que deve ser usado para unir essas duas orações, mantendo o sentido, é
(A) embora.
(B) entretanto.
(C) logo.
(D) se.
(E) pois.
ORAÇÕES COORDENADAS
Orações coordenadas assindéticas são orações que não estão ligadas através de conjunções, mas sim
através de uma pausa, normalmente simbolizada pela vírgula.
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
Orações coordenadas sindéticas são orações que estão ligadas através de conjunções, chamadas
conjunções coordenativas. Mediante as conjunções usadas, as orações coordenativas sindéticas podem ser
classificadas em aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
Exemplo: Meu filho quer trabalhar e estudar, porque quer ser independente.
Oração coordenada sindética aditiva: transmite uma ideia de adição à oração anterior. São utilizadas
conjunções coordenativas aditivas ou locuções conjuncionais coordenativas aditivas: e, nem, também, bem
… …
assim...como, etc.
Exemplos:
Eu e meu namorado jantamos fora e fomos ao cinema.
Não só foi descortês, como também culpou quem estava inocente.
Não gostava de jogar futebol nem de andar de bicicleta.
Oração coordenada sindética adversativa: transmite uma ideia de oposição à oração anterior. É
obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas adversativas. São utilizadas
conjunções coordenativas adversativas ou locuções conjuncionais coordenativas adversativas: mas, porém,
contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, nada obstante, antes, ainda assim, etc.
Exemplos:
Eu queria ir à festa, mas minha mãe não deixou.
Gostaria de ter sido aeromoça, contudo não tive essa oportunidade.
Oração coordenada sindética alternativa: transmite uma ideia de alternância em relação à oração anterior.
É obrigatório o uso de vírgulas entre orações coordenadas sindéticas alternativas. Caso haja apenas uma
oração coordenada sindética alternativa o uso da vírgula é opcional. São utilizadas conjunções coordenativas
…
… tc.
Exemplos:
Faça o que o juiz manda ou irá preso.
Ora você gosta de mim, ora não gosta.
Quer festeje hoje, quer festeje amanhã, não irei ao seu aniversário.
Oração coordenada sindética conclusiva: transmite a conclusão de uma ideia expressa na oração anterior.
É obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas conclusivas. São utilizadas
conjunções coordenativas conclusivas ou locuções conjuncionais coordenativas conclusivas: logo, pois,
portanto, assim, por isso, por consequência, por conseguinte, consequentemente, de modo que, desse modo,
então, etc.
Exemplo:
Reprovei na quinta série, portanto não seremos mais da mesma turma.
Ela fez um belíssimo trabalho, por isso será contratada novamente.
Nós presenciamos o acidente; seremos, pois, chamados para depor.
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
Oração coordenada sindética explicativa: transmite a explicação de uma ideia expressa na oração anterior.
É obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas explicativas. São utilizadas
conjunções coordenativas explicativas ou locuções conjuncionais coordenativas explicativas: que, porque,
porquanto, pois, na verdade, isto é, ou seja, a saber, etc.
Exemplos:
Não consegui ir trabalhar hoje, pois estava tudo alagado.
Sai cedo da festa, porque precisava dormir.
2. Junte as orações dadas em cada item, usando como ligação uma conjunção coordenativa; indique o
tipo de relação estabelecida.
4. Nas questões que seguem, ocorrem duas frases isoladas. Estabeleça entre elas uma relação de
coordenação e indique o tipo de relação estabelecida.
Modelo:
Fique quieta. Expulso a senhora da sala.
Relacionando: Fique quieta, ou expulso a senhora da sala. Tipo de relação: alternância.
a) Ele era o artilheiro do time. Ele não marcou nenhum gol no último campeonato.
Relacionando: _________________________________________________________________________
Tipo de relação:________________________________________________________________________
b) O Brasil é um país de grandes riquezas. O padrão de vida de seu povo é um dos mais baixos do mundo.
Relacionando: _________________________________________________________________________
Tipo de relação: ________________________________________________________________________
z C -adormecidas
entre duas águas, nenhum pássaro cantava, as vozes noturnas da floresta haviam se calado, mas nós estávamos
( lês de Sousa).
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
7. Por definição, oração coordenada que seja desprovida de conectivo é denominada assindética.
Observando os períodos seguintes:
a) I apenas
b) II apenas
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
c) III apenas
d) I, II e III
e) Nenhuma deles.
9. Qual a alternativa que completa as lacunas das opções a seguir em relação de sentido?
Todos desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade
do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há
espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos deixamos extraviar. A cobiça
envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso
para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A
máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa
inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas,
precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a
vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas são um apelo eloquente à bondade
do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante, a minha voz chega a
milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um
sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A
desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que
temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbirão e o poder
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
que do povo arrebataram há de retornar ao povo. Sei que os homens morrem, mas a liberdade não perecerá
jamais.
Charles Chaplin.
Assinale a opção que indica a frase em que a conjunção e mostra valor adversativo.
) P e z ?
b) e
c) a pode ser o da liberdade e z
d) -nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e
e) P e
N U 30 50 z mais
água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas da população brasileira têm índices de desperdício
semelhantes, associados a hábitos como longos banhos ou lavagem de quintais, calçadas e carros com
No início do segundo período do texto ocorre a presença da conjunção mas; trata-se de uma conjunção
adversativa, e o ponto que serve de elemento de oposição é:
Esse tipo de oração recebe esse nome porque exerce uma função própria dos substantivos: objeto direto,
objeto indireto, sujeito, predicativo, completiva nominal e aposto.
A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta funciona como objeto direto da Oração Principal.
A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta funciona como objeto indireto da Oração Principal.
A Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal funciona como complemento nominal da Oração
Principal.
ATIVIDADES
Não restringem a significação do nome; pelo contrário, acrescentam uma característica que é própria do elemento
a que se refere.
Letícia gosta daquele menino/, que tem olhos azuis,/ que é do 3° Ano.
Lucas/, que já esta velho,/ já esta casado.
Edson/, que ainda é novo,/ já esta na Faculdade Nacional de Direito.
ATIVIDADES
Orações Subordinadas Adverbiais são, conforme definidos anteriormente, aquelas que exercem a função sintática
de adjunto adverbial, função própria do advérbio.
Exprime uma circunstância de causa, aqui atendida como motivo, ou seja, aquilo que determina ou provoca um
acontecimento.
Vinícius foi despedido/ uma vez que não obedeceu ao seu patrão.
Pedro saiu de casa/ já que se separou de sua mulher.
Ricardo não gostou da brincadeira/ porque isso feriu os seus sentimentos.
As principais conjunções casuais são: porque, visto que, já que, uma vez que, como (equivalendo a porque).
Exprime circunstância de comparação, que é o ato de confrontar dois elementos a fim de estabelecer semelhanças
ou diferenças entre eles.
As principais conjunções comparativas são: como, assim como, tal como, tal qual, que (menos que, mais que).
Vinícius ficou/ tão feliz com a notícia que foi alegre para casa.
Choveu /tanto que as ruas ficaram alagadas.
Lucas comeu/ tanto bolo que passou mal.
A principal conjunção Consecutiva é que (precedido de um termo intensivo: tão, tal, tanto).
Exprime circunstância de Concessão, que é o ato de conceder, de permitir, de não negar, de admitir uma idéia
contrária.
As principais conjunções Concessivas são: embora, se bem que, ainda que, mesmo que, por mais que, por menos
que, conquanto.
Exprime circunstância de Condição, entendida como uma obrigação que se impõe ou se aceita para que um
determinado fato se realize.
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
As principais conjunções Condicionais são: se, caso, contanto, que, desde que.
Exprime circunstância de proporção, entendida como a relação existente entre duas coisas, de modo que qualquer
alteração em uma delas implique alteração na outra.
Nossas opiniões foram sendo formadas /à medida que nós estudávamos mais.
O nosso amanha foi sendo formado /à proporção que nós trabalhamos mais.
À medida que íamos construindo o nosso futuro /nós ficaremos cada vez mais felizes.
As principais conjunções proporcionais são: à proporção que, à medida que, quanto mais, quanto menos.
As principais conjunções Temporais são: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que.
Muitas vezes, as orações subordinadas (substantivas, adjetivas e adverbiais) podem aparecer sob a forma
de orações reduzidas. As orações subordinadas reduzidas têm duas características:
Apresentam o verbo em uma das formas nominais: Gerúndio, Particípio e Infinitivo.
Penso existir.
Desenvolvida: Penso que existo.
ATIVIDADES
1. Classifique as orações subordinadas adverbiais destacadas nos enunciados a seguir, de acordo com o seguinte
código:
a) ( ) Os fazendeiros alegam que estão endividados porque os juros bancários são muito altos.
b) ( ) Os fazendeiros alegam que os juros são tão altos que eles estão endividados.
c) ( ) Para os bancos, quando contraíram as dívidas, os fazendeiros já sabiam as condições do empréstimo.
d) ( ) Os ganhos foram subindo à medida que a inflação foi baixando.
e) ( ) Como os juros não pararam de subir, os fazendeiros acabaram endividados.
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelas orações destacadas.
4. Em qual dos períodos abaixo há uma oração subordinada adverbial que expressa ideia de concessão?
QUESTÕES DE CONCURSO
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
1. ESPCEX - N z
que ele ia ficar longe de nós por algum tempo
a) subordinada substantiva predicativa;
b) subordinada adjetiva restritiva;
c) subordinada adverbial de lugar;
d) subordinada substantiva subjetiva.
b) Não chores, porque amanhã será um novo dia. (coordenada sindética explicativa)
Não chores porque erraste o problema. (subordinada adverbial causal)
4. Colégio Naval
Vamos até a Matriz de Antônio Dias onde repousa, pó sem esperança, pó sem lembrança, o Aleijadinho.
Vamos subindo em procissão a lenta ladeira. Padres e anjos, santos e bispos nos acompanham e tornam mais
rica, tornam mais grave a romaria de assombração. Mas já não há fantasmas no dia claro, tudo é tão simples,
tudo tão nu, as cores e cheiros do presente são tão fortes e tão urgentes que nem se percebem catingas
e rouges, boduns e ouros do século 18.
(O vôo sobre as igrejas, Carlos Drumond de Andrade)
10 â
a) explicação;
b) condição;
c) conformidade;
d) consequência;
e) lugar.
5. Colégio Naval - N T z
oração se classifica como:
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
6. AFA
à
classificam-se, respectivamente, como:
7. EPCAR - Marque a alternativa que contém oração subordinada substantiva completiva nominal.
) C z ?
) V -
) U -
) N
) N z z
evaporar as últimas poças de água
8. EFOMM - Assinale o único exemplo em que não ocorre oração subordinada substantiva subjetiva:
) C R N
) T
) -se acostumado, mas seria mais agradável dormirem numa cama de lastro de
) É M
) e a multiplicidade informe e confusa dos bens da matéria é mister que paire a força ordenadora do
9. Colégio Naval - Somos uma pequena parte do elo, o miolo de envoltórios descomunais que
desconhecemos, arrogantes embora, na suposição de que é conosco que Deus se preocupa. A última oração
do texto deve ser classificada como subordinada:
a) adverbial concessiva;
b) substantiva completiva nominal;
c) adjetiva restritiva;
d) substantiva predicativa;
e) substantiva subjetiva.
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campus Aquidauana
Língua Portuguesa e Literatura 5 Prof. Me. Juvenal Brito Cezarino Júnior
a) substantiva predicativa;
b) adjetiva restritiva;
c) substantiva subjetiva;
d) substantiva objetiva indireta;
e) substantiva objetiva direta.
11. EPCAR
a) condicional;
b) conclusivo;
c) concessivo;
d) conformativo;
e) causal.
Nada sei, afinal, da tua aparência no tempo, a não ser o que me contavam em casa, desde menino: que eras
ruivo como eu, que vieste em vinte e quatro, com os primeiros colonos, e abandonaste logo a tua pobre
lavoura, encravada nos matos de Sapucaia, para alistar-te entre os Farroupilhas.
Pudesse eu, armado de vidência, acompanhar-te o passo, Maria Klinger; ver claramente vistas as tuas
andanças de colona; como venceste as veredas e picadas; como tomaste o caminho que ia dar nos arredores
da cidade; como paraste, cansada, à sombra das árvores, ou foste pedir, na tua língua de trapos, um pouco de
água para a tua sede (...)
Assinale o único item que não apresenta uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
) ( ) ( )
) ( )
) ( ) ( )
) ( ) ( )
) ( ) ( )
16. PUC - É ( ) levar tudo isso em conta (II) quando se analisa o (III) que está ocorrendo em
nossos dias.
17. ESPCEX - Marque a alternativa que indica a correta classificação das orações sublinhadas, segundo a
ordem em que estas aparecem nas frases abaixo:
a) substantiva subjetiva;
b) substantiva objetiva direta;
c) adjetiva restritiva;
d) adverbial causal;
e) adverbial concessiva.
21. EFOMM - Marque a classificação correta das orações destacadas no período: “Ao analisar
o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que a produção e o lucro
eram bastante razoáveis.”
22. Colégio Naval - Marque a alternativa em que a oração destacada não se encontra corretamente
classificada.
23. UNIRIO - N
( ) ões subordinadas são respectivamente:
24. EFOMM - Assinale a opção em que uma oração subordinada destoa das demais:
25. UFRRJ - T N
subordinada é adverbial:
a) concessiva;
b) condicional;
c) consecutiva;
d) proporcional;
e) final.
26. EFOMM -
duas últimas orações do período são, respectivamente:
b) adverbial / adverbial;
c) adverbial / substantiva;
d) adjetiva / substantiva;
e) principal / adverbial.
1º C
2º É
-me dos grupos, e fingido ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente
civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo
ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na
vala comum; parece-lhes que a podridão anô
(Quincas Borba - M. de Assis) ( ) ô
a) adjetiva restritiva;
b) adjetiva explicativa;
c) adverbial condicional;
d) substantiva subjetiva;
e) substantiva objetiva direta.
33. UNIRIO - ( ) -la construir de propósito, levado de um desejo tão particular que me vexa imprimi-lo,
z
a) tempo;
b) causa;
c) condição;
d)comparação;
e) consequência.