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Liberalismo - John Rawls

Em Liberalismo Político, John Rawls continua, de forma revisada, a ideia de justiça como
equidade, apresentada em A Theory of Justice, mas a sua interpretação filosófica é modificada de
um modo fundamental.

De fato, as instituições independentes, por si mesmas, encorajam permanentemente esta


pluralidade de doutrinas como um normal desenvolvimento exterior da liberdade (as the normal
outgrowth of freedom over time).

Reconhecendo isto como uma constante condição da Democracia, Rawls indaga como é
possível uma sociedade estável e justa, de cidadãos livres e iguais, manter-se em concórdia,
quando está profundamente dividida por tais doutrinas incompatíveis (embora razoáveis).

Liberalismo Político representa uma forma de liberalismo baseada na ideia de razão


pública livre - free public reason - que rende novos "insights" para as questões de justiça na nossa
sociedade pluralista.

Há diferenças importantes, mas, para se compreendê-las, é preciso entender que a


natureza e a extensão de tais diferenças são para (tentar) resolver um problema sério para a
justiça como eqüidade, nomeadamente, o fato da explicação acerca da estabilidade, na parte III de
A Theory of Justice, não ter sido consistente com a visão do conjunto.

Libertalismo – Robert Nozick

Cada indivíduo é dono de si próprio — e não propriedade de outrem — e isso implica o


direito à vida, à liberdade de fazer o que quiser consigo mesmo, com o seu corpo e os seus
talentos pessoais, e ainda o direito aos haveres ou à propriedade no sentido mais estrito, na
medida em que ela esteja de acordo com a justiça (voltarei a esta questão mais adiante).

Esta interpretação da “restrição” é extremamente plástica e permite justificar, por


exemplo, a aquisição de recursos naturais até agora inexplorados, ou, para dar outro exemplo
particularmente significativo, a apropriação de patentes médicas por tempo indefinido (para além
daquilo que permite o próprio direito internacional).

Mas Nozick resiste à consequência mais radical do seu pensamento que consistiria em
sustentar que, face ao desconhecimento do passado, sobretudo remoto, seria mais justo aplicar
um princípio rectificador geral — mediante, por exemplo, uma distribuição igualitária dos
haveres — e começar tudo de novo.

Uma caracterização mais esmiuçada da teoria da titularidade teria de levar à sua


contraposição face a outras teorias a que estamos mais habituados e que, contrariamente à teoria
nozickiana, têm carácter teleológico ou estabelecem padrões distributivos que caberia ao estado
introduzir na sociedade.

A sua defesa do libertarismo assenta em grande parte na defesa dos mecanismos de


mercado livre e na ideia de que esses mecanismos são distorcidos pelas ideias de justiça
distributiva e pela acção do estado social.

Referências

ROSAS, João Cardoso. A concepção de estado de Nozick. .: Critica na Rede, 2009. Disponível
em: <http://criticanarede.com/nozick.html>. Acesso em: 03 ago. 2016.

DESCONHECIDO. John Rawls e o Liberalismo Político. .: Direito, Filosofia e Literatura,


2010. Disponível em: <http://direitofilosofialiteratura.blogspot.com.br/2010/05/john-rawls-e-o-
liberalismo-politico.html>. Acesso em: 03 ago. 2016.

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