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Segurança do Trabalho
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS........................................................................................................ 11
CAPÍTULO 1
PERÍCIA, PERÍCIA JUDICIAL, PERITO E PROCESSO..................................................................... 11
CAPÍTULO 2
FISCALIZAÇÃO EM SST............................................................................................................. 28
UNIDADE II
DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL............................................................................................................... 42
CAPÍTULO 1
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - PPRA.................................................... 42
CAPÍTULO 2
LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO — LTCAT................................. 49
CAPÍTULO 3
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET.......................................................................... 63
CAPÍTULO 4
DOCUMENTAÇÃO ESPARSA RELACIONADA À EST.................................................................... 65
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 73
Apresentação
Caro aluno,
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Caro aluno,
Cria EST. Resolução Confea 365/1991 Cria ART. Resolução Confea 1.116/2019
define atribuições. define serviços especializados
Portaria
Lei 6.514/1977 Lei 8.213/1991
3.214/1978
NR 16 - LPer
NR 15 - LIns
NR 18 - PCMAT
7
Na maioria das situações, a EST é chamada para dar consultoria, vistoriar, avaliar,
coordenar, supervisionar e periciar, tendo que emitir um documento técnico com
importante valor técnico e incisivas repercussões financeiras, sociais e jurídicas.
Por isso, para efeito desta disciplina quanto ao exercício da profissão, e com base
nos regramentos expedidos pelo Confea, são adotadas as seguintes definições:
Atribuição: ato geral de consignar direitos e responsabilidades no ordenamento jurídico que rege a sociedade.
Atribuição profissional: ato específico de consignar direitos e responsabilidades, na defesa da sociedade, para o exercício da profissão, de acordo
com a formação profissional obtida em cursos regulares do sistema oficial de ensino brasileiro.
Título profissional: título constante da Tabela de Títulos do Confea, atribuído pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) ao portador
de diploma de conclusão de cursos regulares, expedido por instituições de ensino credenciadas, em conformidade com as diretrizes curriculares, o
projeto pedagógico do curso e o perfil de formação profissional, correspondente a um campo de atuação profissional sob a fiscalização do Sistema
Confea/Crea.
Atividade profissional: conjunto de práticas profissionais que visam à aquisição de conhecimentos, capacidades, atitudes, inovação e formas de
comportamentos exigidos para o exercício das funções próprias de uma profissão regulamentada.
Campo de atuação profissional: conjunto de habilidades e conhecimentos adquiridos pelo profissional no decorrer de sua vida laboral em
consequência da formação obtida por ele em cursos regulares do sistema oficial de ensino brasileiro.
Formação profissional: processo de aquisição de habilidades e conhecimentos profissionais mediante conclusão com aproveitamento e diplomação
em curso regular do sistema oficial de ensino brasileiro, visando ao exercício responsável da profissão.
Competência profissional: capacidade de utilização de conhecimentos, habilidades e atitudes necessários ao desempenho de atividades em campos
profissionais específicos, obedecendo a padrões de qualidade e produtividade.
Laudo: peça na qual, com fundamentação técnica, o profissional habilitado, como perito, relata o que observou e apresenta as suas conclusões ou
avalia o valor de bens, direitos, ou empreendimentos.
Parecer técnico: opinião tecnicamente fundamentada sobre determinado assunto emitida por especialista.
Avaliação: atividade que envolve a determinação do valor qualitativo ou monetário de um bem, de um direito ou de um empreendimento com base
em critérios técnicos.
Coordenação: atividade que visa garantir a execução da obra ou serviço pelo responsável técnico segundo determinada ordem e método
previamente estabelecidos.
Perícia: atividade que envolve a apuração das causas que motivaram determinado evento ou da asserção de direitos, por meio da qual o
profissional, por conta própria ou a serviço de terceiros, efetua trabalho técnico visando à emissão de um parecer ou laudo técnico, compreendendo:
levantamento de dados, realização de análise ou avaliação de estudos, propostas, projetos, serviços, obras ou produtos desenvolvidos ou executados
por outrem.
Supervisão: atividade de acompanhar, analisar e avaliar, a partir de um plano funcional superior, o desempenho dos responsáveis técnicos pela
execução de obras ou serviços.
Vistoria: atividade que envolve a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o constituem,
sem a indagação das causas que o motivaram.
Inspeção: atividade que envolve vistorias, exames ou avaliações das condições técnicas, de uso e de manutenção do objeto inspecionado, visando
orientar a manutenção e corrigir as anomalias e falhas encontradas.
Consultoria: atividade de prestação de serviços de aconselhamento, mediante exame de questões específicas, e elaboração de parecer ou trabalho
técnico pertinente, devidamente fundamentado, com a finalidade de subsidiar a ação do responsável técnico pela execução de obra ou serviço.
Fonte: próprio autor.
8
profissional e decorrerão de análise do currículo escolar e do projeto pedagógico do
curso de formação do profissional, a ser realizada pelas câmaras especializadas do
Confea competentes.
»» Documentos Esparsos.
Objetivos
»» Apresentar os documentos mais importantes para o exercício
profissional no campo da SST.
9
10
ASPECTOS GERAIS E UNIDADE I
NORMATIVOS
CAPÍTULO 1
Perícia, perícia judicial, perito e
processo
Como nem sempre as peças periciais são suficientes para resolver as contendas
entre os contratantes de modo amigável, administrativo, em autocomposição,
há necessidade de o Judiciário arbitrar um desfecho, segundo o devido processo
legal, estabelecido pelo Código de Processo Civil – CPC.
11
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
Figura 2. Esquema com tributos relacionados ao meio ambiente do trabalho: SAT, FACET e FAP.
12
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
1 Definida pelo art. 22, inc. II, da Lei n. 8.212/1991, conforme inciso IV do art. 32 da Lei n. 8.212, de 1991, do art. 22 e dos §§ 1o
e 4o do art. 58 da Lei n. 8.213, de 1991, e dos §§ 2o, 6o e 7o do art. 68 e do art. 336 do RPS.
13
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
Com a Lei 9.732/1998, veio a obrigação tributária para a empresa que possua
trabalhador em condições especiais (fatores de risco) que prejudiquem a sua saúde ou
integridade física. Essa tributação veio sob a forma de acréscimo ao Seguro Acidente do
Trabalho – SAT, destinado a diminuir o desequilíbrio; todavia, longe de ser suficiente
para fazer frente ao respectivo benefício. Nasceu o Financiamento da Aposentadoria
por Condições Especiais de Trabalho — FACET.
A conta é a seguinte: para segurado homem, a cada mês que haja ativação do fato gerador
tributário, há a necessária contabilização de 1,4 mês (25 anos - 6%) para contagem de
tempo convertido de especial para comum; de 1,75 mês (20 anos - 9%) e 2,33 meses
(15 anos - 12%) contribuídos para fins de contagem de tempo de contribuição. Assim,
no enquadramento de 25 anos (6%), para cada 10 meses trabalhados, tem-se uma
contagem de tempo acelerada para 14 meses. Essa conversão é aplicada até o nível
mensal.
2 A contribuição adicional de que trata o art. 292 é devida pela empresa ou equiparado em relação à remuneração paga, devida
ou creditada ao segurado empregado, trabalhador avulso ou cooperado sujeito a condições especiais, conforme disposto no §6o
do art. 57 da Lei n. 8.213, de 1991, e nos §§ 1o e 2o do art. 1o da Lei n. 10.666, de 2003.
3 IN 971 – RFB. Art. 293. A empresa ou pessoa física ou jurídica equiparada na forma prevista no parágrafo único do art. 15
da Lei no 8.212, de 1991, fica obrigada ao pagamento da contribuição adicional a que se referem o art. 292 desta Instrução
Normativa e o § 2o do art. 1o da Lei n. 10.666, de 2003, incidente sobre o valor da remuneração paga, devida ou creditada a
segurado empregado, trabalhador avulso ou cooperado associado à cooperativa de produção, sob condições que justifiquem a
concessão de aposentadoria especial, nos termos do § 6o do art. 57 da Lei n. 8.213, de 1991.
4 Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP). Escrituração
Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
14
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
Dessa forma, as produções técnicas (peças periciais) elaboradas pelos PLH que
embasam as informações prestadas em GFIP (eSocial)5 sobre a existência ou não
de riscos ambientais em níveis ou concentrações que prejudiquem a saúde ou a
integridade física do trabalhador deverão ser comprovadas perante a fiscalização da
RFB. O elenco de documentos técnicos cobrados pela RFB é o seguinte:
5 O Decreto no 8373/2014 instituiu o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas
(eSocial).
15
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
16
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
A perícia tem por objetivo emitir parecer técnico para a tomada de decisão com
objetividade, precisão, clareza, concisão, fidelidade, confiabilidade e plena satisfação
da finalidade. Para o desempenho de sua função, o EST, na qualidade de perito ou
assistente técnico, pode se valer de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas,
obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de
terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas,
plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do
objeto da perícia.
Nesse ponto, deve dar grande destaque aos itens: planilhas, mapas, plantas,
desenhos. Lançar mão de fluxogramas de processo e de engenharia, desenhos básicos
e de detalhamento, além de datasheets de instrumentos, máquinas e equipamentos
coloca o EST em situação privilegiada, pois escreverá o laudo em linguagem de
Engenharia, ainda que para advogados e juízes lerem.
17
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
científica em seus relatos; Concisão – evitar ser prolixo e emitir um parecer que
possa, de maneira simplificada, facilitar as decisões; Fidelidade – não se deixar
influenciar por terceiros, nem por informes que não tenham materialidade e
consistência; Confiabilidade – apoiar-se em elementos inequívocos e válidos
sempre fundamentados e justificados; Plena satisfação da finalidade – fornecer
resultado coerente com os objetivos que o ensejaram.
Existe apenas perícia judicial? Não. Existe perícia extrajudicial. Avaliações ambientais
para fins de poluição ambiental e dentro do PPRA, Análise Ergonômica do Trabalho –
AET, Laudos de Insalubridade – LIns e periculosidade – LPer, valoração de risco,
entre outros, podem ser considerados perícias ou Estudos Periciais. Quando se fala
em perícia, pensa-se logo na perícia judicial. No entanto, grande parte das perícias
acontecem de forma extrajudicial. Conforme comentado, Perícia é um estudo
técnico, a partir de uma diligência realizada por Perito (profissional especializado),
com intuito de esclarecer fatos (divergências).
Prova pericial
Como visto, segundo o Art.464 do CPC: A prova pericial consiste em exame, vistoria
ou avaliação. Logo, a prova pericial é o exame, a vistoria ou a avaliação realizada por
profissional especializado (legalmente habilitado) para dirimir dúvidas e/ou elucidar
fatos. Prova Pericial é a prova realizada por Peritos em um estudo pericial (perícia).
7 Ordálio. substantivo masculino. Prova judiciária destinada a inocentar ou inculpar um acusado. (O ordálio, também chamado
juízo de Deus, foi muito usado nos primeiros séculos da Idade Média. Consistia em submeter à prova do fogo ou da água o
acusado, que, se dela saísse salvo, era em geral declarado inocente.).
8 NEGRÃO, Theotônio.Código de Processo Civil e legislação processual em vigor. 28ª edição. São Paulo: Saraiva, 1996.
18
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
Art. 156 do CPC - O juiz será assistido por perito quando a prova do
fato depender de conhecimento técnico ou científico. §1o Os peritos
serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados
e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro
mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
Como exemplo, tem-se a NR-10, que traz o Trabalhador Qualificado (de acordo
com o item 10.8.1 da NR-10, é aquele que comprovar conclusão de curso específico
na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.), oTrabalhador
Legalmente Habilitado9 (de acordo com o item 10.8.2 da NR-10, é o trabalhador
previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.), o
Trabalhador Capacitado (de acordo ao item 10.8.3 da NR-10, é aquele que
atenda às seguintes condições, simultaneamente: a) Receba capacitação sob
orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; b) Trabalhe
sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado) e o Trabalhador
autorizado,(aquele que recebe anuência formal da empresa).
Ser registrado significa que o órgão regulador, Confea/Crea, habilitou aquele profissional
para trabalhar na área. Sem o registro, o profissional não consegue emitir a ART10.
9 Resolução n. 1.007/2003 – CONFEA. Art. 2o O registro para habilitação ao exercício profissional é a inscrição dos profissionais
diplomados nas áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea em cursos de nível superior ou médio, realizados no País ou no
exterior, e de outros habilitados de acordo com as leis de regulamentação profissional específicas, nos assentamentos do Crea
sob cuja jurisdição se encontrar o local de sua atividade.
10 BRASÍLIA (DF) Lei n. 6.496/1977. Institui a “ Anotação de Responsabilidade Técnica “ na prestação de serviços de engenharia,
de arquitetura e agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de
uma Mútua de Assistência Profissional; e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/
L6496.htm. Acesso em: 11 ago. 2019.
19
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
Em geral, a ação nasce mediante petição inicial: meio formal pelo qual o autor
demanda/solicita/provoca em juízo uma causa, fazendo nascer um processo, que
atualmente é todo eletrônico, acessado pelo perito e advogado. Por meio desse
acesso, o perito vai saber sobre sua nomeação e conhecer a petição inicial (pedido
da parte autora), assim ele compreende o que deve ser feito, qual a demanda. Todos
os documentos devem ser peticionados e juntados aos autos do processo (autor –
demandante).
20
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
Faz-se elaboração dos quesitos preliminares para que o perito judicial os respondam.
Geralmente quem pede prova pericial é o autor, no entanto, quando o réu está perdendo
o processo, ele tende a pedir prova para ganhar tempo, na expectativa de conseguir
algo. Frustrada a conciliação, o juiz fixará os pontos controvertidos e determinará
que as partes especifiquem as provas: provas técnicas, provas documentais, provas
testemunhais, e, se o juiz não se convencer com todas essas, entra a prova pericial.
21
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
22
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
Impedimento e suspeição
Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho
de nomeação do perito (Art. 465):
23
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
Perito é nomeado pelo juiz e Assistente Técnico é indicado pelas partes. Perito
faz Laudo Pericial, Assistente Técnico faz Parecer Técnico. Basicamente são
idênticos, diferem apenas no nome, para diferenciar a documentação.
24
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
Art. 129 – CRFB-88. São funções institucionais do Ministério Público: III - promover
o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
25
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
13 MAZZILLI, Hugro Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor e outros interesses difusos e
coletivos. 12ª ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Editora Saraiva, 2000, p. 41.
26
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
Ação Civil Pública (ACP) – A ACP é uma ação judicial proposta pelo MPT, e
demais legitimados 14, por dano moral ou patrimonial causado ao meio ambiente,
ao consumidor, a qualquer outro interesse difuso ou coletivo etc. (Lei n o
7.347/1985). Quando a via administrativa não dá certo, a ACP se apresenta como
bom instrumento. A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou
o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. Obrigação de fazer e não fazer
é mais comum. Empresas “preferem” tomar multa do Executivo do que do MPT
(mais caro).
14 Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: I - o Ministério Público; II - a Defensoria Pública; III - a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia
mista; V - a associação que, concomitantemente: a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; b)
inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à
ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.
27
CAPÍTULO 2
Fiscalização em SST
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ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
16 Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido
o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar
a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação
da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.
17 Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos
necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para
a conclusão daquelas. Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um dos
livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela
autoridade a que se refere este artigo.
18 Art.6o. São atribuições dos ocupantes do cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil no exercício da competência
da Secretaria da Receita Federal do Brasil e em caráter privativo: a) constituir, mediante lançamento, o crédito tributário
e de contribuições; b) elaborar e proferir decisões ou delas participar em processo administrativo-fiscal, bem como em
processos de consulta, restituição ou compensação de tributos e contribuições e de reconhecimento de benefícios fiscais; c)
executar procedimentos de fiscalização, praticando os atos definidos na legislação específica, inclusive os relacionados com
o controle aduaneiro, apreensão de mercadorias, livros, documentos materiais, equipamentos e assemelhados; d) examinar
a contabilidade de sociedades empresariais, empresários, órgãos, entidades, fundos e demais contribuintes, não se lhes
aplicando as restrições previstas nos arts. 1.190 a 1.192 do Código Civil e observado o disposto no art. 1.193 do mesmo diploma
legal; e) proceder à orientação do sujeito passivo no tocante à interpretação da legislação tributária; f) supervisionar as demais
atividades de orientação ao contribuinte.
19 Com fundamento legal previsto no §3o do art. 33 da Lei n. 8.212, de 1991, combinado com o art. 233 do RPS.
29
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
Nesse contexto, uma empresa que apresenta PPRA desatualizado, com LTCATs
incompatíveis, e PCMSO divergente, indiciam incoerência documental passível
de lançamento de 6% sobre folha de salário daqueles trabalhadores expostos aos
fatores de riscos de 25 anos. Compõem o relatório desse crédito tributário os AI
referentes aos documentos com irregularidades (PPRA, LTCAT e PCMSO).
20 Portaria ME n. 9, de 15 de janeiro de 2019. Art. 9o. A partir de 1o de janeiro de 2019: (...) II - o valor da multa pelo descumprimento
das obrigações, indicadas no: a) caput do art. 287 do Regulamento da Previdência Social (RPS), varia de R$ 317,23 (trezentos
e dezessete reais e vinte e três centavos) a R$ 31.724,89 (trinta e um mil setecentos e vinte e quatro reais e oitenta e nove
centavos); b) inciso I do parágrafo único do art. 287 do RPS, é de R$ 70.499,72 (setenta mil quatrocentos e noventa e nove reais
e setenta e dois centavos); e c) inciso II do parágrafo único do art. 287 do RPS, é de R$ 352.498,64 (trezentos e cinquenta e dois
mil quatrocentos e noventa e oito reais e sessenta e quatro centavos); III - o valor da multa pela infração a qualquer dispositivo
do RPS, para a qual não haja penalidade expressamente cominada no art. 283 do RPS, varia, conforme a gravidade da infração,
de R$ 2.411,28 (dois mil quatrocentos e onze reais e vinte e oito centavos) a R$ 241.126,88 (duzentos e quarenta e um mil cento
e vinte e seis reais e oitenta e oito centavos); IV - o valor da multa indicada no inciso II do art. 283 do RPS é de R$ 24.112,64
(vinte e quatro mil cento e doze reais e sessenta e quatro centavos).
21 Art. 283. Por infração a qualquer dispositivo das Leis n. 8.212 e 8.213, ambas de 1991, e 10.666, de 8 de maio de 2003, para a
qual não haja penalidade expressamente cominada neste Regulamento, fica o responsável sujeito a multa variável R$ 2.411,28
(dois mil quatrocentos e onze reais e vinte e oito centavos) a R$ 241.126,88 (duzentos e quarenta e um mil cento e vinte e seis
reais e oitenta e oito centavos).conforme a gravidade da infração, aplicando-se-lhe o disposto nos arts. 290 a 292, e de acordo
com os seguintes valores: I - a partir de R$ 2.284,05 (dois mil duzentos e oitenta e quatro reais e cinco centavos) nas seguintes
infrações: h) deixar a empresa de elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas
pelo trabalhador e de fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica deste documento (...).
30
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
O Artigo 283, do Decreto no 3.048/1999 - RPS, determina que a empresa que deixar de elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico
com as atividades desenvolvidas pelo trabalhador, bem como de fornecer a este, no momento da rescisão contratual, cópia autêntica do aludido
documento, incorrerá em multa. Tal multa será fixada observando os valores de R$ 2.411,28 a R$ 241.126,88 conforme estabelece o Artigo 283,
I, “h”, do RPS/1999.
Art. 283 Por infração a qualquer dispositivo das Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 1991, e 10.666, de 8 de maio de 2003, para a qual não haja
penalidade expressamente cominada neste Regulamento, fica o responsável sujeito a multa variável R$ 2.411,28 a R$ 241.126,88, conforme a
gravidade da infração, aplicando-se-lhe o disposto nos arts. 290 a 292, e de acordo com os seguintes valores:
I - a partir de R$ 2.411,28 nas seguintes infrações:
h) deixar a empresa de elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e de fornecer a
este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica deste documento; e
Nota: Os valores das multas foram atualizados pela Portaria MF n. 9, de 13/1/2019,
Fonte: próprio autor.
31
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
32
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
Tem-se então na sequência, pela IN 971 Subseção I Das Multas, que diz:
33
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
23 Art. 336. Para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar à previdência social o acidente de que tratam os
arts. 19, 20, 21 e 23 da Lei n. 8.213, de 1991, ocorrido com o segurado empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso,
até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena da multa
aplicada e cobrada na forma do art. 286. §1o Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou
seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria. §2o Na falta do cumprimento do disposto no caput,
caberá ao setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social comunicar a ocorrência ao setor de fiscalização, para a
aplicação e cobrança da multa devida. §3o Na falta de comunicação por parte da empresa, ou quando se tratar de segurado
especial, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu
ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo. §4o A comunicação a que se
refere o §3o não exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento do disposto neste artigo. §6o Os sindicatos e
entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela previdência social, das multas previstas neste artigo.
24 Art. 286. A infração ao disposto no art. 336 sujeita o responsável à multa variável entre os limites mínimo e máximo do s
alário-de-contribuição, por acidente que tenha deixado de comunicar nesse prazo. §1o Em caso de morte, a comunicação a que
se refere este artigo deverá ser efetuada de imediato à autoridade competente. §2o A multa será elevada em duas vezes o seu
valor a cada reincidência. §3o A multa será aplicada no seu grau mínimo na ocorrência da primeira comunicação feita fora do
prazo estabelecido neste artigo, ou não comunicada, observado o disposto nos arts. 290 a 292.
34
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
Outro destaque que se faz está no parágrafo único do art. 16, que diz:
Exemplo típico do caso em que o SUS em nível federal poderá exercer poder de polícia
(fiscalização, interdição, lavraturas administrativas em geral) ocorre quando os
empregadores apresentarem indicadores epidemiológicos (acidentes, doenças e mortes
do trabalho) cujos arranjos técnicos, políticos e geográficos envolvidos constranjam ou
impossibilitem o Município ou até mesmo o Estado de atuarem.
35
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
36
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
O AFT, portanto, lavra termo inicial do AI, que dependerá do SRTE para cálculo do
valor atribuído; ponderação sobre acréscimos dos agravantes; e, por último, para
imposição coercitiva.
26 Art. 156 - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição: (...) III - impor as
penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos termos do art. 201.
27 Art. 628. Salvo o disposto nos arts. 627 e 627-A, a toda verificação em que o Auditor-Fiscal do Trabalho concluir pela existência
de violação de preceito legal deve corresponder, sob pena de responsabilidade administrativa, a lavratura de auto de infração.
37
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
Percebe-se que há um aparente conflito, pois parece duplo comando, mas não é.
Isso porque se tratam de dois verbos: impor e lavrar. A lavra cabe ao AFT, mas
a imposição de multa ao SRTE. Só há imposição se houver lavra, mas é possível
lavrar sem gerar multa. Não há conflito, mas sim um ato subalterno do AFT
passível de homologação do superintendente ou por quem ele delegar. É que no
ato da autuação, competência privativa de AFT, não há imposição da multa. A
multa só é imposta depois, no trâmite do processo administrativo regulado pela
Portaria MTe 854 28, de 2015.
Na sequência, uma vez feita a autuação pelo AFT, o auto de infração terá a seguinte
destinação, conforme Art. 18 dessa Portaria: a) uma via será entregue no protocolo
da unidade de exercício do AFT para instauração do processo administrativo,
em até dois dias úteis contados de sua lavratura; b) uma via será entregue ao
empregador ou seu preposto; c) uma via será destinada ao AFT emitente.
28 BRASILIA (DF). Portaria MTE no 854/2015. Aprova normas para a organização e tramitação dos processos de multas
administrativas e de Notificação de Débito de FGTS. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=286179.
Acesso em: 11 ago 2019.
38
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
Destaque-se que apenas o AFT tem poderes para análise dos processos e emissão
de pareceres para a motivação de decisão de auto de infração e de notificação de
débito de FGTS. De resto, a competência para impor penalidade é exclusiva da
autoridade administrativa, Superintendente Regional do Trabalho e Emprego –
SRTE que poderá delegar matéria e poderes aos seguintes agentes administrativos:
I - Chefe da Unidade de Multas e Recursos; II - Gerentes Regionais de Trabalho
e Emprego; III - Chefias de Fiscalização ou da Inspeção do Trabalho; IV - demais
servidores das Unidades de Multas e Recursos; V - parte de sua competência a
outros titulares, desde que servidores efetivos do órgão, quando for conveniente,
em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial. Cuidado: SRTE poderá! O Ato é discricionário.
»» Auto de Infração (AI) - Deixar de emitir CAT - CLT Art. 169 combinado
com NR 07 e NR 28.
29 A Unidade de Referência Fiscal - UFIR foi extinta em decorrência do §3o do art. 29 da Medida Provisória 2095/1976. Valor da
UFIR. Subsecretaria de Arrecadação, Cadastros e Atendimento da Receita Federal do Ministério da Economia. 5 nov, 2018.
Disponível em: http://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/valor-da-ufir. Acesso
em: 11 ago. 2019.
39
UNIDADE I │ ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS
40
ASPECTOS GERAIS E NORMATIVOS │ UNIDADE I
Esse exemplo usado para CAT no tópico anterior serve de base para todas as
infrações aos itens das Normas Regulamentadoras, conforme NR 28, com ementa
de multa, quer dizer com código e gradação.
41
DOCUMENTAÇÃO UNIDADE II
APLICÁVEL
CAPÍTULO 1
Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA
Essa atualização decorre das avaliações ambientais dentro do cronograma e das metas
estabelecidas no próprio PPRA, cujo desenvolvimento deve ser aferido ao menos uma
vez por ano. Em que pese a discricionariedade do empregador em eleger qualquer um
como responsável pela condução do PPRA, há restrições quanto ao item de avaliação
ambiental que necessariamente deve ser feita por um engenheiro de segurança do
trabalho mediante uma peça pericial, que nada mais é que um laudo técnico, que a
Previdência Social dele se apropriou, nomeando--o de LTCAT.
Essas avaliações devem se repetir quantas vezes forem necessárias em função dos
fatores de risco reconhecidos, bem como para: a) comprovar o controle da exposição
ou a inexistência de riscos identificados na etapa de reconhecimento; b) dimensionar a
exposição dos trabalhadores; c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle;
d) assegurar os níveis de ação toda vez que houver ultrapassagem da dose em 50% do
tolerável; e e) com o custeio da aposentadoria especial, provar porque paga (ou não)
tributo.
42
DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL │ UNIDADE II
Deve-se deixar claro que essas avaliações ambientais são peças periciais
produzidas a partir da concepção do PPRA e de seus parâmetros e diretrizes;
em outras palavras, quem faz PPRA faz necessariamente LTCAT.
30 Art. 47 da IN RFB 971/2009: A empresa e o equiparado, sem prejuízo do cumprimento de outras obrigações acessórias
previstas na legislação previdenciária, estão obrigados a (...) VII — exibir à fiscalização da RFB, quando intimada para tal,
todos os documentos e livros com as formalidades legais intrínsecas e extrínsecas, relacionados com as contribuições sociais;
VIII — informar mensalmente, à RFB e ao Conselho Curador do FGTS, em GFIP emitida por estabelecimento da empresa,
com informações distintas por tomador de serviço e por obra de construção civil, os dados cadastrais, os fatos geradores,
a base de cálculo e os valores devidos das contribuições sociais e outras informações de interesse da RFB e do INSS ou do
Conselho Curador do FGTS, na forma estabelecida no Manual da GFIP; XI — comunicar ao INSS acidente de trabalho ocorrido
com segurado empregado e trabalhador avulso, até o 1o (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de
imediato; XII — elaborar e manter atualizado Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) com referência
aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores, conforme disposto no inciso V do art. 291;
XIII — elaborar e manter atualizado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) abrangendo as atividades desenvolvidas por
trabalhador exposto a agente nocivo existente no ambiente de trabalho e fornecer ao trabalhador, quando da rescisão do
contrato de trabalho, cópia autêntica deste documento, conforme disposto no inciso VI do art. 291 e no art. 295; XIV — elaborar
e manter atualizadas as demonstrações ambientais de que tratam os incisos I a IV do art. 291, quando exigíveis em razão da
atividade da empresa.
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UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
O PGMAT foi pensado pelo autor deste Caderno de Estudos para servir de
plataforma única à gestão ambiental de modo a atender as demandas oriundas
dessas quatro linhas de interesse. Assim, a despeito do nome restrito, que pode
ensejar uma redução, registre-se que além dos fatores de risco químicos, físicos
e biológicos determinados pela NR-09 (Portaria n o 25, de 29 de dezembro de
1994) do Ministério do Trabalho alcança os demais fatores: acidentes, mecânicos,
ergonômicos, confinamento, pânico e incêndio, e demais contingências, inclusive
seus planos operacionais. Por opção estratégica da empresa, todas as diretrizes de
prevenção e ações programáticas estão concentradas nessa proposta de Programa
Global, aqui chamado de PGMAT.
Dessa forma, há uma gestão de tudo (coletividade dos riscos) para todos (conjunto
dos clientes internos e externos do programa, entes fiscalizadores, seguradoras,
auditoria interna), ou seja a partir do PGMAT atende-se a todas as Normas do
Ministério do Trabalho, da RFB, do INSS, da vigilância sanitária, mas também
às exigências políticas e gerenciais da empresa, bem como aquelas decorrentes
de demandas judiciais, administrativas e comerciais. Com essa abordagem, há
uma prontidão empresarial que atende ao legalismo, mas o supera e avança para
assegurar à empresa segurança jurídica, mas principalmente econômica.
44
DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL │ UNIDADE II
O PGMAT, como PPRA ampliado aos demais riscos, possui uma estrutura disposta por:
»» Estatuto da Empresa.
»» Decreto 3.048/1999.
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UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
Quanto ao escopo, pode-se afirmar que o PGMAT inclui o PPRA que, por sua vez,
substitui o LTCAT, conforme estabelece a IN 971/RFB, que diz:
Tem-se como escopo precípuo do PGMAT fazer prova perante a RFB e o INSS
quanto às condições especiais para as quais se subordinam os segurados
do estabelecimento empresarial, de modo a conferir suporte material às
informações subsequentes, via GFIP ou eSocial.
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DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL │ UNIDADE II
»» Tendinites.
»» Hipertensão.
»» Traumas.
Introdução
Fundamentação corporativa e legal
Escopo
Competência
Planejamento anual
Metas
Prioridades
Cronograma de ações - trienal
Estratégia e metodologia de ação
Estratégia de amostragem
Critérios e definições de grupo homogêneo de exposição - GHE
Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados
Dados da empresa
Descrição do processo produtivo do estabelecimento
Fluxograma de processo
Planta baixa da produção
Descrição e códigos para cargos e funções
Descrição e códigos para ambientes e funções
Fatores de risco reconhecidos
Descrição ambiente do trabalho
Fatores de riscos – por GHE
Avaliação quantitativa
Técnicas de medição – amostragem ativa e passiva
Gases e vapores: meios de amostragem
Definições e unidades de conversão
Meios de amostragem – material particulado
Detectores em tempo real
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UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
Técnicas analíticas
Medidas de controle
Métodos de controle
Intervenção: fatores a considerar
Nível aceitável de exposição
Inspeção de campo periódica
Nível de ação – NA
Monitoramento.
Registro de dados.
Responsabilidades
Ações cruzadas entre empregadores
Fonte: próprio autor.
48
CAPÍTULO 2
Laudo Técnico das Condições
Ambientais do Trabalho – LTCAT
Frise-se que a exigência de LTCAT para todos os agentes nocivos é uma inovação
trazida pela Lei n o 9.032/1995, aplicável para períodos laborados a partir da sua
vigência. Entretanto, para os agentes nocivos do calor e do ruído, mesmo antes da
Lei n o 9.032/1995, era indispensável a apresentação de laudo técnico, pois somente
com ele poderiam ser aferidos os níveis de ruído e a intensidade do calor – visto
que apenas a partir de determinados níveis a atividade poderia ser considerada
especial.
49
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
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DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL │ UNIDADE II
O LTCAT tem sua gênese em 1960 com a Lei n o 3.807/1960 (LOPS) para efeito
de comprovação de tempo para aposentadoria especial; portanto, tem natureza
jurídica estritamente previdenciária. Foi criado para cobrir a exceção da
aposentadoria especial, pois a regra geral era conceder a aposentadoria especial
— de 15, 20 ou 25 anos — ao segurado pelo simples enquadramento numa lista de
profissões (exposição presumida por profissão).
O LTCAT é uma peça pericial para fins previdenciários, estático, emitido pela
empresa que expôs o trabalhador, assinado por especialista — Engenheiro do
Trabalho ou Médico do Trabalho — que servia apenas para facilitar a vida do INSS
nessas exceções, que com o laudo conseguia manter o reconhecimento do direito
na esfera meramente cartorária.
51
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
Depreende-se desse breve relato histórico o quão precário e inócuo era o LTCAT
do ponto de vista prevencionista. Hospedava em sua gênese a precariedade
óbvia de sua restritíssima funcionalidade, qual seja: instrumentalizar a
concessão de aposentadoria especial. Não havia qualquer preocupação sistêmica,
nenhum compromisso com rastreabilidade ou método, muito menos com a
reprodutibilidade. Bastava conferir se havia registro do CREA ou do CRM no corpo
do laudo para acreditar que tudo ali era válido, sem qualquer tipo de admoestação.
Daí a designação: cartorário. Mero papel carimbado!
52
DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL │ UNIDADE II
LTCAT sistêmico
Acontece uma revolução desburocratizante na linha administrativa de
reconhecimento de direito pela previdência sequenciada, surgindo outra de natureza
arrecadatória e atuarial. Toda a estrutura de concessão de benefício pensada
na LOPS de 1960 foi reformada, notadamente aquela relativa à aposentadoria
especial. A pressão social para aumento de eficiência da máquina pública, redução
de exigências probantes por parte do trabalhador, equilíbrio fiscal, reafirmação
do seguro social na esfera do poder público, responsabilização tributária, cível e
penal do empregador negligente com o meio ambiente do trabalho conduziram
o Estado brasileiro a uma verdadeira reforma previdenciária, silenciosa, mas
contundente. Essa reforma foi institucionalizada por um conjunto de normas
jurídicas e princípios, a saber:
53
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
Quadro 6. Tipos penais relacionados ao LTCAT a partir dos registros em GFIP das empresas.
55
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
Assim, o controle interno das empresas relativo ao gerenciamento dos seus riscos
repercutirá na obrigação de recolher o FACET de todas as empresas prestadoras de
serviço, e, em consequência, na concessão futura, cumpridos os requisitos legais
necessários, da aposentadoria especial de todos os trabalhadores terceirizados que
laboraram sob condições especiais.
31 Art. 22, IV, da Lei n. 8.212/1991 c/c art. 1o, §1o, da Lei no 10.666/2003, c/c art. 31 da Lei no 8.212/1991, c/c art. 6o da Lei no
10.666/2003.
32 Art. 161 da IN RFB 971/2009: Quando da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, cabe ao
contratante, observado o disposto no §4o, exigir: (...) II — da empresa construtora contratada por empreitada total: (...)
e) a partir da competência outubro de 2002, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), LTCAT, Programa de
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), para empresas com 20 (vinte) trabalhadores
ou mais por estabelecimento ou obra de construção civil, e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que
demonstrem o gerenciamento de riscos ambientais por parte da construtora, bem como a necessidade ou não da contribuição
adicional prevista no §2o do art. 72, observado, quanto ao LTCAT, o disposto no inciso V do art. 291.
56
DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL │ UNIDADE II
De clareza solar a transformação sofrida pelo LTCAT no bojo dessa nova ordem
jurídica, com evidente alteração de significado e fortes desdobramentos, que o
elevam à condição de item de controle de importância sistêmica, corporativa,
administrativa, jurídica e estratégica para empresa e para empregador, que
inclusive passa a responder por crime de informação falsa e sonegação fiscal.
Pode-se afirmar, sem medo de exageros, que há duas realidades para LTCAT a
serem consideradas pelo gestor: LTCAT antes e depois da GFIP combinada ao
FACET. Ou, melhor dizendo: LTCAT cartorário ou sistêmico.
Para fins práticos, sugere-se uma estruturação do LTCAT com a seguinte moldura:
Introdução
Controle de Versão, Data, Periodicidade
Fundamentação legal
Escopo e competência
Descrição do processo produtivo do estabelecimento
Fluxograma de processo
Fluxograma de engenharia
Planta baixa
Desenhos, croquis
Descrição e códigos para cargos e funções
Descrição e códigos para ambientes e funções
Critérios e definições de grupo homogêneo de exposição - GHE
Fatores de risco reconhecidos por área
Descrição do ambiente do trabalho
Avaliações qualitativas de riscos - fatores de riscos – por GHE
Avaliações quantitativas de riscos - fatores de riscos – por GHE
Identificação dos Trabalhadores por área, GHE e fatores de risco
Recomendações
Conclusão por Trabalhador, por área, GHE e fatores de risco
Encerramento
Anexo 1 – resultados das análises químicas
Anexo 2 – resultados das dosimetrias
Anexo 3 – certificação dos equipamentos
Anexo 4 – responsável técnico
Anexo 5 – ART - anotação de responsabilidade técnica
Fonte: próprio autor.
Este LTCAT tem por escopo fazer prova perante RFB e INSS
quanto às condições especiais para as quais se subordinam os
segurados deste estabelecimento empresarial de modo a conferir
suporte material às informações subsequentes, via eSocial,
57
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
CNPJ 11.111.111./0001-11
Nome Empresarial ALIMENTOS SAUDAVEIS LTDA
Logradouro RUA DA SAUDE, 51
Bairro VILA VIDA
Endereço
Cidade / Estado SAUDADE/SP
CEP 12345-000
Telefone 4444-4444
CNAE-Preponderante 10.13-9-01
GIILDRAT Grave
Alíquota do GIILDRAT 3%
FAP 0,7544
SAT AJUSTADO 2,2632
57
Número total de Segurados Empregados SEXO MASCULINO SEXO FEMININO
52 5
14
Número total de Segurados Contribuintes Individuais SEXO MASCULINO SEXO FEMININO
10 4
30
Número total de Segurados Prestadores de Serviço SEXO MASCULINO SEXO FEMININO
30
101
Número total de Trabalhadores SEXO MASCULINO SEXO FEMININO
92 9
Fonte: próprio autor.
58
DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL │ UNIDADE II
Contornos de desfecho
Com esse apanhado, fica clara a necessidade de assumir a saúde do trabalhador
e o meio ambiente do trabalho como itens estratégicos (variáveis essenciais de
controle) a qualquer programa de gestão.
59
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
Nos tempos atuais, o que se cobra do empresário não é se ele tem esse ou aquele
documento ou programa; mas, essencialmente, resultados. Sem programa de
gestão é impossível dizê-los, produzi-los, demonstrá-los, muito menos usá-los
para fins de prestação de contas empresariais, sociais ou judiciais (absolvição
penal ou resistência às fortes contendas sanitárias, ambientais, previdenciárias,
tributárias, cíveis e trabalhistas decorrentes da má ou da ausência de gestão).
Basta olhar o teor dessas métricas para perceber o quão obsoleto é suscitar a não
consideração do LTCAT como parte integrante do PPRA. Pode parecer exagero, mas
é disso (métricas) que se trata ao se questionar a lisura, conveniência e pertinência,
inclusive política, de não se adotar um programa de gestão, que, em outras palavras,
não substitui o LTCAT pelo PPRA.
Esse item de discussão faz parte de um todo corporativo que prenuncia de que
lado está a empresa: amarrada a um modelo sabidamente esgotado baseado em
papeleira cega (cartorário) ou avançada em direção à governança corporativa,
baseada em gestão de resultados (sistêmica)? Detalhe: a figura da métrica só faz
sentido sob o âmbito da gestão sistêmica.
60
DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL │ UNIDADE II
Nesse caso, faz-se um programa de gestão com o PPRA como estrutura que,
além dos itens programáticos afins (exigências do MTE), contemple avaliações
ambientais que assegurem suporte documental às declarações periódicas feitas
em GFIP, mês a mês pela empresa, inclusive para dizer que não deve tributo
(exigências tributárias — RFB e penais), bem como instrua processo de concessão
da aposentadoria especial nos casos de suspeição do CNIS ou PPP, abrangendo os
requisitos do LTCAT (exigência do INSS).
61
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
Vale destacar que, adotando o PPRA como chassi único, adota-se, por conseguinte, a
tese do filme cinematográfico, como coletânea cinética de várias fotos (LTCAT). Assim,
em que pese o PPRA ser um programa, nada afasta sua natureza técnica no tocante
à avaliação ambiental periódica nele inclusa. Assim, por causa do caráter híbrido
(gerencial e técnico; programas e laudos), o PPRA como substituto do LTCAT cumpre
perfeitamente as duas funções, o que permite à empresa responder prontamente às
eventuais lides ou demandas. Isso vale inclusive como elemento de fomento à melhoria
do meio ambiente de trabalho, pois, ao sugerir adoção de documento único, estará, via
de consequência, delimitando as competências e responsabilidades.
Finalmente, todo laudo ambiental para produzir efeito precisa de ART no CREA,
especificamente, LTCAT, precisa de uma ART para profissional de Engenharia de
Segurança do Trabalho. Isso já é assim, por força da lei que regula essa profissão e
por conta da Resolução Confea 359/1991.
Como a parte de avaliação ambiental do PPRA tem várias fases, a adoção de PPRA
como documento único traz vantagem competitiva e dá segurança jurídica à empresa
que assim proceder, pois normatiza quem é quem em relação a cada etapa do
PPRA, de forma que há ART para elaboração e ART para execução. Em qualquer
empreendimento de Engenharia funciona assim, como exemplo: ART de calculista,
ART de projeto, ART de construção e ART de operação.
62
CAPÍTULO 3
Análise Ergonômica do Trabalho – AET
63
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
I. Introdução
II. Bases Legais
III. Identificação e Caracterização da Empresa
IV. Análise da Demanda e do Contexto
V. Análise Global da Empresa
VI. Análise da População de Trabalhadores
VII. Registro e Divulgação de Dados
VIII. Das Responsabilidades
IX. Metodologia para Avaliação dos Agentes Ambientais
X. Metodologia para a Análise Ergonômica do Trabalho
XI. Relação dos Ambientes que demandam a AET
XII. Descrição do Ambiente
XIII. Modelo de Mapa Ergonômico
XIV. Análise Ergonômica do Trabalho - Produção
XV.Tabela 23 - riscos ergonômicos - eSocial
XVI.Gráfico de criticidades por atividade
XVII.Conclusões e constatações
XVIII.Equipamentos sugeridos
XIX.Considerações finais
XX.Termo de responsabilidade técnica
Fonte: Próprio autor.
64
CAPÍTULO 4
Documentação Esparsa Relacionada à
EST
»» PPP34.
»» CAT35.
»» Sinan3637.
65
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
Os documentos que servem de base para a emissão do PPP são parte integrante das
seguintes demonstrações ambientais:
O Inciso V do art. 291 da IN 971 da RFB autoriza substituição do LTCAT pelo PPRA.
67
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
40 IN INSS no 78 de 16/7/2002, Art 188. VI – o Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP (Anexo XV), é o documento histórico-
laboral, individual do trabalhador que presta serviço à empresa, destinado a prestar informações ao INSS relativas a efetiva
exposição a agentes nocivos que entre outras informações registra dados administrativos, atividades desenvolvidas, registros
ambientais com base no LTCAT e resultados de monitorização biológica com base no PCMSO (NR-7) e PPRA (NR-9);§ 1o O
PPP deve ser emitido pela empresa com base no LTCAT e assinado por representante administrativo e médico do trabalho, e
ainda pelo engenheiro de segurança do trabalho, de conformidade com o dimensionamento do SESMT;§ 2o O PPP deverá ser
emitido magneticamente com a seguinte periodicidade: a) anualmente, na mesma época em que se apresentar os resultados
da análise global do desenvolvimento do PPRA, do PGR e do PCMAT, nos termos dos itens 9.2.1, 9.2.1.1 e 93.1 da NR – 09, do
MTE; b) nos casos de alteração de “lay out” da empresa com alterações de exposições de agentes nocivos mesmo que o código
da GFIP/SEFIP não se altere; § 3o O PPP deverá ser emitido fisicamente (meio papel) nas seguintes situações: a) por ocasião
do encerramento de contrato de trabalho, quando deverá ser emitido em meio físico (papel), em duas vias, com fornecimento
de uma das vias para o empregado mediante recibo; b) para ser encaminhado à Perícia Médica da Previdência Social, em meio
físico (papel), por ocasião de requerimento de benefícios por incapacidade; c) para fins de requerimento de reconhecimento
períodos laborados em condições especiais; § 4o A não manutenção de Perfil Profissiográfico Previdenciário atualizado ou o
não fornecimento do mesmo ao empregado, por ocasião do encerramento do contrato de trabalho ensejará aplicação de multa
prevista na alínea “o”, inciso II, art. 283 do RPS.
41 Portaria MPS n. 552, de 21 de novembro de 2012 - DOU de 23/11/2012.
68
DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL │ UNIDADE II
Tem-se então a gênese dos eventos do eSocial: o PPP. Graças a esse documento
e suas características previdenciárias e tributárias, que houve força para se criar
os eventos de SST no âmbito do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações
Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial.
69
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
Considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações
preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a
agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem incluir
o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o
controle médico.
42 O subitem 9.3.5 prevê: Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle
dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações: (...) c) quando os resultados das
avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência
destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of Governmental Industrial
Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os
critérios técnico-legais estabel.
70
DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL │ UNIDADE II
O PPP deverá ser assinado por representante legal da empresa, com poderes
específicos outorgados por procuração, contendo a indicação dos responsáveis
técnicos legalmente habilitados, por período, pelos registros ambientais e
resultados de monitoração biológica.
71
UNIDADE II │ DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
O PPP deverá ser atualizado sempre que houver alteração que implique mudança
das informações contidas nas suas seções. A atualização deve ser feita pelo menos
uma vez ao ano, quando permanecerem inalteradas suas informações.
Considerações finais
A Saúde do Trabalhador aqui discutida suscita ao estudante prevencionista um
amplo espectro de possibilidades a partir da Constituição da República Federativa
do Brasil - CRFB-1988.
72
Referências
CAPEZ, F. Curso de Direito Penal. Parte Geral. v. 1, 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
GRECO, R. Curso de Direito Penal. Parte Geral. v. I, 5. ed. São Paulo: Impetus,
2007.
JESUS, D. E. Direito Penal – Geral. v. 1, 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. MIRABETE,
J. F. Manual de Direito Penal. v. I, 24. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
73
REFERÊNCIAS
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