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MINERAIS

CARACTERÍSTICAS E
IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS
Mineral - corpo sólido, natural, com
composição química definida ou variável
dentro de certos limites, inorgânico e com
textura cristalina característica.

Pode fazer-se a identificação de minerais


recorrendo a determinadas propriedades físicas
ou químicas que, de algum modo, reflectem a
sua composição e estrutura, fazendo ensaios
simples que não implicam equipamento
complexo.

CARACTERÍSTICAS E IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS


 estrutura cristalina significa o arranjo
espacial de longo alcance em que se
encontram os átomos ou moléculas no
mineral. Na natureza existem 14 arranjos
básicos tridimensionais de partículas (neste
caso átomos ou moléculas), designados
por redes de Bravais, agrupados em
7 sistemas de cristalização distintos, que
permitem descrever todos os cristais até
agora encontrados.
 Entre as propriedades físicas mais
utilizadas na identificação de minerais,
podem destacar-se:
 Propriedades ópticas – cor, risca e brilho,
difaneidade, fluorescência;
 Propriedades mecânicas – dureza,
clivagem, fractura;
 Densidade.

CARACTERÍSTICAS E IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS


 Cor dos minerais
Idiocromático – mineral que apresenta cor constante.
Exemplos:
Verde para a malaquite;
Cinzento para a galenite;
Amarelo de latão para a pirite;
Alocromático – mineral que apresenta cor variável.
Exemplos:
Quartzo – incolor, branco, róseo, violeta, amarelo ou negro.
A diversidade da cor resulta:
- mistura de pequenas quantidades de certos
pigmentos;
- variações na composição química, em que certos
elementos são substituídos na rede cristalina por
outros diferentes.

Como a cor raramente é única para cada mineral e


porque a verdadeira cor pode ser alterada, esta
característica não constitui uma propriedade muito
fiável na identificação de minerais.

CARACTERÍSTICAS E IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS


 Risca ou traço
A risca corresponde à cor do mineral reduzido a pó; a cor do
traço de um mineral não coincide sempre com a sua cor;
diferentes variedades da mesma espécie mineral exibem
sempre o traço com a mesma cor;
O traço é uma propriedade constante, enquanto que a cor pode
ser uma propriedade variável.
Exemplo: a
pirite tem
cor amarelo
– latão e a
risca é negra,
a hematite
tem cor
negra e risca
vermelha.
 A cor da risca ou traço é igual a cor do mineral
◦ - nos minerais idiocromáticos
◦ - nos minerais nativos
 A cor da risca ou traço é diferente da cor do mineral
◦ - nos minerais alocromáticos de brilho não metálico
◦ - nos minerais idiocromáticos de brilho metálico que não sejam minerais nativos (
cobre, ouro , prata)- risca escura ou preta

◦ De um modo geral, os minerais de brilho metálico ou submetálico produzem


traços pretos ou de cor escura enquanto que os minerais de brilho não-metálico
produzem traços incolores ou de cores claras.

CARACTERÍSTICAS E IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS


Brilho ou lustre
O brilho consiste no efeito produzido pela qualidade e intensidade
da luz reflectida numa superfície de fractura recente do mineral.
Os minerais podem ter brilho metálico, brilho intenso semelhante ao
observado nos metais e, brilho não metálico ou vulgar,
característico dos minerais transparentes ou translúcidos
A: Brilho metálico (pirite)
C: Brilho adamantino (diamante)

B: Brilho submetálico (volframite


D: Brilho vítreo (quartzo

CARACTERÍSTICAS E IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS


A calcite divide-se facilmente segundo superfícies planas e
brilhantes que, pelo choque continuado, se repetem
paralelamente a si mesmas.

O quartzo não apresenta clivagem visível e, quando


percutido, desagrega-se em fragmentos com superfícies
mais ou menos irregulares, sem direcção privilegiada.
 Clivagem
- tendência de alguns minerais fragmentarem;

devido à aplicação de uma força mecânica;

segundo superfícies planas e brilhantes, de direcções bem definidas e


constantes.

 Fractura
- revela que todas as ligações são igualmente fortes, qualquer que seja a
direcção considerada.
- as superfícies de fractura não se repetem paralelamente a si mesmas e
podem apresentar diferentes aspectos.
 Dureza

- resistência que o mineral oferece ao ser riscado


(sulcado) por outro mineral ou por determinados
objectos.
- é condicionada pela estrutura e pelo tipo de ligações
entre as partículas e, por isso, pode variar com a
direcção considerada.
- a determinação da dureza dos minerais é feita em
relação aos termos de uma escala de dureza;

CARACTERÍSTICAS E IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS


-uma das escalas de dureza relativa mais conhecidas é a escala
de Mohs, e esta escala é constituída por 10 termos, colocados
por ordem crescente de dureza, desde o menos duro, o talco, até
ao diamante, que é o corpo natural mais duro que se conhece;
-m homenagem ao mineralogista Friedrich von Mohs;
-qualquer mineral da escala risca todos os que estão abaixo dele,
não sendo riscado por eles.
- um mineral é mais duro que outro se, e só se, o riscar, sem se
deixar riscar por ele;
- dois minerais têm a mesma dureza se se riscam ou não se riscam mutuamente;
- determina-se seleccionando-se uma aresta viva, com a qual se experimenta riscar os
sucessivos termos da escala de Mohs;
- os termos da escala devem ser percorridos no sentido decrescente de dureza, para
se evitar o constante desgaste dos minerais menos duros;

- quando não se dispõe de uma escala de Mohs, podem utilizar-se diferentes


materiais, como:
Uma desvantagem da utilização da escala de Mohs é que o
aumento da dureza absoluta entre os diferentes termos
não é sempre o mesmo, fazendo-se de um modo
descontínuo.
Densidade
• A densidade depende da dureza das partículas (átomos ou iões) que
constituem o mineral e do tipo de arranjo dessas partículas.

•A densidade absoluta, ou massa volúmica, de uma substância


traduz a massa por unidade de volume.

•Para a identificação dos minerais, recorre-se à densidade relativa,


podendo utilizar-se qualquer dos métodos usados em física.

A densidade do mineral, consiste na


relação entre o peso de um
determinado volume do mineral e o
peso de igual volume de água a 4 ºC.
A densidade relativa indica quantas vezes um material é mais
pesado do que um igual volume de água a 4º C.

Se um mineral tem densidade relativa 2, isto significa que ele


pesa duas vezes mais que o mesmo volume de água.
Um dos métodos possíveis para avaliar a densidade
relativa consiste em utilizar a
balança de Jolly, para determinar:

•O peso do mineral fora de água – P;


•O peso do mineral mergulhado na água – P’.
•A diferença P - P’ dá o valor da impulsão (I), ou seja, o valor do
peso da água igual ao volume do mineral .

A densidade relativa é calculada através da seguinte fórmula:


Os minerais de brilho metálico

apresentam densidades próximas da

da pirite (5,0), enquanto que os

minerais de brilho não metálico

apresentam densidades próximas da

do quartzo ou calcite (2,6/2,7).

Qualquer mineral com uma densidade

superior a 7 já é considerado muito

denso, como é o caso do ouro.


Propriedades químicas

Alguns testes podem ser utilizados para fazer o diagnóstico de


minerais.

É o caso do teste do sabor salgado para a halite (NaCl) ou da


efervescência produzida por acção do ácido clorídrico sobre a
calcite.
A calcite e outros carbonatos reagem com o ácido clorídrico, fazendo
efervescência devido à libertação de CO2 durante a reacção.

- A calcite e a
aragonite, reagem a
frio de forma
evidente, com
efervescência
abundante.
- Na dolomite, a
efervescência só se
verifica a quente ou
quando o mineral é
reduzido a pó.
O calcário faz efervescência com os
ácidos.

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