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CENTRO DE ENSINO MOURÃO RANGEL

DISCIPLINA: QUÍMICA PROFESSORA: MARINA RAMOS


TURMAS: 100 E 101 TURNO: MATUTINO

DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA
Esse conteúdo pode ser encontrado no seu livro didático, página 91.

O modelo atômico de Rutherford-Böhr mostra que o átomo possui um núcleo com prótons e
nêutrons, além de uma eletrosfera formada por várias camadas eletrônicas, com valores de energia
específicos para cada tipo de átomo. Para os elementos conhecidos atualmente, existem, no
máximo, sete camadas que varia de 1 a 7, que são representadas, respectivamente (de dentro para
fora), pelas letras K, L, M, N, O, P e Q

A distribuição eletrônica, ou como também é conhecida, princípio da configuração


eletrônica nada mais é que a disposição dos elétrons de forma que o átomo fique em seu estado
fundamental. No entanto, os elétrons não se distribuem de qualquer forma nessas camadas,
havendo, portanto, algumas regras a serem seguidas para essa distribuição.
Cada camada comporta uma quantidade máxima de elétrons, como podemos verificar mais
na tabela abaixo, além disso os elétrons distribuem-se nas camadas eletrônicas de cordo com
subníveis de energia, que são identificados pelas letras s, p, d, f, que aumentam de energia nessa
ordem respectiva.
Para tornar mais fácil a distribuição dos elétrons dos átomos nas camadas eletrônicas, o
cientista Linus Pauling (1901-1994) criou uma representação gráfica que facilitou a visualização da
ordem crescente de energia e a realização da distribuição eletrônica. Essa representação passou a ser
chamada de Diagrama de Pauling, sendo também conhecida como Diagrama de distribuição
eletrônica ou, ainda, Diagrama dos níveis energéticos, e está exposta abaixo:

Vejamos abaixo o esquema de como funciona o diagrama de Pauling, que permite realizar a
distribuição eletrônica de todos os elementos químicos da tabela periódica e em seguida alguns
exemplos de como realizar a distribuição eletrônica utilizando esse modelo. Para compreender o
diagrama, é preciso primeiramente entender a simbologia presente nele:
Desse modo temos a sequência energética da seguinte maneira:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f14 6d10 7p6
Agora sim, vejamos um exemplo de como aplicar esses conceitos na distribuição eletrônica:

 Exemplo 1: Vamos realizar a distribuição eletrônica do magnésio (Mg), cujo número


atômico (Z - número de prótons) é igual a 12.
Visto que está no estado fundamental, a quantidade de elétrons e de prótons é igual, ou seja, temos
que distribuir 12 elétrons.
Começaremos pelo subnível 1s, onde só cabem 2 elétrons, e continuaremos preenchendo e seguindo
as setas até completar 12 elétrons:

Observe que a distribuição eletrônica do magnésio em subníveis de energia é dada por:


1s2 2s2 2p6 3s2.
Já a distribuição eletrônica por camadas foi: 2 – 8 – 2, ou seja, o átomo desse elemento possui 2
elétrons na camada K, 8 elétrons na camada L e 2 dois elétrons na camada M.

 Exemplo 2: Vanádio (Z = 23)


 Ordem energética: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d3
 Ordem geométrica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d3 4s2
 Número total de elétrons por nível ou camada: K = 2, L = 8, M = 11, N = 2
 Número de elétrons no subnível mais energético : o subnível mais energético é o último a
ser preenchido, isto é, o 3d. Assim, o número de elétrons nele é 3.
 Número de elétrons no subnível mais externo (Camada de valência): o subnível mais
externo é o que fica mais afastado do núcleo, isto é, o 4S. Assim, o número de elétrons nele é 2.

 Exemplo 3: Bário (Z = 56)

 Ordem energética: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2
 Ordem geométrica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 5s2 5p6 6s2
 Número total de elétrons por nível ou camada: K = 2, L = 8, M = 18, N = 18, O = 8, P =
2.
 Número de elétrons no subnível mais energético: o subnível mais energético é o 6s.
Assim, o número de elétrons nele é 2.
 Número de elétrons no subnível mais externo (Camada de valência):  o subnível mais
externo também é o 6s. Assim, o número de elétrons nele é 2.

 Exemplo 4: Abaixo temos a distribuição eletrônica do cádmio no estado fundamental,


sendo que seu número atômico é igual a 48:
Em ordem energética, essa distribuição é dada por: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10.
E a ordem geométrica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6  3d10 4s2 4p6 4d10 5s2.

Ao realizar essa distribuição, nota-se que o subnível 4d 10 foi o último preenchido. Porém,
esse é o mais energético, e não o mais externo. O que fica mais longe do núcleo, na camada de
valência, é 5s2 e é ele que será alterado na formação de algum íon.
Digamos, então, que o cádmio formou o seguinte cátion: (Cd2+). E agora? Como ficará a sua
distribuição eletrônica?
Bem, a carga +2 indica que ele perdeu 2 elétrons, então basta retirar os dois elétrons no
subnível 5s2. A distribuição do íon Cd2+ em ordem energética é dada
por: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 4d10.
Por outro lado, se fosse um ânion, iríamos acrescentar elétrons nesse subnível mais externo.
Entretanto, como no subnível s não podem ser preenchidos mais de 2 elétrons, passaríamos para o
próximo subnível.

Links com vídeo aula:


https://www.youtube.com/watch?v=LYhckRAtCPU
https://www.youtube.com/watch?v=d-9u_8yLvuI

Bons estudos!!
Prof. Msc. Marina Costa Ramos.

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