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MECANISMOS DE AUTOPROTEÇÃO
A antropologia bíblica ressalta o papel do ser humano como coroa da criação. A visão de Deus a
nosso respeito é especial, visto que fomos criados à sua imagem e semelhança. Deus nos vê como
pessoas únicas e insubstituíveis (Sl 8.3-8). Somos únicos e especiais para Deus, somos amados por
Ele.
Trate o seu aconselhando como uma pessoa única e especial. Dê uma “atenção
individualizada” ao seu aconselhando.
1 – Mecanismos de Defesa
De acordo com Paul Hoff (1996, p.38), mecanismo de defesa é o processo postulado por Freud
para explicar a estratégia da mente para proteger-se, lançando no inconsciente experiências
desagradáveis, impulsos, conflitos e ideias ameaçadoras, acomodando-as lá.
Racionalização:
Compensação:
Projeção:
•quando atribuímos o que somos e sentimos a outras pessoas. Às vezes não gostamos de
alguém porque nos enxergamos nessa pessoa...
Repressão:
•fuga de uma realidade limitada ou frustrante imaginando que somos pessoas famosas,
ricas e poderosas.
Formação reativa:
Regressão:
•quando a pessoa regressa a atitudes infantis que a ajudaram no passado. Ex: Ficam
emburrados, "de bico", murmuram como crianças mimadas.
Substituição:
•quando a pessoa não tem coragem ou oportunidade de descarregar sua ira, seus
desejos, suas vontades diretamente. Ela então transfere a emoção para outra pessoa
que é vítima de toda a sua ira e raiva. Ex: Ira-se com o chefe e desconta sua raiva no seu
filho quando chega em casa.
1 – Definição de Noutética
O termo “noutética” deriva da palavra grega “nouthetéo”, que significa admoestar, advertir. As
palavras nouthesia e nouthetéo são formas nominal e verbal neotestamentárias das quais se origina
o termo “noutética” (ADAMS, 1997, p. 55).
2 – Autor da Teoria
O principal teórico do aconselhamento noutético é Jay Adams. Ele foi o deão do Instituto de
Estudos Pastorais e professor de teologia prática no Seminário Teológico Westminster, na
Filadélfia, Estados Unidos; graduado com especialização em homilética e oratória; também
pastoreou vários ramos da Igreja Presbiteriana da Pensilvânia e Nova Jérsei.
Jay Adams é autor de Conselheiro Capaz, editado pela Editora Fiel, no qual desenvolve sua
teoria de aconselhamento, transcrevendo modelos de ação junto aos aconselhandos.
2.1 – Histórico
Jay Adams prega que a Psicologia usada no aconselhamento é perniciosa e herética; que o cristão
deve buscar somente nas Escrituras as respostas para os questionamentos humanos.
Surge então a forma de pensar de Jay Adams, após um verão com seu mentor Mower, em
Illinois.
Pode-se afirmar que a teoria noutética está baseada no texto de 2 Samuel 12, na
confrontação de Natã com Davi, depois do pecado que este cometeu contra Urias e Bate-Seba.
3 – Metodologia
A teoria noutética busca restaurar a imagem de Deus no homem; levar o homem à conformidade
da vontade de Deus; transformar atitudes erradas e fazer com que o aconselhando transponha
algumas barreiras como vícios ou maus hábitos, bem como infundir no coração do aconselhando
uma noção mais profunda de temor ao Senhor. Objetiva também aplicar meios para levar as
pessoas a uma vida de santificação.
•Os conselheiros adeptos desta teoria falam •Não aconselha encorajando, apenas
do amor de Jesus; adverte, repreende, lança luz aos erros.
•Não direciona, apenas aponta os erros, mas
•Declara que “Toda a Escritura é inspirada nem sempre explica o porque do erro ter
por Deus e útil para o ensino, para a sido cometido e como fazer para não repeti-
repreensão, para a correção e para a lo.
instrução na justiça, para que o homem de
Deus seja apto e plenamente preparado •O aconselhamento deixa a desejar no caso
para toda a boa obra.” (2Tm 3.16 17) do aconselhando não ter conhecimento
bíblico;
•Não reconhece a contribuição da Psicologia
para a saúde mental e emocional das
pessoas.
1 – Conceituação
A teoria diretiva de aconselhamento (ou método diretivo) caracteriza-se por uma postura mais
atuante do conselheiro. Este, após ouvir o aconselhando e analisar o que lhe foi apresentado,
procura discutir abertamente com a pessoa a rota de fuga para as situações apresentadas, à luz de
hipóteses formuladas em consonância com algum princípio bíblico ou enfoque terapêutico.
Persuasão
Diagnos-
Descobre
tica
CONSE-
LHEIRO
Fala Trata
2 – Metodologia
De acordo com Silas Molochenco (2008, p.63 a 67) estas são as técnicas mais frequentemente
utilizadas na consulta diretiva:
Perguntas precisas: Como fruto da sua boa observação, fazer perguntas precisas que
toquem nas feridas ou na raiz da questão;
3 – Algumas Considerações
1º) O método diretivo mostra a tendência para centrar todos os esforços no problema
que o paciente apresenta. O conselheiro seleciona os objetivos desejáveis que o
paciente deve atingir. Utiliza testes, tarefas e exercícios para o aconselhando. Pode
também trabalhar com o sujeito no seu ambiente social;
2º) Se o problema for resolvido de uma maneira que possa ser aprovado pelo conselheiro,
com o evidente desaparecimento dos sintomas, considera-se que a consulta e posterior
tratamento alcançaram êxito;
3º) O sucesso do método diretivo depende de uma entrevista bem sucedida, onde o
conselheiro ouve com atenção, colhe os dados, analisa o pano de fundo da situação,
delimita o problema central e as causas possíveis para a sua origem. Relaciona tópicos
e aborda cada um no decorrer do tratamento.
COLLINS, Gary. Aconselhamento Cristão: edição século 21.São Paulo: Vida Nova, 2004.
______. Ajudando Uns aos Outros pelo Aconselhamento. São Paulo: Vida Nova, 2005.
MOLOCHENCO, Silas. Curso Vida Nova de Teologia Básica: Aconselhamento. São Paulo:
Vida Nova, 2008.
POWELL, John. Por Que Tenho Medo de lhe Dizer Quem Sou? 3. ed. Belo Horizonte: Crescer,
1986.