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O menino do contra
queria tudo ao contrário:
deitava os fatos na cama
e dormia no armário.
Andava, corria
de pernas para o ar;
se estava contente,
punha-se a chorar.
Molhava-se ao sol,
secava na chuva
e em cada pé
usava uma luva.
Escrevia no lápis
com um papel;
achava salgado
o sabor do mel.
Cecília Meireles
Música
A minha casinha
Pus-lhe um chupa-chupa
na chaminé;
a fazer de neve,
açúcar pilé.
A minha casinha
bem saborosa...
comi-a ao almoço.
Sou tão gulosa!
Juntando formigas
fiz um formigueiro.
História do mar
Deixa contar...
O senhor Mar
E depois?
E depois...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
E depois...
A menina adormeceu
História do mar
Deixa contar...
O senhor Mar
E depois?
E depois...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
E depois...
A menina adormeceu
10. Pinguim
Pin…guim!
Pin…guim!
Vai devagar
Marca o compasso
Pin…guim!
Pata aqui
Pata ali
Acerta o passo
Camisa branca
Casaca preta
No colarinho
Pinguim!
Pinguim!
Parece um homenzinho…
Alice Gomes
11.
O Natal da convenção,
Fernando Pessoa
O Pastor
Pastor, pastorinho,
pastor, pastorinho?
Deixa-me ir contigo.
Eugénio de Andrade
Cinco Réis de Gente
Corpinho delgado,
Olhar mariola,
-Belos os cabelos,
Quantos caracóis!
A mãe, tecedeira,
Perdeu o marido,
No Comboio Descendente
No comboio descendente
No comboio descendente
No comboio descendente
No comboio descendente
No comboio descendente
No comboio descendente
De Palmela a Portimão…
Fernando Pessoa
Levava um jarrinho
Levava um tostão
Para ir bonita.
Correu atrás
De mim um rapaz:
Perdi o tostão,
Rasgou-se-me a fita…
Para ir bonita
De mim um rapaz
Fernando Pessoa
Havia um menino
Em vez de um gatinho
Tinha um caracol
Tinha um caracol
Dentro do chapéu.
Fazia-lhe cócegas
No alto da cabeça,
Por isso ele andava
Depressa, depressa,
A casa e tirava
O chapéu, saindo
De lá e caindo
O tal caracol.
Impossível tal,
Porque o caracol
Era de cabelo!
Fernando Pessoa
Ou a flor da maresia
Os ladrões levaram
A filha do Rei.
-Roubaram-me a filha,
A ricos e pobres
o que ma trouxer.
-Mas se for um monstro
feio e cabeludo?
Rosa de jardim
Sebastião da Gama
Os Burros
Cuidadosos,
Os burrinhos
Vão andando
Por caminhos.
Levam sacos,
Levam lenha…
Pesa a carga
Que é tamanha
Levam coisas
P’ra o mercado
No alforge
Tão pesado.
E transportam
Tudo, tudo,
No seu passo
Tão miúdo.
Tão miúdo,
tão esperto,
Do seu dono
Que seria
Sem o burro?
Que faria?
E esse dono,
Quando é mau,
Dá-lhe, dá-lhe
Com um pau!
E o burrinho
Sofre então…
Tem nos olhos
O perdão!
Balada da Neve
É talvez a ventania;
Na quieta melancolia
Na brancura do caminho…
Augusto Gil
A Raposa e as Uvas