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26/10/2020 Unidade 2

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Unidade 2

Teoria da Firma

Prezado(a) aluno(a)

Neste material, deixaremos de abordar o lado da demanda do mercado, em que


estudamos as preferências e o comportamento dos consumidores, e passaremos a
apresentar o lado da oferta na Microeconomia, em que o comportamento de quem
produz os bens e serviços será analisado.

Além disso, nesta unidade, será abordada a maneira pela qual as empresas
e cientemente organizam os processos produtivos e como se dá a variação de
custos à medida que os preços dos insumos e os níveis de produção sofrem

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alterações. Também veremos que, para compreender o comportamento do produtor,


é importante termos aprendido o comportamento do consumidor, tendo em vista
que as decisões de otimização de ambos são semelhantes.

O estudo da Teoria da Firma é de fundamental importância, pois as decisões de


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produção, com base na minimização dos custos, juntamente com as variações,
conforme o volume produzido muda, re etem na administração econômica das
empresas. Portanto, conhecer a Teoria da Firma nos ajuda a compreender as A-
características da oferta de mercado.

A Produção
Um processo produtivo transforma os fatores de produção em produtos nais. Por
fatores de produção, entende-se tudo aquilo que uma empresa utiliza para produzir
um bem, ou seja, emprega o trabalho (mão de obra especializada e não
especializada), matérias-primas (insumos produtivos) e o capital (terreno,
instalações, máquinas e equipamentos).

Função de Produção
A interação dos fatores produtivos com os produtos nais nos dá uma relação
denominada função de produção, que irá nos revelar o total do volume de produção
(q) que cada rma é capaz de produzir ao considerarmos a alocação e conciliação dos
fatores de produção.

A m de facilitar nossa análise, apesar de, na prática, as empresas utilizarem diversos


fatores produtivos na produção, adotaremos apenas dois: o trabalho, L, e o capital, K.
Assim, podemos escrever a expressão da função da seguinte forma:

[Math Processing Error]

A interpretação que podemos dar a essa equação é de que a quantidade de produto


está em função da quantidade de insumos empregados no processo produtivo, ou
seja, a quantidade de q depende da quantidade de K (capital) e L (trabalho).

Determinados produtos podem ter em seus processos de fabricação o uso mais


intensivo de mão de obra (L), como, por exemplo, os vinhos, ou de capital (K), quando
utilizados mais máquinas e equipamentos do que trabalhadores, como, por exemplo,
na produção de aparelhos celulares.

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Nas funções de produção, cabe descrever o que é tecnicamente viável produzir,


admitindo-se que o objetivo das empresas é auferir lucro e partir da premissa de que
irão conduzir a produção da maneira mais e caz possível e com o mínimo de custos,
sem desperdiçar recursos.
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Produção em Curto e Longo Prazos
Ao analisarmos a produção, devemos levar em conta o fator tempo, pois, a depender A-
do período disponível para a tomada de decisões relativas ao processo produtivo, as
empresas alocam, de forma ótima ou não, os recursos existentes.

Assim, faz-se necessário realizar a distinção do que vêm a ser curto e longo prazos.
Curto prazo refere-se ao período no qual as quantidades de um ou mais insumos não
podem ser modi cadas. Ao menos as quantidades de um único fator a curto prazo
não podem variar, e a isto denominamos insumo xo. Longo prazo consiste no tempo
necessário para que todos os insumos de produção possam se tornar variáveis.

As decisões que as empresas tomam são diversas a curto e longo prazos. No curto
prazo, as empresas podem variar a intensidade de utilização de um dos fatores de
produção; já a longo prazo, as empresas podem ponderar as quantidades de todos os
insumos, a m de mitigar custos de produção.

Em um processo que decidirá as quantidades a ser adquiridas de um determinado


insumo, a empresa deve comparar o benefício que obterá com o custo. Observe a
Tabela 2.1 a seguir.

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Tabela 2.1 - Quantidade de insumos


Fonte: Pindyck (2006, p. 188).

Devemos considerar que o capital (K) é xo e o trabalho (L) varia, bem como uma
hipotética empresa de vestuários decidirá a quantidade de peças que produzirá e
quanto de trabalho despenderá para a tarefa. Reunimos em uma tabela essas
informações, a m de saber de que forma o volume de produção, q, cresce (se é que
cresce), ao passo que o insumo trabalho, L, aumenta.

As três primeiras colunas da Tabela 2.1 mostram o volume de produção que pode ser
gerado com diferentes quantidades de trabalho dentro de um mês, mantendo o
capital xo em 10 unidades. Na primeira coluna, temos a quantidade de trabalho; na
segunda, a quantidade física de capital; na terceira, o volume de produção obtido.

Nota-se que, quando a quantidade de trabalho é zero, o produto total também é


zero. No período posterior à utilização de oito unidades de trabalho, o acréscimo de
unidades de trabalho passa a não ser mais útil para o processo produtivo.

Produto Médio e Produto Marginal


A quarta coluna da Tabela 2.1 apresenta o produto médio do trabalho, que consiste
no produto obtido por unidade de determinado insumo. Este é calculado pela divisão
do produto total, q, pela quantidade total de insumo de trabalho, L. Mede a
produtividade da mão de obra, em termos do quanto cada unidade de trabalho
produz, em média, de um bem. Como podemos observar na tabela anterior, a partir
do incremento de cinco unidades de trabalho, o produto médio passa a cair.

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Na quinta coluna, temos o produto marginal do trabalho, que é originado a partir do


acréscimo de uma unidade de insumo trabalho. Fixando a quantidade de capital em
10 unidades e aumentando o insumo trabalho de dois para três, o produto total é A+
elevado de 30 para 60 e o volume adicional de produção (PMg) ca em 30 unidades.
Expressa-se o PMg do trabalho por ∆q/∆L, ou seja, a variação no volume de A-
produção, ∆q, resultante do acréscimo de uma unidade do insumo trabalho, ∆L.

Rendimentos Marginais Decrescentes


A Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes confere que à medida que a
utilização de um insumo aumenta e mantém os outros constantes, a produção
adicional, a partir de determinado ponto, decresce.

Trazendo tal lei para o processo produtivo, temos que, quando a quantidade de
trabalhadores é pequena e o capital é xo, um pequeno incremento desses
trabalhadores faz com que o volume de produção aumente substancialmente.
Porém, conforme aumenta o número de funcionários e esse se torna demasiado,
alguns trabalhadores passam a ser ine cientes, o que ocasiona um decréscimo no
produto marginal do trabalho (produto adicional, oriundo do acréscimo de uma
unidade de trabalho no processo produtivo).

Um gestor pode utilizar a Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes na tomada


de decisões referentes a determinado processo produtivo, e é importante levar em
consideração que a premissa descrita não deve ser confundida com retornos
negativos, pois ela nos relata um produto marginal declinante, mas não
necessariamente um produto marginal negativo.

Um fator determinante na mudança da curva de rendimentos marginais


decrescentes é o avanço das tecnologias de produção, as quais viabilizam um
aumento do volume de produção ao utilizarem a mesma quantidade de insumos
inicialmente alocada para dado processo produtivo. A Figura 2.1  ilustra a situação.

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Podemos veri car que, conforme nos deslocamos do ponto A, na curva O1, para B,
na curva O2, e para C, na curva O3, ao longo do tempo, o volume de produção por
unidade de trabalho (produtividade da mão de obra) aumenta.

Isoquantas
Uma isoquanta tem como objetivo descrever uma função de produção e nos mostra
todas as possíveis combinações de insumos que geram o mesmo volume de
produção.  

A partir da Tabela 2.2 a seguir, podemos simular um processo produtivo que utiliza
dois fatores de produção, capital e trabalho, os quais podem sofrer mudanças em
suas quantidades. Teremos, então, os volumes de produção possíveis de ser
alcançados por meio de diversas combinações de insumos, como ilustramos também
nas isoquantas (construídas de acordo com as informações da tabela).

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As unidades de capital estão na coluna à esquerda e as unidades do insumo trabalho


estão na linha superior. Os valores elencados na tabela correspondem, dentro de um
determinado período, um mês, por exemplo, ao que, de forma e cientemente
técnica, é possível de ser produzido alocando, de diversas formas, os insumos
disponibilizados. Por exemplo, duas unidades de trabalho, combinadas com duas
unidades de capital, produzem 60 unidades de calças jeans por mês. Conforme
mantêm-se xas as quantidades de capital e as quantidades de trabalho aumentam,
a produção de calças jeans aumenta no período de um mês, assim como quando as
quantidades de trabalho são mantidas xas, e as quantidades de capital aumentam.

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De acordo com o grá co expresso na Figura 2.2, quando nos movemos da isoquanta
q1 para a isoquanta q2 e para a isoquanta q3, a quantidade de calças jeans
produzidas aumenta.

A Tecnologia e a Substituição de Insumos


Como é conhecido, um administrador, ao tomar decisões com relação à produção,
levará em conta a possibilidade de substituir o uso de um insumo produtivo por
outro. Ainda acerca das isoquantas, a inclinação dessas re ete a quantidade de cada
insumo que pode ser substituída por determinada quantidade de outro, o que
mantém a produção constante.

Isso posto, faz-se necessário conhecermos o conceito de Taxa Marginal de


Substituição Técnica, que consiste na quantidade na qual um insumo pode ser
reduzido quando uma unidade adicional de outro insumo é utilizado, o que permite
manter o produto constante. A TMST é positivamente mensurada.

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Conforme nos deslocamos para baixo ao longo de uma isoquanta, a TMST cai, dada a
convexidade da curva. Podemos observar isso visto que a produção necessita de A+
uma quantidade equilibrada de insumos, pois, quando um volume maior de capital é
aplicado substituindo o trabalho, a produtividade do capital reduz e vice-versa. A-

O grá co da Figura 2.3 apresenta as TMSTs sob determinados pontos da isoquanta.


É possível notar que os valores diminuem, em q2 vai de 2 para 1, depois para ⅔ e por
m ⅓.

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Ao conhecermos os conceitos de produto marginal do trabalho e produto marginal


do capital, entendemos que a TMST possui estreita relação com eles, uma vez que a
taxa marginal de substituição técnica entre dois insumos é igual à razão entre os
produtos marginais dos insumos. Observe a seguir a equação que expressa tal
relação.

[Math Processing Error]

Essa expressão é utilizada quando são examinadas as decisões das empresas no que
tange à minimização de custos, ao se escolher as quantidades de insumos.

Rendimentos de Escala
Em se tratando de longo prazo, em que todos os insumos variam, o gestor de uma
empresa precisa buscar a melhor maneira de aumentar o produto. Nesse sentido, ele
pode optar por alterar a escala, a m de aumentar todos os insumos na mesma
proporção. E a essa proporção de aumento do produto, quando os insumos
aumentam proporcionalmente entre si, é que, em economia, se referem os
rendimentos de escala, os quais podem ser crescentes, constantes e decrescentes.

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Quando os insumos em um processo produtivo são utilizados em dobro, e a


produção cresce mais do que o dobro, temos rendimentos crescentes de escala. A
existência deles traz vantagens para se ter uma empresa de grande porte, com uma
produção a custo baixo, em vez de ter várias empresas pequenas, por exemplo, com
uma produção a um custo mais alto, já que a grande empresa possui poder de
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mercado, como, por exemplo, as indústrias automobilísticas.

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Outra situação em relação a escalas de produção é a da existência de rendimentos


constantes de escala, ou seja, a produção dobra quando se dobra a utilização de
insumos. O tamanho da empresa não desencadeia aumento ou diminuição na

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produtividade dos insumos. Por exemplo, uma grande loja de artigos esportivos pode
oferecer o mesmo tipo de produto/serviço, ao utilizar a mesma proporção de capital
e de trabalho por cliente, do que uma loja de menor porte, com menos clientes.

Por m, quando a produção aumenta em uma proporção menor do que o dobro, ao


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passo que a utilização dos insumos duplica, há rendimentos decrescentes de escala.
Isso ocorre devido à existência de limitações gerenciais, di culdades de organizar
um processo produtivo de grande escala, impessoalidades nas relações corporativas, A-
entre outras.

Figura 2.4 - Rendimentos de escala


Fonte: Pindyck (2006, p.203).

A Figura 2.4 nos mostra duas situações: no primeiro grá co, a ocorrência de
rendimentos constantes de escala ao longo da curva A. À medida que a produção
aumenta proporcionalmente, o espaço entre as isoquantas permanece igual. Já no
segundo grá co, conforme os insumos aumentam ao longo da linha A, as isoquantas
cam mais próximas, o que caracteriza a presença de rendimentos crescentes de
escala.

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Custos de Produção
Neste tópico, apresentaremos como os custos de produção são formados e
in uenciados pelas tecnologias e preços dos insumos. Veremos como é escolhida
uma combinação ótima de recursos produtivos, a m de minimizar os custos de
produção, algo que, bem realizado, vem a ser importante determinante da
capacidade de obtenção de lucro por parte das empresas.

Tipos de Custos
Ao abordarmos os custos de produção, é necessário responder a um
 questionamento importante para compreendermos como eles são determinados:
Quais itens compõem os custos de uma empresa?

Inicialmente, podemos distinguir os custos na visão econômica e na visão contábil.


Os custos contábeis abrangem as despesas atuais e as despesas que incidem na
desvalorização dos bens de capital (depreciação). Na visão dos economistas e
administradores, os custos são voltados para o futuro, pois se referem aos custos
com a alocação de recursos que são escassos, além da preocupação em como as
empresas buscarão a diminuição de seus custos e melhoria de sua lucratividade.

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Quando falamos de custos econômicos, estamos nos referindo à distinção de custos


que podem ser controlados, ou não, pelas empresas. Nesse sentido, apresentam-se
os custos de oportunidades, que consistem nos custos incorridos em decisões em
que as empresas não empregam os recursos da melhor forma possível, pois deixam
de lado oportunidades. Para clarear o conceito de custos de oportunidades,
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tomemos como exemplo uma empresa que dispõe, em seu patrimônio, de um prédio,
no qual exerce suas atividades. Na visão contábil, a empresa não possui despesas
com aluguel, porém, na visão econômica, a empresa incorre em custos de A-
oportunidade, pois deixa de alugar o imóvel (auferir receita) para exercer suas
atividades no prédio em que é proprietária.

Custos com depreciação também são tratados de forma diversa entre os contadores,
economistas ou administradores. Depreciação na análise contábil é mensurada com
base nos valores referenciados pela autoridade scal. Já para os administradores e
economistas, não necessariamente a depreciação de máquinas e equipamentos é a
mesma permitida pela autoridade scal e sim se dá por meio do real desgaste a que
foram submetidos os bens de capital, o qual varia entre diferentes tipos de ativos.

Dando continuidade à explanação sobre os tipos de custos, um dos mais levados em


consideração, diferentemente do que ocorre com os custos de oportunidade, são os
custos irreversíveis, que são despesas que foram realizadas e não podem ser
diretamente recuperadas, como, por exemplo, a aquisição de máquinas projetadas
para a produção de bens especí cos.

Ainda, os custos totais da produção estão divididos em custos xos, custos variáveis,
custo marginal e o custo total médio. Os custos xos são os que não variam
conforme o nível de produção muda e só podem ser eliminados se a empresa deixar
de operacionalizar suas atividades, podem incluir gastos com um número mínimo de
colaboradores, manutenção da empresa e seguros. Os custos variáveis, como o
próprio nome nos diz, alteram-se de acordo com a variação no nível de produção,
abrangem os salários e gastos com matérias-primas.

Por m, temos os custo marginal e o custo total médio. Também conhecido como
custo incremental, o custo marginal se dá com a produção de uma unidade a mais de
um bem, sendo apenas o aumento no custo variável ocasionado pela fabricação de
uma unidade extra de produto.

O custo total médio é o custo total dividido pelo nível de produção, ou seja, o custo
por unidade de produto abrange o custo xo médio (CF/q) e o custo variável médio
(CV/q).

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Conhecidos os tipos de custos, para nalizarmos esta unidade, voltemos a


diferenciar os custos a curto e longo prazos.  

Custos a Curto Prazo


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Conforme já sabido, em se tratando de curto prazo, um ou mais insumos dentro do
processo produtivo são xos, pois nem todos os insumos têm suas quantidades
variadas. Dessa forma, a existência de rendimentos decrescentes é que determinará A-
o formato das curvas de custo, conforme mostra a gura a seguir.

No grá co (a) da Figura 2.5, o custo total é a soma do custo xo com o custo variável.
O custo total médio é a soma do custo xo médio com o custo variável médio,
conforme o grá co (b) apresenta. Os pontos mínimos das curvas de custo variável
médio e custo total médio se cruzam com a curva de custo marginal.

Custos no Longo Prazo

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A longo prazo, todos os insumos utilizados no processo produtivo são variáveis.


Portanto, os gestores levarão em consideração, quando da escolha da quantidade de
insumos a ser alocada na produção, o volume de custos relativos a esses mesmos
fatores de produção e a capacidade que possuem de ser substituídos entre si.
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Ao realizar escolhas minimizadoras de custos, um administrador trilha o sucesso
gerencial e, por conseguinte, colabora com a expansão de uma empresa. Essa
decisão - em que se pretende minimizar os custos e obter o nível desejado de A-
produção - pode ser representada gra camente ao se encontrar o ponto de
tangência entre a isoquanta (que outrora estudamos o conceito) e uma linha de
isocusto, a qual comporta as combinações de trabalho e capital que podem ser
obtidas por determinado custo total.

Na gura 2.6, as combinações de insumos produtivos, que custam o mesmo


montante para a empresa, estão representadas pelas curvas [Math Processing Error],
[Math Processing Error] e [Math Processing Error]. O ponto "A" tangencia a isoquanta
[Math Processing Error] com a isocusto [Math Processing Error]. Nesse ponto, a
produção incorrerá em custos mínimos com [Math Processing Error] quantidades de

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trabalho e [Math Processing Error] quantidades de capital. Todas as outras


combinações fornecem o mesmo volume de produção, porém, a um custo maior.

Podemos utilizar um exemplo hipotético que re ete a trajetória produtiva de uma


empresa e construir uma curva de custo total a longo prazo.
A+

A-

Na Figura 2.7 (a), observamos, ao longo da curva denominada caminho de expansão,


pontos A, B e C, que são as combinações dos insumos trabalho e capital, que
incorrem em menores custos, podendo ser utilizadas quando todos os insumos
variam em um cenário de produção a longo prazo. O que origina a curva de custo
total a longo prazo, pontos D, E e F (pontos nos quais, para cada nível de produção, os
custos são menores).

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Custos
Inicialmente, podemos distinguir os custos na A+
visão econômica e na visão contábil. Os custos
contábeis abrangem as despesas atuais e as A-
despesas que incidem na desvalorização dos
bens de capital (depreciação). Na visão dos
economistas e administradores, os custos são
voltados para o futuro, pois se referem aos
custos com a alocação de recursos que são
escassos, além da preocupação em como as
empresas buscarão a diminuição de custos e
melhoria da lucratividade.

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INDICAÇÃO DE LEITURA

Administração da produção
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Autor: Petrônio Garcia Martins e Fernando Piero Laugeni

Ano: 2015 A-
Editora: Saraiva Uni

ISBN: 97-885-026-183-50

Trata-se de uma referência importante em administração da produção.


Indicado para as áreas de Administração da Produção, Administração de
Operações, Organização da Produção e Organização Industrial, o livro
apresenta conteúdo moderno e direcionado. Um de seus diferenciais são os
vários exemplos da indústria brasileira, porque mostra como a teoria é
aplicada na prática. No nal de cada capítulo, há ainda estudos de caso, com
histórias de empresas brasileiras, e questões para discussão sobre o tema
estudado.

Considerações Finais
Esta unidade dedicou-se a abordar conceitos acerca da Teoria da Firma,
apresentamos o lado da oferta no mercado, em que foi analisado o comportamento
de quem produz os bens e serviços ofertados aos consumidores.

A maneira pela qual as empresas e cientemente organizam os processos produtivos,


e como se dá a variação de custos à medida em que os preços dos insumos e os níveis
de produção sofrem alterações, foram os principais aspectos trabalhados nesta
unidade.

Para os administradores, é importante o estudo de tais conceitos, pois passam a


compreender melhor a relevância de se bem-alocar os recursos disponíveis, no

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processo produtivo, a m de satisfazerem as necessidades dos demandantes e


alcançarem os próprios objetivos gerenciais.

A+

A-

Atividade
Um importante conceito dentro da Teoria da Produção é aquele que nos mostra quantas unidades de
determinado tipo de insumo podem ser reduzidas ou aumentadas com a diminuição ou aumento de uma
unidade de outro fator produtivo, de modo que o volume de produção permaneça constante. Assinale a
alternativa que corresponde a essa de nição.

Taxa marginal de substituição técnica

Custo marginal

Linha de isocusto

Economia de escala

Curva de indiferença

Atividade
Sem dúvida, é de fundamental importância, por parte dos gestores de uma empresa, realizar o estudo da
Teoria da Firma, pois ela abrange também a análise dos rendimentos que uma dada atividade produtiva
gera. Sobre estes, assinale a alternativa que re ete a ocorrência de rendimentos que propiciarão ao
produtor o alcance do lucro.

Rendimentos marginais

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Rendimentos crescentes de escala

Rendimentos constantes de escala

A+
Rendimentos decrescentes de escala

A-
Rendimentos extraordinários

Atividade
É importante estudarmos a Teoria da Firma, pois ela nos permite compreender a formação dos custos de
produção. Acerca dos tipos de custos que um empresário incorre ao desempenhar uma dada atividade
produtiva, assinale o custo que é fundamental ser levado em conta na tomada de decisões por parte dos
gestores, mas que não é possível de ser mensurado em termos monetários ou nanceiros:

Custo xo

Custo médio

Custo variável

Custo total

Custo de oportunidade

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