1- Identificar os novos polos económicos na região Á-Pacífico. Com o desenvolvimento económico, durante os anos 60 e 70, afirmaram-se os Dragões Asiáticos – Coreia do Sul, Hong Kong, Taiwan e Singapura. A partir dos anos 80, desenvolveram-se os Tigres Asiáticos – Tailândia, Malásia, Indonésia e Filipinas.
2- Referir os fatores que contribuíram para o desenvolvimento económico dos Dragões
Asiáticos. Não tendo recursos naturais, capitais nem terra arável, mas possuindo uma grande concentração da população, os Dragões Asiáticos adotaram o modelo de desenvolvimento japonês para apoiar a sua economia. Foi um conjunto de fatores que contribuiu para o desenvolvimento económica destes países. Primeiramente, com um forte intervencionismo estatal, o governo implementou políticas protecionistas, destinadas a captar capitais e investimento estrangeiro, como por exemplo concessão de créditos às empresas e incentivo às exportações. Apostou-se no desenvolvimento dos setores secundário e terciário (têxteis, produtos de baixo custo, a construção naval, o setor automóvel e as novas tecnologias) e nas exportações. Recurso a mão de obra abundante e barata, disciplinada, disposta a trabalhar longas horas e por baixos salários, permitiu uma produção acelerada e a preços imbatíveis. E, por fim, o investimento no ensino, que se traduziu ma qualificação da população, para formar mão de obra especializada, essencial para trabalhar nos setores tecnologicamente mais avançados. São esses os fatores que contribuíram para p crescimento da economia dos Dragões Asiáticos nos anos 80.
3- Referir a importância da APEC.
Em 1989, foi criada a Cooperação Económica Ásia-Pacífico. Esta organização integrou a Austrália, a Nova Zelândia, os Estados Unidos, o Canadá, os países do sudeste asiático e visava alargar a sua influência económica. Procurava defender os interesses económicos dos países do “arco do Pacífico”, criando uma comunidade económica nesta região e implementar uma zona de comércio livre no quadro económico mundial.
4- Evidenciar as dificuldades de Timor no acesso à sua independência.
A implementação da independência no Timor foi um processo bastante complexo devido a uma sequência de conflitos nele ocorridos. Em 1975, durante o processo de descolonização dos territórios africanos, Timor foi invadido pela Indonésia e os portugueses foram obrigados em abandonar o território. Em 1976, a Indonésia anexou o território e declarou Timor como sua província, o que foi reconhecido apenas pela Austrália. Durante 23 anos, a resistência timorense lutou contra a ocupação da Indonésia no terreno, mas também no quadro da diplomacia internacional, contando com o apoio de várias figuras. Não obstante as várias condenações da ONU e os esforços da diplomacia portuguesa, só em 1991, depois do massacre no cemitério, é que a questão do Timor ganhou visibilidade internacional. Em 1999, pressionada pelo mundo, a Indonésia aceita a realização de um referendo em Timor. Mas à medida que se foi aproximando a data do referendo, a violência sobre a população foi aumentando, milhares de timorenses refugiaram-se nas montanhas. Os governos, português e australiano pressionaram a Indonésia para permitir a presença de uma força internacional e garantir a paz em Timor-Leste. A instauração da independência em Timor lançou grandes desafios, uma vez que decorreu durante um clima politicamente instável. A falta de infraestruturas materiais e humanas, elevada taxa de desemprego e pobreza acabaram por acentuar a dificuldade para a sua transição para a independência.