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ENGENHARIA CIVIL

MARCELO OLIVARES MARTINS

A PRODUTIVIDADE DA MÃO-DE-OBRA NO SISTEMA


CONSTRUTIVO DE ALVENARIA ESTRUTURAL COM
BLOCOS CERÂMICOS

São Paulo
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 3

2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................5

3 PROBLEMA......................................................................................................................... 7

4 OBJETIVOS......................................................................................................................... 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................9
3

1 INTRODUÇÃO

Atualmente existem algumas tecnologias construtivas utilizadas para a


execução de uma edificação residencial, como a alvenaria comum, convencional ou
de vedação, a alvenaria estrutural, o Light steel framing, que utiliza perfis de aço
leve, e as paredes de concreto moldadas in loco. No Brasil, o método muito comum
e utilizado, para a construção de casas, é a alvenaria comum, convencional ou de
vedação.
A alvenaria convencional, amplamente empregada por utilizar materiais
abundantes no meio da construção civil e não requerer alta qualificação da mão-de-
obra, torna bastante viável sua consecução. Normalmente utiliza pilares e vigas de
concreto, com alvenaria de vedação, e permite flexibilidade para reformas e
alterações futuras no projeto.
Outra tecnologia construtiva, a alvenaria estrutural, destaca-se por ter sido um
método muito utilizado desde o início da atividade humana, para executar a
construção de estruturas para os mais variados fins (RAMALHO E CORRÊA, 2003).
Para as construções modernas da atualidade, a alvenaria estrutural
caracteriza-se por ser um sistema onde as paredes desempenham a função de
estrutura da edificação, sem a utilização de vigas e pilares, utilizando blocos
vazados estruturais.
O período de construção das primeiras edificações realizadas com blocos
vazados estruturais, em território nacional, é um pouco discutível. Para Ramalho e
Corrêa (2003) pode-se supor que os primeiros edifícios construídos no Brasil tenham
surgido em 1966, em São Paulo. Foram executados com blocos de concreto e tinha
apenas quatro pavimentos.
A evolução dos materiais, a fabricação em larga escala, o controle de
qualidade na fabricação de blocos estruturais, sejam de concreto ou cerâmica,
tornaram-se facilmente acessíveis no mercado de construção, permitindo a maior
disponibilidade desses materiais e abrangência de construções, particularmente
através da alvenaria estrutural.
Em relação ao sistema construtivo de alvenaria comum, a literatura informa
que a alvenaria estrutural apresenta maior economia, menor desperdício de
materiais, redução na quantidade de pessoas trabalhando na obra, entre outros
fatores, porém necessita de mão-de-obra melhor qualificada e não permite
alterações ou reformas significativas após a realização do projeto.
Dentro deste contexto, pretende-se, com o presente trabalho, avaliar alguns
aspectos da produtividade da mão-de-obra, o qual Gaither (2002) conceitua como a
quantidade de produtos ou serviços produzidos em relação aos recursos utilizados,
através do método de alvenaria estrutural, com a utilização de blocos cerâmicos.
2 JUSTIFICATIVA

As construções com diversos pavimentos comumente utilizam o método


construtivo através do concreto armado e alvenaria de vedação, método esse
possível de ser observado em uma metrópole como São Paulo.
A utilização de métodos construtivos mais eficientes, que racionalizem a
utilização de material e proporcionem economia de tempo e recursos, sem o
comprometimento relacionado à segurança, é uma busca constante na área da
construção civil.
Com relação às estruturas de concreto armado, o sistema construtivo de
alvenaria estrutural apresenta características positivas, sendo que a principal
vantagem reside numa maior racionalidade do sistema executivo, reduzindo-se o
consumo de materiais e desperdícios que usualmente se verificam em obras de
concreto armado convencional (RAMALHO e CORRÊA, 2003).
O fato de não haver necessidade de utilização de formas para pilares e vigas,
assim como confecção de armaduras, permite ao método de alvenaria estrutural
economia com pessoal na obra, como carpinteiros e armadores. Não utiliza
concretagem, portanto não há necessidade de aguardar tempo de cura,
proporcionando maior rapidez na sua execução, reduzindo o custo com tempo da
obra.
Sanches (2013) informa que para prédios de até quatro pavimentos, acontece
uma redução no custo da estrutura de 25 a 30%, quando comparado ao concreto
armado.
Pode-se verificar, também, que ocorre menos desperdícios de material e
mão-de-obra no sistema de alvenaria estrutural. O impossibilidade de aberturas e
rasgos na alvenaria para as instalações elétricas e hidráulicas, normalmente não
previstos em projeto, neste sistema construtivo, é uma importante causa da
eliminação de perdas de material, além de reduzir a possibilidade de improvisações.
Considerando os pontos positivos e as vantagens apresentadas, torna-se
importante para o profissional da Engenharia Civil conhecer os detalhes
pormenorizados desse sistema construtivo, tendo em vista as possibilidades de
aplicação em obras, durante sua vida profissional.
3 PROBLEMA

O tema produtividade tem sido objeto de estudo desde o início da


Administração Científica. Segundo Martins (2005), com os trabalhos de Frederick
Winslow Taylor, considerado o pai da Administração Científica, surge a
sistematização do conceito de produtividade.
Segundo Gaither (2002), três fatores importantes afetam a produtividade da
mão-de-obra: desempenho do empregado no trabalho; tecnologia, máquinas,
ferramentas e métodos de trabalho que sustentam e auxiliam o trabalho deles; e
qualidade de produto.
Gaither (2002) afirma que Taylor estudou os problemas fabris de sua época,
cientificamente e popularizou a noção de eficiência.
A conseqüência direta da eficiência é a produtividade. (CHIAVENATO, 2004).
Após tomar conhecimento da disciplina de Alvenaria Estrutural, no nono
semestre letivo do Curso de Engenharia Civil, como tecnologia construtiva, surgiu o
seguinte questionamento, tornando-se a pergunta de pesquisa: Como se dá a
variação da produtividade da mão-de-obra, através do sistema construtivo de
alvenaria estrutural, utilizando blocos cerâmicos?
Assim o presente trabalho busca avaliar a produtividade da mão-de-obra,
através do sistema construtivo de alvenaria estrutural, utilizando blocos cerâmicos,
com alguns aspectos comparativos com blocos de concreto e com o sistema de
alvenaria comum com blocos cerâmicos.
O trabalho está delimitado à alvenaria, que pode ser assim definida:
O processo de construção de paredes e muros que consiste no arranjo de
blocos e tijolos ou pedras e sua consolidação por meio de um ligante, como
a argamassa de assentamento a base de cimento. As paredes promovem a
vedação e dividem habitação em cômodos. Podem também servir como
estrutura para Lajes, paredes superiores, coberturas e forros. Nesse caso, é
chamada de alvenaria estrutural (MÃOS À OBRA PRO, 2013).
4 OBJETIVOS

A presente pesquisa tem como objetivo geral avaliar a produtividade através


do sistema construtivo de alvenaria estrutural, utilizando blocos cerâmicos.
A partir do objetivo geral, foram definidos três objetivos específicos:
● Apresentar os materiais e o sistema construtivo em alvenaria estrutural;
● Analisar vantagens e desvantagens do sistema construtivo em alvenaria
estrutural;
● Analisar aspectos práticos do sistema construtivo em alvenaria estrutural,
utilizando blocos estruturais cerâmicos, em relação a utilização de blocos de
concreto e blocos cerâmicos comuns; e
● Analisar a produtividade da mão-de-obra no sistema construtivo em alvenaria
estrutural, utilizando blocos cerâmicos, em relação ao sistema construtivo
convencional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Mãos à obra pro: o guia


do profissional da construção 2: Estrutura, alvenaria, coberturas e forros. São
Paulo: Alaúde, 2013. Volume 2.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 15812-1:
Alvenaria Estrutural – blocos de cerâmicos – Parte 1: Projetos. Rio de Janeiro:
ABNT, 2010.
. NBR 15812-2: Alvenaria Estrutural – blocos de cerâmicos – Parte 2:
execução e controle de obras. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 7. ed. Rio
de Janeiro, Elsevier, 2004.
GAITHER, N., et al., Administração da produção e operações, 8. ed. São Paulo,
Pioneira Thomson Learnig, 2002.
KERST, Rafael Rambalducci. Projetos e detalhes construtivos de alvenaria
estrutural. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.
MARTINS, Petronio Garcia. Administração da produção. 2ed. rev. e aum. São
Paulo: Saraiva, 2005.
PARSEKIAN, Guilherme A.; HAMID, Ahmad A; DRYSDALE, Robert G.
Comportamento e dimensionamento de alvenaria estrutural. São Carlos:
Edufscar, 2013.
RAMALHO, Marcio A.; CORRÊA, Márcio R. S. Projeto de edifícios de alvenaria
estrutural. São Paulo: Pini, 2003.
SANCHES, Emil. Nova normalização brasileira para a alvenaria estrutural. Rio
de Janeiro: Interciência, 2013.

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