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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

II TRABALHO DO CAMPO

Sidine Murachene

Código: 708206571

Curso: Licenciatura Em Ensino Geografia

Disciplina: Evolução do Pensamento Geográfico

Ano de Frequência: 2020

Turma C

Chimoio, Julho,2020
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Docente: Dr José Francisco Cassamo Patel

1 A cotação pode ser distribuída de acordo com o peso da actividade

2 O número das actividades pode variar em função ao docente

Recomendações de melhoria:
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Índice
Introdução........................................................................................................................................1
Objectivo geral.................................................................................................................................2
Objectivos específicos.....................................................................................................................2
Metodologia de trabalho..................................................................................................................2
1. Entre os séculos surgiram escolas geográficas na Alemanha e na França...................................2
1.1. Indique os principais precursores dessas escolas......................................................................2
1.2. Explique a corrente geográfica defendida em cada uma dessas escolas...................................6
2. Comente o seguinte texto. “O homem, pela sua vontade, pelo poder da sua inteligência e dos
meios de que dispõe, é uma força poderosa. Vidal de la Blache afirma que a civilização se
resume a uma luta contra os obstáculos da natureza que nunca foram nem serão totalmente
vencidos”.........................................................................................................................................6
3. Indique as perspectivas da nova geografia em relação a concepção vidaliana............................7
4. Define-se Cosmografia como sendo parte da astronomia que se preocupa com o estudo e
descrição do universo......................................................................................................................7
4.1. Identifique o objecto de estudo da astronomia.........................................................................8
Conclusão........................................................................................................................................9
Referencias bibliográfica...............................................................................................................10
Introdução

Entre os séculos surgiram escolas geográficas na Alemanha e na França como o caso de


Possibilismo Geográfico que teve origem na França, com Paul Vidal de la Blache. Enquadrado
no pensamento político dominante, num momento em que a França tornou-se uma grande
soberania, ele realizou estudos regionais procurando provar que a natureza exercia influências
sobre o homem, mas que homem tinha possibilidades de modificar e de melhorar o meio, dando
origem ao possibilismo. A natureza passou a ser considerada fornecedora de possibilidades e o
homem o principal agente geográfico. Neste trabalho abordaremos destas escolas que surgiram
na Alemanha e na França.

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Objetivo geral

 Conhecer a a corrente geográfica defendida em cada uma dessas escolas

Objectivos específicos

 Indicar os principais precursores da escola de Alemanha e na França;


 Explicar a corrente geográfica defendida em cada uma dessas escolas;
 Esquematizar os planetas do sistema solar.

Metodologia de trabalho

A metodologia usada neste trabalho, foi o método de revisão de literatura, consulta de livros, a
internet, onde baixou-se artigos relevantes ao tema, em seguida o uso do computador para a sua
execução.

1. Entre os séculos surgiram escolas geográficas na Alemanha e na França.

1.1. Indique os principais precursores dessas escolas.

Friedrich Ratzel e a Escola Geográfica Alemã

Foi nesse contexto que encontraremos o autor mais importante para o determinismo alemão:
Friedrich Ratzel, este vivencia a constituição real do Estado nacional e suas primeiras décadas,
por isso a sua geografia expressa directamente um elogio ao imperialismo e expansionismo
bismarckiano. “Semelhante à luta pela vida, cuja finalidade básica é obter espaço, as lutas dos
povos são quase sempre pelo mesmo objectivo. Na história moderna a recompensa da vitória foi
sempre um proveito territorial.” (MORAES, 1988, p.55).

Em 1882 Ratzel publica seu livro Antropogeografia – Fundamentos da aplicação da Geografia à


História, nesta obra Ratzel define o objeto da geografia como o estudo da influência que as
condições naturais exercem sobre a humanidade (influências da natureza sobre o homem); Ratzel
viajou pela Europa, América do Norte e Central observando a migração, a concentração

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populacional em determinadas áreas da Terra e chegou a esta conclusão: que o homem vivia
sujeito às leis da natureza.

Assim podemos perceber que Ratzel foi bastante influenciado pelas ideias evolucionistas de
Charles Darwin, admitindo que na luta pela vida venceriam sempre os mais fortes, mais aptos:
“Ratzel via o homem como produto final de uma evolução cuja principal forma era a selecção
natural dos tipos, na conformidade da capacidade de se ajustarem ao meio natural. Ele tendia a
ver o homem como produto de seu meio, moldado por ele, vencendo na proporção de sua
adaptação a esse meio.” (SODRÉ, 1986, p.49).

Às influências serão exercidas através das condições económicas e sociais, desta forma Ratzel
elaborava o conceito de espaço vital que representa uma proporção de equilíbrio entre a
população de uma determinada sociedade e os recursos disponíveis para suprir as necessidades; o
espaço vital é uma justificativa para o expansionismo alemão como algo natural e inevitável
numa sociedade que progride. Essas ideias eram comprometias com o capitalismo da livre-
empresa e da concorrência, assim “o homem é produto do meio”.

Ratzel, com a sua geografia, manteve a idéia desta como ciência empírica e com a sua visão
naturalista reduziu o homem a um animal ao não diferenciar as suas qualidades especificas.

“Os discípulos de Ratzel radicalizaram suas colocações, constituindo o que se denomina ‘escola
determinista’ e Geografia, ou doutrina do ‘determinismo geográfico’.” (MORAES, 1988, p.57)

O autor Elsworth Huntington, influenciado por Ratzel, concebe uma teoria o determinismo
invertido em que as condições mais hostis seriam as que propiciariam o maior desenvolvimento,
assim surgem teses bastante divulgadas no ideário do pensamento conservador. “Basta pensar
nas interpretações da história brasileira, que lançaram mão teorias como a ‘indolência do homem
tropical’, ou o ‘subdesenvolvimento, como fruto da tropicalidade’ (e a inevitável comparação
com o desenvolvimento dos EUA, também colônia, mas em clima temperado).” (MORAES,
1988, p.58)

Houve outra perspectiva a partir das formulações de Ratzel chamada escola “ambientalista” que
estuda o homem em relação aos elementos do meio em que ele se insere.

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Podemos perceber que sem Ratzel não poderíamos falar sobre Escola Geográfica Alemã, pois
este foi o fundador desta.

Vidal de La Blache e a Escola Geográfica Francesa

“A guerra havia colocado, para a classe dominante francesa, a necessidade de pensar o espaço,
de fazer uma Geografia que deslegitimasse a reflexão geográfica alemã e, ao mesmo tempo,
fornecesse fundamentos para o expansionismo francês.” (MORAES, 1988, p.64).

Paul Vidal de La Blache foi o principal veiculo dessas transformações.

Como o desenvolvimento do capitalismo foi diferente na Alemanha e na França, as formas,


conteúdos e propostas também foram diferentes. A proposta de Vidal manifesta um tom mais
liberal ao contrário de Ratzel que exprimia o autoritarismo, Vidal imprimiu no pensamento
geográfico uma despolitização aparente do temário dessa disciplina, temas como o espaço vital
foi diretamente criticado, criticando também o caráter naturalista de Ratzel que minimizou
elemento humano e também a relação homem e a natureza, assim criticou a idéia de
determinação pelas condições naturais.

Vale lembrar que La Blache aumentou a carga humana no estudo geográfico, mas não rompeu
totalmente com a visão naturalista, no entanto a geografia precisava ir além das enumerações
exaustivas e dos relatos de viagem.

Vidal de La Blache foi quem articulou a Geografia Francesa a partir da produção da sua obra,
este definiu o objeto da geografia como sendo a relação homem-natureza, onde o homem, como
um ser ativo, sofre a influência do meio, mas também atua sobre ele, transformando-o. Como a
natureza passou a ser vista como possibilidades para ação humana, por isso o nome de
Possibilismo dado por Lucien Febvre.

“A teoria de Vidal concebia o homem como hóspede antigo de vários pontos da superfície
terrestre, que em cada lugar se adaptou ao meio que envolvia, criando, no relacionamento
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constante e cumulativo com a natureza, um acervo de técnicas, hábitos, usos e costumes, que lhe
permitiram utilizar os recursos naturais disponíveis.” (MORAES, 1988, p.68-69).

Como Ratzel com sua teoria de espaço vital, La Blache faz a teoria de gênero da vida, que é um
conjunto de técnicas e costumes constituídos e passados socialmente, essa teoria exprimi uma
relação entre a população e os recursos, uma situação de equilíbrio, construída historicamente
pelas sociedades e esses gêneros de vida podem ser mudados quando: há diminuição dos
recursos existentes, isto impulsionaria uma sociedade a migrar ou buscar um aprimoramento
tecnológico, outro factor de mudança é o crescimento populacional, isso poderia impulsionar a
sociedade na busca de novas técnicas gerando, assim, um processo de colonização.

A proposta de La Blache não rompeu, totalmente, com as propostas de Ratzel, aquele era mais
relativista negando a idéia de causalidade e determinação de Ratzel, por isso o enfoque de La
Blache era menos generalizador, mas os fundamentos positivistas aproximam as concepções dos
dois autores.

“La Blache propôs o seguinte encaminhamento para análise geográfica: observação de campo,
indução a partir da paisagem, particularização da área enfocada (em seus traços históricos e
naturais), comparação das áreas estudadas e do material levantado, e classificação das áreas e dos
gêneros de vida, (…).” (MORAES, 1988, p.72).

A Geografia lablachiana fala de população agrupamento e na sociedade fala de estabelecimentos


humanos e não de relações sociais. A partir das suas conclusões, La Blache, sobre a área de
actuação da geografia, institui a Região como objecto de estudo da ciência. “Ele buscou
estabelecer os princípios básicos em que a Geografia deveria assentar: a unidade dos fenómenos
terrestres; a combinação variável desses fenómenos; o laço entre Geografia e todos os fenómenos
da superfície da Terra; o reconhecimento da influência do meio e sua relação com o homem; na
necessidade de um método científico para definir e classificar os fenómenos; e o reconhecimento
à importância do papel do homem na modelagem do meio geográfico.” (SODRÉ, 1986, p.87)

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Portanto, Vidal de La Blache discute a relação homem-natureza não abordando as relações entre
os homens, mantendo, assim, uma carga naturalista na sua teoria, este além de criar a teoria do
Possibilismo, fundar a Escola Geográfica Francesa, trouxe para a França o eixo da discussão
geográfica que se manteve até o século XX, pois La Blache formou vários discípulos que deram
continuação à geografia francesa.

“Um indivíduo geográfico não resulta somente das condições geológicas e climáticas. Não é
completamente livre das mãos da natureza, mas é um homem que revela a sua individualidade
moldando um território para seu próprio uso. A Geografia tem como missão investigar como as
leis físicas ou biológicas que regem o globo se combinam e se modificam ao aplicarem-se às
diversas partes da superfície terrestre.

A geografia tem como especial estudar as expressões cambiantes que existem nos diversos
lugares (…) O geógrafo deve buscar o encadeamento e a unidade dos elementos que agem sobre
a superfície terrestre. A Terra é o domínio do Homem. Mas é preciso que a humanidade conheça
o seu domínio para dele desfrutar e para fazer-se valer. A Geografia tem como função ensinar
isso.” (Paul Vidal de La Blache, Annales de Géographie, 1913)

1.2. Explique a corrente geográfica defendida em cada uma dessas escolas.

A Escola Alemã, apresentando o determinismo - que suportava a idéia de que o clima era
capaz de estimular ou não a força física e o desenvolvimento intelectual das pessoas. Assim,
afirmava que nas zonas temperadas a civilização teria um desenvolvimento mais elevado do que
nas quentes e úmidas zonas tropicais.

A Escola Francesa lançava o possibilismo - que afirmava que as pessoas poderiam determinar
seu desenvolvimento a partir de seu ambiente físico, ou seja, sua escolha, determinaria a
extensão de seu avanço cultural. Foi um movimento enquadrado no pensamento político
dominante, num momento em que a França tornou-se uma grande soberania, ele realizou estudos
regionais procurando provar que a natureza exercia influências sobre o homem, mas que homem
tinha possibilidades de modificar e de melhorar o meio, dando origem ao possibilismo. A

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natureza passou a ser considerada fornecedora de possibilidades e o homem o principal agente
geográfico.

2. Comente o seguinte texto. “O homem, pela sua vontade, pelo poder da sua inteligência e
dos meios de que dispõe, é uma força poderosa. Vidal de la Blache afirma que a civilização
se resume a uma luta contra os obstáculos da natureza que nunca foram nem serão
totalmente vencidos”.

Isto significa que Para Vidal, que o homem também transforma o meio onde vive, de forma que
para as acções humanas, diversas possibilidades eram possíveis, uma vez que essas não
obedeceriam a uma relação entre causa e efeito.

3. Indique as perspectivas da nova geografia em relação a concepção vidaliana.

A síntese regional [...] é o objectivo último da tarefa do geógrafo, o único terreno sobre o qual ele
se encontra a si mesmo. Ao compreender e explicar a lógica interna de um fragmento da
superfície terrestre, o geógrafo destaca uma individualidade que não se encontra em nenhuma
outra parte. (VIDAL DE LA BLACHE, apud LENCIONI, S. Região e Geografia. São Paulo:
Edusp, 1999. p. 107) (Adaptado do ENADE). É coreto afirmar: Escolha uma: a. A Geografia
Regional, na tradição de Vidal de La Blache, baseia-se numa postura objectiva do cientista que
actua no gabinete. O trabalho de campo é considerado de menor relevância para a pesquisa. b. A
Geografia Regional francesa não considera os géneros de vida uma herança histórica. c. A
Geografia Regional vidaliana privilegia procedimentos funcionalistas para a elaboração de
regionalizações e rejeita a interpretação historicista. d. A concepção vidaliana de região implica
uma postura empirista. Na sua singularidade, a região é concebida como uma realidade concreta
e “já nasce pronta”, a disposição dos grupos humanos.
Nesta aula, discutimos a evolução do pensamento regional de Paul Vidal de la Blache. Você
percebeu que, para esse autor, a região é um recorte espacial relacionado à diferenciação natural
e cultural dos lugares. Mostramos também que elementos como clima, geologia, cultura, história
e técnica se imbricam e dão singularidades ao local e que o advento das cidades promovem um
novo reordenamento regional.

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4. Define-se Cosmografia como sendo parte da astronomia que se preocupa com o estudo e
descrição do universo.

4.1. Identifique o objecto de estudo da astronomia.

Ciência que estuda astros, a origem e a estrutura do Universo

5. Esquematize os planetas do sistema solar.

Fonte:
https://r.search.yahoo.com/_ylt=AwrExl_UGuZePX4Am1KjzbkF;_ylu=X3oDMTBtdXBkbHJyBHNlYwNmcC
1hdHRyaWIEc2xrA3J1cmw-/RV=2/RE=1592167252/RO=11/RU=http%3a%2f
%2fastrosdosistemasolar.blogspot.com%2f2016%2f10%2fas-estrelas-tem-luz-
propria.html/RK=2/RS=7P_1CBvCJi.RwlBF9uwIft2r1zs-

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Conclusão

Para os deterministas, o espaço geográfico estruturou-se a partir das relações que si dão entre o
homem e a natureza, comanda das pela última. Isto é, os característicos intrínsecos do meio natural
são responsáveis pelos diferentes formas e níveis de organização das sociedades.

Dessa forma, as condições naturais determinam o comportamento do homem, interferindo na sua


capacidade de progredir.  

Para os possibilistas, o espaço geográfico estruturou-se a partir das relações que si dão entre o
homem e a natureza, só que é a natureza que sofre a ação do homem. Nessa perspectiva a natureza
é considerada como fornecedora de possibilidade para se quiser o homem poderá modificá-la a seu
favor.

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Referencias bibliográfica

1. Friedrich Ratzel (1987). Geographers. Biobibliographical Studies, v.11.

2. http://palavrasemendadas.blogspot.com/2010/05/faltam-dias-ou-sobram-planetas-
saudades.html acessado em 10.05.020.
3. Módulo de Evolução do Pensamento Geográfico 1° ano da UCM
4. RATZEL, F. (1988) Geografia política, Economica; paris

5. VIDAL DE LA BLACHE, apud LENCIONI, S.( 1999) Região e Geografia. São Paulo:
Edusp

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