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Fernando de Aguiar A d v o g a d o
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Este documento foi assinado digitalmente por Tribunal de Justica de Sao Paulo e FERNANDO DE AGUIAR. Protocolado em 17/01/2015 às 20:17:58.
9.836.354-2, CPF:883.043.888-04, com endereço na Rua Djalma da Silva Coimbra n.º 33,
Jardim Rio da Praia, Bertioga – SP CEP: 11.250-000, vem respeitosamente perante Vossa
Excelência, propor a presente
Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1000702-67.2015.8.26.0562 e o código 2EA5A2.
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
DOS FATOS
O Requerente somente foi chamado pela funcionária do caixa para ser atendido as
17h42min.
A prática do réu BANCO DO BRASIL, se tornou costumeira, ou seja, todos os dias que
qualquer cidadão vai até a agência possui apenas 01 caixa para atendimento normal dos
clientes, e 01 caixa para atendimento prioritário.
Já extrapolando o que podemos enquadrar como mero aborrecimento, o que seria comum se
algum determinado dia do mês o banco estivesse com aumento na demanda, até sendo
razoável em qualquer situação uma espera maior em determinados dias como pagamentos e
feriados.
Fernando de Aguiar A d v o g a d o
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Veja Exa. pelo IBGE o cidade de Bertioga, já conta com mais de 60 mil habitantes divididos
em uma área territorial de aproximadamente 492,2 km2 resultando em mais de 100
habitantes por km2.
A cidade de Bertioga movimenta uma economia de quase R$200 milhões de acordo com
dados fornecido pelo IBGE, e pasme, possui apenas 1 agência de atendimento público na
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cidade de Bertioga, com apenas 1 caixa de atendimento normal.
Portanto Exa. extrapola o que vem a ser caracterizado mero aborrecimento, tratando a ser
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considerado puro martírio a qualquer cidadão ter que ir a Agência Bancária Ré para efetuar
qualquer operação bancária.
Praticamente todos os dias não se consegue nem ao menos entrar na área externa da agência
compreendida apenas por caixas eletrônicos, que dirá chegar ao caixa para atendimento
pessoal.
Como demonstram as fotos, são idosos, clientes jogados no chão, quase todos reclamando
do péssimo atendimento e o descaso com os clientes desta cidade.
O único jeito de haver solução é a penalidade da indenização para que o Banco sentindo o
peso da LEI em seu bolso decida que compensa investir em outra agência bancária na
cidade.
Exa. em alguns bairros, nem tão grandes como a cidade inteira de Bertioga, encontramos
mais de 2 ou 3 agências deste Banco, veja, em apenas alguns Bairros de outras cidades.
Desta feita, tem-se que o desprezo do banco Requerido com os consumidores que utilizam
dos seus serviços, causou muitos transtornos ao Requerente, que necessita ser amparado pelo
judiciário.
DO DIREITO
Trata-se puramente de relação de consumo, devendo, portanto, a matéria ser apreciada com
fulcro na Lei nº 8.078/90.
"Art. 2º: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final."
Fernando de Aguiar A d v o g a d o
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Além de violar a Lei MUNICIPAL nº 877, de 30 de Setembro de 2009:
Art. 1º. Cria o § 3º junto ao artigo 2º da Lei Municipal 618/2004 que passa a
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vigorar com a seguinte redação:
"Art. 2º. Para os efeitos desta lei entende-se como tempo
razoável para atendimento:
I.........................
II.......................
III...................
§ 1º..................
§ 2º................
§ 3º. Para o controle do tempo definido neste artigo as
agências bancárias deverão providenciar a distribuição de senha individual com
registro, impresso na senha, do dia e horário de sua distribuição.
§ 4º. As senhas citadas no § 3º serão devolvidas pelos
usuários, assim que ocorrido o atendimento na agência.
§ 5º. As senhas distribuídas com o registro do dia e horário
servirão como meio de prova caso não sejam respeitados o tempo definido neste
artigo."
Art. 2º. As agências bancárias deverão afixar em local visível aos clientes a
informação quanto ao tempo máximo de permanência estabelecido pela Lei 618/2004.
Art. 3º. As agências bancárias têm prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da
publicação desta Lei, para adaptarem-se às suas disposições.
O tempo máximo de espera nas filas determinado por LEI é de 30 minutos em dias normais,
e 45 minutos, em vésperas ou pós-feriados prolongados.
Em 2013 o Procon, recebeu média mensal de 50 reclamações sobre espera maior para os
atendimentos.
Necessário ainda trazer a baila o disposto no artigo 186 do Código Civil de 2002, que
dispõe em sua redação:
Fernando de Aguiar A d v o g a d o
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produtos ou prestação de serviços.
...
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de
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consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as
decorrentes das relações de caráter trabalhista.
DO DANO MORAL
Ocorre que pequena ou quase nenhuma parcela da sociedade busca efetivamente o respeito
de seus direitos junto ao Judiciário muitas vezes por acabarem se conformando com a
situação, ou até mesmo desacreditando que estão sofrendo dano moral a cada vez que
precisa utilizar a rede bancária.
A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a
devida proteção, inclusive amparada pelo art. 5º, inc. V, da Carta Magna/1988:
“Art. 5º (omissis):
Outrossim, o art. 186 e o art. 927, do Código Civil de 2002, assim estabelecem:
Fernando de Aguiar A d v o g a d o
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“Art. 927 – Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Também, o Código de Defesa do Consumidor, no seu art. 6º, protege a integridade moral
dos consumidores:
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“Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:
(. . .)
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VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos.”
Não se trata apenas dos danos causados ao autor, mas sim do descaso da parte requerida em
atender seus clientes.
b)- ordenar a citação do requerido, via postal, no endereço inicialmente indicado, quanto à
presente ação, para que, querendo, compareça à audiência designada, e apresente
oportunamente defesa, sob pena de confissão e revelia, respectivamente.
c)- Conceder a inversão do ônus da prova, ante a hipossuficiência dos requerentes perante a
requerida, nos termos do artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.
Fernando de Aguiar A d v o g a d o
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d)- deferir a produção de provas por todos os meios admitidos em lei, principalmente, oitiva
de testemunhas, depoimento pessoal do preposto da requerida, juntada de documentos,
dentre outras que se fizerem necessárias ao deslinde da causa.
Dá-se à presente causa, o valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais), para todos os efeitos de
direito e alçada.
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Termos em que;
Pede e Espera Deferimento.
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Santos, 16 de janeiro de 2015.
Fernando de Aguiar
OAB-SP 177.044