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Concreto creto auto-adensável.

Os motivos da utilização de CAA


nesta obra foram a velocidade de execução, dispensa de
adensamento, o qual seria muito difícil para este volume

auto-adensável: e a qualidade final do concreto.


As Figuras 1 e 2 mostram detalhes da ponte e do

Uma nova interior do bloco de ancoragem da mesma.

tecnologia à
disposição da
construção civil
de Goiânia
oiânia.
Prof. Dr. André Luiz Bottolacci Geyer Figura 1 - Vista lateral da Ponte Akashi-Kaikyo
Professor Doutor, Escola de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás -UFG.
Eng. Rodrigo Resende de Sá
Aluno do Curso de Mestrado em Eng. Civil da Escola de Engenharia Civil da UFG.

Introdução
O processo de globalização tem permitido a enge-
nheiros, calculistas e construtores em geral tomar conhe-
cimento das novidades em tipos de concretos que estão
se propagando pelo mundo, como é o caso do concreto
auto-adensável.
Já usado no Brasil, mas ainda de forma restrita, o
concreto auto-adensável apresenta grande fluidez, tendo
como característica uma alta trabalhabilidade, ou seja, é
um concreto muito plástico.
Figura 2 - Detalhe do interior do bloco de ancoragem da ponte Akashi-Kaikyo
O princípio fundamental para confecção de concre-
tos fluidos e resistentes à segregação é o uso de aditivos
superplastificantes e/ou modificadores de viscosidade, Pioneirismo em Goiânia
combinados com alto teor de finos, sejam eles cimento No Centro Oeste brasileiro, mais especificamente
Portland, adições minerais, fílers, e/ou areia fina. em Goiás, em dezembro de 2004 foi realizada a primeira
O concreto auto-adensável, hoje utilizado, foi de- grande concretagem com CAA em obra de edificação,
senvolvido no Japão, por volta de 1983, sendo que sua pela construtora Arcel Engenharia Ltda e fornecedora
maior aplicação em obras civis ocorreu em 1997, naquele de concreto Realmix Concreto Ltda (Figura 3).
país, com a concretagem das ancoragens de concreto da As razões da pequena utilização desta tecnologia até
ponte metálica de maior vão livre do mundo. A ponte o momento, no Brasil, e, ainda, no mundo, estavam liga-
Akashi-Kaikyo, inaugurada em 1998, com 1991 metros das principalmente aos elevados custos dos aditivos utili-
de vão livre, consumiu nas ancoragens 290.000 m3 de con- zados, como superplastificantes e modificadores de

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viscosidade, bem como a falta de conhecimento, no Bra- no elenco das matérias primas básicas do concreto, de
sil, de métodos de dosagem e produção do CAA. adições minerais, adições de fílers e aditivos químicos. O
desenvolvimento destes materiais, principalmente com a
descoberta da extraordinária ação de dispersão dos
aditivos superplastificantes e a ação coesiva dos
modificadores de viscosidade tem impulsionado esta
tecnologia.
Os materiais utilizados para produção de CAA são,
em teoria, os mesmos utilizados para a produção de con-
cretos convencionais, porém com maior adição de finos,
quer sejam adições minerais ou fílers e de aditivos
plastificantes e superplastificantes e por vezes, aditivos
modificadores de viscosidade.
O objetivo de qualquer método de dosagem é de-
terminar a combinação adequada e econômica dos cons-
Figura 3 - Vista geral da primeira obra em Goiânia executada com CAA tituintes do concreto com vistas a produzir um concreto
que possa estar próximo daquele que consiga um equilí-
Com a significativa redução dos custos destes brio entre as várias propriedades desejadas ao menor cus-
insumos, bem como, com o avanço tecnológico ocorrido to possível.
nesta área no país, tem se tornado o CAA cada vez mais A adição de finos no CAA proporciona melhoria
uma excelente alternativa para a execução das estruturas
em diversas propriedades, tanto no estado fresco como
(GEYER & SENA, 2001 e TUTIKIAN, 2004).
no endurecido. Acredita-se que os finos atuam como pon-
Definição tos de nucleação, isto é, quebram a inércia do sistema
fazendo com que as partículas de cimento sofram reação
O termo concreto auto-adensavel (CAA) identifi- mais rápida com a água, ocasionando ganhos de resistên-
ca uma categoria de concreto que pode ser moldado em cias nas primeiras idades. Atuam ainda no aumento do
fôrmas preenchendo cada espaço vazio através exclusiva- pacote de finos, fazendo com que haja um crescimento
mente de seu peso próprio, não necessitando de qualquer na densidade da pasta, dificultando a penetração de agen-
tecnologia de compactação ou vibração externa tes agressivos e melhorando a zona de transição
(TUTIKIAN, 2004). (BOSILJKOV, 2003).
Descreve-se a auto-adensabilidade do concreto
Os aditivos superplastificantes permitem que se al-
fresco como a capacidade de preenchimento dos espaços
cance alta fluidez nas misturas, já os aditivos modificadores
vazios e o envolvimento das barras de aço e outros obstá-
de viscosidade oferecem aumento na coesão, prevenin-
culos pelo material, exclusivamente através da ação da
força gravitacional, mantendo uma adequada do-se com isto a exsudação e segregação no concreto.
homogeneidade (BOSILJVKOV, 2003). Um dos fatores que vinha retardando a propaga-
EFNARC (2002) diz que para um concreto ser con- ção do CAA em edificações no Brasil, era a falta de mé-
siderado auto-adensavel, deve apresentar três proprieda- todos de dosagem eficientes, que permitissem o uso
des fundamentais: fluidez, coesão ou habilidade passante irrestrito da mistura com materiais locais, viáveis tanto
e resistência à segregação. Define-se fluidez como a capa- técnica como economicamente.
cidade do concreto auto-adensável de fluir dentro e atra- Este quadro, apoiado em pesquisas brasileiras, como
vés da fôrma preenchendo todos os espaços. Coesão ou as realizadas por GEYER & SENNA (2001) e TUTIKIAN
habilidade passante como a capacidade de escoamento (2004) e em experiências práticas realizadas nas cidades
pela fôrma, passando por entre as armaduras sem obstru- de Porto Alegre e Goiânia vem mudando positivamente.
ção do fluxo ou segregação. Resistência à segregação é a Adaptações de métodos de dosagens brasileiros para con-
propriedade que caracteriza a capacidade do concreto em cretos convencionais (TUTIKIAN, 2004) já permitem que
se manter coeso ou fluir dentro das fôrmas, passando ou se produza concretos auto-adensáveis de excelente quali-
não através de obstáculos. dade e com custo próximos aos convencionais.
Dosagem e materiais utilizados em CAA Na Figura 4, apresenta-se um estudo comparativo
realizado por TUTIKIAN ( 2004), onde observa-se a nova
Assim como outros concretos especiais, como, por realidade em que é possível executa-se CAA com valores
exemplo, o Concreto de Alto Desempenho, o Concreto de materiais próximos aos de concretos convencionais.
Auto-adensável (CAA) é um material referenciado como Foram estudados, na cidade de Porto Alegre, 06 concre-
uma evolução tecnológica dos concretos tradicionais, fruto tos CAA e um convencional de referência para fc28 40
da pesquisa aplicada e resultado da introdução conjunta, MPa.

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Figura 4 - Comparativo de custos de materiais para CAA em relação ao


convencional (ref) para fc28 40 MPa, na cidade de Porto Alegre (TUTIKIAN,
2004).

Vantagens
O concreto auto-adensável vem sendo caracteriza- Figura 5 - Lançamento de CAA em estrutura densamente armada
(TUTIKIAN, 2004)
do como uma grande revolução na tecnologia do concre-
to para a construção civil, possibilitando vários ganhos,
diretos e indiretos para o mercado da construção, dentre
os principais cita-se:

VANTAGENS
Redução do custo de aplicação por m³ de concreto;
Garantia de excelente acabamento em concreto aparente;
Permite bombeamento em grandes distâncias horizontais e
verticais com maior velocidade;
Otimização de mão-de-obra;
Maior rapidez de execução da obra;
Melhoria nas condições de segurança na obra;
Eliminação do ruído provocado pelo vibrador;
Significativa redução nas atividades de espalhamento
e de vibração; Figura 6 - Laje sendo concretada com CAA em Goiânia (Arcel Engenharia/
Realmix,2004)
Permite a concretagem sem adensamento em regiões com
grande densidade de armadura;
Aumento das possibilidades de trabalho com fôrmas de pe- Aplicações do concreto Auto-Adensável
quenas dimensões;
Redução do custo final da obra em comparação ao sistema
O Concreto auto-adensavel é indicado para utiliza-
de concretagem convencional; ção em obras convencionais onde se quer maior veloci-
Acelera o lançamento do concreto na estrutura, permitindo dade de concretagem, redução de custos e melhor
concretagens mais rápidas; qualidade do concreto. Também em casos específicos a
Redução da mão-de-obra no canteiro; sua utilização é recomendada como, por exemplo:
Melhoria do acabamento superficial; • Lajes de pequena espessura ou lajes nervuradas;
Aumento da durabilidade devido à redução de defeitos de • Fundações executadas por hélice contínua;
concretagem; • Paredes, vigas, colunas;
A elevada resistência à segregação aliada à fluidez • Parede diafragma;
apresentada pelo CAA permite ainda a eliminação de • Estações de tratamento de água e esgoto;
defeitos macro, bolhas de ar e falhas de concretagens, que • Reservatórios de águas e piscinas;
são diretamente responsáveis pelas perdas no desempe- • Pisos, contrapisos, lajes, pilares, muros, painéis;
nho mecânico do concreto e na durabilidade da estrutura • Obras com acabamento em concreto aparente;
(COPPOLA, 2000). • Locais de difícil acesso;
• Peças pequenas, com muitos detalhes ou com for-
TUTIKIAN (2004), afirma que o CAA permite ob- mato não-convencional onde seja difícil a utilização
ter elevadas resistências à compressão a curto e longo pra- de vibradores;
zo, baixa relação água/cimento, baixa permeabilidade e • Fôrmas com grande concentração de ferragens.
alta durabilidade. Ou seja, CAA pode também ser execu-
tado com alta resistência, neste caso tem-se o Concreto Controle Tecnológico do CAA
Auto Adensável de Alto Desempenho (CAAAD).
A Figura 5 apresenta o lançamento de CAA em es- No estado endurecido o controle tecnológico do
truturas de concreto com alta densidade de armadura. CAA segue os mesmos ensaios e procedimentos utiliza-
Na Figura 6 apresenta-se o concreto fluindo com facili- dos para o concreto convencional.
dade em uma laje concretada em Goiânia. No caso do concreto no estado fresco, diferente-

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mente do dos concretos convencionais, o controle não é pois está se trabalhando com novos insumos (aditivos) e
feito através do Slump Test. No CAA utiliza-se para con- níveis de aprimoramento técnico elevados. Deve-se, por-
trole do concreto fresco vários testes, estando entre os tanto, se buscar empresas fornecedoras de grande experi-
mais recomendados o Slump Flow Test e o U- Box Test. ência, assim como exigir rigoroso controle tecnológico do
No caso Slump Flow Test utiliza-se os mesmos equi- material.
pamentos do Slump Test, sendo que o que se mede é o
Bibliografias
espalhamento do concreto e não a altura adensada ( Fi-
gura 7). Para que o concreto seja considerado satisfatório BOSILJKOV, V. B. SCC mixes with poorly graded aggregate and high
do valor do espalhamento tem que estar entre 60 e 75 volume of limestone filler. Cemente and concrete Research, 2003.
COPPOLA, L. Self-compacting concrete. In Concrete technology,
cm, nas duas direções. 2000.
ENARC. Specification and guidelines for self-compacting concrete.
2002.
GEYER, A . L. B. & SENA, A. Avaliação do comportamento mecâni-
co do concreto auto-adensável em comparação com o concreto con-
vencional. IBRACON, 2001.
TUTIKIAN, B. F. Método para dosagem de concretos de auto-desem-
penho. Dissertação de mestrado. UFRGS, 2004.

Pioneirismo na
utilização do
Figura 7 - Passos do Slump Flow Test
Concreto
O U-Box Test é mais apropriado para o uso em la-
boratório ou na central de concreto, sendo medido neste
Auto-adensável
ensaio a fluidez do material (Figura 8).
em edifícios em
Goiânia:
Realmix e Arcel Engenharia
Goiânia entra para o elenco de cidades que utili-
zam em obras de edificação a tecnologia do Concreto
Auto-adensável, como uma forma de melhorar a quali-
dade das estruturas de concreto, otimizar custos e aumen-
tar a velocidade da execução das estruturas.
Em uma parceria entre a Realmix Concreto e a
Arcel Engenharia, com a acessória técnica do Labora-
Figura 8 - U-Box Test. tório de Materiais de Construção da Escola de Enge-
nharia Civil da Universidade Federal de Goiás
Considerações desenvolveu-se, para os materiais e condições locais,
tecnologia de produção e execução de Concreto Auto-
O CAA é uma tecnologia que veio para ficar no adensável para edificações.
mercado, pois uma vez compatibilizados aspectos de pro- O pioneirismo na região está apoiado e pesquisas
dução, dosagem e custos não existem razões para se con- tecnológicas realizadas com o objetivo de se permitir a
tinuar utilizado o concreto convencional. utilização deste concreto, que possui grande fluidez e co-
A aplicação deste novo material, no entanto requer esão, com a utilização de matérias primas locais e com a
ainda que se tenha rigoroso acompanhamento técnico, utilização de aditivos químicos de última geração.

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O pioneirismo da aplicação em obra na Figura 3 a dosagem dos aditivos e na Figura 4 os ensai-


os tecnológicos de concreto fresco (Flow Test).
O CAA (concreto auto-adensável) tem sido utiliza-
do no exterior em crescente quantidade, no Brasil, cida-
des como Porto Alegre e São Paulo, a cerca de um ano
vêm se lançando mão desta tecnologia. Obras como a do
Museu Iberê Camargo, em Porto Alegre, que é considera-
da um dos ícones da Engenharia e Arquitetura contem-
porâneas brasileira tem utilizado o CAA.
Em Goiânia, embora pesquisas realizadas na UFG
desde 2001 ( GEYER & SENA, 2001) vinham demons-
trando ser possível a sua aplicação, até dezembro de 2004
nenhuma grande obra havia sido realizada com esta
tecnologia.
A Arcel Engenharia Ltda tendo em vista a necessi-
dade de implementação de novas tecnologias que condu-
zam a melhor qualidade, menor custo e maior velocidade
de execução dos seus empreendimentos decidiu passar a
utilizar o CAA em uma de suas obras.
O pioneirismo na região de Goiânia foi a Figura 2 - Aspecto do CAA a ser retirado para ensaio de concreto fresco
concretagem, em 23/12/2004, de laje no Ed. Camila, no
Residencial Sorelle. A Figura 1 mostra a vista geral do
edifício Camila.

Figura 3 - Dosagem dos aditivos de última geração realizada por técnico da UFG

Figura 1 - Vista do Edifício Camila

Especificações e controle
Utilizando-se métodos de dosagens específicos a
Realmix com a consultoria da Escola de Engenharia Civil
da UFG, desenvolveu um traço de concreto fck 20 MPa, Figura 4 - Ensaio de Flow Test
especificamente para atender esta obra. Para tanto foi
Lançamento do concreto
especificada com característica do concreto fresco um Flow
Test entre 65 e 70 cm. Após a dosagem dos aditivos, realizada na chegada
Foram utilizados materiais locais como areia natu- de cada Betoneira na obra o concreto foi liberado para
ral, brita de gnais, Cimento CP II F – 32 da Cimento ser bombeado.
Goiás, aditivos Superplastificantes e modificadores de vis- Na Figuras 5 a 7 apresentam-se detalhes da opera-
cosidade da MBT. ções de lançamento e adensamento do concreto na laje
Na Figura 2 mostra-se o concreto chegando à obra, do edifício.

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Dentre a principais vantagens, partindo-se do prin-


cípio que o custo do CAA é compatível com o concreto
convencional estão:

VANTAGENS REAIS OBTIDAS


PELA CONSTRUTORA

Redução em torno de 70% na mão-de-obra de lan-


çamento e adensamento. Como pode ser obser-
vado nas figuras 5 e 7 o número de trabalhadores
é bastante otimizado.

Maior Velocidade na execução da estrutura, o que


Figura 5 - Lançamento do concreto na laje, sem a necessidade de qualquer
adensador com vibrador
em altas temperaturas permite uma menor expo-
sição do concreto ao calor dentro dos caminhões
betoneira, bem como uma antecipação nas ope-
rações de cura

Maior Qualidade e facilidade no nivelamento da


laje, pois se obtém, com o CAA uma laje pratica-
mente auto nivelada. Como pode ser observado
na Figura 8.

Eliminação de nichos e falhas de concretagem o


que leva a uma maior qualidade e durabilidade
da estrutura.
Figura 6 - Auto-compactação do concreto

Figura 7 - Pequeno número de trabalhadores envolvidos na operação de auto- Figura 8 - Aspecto do concreto após o lançamento, sem adensamento e
adensamento nivelamento

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INFORMAÇÕES AO CLIENTE REALMIX


SOBRE SERVIÇOS DE CONCRETAGEM
Desde o momento que contrata os serviços da REALMIX o cliente precisa saber quais as
providências que devem ser tomadas.

1-ANTES DA ENTREGA efetuada pela obra exime a REALMIX de responsa-


bilidade quanto às características do concreto para
É preciso tomar algumas medidas preliminares, pre- tanto existe na Nota Fiscal a autorização para adição
parando-se para o recebimento do concreto: de água.
ESCORAMENTO: deve impedir que sob a ação do
peso das fôrmas, ferragens, do concreto a ser aplicado e 3-TRANSPORTE
das cargas acidentais, ocorram deformações prejudiciais
A partir da primeira adição de água, o tempo de trans-
à forma de estrutura, ou esforços no concreto na fase de
porte que decorre desde o início da mistura até a entrega
encurecimento.
do concreto, deve ser:
FÔRMAS: antes do lançamento do concreto devem A - Fixada de forma que o fim do adensamento não ocor-
ser conferidas as medidas e a posição das fôrmas, para ra após o início de pega do concreto e das camadas
garantir que a geometria da estrutura corresponda ao pro- ou partes contíguas a essa remessa (evitando a for-
jeto. mação de junta fria);
O interior das fôrmas deve estar limpo e as juntas B - Inferior a 90 minutos e fixado de maneira que até o
vedadas, para evitar a fuga da pasta. Nas fôrmas de pare- fim da descarga seja de, no máximo, 150 minutos
des, pilares ou vigas estreitas e altas, devem ser deixadas
aberturas próximo ao fundo, para limpeza. Quanto às for- 4-LANÇAMENTO DO CONCRETO
mas absorventes,é preciso molha-las até a saturação. O concreto deve ser lançado o mais próximo possí-
Quando as superfícies das fôrmas precisarem de tra- vel de sua posição final, evitando-se incrustações de arga-
tamento antiaderente para facilitar a desmoldagem, esse massa nas paredes das fôrmas e nas armaduras.
tratamento deve ser feito antes da colocação da armadu- Para os lançamentos que precisem ser feitos a seco,
ra. Os produtos empregados não devem deixar na super- em recintos sujeitos a penetração de água, devem ser to-
fície do concreto resíduos que sejam prejudiciais ou madas todas as precauções para que não haja água no
possam dificultar a retomada da concretagem ou a aplica- local em que se lança o concreto ou possa o concreto
ção de revestimentos. fresco vir a ser lavado.
ACESSO: prepare o acesso de tal forma que toda a Quando a altura do lançamento for muito elevada
operação de concretagem possa ser realizada se, impedi- utilizam-se anteparos ou funil, para a desagregação do con-
mentos e em um caminho firme, até o local de aplicação. creto.
É preciso facilitar o tráfego de caminhões, de tal for- Quando o lançamento for submerso, o concreto deve
ma que não haja impedimento na entrada de um e saída ter no mínimo 350 Kg de cimento por metro cúbico, ter
de outro. O lugar de descarga deve esta localizado em ponto consistência plástica e ser levado para dentro da água por
fácil de ser alcançado sem manobras complicadas e que uma tubulação, mantendo-se a ponta do tubo imersa no
possibilite a descarga no menor tempo possível. concreto já lançada. Após o lançamento, o concreto não
2-RECEBIMENTO DO CONCRETO deve ser manuseado para não alterar sua forma definitiva.

NOTA FISCAL: em primeiro lugar, antes de iniciar- 5-ADENSAMENTO


se a descarga do concreto, confira atentamente a nota fis- Durante o lançamento do concreto e imediatamente
cal de simples remessa, verificando se: após essa operação, o concreto deve ser vibrado ou soca-
A - A descrição do concreto é a solicitada pela a obra; do contínua e energicamente, com equipamento adequa-
B - Os dados da obra estão corretos do à trabalhabilidade do concreto. Em caso de utilização
C - Após a adição não ultrapasse o limite máximo espe- de concreto Auto-adensável, o adensamento pode ser dis-
cificado; pensado parcialmente.
D - Que o tempo transcorrido entre a primeira adição de
O adensamento deve ser realizado de tal forma que
água aos materiais e o início da descarga seja supe-
o concreto preencha todos os recantos da fôrma. Durante
rior a 15 minutos. Qualquer outra adição de água

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o adensamento devem ser tomadas as precauções neces- controlado, sem dispensar as medidas de proteção con-
sárias para que não se formem vazios a seu redor, o que tra secagem. (fonte: ABESC)
prejudicaria a aderência. No adensamento manual, as ca-
8-RETIRANDO FÔRMAS E ESCORAMENTOS
madas de concreto não devem exceder 20 cm. Quando se
utilizarem vibradores de imersão, a espessura da camada PRAZO: a retirada das fôrmas e do escoramento só
precisa ser, no máximo, aproximadamente igual a 3/4 do pode ser feita quando o concreto alcançar a resistência à
comprimento da agulha. compressão e o módulo de elasticidade estabelecidos pelo
projetista estrutural.
6-JUNTAS DE CONCRETAGEM
Se as condições acima não tiverem sido indicadas
Quando o lançamento do concreto for interrompido não devem ocorrer antes dos seguintes prazos:
e, assim, formar-se uma junta de concretagem, convém · faces laterais: 3 dias;
tomar precauções para que, ao reiniciar o lançamento, haja · faces inferiores, mantendo pontaletes bem
suficiente ligação de concreto endurecido com o do novo encunhados e convenientemente espaçados: 14 dias;
trecho. Antes de reiniciar o lançamento, deve ser removi- · faces inferiores, sem pontaletes: 21 dias
da a nata e feita a limpeza da superfície da junta, com es- PRECAUÇÕES: a retirada do escoramento e das fôr-
cova de aço e jato de água. mas deve ser efetuada sem choques, obedecendo a um
É preciso também tomar precauções para garantir a programa elaborado de acordo com o tipo de estrutura.
resistência aos esforços que podem agir na superfície da
junta. Isso pode ser obtido deixando-se barras cravadas 9-OBRIGAÇÕES DO CLIENTE
ou redentes no concreto mais velho. - Programar as solicitações das prestações de servi-
As juntas devem localizar-se onde for menor o es- ços com 24 (vinte e quatro) horas de antecedência para o
forço de cisalhamento, de preferência em posição normal concreto / argamassa convencional é 48 (quarenta e oito
aos de compressão, salvo se for demonstrado que a junta horas) para o concreto e argamassa bambeável, indican-
não diminuirá a resistência da peça. O concreto deve ser do em cada solicitação o tipo / sua resistência (Mpa) e o
perfeitamente adensado até a superfície da junta. Se for slump desejado.
necessário, usa-se uma fôrma para garantir o - Tomar todas as providências necessárias para que
adensamento. No caso de vigas ou lajes apoiadas em pila- a descarga do concreto e argamassa seja feita no modo e
res ou paredes, o lançamento de ser interrompido no pla- tempos devidos, de acordo com as normas técnicas vi-
no de ligação do pilar ou parede com a face inferior da laje gentes.
ou viga, ou no limite inferior de mísulas e capitéis. Essa
- Fornecer a mão-de-obra necessária a concretagem
interrupção se faz necessária para evitar que o assenta-
/ lançamento quando não bombeável e adensamento do
mento do concreto produza fissuras ou descontinuidade
concreto.
na vizinhança daquele plano.
- Fornece mão-de-obra necessária ao escoramento
7-CURA E OUTROS CUIDADOS da tubulação para bombeamento do concreto, bem como
a argamassa necessária à lubrificação da mesma antes de
Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o
cada concretagem.
concreto deve ser protegido contra agentes prejudiciais
mudanças bruscas de temperatura, secagem, vento, chu- - Responder pela resistência do concreto, no atraso
va forte, água torrencial, agentes químicos, bom com con- de aplicação, inclusive nos casos em que o concreto for
tra choques e vibrações de intensidade tal que possam descarregado em recipientes intermediários como por
produzir fisuras no concreto ou prejudicar sua aderência à exemplo carrinhos, giricas, masseiras, etc.
armadura. - Responder por quaisquer danos ou acidentes in-
A proteção contra secagem prematura, pelo menos termediários causados com o equipamento da REALMIX,
durante os sete primeiros dias após o lançamento do con- em virtude de inadequação e/ou deficiências da vias e/ou
creto (aumentando esse mínimo quando a natureza do dos meios de acesso dos mesmos ao local da descarga
concreto exigir), pode ser feita mantendo a superfície do concreto/argamassa na obra.
umedecida ou protegendo-a com uma película impermeá- - Registrar a competente anotação de Responsabili-
vel. Em caso de utilização da cura com água, esta deverá dade técnica junto ao CREA-GO, nela incluindo os servi-
ser permanente, não devendo-se criar ciclos de molhagem ços prestados pela REALMIX. (Fonte: ABESC)
ou secagem, os quais podem comprometer a estrutura.
As superfícies devem ser mantidas permanentemente
úmidas.
O endurecimento do concreto pode ser antecipado
por meio de tratamento térmico adequado e devidamente

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