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MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO - TCC

Caro aluno, as páginas a seguir objetivam explicar os procedimentos relativos ao


TCC. Leia com atenção este manual e consulte-o sempre que necessário.

O que é TCC?

TCC é a sigla de Trabalho de Conclusão do Curso e é componente curricular


regular da grade da Licenciatura em História. O desenvolvimento do TCC se dá além do
horário das aulas, por isso exige organização e empenho do estudante.

O trabalho de conclusão de curso do curso de História- Licenciatura consiste na


realização, individual ou em grupo de até três discentes, de um artigo acadêmico que
problematize um tema da historiografia, aprofunde um assunto histórico, ou discuta
questões relacionadas ao ensino de História e o saber escolar. Os discentes podem,
ainda, optar em desenvolver material didático para o ensino de História, voltado para a
Educação Básica. Exige-se para o desenvolvimento dos trabalhos levantamento e
análise de fontes primárias e secundárias, de forma a encerrar pesquisa, reflexão e
conclusões fundamentadas dentro dos pressupostos teóricos e metodológicos em que
se baseia um trabalho científico-acadêmico.

Por que fazer?

O desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso - TCC se insere na


formação profissional de duas formas importantes para o processo ensino-
aprendizagem, a primeira como instrumento metodológico de ensino e a segunda,
como a possibilidade de descobertas e a construção de conhecimento.

A partir desses princípios, é possível afirmar que, para a formação profissional do


discente, o TCC é um importante instrumento de ensino que irá garantir a autonomia
profissional. Trata-se de instrumento com carga horária semelhante às demais
disciplinas, mas com exigência de estudo que vai além do cotidiano universitário. O
TCC é requisito obrigatório para colação de grau.

A realização do trabalho de conclusão de curso tem como objetivo: a)


instrumentalizar o aluno para o trabalho sistemático de seleção e interpretação de
fontes históricas, à luz dos pressupostos teóricos e metodológicos, que se volta ou
para a discussão sobre a interpretação histórica ou para a didatização do saber
histórico; b) oferecer condições para o discente desenvolver, por escrito, suas
reflexões oriundas das pesquisas efetuadas, cuidando para que sejam expressos os
objetivos específicos, os argumentos e seus fundamentos e as conclusões a elas
relacionadas.

Quando fazer?

O início do TCC acontece no último ano da graduação. A primeira etapa é


chamada TCC1, quando são feitos estudos em bibliografia pertinente à Linha de
Pesquisa escolhida e realizados os primeiros ensaios de problematização histórica. A
etapa final é chamada TCC2, quando o projeto de pesquisa será desenvolvido e
finalizado.

Portanto, o trabalho de conclusão de curso é realizado ao longo dos dois últimos


semestres letivos do curso (5º e 6º semestres), e perdurará por mais semestres, a
título de dependência e recuperação, caso o(s) discente(s) não atenda(m) às exigências
previstas nos respectivos períodos, conforme descritos abaixo.

No início do 5º semestre, os discentes regularmente matriculados em TCC I


deverão preencher ficha com três opções de temas de pesquisa entre as que estiverem
sendo oferecidas na ocasião. A coordenação do curso, juntamente com os professores
designados para a orientação, ficará responsável pela triagem e acolhimento das
fichas, obedecendo ao número máximo de orientandos por professor. Quando a opção
por um tema exceder ao limite de orientandos por professor, será realizado sorteio
para a segunda opção de tema. Caso se repita a situação de excesso de discentes para
esta nova opção, promove-se novo sorteio.

Quem orienta?

Para a realização do TCC é imprescindível a orientação de um professor. A


escolha do orientador é feita por sorteio, respeitando a indicação das Linhas de
Pesquisa feita pelo aluno, na ocasião do preenchimento da ficha de opções. Todos os
professores do curso estão inseridos em alguma linha de pesquisa, sendo, portanto,
todos orientadores.
A orientação da produção dos trabalhos se dá através de sala virtual organizada
por orientador, de forma a agrupar alunos orientandos com temas afins, favorecendo
a promoção de discussões sobre metodologias e pressupostos teóricos, bem como a
realização de seminários de pesquisas.

O que são Linhas de Pesquisa?

As linhas de pesquisa refletem o campo de especialidade do professor. Cada


linha de pesquisa abrange diversos temas. Um professor pode estar inserido em mais
de um tema da sua linha de pesquisa, assim como cada linha pode ter mais de um
professor.

As linhas de pesquisa oferecidas são:

1- História Cultura e Sociedade, com ênfase nos seguintes temas: História e


Literatura; História e Cinema; Música e Expressões da Cultura Popular; História e Artes
Visuais; Religião e Sociedade; Futebol, cultura e sociedade; Ciência, cultura e
sociedade.
2- História Social e Política, com ênfase nos seguintes temas: Historiografia
da escravidão; Abolição e o pós-abolição no Brasil; Relações de gênero, classe e raça;
História e memória dos movimentos sociais na ditadura civil-militar (1964-1985);
Relações entre cultura e política no Brasil republicano: do Estado Novo à Ditadura Civil-
Militar (1937 a 1985); Movimentos culturais na ditadura civil-militar (1964-1985);
Estado Novo e Segunda Guerra Mundial; A classe operária no Brasil: história e
historiografia.
3- Cultura Histórica: Teoria, Escrita e Memória da História, com ênfase nos
seguintes temas: Produção historiográfica no Brasil.
4- Educação e Ensino de História, com ênfase nos seguintes temas: Ensino
de História e cultura material: Educação Patrimonial, Estudo do Meio e uso de museus;
Ensino de História e cultura afro-brasileira; Análise e/ou produção de materiais
didáticos com ênfase em documentos iconográficos; Análise e/ou produção de
materiais didáticos com ênfase em História do Brasil; Ensino de História e cultura afro-
brasileira; Livros didáticos de História – usos, narrativas e leituras; Historia e memória
de professores e instituições de ensino- projetos de História Oral; A educação numa
perspectiva sócio-construtivista e suas implicações para a sociedade pós-moderna; A
educação como processo de interação social baseada na pesquisa do saber local, do
estudo  e da reflexão do cotidiano.

Como você pode notar, as linhas estabelecem diálogos com diferentes


componentes curriculares, incluindo os Estágios Supervisionados, que poderão servir
de objeto de análise de ordem teórica e prática, visando o aperfeiçoamento e o
desenvolvimento profissional.

Como o TCC é avaliado?

A avaliação do processo é contínua e, para tal, os orientandos deverão entregar


3 (três) atividades ao longo do TCC 1 (5º semestre letivo). A nota final da disciplina
(apenas uma nota a ser lançada) é resultado da soma entre as notas obtidas nas três
atividades, sendo que cada uma delas terá o valor máximo abaixo discriminado:

–ATIVIDADE 1: Proposta de trabalho, incluindo levantamento prévio de fontes e


justificativas, valendo até 2 (dois) pontos;
–ATIVIDADE 2: Caracterização e descrição das fontes e discussão teórica e
metodológica, valendo até 3 (três pontos);
–ATIVIDADE 3: Relatório preliminar de análise das fontes documentais ou
bibliográficas, contendo os itens apresentação, descrição e análise, valendo até 5
( cinco) pontos.

Tais atividades são passíveis de adaptação, de acordo com a percepção do


professor orientador frente às condições sócio-cognitivas do(s) discente(s) e a
proposta de trabalho final que está sendo construída.

Em TCC II será desenvolvida a redação do trabalho, para o qual serão


estabelecidas etapas parciais pelos professores-orientadores, de acordo com cada
projeto em execução. Para a aprovação nesta fase, o discente ou grupo de discentes
responsável pelo trabalho deverão obter nota mínima igual a 6,0 (seis). Quando o
trabalho é de responsabilidade de grupo de discentes, pode o professor-orientador
atribuir notas diferenciadas para cada componente, avaliando também competências
cognitivas, procedimentais e atitudinais, previamente combinadas com o grupo. Não
há apresentação do TCC em banca examinadora.

Aos autores de trabalhos cuja nota obtida for superior a 9,0 (nove) será solicitada
a autorização para a publicação na Biblioteca Digital da UNINOVE, para que, assim,
fique disponível para consulta pela comunidade universitária. Tal autorização segue
normas específicas estabelecidas pela Biblioteca José Storópoli, às quais os discentes
deverão se submeter, mediante a assinatura de termo de autorização expedida por
esta divisão acadêmica.

Como fazer?

O trabalho de conclusão do curso deve ter o acompanhamento do professor-


orientador em todas as etapas. Embora o trabalho final deva resultar em um artigo ou
material didático, outras atividades solicitadas também devem ser apresentadas
escritas ao professor. Assim, fazer fichamento e resenhas de textos e elaborar projeto
de pesquisa são partes do processo do TCC.
Para o artigo final, seguem algumas orientações básicas:

1. APRESENTAÇÃO GRÁFICA GERAL


Papel: A4 (210 x 297 mm), impresso somente em uma das faces. Não há divisão
entre os subtítulos que deverão ser colocados na sequência do texto. Não há sumário.
Tipo de Fonte e Estilo: Times New Roman.
Corpo do texto em geral: fonte 12, estilo normal.
Título: fonte 14, estilo negrito.
Subtítulos: fonte 12, estilo negrito.
Citações em parágrafo distinto: fonte 11, estilo normal, recuo esquerdo de 4 cm.
Notas de rodapé: fonte 10, justificada
Na digitação de palavras estrangeiras e de nomes científicos usar o escrito no
módulo itálico.
Margens:
Margem superior: 3,0 cm
Margem inferior: 2,0 cm
Margem esquerda: 3,0 cm
Margem direita: 2,0 cm
Parágrafos e espaçamento
Parágrafos: 1,25 cm na primeira linha
Espaçamento do texto geral: 1,5 cm entre linhas
Parágrafos de citações em destaque no texto: com recuo à esquerda de 4 cm
Espaçamento das citações em destaque no texto: simples
Inserir um espaço antes e depois de cada subtítulo
Espaçamento: justificado
Paginação
Será feita no canto inferior direito de cada folha redigida, fonte Arial ou Times
New Roman, tamanho 8. Começa-se a contar desde a primeira página.
Tamanho do artigo
O artigo deverá ter um mínimo de 15 páginas e um máximo de 35 páginas, de
acordo com as especificações acima.

2. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Resumo (Obrigatório)
Tem por objetivo dar uma visão rápida ao leitor, para que ele possa decidir sobre
a conveniência de ler o texto todo. Deve ser totalmente fiel ao trabalho e conter
informações acerca de seus objetivos, metodologia e resultados mais relevantes. O
resumo deve conter cerca de 10 linhas. Ao final, devem ser incluídas as palavras-chave.
O resumo vem abaixo do título e do nome do autor do artigo e é antecedido do
subtítulo – Resumo, grafado da mesma forma que os demais.
Abaixo das palavras-chave deve-se inserir uma quebra de página e iniciar o texto
do artigo na página 2, repetindo o título, o nome do autor e colocando, em nota de
rodapé, a qualificação do autor, conforme descrito abaixo.
O nome do autor do artigo deverá constar abaixo do título, alinhado à direita,
com uma nota de rodapé, na qual deverá constar o seguinte:

Artigo apresentado como exigência da disciplina de Trabalho de Conclusão de


Curso II, no curso de Licenciatura de História, da Universidade Nove de Julho, no ano de
...., sob orientação do (a) professor (a) ... .

Se houver agradecimentos, que não são obrigatórios, eles devem ser colocados
na mesma nota de rodapé anterior, de forma breve, depois do texto anteriormente
descrito.
3. ELEMENTOS TEXTUAIS
Redação: algumas notas práticas
A redação reflete, mais do que qualquer outro esforço empreendido pelo
candidato, a qualidade intelectual e científica do trabalho por ele realizado ao longo do
TCC. A má redação compromete, irremediavelmente, a boa pesquisa, a boa
investigação e a reflexão bem conduzida – admitindo-se, em teoria, que estas
qualidades possam conviver com o uso inadequado da língua portuguesa. Considere
que a má redação é, via de regra, indício de que a reflexão foi mal conduzida, não só
no ato da escrita, mas ao longo de todo o processo. Escreve mal quem pensa mal, e
não apenas quem não domina as normas gramaticais do idioma.
Assim sendo, a redação deve ser encarada como parte integrante e fundamental
do processo, e não como mera formalidade da etapa final. Isto significa que, ao redigir,
o aluno deve refletir, com rigor, sobre a propriedade semântica de cada vocábulo que
empregar e deve estar permanentemente atento ao sentido preciso que cada frase,
cada oração, cada período pretende transmitir.
Uma regra prática é o aluno jamais empregar uma palavra sobre cujo sentido
não tenha certeza e jamais construir frases sintaticamente rebuscadas ou retorcidas. O
corolário é: evitar palavras “difíceis”, dar preferência não só ao vocabulário, mas às
construções mais simples. “Simples” não quer dizer “simplório”, nem “banal” ou
“vulgar”; se a ideia que o aluno tiver em mente for de fato simplória ou banal, a
redação rebuscada não vai melhorá-la em nada, só vai piorar. No outro extremo, se a
ideia for de bom nível, expressá-la de forma clara e simples não vai empobrecê-la, ao
contrário vai torná-la mais densa e mais convincente.
A instância capaz de dirimir as dúvidas, quanto à questão terminológica, é um
bom dicionário, que deve ser consultado sempre.

4. REGRAS PARA CITAÇÃO DE AUTORES


Citações
As citações são amplamente utilizadas nos textos científicos e representam uma
forma de corroborar e situar as ideias do autor em um discurso teórico mais
abrangente, ou de referência na área. Podem, ainda, estabelecer diálogos e
comparações com outros autores.
Há duas formas de citar os autores e suas obras. Na primeira delas, de forma
indireta, utiliza-se o nome do autor e o ano de publicação, entre parênteses, conforme
o exemplo:
A ideia da História como uma ciência, que se ocupa do homem no passado, é
amplamente discutida por Marc Bloch (2001).
Outra forma é a citação direta, que utiliza a transcrição literal do texto. Neste
caso, importa o tamanho a ser utilizado porque, como regra geral, textos de até 3
linhas são inseridos no próprio parágrafo e textos maiores devem constituir um
parágrafo separado, com a formatação indicada anteriormente (recuo à esquerda de 4
cm, letra menor que a usada no texto - fonte 11 – Times New Roman ou fonte 10 –
Arial - com espaçamento simples entre as linhas). As omissões de trechos são marcadas
por reticências que devem ser inseridas sozinhas no começo do trecho, ou entre
parênteses, quando a omissão se encontra no meio da frase. Os exemplos abaixo
ilustram a proposta:
A análise do contexto em que se deu o fato histórico é de primordial importância
para a compreensão do mesmo, pois, de acordo com Bloch, “... nunca se explica
plenamente um fenômeno histórico fora do estudo de seu momento.” (Bloch, 2001, p.
60) .

Outro exemplo:

A análise do contexto em que se deu o fato histórico é de primordial


importância para a compreensão do mesmo, como afirma Marc Bloch:
Em suma, nunca se explica plenamente um fenômeno histórico fora do estudo
de seu momento. Isso é verdade para todas as etapas da evolução. Tanto daquela
em que vivemos como das outras. O provérbio árabe disse antes de nós: ‘Os homens
se parecem mais com sua época do que com seus pais'. Por não ter meditado essa
sabedoria oriental, o estudo do passado às vezes caiu em descrédito (Bloch, 2001, p.
60).

Há que se notar, ainda, que os apóstrofos utilizados acima indicam que, no


original, o texto estava entre aspas.
Nas citações de trechos que trazem palavras e frases já grifadas ou destacadas
pelo seu autor original, deve-se colocar a frase grifos do autor após a referência, ou a
marcação grifos meus, ou grifos nossos, no caso de interferência do autor que usa a
citação.
A referência ao autor e à obra pode, ainda, constar de uma nota de rodapé.
Neste caso, após a citação insere-se o número da nota e nesta se indica o autor, a obra
e a página. O nome do autor não será invertido, conforme mostra o exemplo:

A análise do contexto em que se deu o fato histórico é de primordial importância


para a compreensão do mesmo, pois, de acordo com Bloch, “... nunca se explica
plenamente um fenômeno histórico fora do estudo de seu momento.”1

Em todos os exemplos acima a referência bibliográfica, ao final do artigo, será a


seguinte:
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor, 2001.

Notas de rodapé
As notas de rodapé podem ser utilizadas para a referência bibliográfica de uma
obra, conforme já foi citado. Outra possibilidade é que elas façam algum
esclarecimento importante para a compreensão do assunto, que ficaria deslocado no

1
Marc BLOCH, Apologia da História ou o ofício do historiador, p. 60.
corpo do texto. Usa-se também as notas de rodapé para fazer a tradução de trechos
citados em outras língua.
Em todos estes casos deve-se respeitar a forma de formatação indicada no
começo deste documento.

Citação de dois autores


Conforme o exemplo abaixo:

Mello e Novais (1998) afirmam que o golpe militar de 1964 foi decisivo para a
implantação de um modelo excludente no capitalismo brasileiro.
Na referência bibliográfica da citação, ao final do artigo, teremos:

MELLO, João Manuel Cardoso de e NOVAIS, Fernando A. Capitalismo tardio e


sociabilidade moderna. In: Lilia Moritz Schwarcz (org.). História da Vida Privada no
Brasil – Vol. IV. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

Três ou mais autores


Cita-se o sobrenome do primeiro autor mais a expressão etalli (que significa “e
outros”) ou a abreviação et al, conforme o exemplo abaixo:
É preciso que o aluno perceba que o conhecimento histórico é construído, que
não é imutável. Como nos lembram as professoras/autoras de importante obra dos
anos 1980:
É também preciso que iniciemos o aluno no fato de que o conhecimento
histórico é algo construído a partir de um procedimento metodológico; em outras
palavras, que a história é uma construção. Isso é fundamental para o início da
destruição do mito do saber acabado e da história como verdade absoluta.
(Cabriniet alii, 1986, p. 29).

Para o exemplo citado, a referência bibliográfica, ao final do artigo, é a seguinte:

CABRINI, Conceição et alii. O Ensino de História: Revisão Urgente. São Paulo:


Brasiliense, 1986.

“Apud”
O termo apud é usado para indicar uma referência que NÃO foi lida diretamente,
mas que foi citada por um autor que foi lido. Significa e pode ser substituído por
“citado por”. Seu uso deve ser evitado, só sendo indicado quando o acesso à obra
original for praticamente impossível (obras muito antigas ou escritas em idiomas
inacessíveis). O exemplo abaixo ilustra o caso.
Em relação às pesquisas históricas, é preciso considerar o papel decisivo das
fontes em relação à construção do fato histórico, a importância da pesquisa que
subsidie o historiador de um tal número de documentos que possibilite seu trabalho
e outros ainda. Como nos diz Marrou:
O grande historiador (...) não será apenas aquele que melhor souber propor os
problemas, mas que, ao mesmo tempo, melhor souber elaborar um programa
prático de pesquisas capazes de fazer surgir os mais numerosos, mais seguros e mais
reveladores documentos.
(Marrou apud Glénisson, 1983., p. 162-163)

Na bibliografia deve constar a obra na qual foi lido o autor. No presente caso,
ficaria da seguinte forma:
GLÉNISSON, Jean. Iniciação aos estudos históricos. 4. ed. São Paulo: Difel, 1983.

5. REGRAS PARA ELABORAÇÃO DE TABELAS


As tabelas e os quadros devem ser numerados seqüencialmente com números
arábicos. Seus títulos devem ser objetivos e colocados acima da tabela ou quadro. As
referências às obras, explicações e o que mais for necessário devem vir imediatamente
abaixo da tabela, em letra menor. A obra deve constar nas referências bibliográficas.
Vide exemplo abaixo.

Quadro1- Média de escravos desembarcados no porto do Rio de Janeiro


Período Média de Escravos por Ano
1831-1834 1.200
1838-1839 40.000
1840 Até 23.000
1846-1850 50.000
Fonte: FLORENTINO, 1997.

6. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências Bibliográficas
A NBR 6023 da ABNT (agosto de 2002) fixa as regras para elaboração de
referências bibliográficas. As referências devem ser alinhadas somente à margem
esquerda, sem nenhum avanço ou recuo a partir da segunda linha.
Livros
Devem conter os seguintes elementos: sobrenome do(s) autor(es) em maiúsculas;
iniciais do(s) nome(s); título do livro em destaque (itálico); edição; cidade da editora;
nome da editora; ano da publicação. É importante lembrar que as primeiras edições
não são mencionadas, ou seja, quando não houver referência à edição fica
subentendido que se trata destas. A despeito da norma estabelecer que só se deve
colocar as iniciais do nome, a menção a este na forma completa não constitui erro e
ajuda a criar um repertório de autores da área estudada.
Exemplos:
HOBSBAWM, E. Sobre História: Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1994.

Artigos científicos
Devem conter os seguintes elementos: sobrenome do(s) autor(es) em maiúsculas;
iniciais do(s) nome(s); título do artigo; título do periódico em destaque (sugere-se
itálico); cidade da editora do periódico; volume (V.); número (n.); páginas (p.); ano da
publicação.
Exemplo:
CARVALHO, José Murilo de. A utopia de Oliveira Viana. Estudos Históricos, Rio de
Janeiro, v. 4, n. 7, p. 82-99, 1991.

Capítulos de livros
Devem conter os seguintes elementos: sobrenome do(s) autor(es) do capítulo em
maiúsculas; iniciais do(s) seu(s) nome(s); título do capítulo do livro; a expressão “In”;
sobrenome do(s) organizador(es) do livro em maiúsculas; iniciais do(s) seu(s) nome(s);
título do livro em destaque (sugere-se itálico); cidade da editora; nome da editora; ano
da publicação. Se o autor do livro for o mesmo do capítulo, não é preciso repetir o
nome, basta colocar tracejado no item.
Exemplos:
BATALHA, Claudio Henrique de Moraes. Formação da classe operária e projetos
de identidade coletiva. In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucilia de Almeida Neves
(orgs.). O Brasil Republicano – I: O Tempo do Liberalismo Excludente. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2003.
SEVCENKO, Nicolau. A inserção compulsória do Brasil na Belle-Époque. In:
_______. Literatura como Missão. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.

Teses, dissertações e monografias


Devem conter os seguintes elementos: sobrenome do autor em maiúsculas;
iniciais do(s) nome(s); título do trabalho em destaque (sugere-se itálico); local da
defesa; ano que consta na capa; número de páginas; tipo de trabalho; descrição entre
parênteses; unidade e instituição.
Exemplo:
MUNAKATA, K. Produzindo livros didáticos e paradidáticos. São Paulo, 1997.
(Tese de Doutorado em Educação. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
PUC/SP).

Artigos em meio eletrônico (internet)


Sugere-se uma análise prévia do “site”, pois alguns artigos disponíveis na rede
não possuem conteúdo científico. Caso não seja material científico, aconselha-se seu
uso com certa parcimônia.
Devem conter os seguintes elementos: sobrenome do(s) autor(es) em maiúsculas;
iniciais do(s) nome(s); título do artigo; título do periódico em destaque ou nome do site
(sugere-se itálico); cidade; volume (V.); número (n.); ano da publicação; endereço
eletrônico completo logo após as palavras “disponível em”; data do acesso logo após
as palavras “acesso em”.
Exemplo:
MENESES, Ulpiano T. Bezerra. A História, cativa da memória? Para um
mapeamento da memória no campo das Ciências Sociais. Revista do Instituto de
Estudos Brasileiros, São Paulo, 34: 9-24, 1992. Disponível em:
http://www.ieb.usp.br/revista/revista034/rev034ulpianomenezes.pdf acesso em
10/02/2009

Artigo ou matéria de jornal ou revista


NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28
jun. 1999. Folha Turismo, Caderno 8, p. 13.

Artigo ou matéria de jornal ou revista em meio eletrônico (internet)

SILVA, I. G. Pena de morte para o nascituro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19


set. 1998. Disponível em:
<http://www.providafamilia.org/pena_morte_nascituro_htm>. Acesso em: 19 set.
1998.

Trabalhos apresentados em eventos (congressos, simpósios,...)

FRANZINI, Fábio. Como nascem os clássicos: Raízes do Brasil aos 30, 50 e 70


anos. In: XXIV Simpósio Nacional de História da ANPUH. Anais... São Paulo, 2006. CD
ROM.

As reticências que seguem a palavra “Anais” indicam a supressão de parte do


título, pois seria desnecessário escrever novamente a mesma referência.

Trabalho feito por uma entidade coletiva (associações, instituições,...)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geofísico. Anuário


Astronômico. São Paulo, 1988. 279p.

Anexos (Opcional)
Conjunto de documentos não elaborados pelo autor que servem de
fundamentação, comprovação e/ou ilustração para o desenvolvimento do trabalho.
Também são apresentados por números romanos consecutivos. Para cada novo anexo,
deve-se abrir uma nova página.
Exemplo:
Anexo I
Ficha de identificação dos empregados da Companhia Ford Industrial do Brasil
***

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