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Recebido: 31/07/2019

Aprovado: 12/05/2020
Volume 9. Número 3 (dezembro/2020). p. 281-300 - ISSN 2238-9377
Revista indexada no Latindex e Diadorim/IBICT

Dimensionamento ótimo de pórtico de aço


considerando ligações semirrígidas e análise não
linear geométrica
Paulo César Gonçalves Pandino de Oliveira1 e Gines Arturo Santos Falcón2*
1 Laboratório de Engenharia Civil, Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro, Av. Alberto Lamego, 2000, 2803-602, Campos dos Goytacazes -
RJ, paulopandino@gmail.com
2 Laboratório de Engenharia Civil, Universidade Estadual do Norte Fluminense

Darcy Ribeiro, Av. Alberto Lamego, 2000, 2803-602, Campos dos Goytacazes -
RJ, gines@uenf.br

Optimal sizing of steel frames considering semi-rigid connections and


non-linear geometric analysis

Resumo
Apresenta-se uma metodologia computacional para minimização do custo de pórticos planos
em aço. Objetiva-se a definição de estruturas mecanicamente eficientes e de menor custo.
Foram considerados ligações semirrígidas e análise não linear geométrico da estrutura. Foi
desenvolvido um ambiente computacional integrando dois softwares importantes da
engenharia: MATLAB e ANSYS Mechanical APDL. Foram desenvolvidas interfaces
computacionais que permitem a automação do processo de otimização. As variáveis de
projeto adotadas são os perfis estruturais comerciais e o grau de rigidez rotacional das ligações
viga-pilar. As restrições de projeto são deslocamentos nodais e tensões nos elementos,
seguindo as prescrições da ABNT NBR 8800:2008. Os resultados numéricos obtidos mostram
que a ferramenta computacional proposta é competitiva.
Palavras-chave: Pórtico de aço, Ligações semirrígidas, Otimização estrutural, Análise não-
linear geométrico.
Abstract
A computational methodology for minimizing the cost of plane steel frames is presented. The
objective is to define mechanically efficient and lower cost structures. Semi-rigid connections
and geometric nonlinear analysis of the structure were considered. A computational
environment was developed integrating two important engineering software: MATLAB and
ANSYS Mechanical APDL. Computational interfaces have been developed that allow the
automation of the optimization process. The design variables adopted are the commercial
structural profiles and the degree of rotational stiffness of the beam-column connections. The
design constraints are nodal displacements and stresses in the elements, following the
requirements of ABNT NBR 8800:2008. The numerical results obtained show that the proposed
computational tool is competitive.

Keywords: Steel frame, Semi-rigid connections, Structural optimization, Geometric nonlinear


analysis.

* autor correspondente
1 Introdução
O desenvolvimento de metodologias modernas para análise e projeto ótimo de
estruturas tem recebido atenção especial devido à crescente esscasesz dos recursos
materiais. A indústria da construção civil demanda por projetos estruturais de maior
eficiência mecânica e consequentemente de custo reduzido. No entanto, atualmente,
os avanços tecnológicos possibilitam o desenvolvimento de ferramentas
computacionais robustas e confiáveis.

Assim, apresenta-se uma metodologia computacional para projeto ótimo de estruturas


integrando dois ambientes computacionais de grande aceitação na engenharia
estrutural. O MATLAB que fornece diversos algoritmos de otimização e o ANSYS que
fornece diversas técnicas renomadas para análise estrutural. Adicionalmente, o
primeiro disponibiliza uma linguagem de programação eficiente e amigável. As
plataformas computacionais mencionadas funcionam interativamente durante o
processo de otimização, sendo a comunicação entre eles através de interfaces
computacionais.

Nos projetos de pórticos de aço, o comportamento das ligações viga-pilar


tradicionalmente é classificado em relação à sua rigidez inicial à rotação: O modelo
rígido, considera que não ocorre rotação relativa entre a viga e o pilar; o ângulo de
rotação relativa entre a viga e o pilar é nulo e os esforços normais, cortantes e o
momento fletor atuantes nas extremidades da viga também atuam no pilar. No
modelo flexível, o ângulo entre a viga e o pilar não é restringido, considera apenas a
transmissão de esforços normais e cortantes da viga para o pilar. No entanto, na
grande maioria das estruturas reais essas ligações manifestam um comportamento
intermediário entre rígido e flexível, sendo classificadas como ligações semirrígidas.

Nesse estudo foi adotada a ligação viga-pilar com chapa de extremidade. Nesse tipo de
ligação, o comportamento semirrígido depende principalmente do comprimento e
espessura da chapa de extremidade e da localização, quantidade e diâmetro dos
parafusos utilizados. Assim, podem ser obtidos diversos graus de rigidez rotacional,
Sini,j , e diversos valores de momento resistente da ligação, MRd,j , Díaz et al. (2011).

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A análise estrutural de pórticos de aço tradicionalmente é baseada na teoria elástica
de primeira ordem, que considera uma relação linear entre as ações e os esforços
internos. Nos últimos anos, devido ao aumento da esbeltez dos elementos estruturais
e a consideração da semirrigidez das ligações, a opção por análises não lineares
tornou-se mais relevante, uma vez que os deslocamentos horizontais da estrutura
resulta em novos acréscimos de esforços e deformações, denominados de segunda
ordem. Na ocorrência significativa desses efeitos a não linearidade geométrica da
estrutura deve ser considerada, Sánchez et al. (2013), Ferreira et al. (2019).

Os algoritmos evolucionistas, em particular os Algoritmos Genéticos (AGs), tem-se


mostrado muito eficientes para busca de soluções ótimas em grande variedade de
problemas. Os AGs simulam computacionalmente determinados processos da
evolução natural das espécies e são adequados para resolver problemas multimodais –
problemas que apresentam vários valores extremos locais, permitem a utilização de
variáveis de projeto discretas e lidam eficientemente com variaveis mistas, isto é
discretas e continuas, Arora (2012).

Diversos estudos foram realizados com ênfase no comportamento não linear


geometrico e a influencia das ligações semirrígidas: Lui et al. (1988), Chui et al. (1997),
Xu (2001); sinalizaram que o comportamento das ligações semirrígidas deve ser levado
em consideração na análise de pórticos de aço. Freitas et al. (2009) estudaram a
influência das ligações semirrígidas na instabilidade global de pórticos de aço, no que
tange as cargas críticas de flambagem, utilizaram a plataforma ANSYS. Dos Santos et
al. (2016) desenvolveram um programa computacional para escolha de perfis
comerciais ótimos para pórticos de aço planos com ligações rígidas, implementaram
um programa de análise estrutural e utilizaram o AG do MATLAB.

Há também diversos estudos direcionados ao projeto ótimo de ligações semirrígidas.


Dentre outros, podem ser citados: Diaz et al. (2011), Hortencio et al. (2018). Eles
desenvolveram ferramentas computacionais para projeto ótimo de ligações
semirrígidas, consideraram restrições associadas ao grau de rigidez rotacional e a
resistência a flexão das ligações, utilizaram o Método das Componentes do Eurocode 3
(CEN EN 19931-8:2005). Recentemente, Gil-Martín et al. (2019), apresentaram um

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modelo para representação do comportamento semirrígido das ligações com cálculos
menos complexos que o Eurocode 3, mas com boa precisão.
Outros estudos tem se dedicado a otimização estrutural de pórticos de aço, dentre
outros: Simões (1996), Kameshi et al. (2001), Freitas et al (2009), Phan et al. (2017) e
Ferreira et al. (2019). Eles desenvolveram programas próprios para consideração da
não linearidade geométrica de pórticos de aço e a flexibilidade das ligações. As
ligações semirrígidas foram modeladas de diversas maneiras: atraves de modelos
numéricos (modelo polinomial de Frye-Morris, fator de fixação da ligação, etc.);
atraves de elementos finitos híbridos (integrando elementos finitos de viga e mola
rotacional); utilizando elementos finitos de softwares comerciais (BEAM3 e COMBIN40
do ANSYS). Troung et al. (2017) publicaram um procedimento para minimização do custo
de pórticos de aço espaciais com ligações semirrígidas, utilizaram análise avançada e um
elemento finito de comprimento zero, para representação das ligações semirrígidas.

Observa-se, então, que atualmente as pesquisas de projeto ótimo estão orientadas


maioritariamente para o desenvolvimento de novos algoritmos evolucionistas, robustos e
eficientes na busca de mínimos globais. Enquanto as ferramentas comerciais para análise
estrutural, atualmente disponíveis, satisfazem suficientemente os requerimentos de
análise estrutural.
Assim, nesse estudo propõe-se a integração de um ambiente computacional que possui
vários algoritmos de otimização com um ambiente computacional para análise estrutural
que disponibiliza ferramentas confiáveis e robustas. A plataforma comercial ANSYS
Mechanical disponbiliza diversos elementos finitos para representação de vigas e
pilares e ligações entre esses elementos, e diversos tipos de comportamentos
estruturais: análises estáticas, dinâmicas (lineares e não lineares), análise de
instabilidade estrutural, etc. O toolbox “Global Optimization” do MATLAB disponibiliza
diversos algoritmos evolucionistas confiáveis e robustos, sendo o algoritmo genético
“ag” o mais utilizado. Na busca da solução ótima, os AGs utilizam-se de operadores
genéticos para transformar os individuos de uma população, fazendo com que sejam
cada vez mais adaptados ao problema. A interação entre as duas plataformas foi
desenvolvida através de interfaces computacionais implementadas em linguagem
MATLAB.

284
Assim, a metodologia computacional para dimensionamento ótimo de pórticos de aço
que se propõe, visa a minimização do custo da estrutura: custo das barras de aço
acrescido do custo das ligações. As variáveis de projeto são os perfis estruturais
comerciais e o grau de rigidez rotacional inicial das ligações viga-pilar. As restrições de
projeto são os esforços de flexocompressão atuantes nas vigas e pilares e
deslocamentos em pontos nodais críticos do pórtico, de acordo com as prescrições das
normas de projeto e construção locais, ABNT NBR 8800:2008.

Adicionalmente, foi implementado uma planilha EXCEL de dados (BD) com as


principais características de perfis estruturais de aço laminado obtidos do catálogo
“PERFIS GERDAU AÇOMINAS”, fabrica nacional que disponibiliza 88 perfis laminados
de aço. A palnilha BD é acessada automaticamente pelo algoritmo de otimização.
Assim, todas as interfaces de comunicação integrando as duas plataformas
computacionais e o BD foram implementadas em linguagem computacional MATLAB.

2 Módulo de análise estrutural do pórtico de aço

O módulo de análise estrutural foi desenvolvido utilizando a plataforma computacional


ANSYS Mechanical. O ANSYS é um pacote de uso geral baseado no Método dos
Elementos Finitos (MEF) e disponibiliza diversos tipos de análise: análise estrutural
estática / dinâmica (linear e não linear), transferência de calor e interação fluido-
estrutura, além de problemas acústicos e eletromagnéticos.

Na fase de pré-processamento no ANSYS, são inseridas todas as informações


necessárias para a resolução do problema, como: As propriedades dos materiais, a
geometria da estrutura, configurações das ligações entre os elementos, geração da
malha de elementos finitos e as condições de apoio e os carregamentos.

Para automatização do processo de análise estrutural, dentro de um processo iterativo


de otimização, foi utilizada a linguagem de programação APDL (ANSYS Parametric
Design Language) do ANSYS Mechanical. Trata-se de uma linguagem de programação
própria do ANSYS que contém comandos pré-definidos que possibilitam a definição de
variáveis paramétricas e estruturas de controle.

285
2.1 Modelagem de vigas e pilares no ANSYS

Para modelagem dos elementos lineares (vigas e pilares) foi adotado o elemento finito
clássico BEAM3 e para as ligações semirrígidas o COMBIN40, da biblioteca de
elementos finitos da plataforma computacional ANSYS Mechanical 2015.

Figura 1 – Elemento finito BEAM3 Figura 2 – Elemento finito COMBIN40

O elemento finito BEAM3, Figura 1, é um elemento uniaxial com capacidades de


tração, compressão e flexão e considera três graus de liberdade em cada nó:
translações nas direções x e y e rotação sobre o eixo z (estruturas 2D). O elemento é
definido por dois nós extremos i e j, a área da seção transversal, momento de inércia e
altura. Os dados de entrada obrigatórios são apenas o comprimento do elemento, a
área da seção transversal e o momento de inércia da seção.
Na plataforma ANSYS há diversos elementos finitos de barra, como o BEAM188 e
BEAM189 que são elementos mais modernos, de seis graus de liberdade em cada
extremidade da barra, sendo mais adequados para análise estrutural em três
dimensões, consideram efeitos de plasticidade e colapso estrutural. No entanto, no
presente estudo, para análise estrutural de pórticos planos (2D) dentro de um
processo iterativo de otimização, devido a sua simplicidade e visando economia
computacional, o elemento BEAM3 foi adotado. Uma das vantagens da metodologia
computacional aqui apresentada é a possibilidade imediata de utilizar outros
elementos finitos.

2.2 Análise não linear geométrica

Os carregamentos atuantes considerando a estrutura já deformada provocam o


surgimento de esforços adicionais denominados de esforços de segunda-ordem,
configurando um comportamento não-linear geométrico. Os efeitos decorrentes dos
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deslocamentos horizontais dos nós da estrutura são ditos efeitos globais de segunda
ordem (P-Δ) e os decorrentes da não-retilineidade dos eixos das barras, efeitos locais
de segunda ordem (P-δ). Segundo a ABNT NBR 8800:2008 esse comportamento deve
ser considerado em situações em que os deslocamentos afetarem de forma
significativa os esforços internos.
No presente estudo, as análises estruturais foram realizadas considerando a não
linearidade geométrica, utilizando a técnica numérica Newton-Raphson disponível no
software ANSYS Mechanical. A carga total é subdividida em uma série de incrementos
de carga que são aplicados em etapas sucessivas de carga. A cada incremento de
carga, o método Newton-Raphson calcula o vetor de resíduos ou erro, que é a
diferença entre a força externa aplicada e a força interna de equilíbrio da estrutura, a
convergência de cada etapa de carga é verificada pelo vetor de resíduos, que deve
apresentar valores menores que a tolerância estipulada.

2.3 Instabilidade Estrutural

A instabilidade ocorre quando uma componente do sistema estrutural, sob


compressão, perde sua estabilidade (equilíbrio) antes que o material atinja sua tensão
de escoamento. A flambagem pode acarretar significativa diminuição de sua
resistência mecânica, depende diretamente da esbeltez do elemento estrutural.

Para evitar que a instabilidade estrutural ocorra antes do escoamento do material,


deve-se verificar que o carregamento solicitante (P) não exceda a carga crítica de
flambagem elástica (Pcr), conforme Equação (1):

(1)

onde: E é o módulo de elasticidade do material; K é o coeficiente de flambagem; L é o


comprimento do elemento e I é o menor momento de inércia da seção transversal.

Para obtenção do valor de Coeficiente de flambagem (K) foi adotado o Método do


Alinhamento de Quadro proposto por Duan e Chen (1999). Este método permite
estudar o comportamento dos pilares de forma isolada dos demais elementos da
estrutura, K é calculado na Equação (2):

287
(2)

onde GA e GB são relações de rigidez nos nós A e B do pilar.

No caso de ligações rígidas Gnó (GA ou GB ), é calculado conforme Equação (3).

(3)

No caso de ligações semirrígidas é possível utilizar a Equação (3), porém com uma
alteração para incorporação do grau de rigidez rotacional das ligações viga-pilar
através do coeficiente αK, Equação (4).

(4)

Sendo k obtido da Tabela 1, com o parametro R* calculado conforme Equação (5).

Tabela 1 – Ligações semirrígidas - valores do parâmetro αK


Extremidade A Extremidade B Parâmetro k
Engaste Engaste 1
Engaste Rótula ½

Engaste Ligação semirrígida

Ligação semirrígida Engaste

Ligação semirrígida Rótula

Ligação semirrígida Ligação semirrígida

(5)

No entanto, o método de análise de estabilidade de estruturas aporticadas adotado


pela ABNT NBR 8800:2008 permite a utilização do valor de 𝐾 igual a 1,0 de forma a
simplificar os cálculos

288
2.4 Modelagem das ligações semirrígidas no ANSYS

As ligações viga-pilar foram modeladas através do elemento finito COMBIN40 do


ANSYS, Figura 2. O elemento finito é definido por dois nós, duas constantes de mola K1
e K2, um coeficiente de amortecimento C, uma massa M, um tamanho de intervalo
GAP e uma força de deslizamento limitadora FSLIDE. O elemento tem um grau de
liberdade em cada nó, seja de translação nodal, rotação, pressão ou temperatura,
pode ser usado em qualquer tipo de análise. A massa, alguma das molas, o controle
deslizante, o amortecedor ou a folga podem ser removidos do elemento.

Assim, foi adotado o elemento finito COMBIN40 simplificado de modo a representar


uma mola rotacional para representação da rotação relativa das ligações viga-pilar,
com grau de rigidez rotacional equivalente a rigidez inicial (Sini,j) e momento resistente
equivalente a da ligação (MRd,j).

3 Formulação do problema de otimização

Objetiva-se a minimização do custo de fabricação de pórticos planos de aço com


ligações viga-pilar semirrígidas. A redução do peso estrutural dar-se-á através da
escolha adequada de perfis comerciais, bem como a definição do grau de rigidez
rotacional ideal das ligações viga-pilar, no entanto atendendo aos limites de esforços e
deslocamentos preconizados pela ABNT NBR 8800:2008. Desta forma, busca-se definir
pórticos seguros, mecanicamente eficientes e consequentemente de custo mínimo.

A Equação (6) apresenta o modelo de otimização adotado nesse estudo,


Minimizar
Sujeito a (6)

onde: C é o custo total da estrutura; Cperfis é o custo total dos perfis; Cligações é o custo
total das ligações; gσ representa as restrições associadas à resistência mecânica do
elemento; gδ representa os deslocamentos nodais e nel e ndesl são o número de
barras e de deslocamentos críticos da estrutura.

289
A função objetivo considera o custo de material necessário para a fabricação da
estrutura, a qual deve ser minimizada. O custo total inclui o custo dos perfis e o custo
das ligações, sendo calculado pela Equação (7):

(7)

onde: np é o número de pilares da estrutura; ne é o número total de elementos


estruturais (vigas e pilares);  é a massa específica do material; Ai é a área da seção
transversal do elemento; Hi é a altura do pilar; Lv é o Comprimento da viga; Cs é o
custo unitário do aço;

Para estimativa do custo da ligação semirrígida foi adotado o modelo proposto em


Sánchez et al. (2013), onde o custo da ligação é calculado mediante a estimativa da
massa equivalente correspondente ( ) que depende do grau de rigidez rotacional
inicial da ligação, Equação (8).

(8)

onde: é o valor da rigidez rotacional inicial da ligação em (kNm/rad); e são


parâmetros de custo que dependem do tipo de ligação, conforme Tabela 1.

Tabela 1 – Parâmetro de custos para ligações semirrígidas (Sánchez et al., 2013)

Tipo de Ligação (kg) (kNm/rad)


Chapa de extremidade com enrijecedor de coluna 90,103 0,000615
Chapa de extremidade 43,176 0,000335

No presente estudo foi adotada a ligação com chapa de extremidade estendida sem
enrijecedores de pilar para todas as ligações viga-pilar do pórtico. Para ligação de
chapa de extremidade sem enrijecedores nos pilares: α = 43,176 e β = 3,35.10-4.

De acordo com a ABNT NBR 8800:2008, para o projeto de pórticos com


comportamento semirrígido, foram adotados os limites inferiores e superiores da
rigidez inicial das ligações viga-pilar, , conforme Equação (9).

(9)

290
onde: E é o módulo de elasticidade do aço; Iv e Lv são o momento de inércia da seção
transversal e o comprimento da viga, respectivamente.

Para implementação computacional mais prática e eficiente, foi adotado o conceito de


Fator de Fixação da Ligação (rj) utilizado por Simões (1996), Sánchez et al. (2013) e
Ferreira (2019), que relaciona a rigidez da ligação com a rigidez da viga
correspondente, segundo Equação (10).

(10)

Substituindo os limites da Equação (9), na Equação (10) obtêm-se os limites inferior e


superior da rigidez inicial das ligações semirrígidas, conforme Equação (11).

(11)

No processo de otimização os valores limites da Equação (11) foram adotados como


limites inferiores (lb) e superiores (ub) das variáveis de projeto associadas a rigidez das
ligações semirrígidas (rj). Para aplicação utilizando variáveis discretas, foram definidos
valores com incrementos de 0,01 dentro do intervalo definido na Equação (11).

Usualmente, os pilares dos pórticos ficam submetidos a combinação de esforços,


principalmente esforços de flexo-compressão, que é a ação simultânea de esforços
axiais e momentos fletores. Nesses casos, a norma ABNT NBR 8800:2008 define a
interação de esforços, Equação (12). Os pilares devem verificar esta condição.

(12)

onde: Nsd é a força axial solicitante de cálculo; NRd é a força axial resistente de cálculo;
Msd é o momento fletor solicitante de cálculo e MRd é o momento fletor resistente de
cálculo no pilar.

Em relação aos deslocamentos admissíveis, de acordo com a ABNT NBR 8800:2008


foram considerados as flechas máximas nas vigas e os deslocamentos horizontais
máximos no topo dos pilares. Para as vigas a flecha admissível é L/350. Para os pilares,

291
os deslocamentos horizontais admissíveis são: em edificações de aço de um pavimento
H/300; em edificações com dois ou mais pavimentos H/400; e o deslocamento relativo
entre dois pisos consecutivos h/500 (H e h são a altura do pórtico e a altura entre
pavimentos, respectivamente).

4 Interação MATLAB – ANSYS

Nesse estudo foi utilizado o ambiente computacional MATLAB para a implementação


do módulo computacional de otimização e o software comercial ANSYS para análise
estrutural.
Na busca da solução ótima global do problema proposto – com variáveis de projeto
mistas (discretas e contínuas) e funções com fortes não linearidades – foi utilizado o
algoritmo genético “ag” do Toolbox “Global Optimization” do MATLAB.

Figura 3 – Fluxograma de otimização

O processo de otimização, Figura 3, tem início no script principal do MATLAB onde são
inseridos os dados principais do problema; são configurados os principais operadores
genéticos e é acionado o AG do MATLAB. Na primeira iteração, o AG gera
aleatoriamente uma população de individuos candidatos a solução do problema e da
inicio ao processo iterativo de otimização: para cada individuo da população são
realizadas análises estruturais no ANSYS e os resultados (tensões e deslocamentos) são

292
retornados para o AG; as aptidões dos individuos são calculados e os individuos mais
aptos são ranqueados visando estabelecer prioridades na geração de novos indivíduos
das próximas gerações. Desta forma, a cada iteração, são geradas populações com
individuos melhor adaptados, que vão convergindo a uma solução global do problema.

Figura 4 – Integração MATLAB – ANSYS: interfaces computacionais

Os processos de análise estrutural dentro de um módulo de otimização foi todo


automatizado, Figura 4. A comunicação entre os softwares MATLAB e ANSYS foi
resolvida através de interfaces computacionais implementadas em linguagem
MATLAB, utilizando-se de arquivos de texto.

No processo iterativo de otimização, as variáveis de projeto definidas no AG, são


convertidas em parámetros estruturais atraves de uma função de mapeamento e
logo gravadas num arquivo de texto, Variaveis.txt. Utilizando-se de um comando APDL
o arquivo Variaveis.txt é incorporado no arquivo Estrutura_APDL.txt que contém
comandos formatados em linguagem APDL com todas as etapas de uma análise
estrutural. O AG aciona a análise estrutural do ANSYS em modo silencioso ou
background e os resultados gerados (geometria deformada, tensões e deslocamentos)
são gravados no arquivo texto Resultados_ANSYS.txt. Para finalizar a iteração, o AG faz
a leitura dos arquivos de resultados de análise dos individuos, calcula a aptidão deles e
utilizando-se de seus operadores genéticos define uma nova poulação. O processo
anterior é repetivo iterativamente até atingir os critérios de parada.

293
5 Aplicação

Esse exemplo foi estudado por Cabrero et al. (2005), Bel Hadj Ali et al. (2009) e
Sánchez et al. (2013), dentre outros. Trata-se de um pórtico de dois pavimentos e três
vãos; a geometria da estrutura, os apoios, os carregamentos de projeto e a definição
de quatro grupos de elementos e quatro grupos de ligações, como mostrados na
Figura 5. Observa-se que essa modelagem pode ser facilmente alterada, permitindo
novos estudos.

Visando posterior comparação de resultados com as referências citadas, foram


estudados dois modelos estruturais: pórtico com ligação rígida e pórtico com ligação
semirrígida. No primeiro modelo, as variáveis de projeto foram apenas os perfis
estruturais (VPperfis); no segundo modelo foram adicionadas variáveis de projeto
associadas ao o Fator de Fixação da ligação (VPligacoes). Adotou-se: E = 210 GPa; fY = 250
MPa e custo unitário do aço de 3,98 reais/kg. Foram consideradas restrições
referentes à interação de esforços, Equação (12), flechas admissível nas vigas
(L/350=1,71cm) e deslocamento horizontal admissível no topo dos pilares em relação à
base (H/400=2,0cm).

Figura 5 – Pórtico com 2 pavimentos e 3 vãos

Os principais operadores genéticos foram configurados através da função gaoptimset


do MATLAB como segue: número de indivíduos da população: 50; número máximo de
gerações: 100; taxa de crossover: 0,85 e taxa de mutação: 0,01.

294
5.1 Modelo com ligação rígida

Esse modelo considera o problema clássico de pórticos com ligações rígidas.


Acompanhando os estudos citados anteriormente, foram considerados quatro grupos
de elementos e a rigidez das ligações viga-coluna fixas, ou seja, rj = 0,96 (ligação rígida).

A Figura 6 apresenta o histórico de otimização, mostrando os custos mínimo e médio a


cada geração. Observa-se que foram necessárias 39 gerações para obtenção da
configuração ótima. O custo referente aos perfis estruturais na configuração ótima foi
de R$ 6.211,98 e o custo das ligações rígidas foi de R$4.208,90 – calculado pela
Equação (8) com rj = 0,96 – perfazendo um custo total de R$ 10.420,88.
Na Figura 7 são exibidos os valores das restrições de projeto na configuração ótima,
𝑔σ,1, 𝑔σ,2, 𝑔σ,3 e 𝑔σ,4 são as restrições associadas aos esforços internos (equação de
interação); 𝑔δ,1, 𝑔δ,2, 𝑔δ,3, e 𝑔δ,4 são as restrições associadas aos deslocamentos.

Figura 6 – Histórico do processo de Figura 7 – Restrições de projeto na


otimização: modelo rígido configuração ótima: modelo rígido

Na configuração ótima, as restrições ativas foram restrições referentes a interação de


esforços no pilar do meio no primeiro pavimento (𝑔σ,2) e para uma viga do grupo 3
(𝑔σ,3) que atingiu o limite admissível. Observa-se que as restrições de deslocamento
lateral não foram determinantes para o dimensionamento, mas ficaram próximos do
limite admissível – os pilares de canto (𝑔δ,1) e de centro (𝑔δ,2) com deslocamento de
1,83 e 1,72 cm, respectivamente. Observa-se que as restrições de esforços foram as
limitantes do projeto (mais ativas que as restrições de deslocamentos).

5.2 Modelo com ligação semirrígida

Desta vez, as ligações viga-coluna tipo semirrígidas foram consideradas. Assim, as


variáveis de projeto foram os perfis estruturais e os Fatores de Fixação das ligações

295
viga-coluna semirrígidas (VP = VPperfis + VPligacoes). No entanto, as restrições de projeto
foram as mesmas do modelo rígido.

A Figura 8 mostra o histórico de otimização. Observa-se que foram necessárias 44


gerações para atingir a configuração ótima. Foi obtido um custo total de R$8.682,88
dos quais R$2.435,55 (28,05%) correspondem ao custo das ligações semirrígidas.

Figura 8 - Histórico do processo de Figura 9 – Restrições de projeto na


otimização: modelo semirrígido configuração ótima: modelo semirrígido

Na Figura 9 são apresentados os valores das restrições na configuração ótima obtida,


sendo as restrições mais ativas os deslocamentos dos grupos 1, 2 e 3 (𝑔δ,1 , 𝑔δ,2 e 𝑔δ,3),
enquanto que os esforços nos pilares centrais (𝑔σ,2) ficaram próximos de serem ativos
( −0,05< 𝑔σ,2 <0). Os deslocamentos laterais dos grupos 1 e 3 atingiram o limite
admissível com deslocamento de 2,00 cm e uma das vigas do grupo 2 apresentou
flecha de 1,70 cm – valor próximo ao limite admissível. Destaca-se que as demais
restrições tiveram tambem valores pequenos. Observa-se que as restrições de
deslocamentos foram as limitantes.

5.3 Comparativo entre os resultados

As variáveis de projeto ótimas obtidas nos dois modelos estudados estão explicitadas
na Tabela 2, em confronto com as variáveis de projeto ótimas das referências citadas.
São elencados os perfis ótimos para cada grupo de elementos e a rigidez rotacional das
ligações (Fator de Fixação) – os valores entre parênteses representam o peso corrido
(kg/m) e o Fator de fixação.

Cabrero et al. (2005) não apresentaram resultados de rigidez rotacional inicial das
ligações. No entanto, através de alguns dados apresentados no artigo e a modelagem
no software Robot Structural Analysis foi possível o cálculo dessa rigidez – o software
Robot utiliza o Método das Componentes do Eurocode 3 (CEN EN 19931-8:2005) para

296
análise de ligações. Bel Hadj Ali et al. (2009) não forneceram dados que possibilitassem
a determinação da rigidez das ligações.

Tabela 2 – Variáveis de projeto na configuração ótima: modelo rígido X semirrígido


Cabrero et Bel Hadji Ali Sánchez et Presente trabalho
Variável al. (2005) et al. (2009) al. (2013)
Semirrígido Semirrígido Semirrígido Rígido Semirrígido
1 (pilar) HEB 140 (33,7) HEB 140 (33,7) HEB 120 (26,7) W 200 x 22,5 W 200 x 15
2 (pilar) HEB 160 (42,6) HEB 140 (33,7) HEB 160 (42,6) W 250 x 17,9 W 310 x 21
3 (viga) IPE 200 (22,4) IPE 180 (18,8) IPE 240 (30,7) W 250 x 17,9 W 250 x 22,3
4 (viga) IPE 270 (36,1) IPE 240 (30,7) IPE 300 (42,2) W 360 x 32,9 W 360 x 32,9
Lig. 1 (kN.m/rad) 7.500 (0,69) --//-- 7.000 (0,63) 58.000 (0,96) 5.730 (0,65)
Lig. 2 (kN.m/rad) 11.900 (0,80) --//-- 16.300 (0,80) 58.000 (0,96) 6.870 (0,69)
Lig. 3 (kN.m/rad) 13.500 (0,79) --//-- 14.900 (0,63) 210.000 (0,96) 3.245 (0,27)
Lig. 4 (kN.m/rad) 25.000 (0,85) --//-- 20.500 (0,70) 210.000 (0,96) 58.730 (0,87)

Os custos finais obtidos nesse estudo estão resumidos na Tabela 3, onde são
discriminadas a massa das vigas e pilares; custos das ligações e os custos totais.
Observa-se que, para efeito de comparação, os custos das ligações de Cabrero et al.
(2005) e Sánchez et al. (2013) foram estimados através da Equação (8); o custo de Bel
Hadj Ali et al. (2009) não foi possível estimar por insuficiência dos dados publicados.

Tabela 3 – Comparativo de resultados: Custo e massa do pórtico


Cabrero et Bel Hadji Ali Sánchez et al. Presente estudo
Custo/
al. (2005) et al. (2009) (2013)
massa
Semirrígido Semirrígido Semirrígido Rígido Semirrígido
Custo Total
11.364,6 (131%) --//-- 11.955,1 (138%) 10.420,8 (120%) 8.682,9 (100%)
(R$)
Custo Ligação
2.314,9 (95%) --//-- 2.316,7 (95%) 4.208,9 (173%) 2.435,9 (100%)
(R$)
Massa Total
2.273,8 (145%) 1.969,4 (125%) 2.421,7 (154%) 1.560,8 (99%) 1569,6 (100%)
(Kg)
Massa pilar
1.120,8 (195%) 1078,4 (187%) 1.108,6 (192%) 644,4 (112%) 576,0 (100%)
(Kg)
Massa Viga
1.053,0 (106%) 891,0 (90%) 1.313,1 (132%) 914,4 (92%) 993,6 (100%)
(Kg)

Assim, usando a metodologia aqui proposta foi obtido uma redução de custo total de
23,6% em relação ao menor valor das referências, Cabrero et al. (2005). Também foi
possível verificar uma redução na massa total da estrutura de 20,3% em relação ao
menor valor das referências, apresentado por Bel Hadj Ali et al. (2009).

Comparando-se os resultados aqui obtidos para os modelos rígido e semirrígido,


observa-se que o modelo semirrígido obteve uma redução de custo total de 16,7%,

297
devido principalmente à redução de custo das ligações (42,12%). No entanto, observa-
se que no modelo semirrígido a massa dos perfis teve um pequeno acréscimo de 0,6%.

Ainda comparando os resultados para o modelo rígido e semirrígidos, foi possível


observar, como esperado, que com a diminuição da rigidez da ligação para o modelo
semirrígido houve uma redução dos momentos fletores nos pilares e
consequentemente possibitando a opção por pilares de menor rigidez; em
contrapartida, houve aumento da rigidez das vigas para combater os deslocamentos
laterais que, como esperado, tendem a aumentar devido a flexibilização das ligações.

As diferenças significativas obtidas em relação a alguns resultados das referências,


entende-se que sejam devidas às discrepâncias nas propriedades dos materiais e
estados limites últimos decorrentes das diferentes normativas empregadas. Em
particular, observa-se nos trabalhos das referências a utilização de fy=275 MPa para o
aço S275 e as flechas admissíveis nas vigas de  = L/400 de acordo com as normativas
europeias; sendo fy=250 MPa para o aço MR250 e  = L/350 na norma brasileira. Desta
forma, os resultados dos artigos aqui confrontados servem apenas como referência.

6 Conclusões

A metodologia computacional para projeto ótimo de pórticos de aço planos com


ligações semirrígidas aqui proposta gera estruturas coerentes e competitivas em
relação aos estudos disponíveis na literatura. A robustez e a confiabilidade da
metodologia proposta foram verificadas através de várias execuções com resultados
bastante semelhantes.

A escolha de elementos finitos clássicos do ANSYS, BEAM3 e COMBIN40, acarretou um


custo computacional menor, porém sem comprometer a qualidade da análise
estrutural. A plataforma ANSYS Mechanical disponibiliza diversos elementos finitos e
diversos modelos de análise estrutural que podem ser facilmente empregados.

No modelo de otimização, foram adotadas variáveis de projeto associados a perfis


estruturais comerciais e ao grau de rigidez rotacional das ligações, parâmetros que
influenciam diretamente o custo total do pórtico. Observou-se que na busca da
configuração de custo mínimo o custo das ligações resulta ser bastante significativo –
no modelo rígido o custo da ligação é da ordem de 30% do custo total. Assim, o

298
algoritmo busca a redução da rigidez rotacional das ligações no intuito de reduzir custo
total do pórtico.

Os resultados obtidos indicam a viabilidade de redução de custo dos pórticos de aço


através da utilização de ligações semirrígidas nos projetos. Embora a massa dos perfis
no modelo semirrígido tenha aumentado ligeiramente em relação a massa do modelo
rígido, o custo total do modelo semirrígido acabou sendo menor, devido ao menor
custo da ligação semirrígida. Dessa forma, utilizando-se do modelo semirrígido foi
possível conseguir uma redução de custo total de 16,7% em relação ao modelo rígido.

Os graus de semirrigidez ótimos obtidos na aplicação apresentada podem ser


alcançados através do adequado detalhamento da ligação. O Método das
Componentes do Eurocode 3 (CEN EN 1993-1-8:2005) pode ser utilizado na verificação
das dimensões dos parafusos, das chapas de extremidade e dos cordões de solda;
avaliação da rigidez rotacional e do momento fletor resistente da ligação.

Com base no ambiente computacional aqui apresentado, novos estudos podem ser
imediatamente conduzidos, explorando diferentes problemas de análise ou projeto
estrutural. Por exemplo, sistemas estruturais 3D, com carregamentos dinâmicos ou
sísmicos e diversos algoritmos de otimização.

7 Agradecimentos

Os autores agradecem a FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de


Janeiro)

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