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João Guilherme
Rio de Janeiro
2010
2
Agradecer é mais que Justo
3
Apresentação
Para o australiano, deve ser um problema jogar fora o
bumerangue velho...
Nós, Maçons, também temos nossos bumerangues.
Imagine uma pesquisa em sua Loja. Não se espante se ela
demonstrar que, de cada três Irmãos, dois acreditam que
ela já nasceu como praticada por vocês; que é milenar, que
tem conhecimentos secretos e blá, blá, blá...
Que paradoxo! A ironia é que o objetivo maior da
Maçonaria é levar o homem a pensar para que ele possa
aperfeiçoar-se e, assim, melhorar a sociedade a que
pertence. A Ordem foi o braço ativo do Iluminismo, o
primeiro, o pai de todos os grandes movimentos de difusão
do conhecimento, na intenção de que, por meio dele,
fossem dissipadas as trevas da ignorância e os grilhões da
superstição. “Conhecimento é poder”, afirmou Francis
Bacon.
Bacon E conhecimento, como bem disse Albert Mackey,
Mackey
não entra por osmose no momento da Iniciação. Nem,
tampouco, por osmose desce sobre a cabeça do Mestre
Instalado “como o orvalho do Hermon”...
Não há como aperfeiçoar-se sem estudar. Como
desenvolver idéias próprias se somente se repete o que se
ouve, sem se dar conta do estapafúrdio que pode ser? Sem
senso crítico não há opinião sensata. Se repetir apenas
fosse virtude, o papagaio seria o emblema da Sabedoria —
então... viva a coruja! Ela, ao menos, sabe ficar calada para
não repetir besteiras..,
E quantas, quantas besteiras, repetidas à exaustão,
acabam por tomar aparência de verdade!
Falando em besteiras, algumas estão engessadas na Ma
çonaria Brasileira. E que gesso duro!
4
Conheci muita gente boa das Grandes Lojas falando da
“irregularidade” dos Ritos não trabalhados por elas,
ignorando que seu fundador fora Venerável de uma Loja de
um desses Ritos — Mário Behring foi VM de uma Loja no
Rito Moderno!
Quanto papel, tinta e paciência foram jogados fora,
quantas amizades afetadas, na discussão inócua da cor do
Rito Escocês, sem que se entendesse as razões da escolha
ou o contexto da época.
Porém, pelo menos um desses bumerangues vamos jogar
fora, enterrando argumentos tolos ou facciosos —
dependendo da situação — usados para perpetuar o erro.
Um véu de ignorância cobre o nome de um Rito há mais de
um século, O mais interessante que é o Rito trabalhado
pelo menos por dois em cada três Maçons do mundo todo
(veja os números no Apêndice...). Pior, ainda, é que é o Rito
mais próximo daquele trabalhado pelos Maçons do início
do século XVIII, para dizer o mínimo...
Dezenas de escritores brasileiros — e grandes escritores,
por sinal! — ajudaram inadvertidamente a consolidar o
erro. Como conseqüência natural, com o aceno da
Verdade, muitos livros vão ficar obsoletos.
Paciência. Não dá para fazer omelete sem quebrar ovos.
Como disse o velho Bertrand Russeli, “uma besteira, dita
por cinqüenta milhões, continua uma besteira”.
Então, meus Irmãos, vamos apagar pelo menos uma das
muitas besteiras!
João Guilherme
PGSS, PIM, KT, 15°. IX
5
Um flagelo chamado “eu
“eu acho“
acho“
O famigerado eu acho... ocupa o vácuo sempre que não há
informação confiável.
Achar todo mundo pode. O problema é grave quando o que
foi só “achado” toma foros de verdade.
Na Maçonaria brasileira, poucos enganos têm sido mais
persistentes e mais absurdos do que o referente ao Rito de
York. A desinformação chega a ser cômica pelas
elucubrações fantásticas que resultam dela.
Se o velho Leo Taxil — aquele grande vigarista confesso
que acusou a Maçonaria dos maiores absurdos para fazer
dinheiro fácil com a Santa Madre Igreja — ouvisse as
besteiras que circulam em nosso meio, tidas como
verdades, certamente iria rolar de rir. E, quem sabe, sentir-
se-ia até tentado a criar ainda outras histórias fantasiosas
sobre nós — mais absurdas até do que aquela em que o
diabo aparecia nas Lojas maçônicas, travestido de jacaré
e, ainda por cima, tocava piano!...
Não se espante. Taxil tinha alcançado o Grau de Com
panheiro na Maçonaria francesa antes de ganhar um pé no
traseiro por vigarice. E deve ter tido tempo de familiarizar-
se com a penca de bobagens que rolavam por lá, naquele
tempo.
6
Realmente, rolava muita bobagem na Maçonaria. Não só
lá, na França, mas em todo mundo.
Até o surgimento da escola autêntica inglesa. A partir daí,
apenas fatos comprovados seriam aceitos na historiografia
maçônica. Isto ficou patente depois da publicação da
História da Maçonaria, obra prima de Robert Freke Gould,
Gould e
da criação da primeira Loja de Pesquisas do mundo, a
Quatuor Coronati N° 2076. As alucinações desvairadas
sobre a origem da Ordem foram aposenta das: finalmente
fomos despertados para o absurdo de colocar Adão,
Moisés, Jesus e mais uma penca personagens improváveis
como Maçons...
Ah, mas acontece que idéias, por mais estapafúrdias que
sejam, custam a desaparecer.
Quer um exemplo? Um ritualista francês, Jean-
Jean-Baptiste
Marie Ragon,
Ragon afirmou que os rituais dos Graus 1, 2 e 3
foram criados por Elias Ashmole.
Ashmole Este havia sido o primeiro
inglês não maçom operativo iniciado na Inglaterra1 em
1646. Só isso. Há muito tempo que qualquer Maçom que
leia um pouquinho sabe que o Grau 3 só apareceu na
Maçonaria depois de 1725. Mas as divagações fantasiosas
do velho Ragon ainda são muito edita das, lidas e até
citadas como verdade oracular no Brasil, apesar dos
esforços de José Casteliani, Kurt Prober e Xico Trolha.
No lado oposto, há os puristas de plantão, tentando ser
mais realistas do que o rei. Sem levar em conta que as
pesquisas continuam, tentam engessar a História. A soma
total dos seus conhecimentos é que a Maçonaria surgiu em
1
Maçons não operativos foram iniciados na Escócia desde 1600.
E o primeiro não operativo iniciado em território inglês não foi
Ashmole, mas Robert Moray, então em Newcastle, comandando as
tropas inglesas que invadiram a Inglaterra em 1641.
7
17172, de mala e cuia, pronta para consumo. Bolas, o
simples uso do bom senso nos diz que, se Ashmole foi
iniciado em 1646, obviamente já existiam Maçons
Especulativos antes dele...
Bem, perguntará você, e daí? E daí, meu Irmão, é que está
na hora de chutar o balde. E mais que hora de desmantelar
a confusão que se estabeleceu com relação ao Rito de
York. Divirta-se com a nossa peregrinação...
O começo
Em 1992, um grupo de Maçons, liderados por José Nunes
dos Santos,
Santos então Grande Secretário das Relações
Exteriores da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de
Janeiro, fundou a Loja York N° 117. Na época, as Gran des
Lojas brasileiras aceitavam apenas três Ritos: o Esco cês
Antigo e Aceito, o “York” e o Schroeder3 No municí pio do
Rio, não havia Lojas do “York”, só em Niterói.
Como todos, eu também acreditava piamente que este era
o Rito praticado na Maçonaria de língua inglesa. Tanto
assim que traduzi o Ritual Emulação para uso da Loja,
2
O que surgiu foi a idéia de uma Grande Loja que reunisse as Lojas
existentes. Teoricamente, isso foi feito para organizar o banquete anual, mas
esta foi uma idéia muito bem aproveitada para outras finalidades bem mais
políticas...
3
Se você usar seu bom senso, vai entender o por quê de as Grandes Lojas
aceitarem apenas estes três Ritos. O novo Grão-Mestre do GOB, Octavio
Kelly, não se conformou com a separação entre os Graus Filosóficos e
Simbólicos. Então proibiu os Maçons do GOB de continuarem seus estudos
no Supremo Conselho do Rito Escocês. Para sobreviver, o Soberano Grande
Comendador Mário Bebring deu cartas constitutivas a dez Grandes Lojas
em 1927. Ora, no GOB havia seis Ritos, dos quais quatro tinham Altos
Graus: o Escocês, o Adonhiramita, o Moderno e o Brasileiro. Você acredita
que Behring iria colocar azeitonas na empadas dos outros três Ritos, mesmo
tendo sido VM de uma Loja do Rito Moderno? E quantos desavisados nas
Grandes Lojas diziam, cheios de empáfia, que isto seria porque não eram
"regulares”...
8
porque o único ritual então existente, o da Loja Liberdade,
Igualdade e Fraternidade N° 5, não explicava muito bem a
maneira de proceder em Loja, aquilo que os ingleses
chamam de floorwork. Nós precisaríamos conhecer para
poder trabalhar.
Logo no ano seguinte, o impaciente do Nunes nos arrastou
para fundar um Capítulo de Maçons do Real Arco, cujos
Graus, dizia ele, eram a seqüência lógica do “York”. O que
começou quase como uma brincadeira, virou coisa muito
séria, por causa da beleza dos rituais. Muito do que não
entendíamos dos Graus Simbólicos, tanto no Rito Escocês
quanto no “York”, ficou claro e passou a fazer sentido nos
Graus do Real Arco. A clareza desses Graus é apaixonante,
até porque todos eles de vem ser interpretados, o que
obriga a uma participação muito intensa dos Irmãos.
Havia algo de errado
Bem, aí começamos a reparar em algumas
inconsistências. Algo não estava se encaixando bem.
Diferentemente do Rito Escocês, no “York” que
praticávamos (na verdade, o ritual Emulação) o Venerável
Mestre não usava chapéu. E, mas acontece que no Grau de
Past Master Virtual, o Mui Venerável Mestre usa. E diz, no
momento em que instala o Candidato na Cadeira do
Oriente:
— Assim como o Rei Salomão levava a coroa como em
blema da realeza e também como marca de distinção,
conforme um costume antigo, vós, como Mestres, deveis
estar coberto ao presidir uma Loja.
E no Grau de Maçom do Real Arco, Josué coloca uma coroa
sobre a cabeça do Candidato, para que ele se recorde da
“reverência devida ao grande nome Daquele sem princípio
de dias nem término de anos”.
9
Bolas, os rituais dos Graus Filosóficos, que pensávamos ser
a seqüência natural dos nossos Graus Simbólicos,
entravam em contradição com eles. Alguma coisa tinha
que estar errada. E estava, sim, senhor!
O ritual que pensávamos ser “York” simplesmente não era
York, mas sim um dos diversos rituais aceitos pela Grande
York
Loja Unida da Inglaterra, que tivera que encon trar um Rito
comum4 para que as duas Grandes Lojas ri vais pudessem
aceitar a união de 1813. Esse novo Rito comum aceita
mais de uma dezena de rituais, dos quais o Emulação —
apenas um entre eles — era o tal “York” que praticávamos.
Então, nosso “York” não pode ria ser o Rito que antecedia o
nosso Real Arco...
Realmente, não era mesmo: o Emulação Simbólico é in
glês e o Real Arco Filosófico, americano. Como dizemos
nós, brasileiros, uma coisa é uma coisa e outra coisa é
outra coisa. Os Irmãos, quando recebiam os Graus do Real
Arco, notavam logo essa discrepância. E pediam que
explicássemos. E agora, José?
O elo perdido
O Real Arco nos levara a um contato estreito com a
Maçonaria americana. Aberta e democrática como é difícil
de acreditar, ela abriu-nos as portas para um mundo
incrivelmente interessante. Boa parte da minha biblioteca
pessoal era de livros ingleses, excelentes, por sinal.
Passando a conhecer o fenômeno americano, pouco a
pouco fomos nos familiarizando com aspectos da
Maçonaria por nós desconhecidos até então. Pouco a
4
Como provou um dos maiores historiadores brasileiros contem porâneos, o
Irm. Joaquim da Silva Pires, o Rito da Grande Loja Unida da Inglaterra não
recebeu um nome designativo. Nós, aqui no Brasil, é que o denominamos
Rito Inglês Moderno, o que efetiva mente ele é, uma vez que foi criado (ou
adaptado, ou revisto, seja lá o nome que se dê) e passou a vigorar em 1813.
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pouco, os mistérios deixaram de ser mistérios. E, como
sempre, a resposta estava na História. Sempre está.
Nada complicado, mas é preciso conhecer para opinar sem
dizer asneira. Sem “achar”...
A Maçonaria chegou aos Estados Unidos através dos
Irmãos de quatro Potências:
a primeira Grande Loja de 1717, mais tarde
denomina da, pejorativamente, Os Modernos;
a Grande Loja de 1751, que se autodenominou
Os Antigos;
a Grande Loja da Irlanda, de 1725; e
a Grande Loja da Escócia, de 1736.
5
Bernard Jones, Freemasons, Guide and Compendium, Harrap, Londres,
revised edition,1988.
11
Os Irmãos da Grande Loja dos Antigos diziam-se herdeiros
da Maçonaria imemorial que as Antigas Obrigações
situavam na cidade de York medieval!
Pelo menos, pode-se dizer sem susto a seu respeito que
eles tinham voltado às práticas anteriores às modificações
introduzidas em 1730 e estavam em consonância com as
Grandes Lojas da Irlanda e da Escócia.
Quase sessenta anos depois, a turma do “deixa disso”,
para conveniência da Coroa, resolveu juntar as duas
Grandes Lojas rivais. Para aplainar as diferenças, a Loja de
Promulgação foi criada pelos Modernos, em 1809, para
examinar do ritual dos Antigos e preparar a união.
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Conseqüentemente, o Rito modificado para permitir a
união nós apelidamos de Rito Inglês Moderno, ainda que,
espertamente, a Grande Loja Unido da Inglaterra não o
tenha batizado...
Para explicar que coisa é qual, essa nomenclatura ajuda
muito.
Entretanto, pergunte a noventa por cento dos Maçons
brasileiros e eles vão dizer que o Rito Inglês é o mais
antigo de todos. Tolice. E bota tolice nisto. Porque, em
1797, o ritualista americano Thomas Smith Webb
organizou e deu forma final ao Rito das Blue Lodges6 em
seu Monitor — isto doze anos antes da tal Loja de
Promulgação. Fica mais do que esclarecido que a primazia
está neste lado do Atlântico, você concorda?
Em Freemasonry Universal, Kent Henderson e Tony Pope
comentam sobre isso. Dizem eles:
“Na verdade, o ritual americano é mais antigo que o ritual
inglês atualmente em uso. Boa parte do ritual inglês foi
estandardizado por ocasião da união das Grandes Lojas
rivais, Antigos e Modernos, em 1813. Esta padronização,
ou amálgama, dos dois rituais significou que parte do
conteúdo de ambos foram perdidas no processo. O ritual
americano, em contrapartida, conserva muito deste
conteúdo que se perdeu para os ingleses. Está fora de
dúvida que o ritual americano originou-se do ritual
trabalhado na Inglaterra, Irlanda e Escócia.”
6
As Lojas Simbólicas americanas são chamadas de Blue Lodges, assim
como as inglesas são chamadas de Craft Lodges.
13
14
Harry Carr,
Carr um dos mais notáveis escritores maçônicos
ingleses, tece comentários sobre os rituais americanos:
“Há diversos rituais Simbólicos diferentes nos Estados
Unidos, apresentando apenas mínimas variações e, de um
modo geral, bem similar ao nosso na Inglaterra. Entretanto,
curiosamente, o visitante [ dizer, visitante inglês] que
conhece seu ritual vai achar que a versão americana
parece estranhamente fora de moda, repetitiva e, de certa
forma, com mais conteúdo do que a nossa.
Surpreendentemente, isto é verdade; embora os
americanos tenham recebido seu ritual da Grã-Bretanha, o
ritual deles, de fato, é mais antigo do que o nosso [...];”
15
16
Alhos por bugalhos
Porém, onde, no Brasil, começou esta confusão de dar o
nome de “York” ao ritual Emulação?
Quem desatou este nó górdio foi o Irmão Joaquim da Silva
Pires7 notável historiador maçônico, que encontrou as
respostas ao pesquisar as fontes primárias.
Em 1863, aconteceu uma cisão no Grande Oriente do
Brasil, causada pelo Irm. Saldanha Marinho,
Marinho que deu
origem a um Grande Oriente, conhecido como dos
Beneditinos, por situar-se na rua de mesmo nome.
Àquela época, existiam três Lojas no novo Rito inglês [ pós-
1813], só que subordinadas à Grande Loja Unida da
Inglaterra: Orphan, St. John e Southern Cross.
Por sua vez, o Grande Oriente dos Beneditinos consegui ra
apoio da Grande Loja de Wisconsin para trabalhar no ritual
das Blue Lodges e fundara três Lojas: a Vésper, no Rio, a
Washington, em Santa Bárbara d’Oeste, São Paulo, e a
Lessing, no Rio Grande do Sul.
Em 1880, o GOB conseguiu o reconhecimento da Grande
Loja Unida da Inglaterra, mas demorou até 1891 para ter
sua primeira Loja no Rito Inglês Moderno, a Eureka. Em
janeiro de 1883, o Grande Oriente dos Beneditinos
retornou ao seio do GOB. Entre as Lojas que foram
incorporadas, estavam a Washington e a Lessing (a Vésper
havia adormecido). Foi aí que se estabeleceu a confusão.
Os “entendidos” entraram em ação e concluíram:
(a) as Lojas trabalhavam em inglês; (b) ingleses e
americanos falam o mesmo idioma (embora os ingleses
discordem disto...); e (c) York é uma cidade da Inglaterra.
7
Joaquim da Silva Pires, O Inominado Rito Inglês, in Engenho & Arte
N° 13 de 2004.
17
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Vai daí que... ora, raciocinaram eles — cada um dos
burocratas maçônicos — do alto de sua sabedoria:
— Eu acho que deve ser tudo farinha do mesmo saco!
Assim, simplesmente baseados naquele famigerado “eu
acho”, carimbaram o rótulo “York” no saco de todas as
farinhas que falavam inglês...
O mais gozado é que a Grande Loja Unida da Inglaterra
jamais chamou seu Rito de “York”, Mas ratificou a burrada
tupiniquim quando, ao firmar o tratado com o GOB, foi
estabelecido, com sua bênção, o Grand Council of Craft
Masonry in Brazil (Grande Conselho da Maçonaria
Simbólica no Brasil), traduzido no GOB como Grande
Capítulo do Rito de York.
Só que não era nem Capítulo nem Rito de York!
8
Os Conselhos Crípticos passaram a fazer parte dos Altos Graus do Rito de
York na década de 1870, com a formação do General Grand Council, hoje
internacional.
19
o Rito Escocês, englobando as Lojas de Perfeição9 os
Capítulos Rosa Cruzes, os Conselhos Kadosch e os
Consistórios. Esta divisão permitiu que a Maçonaria
americana crescesse de tal forma harmoniosa que, grosso
modo, pode-se dizer que, no mundo, dois entre cada três
Maçons são americanos.
E, temos o orgulho de dizer, a Maçonaria brasileira é a
terceira maior do mundo. Veja no Apêndice os números da
Maçonaria regular no mundo. Eles estão baseados na
publicação 2010 List of Lodges, referência obrigatória,
aceita internacionalmente, publicada há décadas pela
empresa Pantagraph Printing & Stationery.
A chegada dos Ritos ao Brasil
Como os Maçons mais atualizados sabem, seis Ritos eram
trabalhados no Brasil.
O primeiro Rito a ser trabalhado no Brasil foi o
Adonhiramita,
Adonhiramita segundo Kurt Prober, na Loja União ou
Reunião, na Praia Grande (Niterói), em 1800 ou 1801.
Havia surgido na França com a publicação de Le Recueil
Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite, de Louis
Guiliemain de Saint-Victor, em 1781.
O segundo Rito foi o Francês ou Moderno,
Moderno criado também
na França, na segunda metade do século XIX, e adotado
pelo Grande Oriente de França. Foi o Rito adotado pelo
Grande Oriente Brasílico quando de sua fundação, em 17
de junho de 1822.
O terceiro Rito, Escocês Antigo e Aceito,
Aceito chegou ao Brasil
em 1829, adotado pela Loja Educação e Moral, da qual
9
Interessante é que, bem antes da fundação do primeiro Supremo Conselho
em Charleston, Thomas Sinith Webb comenta sobre os Graus Inefáveis em
seu Monitor e enaltece o valor deles, recomendando que os Irmãos
americanos os conhecessem.
20
faziam parte Joaquim Gonçalves Ledo e João Paulo dos
Santos Barreto.
Barreto Foi uma evolução da Maçonaria tradicional
da época de Carlos II, que migrou para a França após a
morte dele, quando seu irmão, James II, foi de posto do
trono inglês, sua família e partidários.
O quarto Rito a chegar entre nós foi o Inglês Moderno,
Moderno com
a fundação da Orphan Lodge (subordinada a Londres) em
1837, no Rio de Janeiro, já trabalhando no Rito que surgira
da união das duas Grandes Lojas em 1813.
O quinto Rito, Schroeder,
Schroeder foi trazido por imigrantes ale
mães e suíços para Santa Catarina, em 1855, sendo a Loja
Deutsche Freundschaf (Amizade Alemã) a primeira do Rito,
que havia sido criado pelo respeitado ator alemão Ludwig
Schrõder,
Schrõder em 1807, baseado também no Rito Inglês
Antigo.
O sexto Rito, Brasileiro, nasceu em 1914 por decreto do
Grão-Mestre Lauro Sodré. Adormecido por algum tempo, a
partir de 1968 ressurgiu. Sob o Grande Primaz Nei
Inocêncio dos Santos,
Santos tornou-se o segundo mais numeroso
no Grande Oriente do Brasil.
Agora, finalmente, depois de quase um século e meio,
ressurge o sétimo Rito, o Inglês Antigo,
Antigo o legítimo Rito de
York.
York Digo ressurge porque, como vimos, ele foi trabalhado
pelas Lojas sob o Grande Oriente dos Beneditinos, em
meados do século XIX. Desde 2008, algumas Lojas
esparsas, com a devida permissão de Potências regulares
brasileiras, já o trabalhavam. Entretanto, agora, chega em
sua forma definitiva, em tradução e edição ilustrada, uma
colaboração dos Corpos dos Altos Graus do Rito de York,
que trabalham no Brasil desde 1993.
O mais importante de tudo é que o Rito de York chega sem
provocar rivalidades estéreis, em respeito e harmonia com
os demais Ritos que dão à Maçonaria Brasileira esse
21
caráter multifacetado. Sempre dizemos que aquilo que
caiu em desuso em um Rito é enfatizado em outro. E, por
isto, quando você conhece um novo Rito, o seu próprio fica
melhor explicado e mais interessante.
22
O ritual do York em portug
português
O retorno dos Graus Simbólicos do Rito de York ao Brasil
começou com a Loja Phoenix n° 30, da cidade de Cacoal,
jurisdicionada à Grande Loja Maçônica do Estado de
Rondônia. Seguiram-se outras Lojas pioneiras, de diversas
jurisdições e Obediências, como a Cavaleiros do Sol nº42
(Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba), Cavaleiros
de York n° 31 (Grande Loja Maçônica do Estado do Rio
Grande do Norte) e 7 de Junho nº29 (Grande Oriente
Independente do Rio Grande do Norte).
Imagino o sacrifício dos Irmãos abnegados que realizaram
tal proeza. Mas, para conseguir a aceitação do Rito de York
em larga escala, teríamos que pensar grande.
Imagine se cada Potência tivesse que ter o trabalho de
traduzir, editar, diagramar, ilustrar, revisar e publicar rituais
para os três Graus Simbólicos, o mínimo necessário para
introduzir um novo Rito. Seria absurdamente trabalhoso
para as grandes e dificílimo, quase impossível para as
menores.
Foi por este motivo que os Corpos dos Altos Graus do Rito
de York tomaram a si a tarefa de produzir os rituais do Rito
para os Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom,
tendo como base o ritual da Grande Loja do Estado de
Nova York, mantido na sua íntegra, porém devidamente
adaptado às condições brasileiras e com os gráficos
explicativos necessários.
Foi uma tarefa árdua de uma equipe extremamente
dedicada, um trabalho que tomou um ano e meio
tradução, revisão e ilustração.
23
Premissas para nossa tradução
Como vimos, apesar de cinqüenta Grandes Lojas, cada
qual com seu ritual, as diferenças entre são mínimas. O
relacionamento estreito com a Maçonaria americana nos
facilitou a obtenção de rituais originais, em especial os da
Grande Loja do Estado de Nova York, graças à intervenção
do Irm. Ted Harrison,
Harrison na época o Oficial do General Grand
Chapter responsável por toda América Lati na, que se
tornou um grande amigo do Brasil.
A tradução dos rituais foi uma responsabilidade enorme.
Não foi só uma questão de troca de idiomas. Havia todo
um contexto que tinha que ser entendido. Os rituais
estavam cifrados e o inglês era arcaico. Também não
aconteceram “atualizações” nem “achismos”. A
mensagem, em essência e forma, é patrimônio de uma
época que merece ser preservado em forma e essência.
Quando nos predispusemos à tradução, estávamos
conscientes de que lidávamos com um verdadeiro Túnel do
Tempo, que merecia respeito e fidelidade. Traçamos,
então, uma linha mestra, seguida à risca pela equipe,
composta por Maçons do Real Arco, que reproduzo abaixo:
25
Os Irmãos que contribuíram para este trabalho entende
ram e concordaram que devemos usar os nossos costumes
latino-americanos. Jamais daria certo aqui entre nós
trabalhar exclusivamente no 3º Grau, como passou a fazer,
por necessidade, a Maçonaria americana. Lá, só é Maçom
quem chega ao Grau de Mestre, o que contraria as
constituições das Potências brasileiras, em que o Aprendiz,
que já paga capitação, é considerado Maçom.
O sucesso que tivemos com o Real Arco se deveu, em boa
parte, porque seguimos os usos e costumes brasileiros,
desdobrando os rituais de modo que os Graus fossem
seqüenciais. E não houve qualquer problema de aprovação
com os americanos.
O Compromisso
Compromisso de Fidelidade
Um dos aspectos mais tocantes do ritual americano é o
Pledge of Allegiance to the Flag, isto é, o Compromisso de
Fidelidade à Bandeira. Em todas as sessões, o Maçom
americano renova seu compromisso patriótico, jurando
fidelidade à bandeira do seu país, todos em coro com o Sn
de Respeito — que, por isto, também é chamado de Sn de
Fidelidade.
No espírito do Rito de York, nós o incorporamos ao ritual,
buscando, para isto, os versos imortais que o Príncipe dos
Poetas, Olavo Bilac,
Bilac colocou em seu Hino à Bandeira:
— Juro lealdade ao Brasil e fidelidade à sua bandeira. Que
sobre nós, “nos momentos de festa ou de dor, paire sempre
a Sagrada Bandeira, pavilhão da justiça e do amor”.
A Cerimônia do Lápis
Na realidade, esta parte não figura no ritual da Grande Loja
de Nova York, mas sim no da Grande Loja do Texas. Mas
por seu impacto inegável decidimos incorporá-la ao ritual,
como opcional. Aparentemente, trata-se de inculcar na
26
mente do Candidato a observância do segredo maçônico.
Porém é muito mais profunda; ela demonstra que
Maçonaria é uma questão de atitude, de fidelidade aos
compromissos, aos juramentos e, acima de tudo, à palavra
empenhada. Inesquecível.
Nossa responsabilidade
Imensa, com certeza, foi a carga nos ombros deste grupo
que busca integrar o legítimo Rito de York na Maçonaria
Brasileira, ao mesmo tempo que aclara um erro engessado
há décadas.
Foi-nos dada uma oportunidade raríssima, como tiveram
Joaquim Gonçalves Ledo, Januário da Cunha Barbosa e os
fundadores do Grande Oriente Brasílico, em 1821, com a
introdução do Rito Moderno. Também a teve João Paulo
dos Santos Barreto,
Barreto em 1829, ao criar da primeira Loja do
REAA com carta do Grande Oriente de França. A última
implantação de sucesso ocorreu quando Lauro Sodré e
seus correligionários, em 1914, implantaram o Rito
Brasileiro.
Mas as oportunidades serão imensas, também, desde que
nos lembremos de que temos um universo maçônico rico e
peculiar. Devemos ter o bom senso de integrar o Rito
dentro das condições existentes e dentro do respeito que
nos merecem os demais Ritos, O Supremo Grande Capítulo
de Maçons do Real Arco no Brasil marcou profundamente
a Maçonaria de nosso país, ao receber irmãos das três
Potências e dos seis Ritos regulares brasileiros. Fora o
primeiro Corpo Maçônico a fazê-lo.
Permita-me, meu Irmão, deixar o registro, para seu
reconhecimento, dos membros da equipe, sem menção
dos altos cargos que eventualmente ocupam:
Christian Flores Maldonado, Christian Farias Santos, Marcio
Silva Miglievich Guimaràes, Viadimir Gatti, Angelo
Angelo Maurin
27
Cortez, Jacques Vogel, Maurício Cláudio de Albuquerque,
Roberto Luiz Dias Florêncio, Antônio Gouveia Medeiros
Gerson Rastos de Queiroz.
28
“Marketing Maçônico"
Só conhecemos três leis imutáveis: a da gravidade, a da
oferta e da procura e a do menor esforço. Nas demais,
vivem mexendo, Nestas três, ainda estou para ver!
Assim os rituais traduzidos foram apresentados aos Grão-
mestres das Potências regulares brasileiras. Cada um
recebeu um kit e a carta que transcrevo abaixo:
Prezado Grão-Mestre:
Os exemplares que fazemos chegar às suas mãos
representam a culmiriância de um árduo trabalho de
muitos meses para traduzir, revisar, diagrarnar e ilustrar
os rituais dos Graus Simbólicos do Rito de York (Rito
Inglês Antigo), tal como tra balhados nas Blue Lodges
americanas. Foi realizado por irmãos que não pouparam
esforços para conservar rigorosa- mente sua essência,
porém levando em consideração as condições brasileiras
e adequando-os para que pudessem ser trabalhados
entre nós.
Procuramos evitar que a introdução de um novo Rito
trouxes se transtornos às Obediências, sem provocar
dúvidas entre os Irmãos ou a despesas proibitivas
resultantes da confecção de rituais. Por isto, para evitar
as dúvidas, os rituais apresentam gráficos e ilustrações
coloridas. E, para evitar despesas des necessárias, já
imprimftnos os rituais dos três Graus Simbóli cos do Rito
de York e os disponibilizamos para as Obe diências
regulares brasileiras, exclusivamente através dos Grão-
Mestres, oferecendo-lhes a possibilidade de adquirir
qualquer quantidade desejada por um preço razoável.
Assim sendo, confirmando nossas informações:
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1. Para sua segurança, os rituais dos três Graus Simbólicos —
Aprendiz, Companheiro e Mestre — estão devidamente
registrados no Escritório de Direitos Autorais da Fundação
Biblioteca Nacional, Ministério de Educação e Cultura;
2. Os rituais impressos e o cobridor serão entregues na
Obediência, aos cuidados pessoais do Grão-Mestre;
3. Para o caso de desejarem imprimir localmente os rituais,
esta remessa inclui um CD contendo arquivos eletrônicos
em POF dos rituais e do cobridor, qT apresenta também
um his tórico do Rito;
4. Os rituais foram impressos em gráfica tradicional, perten
cente a uma família de Irmãos e Companheiros, o que
permi tiu impressão e acabamento esmerados, mas
também econo mia de escala pela quantidade impressa;
5. Como dissemos antes, as Obediências poderão adquirir
qualquer quantidade desejada de rituais, não havendo
número mínimo ou máximo para aquisição;
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6. Desta forma, esperamos que o legítimo Dito de York, o
mais antigo e menos alterado dos Ritos em vigor no
mundo, possa ser trabalhado em sua Obediência sem que
cause transtornos ou obrigue a desembolso desnecessário.
Sensibilidade histórica
Agora, você pode avaliar o que significam estes novos
rituais para a Maçonaria Brasileira, a terceira maior do
mundo, em que conviviam seis Ritos regulares e, agora,
passa a trabalhar com sete. Acrescentei um Apêndice com
informações sobre a Maçonaria no mundo para que você
possa avaliar nossa importância.
Isto, meu Irmão, que você está testemunhando, é História.
Como foi História a chegada anterior de cada um dos
outros Ritos ao Brasil.
Infelizmente, nós, brasileiros, nem sempre damos o devido
valor à História. Mas bem poderíamos aprender com um
Irmão nosso, Winston Churchill
Churchill. A sensibilidade dele
permitiu que cunhasse frases que sintetizaram momentos
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deram ânimo a seu povo na segunda guerra mundial e
imortalizaram o sacrifício dos ingleses:
“Não é com retiradas que se ganham guerras”, após a
retirada de Dunquerque, quando o povo inglês comemora
va o resgate de mais de 300 mil soldados das garras dos
nazistas nas praias de Dunquerque.
“Nada tenho a oferecer-lhes a não ser sangue suor e
lágrimas”, quando assumiu o cargo de Primeiro Ministro.
“Nunca, no campo do conflito humano, tanto foi devido por
tantos a tão poucos”, quando a Grã-Bretanha foi salva da
Luftwaffe pelos pilotos da Royal Air Force.
Este poder de síntese imortalizou o homem e o momento
épico para sempre. Como dissemos, tanto um Rito que
chega quanto um erro secular que se corrige são História,
meu Irmão. Só pedimos sua sensibilidade para apreciar
algo que não ocorre no Brasil desde 1914, quando o Rito
Brasileiro foi introduzido.
Afinal, a terceira maior Maçonaria do mundo (confira no
Apêndice!) precisa ter noção de que a História é feita a
cada dia.
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Apêndices
Maçonaria em Números
Américas & Domínios Britânicos, para que você possa
avaliar a importância dos relativos segmentos.
Maçonaria Americana
Grandes Lojas
tradicionais & históricas
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Grandes Lojas Prince Hall
Algumas das Grandes Lojas
Prince Hall já são apresentadas
na 2010 list of Lodges Masonic: Ohio 4.674
California 4.200 Oaklahoma 6.000
Connecticut 1.500 Oregon 143
North Carolina 12.500 Pennsylvania 7.600
Rhode Island 280
Em freemasonry Universal, Tenessee 6.500
Henderson e Pape citam os
Estados onde há Grandes Lojas
Texas 10.201
ainda não constantes da List of Virginia 10.685
Lodges (dados de 1998): Washington 2.958
Alabama 30.822 West Virgínia 592
Arizona 313
Alem das Grandes Lojas
Arkansas 3.527 conhecidas, há outras Grandes
Delaware 800 Lojas nos Estados Unidos.
District of Columbia 5.100 Por exemplo, há 11 delas 6 em
Florida 6.500 12 na Califórnia, 7 na Geórgia, 9
Illinois 5.125 na Louisiana e nada menos do
que 18 em Nova York!
Indiana 2.100
Iowa 250 Eis os nomes de algumas,
Kansas 1.392 presentes em muitos Estados
Kentucky 2.400 americanos:
Louisiana 9.600
icing Solomon Grand Lodges
Maryland 4.762 St. John Grand Lodges
Masschussetts 1.287 Galden Cate GrandLodges
Mic 2.900 Eureka Grand Lodges
Minnesota 310 firam GrandLodges
Mississipi 17.910 internationai &ee and Modern
Masons Grand Lodges
Missouri 2.000 Gran Logia de Lengua Espcui ala
Nebraska 286 Alpha Grand Lodges
Nevada 153 M Ephraizn Grand Lodges
NewJersey 3.145 Mt. Nebo Grand Lodges
New Mexico 300 Omega Grand Lodges
Sons of Zenedee Grand Lodge
New York 6.500
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Maçonaria Britânica Maçonaria Brasileira
África do Sul 1.488 Grande Oriente do Brasil
Austrália Total de Membros 75.987
New S. Wales 13.000 Grandes Lojas (CMSB)
Queensland 9.600 Alagoas 450
South Australia and Amapá 308
Northern Territory 3.263 Amazonas 4.120
Tasmania 1.452 Bahia 8.192
Victoria 14.000 Distrito Federal 957
WesternAustralia 4.100 Ceará 13,761
Espírito Santo 6.420
Canadá Goiás 2.936
Alberta 7.302 Maranhão 1.190
British Columbia Mato Grosso 2.302
& Yukon 10.372 Mato Grosso Sul 2.282
Manitoba 2.679 Minas Gerais 9.003
New Brunswick 3648 Pará 2.054
Newfoundland Paraíba 1.616
& Labrador 2.097 Paraná 3.992
Nova Scotia 5340 Pernambuco 937
Canada (Ontario) 50.890 Piauí 1.257
Prince Edward Rio de Janeiro 5.100
Island 801 Rio Grande Norte 600
Quebec 4,441 Rio Grande do Sul 6.067
Saskatchewan 3.180 Rondônia 923
Roraima 350
Escócia* (1.075 lojas) Santa Catarina 2.900
inglaterra 243.688 São Paulo 20.080
India 18.414 Sergipe 328
Irlanda* (1,020 Lojas) Tocantins 686
Nova Zelândia 9.599
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Grandes Orientes Estaduais Maçonaria Sul-
Sul-Americana
(COMAB) Argentina 3.700
Alagoas 91 Bolívia 3.482
Amapá 95 Chile* (215 Lojas)
Bahia 199 Colombia* — diver. G. Lojas
Goiás 120 Total (82 Lojas)
Maranháo 340 Costa Rica 220
Mato Grosso 1.328 Cuba 29.110
Mato Grosso do Sul 931 El Salvador 265
Minas Gerais 4.973 Equador — diversas G. Lojas
Pará 50 Total (29 Lojas)
Paraíba 670 Guatemala 612
Paraná 3.312 Haili** (52 Lojas)
Pernambuco 670 Honduras* (12 Lojas)
Rio de Janeiro 783 México - diversas G. Lojas
Rio Grande Norte 740 Total aproximado 28.000
Rio Grande do Sul 7.910 Nicarágua 134
Santa Catarina 2.831 Panamá 418
São Paulo 7.901 Paraguai 1.780
Peru 5.000
Porto Rico 2.700
Repúb. Dominicana 720
Uruguai 4.300
Venezuela 4.750
* Onde o List ofLodges não recebeu o total de Membros
da Potência, relatamos o número de Lojas para
avaliação.
** o Grande Orient do Haiti declara 6,600 Membros em
52 Lojas, o que daria 127 Membros por Loja.
Fontes:
2010 List ofLodges Masonic, Pantagraph Printing &
Statio nery Co., Illinois, U.S.A.
Confederação Maçónica do Brasil — COMAB, 2010
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