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Adaptado pelo PROF. WENDELL DINIZ VARELA do material original das notas de
aula de:
PROF: REILA VARGAS VELASCO
PROF: VIVIAN KARLA C. B. L. M. BALTHAR
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ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
1. Introdução
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ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
vigas, por sua vez, servem de apoio às lajes e suportam as cargas provenientes das lajes,
peso próprio, alvenarias e quaisquer reações de apoio de outras vigas, transmitindo-as
aos pilares no seu ponto de contato. Os pilares recebem as ações das vigas que,
juntamente com seu peso próprio, são transferidas aos elementos de fundação. A
transferência das ações entre os elementos estruturais pode ser visualizada na Figura
1.2.
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ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
2. Introdução a Pilares
Os pilares são elementos estruturais que podem ser classificados conforme a sua função
estrutural e a sua forma geométrica. Com base no critério geométrico, os pilares são
classificados como elementos lineares de seções não delgadas, ou seja, elementos cujas
dimensões da seção transversal são da mesma ordem de grandeza e bem menores que o
comprimento longitudinal. Nessa classificação também estão incluídas as vigas. A
Figura 2.1 ilustra a geometria de um elemento linear de seção não delgada.
Com base no critério estrutural, segundo a NBR 6118 (2007), pilares são “elementos
lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de
compressão são preponderantes”. Diz-se que o pilar recebe ações predominantemente
de compressão, pois a carga principal atuante em uma edificação possui direção vertical,
embora outras ações possam introduzir solicitações transversais, como é o caso do
vento. Consideram-se ainda, por exemplo, solicitações provenientes de desaprumo do
pilar na fase construtiva, inexatidão da aplicação da carga no pilar com pequena
excentricidade e efeitos denominados de efeitos de segunda ordem, que serão
apresentados nas seções posteriores.
Os pilares, assim como qualquer elemento estrutural, devem ser posicionados de forma
a atender tanto o projeto arquitetônico como também a estabilidade da estrutura. Os
elementos estruturais devem ser arranjados para serem capazes de suportar tanto as
ações verticais quanto as ações horizontais, sem causar interferências excessivas no
arranjo arquitetônico, assim como nos demais elementos estruturais. Além disso, o
arranjo estrutural deve estar em harmonia também com os demais projetos que
englobam uma edificação, sejam eles, projeto de instalações elétricas, hidráulicas,
telefonia, ar condicionado, entre outros.
No que se refere a locação dos pilares algumas recomendações auxiliam na praticidade
de execução, redução de custos e na segurança estrutural. Os pilares básicos a serem
posicionados são nos cantos da edificação, cantos da escada e elevadores, e cruzamento
de vigas principais. Procura-se manter um alinhamento entre os pilares com o objetivo
de gerar pórticos que sejam resistentes às solicitações oriundas de ações horizontais. A
distribuição dos pilares, juntamente com os demais elementos estruturais, deve ser de tal
forma a conduzir uma transferência de carga desde as lajes até as fundações, a mais
direta possível, evitando sempre que possível o apoio de pilares em vigas. Em algumas
situações esta recomendação não é atendida, principalmente no que diz respeito ao
posicionamento de pilares em áreas de garagens, que deve ser compatível às áreas de
manobras, porém não sendo compatível com o pavimento tipo. Nesse caso, é necessária
a utilização de um elemento de transição (vigas de transição) para a transferência de
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CORTE
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PLANTA
CORTE
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(a) (b)
Figura 2.6 – Pilar: (a) ações atuantes e (b) deslocamento sob ação horizontal (MARINS
et al, 2000)
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(a) (b)
Figura 2.10 – Classificação da estrutura quanto a sua rigidez:
(a) estrutura contraventada e (b) estrutura não contraventada. (Fusco, 1995)
Com relação aos efeitos de 2ª ordem pode-se dizer então que uma estrutura é dita como
estrutura de nós fixos quando os efeitos globais de 2ª ordem são desprezados, sendo
considerados somente os efeitos locais de 2ª ordem. E uma estrutura é dita como
estrutura de nós móveis quando são considerados tanto os efeitos globais quanto locais
de 2ª ordem. Diz-se que os esforços provenientes dos efeitos globais de 2ª ordem são
desprezados quando seus valores são inferiores a 10% dos esforços dos efeitos de 1ª
ordem. A rigor, toda estrutura é deslocável, porém para simplificação da análise a
estrutura é dividida em estrutura de nós fixos e estrutura de nós móveis.
Existem dois parâmetros que definem a estrutura sendo de nós fixos ou nós móveis, os
quais auxiliam, por sua vez, na análise estrutural com relação à consideração dos efeitos
globais de 2ª ordem. O primeiro é chamado de parâmetro de instabilidade α e o segundo
parâmetro é chamado de coeficiente γz.
O parâmetro de instabilidade α é dado pela seguinte expressão:
N
α = H.
EI
onde:
H = altura total da edificação a partir do topo da fundação ou de um nível pouco
deslocável do subsolo;
N = somatório das cargas verticais atuantes na estrutura, a partir do nível considerado;
EI = somatório dos valores de rigidez de todos os pilares na direção considerada.
Para que a estrutura seja do tipo de nós fixos, ou seja, para que os efeitos globais de 2ª
ordem possam ser desprezados, é necessário que o parâmetro de instabilidade α seja
menor que o coeficiente α1 (α < α1). O coeficiente α1 é determinado em função do
número de andares (n) acima do nível analisado, sendo calculado da seguinte forma:
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onde:
∆Md = soma dos produtos das forças verticais atuantes na estrutura pelos deslocamentos
horizontais no ponto de aplicação considerado;
M1d = soma dos momentos (momentos de cálculo) das forças horizontais, em relação à
base da estrutura.
Para que a estrutura seja do tipo de nós fixos, ou seja, para que os efeitos globais de 2ª
ordem possam ser desprezados, é necessário que coeficiente γz seja menor ou igual a 1,1
(γz≤ 1,1).
Informações sobre o parâmetro de instabilidade α e o coeficiente γz foram dadas a
título de conhecimento, uma vez que a disciplina está focada em estruturas de nós
fixos. Considerando, portanto, o foco da estrutura em estrutura de nós fixos, os
efeitos globais de 2ª ordem são desprezados. Tem-se, portanto o cálculo dos efeitos de
1ª ordem e os efeitos locais de 2ª ordem. Os efeitos de 1ª ordem, ou as excentricidades
de 1ª ordem a serem consideradas em um projeto estrutural são as seguintes:
excentricidade inicial, excentricidade acidental, excentricidade de forma e
excentricidade suplementar. A consideração de cada uma no cálculo estrutural é
dependente do posicionamento do pilar em planta e de sua classificação do pilar quanto
à esbeltez. A dispensa da análise dos efeitos locais de 2ª ordem poderá ou não acontecer
a depender da classificação do pilar quanto à sua esbeltez. Tem-se portanto a
classificação dos pilares quanto ao seu posicionamento em planta e quanto à sua
esbeltez.
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Compressão centrada
Flexão composta normal
Flexão composta oblíqua
Quanto à esbeltez, os pilares podem ser classificados como pilares curtos (ou robustos),
pilares medianamente esbeltos (ou de esbeltez média), pilares esbeltos e pilares muito
esbeltos. A classificação é dada de acordo com o índice de esbeltez (λ) que é comparado
ao índice de esbeltez limite (λ1). Dessa forma, tem-se:
a) Pilares curtos: λ ≤ λ1;
b) Pilares medianamente esbeltos: λ1 < λ ≤ 90;
c) Pilares esbeltos: 90 < λ ≤ 140;
d) Pilares muito esbeltos: 140 < λ ≤ 200.
Não é admitido, por norma, pilar com índice de esbeltez superior a 200.
O ponto de aplicação de uma força normal em um pilar pode ser no seu centro
geométrico ou a uma certa distância desse centro. Dessa forma, o pilar pode estar sujeito
tanto a compressão centrada como flexão composta. A distância do ponto de aplicação
da carga até o centro geométrico do elemento é definido como excentricidade. As
excentricidades existem por diversas causas, sendo divididas em excentricidade inicial,
excentricidade acidental, excentricidade de forma, excentricidade suplementar e
excentricidade de segunda ordem.
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Nas estruturas de edifícios existe um monolitismo nas ligações entre viga e pilar e por
isso os pilares estão submetidos a um momento fletor inicial, o qual é representado por
uma dada força de compressão que atua a uma distância do centro geométrico do pilar.
Essa distância é denominada como excentricidade inicial (ei). A excentricidade inicial
ocorre nos pilares de extremidade e nos pilares de canto. Em pilares centrais a norma
permite desconsiderar a transmissão de momentos a esses tipos de pilares. A
excentricidade inicial é independente da esbeltez do pilar e pode ocorrer em uma única
direção (x ou y) ou em ambas. A Figura 2.15 ilustra a ocorrência da excentricidade
inicial nas direções x ou y (caso de pilares de extremidade) e a excentricidade inicial nas
direções x e y, simultaneamente (caso de pilares de canto).
(a) (b)
Figura 2.15 – Excentricidade inicial: (a) em pilares de extremidade e
(b) em pilares de canto.
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Os efeitos locais de 2ª ordem podem ser desprezados sempre que o índice de esbeltez
(λ) for inferior ao índice de esbeltez limite (λ1), ou seja, λ<λ1.
O índice de esbeltez é dado pela seguinte expressão:
l
λ= e
i
onde:
le = comprimento de flambagem;
i = raio de giração da seção de concreto.
E sabe-se que:
I
i=
A
onde:
I = momento de inércia da seção de concreto;
A = área da seção transversal de concreto.
O índice de esbeltez limite (λ1) é dado pela seguinte expressão:
e
25 + 12,5 1
λ1 = h
αb , tendo-se que 35 ≤ λ1 ≤ 90
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onde:
e1 = excentricidade de 1ª ordem, admitindo-se a excentricidade mínima (e1min) dada por
e1min=0,015+0,03h;
h = dimensão do pilar na direção considerada;
αb = parâmetro dependente das condições de vinculação nas extremidades do pilar e do
carregamento atuante (na disciplina adotaremos αb = 1 e λ1 =35).
A Tabela 2.1 apresenta um resumo dos tipos de excentricidades (1ª ordem e 2ª ordem) e
suas aplicações em função da classificação do pilar quanto ao seu posicionamento em
planta e quanto à sua esbeltez.
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3. Dimensionamento de pilares
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q = carga acidental.
A carga referente à alvenaria pode ser estimada relacionando-a aos valores da área de
influência. Assim, tem-se:
A ≤ 25m 2 → g = 5kN / m 2
i a
2 2 2
Se 25m < Ai ≤ 36m → g a = 7kN / m Para pé-direito = 2,75m
2 2
Ai > 36m → g a = 10kN / m
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Para edifícios residenciais usuais, a ação na área de influência pode ser adotada como
um valor entre 8 kN/m2 e 12 kN/m2.
c) Ação total no pilar (esforço normal estimado no pilar - Nest)
As ações em cada pilar, no andar em que for necessário fazer o pré-dimensionamento,
são dadas multiplicando-se a ação por unidade de área de cada andar (ação na área de
influência) pela área de influência e pelo número de pavimentos acima do andar em
análise. Tem-se, portanto:
Nest = n.PAi.Ai
onde:
Nest = esforço normal no pilar;
n = número de pavimentos acima do tramo do pilar para o qual se pretende fazer o pré-
dimensionamento;
PAi = ação na área de influência;
Ai = área de influência.
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l = pé-direito;
x = uma das dimensões do pilar.
De posse de uma das dimensões do pilar, calcula-se o valor da segunda dimensão do
pilar da seguinte forma:
Areq
y=
x
onde:
x e y = dimensões do pilar;
Areq = área requerida de concreto.
Segundo a norma NBR 6118/2007, a seção transversal de um pilar não deve apresentar
área inferior a 360cm2 e dimensão menor que 19 cm. Estas recomendações garantem um
desempenho adequado aos pilares e minimizam a probabilidade de desvios e falhas na
construção que ocorrem em maior frequência em elementos de dimensões muito
pequenas. Entretanto, em casos especiais, permite-se a consideração de pilares com
dimensões inferiores a 19 cm (12 a 19 cm), desde que no dimensionamento, as ações
sejam multiplicadas por um coeficiente adicional, dependente da dimensão adotada.
Esse coeficiente, portanto, é um coeficiente de ajuste que considera a probabilidade de
ocorrências de desvios significativos na construção. O coeficiente adicional (γn) é dado
em função da seguinte expressão:
λn = 1,95 − 0,05b
onde:
b = menor dimensão da seção transversal.
A Tabela 3.2 apresenta os valores do coeficiente adicional em função da menor
dimensão do pilar.
Tabela 3.2 – Valores do coeficiente adicional γn.
b (cm) >19 18 17 16 15 14 13 12
Assumindo “b” como a menor dimensão da seção transversal e “h” como a maior
dimensão da seção transversal, todas as recomendações para pilares são válidas desde
que a maior dimensão do pilar seja inferior a cinco vezes a menor dimensão do pilar
(h≤5b). Caso contrário o elemento em análise deve ser tratado não como pilar, mas sim
como pilar parede.
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l + h
le ≤ 0
l 1
onde:
l0 = distância entre as faces internas dos elementos estruturais que concorrem no pilar;
h = dimensão do pilar na direção considerada;
l1 = distância entre os eixos dos elementos estruturais que concorrem no pilar (l1 = l0 +
hVS/2 + hVI/2).
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sendo:
h = a dimensão do pilar na direção considerada, em metros.
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5mm
φt ≥ φl
4
c) Cálculo da relação d’/h
A Figura 3.4 ilustra a variável d’ dada pela distância entre o centro de gravidade
da armadura longitudinal até a face externa do elemento. Tem-se, portanto:
φl
d ' = cobrimento + φt +
2
onde:
φt = diâmetro da barra transversal (estribo);
φl = diâmetro da barra longitudinal;
cobrimento = dado por norma, a depender da classe de agressividade ambiental;
h = dimensão do pilar na direção considerada.
d’
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onde:
ω = parâmetro obtido com o auxílio dos ábacos;
Ac = área de concreto (área da seção transversal do pilar);
fcd = resistência à compressão de cálculo do concreto (fcd=fck/1,4);
fyd = resistência de cálculo do aço (fyd=fyk/1,15);
Determinando-se a área de aço da armadura longitudinal, devem-se verificar as
armaduras mínima e máxima conforme mostram as expressões seguintes:
Nd
As, min = 0,15. ≥ 0,4%.Ac As, max = 8%. Ac
f yd e
Área
0,20 0,32 0,50 0,80 1,25 2,00 3,15 4,90
(cm2)
20cm
st ≤ menor
menordim ensãodopil
dimensão ar
do pilar
12φ
l
Os espaçamentos entre barras utilizados na prática das construções são os seguintes: 5,0
cm; 7,5 cm; 10 cm; 12,5 cm; 15 cm; 17,5 cm e 20 cm.
b) Espaçamento entre barras longitudinais (s)
O espaçamento entre as barras longitudinais é dado conforme a seguinte expressão:
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s ' − φl
s=
n −1
onde:
s’= maior dimensão do pilar – 2(cobrimento+φt);
φl = diâmetro da barra longitudinal;
n = número de barras por face do pilar.
Determinado o espaçamento entre as barras, devem ser verificados os espaçamentos
mínimo e máximo entre barras.
Como espaçamento mínimo (smin), tem-se que:
smin = amin + 2φl
Tendo-se ainda que o valor de amin deve igual ou superior ao maior dos valores obtidos
na condição abaixo.
20mm
a min ≥ φl
1,2.d
max agregado
onde:
dmax agregado = diâmetro máximo do agregado, adotado no curso igual a 19 mm.
E como espaçamento máximo (smax), tem-se que:
2.menor
menordim ensãodopil
dimensão ar
do pilar
smax ≤
40cm
3.6 Proteção contra a flambagem
Na proteção contra a flambagem verifica-se a necessidade do uso de estribos
suplementares, que podem ser grampos ou estribos poligonais. Os estribos poligonais
garantem contra a flambagem as barras longitudinais posicionadas em suas quinas e
àquelas situadas no máximo à distância 20.φt do canto, se nesse trecho não houver mais
de 2 barras, excluindo a barra da quina. Caso haja barras fora desse trecho (20.φt), ou
mais de 2 barras nesse trecho, faz-se necessário o uso de estribos suplementares. A
Figura 3.5 e a Figura 3.6 ilustram, respectivamente, a condição necessária para
verificação da proteção contra a flambagem e os ganchos e estribos suplementares que
podem ser adicionados no combate de tal fenômeno.
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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Exemplo 1)
Verificar a classificação do pilar com relação à esbeltez
y
Y = 30 x
x = 40
³ ²
i . . = 0,288y
√
³
i ; I
³
i . . = 0,288x
√
Assim:
Ix=0,288y=0,288.0,30=0,0864m
Iy = 0,288x = 0,288.0,40 = 0,1152m
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λx< 35
Consideração da seção em x = robusta
17,36 < 35
Direção y:
λy= = 23,15
!,!+,-
e1y=0,015 ( 0,03. h
e1y =0,015 ( 0,03.0,3 0,024m
λy < 35
Consideração da seção em y = robusta
23,15 < 35
Exemplo 2)
Estimar a seção transversal de um pilar considerando os seguintes dados:
fck = 25MPa
pé direito (l) = 3,0m
Ação total no pilar (N) = 2600 kN
Resolução:
/0 /
fcd =
1
A3 4 0
10
"!!!
fcd = ,-
17857,14KN/m²
2600 .1,4
A3 0,2038m² 2038cm² 9 360:;²
17857,14
Fazendo a consideração de pilar robusto λ =35
=,!
λ λ !,++ ; 35 !,++ ; x 0,297m 29,7cm
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Exemplo 3)
Pré dimensionar o pilar em destaque (P10) para a seção ao nível das fundações, em um
edifício com 14 pavimentos e carregamento na área de influência igual a 8 kN/m² .
l=3m
3m
P10 3m
3m
6m 6m 6m
Resolução:
• Área de influência (Ai)
Ai = 6 . 3 = 18m²
• Ação total no pilar
N = n . P. Ai = 14 . 8 . 18 = 2016 kN
• Área de concreto
/? 43A "!!!
A3 4 ; f3? ,-
,-
17857,14 kN/m²
10
2016 .1,4
A3 0,158m² 1580cm C 0,036m² 360cm
17857,14
AEFG x. y
AEFG 0,158
y 0,52m 9 0,19;
x 0,3
Pilar 30cm x 55cm
y<5x
55 < (5.30 = 150)
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Exemplo 4)
Dimensionar o pilar abaixo, considerando-o como pilar intermediário. (Determinar
esforços e armação)
Considerar: N=1800 kN;
le = 2,8m;
fck= 25MPa;
Aço CA50
x
hY = 30cm
hx = 50cm
Resolução:
a) Índice de esbeltez
+!
λx= 19,4
!,++H !,++ . "!
+!
λy= 32,4
!,++H !,++ . =!
Tem – se:
λx=19,4 < 35 Pilar robusto
λ y =32,4 < 35
b) Cálculo de excentricidades
Adotar e1 da direção com maior índice de esbeltez (λ). Portanto, adotar e1y.
ea = e1y = 0,024m
• Esforço normal de cálculo (Nd)
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d) Cálculo da Armadura
• Armadura longitudinal (Øl)
I
10mm ≤ Øl ≤
+
=!!
10mm ≤ Øl ≤ + = 37,5mm
Adotado 20mm Øl = 20mm
?K
• Relação H
Adotar cnom = 2,5cm (25mm)
Øl
d’ ( Øt ( c OPQ
2
20
d’ ( 5 ( 25 40QQ 4cm
2
?K -
Sendo hy = 30cm H
=! 0,13 ~ 0,15 (ábaco 3)
• Parâmetros ν e µ
ν 3/?
. 43?
"!
!,= . !," .
RSSS
"!
,V+,"V
0,94
T,U
Md 60,48 60,48
µ 0,075
Ac . h . fcd 0,3 . 0,5 . 0,3 . "!!! 803,57
,-
ν=0,94
µ = 0,075 ω = 0,25
• Área de Aço
25000
1,4
fcd
As w. Ac . 0,25 .30.50 .
500000
15,4cm²
fyd 1,15
Nd
A[QO 0,15 . C 0,4% Ac
fyd
2520
A[QO 0,15 . 50 8,7cm2
1,15
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0,4
A[QO 0,4% Ac .30 . 50 6cm²
100
• Armação longitudinal
1 φ 20mm = 3,14 cm²; nbarras = 7,70/3,14 = 2,45 3 barras, ou seja, 3 Ø20mm / face
Ver tabela anexa. Entrando com a dimensão de 50cm e φ = 20mm, tem-se:
Número mínimo de barras por face: 3
Número máximo de barras por face: 10
Como foram encontradas 3 barras por face, OK! (nmin ≤ nbarras ≤ nmax)
3Ø20
Ø 5 C. 20
3Ø20
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ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
Exemplo 5)
Dimensionar a armadura do pilar mostrado na figura abaixo, sendo conhecidos:
N K = 785,7 kN y
Seção 20x50
l ex = l ey =280cm h y = 20cm x
f ck =20MP a
Aço CA50 h x =50cm
Resolução:
a) Índice de Esbeltez
λx = 0,288
l ex
h
=
280
0,288.50
=19,4
x
lex 280
λy = = =48,6
0,288hy 0,288.20
Desse modo:
λx =19,4 < 35. Seção em x: robusto, logo, não são considerados os efeitos de 2ª
ordem na direção x (e2x = 0).
λ y =48,4 > 35. Seção em y: esbelto. Logo, são considerados efeitos de 2ª ordem
na direção y (e2y ≠ 0).
Na direção x:
e 1x =0,015+0,03h x = 0,015+0,03.0,5 = 0,030m
Na direção y:
M dy = (e 1 y + e 2 ). N d
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le2 0,005 Nd
e2 = . ; ν=
10 (ν + 0,5).hy Ac . f cd
1099,98 1099,98
ν= = = 0,77
20000 1428,57
0,2.0,5.
1,4
c) Cálculo da Armação
• Estimativa do φ da armadura longitudinal( φl )
b
10mm ≤ φl ≤ 10mm ≤ φl ≤ 25mm
8
200
10mm ≤ φl ≤ = 25 adotar φl =16mm
8
• Estimativa do φ da armadura transversal ( φt )
φt ≥ 5mm φt = 5mm
φt 16
= = 4mm
4 4
Adotar cobrimento 2,5cm
Na direção x:
d' d ' 38
Relação = = 0,076 ≅ 0,10 (ábaco 2)
hx hx 50
1,6
d’= 2,5 + 0,5 + = 3,8cm
2
Nd 1099,98
ν= = =0,77
Ac . f cd 0,2.0,5. 2000
1,4
ω = 0,05
Md 32,99
µ= = = 0,046
Ac .h. f cd 0,2.0,5.0,5. 20000
1,4
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20000
f cd 1,4
As= ω . Ac. = 0,05 . 20 . 50 . = 1,64cm²
f yd 500000
1,15
Nd
A Smín = 0,15. ≥ 0,4% . A c
f yd
1099,98 0,4
A Smín = 0,15. ≥ . 20 . 50
50 100
1,15
= 3,79 ≥ 4 A Smín = 4cm²
8
A Smáx = 8% . A c = . 20. 50 = 80cm²
100
A adotada = 4cm²
Na direção y:
d ' 3,8
Relação = = 0,19 ≅ 0,20 (ábaco 4)
hy 20
Nd
ν= =0,77
Ac . f cd
ω = 0,38
Md 40,04
µ= = = 0,140
Ac .h. f cd 0,2.0,5.0,2. 20000
1,4
20000
f cd 1,4
As= ω . Ac. = 0,38. 20 . 50 . = 12,48cm²
f yd 500000
1,15
Nd
A Smín = 0,15. ≥ 0,4% . A c A Smín = 4cm²
f yd
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ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
• Armadura longitudinal
As 12,48
= = 6,24cm²/face 1 φ 16 = 2cm², 6,24/2 = 3,12 4 φ 16/face
2 2
Ver tabela anexa. Entrando com a dimensão de 50cm e φ = 16mm, tem-se:
Número mínimo de barras por face: 3
Número máximo de barras por face: 10
Como foram encontradas 3 barras por face, OK! (nmin ≤ nbarras ≤ nmax)
• Armadura transversal(st)
Ver tabela anexa. Entrando com a dimensão de 20cm e φ = 16mm, tem-se:
Estribos = φ 5mm c 17,5cm
Ø 5 C. 17,5
4Ø16
Ø 5 C. 17,5
4Ø16
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EXEMPLO PROPOSTO
DIMENSIONAMENTO DE PILAR INTERMEDIÁRIO
(ROBUSTO E MEDIANAMENTE ESBELTO)
1. Objetivo:
Fazer o dimensionamento do pilar intermediário P6, considerando-o como pilar curto
(primeira parte do exercício) e como pilar medianamente esbelto (segunda parte do
exercício). O pilar está apresentado na planta de fôrmas da prancha 01. Adotar aço CA-
50, concreto com fck = 25 MPa, edifício com 08 pavimentos, pé-direito de 4,1 m,
espessuras das vigas de 15 cm, espessura das lajes de 9 cm.
2. Etapas
1) Cálculo do pré-dimensionamento;
2) Cálculo do carregamento no pilar;
3) Determinação dos momentos fletores
4) Cálculo da área de aço e armação;
5) Cálculo e verificação dos espaçamentos;
6) Verificação de proteção contra a flambagem.
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PROJETO ESTRUTURAL
(Pavimento Tipo)
3) Solução
3.1) PILAR INTERMEDIÁRIO CURTO (P6)
1) Pré-dimensionamento:
a) Cálculo da área de influência;
b) Cálculo do carregamento atuante na área de influência (PAi);
c) Esforço normal estimado no pilar (Nest);
d) Cálculo da área de concreto para a seção do pilar (Ac);
e) Determinação das dimensões do pilar (x e y);
f) Verificação do pilar quanto à esbeltez.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Notas:
1. Quando entrar com o valor da menor dimensão do pilar, obtém-se o
dimensionamento dos estribos (diâmetro e espaçamento).
2. Quando entrar com o valor da maior dimensão do pilar, obtêm-se os números
mínimo e máximo de barras em uma face do pilar.
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Notas:
1. Quando entrar com o valor da menor dimensão do pilar, obtém-se o
dimensionamento dos estribos (diâmetro e espaçamento).
2. Quando entrar com o valor da maior dimensão do pilar, obtêm-se os números
mínimo e máximo de barras em uma face do pilar.
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