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TRATAMENTO DE
EFLUENTES
INDUSTRIAIS E
DOMÉSTICOS

José Geraldo Vieira


Químico
Especialista Eng. Ambiental
MSc Saneamento Urbano

CONCEITOS IMPORTANTES

Efluentes são geralmente produtos líquidos ou


gasosos produzidos por indústrias ou resultante
dos esgotos domésticos urbanos, que são
lançados no meio ambiente.

A palavra efluente significa aquele que flui, então


é qualquer líquido ou gás gerado nas diversas
atividades humanas e que são descartados na
natureza ou reutilizados (reuso).

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PRINCIPAIS FONTES:

provenientes de banheiros
EFLUENTES
DOMÉSTICOS provenientes de cozinhas
provenientes de lavagens de
pavimentos domésticos

resultantes de processos
EFLUENTES de fabricação de produtos
INDUSTRIAIS
lavagens de veículos

CONCEITOS IMPORTANTES

Esgoto são águas provenientes de banho,


limpeza de roupas, louças ou descarga do vaso
sanitário. Dependendo do uso, há distintas
denominações. Os resíduos provenientes das
residências formam os esgotos domésticos, os
formados no processo de fábricas recebem o
nome de esgotos industriais e as águas das
chuvas são denominados pluviais e não podem
ser lançados na rede de esgoto.

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CONCEITOS IMPORTANTES

Águas residuais é o termo usado para


as águas que, após a utilização humana,
apresentam as suas características naturais
alteradas. Conforme o uso predominante:
comercial, industrial ou doméstico essas águas
apresentarão características diferentes e são
genericamente designadas de esgoto.

CONCEITOS IMPORTANTES

Adsorção é a fixação de moléculas de uma


substância na superfície de outra.

Absorção é o fenômeno em que a solução é


envolvida por uma substância absorvente.

Dessorção é um fenômeno pelo qual uma


substância é liberada através de uma superfície.

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CONCEITOS IMPORTANTES

A adsorção ou dessorção combinada à


sedimentação de sólidos resulta na remoção de
constituintes, que de outra forma, poderiam não
sofrer degradação.

USOS DA ÁGUA E GERAÇÃO DE ESGOTOS

Abastecimento Doméstico
Impurezas Esgotos
Água potável + devido ao uso = domésticos

Abastecimento Industrial
Água consumo Impurezas Efluentes
industrial + devido ao uso = Industriais

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PROCESSOS DE TRATAMENTO DE
EFLUENTES

Tratamento de águas residuárias são processos


artificiais de depuração, remoção de poluentes e
adequação dos parâmetros das águas residuárias,
de modo a torná-la própria para lançamento e
disposição final, visando preservar as condições e
padrões de qualidade dos corpos d’água
receptores.

PROCESSOS DE TRATAMENTO DE
EFLUENTES

Os processos de tratamento de águas residuárias


são classificados em dois tipos: físico-químicos e
biológicos.

Processos físico-químicos: Os processos físicos


e químicos estão interrelacionados sendo
geralmente chamados de físico-químicos.

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PROCESSOS DE TRATAMENTO DE
EFLUENTES

Processos físicos: São processos de tratamento


de efluentes em que se aplicam fenômenos de
natureza física, tais como: gradeamento,
peneiramento, sedimentação, floculação, flotação,
decantação, filtração, osmose reversa,
resfriamento, etc.

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PROCESSOS DE TRATAMENTO DE
EFLUENTES

Processos químicos: São processos de


tratamento de efluentes em que são conseguidos
através da aplicação de produtos químicos ou de
reações e interações químicas, tais como:
coagulação, correção de pH (neutralização),
equalização (homogeneização), precipitação,
oxidação, redução, adsorção, troca iônica,
eletrodiálise, desinfecção, etc.

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PROCESSOS DE TRATAMENTO DE
EFLUENTES

Processos biológicos: São processos de


tratamento de efluentes em que são conseguidos
através de atividades biológicas ou bioquímicas.
Os processos biológicos podem ser aeróbios ou
anaeróbios, tais como: lodos ativados, lagoas de
estabilização, lagoas aeradas, filtros biológicos,
biodiscos, reatores anaeróbios, reatores aeróbios,
etc.

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POLUIÇÃO DAS ÁGUAS x


CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS

Poluição das águas é a alteração das


propriedades físicas, químicas e biológicas das
águas, que possa importar em prejuízo à saúde, à
segurança e ao bem-estar das populações e ainda
comprometer a sua utilização para fins agrícolas,
industriais, comerciais, recreativos e,
principalmente, a existência normal da fauna
aquática.
Fonte: Dicionário de Direito Ambiental

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POLUIÇÃO DAS ÁGUAS x


CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS

Contaminação das águas é a introdução, no meio


aquático, de agentes que afetam negativamente
o ecossistema, provocando alterações na
estrutura e funcionamento das comunidades.

Fonte: Dicionário de Direito Ambiental

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ÁGUA POLUIDA ÁGUA CONTAMINADA


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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
PARA LANÇAMENTO DE
EFLUENTES

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LICENÇA DE OPERAÇÃO - LO

 É a licença que autoriza o funcionamento da


atividade mediante o cumprimento integral das
exigências técnicas contidas na licença de
instalação.

 Na Licença de Operação emitida pelo órgão


ambiental estadual (IPAAM) contém restrições em
seu verso que devem ser cumpridas para que não
haja nenhum tipo de impedimento no momento da
renovação da mesma.

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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL: HISTÓRICO

 Decreto 23.777 de 23.01.1934: Primeiro


documento legal a nível federal que dispunha
sobre o lançamento de resíduo industrial das
usinas açucareiras em águas fluviais.
– Este Decreto permitia o lançamento do efluente in
natura nos rios principais, longe das margens, em
lugar fundo e correntoso. Na impossibilidade, a usina
era obrigada a adotar tanques de depuração para
então lançar os resíduos em pequenos cursos
d’água.

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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL: HISTÓRICO


 Decreto 24.643 de 10.07.1934: Promulgou-se o
Código das Águas, com o objetivo de dotar o
país de uma legislação adequada que
permitisse ao Poder Público controlar e
incentivar o aproveitamento industrial das
águas.

 Lei 5.318 de 26.09.1967: Política Nacional do


Saneamento, que trata do abastecimento de
águas, fluoretação, destino dos dejetos,
drenagens, controle de poluição, inundações e
erosões. 30

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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL: HISTÓRICO

 Decreto-Lei 1.413 de 14.08.1975, Decreto-Lei


76.389 de 03.10.1975 e Decreto 81.107 de
22.12. 1977: Controle da poluição do meio
ambiente provocado por atividades industriais.

 Portaria GM/nº 0013 de 15.01.1976: Estabelece


a classificação das águas interiores do
Território Nacional.

 Lei 6.938 de 31.08.1981: Dispõe sobre a


Política Nacional do Meio Ambiente.
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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL: HISTÓRICO

 Resolução CONAMA 020/1986: Dispõe sobre a


classificação da águas doces, salobras e salinas
do território nacional.

 Lei 9.433 de 1997: Promulgou-se a Política


Nacional de Recursos Hídricos (Lei das Águas)
e Sistema Nacional de Recursos Hídricos.

 Lei 9.605 de 12.02.1998: Lei de Crimes


Ambientais.

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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL: HISTÓRICO

 Lei 9.984 de 2000: Dispõe sobre a criação da


Agência Nacional das Águas - ANA.

 Resolução CONAMA 396/2008: Dispõe sobre a


classificação e diretrizes ambientais para o
enquadramento das águas subterrâneas.

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LEGISLAÇÃO RELATIVA AO
LANÇAMENTO DE EFLUENTES

 Resolução CONAMA Nº 357 de 17.03.2005 –


Classificação dos corpos d’água e lançamento
de efluente

 Resolução CONAMA Nº 397 de 03.04.2008 -


Altera o inciso II do § 4º e a Tabela X do § 5º,
ambos do art. 34 da Resolução do CONAMA Nº
357/2005.

 Resolução CONAMA Nº 274 de 29.11.2000 –


Balneabilidade das águas
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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

A Resolução nº 430, de 13 de Maio de 2011, dispõe


sobre os parâmetros, condições, padrões e
diretrizes para gestão do lançamento de efluentes
em corpos de águas receptores.

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

A Resolução nº 430/2011 alterou parcialmente e


complementou a Resolução nº 357/2005, a qual
“dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais
para o enquadramento dos corpos de águas
superficiais, bem como estabelece as condições e
padrões de lançamento de efluentes”.

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

A Resolução nº 430/2011 é composta de 4 capítulos


e 32 artigos, sendo:

Capitulo I - Definições;
Capítulo II – Condições e padrões de lançamento
de efluentes (dividido em 3 seções);
Capitulo III – Diretrizes para Gestão de Efluentes;
Capitulo IV – Disposições finais.

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

Art. 1o Esta Resolução dispõe sobre condições,


parâmetros, padrões e diretrizes para gestão
do lançamento de efluentes em corpos de água
receptores, alterando parcialmente e
complementando a Resolução n 357 do o

Conselho Nacional do Meio Ambiente


(CONAMA).

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

Parágrafo único. O lançamento indireto de


efluentes no corpo receptor deverá observar o
disposto nesta Resolução quando verificada a
inexistência de legislação ou normas
específicas, disposições do órgão ambiental
competente, bem como diretrizes da operadora
dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto
sanitário.

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

Art. 3o Os efluentes de qualquer fonte poluidora


somente poderão ser lançados diretamente nos
corpos receptores após o devido tratamento e
desde que obedeçam às condições, padrões e
exigências dispostos nesta Resolução e em
outras normas aplicáveis.

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

Das Condições e Padrões de Lançamento


de Efluentes (industriais)

Art. 16. Os efluentes de qualquer fonte


poluidora somente poderão ser lançados
diretamente no corpo receptor desde que
obedeçam as condições e padrões previstos
neste artigo, resguardadas outras exigências
cabíveis:

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011


 pH: entre 5 a 9
 Temperatura: inferior a 40°C
 Materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste
de 1 hora em cone Inmhoff
 Óleos e graxas:
 1. óleos minerais: até 20 mg/L
 2. óleos vegetais e gorduras animais: até 50 mg/L
 ausência de materiais flutuantes
 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5dias
a 20°C): remoção mínima de 60% de DBO.

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

 Padrões de lançamento de efluentes:

PARÂMETROS INORGÂNICOS VALORES MÁXIMOS


Arsênio total 0,5 mg/L As
Bário total 5,0 mg/L Ba
Boro total (excluindo o lançamento 5,0 mg/L B
em águas salinas)
Cádmio total 0,2 mg/L Cd
Chumbo total 0,5 mg/L Pb

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

 Padrões de lançamento de efluentes:

PARÂMETROS INORGÂNICOS VALORES MÁXIMOS


Cianeto total 1,0 mg/L CN
Cianeto livre (destilável por ácidos 0,2 mg/L CN
fracos)
Cobre dissolvido 1,0 mg/L Cu
Cromo hexavalente 0,1 mg/L Cr+6
Cromo trivalente 1,0 mg/L Cr+3

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

 Padrões de lançamento de efluentes:

PARÂMETROS INORGÂNICOS VALORES MÁXIMOS


Estanho total 4,0 mg/L Sn
Ferro dissolvido 15,0 mg/L Fe
Fluoreto total 10,0 mg/L F
Manganês dissolvido 1,0 mg/L Mn
Mercúrio total 0,01 mg/L Hg
Níquel total 2,0 mg/L Ni

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

 Padrões de lançamento de efluentes:

PARÂMETROS INORGÂNICOS VALORES MÁXIMOS


Nitrogênio amoniacal total 20,0 mg/L N
Prata total 0,1 mg/L Ag
Selênio total 0,30 mg/L Se
Sulfeto 1,0 mg/L S
Zinco total 5,0 mg/L Zn

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011


 Padrões de lançamento de efluentes:

PARÂMETROS ORGÂNICOS VALORES MÁXIMOS


Benzeno 1,2 mg/L
Clorofórmio 1,0 mg/L
Dicloroeteno (somatório de 1,1 + 1,0 mg/L
1,2cis + 1,2 trans)
Estireno 0,07 mg/L
Etilbenzeno 0,84 mg/L

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

 Padrões de lançamento de efluentes:

PARÂMETROS ORGÂNICOS VALORES MÁXIMOS


Fenóis totais (substâncias que 0,5 mg/L C6H5OH
reagem com 4-aminoantipirina)
Tetracloreto de carbono 1,0 mg/L
Tricloroeteno 1,0 mg/L
Tolueno 1,2 mg/L
Xileno 1,6 mg/L

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

Das Condições e Padrões para Efluentes de


Sistemas de Tratamento de Esgotos
Sanitários

Art. 21. Para o lançamento direto de efluentes


oriundos de sistemas de tratamento de esgotos
sanitários deverão ser obedecidas as seguintes
condições e padrões específicos:

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

 pH: entre 5 a 9
 Temperatura: inferior a 40°C
 Materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste
de 1 hora em cone Inmhoff
 Substâncias solúveis em hexano (óleos e
graxas): até 100 mg/L
 ausência de materiais flutuantes
 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5dias
a 20°C): máximo de 120 mg/L, ou remoção
mínima de 60% de DBO.
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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

§ 1o As condições e padrões de lançamento


relacionados na Seção II, art. 16, incisos I e II
desta Resolução, poderão ser aplicáveis aos
sistemas de tratamento de esgotos sanitários, a
critério do órgão ambiental competente, em
função das características locais, não sendo
exigível o padrão de nitrogênio amoniacal total.

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

 Diretrizes para gestão de efluentes:

Art. 24. Os responsáveis pelas fontes


poluidoras dos recursos hídricos deverão
realizar o automonitoramento para controle e
acompanhamento periódico dos efluentes
lançados nos corpos receptores, com base em
amostragem representativa dos mesmos.

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

 Diretrizes para gestão de efluentes:

Art. 27. As fontes potencial ou efetivamente


poluidoras dos recursos hídricos deverão
buscar práticas de gestão de efluentes com
vistas ao uso eficiente da água, à aplicação de
técnicas para redução da geração e melhoria
da qualidade de efluentes gerados e, sempre
que possível e adequado, proceder à
reutilização.

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011

 Diretrizes para gestão de efluentes:

Art. 28. O responsável por fonte potencial ou


efetivamente poluidora dos recursos hídricos
deve apresentar ao órgão ambiental
competente, até o dia 31 de março de cada
ano, Declaração de Carga Poluidora, referente
ao ano anterior.

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PROGRAMA DE AMOSTRAGENS

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PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

OBJETIVO:

O objetivo da amostragem e das análises não é


a obtenção de informações sobre alíquotas em
si, geralmente constituídas de pequenas frações,
mas sim a caracterização espacial e temporal do
efluente e do corpo d’água amostrado.

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PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
A definição do programa de coleta de amostras
exige a consideração de algumas variáveis
como:
• Conhecimento dos objetivos da amostragem
• Conhecimento pleno da fonte geradora de
efluentes
• Definição das fontes de geração a serem
amostradas
• Definição do tipo de amostragem,
periodicidade e frequência das amostras.
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PROCEDIMENTO DE COLETA
EM ESTAÇÕES DE TRATAMENTO

Os locais de amostragem para o controle das


condições de operacionalidade e atendimento às
legislações da estação de tratamento de efluentes
devem ser escolhidos no decorrer do processo
(entrada, saída, decantador, etc.).

Para a seleção correta dos pontos de amostragem é


preciso considerar o tempo de detenção do efluente
tratado e a necessidade da empresa e órgão
ambiental.

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SUSTENTABILIDADE

Dentre os diversos conceitos de sustentabilidade


podemos simplificar como sendo: Consumir produtos
sem correr o risco de esgotar os recursos naturais
dos quais eles são provenientes.

Dessa forma se esconde a complexidade que é o


inicio de todos os conflitos (sociais, econômicos e
políticos).

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SUSTENTABILIDADE

Para entender a afirmativa, faz-se necessário o


estabelecimento de algumas premissas que de
acordo com a norma NBR ISO 14001, produto é bem
de consumo e serviço:

 Todos os recursos naturais são consumidos,


visando a geração de produtos;
 Todos os produtos são consumidos para atender
necessidades e desejos dos seres humanos;

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SUSTENTABILIDADE

O atendimento das necessidades visa a


manutenção da vida dos indivíduos (pilar
ambiental da sustentabilidade) e o atendimento
dos desejos visa a manutenção de uma qualidade
de vida (pilar social);
 A economia (pilar econômico) entra neste sistema
como sendo a estrutura que viabiliza a produção,
distribuição e consumo dos produtos necessários
para uma manutenção da vida/qualidade de vida.

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SISTEMAS DE TRATAMENTO DE
EFLUENTES INDUSTRIAIS e
DOMÉSTICOS

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ENSAIOS DE PROJETO

 Definem métodos de tratamento e respectivos


parâmetros de projeto, indispensáveis para o
sucesso destes sistemas, não só sob o aspecto
técnico como também econômico.

 Os ensaios mais utilizados são:

 Ensaios Físicos (ensaios de sedimentação e ensaios de


desidratação do lodo)
 Ensaios Físico-Químicos (ensaios de coagulação e
floculação)
 Ensaios Biológicos (testes de toxicidade)

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ENSAIOS DE TRATABILIDADE

Objetivos do ensaio do Jar-Test

• Determinar as dosagens ótimas de reagentes


• Determinar o pH ótimo para floculação
• Avaliar a geração de lodo
• Otimizar o consumo de reagentes

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Ensaio de Jar-Test (Fonte: Site Carollo)

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Ensaio de Jar-Test (Fonte: Própria)


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Ensaio de Jar-Test (Fonte: Própria)


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Ensaio de Jar-Test (Fonte: Própria)


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Ensaio de Jar-Test (Fonte: Própria)


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CARACTERIZAÇÃO DE DESPEJOS
E DEFINIÇÃO DE FONTES

A caracterização de despejos industriais e


domésticos em termos de vazão, constituintes
orgânicos e inorgânicos é básico para o controle e
segregação in plant, dimensionamento de
sistemas de tratamento, controle de processo e
lançamento de efluentes.

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DEFINIÇÃO DOS CONSTITUINTES


DOS EFLUENTES
 Matéria Orgânica
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20)
Demanda Química de Oxigênio (DQO)
Óleos e graxas

 Matéria Inorgânica
Compostos tóxicos (cianetos, fenóis)
Metais pesados (cromo, ferro, níquel, chumbo,
manganês, zinco, cádmio, mercúrio)
Sulfetos
Nitrogênio amoniacal, Nitratos e nitritos
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PARÂMETROS ORGÂNICOS

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20)

É a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a


matéria orgânica por decomposição microbiana aeróbia
para uma forma inorgânica estável.

Exemplo:
DBO5,20 = 2.000 mg/L
OD da água limpa de um rio = 7,0 mg/L
Necessidade de água para depurar a matéria orgânica lançada:
2.000  285 litros de água limpa
7,0

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PARÂMETROS ORGÂNICOS

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20)

Variáveis que estão sujeitas às análises de DBO5,20:

• Tempo de incubação e temperatura


• Nitrificação
• Aclimatização da amostra e da semente
• Ajuste de pH da amostra e da semente entre 6,5 a 7,5
• Toxicidade

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PARÂMETROS ORGÂNICOS
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20)
A quantidade de DBO5,20 é diretamente proporcional à
quantidade de matéria orgânica biodegradável e pode
ser carbonácea e nitrificada.
DBO carbonácea
M.O. + O2  CO2 + H2O + MODD + nutrientes (P, N-NH3)

M.O. – matéria orgânica


MODD – matéria orgânica de difícil degradação

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PARÂMETROS ORGÂNICOS
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20)
DBO nitrificada: ocorre em duas etapas

Primeira etapa:
bactérias

2NH3 + 3 O2 2NO2- + 2H+ + 2H2O


nitrossomas

Segunda etapa:
bactérias

2NO2- + O2 2NO3-
nitrobacter

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Análise de DBO – Método manométrico

 Princípio do método: uma amostra é colocada


em cada garrafa âmbar do aparelho. As
garrafas são colocadas no equipamento e
conectadas por suas tampas e os tubos de
vinil conectados no aparelho.

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Análise de DBO – Método manométrico

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Análise de DBO – Método da azida


sódica ou Winkler modificado

 Princípio do método: O oxigênio dissolvido


presente na amostra combina-se com o hidróxido
de manganês (Mn(OH)2) formando hidróxidos
mais altos, no qual a acidificação subseqüente na
presença de iodeto libera iodo em uma
quantidade equivalente ao oxigênio dissolvido
contido originalmente na amostra. O iodo liberado
é determinado por titulação com tiossulfato de
sódio.

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Frascos para determinação de DBO pelo método de Winkler modificado


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PARÂMETROS ORGÂNICOS

Demanda Química de Oxigênio (DQO)


1. Mede a quantidade de oxigênio necessária
para transformar, por oxidação, as matérias
orgânicas presentes na água do efluente.

2.Mede o oxigênio equivalente dos


constituintes de uma amostra que são
susceptíveis a oxidação de dicromato de
potássio em uma solução ácida.

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Equipamentos para digestão de amostras


antes da análise espectrofotométrica

Digestor para DQO 82

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Espectrofotômetro ultravioleta/visível UV/Vis 83

PARÂMETROS ORGÂNICOS
Comparação entre as demandas bioquímica e química de
oxigênio

DBO5,20 DQO
Parecida com processos Pouco parecida com
naturais processos naturais
Oxidação via Oxidação via reagentes
microorganismos químicos
Cinco dias de análise Rápida (máxima 3 horas)

Pouca repetibilidade Melhor repetibilidade

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PARÂMETROS ORGÂNICOS

Óleos e graxas
É a fração da matéria orgânica solúvel em n-hexano.
É determinado quantitativamente, através de partição
gravimétrica, um grupo de substâncias (ácidos graxos,
sabões, graxas, ceras, óleos) que são extraídos pelo
n-hexano e que não volatilizam durante a evaporação.
Nos esgotos domésticos, as fontes são óleos e
gorduras utilizados na cozinha.
Nos efluentes industriais, as principais fontes são os
derivados de petróleo.
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PARÂMETROS INORGÂNICOS
Compostos tóxicos

Cianetos: A toxidez dos cianetos aumenta com o


acréscimo de temperatura. Baixas concentrações
de oxigênio dissolvido também aumenta a toxidez
dos cianetos.
As fontes industriais de cianetos são a
galvanização, banhos para clarificação de metais,
refinação de ouro e prata, lavadores de gás para
processos piréticos (refinação, autoforno),
indústrias de plásticos.
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PARÂMETROS INORGÂNICOS

Compostos tóxicos

Fenóis totais: Os fenóis aparecem nas águas


naturais através dos despejos de efluentes
industriais. São responsáveis pela presença de
fenóis nas águas naturais as indústrias de
processamento da borracha, de colas e adesivos,
de resinas impregnantes, de componentes
elétricos (plásticos) e as siderúrgicas, entre outras.

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PARÂMETROS INORGÂNICOS

Metais pesados

Todos os metais podem ser solubilizados pela


água, podendo gerar danos à saúde em função da
quantidade ingerida, devido à sua toxicidade, ou
de seus potenciais carcinogênicos. Em geral,
metais tóxicos estão presentes em quantidades
diminutas no meio aquático por ação de
fenômenos naturais, mas podem ser despejados
em quantidades significativas por atividade
industrial.
88

44
2/17/2017

PARÂMETROS INORGÂNICOS

Sulfetos

O gás sulfídrico é tóxico, causa forte odor e sabor às


águas. É encontrado em pequenas concentrações em
águas de poços, em águas superficiais como
resultado da decomposição natural da matéria
orgânica por via anaeróbia ou por poluição causada
por despejos industriais de fábrica de papel, refinarias,
curtumes ou por despejos domésticos. A maior parte
dos sulfetos sendo agentes fortemente redutores são
responsáveis por uma demanda imediata de oxigênio
reduzindo o oxigênio dissolvido nas águas (efluentes).
89

PARÂMETROS INORGÂNICOS
Nitrogênio amoniacal

Os esgotos sanitários constituem em geral a principal


fonte. Alguns efluentes industriais também concorrem
para as descargas de nitrogênio amoniacal nas águas,
como algumas indústrias químicas, petroquímicas,
siderúrgicas, farmacêuticas, de conservas alimentícias,
matadouros, frigoríficos e curtumes.
A concentração de nitrogênio amoniacal é um importante
parâmetro de classificação das águas naturais, é
normalmente utilizado na constituição de índices de
qualidade das águas.

90

45
2/17/2017

PARÂMETROS INORGÂNICOS

Nitratos e nitritos

Os nitratos e nitritos quando encontrados em


grande concentração nas águas naturais indicam
poluição antiga, pois os nitratos e nitritos são os
produtos finais da oxidação do nitrogênio. Podem
causar problemas de ordem fisiológica, que é a
perda da capacidade de oxigenação no sangue
(metahemoglobina).

91

Parâmetros Biológicos
Coliformes termotolerantes

As bactérias do grupo coliforme são


consideradas os principais indicadores de
contaminação fecal. O grupo coliforme é formado
por um número de bactérias que inclui os
gêneros:
• Klebsiella
• Escherichia
• Serratia
• Erwenia
• Enterobactéria

92

46
2/17/2017

NÍVEIS DE TRATAMENTO

Tratamento Tratamento Tratamento


preliminar primário secundário

Tratamento
terciário ou
pós-
tratamento

93

NÍVEIS DE TRATAMENTO

Tratamento preliminar

Remove sólidos muito grosseiros, flutuantes


e material sedimentável, gordura e areia.
Os processos de tratamento preliminar são
os seguintes:
• Grades
• Desarenadores
• Caixas de retenção de óleo e gordura
• Peneiras

94

47
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96

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NÍVEIS DE TRATAMENTO
Tratamento primário

Remove matéria orgânica em suspensão e a


DBO5,20 é removida parcialmente. Os processos
de tratamento primário são os seguintes:
• Decantação primária ou simples
• Precipitação química com baixa eficiência
• Flotação
• Neutralização

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98

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2/17/2017

NÍVEIS DE TRATAMENTO
Tratamento secundário
Remove matéria orgânica dissolvida e em
suspensão. A DBO5,20 é removida quase que
totalmente. Dependendo do sistema adotado, as
eficiências de remoção são altas. Os processos
de tratamento secundário são os seguintes:
• Processos de lodos ativados
• Lagoas de estabilização
• Sistemas anaeróbios com alta eficiência
• Lagoas aeradas
• Precipitação química com alta eficiência
99

100

50
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NIVEIS DE TRATAMENTO
Tratamento terciário
Quando se pretende obter um efluente de alta
qualidade, ou a remoção de outras substâncias
contidas nas águas residuárias. Os processos
de tratamento terciário são os seguintes:
• Adsorção em carvão ativo
• Osmose inversa
• Eletrodiálise
• Troca iônica
• Filtros de areia
• Oxidação química
101

PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS E BIOLÓGICOS

PROCESSOS BIOLOGICOS
Gradeamento Desinfecção
Peneiramento Estação Biogás
Desarenação Lodos ativados
Separação de óleo e gordura Aeração
Estação elevatória Decantação
Reator anaeróbio Cloração
Reator aeróbio Lagoas aeradas
Aeração Lagoas de estabilização
Decantação

102

51
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GRADEAMENTO

As grades tem por


função remover sólidos
grosseiros capazes de
causar entupimentos e
aspecto desagradável.

São utilizadas grades


mecânicas ou de
limpeza manual.

103

PENEIRAMENTO

A finalidade é separar
sólidos com granulometria
superior à dimensão dos
furos da tela. Os sólidos
são retidos em função da
perda de carga na tela,
removidos continuamente
e recolhidos em
caçambas.

104

52
2/17/2017

DESARENAÇÃO
As caixas de areia são dispositivos destinados à remoção
de areia dos esgotos e efluentes, funcionam pelo princípio
de redução da velocidade do fluido e proporcionando a
separação da areia contida. Este tipo de dispositivo é
comumente encontrado em estações de tratamento de
esgotos.

105

SEPARAÇÃO DE ÓLEO E GORDURA

Ocorre por diferença de densidade, sendo


normalmente as frações oleosas mais leves
recolhidas na superfície. No caso de óleos ou borras
oleosas mais densas que a água, esses são
sedimentados e removidos por limpeza de fundo do
tanque.
106

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2/17/2017

Caixa retentora de gordura


107

Caixa retentora de gordura


108

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2/17/2017

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA

São unidades de
tratamento de esgoto
que contam com
bombas hidráulicas e
tanques que
aumentam a pressão
do líquido em um
sistema de captação
proveniente de
efluentes e esgotos.

109

SISTEMA ANAERÓBIO E AERÓBIO


Sistema Anaeróbios
É realizado até atingir carga orgânica reduzida, mas
que ainda é sensivelmente superior ao permitido para
lançamento em cursos d’água, sendo utilizado para pré-
tratamento, e para o tratamento final deve ser utilizado
um estágio aeróbio posterior.

Sistemas Aeróbios
O mesmo que tratamento por oxidação biológica, em
presença de oxigênio. Podendo atingir até 90% de
eficiência.

110

55
2/17/2017

SISTEMAS ANAERÓBIOS

Sistemas anaeróbios são adequados para


indústrias que geram efluentes sem grandes
variações em suas características (cervejarias
ou indústria de refrigerantes).
Em geral não atendem à legislação no que diz
respeito a remoção de carga orgânica.
Tem custo de implantação e operação inferiores
aos sistemas aeróbios.

111

SISTEMAS AERÓBIOS

Sistemas adequados a quase todos os tipos de


efluentes. Dentre os tipos de sistemas aeróbios
podemos citar:

• Lagoas aeradas
• Dispositivos de Lodos Ativados

112

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113

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115

Reator UASB

Região da
formação da
manta de lodo

58
2/17/2017

CARACTERÍSTICA DA ETAPA ANAERÓBIA


 Microorganismos (MOS) que não necessitam de ar
para sobreviver;
 Remoção de até 60% da carga orgânica existente no
efluente;
 No UASB (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente) a
estabilidade do sistema está baseada na manta de
lodo (formação biológica natural) que se forma na
região do separador trifásico e defletor de gases;
 Crescimento gradativo da colônia de MO até atingir
um pico de população, caindo posteriormente e se
mantendo a um patamar em seguida, conforme o
gráfico a seguir.
117

Os valores citados no gráfico acima têm efeito representativo e o


comportamento da curva varia de acordo com a característica do efluente.
118

59
2/17/2017

O UASB também é responsável pela formação de gases de origem


orgânica (biogás). Essa formação de gases é mais intensa na primeira
parte de estabilização da etapa tendendo a diminuir a quase zero após
esta estabilização. O gráfico a seguir ilustra a formação de gases na
etapa anaeróbia.

Os valores citados no gráfico acima têm efeito representativo e o


comportamento da curva varia de acordo com a característica do efluente. 119

Coletor de gases

Saída de gases.
Se o cliente quiser
prolongar esta
Aeróbio UASB
UASB tubulação para um
Aeróbio
ponto distante,
atenção apenas
para não sifonar a
rede.

Entrada de ar Saída de água tratada Entrada de esgoto

120

60
2/17/2017

Tratamento do biogás

121

CARACTERÍSTICA DA ETAPA ANAERÓBIA

Tempo de detenção hidráulica (TDH) da etapa


anaeróbia: 8 a 10 horas

O tempo de detenção é definido como o tempo


que o efluente leva para percorrer toda a etapa
anaeróbia. Este é essencial para o MO efetuar o
consumo da matéria orgânica.

61
2/17/2017

TANQUE DE AERAÇÃO

O tanque de aeração tem por objetivo receber os


efluentes a serem tratados e, através de uma massa
ativada de microorganismos mantidos em
suspensão, estabilizar o substrato (carga orgânica)
aerobicamente. A estabilização do substrato é obtida
pela remoção dos compostos orgânicos solúveis e
insolúveis do efluente e convertendo esse material
em uma massa floculenta de microorganismos
(lodo), que é passível de remoção em um
decantador.

123

CARACTERÍSTICAS DA ETAPA AERÓBIA


 O reator aeróbio é responsável pela oxidação do
restante da matéria orgânica proveniente do reator
anaeróbio.

 MOS necessitam de ar para sobreviver.

 A eficiência dessa etapa do tratamento é superior a


75% da remoção da DBO;

 Remoção da cor e do odor existente na água.

 Nesta etapa existem difusores de ar responsáveis pela


formação de microbolhas necessárias para a
manutenção da colônia de microorganismos aeróbios;

62
2/17/2017

 O ar é introduzido nos difusores de membrana através do


soprador de ar dimensionado conforme a vazão de projeto;

 No interior dessa etapa existe o meio suporte/filtrante (anel


Pall) com formato adequado para a fixação dos
microorganismos aeróbios, responsáveis pela depuração da
matéria orgânica;

CARACTERÍSTICAS DO DECANTADOR

 “Separação” das partículas sólidas em suspensão


que se desplacaram do meio suporte existente no
reator aeróbio;

 As partes principais do decantador são:


 tubo coletor de escuma;
 tubo coletor de sólidos sedimentados (air lift)
 calha vertedoura

 A remoção dos sólidos acumulados no decantador é


feita através do sistema de air lift, ou seja, o retorno
de lodo automático é realizado várias vezes ao dia;

63
2/17/2017

 O sistema de “air lift” é acionado em função da


programação do temporizador posicionado no interior do
painel de comando elétrico;

 A programação é feita conforme a necessidade e


modelo de cada equipamento para garantir que não
teremos arraste de sólidos no efluente final;

 Retorno de lodo automático: Quando acionado (time)


ocorre a abertura de uma válvula solenóide localizada
no interior do tanque aeróbio, promovendo o desvio do
ar do soprador realizando assim a operação de retorno
do lodo do decantador para o reator anaeróbio.

SISTEMA DE DESINFECÇÃO - CLORAÇÃO

Tanque de contato

Condulete galvanizado para passagem da


mangueira que dosará cloro no tanque de
contato

Entrada de água
Saída de água tratada – vem da ETE
desinfectada

Espera de condulete galvanizado

64
2/17/2017

LODOS ATIVADOS

É o método mais utilizado mundialmente para


remoção de carga orgânica dos efluentes.
Foi desenvolvido na Inglaterra por Arden e Lockett
em 1914 sendo composto basicamente por duas
unidades: tanque de aeração e decantador

129

LODOS ATIVADOS

EFLUENTE
TRATADO

EFLUENTE A
SER TRATADO
TANQUE DE AERAÇÃO
DECANTADOR

DESCARTE
RECIRCULAÇÃO DE LODO DE LODO

130

65
2/17/2017

Tanque de aeração

131

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
São sistemas de
tratamento biológico em
que a estabilização da
matéria orgânica é
realizada pela oxidação
bacteriológica (oxidação
aeróbia ou fermentação
anaeróbia) e/ou redução
fotossintética das algas.

132

66
2/17/2017

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
São lagoas construídas
de forma simples, onde
os esgotos entram em
uma extremidade e saem
na oposta. A matéria
orgânica, na forma de
sólidos em suspensão,
fica no fundo da lagoa,
formando um lodo que vai
aos poucos sendo
estabilizado.

133

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
Diversas variantes do sistema de lagoas de
estabilização
Costumam ser classificada em:
lagoas anaeróbias;
Lagoa facultativas;
Lagoas estritamente aeróbias;
Lagoas de maturação;
Lagoas de polimento;
Lagoas aeradas;
Lagoas com macrófitas

134

67
2/17/2017

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

O processo da lagoa de estabilização aeróbia se baseia


nos princípios da respiração e da fotossíntese: as algas
existentes no esgoto, na presença de luz, produzem
oxigênio que é liberado através da fotossíntese. Esse
oxigênio dissolvido (OD) é utilizado pelas bactérias
aeróbias (respiração) para se alimentarem da matéria
orgânica em suspensão e dissolvida presente no esgoto.
O resultado é a produção de sais minerais – alimento
das algas - e de gás carbônico (CO2).

135

LAGOAS AERADAS

É uma variante da lagoa de


estabilização, onde o suprimento de
oxigênio é realizado artificialmente por
dispositivos eletromecânicos, com a
finalidade de manter uma concentração
de oxigênio em toda massa liquida, afim
de promover as reações bioquímicas.
136

68
2/17/2017

PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS E BIOLÓGICOS

PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS
Gradeamento
Peneiramento
Separação de óleo e graxas
Coagulação
Floculação
Flotação
Decantação
Filtração
Cloração
Desaguamento do lodo:
Filtro prensa
Centrifugação

137

COAGULAÇÃO

Tem por função agregar os sólidos presentes no


efluentes, através da adição de agentes
coagulantes, de forma a facilitar sua separação. São
utilizados os seguintes produtos:

• Sulfato de alumínio
• Sulfato de ferro
• Cloreto férrico

138

69
2/17/2017

Coagulação

139

COAGULANTES PRIMÁRIOS E
FAIXAS DE pH

Coagulantes Faixa de pH
Sulfato de Alumínio 5–8
Sulfato Ferroso 8,5 – 11
Cloreto Férrico 5 - 11

140

70
2/17/2017

COAGULAÇÃO – SULFATO DE
ALUMÍNIO

• Reduz o pH dos efluentes


• Opera satisfatoriamente como agente
coagulante em pH´s superiores a 6.
• Em geral necessita ser operado em conjunto
com um agente alcalinizante (soda cáustica ou
cal hidratada).
• Fácil manuseio
• Pouco corrosivo
• Custo mais elevado que o cloreto férrico

141

COAGULAÇÃO – CLORETO
FÉRRICO

• Reduz o pH dos efluentes


• Opera satisfatoriamente como agente
coagulante em pH´s superiores a 4.
• Em geral necessita ser operado em conjunto
com um agente alcalinizante (soda cáustica ou
cal hidratada).
• Difícil manuseio
• Altamente corrosivo para metais e concreto
• Custo mais baixo que o sulfato de alumínio

142

71
2/17/2017

COAGULAÇÃO – CAL HIDRATADA


OU SODA CÁUSTICA

• São utilizados para conversão de metais em


hidróxidos insolúveis e passíveis de remoção
por separação de fases
• Utilizados como auxiliares de coagulação
(manutenção do pH ideal de coagulação)
• Utilizados para ajuste de pH

143

Reações de coagulação
Formação de gel hidróxido (insolúvel)

o Sulfato de alumínio com a alcalinidade natural


de bicarbonato de cálcio

Al2(SO4)3.18H2O + 3Ca(HCO3)2  3CaSO4 +


2Al(OH)3 + 6CO2 + 18H2O

o Sulfato de alumínio com a cal adicionada

Al2(SO4)3 . 18H2O + 3Ca(OH)2 → 3CaSO4 +


3Al(OH)3 + 18H2O
144

72
2/17/2017

Reações de coagulação
Formação de gel hidróxido (insolúvel)

o Cloreto férrico com a alcalinidade natural de


bicarbonato de cálcio:

2FeCl3 + 3Ca(HCO3)2  2Fe(OH)3 + 3CaCl2 +


6CO2

o Cloreto férrico com a cal adicionada

2FeCl3 + 3Ca(OH)2 → 2Fe(OH)3 + 3CaCl2


145

FLOCULAÇÃO

Tem por objetivo aumentar o tamanho dos flocos


formados na coagulação através da adição de
polímero e da agitação lenta do efluente.

146

73
2/17/2017

FLOCULAÇÃO
Floculação - Polímero

• Atua como um agente agregador dos flocos


• A utilização de polímeros incompatíveis com
os flocos prejudica a floculação

Floculação - Agitação lenta

• Provoca o contato entre os flocos e possibilita


que os mesmos se agreguem
• Deve ser previsto agitador com velocidade
ajustável.
147

PRECIPITAÇÃO QUÍMICA
Consiste em mudar a solubilidade e tornar insolúveis
algumas, ou todas, as substâncias dissolvidos numa
corrente liquida, alterando-se o equilíbrio químico, com
base na combinação de procedimentos:

• Adição de uma substância que reage quimicamente


com a substância em solução, formando um composto
insolúvel;
• Adição de compostos que reagem entre si formando
um precipitado, que irá arrastar ou adsorver a
substância a ser removida (co-precipitação);

148

74
2/17/2017

PRECIPITAÇÃO QUÍMICA
• Adição de uma substância que altera o equilíbrio de
solubilidade, de forma a não mais favorecer a
permanência da substância em solução; e
• Alteração da temperatura de um solução saturada ou
próxima à saturação, para diminuir a solubilidade da
substância presente.

As reações de precipitação mais comuns removem


espécies iônicas inorgânicas, principalmente íons
metálicos, de vários meios aquosos. Contudo, em
alguns casos, pode-se retirar também alguns compostos
orgânicos.
149

PROCESSOS USUAIS DE PRECIPITAÇÃO QUÍMICA

COMPOSTO COMPOSTOS pH PARA VANTAGEM DESVANTAGEM


QUIMICO REMOVIDOS PRECIPI-
UTILIZADO TAÇÃO
Hidróxido As, Cd, Cr (III), 9,4 Comumente Gera grande
de cálcio Cu, Fe, Mn, Ni, utilizado volume de lodo
Pb e Zn. Efetivo Interfere com
Eficiência de Econômico agentes
remoção: >99,0% O lodo é complexantes
para Cd, Cr, Cu, desidratado na
Pb e Fe facilmente estabilização
98,6% para o Zn da lama de
97,0% para o Ni hidróxidos
A lama não é
adequada para
recuperação
de metais
150

75
2/17/2017

PROCESSOS USUAIS DE PRECIPITAÇÃO QUÍMICA

COMPOSTO COMPOSTOS pH PARA VANTAGENS DESVANTA-


QUIMICO REMOVIDOS PRECIPI- GENS
UTILIZADO TAÇÃO
Hidróxido de As, Cd, Cr (III), Cu, 9,0 – 11,0 Gera um Mais caro que o
sódio (soda Fe, Mn, Ni, Pb, Zn e volume menor óxido de cálcio
cáustica) Ag. de lodo Requer
Eficiência de Excelente equipamentos de
remoção: >99,0% eficiência de grande porte para
para Cd, Cr, Pb, Ni, neutraliza-ção separação de
Zn e Fe O lodo é sólidos, porque o
98,0% para o Cu adequado material
76,0% para o Ag para precipitado é
recupera-ção muito fino
de metais

151

FLOTAÇÃO

Proporciona a separação
através da pequenas bolhas
de ar que se agregam ao
lodo.
Gera lodo com teor de
sólidos entre 3 e 4 %.
• Tempo de residência de
aproximadamente 15 min.
• Fácil operação
• Custo de implantação
superior ao decantador.

152

76
2/17/2017

DECANTAÇÃO

São empregados na
separação de sólidos
sedimentáveis contidos
no efluente.
Gera lodo com teor de
sólidos entre 0,6 a 1,5 %.
• Tempo de residência
de aproximadamente
2 horas
• Menor custo de
implantação
• Fácil operação

153

DESAGUAMENTO DO LODO –
FILTRO PRENSA

Equipamento para separação de sólidos - líquido


sob pressão positiva.

• Gera torta com teores de sólidos de


aproximadamente 35 %
• Necessita em geral de condicionamento do
lodo. Exceto para lodos provenientes de
tratamento que utilizam cal
• Difícil operação

154

77
2/17/2017

DESAGUAMENTO DO LODO –
FILTRO PRENSA

Filtro Manual

Filtro Automático

155

DESAGUAMENTO DO LODO -
CENTRIFUGAÇÃO

É o equipamento mais adequado na separação


de um líquido contendo sólidos em suspensão.
Essas unidades móveis de centrifugação
permitem fazer a remoção e adensamento de
lodo e sedimentos, no próprio local, sem
necessidade de obra estrutural.

156

78
2/17/2017

PROCESSOS UNITÁRIOS

• Remoção de sulfatos
• Remoção de sulfetos
• Remoção de sólidos
• Remoção de metais pesados
• Remoção de cromo hexavalente
• Remoção de óleos e graxas
• Remoção de fenóis totais
• Remoção de solventes
• Remoção de cianetos
• Ajuste de pH

157

REMOÇÃO DE SULFATOS

Dos processos conhecidos para remoção de


sulfato destaca-se a precipitação com Cloreto
de Bário que é um sistema eficiente, mas de
alto custo.

Recomenda-se avaliar qual a fonte geradora de


sulfatos e, se possível, eliminá-la ao invés de
se efetuar o tratamento.

158

79
2/17/2017

REMOÇÃO DE SULFETOS
Sulfetos podem se formar em condições anaeróbias,
através de reações biológicas, em efluentes que possuam
carga orgânica e sulfatos.

Os sulfetos podem ser tratados por precipitação ou


oxidação.

A oxidação de sulfetos a tiossulfato é efetuada através da


introdução de ar no efluente, utilizando sal de manganês
como catalisador. Pode também ser utilizado como
oxidantes o cloro, água oxigenada, ozônio.

Na precipitação dos sulfetos é utilizado sulfato ferroso ou


cloreto férrico e aeração, precipitando hidróxido férrico.
159

REMOÇÃO DE SÓLIDOS

A remoção de sólidos depende da características


dos sólidos a serem removidos.

Sólidos finos podem ser removidos através de


decantadores primários ou processos de
coagulação, floculação e separação de fases.

Sólidos grosseiros (areia) podem ser removidos


através de caixas de areia.

160

80
2/17/2017

REMOÇÃO DE METAIS PESADOS


A maioria dos metais pesados é insolúvel na forma de
hidróxidos, ou seja, a simples elevação do pH faz com
que os metais precipitem, facilitando a sua remoção.

Como agentes para a elevação do pH utiliza-se em


geral cal hidratada ou soda cáustica.

• Cal hidratada - custo baixo, mas elevada


geração de lodo.
• Soda cáustica - custo alto, mas menor
geração de lodo.

161

REMOÇÃO DE CROMO HEXAVALENTE

O cromo hexavalente é insolúvel na forma de


hidróxidos. Logo, para sua remoção faz-se
necessária a redução do cromo hexavalente
para a forma trivalente para que seja possível
remover o cromo através da precipitação.

162

81
2/17/2017

REMOÇÃO DE CROMO HEXAVALENTE

Para redução do cromo hexavalente a


trivalente utiliza-se agentes redutores tais como
metabissulfito ou bissulfito de sódio em pH =
2,5.

Como controle para confirmar se todo o cromo


hexavalente foi convertido a trivalente utiliza-
se medidores de óxido-redução ou através da
observação da viragem de cor amarela para
verde.

163

REMOÇÃO DE CROMO HEXAVALENTE

Redução
Cromo hexavalente Cromo trivalente

2H2Cr2O7 + 3Na2S2O5 + 3H2SO4 2Cr2(SO4)3


+ 3Na2SO4 + 5H2O

Cr2(SO4)3 + 3Ca(OH)2 2Cr(OH)3 + 3CaSO4

164

82
2/17/2017

REMOÇÃO DE ÓLEOS E GRAXAS

Água oleosa é o termo genérico usado para


descrever todas as águas que apresentam
quantidades variáveis de óleos, graxas e
lubrificantes, além de uma variedade de outros
materiais em suspensão e substâncias coloidais
e dissolvidas.

165

REMOÇÃO DE ÓLEOS E GRAXAS

Água oleosa contendo óleo livre


166

83
2/17/2017

REMOÇÃO DE ÓLEOS E GRAXAS

Exemplo de óleo emulsionado


167

REMOÇÃO DE ÓLEOS E GRAXAS


NÃO EMULSIONADOS

Em geral separadores gravitacionais são


suficientes, desde que bem projetados e
operados, para reduzir o teor de óleos e graxas
a limites que permitam o lançamento dos
efluentes.

168

84
2/17/2017

REMOÇÃO DE ÓLEOS E GRAXAS


EMULSIONADOS

Emulsões podem ser definidas como uma


suspensão coloidal de um líquido dentro de um
outro líquido (com tamanhos de partículas
tipicamente menores que 20 mícrons de diâmetro).

Na emulsão oleosa, o óleo se encontra tão


intimamente misturado e estabilizado na água que
a sua presença não pode ser distinguida a olho nu.
Visualmente, tem-se um sistema "monofásico"
água-óleo.

169

REMOÇÃO DE ÓLEOS E GRAXAS


EMULSIONADOS

Quebra Ácida

Através do ajuste de pH a valores abaixo de 3 e


um tempo de residência é possível quebrar a
emulsão do óleo e separá-lo gravitacionalmente.
Utiliza-se ácido sulfúrico para o ajuste do pH, mas
qualquer outro ácido forte pode ser utilizado.
Após esse processo o efluente é encaminhado
para flotadores que favorecerá a separação dos
produtos liberados da emulsão.
170

85
2/17/2017

REMOÇÃO DE FÉNOIS TOTAIS

Podem ser removidos através de tratamento


biológico (lodos ativados) com adaptação das
bactérias, sendo possível remover de 70 a
90% dos fenóis.
Através da oxidação com ozônio, cloro ou ar,
sendo o fator econômico geralmente decisivo.
Métodos alternativos são a extração por
solvente quando os fenóis totais se encontram
em altas concentrações e a adsorção em
carvão ativo em pH abaixo de 4.
171

REMOÇÃO DE FÉNOIS TOTAIS


Problemas

• Nos tratamentos físico-químicos, não são


possíveis remover os fenóis totais a
concentrações que permitam seu
lançamento.

• A análise de fenóis totais considera uma


gama muito grande de compostos.

172

86
2/17/2017

REMOÇÃO DE SOLVENTES

Solventes tais como benzeno, tolueno, xileno e


outros compostos similares não são removidos
eficientemente por tratamentos físico-químicos ou
biológicos. Logo, recomenda-se encontrar a fonte
geradora do efluente contendo solventes e, se
possível, eliminar o uso deste.

Caso não seja possível eliminar o efluente, estudar


a viabilidade de segregar os efluentes contendo
solventes e destiná-los a incineração ou co-
processamento.

173

REMOÇÃO DE CIANETOS
O cianeto pode ser removido através da reação com
cloro livre ou solução de hipoclorito de sódio em pH igual
ou aproximadamente 12, transformando-os em cianato
ou gás carbônico e nitrogênio.

NaCN + 2NaOH + Cl2  NaOCN + 2NaCl + H2O


2NaOCN + 4NaOH + 3Cl2  6NaCl + 2CO2 + N2 + 2H2O

Para reação até cianato


3,2 kg de Cl2 / kg de CN- e 3,8 kg de NaOH / kg de CN-
Para reação até CO2 e N2
8,0 kg de Cl2 / kg de CN- e 7,3 kg de NaOH / kg de CN-
174

87
2/17/2017

AJUSTE DE pH

É feito através da introdução de agentes ácidos ou


alcalinos.
• O ajuste de pH manual não é eficaz e somente pode
ser utilizado em pequenas estações onde possam
ocorrer grandes variações desta grandeza.
• Recomenda-se, sempre que possível, a utilização de
ajuste automático de pH através da instalação de
pHmetro controlador indicador e de bomba
dosadoras de ácido ou álcali.
• O ajuste de pH não é eficiente quando realizado em
linha.

175

CARACTERÍSTICAS DO EFLUENTE TRATADO

 Remoção acima de 90% de DBO e DQO;


 Eliminação de patogênicos;
 Remoção até 50% de nitrogênio e fósforo;
 Baixa turbidez;
 Ausência de odor.

88
2/17/2017

TRATAMENTO SECUNDÁRIO
Tanque de Aeração – Controles analíticos

Entrada Tratado

DBO5,20 Materiais Sedimentáveis


DQO Sólidos Suspensos Totais
pH Sólidos Suspensos Voláteis
Vazão Análise Microscópico
Oxigênio Dissolvido

177

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Tanque de Aeração - Descarte de Lodo


• No sistema de lodos ativados os
microorganismos vão crescendo, ocupando um
espaço cada vez maior. Desta forma
periodicamente é necessária que haja o descarte
de lodo para abrir espaço para o crescimento
dos microorganismos.
• Caso o descarte não seja efetuado poderá
ocorrer o excesso de lodo no sistema que faz
com que o decantador não seja eficiente e haja
perda de lodo no efluente tratado.

178

89
2/17/2017

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Tanque de Aeração – Eficiência da Estação

• A eficiência da estação é medida pela redução


da carga orgânica proporcionada pelo sistema
de tratamento.

• Como medida de eficiência do sistema pode-se


utilizar DBO5,20 ou DQO.

179

TRATAMENTO SECUNDÁRIO
Tanque de Aeração – Eficiência da Estação

 DBO - DBO 
EF =  ENT SAI
´ 100

 DBO
ENT

Onde:
DBOENT = Demanda Bioquímica de Oxigênio na
entrada do tanque de aeração (mg/L)
DBOSAI = Demanda Bioquímica de Oxigênio na
saída do decantador (mg/L)
180

90
2/17/2017

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Tanque de Aeração – Problemas


Mau cheiro
• Falta de oxigênio devido a alta carga orgânica ou
problemas no dispositivo de aeração.
Lodo no Tanque de Aeração com coloração preta
• Falta de oxigênio devido a alta carga orgânica ou
problemas no dispositivo de aeração
Solução
• Regular a vazão de entrada de efluente (se possível)
• Ligar o soprador reserva

181

TRATAMENTO SECUNDÁRIO
Tanque de Aeração – Problemas
Espuma
• Os sistemas de lodos ativados na partida do
sistema geram espuma, assim que o teor de
sólidos suspensos totais estiver acima de 1.000
mg/L a espuma tende a desaparecer.
• Vazamento de produtos tipo detergente.
• Adição de soda cáustica em efluentes oleosos.

Solução
• Adicionar antiespumante a base de silicone.

182

91
2/17/2017

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Problemas esporádicos em uma ETE


• Pintura da fábrica
• Manutenção de empilhadeiras ou
caminhões
• Despejos do refeitório
• Descarte de efluentes dos Laboratórios
• Vazamento de produtos

183

TRATAMENTO TERCIÁRIO
Quando se pretende obter um efluente de alta
qualidade, ou a remoção de outras substâncias
contidas nas águas residuárias. Os processos de
tratamento terciário são os seguintes:
Adsorção em carvão ativo
Osmose inversa
Eletrodiálise
Troca iônica
Filtros de areia
Remoção de nutrientes
Oxidação química
Remoção de organismos patogênicos
184

92
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TRATAMENTO REUNIDOS DE
EFLUENTES INDUSTRIAIS E BIOLÓGICOS

1. Tratamento físico-químico por coagulação-


floculação

As vantagens da reunião dos dois efluentes não


são de grandes considerações técnicas, podendo
ter cada tratamento separado. É recomendado
fazer um estudo de viabilidade econômica.

185

TRATAMENTO REUNIDOS DE
EFLUENTES INDUSTRIAIS E BIOLÓGICOS

2. Tratamento biológico

As vantagens da reunião dos dois efluentes são


agora de grande consideração, podendo o
tratamento em separado ser considerado um erro
grosseiro de engenharia.

186

93
2/17/2017

TRATAMENTO REUNIDOS DE
EFLUENTES INDUSTRIAIS E BIOLÓGICOS

Na análise da reunião, observamos os seguintes


aspectos:

– Relação entre a vazão dos efluentes


sanitários e os efluentes industriais
– Concentração de nutrientes nas águas
residuárias industriais
– Outras características: pH, temperatura,
substâncias tóxicas, etc.

187

EQUIPAMENTOS E
FLUXOGRAMA DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE EFLUENTES
INDUSTRIAIS

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217

Efluente Efluente
Efluente industrial industrial
doméstico concentrado diluído

Tanque nutriente
Tanque
Nitrogênio Fósforo
aeração Tanque de Ácido
Cloreto Cal Flocu-
equalização férrico hidrata sulfúrico lante
da

Tanque
Tanque de sedimentação Tanque de
sedimento reação

Tanque Tanque Tanque


Filtro-
filtragem precipitação sedimento/
prensa adensador

Filtro Tanque Filtro-


Torta ajuste pH prensa

MEIO
AMBIENTE
MEIO Torta
AMBIENTE 218

109
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Água industrial

Tanque de Tanque de Tanque de Tanque de Tanque de


FeCl3 Ca(OH)2 H2SO4 floculante nutriente

Tanque de
Tanque de
Tanque de floculação
recebimento de
reação Tanque de
efluente Tanque de Tanque de
ajuste de Tanques de aeração
concentrado Tanque de sedimentação filtragem
pH
precipitação

Tanque de
recebimento de
efluente diluído
Compressor Tanque de
sedimento
Tanque
de ar Água
industrial
Filtro Filtro
prensa (I) prensa

Tanque de Tanque de Tanque de Tq. Retro Tanque de Tanque


recebimento de sedimento filtragem lavagem filtragem monitoram. e
Torta Torta
efluente com areia com areia descarte 219
doméstico

REÚSO DA ÁGUA DE
EFLUENTE

220

110
2/17/2017

REUSO DE ÁGUA

 Quando reciclada por meio de sistemas


naturais, é um recurso limpo e seguro que,
pela atividade antrópica, é deteriorada a níveis
diferentes de poluição. Entretanto, uma vez
poluída, a água pode ser recuperada e reusada
para fins benéficos diversos.

221

REUSO DE ÁGUA

222

111
2/17/2017

REGULAMENTAÇÃO DO REUSO DE
ÁGUA NO BRASIL

223

OBJETIVOS DO REUSO DE ÁGUA

 redução da quantidade de água captada das


fontes naturais;
 redução do consumo de água utilizada em
determinada atividade;
 redução do desperdício de água (uso excessivo
+ perdas) ;
 redução dos volumes de efluentes lançados;
 melhoria da qualidade dos efluentes lançados.

224

112
2/17/2017

BENEFÍCIOS SOCIAIS E
AMBIENTAIS
 atendimento ao princípio adotado pela ONU de
que “não se deve utilizar águas de melhor
qualidade para usos que tolerem águas de
qualidade inferior”;
 aumentar a quantidade de água potável para o
abastecimento público;
 melhorar a qualidade da água dos mananciais,
em função da redução dos lançamentos de
efluentes.

225

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS

 redução dos custos de produção (água, energia,


sistemas de tratamento);
 utilização da melhor tecnologia disponível,
práticas de produção mais limpa;
 conformidade ambiental, facilidade de inserção
de produtos em mercados mais exigentes;
 aumento da competitividade.

226

113
2/17/2017

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE EFLUENTES
INDUSTRIAIS

227

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS
A implantação de um sistema de tratamento de
efluentes líquidos obedece a execução das seguintes
fases:
CONCEPÇÃO DO SISTEMA
• Caracterização Qualitativa e Quantitativa do efluente
bruto;
• Obtenção das características desejáveis após o
tratamento;
• Definição do processo de tratamento visando a
eficiência desejada;
• Definição dos produtos químicos e parâmetros
dimensionais.
228

114
2/17/2017

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS
PROJETO E OBRAS

• Dimensionamento da unidades de tratamento;


• Especificação e seleção dos equipamentos eletro-
mecânicos;
• Elaboração dos projetos: Básico e Executivos
• Construção, montagem do sistema e start-up.

229

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

• Manual de Operação;
• Montagem de Laboratório local ou contratação de
Laboratório;
• Contratação e treinamento de mão de obra;
• Suprimentos de insumos.

230

115
2/17/2017

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

• GERENCIAMENTO E INTERVENÇÕES

• Início de funcionamento (start-up);


• Coleta de dados;
• Formação de banco de dados;
• Definição de Procedimentos Operacionais.

231

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS
GERENCIAMENTO E INTERVENÇÕES

COLETA DE DADOS

232

116
2/17/2017

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

Suprimento de utilidades
Permite iniciar e manter em funcionamento o
tratamento físico-químico ou biológico.

Definição dos parâmetros operacionais


Estabelece as condições necessárias, de
funcionamento do sistema, para se obter bons
resultados no efluente tratado e no lodo.

233

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

Obtenção e processamento de dados


Cria um histórico que indica a possibilidade
de surgimento de situações adversas
permitindo atuar de forma preventiva nos dois
aspectos anteriores - Suprimento de
utilidades / Correção de desvios dos
parâmetros desejados

234

117
2/17/2017

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS
Suprimento de utilidades

Tratamento físico-químico Tratamento biológico


• Disponibilidade de reagentes • Fornecimento regular de
químicos; carga orgânica;
• Disponibilidade de
• Soluções de reagentes com reagentes químicos
diluição adequada; (nutrientes, auxiliares de
filtração);
• Determinação da quantidade
de reagente necessária; • Controle de descargas não
tóxicas;
• Fornecimento de energia
elétrica; • Fornecimento de energia
elétrica;
235

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS
Definição dos parâmetros operacionais

Tratamento físico-químico Tratamento Biológico


• Ajustar dosagem de • Corrigir as condições
reagentes para recuperar a ambientais da biomassa
floculação; (pH, temperatura,
salinidade)
• Controlar vazão de lodo em
função da concentração de • Disponibilizar nitrogênio
sólidos e fósforo em função da
carga orgânica.
• Redefinir reagentes se não
atingir eficiência na remoção
de poluentes;
236

118
2/17/2017

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS
Obtenção e processamento de dados
Tratamento Físico-Químico Tratamento Biológico
• Medição de vazão de despejo • Medição de vazão do
bruto (diária/instantânea); esgoto bruto
(diária/instantânea);
• Características qualitativa do
despejo bruto; • Características qualitativa
do esgoto bruto;
• Consumo de produto químicos
em função da vazão a ser • Concentração de
tratada; poluentes no efluentes
tratado
• Concentração de poluentes no
efluentes tratado;
237

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

Obtenção e Processamento de Dados

Cria um histórico visando detectar situações adversas


o que permite atuar de forma preventiva nos dois
aspectos anteriores - Suprimento de utilidades e
Redefinição dos parâmetros operacionais.

• PLANEJAMENTO
• REGISTRO DOS DADOS
• PROCESSAMENTO DE DADOS

238

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2/17/2017

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS
PLANEJAMENTO

Consiste em estabelecer os locais de coleta dos


dados, ou seja, pontos de coleta de amostras para
análises laboratoriais ou pontos de instalação de
instrumentos de medição (pH, temperatura, vazão).
Deve-se definir a freqüência com que os dados
serão obtidos (registro de leituras e coleta de
amostras). Para cada ponto de coleta de amostras
deverão ser especificados os parâmetros a serem
analisados.

239

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

PLANEJAMENTO - PRINCIPAIS PARÂMETROS

• Período de geração de efluentes por dia (h/d);


• Vazão diária e máxima instantânea no efluente bruto;
• Caracterização semanal do efluente bruto (principais
parâmetros);
• Medição diária de pH, temperatura e sólidos
sedimentáveis do efluente bruto e tratado;
• Produção diária, em se tratando de despejos
industriais;
• Número de contribuintes, em se tratando de esgotos
sanitários.
240

120
2/17/2017

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

REGISTRO DE DADOS

A forma mais freqüente de registro de dados, são


as seguintes: anotação manual, traçado de gráfico
por instrumento ou mais recentemente
transmissão de dados via on-line.

241

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS
REGISTRO DE DADOS
Manter um livro diário com o operador. Neste livro
deverão ser anotadas (em duas vias), ocorrências
excepcionais, tais como:
Fatos - quebra de equipamentos, falta de energia
elétrica, retirada de lodo;
Observações - Alteração de cor do efluente ou lodo,
surgimento de odores, alteração na decantabilidade do
lodo, elevado consumo de reagentes;
Intervenções - Adoção de procedimentos não
convencionais, experimento com novos produtos.
242

121
2/17/2017

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

PROCESSAMENTO DE DADOS

Atualmente a forma mais prática e ágil de


armazenar e processar dados é através de
computadores.
Pode-se utilizar programas específicos para
banco de dados como o Access ou planilhas
eletrônicas (Excel) que possuem funções de
banco de dados.

243

OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

PROCESSAMENTO DE DADOS
O mais importante para operação é avaliar os
valores obtidos em comparação com os
valores máximo, médio e mínimo do
respectivo parâmetro.
Esta avaliação permite definir procedimentos
pró-ativos, ou seja, se preparar para
situações adversas.

244

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246

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2/17/2017

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OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

O histórico não é apenas um instrumento que


permite a operação pró-ativa como também serve
para manter um registro do desempenho do
sistema, podendo servir de argumento favorável
no caso de reclamações de terceiros.

248

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2/17/2017

Obrigado!!!!!

José Geraldo Vieira

E-mail: j.geraldo.vieira@gmail.com
Fone: (92) 99114 5884

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