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A importância do ritual de menarca

"Nas sociedades tribais, a menarca, o início do fluir do sangue, era celebrada com um rito de passagem, auxiliando a
menina a realizar sua entrada para o reino do mana:
o poder sagrado transmitido pelo sangue e que tanto podia dar como tirar a vida.
Além de apaziguar o poder destruidor, o rito tinha como função auxiliar a menina a entender sua condição física e
sua relação com a função procriadora da natureza.
Ainda uma criança em espírito e condição social, a partir de suas regras,
a jovem deve assumir o comando de sua vida.
Impossibilitadas de agir assim numa terra coberta de asfalto,
podemos, contudo, transformar esta prática num ritual.
É importante para as mulheres recuperarem
o sentido sagrado do fato biológico central em suas vidas.
O período menstrual é o momento em que podemos aprender mais a nosso respeito
e curar nossas feridas.
Assim reverenciada, a arte de menstruar pode ser recuperada,
possibilitando uma vida mais plena e feliz como mulher."
A menstruação é uma das coisas mais sagradas para uma Bruxa e provavelmente o Mistério mais profundo da
sacralidade feminina e espiritualidade da Deusa.

Nas culturas antigas a primeira menstruação de uma garota, a menarca, era marcada com um Rito de Passagem
especial. Isto era uma forma de iniciação que introduzia a garota na vida adulta lhe ensinando valores e Mistérios
próprios dessa nova condição de vida. Rituais como este foram celebrados entre povos tão distantes quanto os
africanos, havaianos, celtas e nativos americanos.
Muitas são as Tradições mágicas ligadas à menstruação da mulher e seu ciclo.

No Egito os Faraós faziam elixires mágicos com o sangue menstrual para aumentar os seus poderes espirituais e
magnetismo. Os gregos misturavam o sangue menstrual de uma mulher nas sementes que seriam plantadas, pois
acreditavam que isso aumentava a fertilidade do solo e a possibilidade de conseguir uma colheita farta. Muitas são as
lendas que nos falam da criação do mundo através do sangue menstrual da Deusa.

Muitos povos antigos construíam templos especiais dedicados à reclusão das mulheres durante sua menstruação,
uma vez que eles acreditavam que a mulher possuía poderes mágicos incríveis durante esta fase. As mulheres também
eram altamente honradas durante seu período menstrual e recebiam privilégios. Entre os nativos americanos a
mulher menstruada saia à noite para caminhar nua entre os campos quando as sementes estavam crescendo, isso
afastava os insetos e pragas.
Quando a mulher não encontra solo fértil onde possa aprender e honrar este processo natural de transformação que
ocorre em seu corpo, ela pode desenvolver danos psicológicos que acabam por transformar esta transição em uma
fase brutal de crises, contestações, problemas emocionais e desencontros internos.

Algumas mulheres podem demorar anos para resolver as crises provindas de uma transição mal resolvida na
adolescência, outras nunca sairão delas.

Uma mulher que não é ensinada a honrar a sacralidade do seu corpo e de sua menstruação perde o seu orgulho, sua
auto-estima e confiança. O retorno aos rituais que celebram a Menarca e a transição da infância para a fase adulta
da mulher através dos Mistérios do Sangue formam a noção de individualidade, honra e respeito em uma mulher, já
que as mulheres não sentem naturalmente vergonha da sua menstruação, são sim ensinadas a isso. Quanto mais as
mulheres honrarem seus próprios mistérios, a sacralidade de seu próprio corpo, mais a humanidade estará se
afastando do caos promovido por séculos de patriarcado e ofuscação da força e poder feminino.
A verdadeira Bruxa deve ter consciência da sacralidade do seu próprio sangue mensal e sobre os Mistérios e ritos que
o envolvem. Em tais ritos ela deve perceber o seu sangue como o elixir da vida, sem o qual nada nem ninguém
existiria.

O sangue menstrual possibilita a mulher a lembrar todos os meses de que ela é a manifestação da Deusa na Terra, que
ela é fértil como a Terra, que ela é a vida que nutre a vida. É o não reconhecimento a esta força e poder que faz a
mulher se sentir estranha, fatigada, introspectiva e até mesma doente durante sua menstruação, pois renegar a
importância e sacralidade deste período é renegar a própria Deusa. A mulher que honra seu ciclo mensal passa a ver
o seu sangue não com vergonha, mas como sagrado, o sangue da cura, o sangue da vida, percebendo que a cura da
vida está no retorno à sabedoria da mulher e da Deusa.
Os Mistérios do Sangue sempre estiveram associados aos poderes de magia da mulher. Antes dos avanços científicos e
o entendimento biológico da menstruação, o ciclo mensal era visto como algo mágico, pois representava a capacidade
que a mulher tinha de sangrar sem adoecer. Como para os povos primitivos o sangue estava diretamente ligado a
vida e a morte, o fato das mulheres sangrarem mensalmente sem terem sua saúde prejudicada era motivo de espanto
e reafirmava o poder da mulher, o qual todos honravam. Como ainda os processos de concepção não tinham sido
descobertos, a gravidez era vista como a capacidade da mulher se auto-fertilizar, transformando o seu sangue em
nova vida. Até a supremacia patriarcal imperar, os corpos e ventres das mulheres eram o templo sagrado da vida.
Com a chegada das religiões patrilineares, a mulher passou a ser considerada a origem do pecado original e de todos
os males da vida. A partir dai sua menstruação, a origem do seu poder espiritual, também passou a ser considerado
algo pecaminoso, o qual deveria ser evitado. Os corpos da mulheres passaram a ser propriedade dos homens.
Mulheres em todo mundo sofrem até hoje o impacto dessa mudança histórica. A menstruação então ganhou vários
tabus. A própria bíblia impõe vários preceitos que devem ser seguidos pela mulher que menstruar ou por aqueles que
tiverem contato com ela durante seu ciclo: A mulher que estivesse menstruando deveria permanecer intocada por um
ciclo de 7 dias, qualquer pessoa que a tocasse era considerada impura; tudo o que ela tocasse durante seu período
menstrual deveria ser limpo e purificado; quem se deitasse sobre a mesma cama que uma mulher menstruada deveria
se purificar lavando suas roupas e seria considerado impuro durante um período de 24 horas. Para compreendermos
isso devemos entender que a menstruação da mulher era vista como a fonte de seu poder mágico e espiritual. Assim
sendo, tudo o que é sagrado se torna um tabu e o que se transforma em tabu com o tempo é esquecido, deixado de
lado, evitado, ridiculzarizado. A Menstruação da mulher era o mais sagrado dos mistérios. Este ciclo a ligava com a
Deusa, pois como Ela a mulher passava por transformações aproximadamente à cada 28 dias. Celebrar novamente
os Mistérios do Sangue da mulher torna possível a restauração e resacralização de seu útero, de suas vidas,
permitindo que as mulheres se sintam novamente donas do seu corpo e possam viver seus ciclos naturais que incluem
menarca, gravidez e menopausa de forma mais equilibrada e em sua totalidade. Ao passo que nossa cultura deixa de
realizar tais cerimônias, ela reforça os valores patriarcais e a continuidade da retirada e enfraquecimento do poder
da mulher. Muitos são os danos psicológicos causados às mulheres por causa da negligência de nossa comunidade em
honrar os Mistérios do Sangue da mulher. Isso inclui a noção de vergonha imposta pela sociedade moderna acerca da
menstruação, que é visto por muitos como algo sujo, ruim e subjugador, colocando as mulheres numa posição inferior
aos homens ao passo que isso deveria representar o contrário.

Infelizmente, milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres de seu poder inato e
negaram-lhe até mesmo seu valor como criadoras e nutridoras da própria vida. Reduzidas a meras reprodutoras,
fornecedoras de prazer ou de mão-de-obra barata, as mulheres foram consideradas incompetentes, incapazes,
desprovidas de qualquer valor e até mesmo de uma alma!
Não mais o respeito e a veneração pelo poder sagrado de seu sangue, mas a vergonha, a repulsa, o silêncio sobre
"aqueles dias", as acusações e explicações "científicas" dos estados depressivos, explosivos ou das mudanças de humor
como algo mórbido, que deveria ser tratado com remédios ou com a indiferença.
Em vez dos antigos rituais de renovação e purificação nas Cabanas ou Tendas Lunares, onde as mulheres se isolavam
para recuperar suas energias e abrir seus canais psíquicos para o intercâmbio com o mundo espiritual, a mulher
moderna deveria disfarçar, esforçando-se para continuar com suas atribuições cotidianas, perdendo o contato e
sintonia com seu corpo e com a energia da Lua. O resultado é a tensão pré-menstrual, as cólicas, o ciclo desordenado,
o desconhecimento dos "Ritos de Passagem" e dos "Mistérios da Mulher".

As meninas que passam por sua menarca sem nenhuma preparação ou celebração, aprendem, muitas vezes, as
verdades sobre seus corpos de forma dolorosa ou prejudicial. Ao chegar na menopausa, a mulher sente-se
marginalizada, desprezada, envelhecida, sem receber o apoio ou o ensinamento de como atravessar e aproveitar essa
nova fase plena de possibilidades e de sabedoria.
Pelo ressurgimento do Sagrado Feminino, as mulheres estão reaprendendo o verdadeiro valor sagrado de seus
corpos, de suas mentes e de seus corações. Restabelecem-se os rituais de passagem, celebrando as fases de transição
na vida da mulher : a menarca (primeira menstruação), a maturidade sexual, a gestação, o parto e a menopausa.
É imperativo à mulher contemporânea recuperar a sacralidade de sua biologia. Para isso, ela deve lembrar seus
antigos conhecimentos, compreender os verdadeiros mitos e arquétipos de sua natureza lunar, reconhecer o poder
mágico de seu ventre e sua conexão com a Deusa.
A sociedade atual, altamente industrializada e intelectualizada, é carente de Ritos de Passagem e Celebrações,
preocupando-se apenas com a produtividade, o consumismo e os modismos.
É vital para a mulher moderna suprir essa lacuna lendo e reaprendendo as antigas tradições, usando sua intuição e
sabedoria para adaptá-las à sua realidade moderna, celebrando os Ritos de Passagem.
Esse ato de "acordar" e "relembrar" reconecta a mulher à sua essência verdadeira, dando-lhe novos meios para viver
de forma mais plena, harmônica, mágica e feliz.

A IMPORTÂNCIA DO RITO DE MENARCA

"Nas sociedades tribais, a menarca, o início do fluir do sangue, era celebrada com um
rito de passagem, auxiliando a menina a realizar sua entrada para o reino do mana:
o poder sagrado transmitido pelo sangue e que tanto podia dar como tirar a vida.
Além de apaziguar o poder destruidor, o rito tinha como função auxiliar a menina a
entender sua condição física e sua relação com a função procriadora da natureza.
Ainda uma criança em espírito e condição social, a partir de suas regras,
a jovem deve assumir o comando de sua vida.
Impossibilitadas de agir assim numa terra coberta de asfalto,
podemos, contudo, transformar esta prática num ritual.
É importante para as mulheres recuperarem
o sentido sagrado do fato biológico central em suas vidas.
O período menstrual é o momento em que podemos aprender mais a nosso respeito
e curar nossas feridas.
Assim reverenciada, a arte de menstruar pode ser recuperada,
possibilitando uma vida mais plena e feliz como mulher."

A menstruação é uma das coisas mais sagradas para uma Bruxa e provavelmente o
Mistério mais profundo da sacralidade feminina e espiritualidade da Deusa.
Nas culturas antigas a primeira menstruação de uma garota, a menarca, era marcada
com um Rito de Passagem especial. Isto era uma forma de iniciação que introduzia a
garota na vida adulta lhe ensinando valores e Mistérios próprios dessa nova condição de
vida. Rituais como este foram celebrados entre povos tão distantes quanto os africanos,
havaianos, celtas e nativos americanos.
Muitas são as Tradições mágicas ligadas à menstruação da mulher e seu ciclo.

No Egito os Faraós faziam elixires mágicos com o sangue menstrual para aumentar os
seus poderes espirituais e magnetismo. Os gregos misturavam o sangue menstrual de
uma mulher nas sementes que seriam plantadas, pois acreditavam que isso aumentava a
fertilidade do solo e a possibilidade de conseguir uma colheita farta. Muitas são as
lendas que nos falam da criação do mundo através do sangue menstrual da Deusa.

Muitos povos antigos construíam templos especiais dedicados à reclusão das mulheres
durante sua menstruação, uma vez que eles acreditavam que a mulher possuía poderes
mágicos incríveis durante esta fase. As mulheres também eram altamente honradas
durante seu período menstrual e recebiam privilégios. Entre os nativos americanos a
mulher menstruada saia à noite para caminhar nua entre os campos quando as
sementes estavam crescendo, isso afastava os insetos e pragas.
Quando a mulher não encontra solo fértil onde possa aprender e honrar este processo
natural de transformação que ocorre em seu corpo, ela pode desenvolver danos
psicológicos que acabam por transformar esta transição em uma fase brutal de crises,
contestações, problemas emocionais e desencontros internos.

Algumas mulheres podem demorar anos para resolver as crises provindas de uma
transição mal resolvida na adolescência, outras nunca sairão delas.

Uma mulher que não é ensinada a honrar a sacralidade do seu corpo e de sua
menstruação perde o seu orgulho, sua auto-estima e confiança. O retorno aos rituais que
celebram a Menarca e a transição da infância para a fase adulta da mulher através dos
Mistérios do Sangue formam a noção de individualidade, honra e respeito em uma
mulher, já que as mulheres não sentem naturalmente vergonha da sua menstruação, são
sim ensinadas a isso. Quanto mais as mulheres honrarem seus próprios mistérios, a
sacralidade de seu próprio corpo, mais a humanidade estará se afastando do caos
promovido por séculos de patriarcado e ofuscação da força e poder feminino.
A verdadeira Bruxa deve ter consciência da sacralidade do seu próprio sangue mensal e
sobre os Mistérios e ritos que o envolvem. Em tais ritos ela deve perceber o seu sangue
como o elixir da vida, sem o qual nada nem ninguém existiria.

O sangue menstrual possibilita a mulher a lembrar todos os meses de que ela é a


manifestação da Deusa na Terra, que ela é fértil como a Terra, que ela é a vida que nutre
a vida. É o não reconhecimento a esta força e poder que faz a mulher se sentir estranha,
fatigada, introspectiva e até mesma doente durante sua menstruação, pois renegar a
importância e sacralidade deste período é renegar a própria Deusa. A mulher que honra
seu ciclo mensal passa a ver o seu sangue não com vergonha, mas como sagrado, o
sangue da cura, o sangue da vida, percebendo que a cura da vida está no retorno à
sabedoria da mulher e da Deusa.
Os Mistérios do Sangue sempre estiveram associados aos poderes de magia da mulher.
Antes dos avanços científicos e o entendimento biológico da menstruação, o ciclo
mensal era visto como algo mágico, pois representava a capacidade que a mulher tinha
de sangrar sem adoecer. Como para os povos primitivos o sangue estava diretamente
ligado a vida e a morte, o fato das mulheres sangrarem mensalmente sem terem sua
saúde prejudicada era motivo de espanto e reafirmava o poder da mulher, o qual todos
honravam. Como ainda os processos de concepção não tinham sido descobertos, a
gravidez era vista como a capacidade da mulher se auto-fertilizar, transformando o seu
sangue em nova vida. Até a supremacia patriarcal imperar, os corpos e ventres das
mulheres eram o templo sagrado da vida. Com a chegada das religiões patrilineares, a
mulher passou a ser considerada a origem do pecado original e de todos os males da
vida. A partir dai sua menstruação, a origem do seu poder espiritual, também passou a
ser considerado algo pecaminoso, o qual deveria ser evitado. Os corpos da mulheres
passaram a ser propriedade dos homens. Mulheres em todo mundo sofrem até hoje o
impacto dessa mudança histórica. A menstruação então ganhou vários tabus. A própria
bíblia impõe vários preceitos que devem ser seguidos pela mulher que menstruar ou por
aqueles que tiverem contato com ela durante seu ciclo: A mulher que estivesse
menstruando deveria permanecer intocada por um ciclo de 7 dias, qualquer pessoa que
a tocasse era considerada impura; tudo o que ela tocasse durante seu período menstrual
deveria ser limpo e purificado; quem se deitasse sobre a mesma cama que uma mulher
menstruada deveria se purificar lavando suas roupas e seria considerado impuro
durante um período de 24 horas. Para compreendermos isso devemos entender que a
menstruação da mulher era vista como a fonte de seu poder mágico e espiritual. Assim
sendo, tudo o que é sagrado se torna um tabu e o que se transforma em tabu com o
tempo é esquecido, deixado de lado, evitado, ridiculzarizado. A Menstruação da mulher
era o mais sagrado dos mistérios. Este ciclo a ligava com a Deusa, pois como Ela a
mulher passava por transformações aproximadamente à cada 28 dias. Celebrar
novamente os Mistérios do Sangue da mulher torna possível a restauração e
resacralização de seu útero, de suas vidas, permitindo que as mulheres se sintam
novamente donas do seu corpo e possam viver seus ciclos naturais que incluem
menarca, gravidez e menopausa de forma mais equilibrada e em sua totalidade. Ao
passo que nossa cultura deixa de realizar tais cerimônias, ela reforça os valores
patriarcais e a continuidade da retirada e enfraquecimento do poder da mulher. Muitos
são os danos psicológicos causados às mulheres por causa da negligência de nossa
comunidade em honrar os Mistérios do Sangue da mulher. Isso inclui a noção de
vergonha imposta pela sociedade moderna acerca da menstruação, que é visto por
muitos como algo sujo, ruim e subjugador, colocando as mulheres numa posição
inferior aos homens ao passo que isso deveria representar o contrário.

Infelizmente, milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres de


seu poder inato e negaram-lhe até mesmo seu valor como criadoras e nutridoras da
própria vida. Reduzidas a meras reprodutoras, fornecedoras de prazer ou de mão-de-
obra barata, as mulheres foram consideradas incompetentes, incapazes, desprovidas de
qualquer valor e até mesmo de uma alma!
Não mais o respeito e a veneração pelo poder sagrado de seu sangue, mas a vergonha, a
repulsa, o silêncio sobre "aqueles dias", as acusações e explicações "científicas" dos
estados depressivos, explosivos ou das mudanças de humor como algo mórbido, que
deveria ser tratado com remédios ou com a indiferença.
Em vez dos antigos rituais de renovação e purificação nas Cabanas ou Tendas Lunares,
onde as mulheres se isolavam para recuperar suas energias e abrir seus canais
psíquicos para o intercâmbio com o mundo espiritual, a mulher moderna deveria
disfarçar, esforçando-se para continuar com suas atribuições cotidianas, perdendo o
contato e sintonia com seu corpo e com a energia da Lua. O resultado é a tensão pré-
menstrual, as cólicas, o ciclo desordenado, o desconhecimento dos "Ritos de
Passagem" e dos "Mistérios da Mulher".
As meninas que passam por sua menarca sem nenhuma preparação ou celebração,
aprendem, muitas vezes, as verdades sobre seus corpos de forma dolorosa ou
prejudicial. Ao chegar na menopausa, a mulher sente-se marginalizada, desprezada,
envelhecida, sem receber o apoio ou o ensinamento de como atravessar e aproveitar
essa nova fase plena de possibilidades e de sabedoria.
Pelo ressurgimento do Sagrado Feminino, as mulheres estão reaprendendo o verdadeiro
valor sagrado de seus corpos, de suas mentes e de seus corações. Restabelecem-se os
rituais de passagem, celebrando as fases de transição na vida da mulher : a menarca
(primeira menstruação), a maturidade sexual, a gestação, o parto e a menopausa.
É imperativo à mulher contemporânea recuperar a sacralidade de sua biologia. Para isso,
ela deve lembrar seus antigos conhecimentos, compreender os verdadeiros mitos e
arquétipos de sua natureza lunar, reconhecer o poder mágico de seu ventre e sua
conexão com a Deusa.
A sociedade atual, altamente industrializada e intelectualizada, é carente de Ritos de
Passagem e Celebrações, preocupando-se apenas com a produtividade, o consumismo
e os modismos.
É vital para a mulher moderna suprir essa lacuna lendo e reaprendendo as antigas
tradições, usando sua intuição e sabedoria para adaptá-las à sua realidade moderna,
celebrando os Ritos de Passagem.
Esse ato de "acordar" e "relembrar" reconecta a mulher à sua essência verdadeira,
dando-lhe novos meios para viver de forma mais plena, harmônica, mágica e feliz.

"Tudo na criação é cíclico. Tudo tem um início, meio e fim para voltar a ter um início,
meio e fim novamente. Não existe nada de completamente errado no mundo. Mesmo o
relógio parado consegue estar certo duas vezes por dia."

As mulheres aprendem mais rápido os mistérios das feitiçarias porque todo o mês
acontecia em seu corpo o ciclo completo da Natureza: nascimento, desenvolvimento e
morte. O ciclo da Lua. Digo "acontecia" porque em certa época todos os ciclos
menstruais das mulheres estavam em perfeita harmonia com a Lua. A mulher ovulava na
Lua cheia e menstruava na Lua escura. A Lua cheia é o ápice do ciclo da criação, quando
o ovo é finalmente liberado. Nos 14 dias que antecedem esta liberação, as energias da
criação reunem todos os elementos necessários para fazer o ovo. Quando passa a Lua
cheia se o ovo não foi fertilizado, ele começa a ficar maduro demais até que se
decompõe, morre e se derrama ao fluxo natural de sangue na Lua escura. Além disso se
uma mulher come e vive em harmonmiacom a terra, ela só sangra durante os 3 dias da
Lua escura. Quando a Lua Nova emerge, seu fluxo naturalmente cessa e o ciclo da
criaçãp é reiniciado dentro dela.

Muitas mulheres vêem o sangue menstrual com as marcas que o patriarcado lhe
colocou: sujo, nojento, desagradável...

Bem, para ser uma bruxa você tem que destruir esses pensamentos e essas sensações e
recuperar a sacralidade de seu sangue menstrual. Acostume-se com seu sangue
menstrual.

Menstruar é um fato central na vida de qualquer mulher. Entre as diferenças que existem
entre homens e mulheres, 'sangrar sem morrer' certamente é uma das mais
significativas e que deixou forte impressão na mente humana, desde o primórdio dos
tempos. Para nossas ancestrais da Idade da Pedra, o sangue menstrual era sagrado. A
palavra sacramento provavelmente se origina de sacer mens, literalmente, menstruação
sagrada.

Menstruação significa "mudança de lua". Tem como sílaba-raíz mens, mensis, e está na
origem da contagem do tempo. Forma palavras como medida, dimensão, metro, mente,
para citar algumas.
O sangue menstrual, representando o poder de criar vida que conecta as mulheres com
o próprio universo, era tabu, palavra polinésia significando "sagrado" e "proibido". Nas
sociedades tribais, a menarca, o início do fluir do sangue, era celebrado com um rito de
passagem, auxiliando a menina a realizar sua entrada para o reino do mana: o poder
sagrado transmitido pelo sangue e que tanto podia dar como tirar a vida.

Ao longo dos milênios, as mulheres têm desaprendido a arte de menstruar, de fluir com
a vida. O que era sagrado tornou-se proibido, sujo, contaminado. A regra passou a ser
esconder a regra. O resultado disto foi que o evento central na vida de toda mulher
madura tornou-se invisível. Mesmo mulheres "liberadas" acreditam que suas regras
(aquilo que as rege) são uma inconveniência que deveria ser eliminada. A decantada
imprevisibilidade feminina é, em grande parte, decorrente das oscilaçes a que a mulher
está submetida, ao longo de seu ciclo mensal. É expressão da imprevisibilidade da
própria vida.
Se você quiser se conhecer melhor como mulher:
· fique atenta ás oscilações que você sente durante seu ciclo menstrual
· observe a lua e note a diferença de menstruar na lua cheia ou lua nova
· anote seus sonhos e veja as diferenças entre ovulação e menstruação.
· elabore um mapa dos padrões para ajudar você a programar seu 'tempo da lua'.

Faça de sua menstruação um tempo de celebração como mulher.


Ritual de celebração menstrual

-velas vermelhas,
-uma granada ou cornalina,
- flores de hibisco ou outras flores vermelhas
- seu jarro menstrual
- vinho tinto
- bolo
- incenso de artemísia ou canela
- uma pedra chata, recolhida por você em uma cachoeira ou rio ( mais ou menos com
uns 20 cm ou um pouco mais, e um pouquinho pesada, para você poder colocar sobre o
ventre e fazer uma certa pressão)

Acenda os incensos e unte as velas com seu sangue, acendendo-as. Coloque a pedra
achatada a sua frente e desenhe nela com seu sangue símbolos da Deusa: espirais,
labirintos, triskelions, etc. Deixe no altar suas pedras de cornalina e granada e as flores.
Pegue a pedra grande já desenhada, deite-se e coloque-a sobre o útero.

Feche os olhos e comece a se tornar consciente apenas da pedra e do peso sobre seu
ventre. Respire no ventre e se conecte com ele. Veja a cor que está aparecendo. Torne-
se consciente do grande poder que o sangue menstrual
implica, porque iguala você e a Deusa no processo da Criação. Medite sobre a pequena
morte que a menstruação representa. Lembre de quanto sangue ja´ verteu para que a
humanidade chegasse aqui e perceba a irmandade que une todas as mulheres que
existem e que existirão. Viaje para dentro de seu útero, percebendo-o como que forrado
em rico veludo vermelho... Ande por ele procurando o fluxo de sangue ... Veja uma
grande piscina de sangue e banhe-se nela. Recupere suas forças nesse processo,
recupere o poder de seu ventre.

Veja seu ventre pulsando com essa energia vermelha, saudável e luminoso. Encerre a
meditação e imante as flores com essa energia do sangue. Consagre o vinho tinto e o
beba em homenagem a Senhora do Oceano de
Sangue, não sem antes fazer uma libação. Coma o bolo. Faça uma oferenda para a Mãe
Terra, com parte do vinho, do bolo e com um pouco do seu sangue colocado sobre a
terra.

Para melhorar cólicas e diminuir a TPM

Mulheres em conexão com seu ventre, mulheres que assumem o poder da bruxa não
têm- salvo patologias mais complexas e mesmo assim raramente- cólicas e problemas
com sua menstruação...

Regra número um para obter a conexão é se expor a luz da lua todas as noites por
alguns segundos ao menos. A atitude mental deve ser a de fazer coincidir as fases do
ciclo com as da lua. Assim, menstrua-se
entre minguante e nova, está-se fértil na cheia...mesmo que sua menstruação não seja
assim, vc pode fazer com que o ciclo mude. Se for do tipo que menstrua com a lua cheia,
imagine as fases inversamente. Toda noite olhe para o céu e veja a lua. Peça sua força
para seu ventre e visualize o que deveria estar acontecendo nele de acordo com a fase
da lua.

Você vai se surpreender com a rapidez da resposta. Seu ciclo muda em média, em 3
meses.

Faça um diário lunar, ou seja, todos os dias, por 6 meses, anote o dia do mês, a fase da
lua ( contando assim: primeiro dia da crescente, segundo da crescente, primeiro da
cheia e assim por diante), como se sente física, mental e psicologicamente. Assim
descobrirá em que lua você e´ mais forte, qual sua lua de poder em qual prefere estar
recolhida. Isso é essencial para quem trabalha com magia lunar.

- CORNALINA - pedra ideal para colocar sobre o ventre. Diminui as cólicas pela energia
que concentra.

Sacola e jarro menstrual

Faça um saquinho de couro ou pano vermelho, colocando dentro objetos de poder


ligados à menstruação...Um buzio (que representa a vagina), contas vermelhas,
granadas, pétalas de rosa, um desenho de sua vulva em vermelho, uma espiral, uma lua
em vermelho sangue. Imante-a e carregue na bolsa quando estiver menstruada,
deixando em seu altar o resto do Mês.

Pinte um jarro de vermelho e use-o exclusivamente para fazer a oferenda de seu sangue
à Mãe Terra. Coloque água nele e lave seu absorvente. Leve a água com sangue para a
natureza ou regue um vaso em sua casa ou
apartamento, mentalizando que está agradecendo à Mãe por compartilhar seu poder com
você.

Partilhar e festejar

Busque outras bruxas ( ou outras mulheres que se interessem pelo tema, mesmo que
não sejam bruxas) e partilhe com elas histórias e segredos, experiências e meditações ,
insights que você teve durante a menstruação.
Se todas estiverem acertadas com o ciclo lunar, menstruarão mais ou menos nos
mesmos dias do Mês. Recuperem o costume ancestral das mulheres que se reuniam em
seu Tempo da Lua para partilhar dos poderes
próprios das mulheres. Celebrem, festejem, cantem e dancem esse tempo que a Mãe nos
dá como privilégio e do qual temos que nos orgulhar.
Parte 2
.Mistérios Femininos

A menstruação é uma das coisas mais sagradas para uma Bruxa e provavelmente o
Mistério mais profundo da sacralidade feminina e espiritualidade da Deusa.Em muitas
culturas antigas a primeira menstruação de uma garota, a menarca, era marcada com um
Rito de Passagem especial. Isto era uma forma de iniciação que introduzia a garota na
vida adulta lhe ensinando valores e Mistérios próprios dessa nova condição de vida.
Rituais como este foram celebrados entre povos tão distantes quanto os africanos,
havaianos, celtas e nativos americanos.Muitos são as Tradições mágicas ligadas à
menstruação da mulher e seu ciclo.No Egito os Faraós faziam elixires mágicos com o
sangue menstrual para aumentar os seus poderes espirituais e magnetismo. Os gregos
misturavam o sangue menstrual de uma mulher nas sementes que seriam plantadas,
pois acreditavam que isso aumentava a fertilidade do solo e a possibilidade de
conseguir uma colheita farta. Muitas são as lendas que nos falam da criação do mundo
através do sangue menstrual da Deusa.Muitos povos antigos construíam templos
especiais dedicados à reclusão das mulheres durante sua menstruação, uma vez que
eles acreditavam que a mulher possuía poderes mágicos incríveis durante esta fase. As
mulheres também eram altamente honradas durante seu período menstrual e recebiam
privilégios. Entre os nativos americanos a mulher menstruada saia à noite para caminhar
nua entre os campos quando as sementes estavam crescendo, isso afastava os insetos
e pragas.

Quando a mulher não encontra solo fértil onde possa aprender e honrar este processo
natural de transformação que ocorre em seu corpo, ela pode desenvolver danos
psicológicos que acabam por transformar esta transição em uma fase brutal de crises,
contestações, problemas emocionais e desencontros internos. Algumas mulheres
podem demorar anos para resolver as crises provindas de uma transição mal resolvida
na adolescência, outras nunca sairão delas.Uma mulher que não é ensinada a honrar a
sacralidade do seu corpo e de sua menstruação perde o seu orgulho, sua auto-estima e
confiança. O retorno aos rituais que celebram a Menarca e a transição da infância para a
fase adulta da mulher através dos Mistérios do Sangue formam a noção de
individualidade, honra e respeito em uma mulher, já que as mulheres não sentem
naturalmente vergonha da sua menstruação, são sim ensinadas a isso. Quanto mais as
mulheres honrarem seus próprios mistérios, a sacralidade de seu próprio corpo, mais a
humanidade estará se afastando do caos promovido por séculos de patriarcado e
ofuscação da força e poder feminino.A verdadeira Bruxa deve ter consciência da
sacralidade do seu próprio sangue mensal e sobre os Mistérios e ritos que o envolvem.
Em tais ritos ela deve perceber o seu sangue como o elixir da vida, sem o qual nada nem
ninguém existiria.O sangue menstrual possibilita a mulher a lembrar todos os meses de
que ela é a manifestação da Deusa na Terra, que ela é fértil como a Terra, que ela é a vida
que nutre a vida. É o não reconhecimento a esta força e poder que faz a mulher se sentir
estranha, fatigada, introspectiva e até mesma doente durante sua menstruação, pois
renegar a importância e sacralidade deste período é renegar a própria Deusa. A mulher
que honra seu ciclo mensal passa a ver o seu sangue não com vergonha, mas como
sagrado, o sangue da cura, o sangue da vida, percebendo que a cura da vida está no
retorno à sabedoria da mulher e da Deusa.

Os Mistérios do Sangue sempre estiveram associados aos poderes de magia da mulher.


Antes dos avanços científicos e o entendimento biológico da menstruação, o ciclo
mensal era visto como algo mágico, pois representava a capacidade que a mulher tinha
de sangrar sem adoecer. Como para os povos primitivos o sangue estava diretamente
ligado a vida e a morte, o fato das mulheres sangrarem mensalmente sem terem sua
saúde prejudicada era motivo de espanto e reafirmava o poder da mulher, o qual todos
honravam. Como ainda os processos de concepção não tinham sido descobertos, a
gravidez era vista como a capacidade da mulher se auto-fertilizar, transformando o seu
sangue em nova vida. Até a supremacia patriarcal imperar, os corpos e ventres das
mulheres eram o templo sagrado da vida. Com a chegada das religiões patrilineares, a
mulher passou a ser considerada a origem do pecado original e de todos os males da
vida. A partir dai sua menstruação, a origem do seu poder espiritual, também passou a
ser considerado algo pecaminoso, o qual deveria ser evitado. Os corpos da mulheres
passaram a ser propriedade dos homens. Mulheres em todo mundo sofrem até hoje o
impacto dessa mudança histórica. A menstruação então ganhou vários tabus. A própria
bíblia impõe vários preceitos que devem ser seguidos pela mulher que menstruar ou por
aqueles que tiverem contato com ela durante seu ciclo: A mulher que estivesse
menstruando deveria permanecer intocada por um ciclo de 7 dias, qualquer pessoa que
a tocasse era considerada impura; tudo o que ela tocasse durante seu período menstrual
deveria ser limpo e purificado; quem se deitasse sobre a mesma cama que uma mulher
menstruada deveria se purificar lavando suas roupas e seria considerado impuro
durante um período de 24 horas. Para compreendermos isso devemos entender que a
menstruação da mulher era vista como a fonte de seu poder mágico e espiritual. Assim
sendo, tudo o que é sagrado se torna um tabu e o que se transforma em tabu com o
tempo é esquecido, deixado de lado, evitado, ridiculzarizado. A Menstruação da mulher
era o mais sagrado dos mistérios. Este ciclo a ligava com a Deusa, pois como Ela a
mulher passava por transformações aproximadamente à cada 28 dias.Celebrar
novamente os Mistérios do Sangue da mulher torna possível a restauração e
resacralização de seu útero, de suas vidas, permitindo que as mulheres se sintam
novamente donas do seu corpo e possam viver seus ciclos naturais que incluem
menarca, gravidez e menopausa de forma mais equilibrada e em sua totalidade. Ao
passo que nossa cultura deixa de realizar tais cerimônias, ela reforça os valores
patriarcais e a continuidade da retirada e enfraquecimento do poder da mulher. Muitos
são os danos psicológicos causados às mulheres por causa da negligência de nossa
comunidade em honrar os Mistérios do Sangue da mulher. Isso inclui a noção de
vergonha imposta pela sociedade moderna acerca da menstruação, que é visto por
muitos como algo sujo, ruim e subjugador, colocando as mulheres numa posição
inferior aos homens ao passo que isso deveria representar o contrário.

"O sangue menstrual, representando o poder de criar vida que conecta as mulheres com
o próprio universo"

Como fazer Ritual de Menarca?

 13/ 09/ 2018


 Redação
 Notícias

Há um tempo não muito distante, em culturas onde cada energia era celebrada de sua
forma, mulheres costumavam celebrar e repartir seus conhecimentos umas com as outras, de
geração em geração. Um desses rituais era o da Menarca, quando uma menina menstruava
pela primeira vez e toda a comunidade feminina acolhia essa garota, dando a ela boas-vindas à
nova fase. Justamente nessa época é que as mulheres sabiam e entendiam tão bem os
próprios ciclos, os ciclos da lua, e havia nelas grande respeito pela mãe natureza.

E o que podemos aprender com isso? Acolher esse momento, trazer para essas meninas o
significado sobre o que é ser mulher, e suas múltiplas nuances, assim como comemorar essa
fase da vida, inclusive trazendo para elas a importância da autoestima e amor-próprio.

Sou mãe e quero fazer para minha filha, mas não sei como!

É bem simples. Quando uma menina “sofre” por menstruar, ou ser mulher, todos os meses
aquela dor retorna de alguma forma, seja com cólica, temperamento, inchaço. A dor não é
normal e isso traz consequências para esse feminino ferido. Do contrário, quando a primeira
menstruação é encarada de uma forma leve, a mulher consegue se tornar mais suave na vida
e nos seus ciclos.

A verdade é que cada garota pensa e gosta de uma coisa. Mas no dia da Menarca, seria muito
bom explicar e conversar com ela sobre o sangue sagrado, como mapear o ciclo, os mucos, a
“TPM” e o feminino. Esta é a parte biológica. A parte energética é pegar essa menina e ir num
passeio de garotas, fazer o que ela gosta. Ao invés de usar palavras mais rudes do tipo “que
ruim, minha filha”, deixar flores e chocolates. Qualquer gesto bacana abençoa essa nova fase
com leveza e amor.

Sugestão para fazer em outro local: um kit de presentear com um espelho (para ela não
esquecer o quanto ela é linda e importante), um batom vermelho (para ela lembrar do sagrado
feminino), um objeto simbólico da família, flores e uma cartinha de mãe para filha.

O importante é estar junto, acolhendo e apoiando as meninas.

rojeto de Prem Samit Janaina Benke com parceria de Andreia Ferrari, Nicole Roitberg e Ivy Marques
Garcia 

Confeccção bastão de poder, vivencia ervas, roda de cantos iniciaticos e tambores, danças circulares,
mini aum, fogueira com contos e ritos iniciaticos, vivencia amor proprio, mandala da lua, revivendo o
nascimento somaterapia, heart chakra, saberes do feminino, kundalini dance 

Cada filha leva consigo a sua mãe. É um vínculo eterno do qual nunca poderemos nos desligar. Porque, se algo
deve ficar claro, é que sempre teremos algo de nossa mãe.
 
Para termos saúde e sermos felizes, cada uma de nós deve conhecer de que maneira nossa mãe influenciou
nossa história e como continua influenciando. Ela é a que, antes de nascermos, ofereceu nossa primeira
experiência de carinho e de sustento. E é através dela que compreendemos o que é ser mulher e como podemos
cuidar ou descuidar do nosso corpo.
Nossas células se dividiram e se desenvolveram ao ritmo das batidas do coração; nossa pele, nosso cabelo,
coração, pulmões e ossos foram alimentados pelo sangue, sangue que estava cheio de substâncias
neuroquímicas formadas como resposta a seus pensamentos, crenças e emoções. Quando sentia medo,
ansiedade, nervosismo, ou se sentia muito aborrecida pela gravidez, nosso corpo se inteirou disso; quando se
sentia segura, feliz e satisfeita, também notamos.
– Christiane Northrup –
 
O legado que herdamos de nossas mães
“A maior herança de uma mãe para uma filha é ter se curado como mulher”
– Christiane Northrup –
Qualquer mulher, seja ou não seja mãe, leva consigo as consequências da relação que teve com sua
progenitora. Se ela transmitiu mensagens positivas sobre seu corpo feminino e sobre a maneira como devemos
trabalhá-lo e cuidá-lo, seus ensinamentos sempre irão fazer parte de um guia para a saúde física e emocional.
No entanto, a influência de uma mãe também pode ser problemática quando o papel exercido for tóxico, devido
a uma atitude negligenciada, ciumenta, chantagista ou controladora.
Quando conseguimos compreender os efeitos que a criação teve sobre nós, começamos a compreender a nós
mesmas, a nos curarmos, e a sermos capazes de assimilar o que pensamos de nosso corpo ou a explorar o que
consideramos possível conseguir na vida.
 
A atenção materna, um nutriente essencial para toda a vida
Quando uma câmera de TV filma alguém do público em algum evento esportivo ou qualquer outro
acontecimento… O que as pessoas costumam gritar? “Oi, mãe!”
Quase todos nós temos a necessidade de sermos vistos por nossas mães, buscamos sua aprovação. Na origem,
esta dependência obedece às questões biológicas, pois precisamos delas para subsistir durante muitos anos; no
entanto, a necessidade de afeto e de aprovação é forjada desde o primeiro minuto, desde que olhamos nossa
mãe para sabermos se estamos fazendo algo certo ou se somos merecedores de uma carícia.
Assim como indica Northrup, o vínculo mãe-filha está estrategicamente desenhado para ser uma das relações
mais positivas, compreensivas e íntimas que teremos na vida. No entanto, isso nem sempre acontece assim…
Com o passar dos anos, esta necessidade de aprovação pode se tornar patológica, gerando obrigações
emocionais que propiciam que nossa mãe tenha o poder sobre nosso bem-estar durante quase toda a nossa vida.
O fato de que nossa mãe nos reconheça e nos aceite é um sede que temos que saciar, mesmo que tenhamos que
sofrer para conseguir isso.  Isso supõe uma perda de independência e de liberdade que nos apaga e nos
transforma.
 
Como começar a crescer como mulher e filha?
Não podemos escapar desse vínculo, pois seja ou não saudável, sempre estará ali para observar nosso futuro.
A decisão de crescer implica limpar as feridas emocionais ou qualquer questão que não tenha sido resolvida na
primeira metade de nossa vida. Esta transição não é uma tarefa fácil, pois primeiro temos que detectar quais são
as partes da relação materna que requerem solução e cicatrização.
Disso depende nosso senso de valor presente e futuro. Isso acontece porque sempre há uma parte de nós que
pensa que devemos nos dar em excesso para a nossa família ou para o nosso parceiro para sermos merecedoras
de amor.
A maternidade e, inclusive, o amor de mulher continuam sendo sinônimos culturais na mente coletiva. Isso
supõe que nossas necessidades sejam sempre relegadas ao cumprimento ou não das dos demais. Como
consequência, não nos dedicamos a cultivar nossa mente de mulher, senão a moldá-la ao gosto da sociedade na
qual vivemos.
As expectativas do mundo sobre nós podem ser muito cruéis. De fato, eu diria que constituem um verdadeiro
veneno que nos obriga a esquecer nossa individualidade.
Estas são as razões que fazem tão necessária a ruptura da cadeia de dor e cicatrização íntegra de nossos
vínculos, ou as lembranças que temos deles. Devemos estar cientes de que estes vínculos se tornaram
espirituais há muito tempo e, portanto, cabe a nós fazermos as pazes com eles.
Fonte consultada: Mães e filhas de Christiane Northrup
Texto original em espanhol de Raquel Aldana
Fonte indicada: A mente é maravilhosa 

contos de fada: 

ritual da menarca 

Resgatando o passado, construindo o futuro


Durante os milênios da supremacia patriarcal, refletida nos valores espirituais, culturais, sociais,
comportamentais e amparada pela hierarquia divina masculina, foi negada e reprimida qualquer manifestação
da energia feminina, divina e humana. Resultou assim em uma cultura exclusiva e destrutiva, centrada na
violência, conquista e dominação, com o conseqüente desequilíbrio global atual.
Os homens – como gênero – não foram os únicos responsáveis pelas agressões e atitudes extremistas a eles
atribuídas; a causa pode ser atribuída à maneira pela qual a identidade masculina foi criada e reforçada pelos
modelos e comportamentos de “heróis” e “super-homens”. Fundamentados em seus direitos “divinos”,
outorgados inicialmente por deuses guerreiros e depois reiterados pela interpretação tendenciosa dos preceitos
bíblicos, os homens foram inspirados, instigados e recompensados para desconsiderar e deturpar as milenares
tradições matrifocais e os cultos geocêntricos. Em lugar de valores de paz, prosperidade e parceria igualitária,
foram instaurados princípios e sistemas de conquista, exploração e dominação da Terra, das mulheres, crianças
e de outros homens.
Pela sistemática inferiorização e perseguição da mulher, o patriarcado procurava apagar e denegrir os cultos da
Grande Mãe, interditando os seus rituais, “demonizando” e distorcendo seus símbolos e valores. A relação
igualitária homem-mulher foi renegada, a mulher declarada um ser inferior, desprovido de alma, amaldiçoado
por Deus, responsável pelos males do mundo e por isso destinada a sofrer e a ser dominada pelo homem. Os
princípios masculino e feminino – antes pólos complementares da mesma unidade – foram separados e
colocados em ângulos opostos e antagônicos. Enalteceu-se o Pai, negou-se a Mãe e usou-se o nome de Deus
para justificar e promover o código patriarcal, a subjugação e exploração da Terra e das mulheres. A tradição,
os cultos e a simbologia da Deusa foram relegados ao ostracismo e paulatinamente caíram no esquecimento.
Patriarcado e cristianismo se uniram na construção de uma sociedade hierárquica e desigual, baseada em
princípios, valores, normas, dogmas religiosos, estruturas sociais e culturais masculinas.
As últimas décadas do século passado proporcionaram uma gradativa mudança de paradigmas nas relações e
nos conceitos relativos ao masculino e feminino. No entanto, para que este avanço teórico se concretize em
ações e modificações comportamentais e espirituais, é imprescindível reconhecer a união harmoniosa e
complementar das polaridades e procurar novos símbolos e rituais para o seu fortalecimento e equilíbrio. Com
o surgimento progressivo de uma dimensão feminina da Divindade na atual consciência coletiva, está sendo
fortalecido o retorno à Deusa e a revalorização do Sagrado Feminino.
Somos nós que estamos voltando à Deusa, pois Ela sempre esteve ao nosso lado, apenas oculta na bruma do
esquecimento e velada pela nossa falta de compreensão e conexão com seu eterno amor e poder.
A principal diferença entre o Pai patriarcal, celeste e a Mãe cósmica e telúrica universal é a condição
transcendente e longínqua do Criador e a essência imanente e eternamente presente da Criadora, em todas as
manifestações da Natureza.
A redenção do Sagrado Feminino diz respeito tanto à mulher quanto ao homem. Ao esperar respostas e
soluções vindas do Céu, esquecemos de olhar para baixo e ao redor, ignorando as necessidades da nossa Mãe
Terra e de todos os nossos irmãos de criação. Para que os valores femininos possam ser compreendidos e
vividos, são necessárias profundas mudanças em todas as áreas: social, política, cultural, econômica, familiar e
espiritual. Uma nova consciência do Sagrado Feminino surgirá tão somente quando for resgatada a conexão
espiritual com a Mãe Terra, percebida e honrada a Teia Cósmica à qual todos nós pertencemos e assumida a
responsabilidade de zelar pelo seu equilíbrio e preservação.
O reconhecimento do Sagrado Feminino deve ser uma busca de todos, porém cabe às mulheres uma
responsabilidade maior, devido à sua ancestral e profunda conexão com os arquétipos, atributos, faces, ciclos e
energias da Grande Mãe.
Uma grande contribuição na transformação da mentalidade do passado e na expansão atual da consciência
coletiva são os encontros de homens e mulheres em círculos e vivências comunitárias, para despertar e alinhar
mentes, corações e espíritos em ações que visem a cura e a transmutação das feridas da psique, infligidas pelo
patriarcado. Apaziguar a si mesmo, harmonizar seus relacionamentos, vencer o separatismo, reconhecer e
honrar a interdependência de todos os seres, evitar qualquer forma de violência, dominação, competição ou
discriminação são desafios do ser humano contemporâneo, no nível pessoal, coletivo e global. Incentivando a
parceria entre os gêneros e a interação dos planos energéticos (celeste, telúrico, ctônico) criam-se condições
que favorecem a expansão da consciência individual e contribuem para a evolução planetária.
Texto de : Por Mirella Faur

A Recepção da
Minha Primeira
Lua (Menarca)
Não houve nenhum ritual, nenhuma festa, nenhum presente ou flores, mas eu desejava muito me tornar uma
mulher, uma mulher madura, uma mulher de verdade, estava cansada de ser simplesmente uma menina e de ser
chamada de criança. Poxa! Não era assim que eu me sentia!
 
Talvez por ser a irmã mais velha, naquela época de 3, hoje de 4 (2 homens e 2 mulheres), mas é bem provável
que eu quisesse me autoafirmar, me sentir importante, madura, a adulta e assim poder sobressair dentro daquele
ninho familiar apertado, além disso era assim também que vinha sentindo o meu corpo transbordante de
hormônios femininos, por isso receber a menarca e sangrar como uma mulher, vinha pra mim com esse tom de
orgulho: o de me tornar - vir a ser - uma mulher especial!
 
Minha mãe começou a me contar sobre a história do nascimento dos bebês aos 7 anos e acredito que tenha
conseguido concluir as explicações somente por volta dos 9 anos, ou então foi com essa idade que pude
assimilar a história toda. Não consigo me recordar o que ela me contou sobre a menstruação, mas era algo que
eu desejava muito, e tinha admiração pelas mulheres que tinham esse poder.
 
Havia acabado de completar 11 anos, naquela época jogava vôlei e no meu time tinha algumas garotas, as
"moças que já menstruavam”, que viviam comentando no vestiário coisas sobre a menstruação, que naquele dia
não pôde colocar o jeans branco, e lembro que uma mostrava o bumbum pra outra e perguntava se tinha
“vazado”. Lembro que fingia já ter menstruado e assim elas não achariam que eu ainda era criança, enquanto
isso esperava ansiosamente por aquele rio vermelho.
 
Tive uma educação bem aberta, minha mãe não recebeu muita informação sobre o ser mulher da minha avó,
mas transmitiu tudo o que sabia para nós. Quando recebeu a sua lua pela primeira vez ela achou que estava
machucada e que iria sangrar até morrer, isso me leva a imaginar como foi esse momento para a minha avó,
bisavó, tataravó, e me questiono se bem lá atrás, talvez uns 300 anos atrás, uma dessas mulheres tenha saudado
a chegada da sua primeira lua. Acredito que sim! Acredito que as minhas ancestrais conduziram rituais para
suas filhas, que lhe enfeitaram com flores, ornamentos e que houve uma enorme celebração nessa recepção.
 
Como foi a recepção da sua Primeira Lua?
Que emoções vieram junto com ela?
Com quem você compartilhou?
Você lembra quais foram as suas referências do feminino nessa época? Uma amiga mais velha, professora, tia,
irmã ou foi a sua mãe que te iniciou nos saberes femininos?
 
Guardo na memória três modelos do feminino: o da minha mãe e de duas tias, uma delas é minha madrinha e
ela é apenas 11 anos mais velha, ela tinha um namorado e eu sempre saia junto com eles, admirava seus seios
fartos, ela usava maquiagem, anéis e brincos grandes, quando ela viajava secretamente ia até o seu quatro pra
pegar suas coisas de mulher, quando as usava me sentia poderosa.
 
Arrow! A minha primavera chegou, o tão aguardado florescimento! 
 
Foi em uma tarde de inverno de lua nova em agosto, cheguei da escola e fui correndo fazer xixi, quando olhei
pra baixo, dessa vez lá estava ELA: minha primeira LUA VERMELHA, meu primeiro SANGUE SAGRADO!
 
Uma súbita alegria tomou conta de mim, se fecho meus olhos ainda me vem o sobressalto no peito, a energia
no coração, a inspiração profunda, o êxtase: agora SOU UMA MULHER DE VERDADE!
Já sai correndo pra contar pra minha mãe, não lembro se ela disse algo, acho que apenas sorriu.  
 
Que vazio! Que sem graça! Não era assim que eu imaginava, precisava de algo mais, uma parte muito desperta
em mim desejou que esse dia fosse festejado e lembrado para sempre, entretanto esses desejos ficaram
adormecidos em mim por 21 anos e com o nascimento do meu filho eles foram reanimados!
 
No início da minha puberdade não tinha conhecimento sobre as cerimônias da entrada da maturidade ou o
significado dos rituais de passagem; não sabia que mulheres eram cíclicas e que podíamos nos conectar com a
lua, sincronizar os ciclos menstruais com ela e seguir o pulso da natureza; ninguém me contou que aquele
sangue era um dos maiores tesouros e o maior poder de uma mulher, que eu poderia fazer uma mandala ou
calendário lunar menstrual e anotar minhas emoções, pensamentos, desejos e as transformações que meu corpo
passa a cada fase; não aprendi sobre os nossos arquétipos; nem sequer soube que existia uma Deusa Mulher e
um Feminino que era Sagrado; não me falaram sobre ecologia feminina, absorventes ecológicos, coletores
menstruais e sobre plantar a lua e devolver o sangue pra mãe terra, para que assim pudesse perpetuar o ciclo de
morte e renascimento. 
Muitas coisas não foram ditas, as mulheres que eu admirava não sabiam sobre tudo isso. 
 
Na verdade depois do dia que deixei minha infância pra me tornar mulher, senti um vazio gigantesco, uma
tristeza que não conhecia antes, passei a sentir raiva da minha mãe e de todas as mulheres, o patriarcado podou
aquele êxtase, me contou que o sangue era descartável, menstruar desnecessário, a TPM o maior pesadelo de
uma mulher, passei a sentir vergonha do vermelho borrado nas carteiras da escola, do volume do absorvente na
calça, eu não curti mais minhas férias na praia, odiava meu corpo, minha cara infestada de espinhas, abominei
aquelas cólicas, ser levada ao hospital pra conter os vômitos e diarreias, morri de medo de não poder ser mãe
quando recebi o diagnóstico de que tinha um ovário "estragadinho" (nódulo ovariano/ endometriose) palavras
de um doutor aos 17 anos; claro, me afastei dos homens depois disso, os rejeitei por anos, passei a me auto-
punir e comer compulsivamente até chegar aos 94 kg, não me permitia sentir prazer, não tive orgasmos, rejeitei
e tive nojo da mulher fêmea e selvagem em mim.
 
Contudo, depois da noite escura, os primeiros raios de sol brilharão, depois do inverno cinzento, as primeiras
flores coloridas brotarão, depois de um longo período de 21 anos adormecida, enfim estou despertando!
 
Estou tomando posse do meu SER MULHER, aprendendo dia após dia um pouco mais sobre a Donzela, Mãe,
Feiticeira e Anciã que vivem em mim, estou permitindo ser vulnerável em alguns momentos sem me sentir
fraca ou inferior, venho aceitando meu corpo como ele é, perfeito pra mim e para as tarefas a que vim
desempenhar nessa jornada espiritual terrena, estou acolhendo a mim mesma com mais gentileza, tendo mais
paciência com meus ritmos e imperfeições, tenho também aprendido a me perdoar, a receber o amor do meu
companheiro e a doar mais livremente.
 
Uma das maravilhosas vivências que tenho realizado é a de agradecer às minhas ancestrais por tudo o que elas
fizeram, viveram e foram, para que eu pudesse ser quem eu sou e estar aqui hoje.
 
 
E a Divindade Feminina vem sendo muito generosa comigo, ela tem me presenteado com a amizade de
mulheres divinas - iluminadas - abençoadas que vem compartilhado de sua sabedoria feminina comigo, por isso
recebam esse texto que ofereço em homenagem a cada uma de vocês: avós, mãe, sogra, tias, primas, sobrinha,
cunhadas, amigas, professoras, mestras, interagentes, a irmandade que tem cocriado os Círculos de
Mulheres: As Filhas da Lua e da Terra e a todas vocês que sangram.
 
 
 
Com amor compartilho minha história pessoal saída das entranhas do meu Ser,
 
Dani
 
Ps. Se você tem uma filha, neta, sobrinha ou conhece alguma jovem mulher que acabou de receber a sua
primeira lua (menarca) dê a ela de presente a Benção do Útero Individual, traga-a para a Benção Mundial do
Útero ou a Celebração da Menarca. Onde? Quando?.

Como foi receber a sua menarca?


E hoje como você vive as suas energias cíclicas femininas? 
Ou se já não menstrua mais, como desfruta da plenitude como mulher?

Sente que é possível acessar mais do seu poder, amor, transformação e sabedoria femininas?

Na nossa cultura, esse Rito de Passagem tão importante na transição de menina em mulher, marcado pela


chegada da primeira menstruação ou a primeira lua, passa muitas vezes em branco e pode deixar um vazio
profundo em nosso ser.

Decididas a acolher e honrar a menina-mulher que fomos e somos, decidimos então aprofundar nossas
pesquisas nos ritos femininos e encontramos os belos trabalhos dessas sacerdotisas e autoras do Sagrado
Feminino: Mirella Faur, Miranda Gray, Lara Owen, Dra Christine Page e DeAnna L'am. E assim, dos livros,
trabalhos, canalizações e frutos que elas doaram e nos abençoaram, nos nutrimos, gestamos e permitimos trazer
a luz o Festival da Primavera & a Celebração da Menarca.

Na sua 2a edição - dia 05 de novembro - em uma linda chácara em Campinas acontecerá esse ritual de
profunda beleza e cura, de celebração dessa passagem natural que pode e merece, em qualquer idade, ser
resignificada nos níveis emocional e espiritual.

Em uma atmosfera de profundo amor todas as participantes serão convidadas a passar pelo portal da lua e se
reconhecerem como parte dessa natureza bela e perfeita, honrarem sua vida cíclica, a conexão com as fases da
lua e seus arquétipos e deusas interiores. 

 
A realização desse encontro do feminino conta com a energia sagrada de mais e mais mulheres, trazendo seus
dons e talentos pra formar esse caldeirão de cura e transformação.

Sinta-se bem-vinda e convidada a participar da comunidade "Filhas da Lua e da Terra".


 
"No passado, a mudança da estação primavera para o verão era vista como a Terra se transformando a partir de
uma menina com suas energias dinâmicas crescentes, 
para uma mulher adulta e mãe com energias mais férteis, suaves e completas. 
 
A Benção Mundial do Útero segue as estações da Terra enquanto ela viaja ao redor do sol, e nessa jornada
reconhecemos e reverberamos com a nossa própria natureza cíclica." 
 
~Miranda Gray, líder do movimento Mundial da Bênção do Útero

audio e explicações bençao do utero 

A MINHA PRIMEIRA LUA 


(celebração da menarca)
Mães-Avós-filhas
(2 de Abril)

Dia 2 de Abril vamos celebrar a menarca, o ritual da menarca será realizado com a mãe e a menina, poderão
também estar presentes a avó ou uma madrinha, que ajudará a menina ao longo da vida a entender e a vivenciar
os seus ciclos de forma harmónica e saudável.
Neste encontro vamos honrar o nosso útero e ensinar à menina o significado do ciclo menstrual e a sua
importância. 
Nesta celebração teremos alguns momentos emblemáticos onde mãe e filha vão cuidar do coração-utero uma
da outra, e onde a mãe entregará à filha uma rosa, e uma vela como simbolo da luz da Lua que guiará a menina
através dos ciclos.

Esta é uma celebração muito bonita e forte pois simboliza e reitera o poder pessoal de cada mulher na
sociedade.

A celebração pode ser filmada e fotografada mas neste momento apenas mulheres podem estar presentes.
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A primeira menstruação chama-se Menarca, “men" significa lua ou mês e “arke”significa início ou começo. 
Este é um momento extremamente importante na vida de todas as mulheres, não só por ser o primeiro contato
com o sangue, mas também por ser o começo de um longo processo mensal, que marca a vida da mulher cerca
de trinta e cinco anos. 

Nas antigas culturas e tradições, nesses momentos a mãe apóia a filha de forma amorosa e sábia, ensinando-lhe
“os segredos” do seu poder e dando-lhe a certeza do seu potencial e da sua missão como mulher, tal como uma
borboleta que sai do casulo, a menina, ao sair da infância, emerge num mundo novo, cheio de possibilidades e
imprevistos, necessitando, por isso, conhecer e confiar no seu próprio poder. 

Infelizmente, nas culturas patriarcais que prevalecem até hoje, inúmeras mulheres passaram por experiências
extremamente negativas durante a menarca, não dispondo de informação ou recursos internos para guiar e
iniciar as suas filhas .

Originariamente, a menarca era a entrada da menina para o misterioso e poderoso reino do “mana” o poder
sagrado, sendo um acontecimento repleto de significados e alegria

É necessário para que recuperemos o nosso centro, harmonia e poder femininos o restabelecimento desse
vínculo. É importante para nós mulheres recuperarmos o sentido sagrado desse facto biológico central nas
nossas vidas. 
O período menstrual é um momento riquíssimo de simbologia biológica, emocional e psíquica no qual
podemos aprender mais a nosso respeito e curar as nossas feridas. 

Dessa forma, a arte cíclica da menstruação pode ser restaurada e reverenciada, possibilitando uma vida mais
plena e feliz como mulher.

Menstruação e
Identidade
Feminina
"A Lua natal mostra a auto-imagem das mulheres. A menstruação está conectada com a auto-imagem porque o
ciclo mensal deixa claramente marcadas as fases da vida de uma mulher, desde a menarca até a menopausa.
Durante os trânsitos dos planetas exteriores para Câncer, a média de idade da primeira menstruação caiu dos 14
anos para os 12 e meio, ao passo que a menopausa foi adiada. Em épocas anteriores, nossa história reprodutiva
deve ter sido muito mais próxima dos aspectos da Lua progredida para sua posição natal. Usando o método de
um dia por ano, o ciclo lunar de 28 dias se transforma num ciclo anual de 28 anos. As divisões em quartos
correspondem a 7, 14, 21 e 28 anos, com uma nova fase a cada 7 anos depois disso. Essas fases correspondem a
mudanças em áreas lunares da vida.
A idade mais baixa para a menarca talvez não pareça importante diante disso. Entretanto, uma mulher de 14
anos está mais bem equipada do que uma de 12 para lidar com o desenvolvimento dos seios, o aumento dos
hormônios e a atenção sexual que a puberdade traz. Anos antes de terem maturidade para serem mães, as
meninas já estão capacitadas a tanto. Já não é incomum que meninas de 11 e 12 anos sejam levadas a clínicas
de aborto, e existe uma epidemia de gravidez adolescente. Pais que "resolvem" o problema da sexualidade da
adolescente fazendo-a tomar pílula, colocam em perigo o equilíbrio hormonal da filha, que é bastante delicado
nessa idade. A dose extra de hormônios contribui para a perturbação emocional da adolescente. Os homens não
fazem uma entrada tão bem definida na condição masculina, mas para as mulheres a primeira menstruação ou
menarca é o rito de passagem para a condição feminina. Até que comece a menstruar, a garotinha talvez não se
identifique plenamente com a mulher adulta. O começo da menstruação é o primeiro limiar lunar importante e
prepara o cenário para todos os outros que se seguem. Nossas experiências naquele momento crucial dão o
colorido às percepções de feminilidade. A partir das reações dos adultos significativos, descobrimos se essa
parte de nós é suja ou natural. Aprendemos se é uma coisa positiva a ser celebrada ou uma coisa vergonhosa a
ser escondida. Costumes como o tapa na cara, entre os judeus, na primeira menstruação, comunicam
mensagens sobre o significado de ser mulher. Contraste-se o fato com as celebrações de um dia ou uma semana
de duração, feitas para a primeira menstruação das meninas em muitas culturas nativas. (Na falta de ritos de
puberdade culturalmente sancionados,talvez a gravidez na adolescência tenha a intenção de ser parcialmente
uma espécie de rito de passagem — como uma afirmação "no meio da cara" de que "agora eu sou uma
mulher".) Se você quiser estabelecer um ritual para sua filha ou qualquer outra garota, o livro de Marcia Starck,
Women's Medicine Ways, está cheio de exemplos e dicas de outras culturas.
Cada menstruação pode trazer para a mulher heterossexualmente ativa um momento de alívio ou de desolação
por não ter engravidado ainda. Muitas de nós têm medos e anseios primitivos quanto à nossa fertilidade,
usando-a até certo ponto para decidir se somos ou não "mulheres de verdade". As mulheres que estão na
menopausa ou sofreram uma histerectomia muitas vezes têm sentimentos intensos em relação a essa mudança,
inclusive o medo de que estejam perdendo a feminilidade. Nossa identidade feminina e senso de
autovalorização estão ligados a essas funções, independentemente de nossas capacidades e realizações. Não
importa quão liberadas ou instruídas sejamos, elas continuam a ter mistério e poder. São muito intensas as
emoções que temos em relação às panes do corpo que mais claramente nos definem como mulheres — os seios
e o útero. Esses órgãos regidos pela Lua podem despertar sentimentos de inadequação, medo ou vergonha. Os
homens também reagem intensamente a eles."
Primeiro dia de Lua Nova.
Quantas vezes a gente já não reclamou quando a menstruação chega. Chamada de monstra, de chico. Menstruar
passou a ser mais um atributo biológico desnecessário na sociedade moderna.
Uma vez ouvi de uma parteira chilena que os problemas do parto começam com a não aceitação da
menstruação. Segundo essa sábia mulher, o sangue que derramamos em ciclos próximos aos lunares (28 dias),
é um grande portal de poder feminino.
É através de nossa menstruação que nos conectamos com os ciclos da lua, com a força da natureza interna que
aponta o momento em que o ventre chora em despedida ao óvulo não fecundado. Momento esse que nos
esvaziamos mental e fisicamente dos despejos espermatozóicos masculinos, que carregam não só matéria, mas
também sentimentos que são absorvidos em nosso ventre. Menstruar é se limpar psiquicamente.
Nossa sociedade dinâmica e intensa bloqueia o contato com este poder feminino através da menstruação.
Masculinizar a essência para servir ao mercado é sinal de sucesso. O sangue é considerado nojento e a falta de
contato da mulher com seus próprios processos geram um distanciamento deste centro de poder fundamental
para uma vida sexual saudável, para um bom parto e amamentação.
Em algumas sociedades acredita-se que a menstruação é um momento especial.Em algumas tradições
matriarcais o sangue era uma forma de reverenciar a Deusa e um momento especial porque confere à mulher
poderes mágicos, chaves para seu inconsciente.
Em uma sociedade asséptica, em que mulheres são consideradas vitoriosas por não menstruarem, adotando
muitas vezes recursos como os chips de hormônios inseridos debaixo da pele, lidar com os próprios produtos
que saem das entranhas do corpo é algo impensado.
Na busca pela assepsia de emoções e corpos faz mais sentido deitar-se alheia,com o ventre seccionado para a
retirada do bebê,  do que vivenciar as dores e prazeres deste processo biológico.
Existe um poder escondido, quase secreto, que reconecta à mulher a si mesma através da menstruação. Sangrar
é entregar esse sangue como veículo de renovação. Nerga-se é o que gera a Tensão Pré Menstrual e as sérias
mazelas corporais e físicas.
Quando negamos as diversas etapas de ser mulher, abrimos mão do profundo poder que é ser. O primeiro portal
de poder feminino é a menstruação, segue com a primeira relação, fortalece-se como parto e consagra-se com a
menopausa.
Assim como as mulheres não querem menstruar, abrem mão de parir e com bisturis modificam seus corpos
sábios e vividos no fim do ciclo fertilidade em busca de uma eterna juventude.
Conheço mulheres que tomam pílulas para não menstruarem em determinadas ocasiões. Uma viagem com
namorado, lua de mel. Como se pudéssemos pegar nossos processos fisiológicos para que nos sirvam. Tem
quem abra mãos de menstruar. Transar menstruada é um tabu. Mas se você for perguntar para os homens, este
tabu é muito mais feminino.
Há quem tenha nojo do próprio sangue?! Depois de começar a usar os coletores, menstruar se tornou ainda
mais fácil. Posso correr (que não vaza), entrar na água (que não fica aquele tufo inflado de algodão por dentro).
É só lavar, algumas vezes por dia. E como o sangue não entra em contato com o ar, ele não tem aquele cheiro
desagradável dos absorventes descartáveis.
Por muito tempo a menstruação era para mim um grande problema. Não pelas cólicas, que nunca tive, nem
pelo fluxo, mas porque eu nunca gostei de usar absorvente. Meu ciclo sempre foi perfeito – 28 dias. A
Menstruação sempre durou 4 dias. Mas eu era atleta e a menstruação diminuía meu rendimento e quando
menstruada tinha que usar absorvente interno para nadar ou malhar.
Parar de menstruar foi um ato bem simbólico. Isso aconteceu durante a gestação e depois de nove meses. Eu
senti a menstruação vindo. Virei um bicho. Brava, agressiva. A loba que nascia no parto que mostrava sua face
escura na lua nova. Foram as minhas TPMs que me mostraram o caminho de resgate do meu feminino que se
fragmentara no parto, criando um caleidoscópio da antiga Kalu, para a nova. Passei a entender que as TPMs
são, na verdade, uma lente de aumento para aquilo que não vai bem. Uma grande oportunidade para olhar de
perto e bem fundo nossas feridas.
Ano passado, em outubro, depois do curso da Mother Maya, sobre a cura do feminino, passei a fazer aplicação
de um chá para amenizar os efeitos da TPM na minha vida.
Receita do Chá
3 colheres de sopa de pétalas de rosas vermelhas orgânicas
3 colheres de sopa de folha de morango silvestre seco (pode substituir por gel de babosa puro 1 colher de sopa)
Ferver duas xícaras de chá de água em banho maria. Quando ferver jogar as pétalas e deixar tampado até estar
mais fria do que um chá de beber. Aplicar com uma ponteira vaginal em recipiente de enema (preferência por
metal). Colocar lá dentro. Reter e depois soltar, deitada no chão, de barriga para cima, com os pés apoiados no
chão, inclinando para cima o quadril e liberando-o levemente.
Esse chá ajuda a melhorar todos os processos femininos. Sempre aplicar no segundo dia de lua nova, até o nono
dia da lua, dia sim e dia não. Para quem já menstrua na Lua nova ele serve para limpar o útero. No pós parto,
banho de assento com esse chá é ótimo para cuidar desta região.
Em 3 aplicações comecei a menstruar na Lua Nova. Depois de passar 2 finais de semana seguidos trabalhando
com os aspectos do feminino, minha menstruação atrasou 10 dias, e chegou no segundo dia de Lua Nova,
trazendo para mim a renovação.
Minha menstruação sempre foi muito simbólica para mim. Ela me mostra sobre minha saúde emocional
principalmente. Sempre que inicio uma nova relação amorosa minha menstruação muda. Como se entrasse em
um novo ciclo com aquele parceiro. E no término, ela vem, como para mostrar o fim.
O caminho de aceitação pelo feminino, em minha opinião, passa por uma aceitação da menstruação e dos
demais processos que nos cabem: parir e amamentar. A beleza do feminino não é abrir mão disso, mas
aprender a conviver bem com tudo isso. E todos esses processos são um convite de olhar e adentrar em si
mesma, percorrendo os caminhos das sombras para ver as estrelas.
Não tenho filhas, mas meu filho sempre vê meu sangue. Não me escondo. Ele me pergunta sempre a
menstruação e uso a analogia da lua para explicar o que acontece com as mulheres. A lua cheia, o útero que
espera o filho e quando este não vem, o corpo que se renova.
Quando ele não vê a lua no céu ele diz: está perto do dia de você sangrar, né, mãe?
E assim, conectada e de posse de nosso sangue, podemos fazer uma revolução interna. Menstruar é um verbo
feminino que temos que ter orgulho de conjugar, como parir e amamentar. Claro que podemos abrir mão, mas
não sem consequência para nosso crescimento feminino.
Conheça o trabalho da Iza Sanz
Se você quer se conectar com sua menstruação, sugiro baixar o aplicativo gratuito (para Iphone e Android) para
Period Tracker.
Para saber o ciclo da lua MoonPlanner.

FASES DO
CICLO
FEMININO
Os Mistérios do Sangue
 
 
A primeira e mais antiga forma de medir o tempo foi pelo ciclo menstrual das mulheres. Olhando o céu e
contando os dias para a chegada da menstruação ou para a confirmação da gravidez, as mulheres criaram os
primeiroscalendários e estabeleceram as bases do conhecimento místico e mágico da Lua. A raiz da palavra
“menstruação” vem do latim mens e significa “lua” e “mês”.
Para os povos antigos, a menstruação era um dom dado às mulheres pelas Deusas para que elas pudessem criar
e perpetuar a própria vida. A sincronicidade do ciclo lunar e menstrual refletia o vínculo entre a mulher e a
divindade, pois ela guardava o mistério da vida em seu corpo e tinha o poder de tornar real o potencial da
criação. Esses ciclos também refletiam as estações e mudanças da natureza, o ventre aparecendo como
receptáculo da vida eterna, simbolizado pelo cálice, caldeirão ou Graal em vários mitos. Todos os homens
nascem da mulher, seus corpos são formados do tecido de seu útero, o sangue que corre na veia do recém-
nascido é o sangue de sua mãe. O poder da mulher vem através de seu sangue, por isso ela não deve temê-lo ou
desprezá-lo, mas considerá-lo sagrado, imantado com o poder que liga a mulher à Fonte da Criação.
 
Considerada pelos povos antigos como a “Flor da Lua” ou o “néctar da Vida”, a menstruação passou a ser
desprezada pelas sociedades patriarcais, que a consideravam a origem do poder maligno da mulher, a marca do
demônio, o castigo dado a Eva por ter transgredido as regras e obediência e submissão. Enquanto que nas
sociedades matrifocais as sacerdotisas ofereciam seu sangue menstrual à Deusa e faziam suas profecias durante
os estados de extrema sensibilidade psíquica da fase menstrual, a Inquisição atribuía esse poder oracular a
prova da ligação da mulher com o Diabo, punindo e perseguindo as mulheres “videntes”. E assim originaram-
se os tabus, as proibições, as crendices e as superstições referente ao sangue menstrual. “Tabu” é uma palavra
de origem polinésia , cujo significado – “sagrado” – refere-se a tudo aquilo que por ser imbuído de poder
especial chamado mananão podia ser tocado ou usado por pessoas que não estivessem preparadas para lidar
com essa energia, o que poderia lhes ser prejudicial. O sangue menstrual ou pós-partum era impregnado
de mana, sendo por isso considerado sagrado, ou seja tabu.
Com o passar do tempo, o significado da palavra tabu foi deturpado para proibido, tendo uma conotação
negativa e até mesmo perigosa, principalmente para homens que temiam esse poder misterioso da mulher. Esse
temor vinha do fato de que o homem, quando sangrava, era por ferimento ou doença, com consequências quase
sempre fatais.
 
Infelizmente, milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres de seu poder inato e
negaram-lhe até mesmo seu valor como criadoras e nutridoras da própria vida. Reduzidas a mera reprodutoras,
fornecedoras de prazer ou de mão-de-obra barata, as mulheres foram consideradas incompetentes, incapazes,
desprovidas de qualquer valor e até mesmo de uma alma!
Não mais o respeito e a veneração pelo poder sagrado de seu sangue, mas a vergonha, a repulsa, o silêncio
sobre “aqueles dias”, as acusações e explicações científicas dos estados depressivos, explosivos ou da mudança
de humor como algo mórbido, que deveria ser tratado com remédios ou indiferença.
 
Em vez dos antigos rituais de renovação e purificação nas Cabanas ou Tendas da Lua, onde as mulheres se
isolavam para recuperar sua energia e abrir seus canais psíquicos para o intercâmbio com o mundo espiritual, a
mulher moderna deveria disfarçar, esforçando-se para continuar com suas atribuições cotidianas, perdendo o
contato e sintonia com seu corpo e a energia da Lua. O resultado é tensão pré-menstrual, as cólicas, o ciclo
desordenado, o desconhecimento dos “Ritos de Passagem” e dos “Mistérios da Mulher”. As meninas passam
por sua menarca sem nenhuma preparação ou celebração, aprendendo, muitas vezes, as verdades sobre seus
corpos de forma dolorosa ou prejudicial. Ao chegar na menopausa, a mulher sente-se marginalizada,
desprezada, envelhecida, sem receber apoio ou ensinamento de como atravessar e aproveitar essa nova fase
plena de possibilidades e de sabedoria.
 
Pelo ressurgimento do Sagrado Feminino, as mulheres estão reaprendendo o verdadeiro valor sagrado de seus
corpos, de suas mentes e de seus corações. Restabelecem-se os rituais de passagem, celebrando as fases de
transição na vida da mulher: a menarca – primeira menstruação – , a maturidade sexual, a gestação, o parto e a
menopausa.
É imperativo à mulher contemporânea recuperar a sacralidade de sua biologia. Para isso, ela deve lembrar seus
antigos conhecimentos, compreender os verdadeiros mitos e arquétipos de sua natureza lunar, reconhecer o
poder mágico de seu ventre e sua conexão com a Deusa.
 
A sociedade atual, altamente industrializada e intelectualizada, é carente de Ritos de Passagem e Celebrações,
preocupando-se apenas com a produtividade, o consumismo e o modismo.
É vital para a mulher moderna suprir essa lacuna lendo e reaprendendo as antigas tradições, usando sua
intuição e sabedoria para adaptá-las à sua realidade moderna, celebrando os Ritos de Passagem.
 
Esse ato de “acordar” e “relembrar” reconecta a mulher à sua essência verdadeira, dando-lhe novos meios para
viver de forma mais plena, harmônica, mágica e feliz.
(Extraído do Anuário da Grande Mãe – Mirella Faur. - Contribuição de Sistah Livia Gramacho )

Este é um local sagrado especialmente dedicado à Lua Vermelha, a Lua da Menstruação.

Aqui cada mulher pode semear o seu sangue menstrual, dedicando-o à Terra e nutrindo as suas próprias
criações.
Uma sacerdotisa - a Rita Águila - estará disponível para te ajudar a ritualizar este acto de forma bela, conectada
à memória antiga e em ligação ao Sagrado Feminino que somos Tod@s nós.
Se quiseres fazer o ritual de Semear o teu Sangue Menstrual, recolhe-o e guarda-o num frasquinho no
frigorífico ou congelador e trá-lo contigo para a Casa do Amor.  Se tiveres dúvidas em como o fazer, contacta-
nos e dir-te-emos a melhor forma de o fazer.
Aqui será muito bem vindo e acolhido com pompa e circunstância de forma bonita.

Na manhã de domingo teremos um maravilhoso rito de passagem: Flor da Vida.


Vem mulher e junta-te a nós nesta irmandade de sangue, alma e coração.

 
Rito Flor da Vida
Rito de Passagem  - A Celebração do Primeiro Sangue
Propósito: honrar o poder sagrado do sangue menstrual
 
Para os povos antigos, a menstruação era um dom dado às mulheres pela  Deusa para que elas pudessem criar e
perpetuar a própria vida.
O poder da mulher vem através do seu sangue, por isso não deve temê-lo ou desprezá-lo, mas considerá-lo
sagrado.
A partir do momento em que a mulher reconhece o poder sagrado do seu sangue, é importante para ela reviver
a sua primeira menstruação- a menarca- principalmente se foi uma experiência dolorosa ou traumática.
É um momento extremamente marcante na vida da mulher, não apenas por ser o primeiro contacto com o seu
sangue, mas também por ser o começo de um longo processo mensal que marcará a sua vida por cerca de 35
anos. E também porque as emoções a ele ligadas permanecem para sempre impressas na psique, determinando
os conceitos sobre os ciclos menstruais, a sexualidade e a própria postura como mulher.
Nas antigas culturas e tradições, nesses momentos a mãe apoiava a filha de forma amorosa e sábia, ensinando-
lhe os ‘segredos’ do seu poder e dando-lhe a certeza do seu potencial e da sua missão como mulher.
Infelizmente nas culturas patriarcais que prevalecem até hoje, inúmeras mulheres passaram pela menarca
acompanhadas de medo, vergonha e insegurança. Da noite para o dia a menina vê-se mulher, sem ter uma
cerimónia ou ritual para celebrar e consagrar essa passagem.
Lembrar e reviver a menarca a partir de uma perspectiva adulta, possibilita à mulher ter uma nova visão de si
mesma, dando-lhe os recursos interiores para poder apoiar e conduzir  outras meninas por essa passagem, de
forma segura e sábia.
Independentemente de já menstruar há anos ou de já não verter o seu sangue, a cerimónia proposta tem o
potencial de curar as feridas da psique e transformar a essência da mulher. A mulher reclama assim o seu
poder, iniciando uma transformação mental e emocional e reconectando-se com o seu poder sagrado original.

P
ela conexão da mulher com a Lua, a Deusa é cultuada em três aspectos: a
Donzela
, quecorresponde à Lua Crescente, a
Mãe
 que corresponde à Lua Cheia, e a Anciã, expressa osimbolizando a na Lua Minguante, ou seja minguante e
Nova. Na tradição da Deusa, a donzelaé representada pela cor branca e significa o início, tudo o que vai
crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começarão a germinar, a Primavera, os animais no
cio eseu acasalamento. Ela é a Virgem, não só fisicamente, mas em todo potencial de iniciar, achegada à auto-
suficiência.Como
Deusa Mãe
 ela está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão.Significa abundância, proteção, procriação,
nutrição ; os animais parindo e amamentando, asespigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a
Senhora da Vida, a sua face seapresenta em plenitude. Por fim, como
Deusa Anciã
, é a Mulher Sábia, aquela que atingiu amenopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais
poderosa por isso. Simbolizaa paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a
Deusa em sua
face Negra da “Ceifeira”, a S
enhora da Morte. Esse aspecto pode desagradar muitas pessoas,mas é importante que se leve em conta que ela
que precisa agir para que o eterno ciclo dosrenascimentos seja perpetuado. Este é o aspecto com que mais
dificilmente nos conectamos,porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é
essencial emnossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos
renascer,recomeçar, se desenvolver espiritualmente.

7
“ 
 Sentir curiosidade é bom, mas violar as leis pode trazerconsequências
nefastas” 
 
TEMA 1.617
Mesmo que essa série de palestras verse sobre Temas Místicos, ainda assim vamos
estudar a menstruação por envolver a energia sutil e os “modelos energéticos” que a tornam
um dos grandes portais de energia no Organismo. A biologia em geral, e a medicina emparticular, só reconhece
o lado orgânico, ignorando o lado energético, precisamente esse, oque mais interessa às pesquisas do Iniciado.
Vamos apresentar o assunto em temas distintos,neste vemos alguns aspectos orgânicos e
históricos.A menstruação tem um papel que vai muito além de simples sangramento e derenovação do
endométrio uterino, na verdade ocorre um grande fluxo de energia expelido juntamente com o mênstruo.Por
estar ligada à gênese da vida do ser humano, a menstruação, desde as mais priscaseras, foi considerada algo
ligado ao mistério da existência, assim como o coito e o esperma. Osnativos comuns consideravam esses três
elementos como responsáveis pela vida; não incluíamo quarto
 –
 a ovulação
 –
 por se tratar de algo microscópico, imperceptível para eles.A Medicina Tradicional só reconhece na
menstruação o fator descamação tecidual doendométrio
 –
 renovação do endométrio
 –
 e o sangramento, chegando ao cúmulo no que
afirma o Ginecologista brasileiro Elsimar Coutinho, em seu livro “Menstruação, a SangriaInútil”. É um li
vro considerável em termos de biologia, mas lastimável em termos de energia.Na verdade aquele renomado
pesquisador, adepto da ciência fria e sem alma, ignorante daexistência do lado mais importante da
menstruação, não aborda o outro aspecto do processomenstrual, exatamente por ignorá-lo. Por má fé, por
ignorar tudo o que vai além do mundodas reações química, ele não cita a existência do lado físico energético, a
contra parte de todareação química existente no universo, que é o lado energético. O Dr. Elsimar por
certodesconhece que a menstruação também é um mecanismo purificador do organismo. Mas nãoé somente o
Dr. Elsimar Coutinho, a maioria dos ginecologistas é totalmente alheia ao aspectoenergético da menstruação,
como resultado do desconhecimento
que têm a respeito de “ooutro lado da Menstruação” os leva a erros que a médio prazo resultam nos problemas
atuais
da área ginecológica e emocional. Falta-lhes embasamento histórico a respeito das culturasantigas a respeito da
energia vital, como a dos Celtas, por exemplo. Há forte tendência dohomem moderno, especialmente nos meios
científicos a desprezarem conhecimentosoriundos de culturas nativas.Afirma com propriedade
 Jamie Sams
 falando da necessidade da religação da mulhercom a terra e a Lua: "
O verdadeiro sentido dessa conexão ficou perdido em nosso mundo
 
8
moderno. Em minha opinião, muitos dos problemas que as mulheres enfrentam, relacionadosaos órgãos
sexuais, poderiam ser aliviados se elas voltassem a respeitar a necessidade de retiroe de religação com a sua
verdadeira Mãe e Avó, que vêm a ser respectivamente a Terra e aLua. As mulheres honram o seu Caminho
Sagrado quando se dão conta do conhecimentointuitivo inerente a sua natureza receptiva. Ao confiar nos ciclos
dos seus corpos e permitir queas sensações venham à tona dentro deles, as mulheres vêm sendo videntes e
oráculos de suastribos há séculos. Elas precisam aprender a amar, compreender, e, dessa forma, curar umas
àsoutras. Cada uma delas pode penetrar no silêncio do próprio coração para que lhe sejarevelada a beleza do
recolhimento e da receptividade
".No período menstrual as alterações no corpo da mulher, assim como o seu psiquismo,são atribuídas pela
medicina à ação de hormônios. Na verdade isso é correto, mas não implicaque também entre em jogo o fator
energia.Q uando a mulher aceita a menstruação como algo que lhe é natural, e especialmentequando aceita
como uma coisa importante, não só quanto à preparação para a fertilidade,quanto para a limpeza energética,
suas emoções fluem naturalmente.Observando o ciclo menstrual em relação com a lunação, vê-se que a maioria
dasmulheres que não adotam métodos artificiais de contracepção tem seu fluxo a fase de LuaNova. Na mulher
nativa suas atividades básicas, especialmente as biológicas, fluem segundo oritmo lunar. O Princípio do Ritmo
é universal, e entre eles há aquele existente entre a energiada Lua e o Ciclo Menstrual.A Menstruação é um
chamado do corpo ao recolhimento, assim como a Lua Nova éum período de introspecção, propício ao retiro e
à reflexão. A Lua Cheia proporciona expansãoe, se o corpo estiver em sintonia com as energias naturais, é o
período em que estará maisfértil.A mulher atual deixou de observar os ciclos do próprio corpo, o Princípio do
Ritmo temsido totalmente ignorado, esquecido ou desconsiderado. A natureza é cíclica, negligenciar osciclos
tem um preço a ser pago. A mulher ao deixar de observar os ciclos do seu próprio corpo,deixa de se conectar
com as forças da natureza. No caso da menstruação ela deixa de lado ariqueza desse período de introspecção,
recolhimento, e contemplação de si mesma e envolve-se com o bulício da vida moderna. Na verdade é
impossível o pleno recolhimento na vidamoderna, mas é possível que as atividades sejam mais concentradas
fora do períodomenstrual, deixando para essa fase aquilo que diz mais respeito à meditação, a planejamentos,a
descobertas de si mesma e das coisas com que convive. No período menstrual a mulhersonha mais, é mais
sonhadora, mais intuitiva por isso se torna mais aberta à sabedoria.Encarar a menstruação e agir segundo a
visão técnica da ginecologia tem afastado amulher de sua própria natureza e isso ela paga um preço muito
elevado. A partir daí, a mulherdita civilizada tem muito mais dificuldade em lidar com a gestação, com o parto
e com amenstruação. Menstruação dolorosa
 –
 cólica menstrual
 –
 não existe tanto entre mulheresnativas, e em especial a TPM, algo que vem se tornando atualmente lugar
comum, para não sedizer modismo. A energia não eliminada, bloqueada pela inaceitação da menstruação é
amaior causa dos distúrbios emocionais pelos quais as mulheres atuais passam. A inaceitaçãoexerce uma ação
de retenção, mesmo que o sangue escoe a energia espúria não sai junto, elafica retida, e passa a se constituir um
potencial gigantesco de distúrbios.A mulher nativa, quando no momento da parturição ela se afasta,
normalmente vaiaté a beira de um rio onde pare naturalmente, com esforço, é claro, mas sem o
sofrimentodantesco que leva a mulher civilizada a ter que se submeter à cesariana. Na verdade nasgrandes
centros o índice de cesariana hoje chega ao nível de mais de 90% . Essa cifra refletemuitos jogos de interesse
como, por exemplo, o mercantilismo, mas mesmo afastado essefator, na verdade a indicações precisas têm
aumentado exponencialmente.
 
9O aspecto feminino tem grande poder nesta terra, o que é desvendado vem dofeminino, e o que não se
manifesta é masculino.

20
“ Uma nuvem não sabe por que se move, sente apenasum impulso que a conduz” 
 Richard bach
TEMA 1.666
Existem doze formas básicas de transmitir ensinamentos, entre elas as estórias econtos. Nas civilizações nativas
é comum os ensinamentos serem passados de uma geraçãopara geração através de contos, assim como no
mundo dito civilizado o fazem algumas ereligiões e doutrinas, entre elas o Sufismo. São imensamente ricos de
ensinamentos os contosdo famoso Sufi,
Nasrudin
. Há quem diga que Mullá Nasrudin nasceu e viveu numa pequenacidade da Turquia por volta do século XIII, e
também quem negue dizendo que ele realmentenão existiu. Para os Sufis, mais importante que Nasrudin
histórico são os ensinamentostransmitidos pelos contos que lhes são atribuídos.Todas as tribos nativas têm
inúmeros contos, entre elas são belíssimos aqueles queconstam da cultura
Hopi 
 do Arizona, basta dizer que cada
Kachina
6
 tem um conto próprio.O conto a seguir é uma adaptação de um tradicional mito
Hopi
chamado de “
O Sonhode Thani 
” e relacionado com à mulher. Algumas músicas apresentadas são músicas ritualísticas
do Hopi, outra são adaptações de músicas atuais, não ritualísticas. Apresentamos a estória
conhecida por “O
Sonho de Thani”
em forma de um ritual dramatizado baseado na TradiçãoHopi e . A dramatização foi elaborada sob a inspiração
da Deusa Mãe e dedicada de forma
O SONHO DE THANI
 
7

HANI
 vivia triste, em volta de si só existia o vazio, coisa alguma fazia sentido, apenasrestava-lhe o prazer de
observar o vôo da águia e de caminhar horas pelo deserto.
Thani 
 desdea infância sempre amou à natureza, expressa na neve, nas árvores, no rio, na brisa cálida, no
6
 Kachina são estatuetas, bonecas típicas da cultura Hopi. Na verdade são mais que bonecas, sãototens.
7
 Presente da Grande Mãe às suas filhas iniciandas.
 
21canto dos pássaros, no melancólico uivo dos lobos; tudo isso passo a passo foi desaparecendoda sua vida,
então
Thani 
 já não mais encontrava alento no pio dos corvos; nem no uivo doscoiotes ecoando ao luar do deserto; nem
mesmo o horizonte recortado pelas montanhasazuis, davam vida a seus devaneios.Assim vivia
Thani,
 cheia de tristeza, em seu mundo interior só restavam amarguras.
Thani 
 sofria pelo que existia em torno de si, somente incompreensões e ofensas. Doía-lhe aagressão praticadas contra
os seres, e contra à
Mãe Natureza
 a quem ela tanto amava; doíaver a destruição do seu povo e de sua terra,
Thani 
 aprendeu a odiar, mas isso nada adiantou,nenhum conforme lhe deu, apenas aumentou sua amargura.Certo dia,
quando a angústia se tornara insuportável, ela, em sua solidão e tristeza,estava sobre uma pedra à margem
do rio que serpenteava pelo deserto. Os raios do sol poentedavam vida a sua beleza nativa, o dia já ia chegando
ao seu ocaso, e os sons da naturezacompunham a suave melodia do arrebol. O marulhar das águas do rio a que
tanto amava sefaziam presentes (Música) mas nem assim
Thani 
 se alegrou como acontecia em sua infânciaquando a Mãe Natureza parecia cantar para ela.Mergulhada em
tristeza
Thani 
 pensou em
Taiowa
, a quem tanto amava por haver elecriado a Natureza, e cantou:
 Taiowa, Taiwei, Taiowa, Taiwei... Tu que criastes o mundo, porcerto podes fazer voltar a mim a felicidade e
alegria da infância que se foi. Porque tudo fugiude mim? Peço-te clemência, Taiowa, oh Grande Espírito!
 Após haver entoado o canto sagrado de
Taiowa
,
Thani 
 sentiu-se tomada por uma ondade paz como acontecia em sua infância. Mais calma, ela adormeceu, e sonhou
(música
 –
 OSonho de Thani ). Em seu sonho escutou a voz de
Taiowa
que lhe disse: A
Grande Mãe
 intercedeu por ti,oh
Thani 
! pois sempre a amaste... Mandarei que a
Grande Águia
 de conduzaà
caverna sagrada
, onde encontrarás alívio para teus sofrimentos. - O que terei de fazer,
Taiowa
? - Basta que sigas a
Grande Águia
, ela te conduzirá ao teu destino, onde Deusa deaguarda. Lá encontrarás respostas para tuas angústias.
 –
 E quando la chegar, oh!
Taiowa
? -Serás levada pela
 Águia
 e entregue á representante da
Grande Mãe;
 Ela te orientará, e através
de ti aliviará todas as “
Filhas da Deusa
”. Tua história será levada pelo
Irmão Vento
 esussurrado a todas as mulheres que conseguirem ouvi-lo; ele contará o teu sonho para todasas mulheres e
assim elas poderão prosseguir em sua sagrada missão. Tua estória servirá debálsamo, pois através dela muitos
sofrimentos podem ser afastados.
O teu amor pela Grande Mãe é a expressão de teu amor pela Natureza
. Eu te abençôo
Thani 
, vai, segue em paz.Sabendo do desejo e do sentimento de amor de
Thani 
, e o anseio de mudar o seumundo, de quebrar as cadeias do destino,
Taiowa
 enviou a Grande Águia que a conduziu até oseu destino.
Thani 
 
seguiu o vôo da Grande Águia até o “Vale da Caverna” situado entre duas
colinas.
 
22
T hani 
 caminhou pelo vale até parar diante de um novo portal. Ela ouviu em sua menteo sussurro da Deusa dizendo-
lhe:
Thani 
, não há pelo que temer, seja forte, siga o grandeportal, e a Guardiã do Oeste o abrirá para ti.

O Despertar da
Primavera
Um encontro para mães e filhas dos 9 aos 13 anos,

despertando o Sagrado Feminino  


23
T hani 
 foi conduzida até o centro da caverna; ela se sentia exausta e o seu primeiroimpulso foi deitar. Deitou-se com o
ventre sobre o piso, sua percepção estava modificada, eficou surpresa por ver que estava totalmente despida e
sentir que todo o seu organismofeminino estava inundado por uma luminosidade intensa. Permaneceu por
algum tempo deitaem cruz,com os pés direcionados para a entrada da caverna. Ela sabia ser aquele o lado
dopoente
 –
 oeste
 –
 pois ao penetrar na caverna raios do Sol tocavam-lhe às costas. Não soubepor quanto tempo permaneceu
assim. Ao voltar ao nível de percepção comum sentiu que suacabeça indicava o leste, onde divisou a Guardiã
do Fogo; seu braço direito, o Sul, onde divisoua Guardiã do elemento Água; o esquerdo, a Guardiã do elemento
Ar; e os pés, a Guardiã doelemento Terra.
GUARDIàDO FOGO GUARDIàDA ÁGUA GUARDIàDO AR
Na medida em que sua vista se adaptou
Thani 
 viu uma grande quantidade de coisasdepositadas desordenadamente no interior da caverna, tudo desordenado,
uma desordenaçãoque a incomodava profundamente. Passada a sensação de surpresa, e de medo, ela sentiu
quea
Deusa Mãe
 insinuava que aquela caverna precisava ser organizada.
Thani 
 não sabia porquanto tempo permaneceria ali, talvez por longo tempo, e assim não queria viver numambiente
caótico, e decidiu começar a organizar aquele caos.Ela procurou organizar tudo, começando por tentar
identificar a natureza de tudo oque estava ali depositado; viu, então, que existiam coisas bem importantes
 –
 coisas positivas
 –
 saudáveis; também coisas úteis mas que antes precisavam ser limpas
 –
 lavadas, assim como asque não tinham serventia alguma, que precisavam ser levadas para fora da caverna
eenterradas para não ocuparem lugares utilizáveis pelas coisas úteis. O que era bom, não tinhasentido deixa-la
simplesmente depositadas, elas precisavam ser levadas para lugares e seresque delas necessitassem. Thani
resolveu dar destinação a tudo o que encontrava, mas sentia-se muito fraca para a imensa tarefa. Foi então que
escutou e sua mente a voz das 4 deusas lheoferecendo auxílio, bastando que as coisas fossem levadas até elas.
Thani 
 se rejubilou com aoferta, sem supor que tinha diante de si uma tarefa tão difícil.Primeiro,
Thani 
 tentou separar as coisas perigosas e nefastas e entrega-las á Deusa doFogo para que fossem incineradas, mas se
viu diante de uma luta tremenda contra forçasligadas a apegos que sentia por parte de tudo aquilo, passando por
medos, e devidas. Anatureza das coisas tentava vence-la, tentava por todos os meios convence-la a deixar
tudocomo estava, ou então entrega-las ao
vento
 para que fossem levadas por ele. Era-lhe insinuadoque tudo aquilo em algum momento lhe seria útil, que a
auxiliaria em muitos momentos; e atémesmo que lhe dariam prazeres e poderes. Tomada de forte resolução e
graças aos estímulosda
Deusa Mãe
 que ela sentia como se estivessem sendo sussurrados suavemente em seusouvidos, falando da necessidade de
prosseguir.
Thani 
 prosseguiu na tarefa, que a partir decerto momento deixou de ser promessas tentadoras para se converterem em
ameaças,havendo chegado ao ponto de ter percepções de muitos seres tentando atingi-la. As ameaçaslhes
parecerem muito reais, eram seres horríveis tentando lhe atacar, eram répteispeçonhentos, abutres e aves de
rapina querendo devorá-la, mas
T hani 
 pediu à
Deusa Águia
 
 
24que a protegesse contra todos os ataques, e baixinho cantava ... Taiowa...Taiwei...Taiowa...Taiwei.Assim,
mesmo a custa do imenso sacrifício de
Thani 
, todas as coisas nefastas eramlevadas ao
leste
 até à presença da
Deusa do Fogo.
 Cada coisa era por ela recebida e entregueaos elementais do fogo, que imediatamente era incinerada, e assim
prosseguiu até que nadade nefasto restou na
caverna
.Não foi fácil a primeira etapa, mas a luta foi tremenda, mas
Thani 
 se sentiu muito maisaliviada, uma sensação benfazeja de haver feito o que devia ser feito, uma onda de bem-
estarinvadiu todo o seu ser pois ela sabia que aquilo que fora incinerado já não viriam a prejudicaros
seres.O passo seguinte foi o de separar coisas utilizáveis desde que fossem devidamentelimpas, e colocadas no
Sul, diante da
Guardiã da Água.
 A peleja foi bem menos intensa do que
na etapa anterior. Tudo o que precisava ser limpo foi lavado pelos “
Elementais da Água
” sobre
a regência da
Deusa Guardiã
 do elemento.Bem mais fácil foi a terceira etapa, a de levar até o oeste e depositar diante da Guardiãda Terra
tudo aquilo que não tinha utilidade, embora constituísse o volume maior. Oselementais da terra conduziram
tudo e sepultaram.Na caverna só restavam coisas boas e úteis que facilmente ela as conduziu e as colocoudiante
da
Guardiã do Ar 
 para que a tudo aquilo fosse entregue aos que mereciam. Os alegres
elfos
 e
 fadas
 as conduziram.A caverna estava vazia mas profusamente iluminada e plena de energia.
Thani 
 estavaexausta, deitou-se e adormeceu. Ao despertar viu que estava deitada sobre a mesma pedra.Não sabia por
quanto tempo ali estivera ... um segundo, um minuto, um dia uma lua (mês) oumais;não importava, o
importante foi o cumprimento de uma tarefa. Apenas viu que já era dia,o sol já havia despontado no horizonte
estava algo, o céu bordado por nuvens muito brancas epuras, pássaros cantavam, cactos floriam, uma águia
pairava altaneira no céu claro, e o cheirodo deserto chagaram até ela. Tudo havia renascido, a natureza parecia
sorrir e
Thani 
 novamente se sentiu como aquela criança feliz que fora no passado, novamente vivenciava afelicidade.
Thani 
 estava cercada por todas as coisas boas que foram trazidas pelo seu amigovento.T
hani 
 agradeceu a
Taiowa
 e chorou...
 
25
“Abre
os teus olhos, vê o que estava oculto. Vem,retorna
à raiz de ti mesmo” 
 Rumi

36
“Muitas mulheres vêem o sangue
 Menstrual com asmarcas que o Patriarcado lhe colocou
” 
.
TEMA 1.688
Não faz muito tempo que a menstruação deixou de ser considerada sagrada e não sóperdeu esse lugar como
passou a ser considerada algo negativo, incômodo, imundo, eindesejável. Essa mudança começou a se efetivar
desde que o machismo se tornou dominante.O poder feminino estava liga
do à menstruação e simbolizado no “
saco de poder 
”, ou,nas sociedades mais primitivas, num pequeno “cabaço” no qual a mulher guardava os objetos
de poder. Por se tratar de um objeto de poder, sempre que uma pessoa queria prejudicaroutra, entre muitos
modo
s, o mais eficiente, inegavelmente, era se apossar do “
saco de poder 
”, pois com isso havia destruição de todos os poderes da pessoa roubada. Por essa razãouma feiticeira tem o
“saquinho” como sua maior fonte de poder, através dele ela estabelece
sua liga
ção com a “Mãe Terra” e em especial com a Lua.
A
s pessoas urbanizadas usam mais um “saquinho” de pano, ou e couro, enquanto nas
sociedades nativas era mais comum um pequeno cabaço, que era decorado ao gosto da
pessoa. Roubar o “cabaço”, ou quebra
-lo significava desfazer o poder de sua portadora.O
s patriarcas machistas, inspirados por Jeová, sabendo do poder que o “saquinho”
podia conferir, procuraram uma forma de evitar que as mulheres os possuíssem, para dessaforma tornar as
mulheres meros objetos de reprodução. Para isso, a maneira mais simples queeles encontraram foi desacreditar,
ridicularizar qualquer ritual inerente à menstruação,
evitando assim que o “saco de iniciático” deixasse de ser feito e que muitas formas de
reconciliação com a polaridade feminina da natureza fossem invocadas.Para a consecução desse objetivo, todo
ritual inerente à menstruação foi sendo taxadode tolice, e ensinado que a menstruação não tinha função alguma
a não ser a de substituiçãodo endométrio uterino. Não havia nela nenhuma fonte de poder, e isso foi tão
ardilmentepreparado que a menstruação passou a ser uma condição indesejável. Assim a mulher se
desinteressou de fazer o “saquinho”; os rituais, que no passado eram comuns, praticamente
deixaram de ser realizados na sociedade atual. Para reforçar o intento machista, foi dito que omênstruo era algo
sujo, imundo e sem valor! Na verdade o mênstruo é impuro apenasenergeticamente; na verdade ele não é
impuro, mas é pode assim ser considerado por ser oveículo que leva para fora os resíduos energéticos
indesejáve
is. Como diz o velho ditado: “
Nãoexiste água impura, mas sim impureza na água
”. Do mesmo modo é o mênstruo, ele não é
impuro por sua própria natureza, mas sim pelo fator energético que conduz, por veicularelementos energéticos
que precisam ser descartados.
 
37O machismo conseguiu um formidável tento na sua pretensão de anular a mulher, aoconseguir que ela
renegasse totalmente o que de mais precioso existe em sua natureza,repudiar uma colossal fonte de energia
capaz de conceder-lhe supremacia.A dissintonia que foi estabelecida entre a mulher e a menstruação acarretou
umdesequilíbrio energético muito grande em seu organismo; sem o poder de sua natureza, amulher ficou muito
indefesa em ralação ao homem e daí a condição de subalternidade e debaixa estima em que hoje se
encontra.Levantando-se contra a condição de submissão surgiu o movimento feminista. Isso éalgo muito
importante, mas sem qualquer valor prático desde que os meios utilizados por elenão garantem nenhum poder
pessoal. Não é conquistando certos direitos na sociedade que amulher conquistará os seus direitos, ela pode até
conseguir direitos civis, mas não é isso quedita a pretensa superioridade masculina, mas sim o poder
energético.As leis civis de direitos da mulher estão sendo conseguidos, mas daí para o poder real
há grande distância. Os princípios pregados pelas “feministas” jamais levarão à libertação da
mulher. Nenhum luta civil, ou social fará com que o machismo seja derrotado. A mulher podeconseguir
direitos, mas isso nada vale se ela não reconquistar o poder feminino. Não são asleis civis que vão dar-lhe um
padrão de autoconfiança; Ela pode ocupar cargos elevados nasociedade, mas sempre dependerá do homem, isso
somente porque inconscientemente elasabe que não tem poder real.Diante disso o fundamental é a mulher
resgatar o seu poder real. Basicamente ela temmuito mais poder do que o homem; é ela a geradora da vida
humana, tem em si a maior partedo poder de crear vida biológica. O Poder Divino se manifesta através as
Mãe Natureza
, aquelepoder gerador, que tudo constrói, modela e governa.Em nível de energia o poder dela é bem superior ao
do homem. De igual para igual amulher tem poder acentuadamente superior ao do homem. Se isso não
acontece é porque elaperdeu esse poder, ou melhor, o deixou adormecido levados pelos ardis do machismo.
Mesmoque ela ignore, ainda assim há como recupera-lo.Mesmo que o homem não saiba disso, ele age como
dominador não por ter maisenergia do que a mulher, mas, sim, porque foi preparado pela sociedade para
dominar, e amulher para ser denominada. A mulher reclama dessa condição, protesta, mas submete-se,isso por
desconhecer o potencial que tem dentro de si. Para que ela possa ocupar o seu lugarde direito é necessário que
volte a fazer sentir o poder de sua natureza e issofundamentalmente é algo da própria feminina. É preciso
promover um resgate energético. Se
as “feministas” soubessem disso não estariam fazendo protestos, discursos e coisas assim; elas
gastariam o tempo em reativar o poder adormecido. Nenhum protesto em praça pública,nenhum desfile de rua,
nenhum discurso em assembleias legislativas e Senado promoverá asupremacia da feminilidade.A elevação do
feminismo até um nível de equilíbrio com o machismo é fundamentalque aconteça, mas isso só será possível
mediante o incremento do poder feminino. O pior éque a mulher continua entrando no jogo do machismo,
acreditando que o útero não tem outrovalor a não ser gerar filhos, que a menstruação é uma coisa dispensável,
que pode ser abolida,por isso se submetendo a mutilações prejudiciais, debilitantes do seu grande poder
energéticopessoal. São as mulheres as primeiras imporem isso a elas mesmas. Defendem a unhas edentes a
histerectomia, a supressão medicamentosa da menstruação, etc. Ignoram que tudoisso pode seria sanado se
estabelecessem a harmonia rompida com suas condições femininas.Isso pode ser feito facilmente, o difícil é
convencer a mulher da pratica de certosexercícios. É muito difícil convencer a mulher de que existe esse poder
roubado, e que é
 
38possível o resgate. Acontece assim porque muitos conceitos estão tão enraizados na formaçãofeminina que
ela mesma acha impossível elimina-los.A civilização atual chegou a um ponto tao crítico que é preciso trazer
de volta à mulhero seu poder, pois que só ela tem possibilidade de salvar determinados valores esquecidos,
ounegligenciado pelo domínio machista. É preciso livrar a mulher do estigma da inferioridade. Aohomem isso
é importante porque só há estabilidade através do equilíbrio dos opostos. Umasociedade machista, em longo
prazo, é inviável, do mesmo modo que uma feminista. Oequilíbrio está no meio, portanto os extremos têm que
ser evitados. Assim só pode haverharmonia com o machismo manter o seu poder paralelamente ao poder da
mulher. A união deum par de pessoas não visa apenas à reprodução, há muito mais que isso.Somente com a
união equilibrada é que a humanidade pode viver em melhorescondições, e combinando esforço poder se
libertar do domínio de inúmeras forças espúria

É milenar a admissão da existência de uma estreita correlação entre as fases da lua eo ciclo menstrual, tanto é
assim que em algumas culturas era admitido que a Lua menstruava.Atualmente algumas tribos de índios norte-
americanos ainda consideram a Lua uma mulher, aprimeira mulher, e que, n
o seu quarto minguante ela fica “doente” –
 palavra que definem
como menstruação. Muitos camponeses alemães chamam o período menstrual de “
a lua
”.
 N
a França a menstruação é popularmente chamada de “le moment de la lune”.
 Citação de artigo de Suzana Volpato:
Camponeses europeus acreditavam que a Luamenstruava, que estava adoentada no período minguante, sendo
que a chuva vermelha que o
 folclore afirma cair do céu era “sangue da Lua” 
.
Em várias línguas as palavras menstruação elua são as mesmas ou são associadas. Alguns povos usam o termo
menstruação com
significado de “mudança de Lua”.
Evidentemente o ciclo menstrual tem certa correlação com as fases da Lua. O ciclolunar compreende 4 fases de
igual duração. A cada 28 dias a lua completa o seu ciclo derotação em torno da terra, assinalado por 4 fases. Na
verdade o ciclo menstrual acompanhaidêntico ritmo.Num organismo energeticamente equilibrado o ciclo da
mulher começa após amenstruação que normalmente deveria ocorrer sempre na Lua Nova. Esta fase marca o
início
do ciclo, a partir de quanto a imagem lunar “cresce”, chegando a um quarto do tamanho após
sete dias
 –
 quando se pode visualizar a metade do seu tamanho aparente. Nos sete diasseguintes ela aumenta até chegar no
14º dia a se apresentar em toda plenitude
 –
 Lua Cheia. Apartir daí ela começa a diminuir, chegando à metade do tamanho no Quarto Minguante,
eprossegue até que todo o seu disco se apresenta obscurecido
 –
 fase de
Lua Escura
 
 –
, quandoentão ela não pode ser considerada nem um astro noturno e nem diurno.Afase de
Lua Escura
 dura 3 noites e este é o período mais poderoso dos cicloslunares. Aparentemente é como se a Lua dissipasse a
energia acumulada para dar início aoutra reserva. No campo uterino ocorre algo semelhante, durante a
menstruação acontece alimpeza física e energética. Quando há alinhamento entre a menstruação e as fases da
lua, issonormalmente acontece na fase de Lua Nova. O útero se renova física e energeticamente, éeliminada a
energia espúria a par do endométrio que não foi usado na nidificação do ovo.Em épocas remotas, os ciclos
menstruais eram perfeitamente alinhados com as fasesda Lua. O normal é a ovulação ocorrer na Lua Cheia e
menstruação na
Lua Escura
 (Lua Nova).
 
44A Lua Cheia é o ápice do ciclo da criação, quando o índice de energia é mais alto e facilmenteliberado. Na
Lua Cheia o endométrio está preparado para proceder a nidificação,coincidentemente é quando também o
índice de
energia sutil 
 está mais elevado. Isso é muitoimportante, pois há a força magnética da Lua, além do efeito maré atuando
sobre o organismomotivado pela gravidade lunar. A associação desses fatores com o elevado coeficiente
deenergia sutil possibilita uma nidificação ideal para um desenvolvimento fetal perfeito. Isso nãoacontece
quando a fase da lua e a fase menstrual estão desalinhadas, pois enquanto um dos
elementos estimula o outro pode desestimular; podemos comparar a um jogo de “cabo deguerra”.
Outro fator importante que entre em jogo é que a
energia sutil 
 é fundamental para agestação. Possivelmente um óvulo geneticamente mal constituído não reage bem à
energiasutil, então não há facilidade para um bom desenvolvimento embrionário. Isso não acontece,quando o
ciclo está em desalinhamento com a fase da Lua, a possibilidade dedesenvolvimentos fetais anômalos é muito
mais elevado. Quando há alinhamento umfecundação imprecisa não prossegue.Nos 14 dias que antecedem a
libertação do óvulo, a energia da criação se manifestadando lugar a tudo que for necessário para um eficiente
desenvolvimento do ovo. Quando oóvulo não é fecundado ele é eliminado
11
.Em nossa sociedade atual, o uso de pílulas anticoncepcionais, faz com que a mulherdeixe de lado o
alinhamento e consequentemente perturbações significativas na dinâmicauterina, ela até mesmo ignora o que
ocorre dentro de si, o ciclo de criação e de eliminaçãoovular.E
ntre muitas populações nativas, as mulheres são consideradas “tabu” durante o
período da menstruação. Esse período para algumas tribos era considerado um estadopeculiar em que a mulher
devia se recolher em um local escuro
 –
 tenda menstrual
 –
, pois,segundo a crença, a luz da Lua não devia incidir sobre ela. Enquanto isso o estado deisolamento mensal
favorecia a sua capacidade perceptivas, quando então podia melhor
exercer atividades de profetiza e de conselheira. É na fase de “Lua Escura” que a mulher mais
facilmente pode manter contacto mais íntimo com as forças instintivas dentro de si, podendo,então estabelecer
uma ponte entre dois mundos distintos.Na prática se a mulher quer ser inspirada, quer ser receptiva para
mensagens,necessite de inspiração, em todos os sentidos é nessa fase de recolhimento que ela pode obteras
maiores vantagens. Se há algo para resolver, questionamentos diversos, se deve meditarsobre problemas, a
melhor época é no período de Lua Escura. É o período de receber
 –
 
receptivo. Por outro lado, o poder ativo é intenso no período de “Lua Clara”, especialmente na
Lua Cheia - exatamente quando o índice de energia é mais elevado. É um período de emissão,de construção, de
resolução de tudo aquilo que haja recebido intuitivamente no períodoanterior.Para maior eficiência disso é
fundamental a existência do alinhamento damenstruação com a Lua.O 

sabat 
 
das feiticeiras” ocorria em noite de Lua Cheia, exatamente por corresponder
ao período de maior disponibilidade energética. No inicio o
sabat 
 só ocorria na Lua Cheia,depois passou a ser praticado nas demais fases.
11
 Óvulo palavra que indica antes, ou quando não fecundado, ovo depois de ser fecundado.

104O
nde não existir um grupo, o “ritual da menarca” pode ser feito individualmente.
Nesse caso a inicianda é a própria iniciadora. Ela deve ficar descalça, fazer inicialmente umcirculo mágico e se
posiciona dentro dele, e estar vestida de branco. Acende uma vela branca,
toma nas mãos o “saquinho” e coloca nele os objetos citados. A seguir, ela mesma prende o“saquinho” na
cintura, tal como citado no ritual. Acende um incenso, a
paga a vela branca eacende a vermelha, troca de vestes, ou põe um xale multicolorido. Faz uma prece
deagradecimento (mental, ou verbalmente), dirige alguma palavras de ligação com a Mãe Terra.Jura que não
mais vai repudiar a menstruação e que sempre quando possível fará os rituais deintegração com a terra (descrito
em outra palestra).Em um ritual coletivo só devem ser iniciadas jovens que no máximo haja menstruado
amenos de cinco anos. Por outro lado, não há tempo limitativo para o ritual individual.
AMBIENTE:
A Magia requer uma "atmosfera" propícia, um ambiente suficientemente envolventepara a realização do ato
mágico. Aquele ambiente varia muito conforme o tipo de "trabalho"almejado. Hora é uma clareira num bosque,
hora uma floresta densa, hora uma noite de luacheia, uma de tempestade com trovões e relâmpagos, um
cemitério abandonado, ou a solidãode uma igreja. Em suma, há a necessidade de um ambiente completamente
diferente daquelede rotina da vida da pessoa. O ambiente mágico exerce ação tanto sobre o mago, quantosobre
os participantes do ato, pois aquele cenário vai funcionar como um modificador dopadrão de vibração da mente
dando chance a que ocorram as percepções fundamentais doato.A Magia pode agir de diferentes modos. No
caso dos rituais, na maioria da vezes, aatuação se faz através da Mente. Por isso deve ser levado em conta
aquilo que fica gravado namente da pessoa. Assim, uma cerimônia iniciatória deve ser efetivada com o máximo
possívelde seriedade e solenidade a fim de ser registrada uma imagem. Por exemplo, um ritual deunião com a
Lua, não haverá o estabelecimento de vinculo físico algum, mas a mente dapessoa pode se manter em sintonia
com o astro e assim a canalização de energia.Se uma iniciação for efetivada como encenação teatral, com certe
ela não terásignificado algum e, menos ainda, poder.O maior poder dos principais atos de Magia não reside
nela diretamente, mas sim novínculo que é estabelecido com a mente da pessoa.
DADOS DE ORIENTAÇÃO SOBRE O RITUAL:
Época
 melhor para a efetivação do ritual: Em um dos três dias precedentes à LuaCheira.É importante noite clara, Se
no dia marcado estiver muito nublado é importante queseja transferida para outra data.
Dia
 melhor: Especialmente
Quinta Feira
.
Hora
 ideal: Meia noite por ser a hora de transição, hora da mudança; fim de um dia einício do outro. Mas, não
podendo ser nessa hora outra qualquer não invalida o processo.
 
105
Luz da Lua
. É importante a presença da Lua, assim os celtas, e os nativos que vivem nocampo fazem muitos rituais ao ar
livre.No Egito o ritual da Menarca era feito dentro do Templo, mas nos templos de Hathor
havia a “sala de iniciação”. Aquela sala era sem teto exatamente para, conforme a iniciação a
ser realizada, houvesse a luz da Luz, do Sol, ou das Estrelas.
Participantes
: Jovens prestes a menstruar, ou que já tenham menstruado há menos de5 anos.
 Assistentes
: Somente mulheres que já tenham menstruado. As menopausadas, assimcomo histerectomizadas ( sem útero)
podem participar. Tanto as participantes, quanto asassistentes que tenham entendimento para o significado de
uma iniciação. Qualquer mulherpode comparecer, mas deve ser feito tudo com muita discreção. Não tornar a
iniciação umespetáculo social, ou algo semelhante. Não se trata de uma festividade...
Vestes
: A inicianda na primeira fase, usar roupa branca. Na segunda, roupa estampada.Deve esta descalça para o
estabelecimento de sua ligação com a Mãe Terra.
Velas
: Uma branca e outra vermelha.
Vinho
. Uma pequena taça, mas o ideal é Suco de Uva, pois a bebida alcoólica não temnenhum sentido; o que importa
é cor. Por isso pode ser outra bebida, um suco vermelho,groselha ou algo assim, pois o que importa é a cor
vermelha indicativa do sangue.
 Ambiente
: Rico em tons de vermelho.
Duração
 da cerimônia: Não estipulado. Recomenda-se que as preleções sejam curtaspara evitar o tédio.
Conteúdo
 
do “
Útero Ritualístico
”: Um búzio que representa a vagina, contas
vermelhas, granadas, pétalas de rosa, um desenho de sua vulva em vermelho, uma espiral, odesenho de uma lua
em vermelho.Ao conteúdo do saquinho, a mulher vai durante sua vida fértil colocando uma pequenaamostra de
tudo o que julgar ser importante. Um papel de filtro embebido com uma gota daprimeira menstruação, do
mênstruo, do sangue das parturições, em suma, de tudo o que formarcante.
Cuidados especiais
: Lembrar que o “
Útero Iniciático
” é um objeto de poder mágico,
portanto que requer grande cuidado com ele, em todos os sentidos. Se, por exemplo, ummago (a) negro (a) se
apoderar dele a dona estará sujeita a coisas muito desagradáveis.
 
106
Divulgação
: Pela natureza do ritual é importante que ele não seja publicamentedivulgado, por se tratar de um ato de magia
cerimonial, e que as religiões, por certo, nãoaceitarão. Sigam os 4 preceitos do Hermetismo, principalmente os
dois:
Ousar 
, e
Calar.
 Devehaver discreção, mas não negação e nem total sigilo, pois do contrário como as jovenstomariam
conhecimento da ritualística e as mulheres viriam a ter um próprio? Mas,reservadamente é significativo que s
fale sobre a existência e a importância dessa, e de outrasiniciações referente à vida sexual, pois só assim outras
mulheres possam se interessar econsequentemente usufruírem dos benefícios. Essa iniciação não deve ser
propaladaindiscriminadamente, mas também não deve ser mantida egoisticamente guardada; a iniciadatem que
se dar conta de que ele não ele não foi criado somente para ela. Se tiver a suafotografia ela pode ser vasta por
outras pessoas, desde que salvaguardadas essas instruções.
Documentário
 (Filmagem e fotografia): As pessoas presentes podem ser fotografadasantes e depois da cerimônia. A Inicianda
pode ser fotografada vestida de branco, com a rosano peito, e depois de colorido, com a rosa vermelha. O
cerimonial não deve de forma algumaser registrado por qualquer meio, gravação, filme, fotografia, ou
outras formas de registro.
Sigilo
: O ritual, de forma alguma, deve ser presenciado por alguém do sexo masculino,a não ser que se trate de um
Xamã, Mestre, bruxo, mago, ou equivalente, e, mesmo assim, seisso for imperativo. Na verdade deve haver
descrerão sobre o ritual, mas ele literalmente podechegar ao conhecimento de alguém do sexo masculino, por
isso se a descrição cair em mãosmasculinas, não tem muita importância. O que é crucial é o assisti-lo, porque o
fundamental éo lado emocional, o envolvimento mental resultante do ritual. Na verdade trata-se de um atode
magia e em tudo o que diz respeito à magia tem que haver muito cuidado. Alguém queassista, ou que escute
uma descrição, se houver uma carga emocional suficiente intensa, estásujeito a se identificar, o que, por
certo, pode fazer a mente masculina entrar em conflito sejalevada a um nível de vibração inadequado, e isso
custará muito caro à pessoa. Quando umritual feminino, e vice-versa, é assistido pelo sexo oposto pode
determinar um processo deidentificação, o que, por certo, causará problemas sérios. Por certo um Xamã,
Mestre, Bruxo, édiferente porque se tratando de uma pessoa de conhecimento ela sabe que não deve seenvolver
com o ritual, assim sendo não há envolvimento emocional. Mas, considere quemesmo uma pessoas do sexo
masculino habilitado, nada tem a colher, por isso deixe que tudodecorra apenas no âmbito das
mulheres.Periodicamente a mulher deve

conversar 
” com o seu “
Útero Ritualístico
”, como se
estivesse com uma amiga, uma verdadeira confidente. Pedir auxilio nas horas precisas, porquese trata de um
objeto de poder ligado à Lua. Não deve considerá-lo como um depósitos decoisas, mas sim como um gerador
de poder.
 
107
“ Tristes acham que o vento geme;
os alegres acham
que o ele canta” 
 
TEMA 1.694
Na vida da mulher, ocorre um ciclo vicioso que precisa ser desfeito. Sofrimento versusaversão à menstruação e,
mais ainda, à menopausa. Menstruação versus sofrimentos esse é odilema feminino e podemos dizer que se
trata de uma condição imposta pelo machismoinduzido por uma força espúria.Nesta palestra vamos ensinar
como alguns exercícios simples que visam libertar amulher do terrível estigma causado, especialmente, pelo
desconhecimento da menstruação.As sociedades primitivas estabeleciam uma separação no tocante às
atividades decada sexo, mas não uma segregação como aquela imposta pelo machismo. Na luta pelo poder,a
mulher foi induzida a renegar sua condição básica, e isso marcou o predomínio do masculino.Ela vem
buscando a reconquista dos direitos, mas nem sequer têm ciência de que mais do quedireitos ela tem um
impressionante poder místico o qual não é conquistável por bravatas, leis,e domínio civil, mas sim por
mudança de posição diante da vida, da integração com a
MãeNatureza
. Divorciada dela qualquer movimento tende a falhar porque a causa permaneceráativa.O poder pessoal é
assinalado por carisma, por simpatia, em suma, pela manifestaçãode uma força interior que se faz sentir pela
personalidade marcante, mas sem domínioditatorial, ou coisa equivalente, e esse poder a mulher sempre
possuiu, mas que foi recalcadoe ela por ignorar certos princípios é quem mais contribui para a continuação do
processo, e opior tem sido cada vez mais alimentado por múltiplos meios de informação.A subalternidade
feminina tem como causa a perda do poder místico resultante danegação de sua própria condição expressa pela
menstruação, gestação e menopausa. Amulher para se libertar da condição de submissão e de menosprezo
primeiramente necessitaresgatar o poder que nela foi reprimido, e isso pode ser feito com certa facilidade,
contudorequer um tanto de determinação pessoal. Embora os exercícios sejam muito simples, aindaassim não
podemos dizer que se trata de processos facilmente obtidos em curto prazo, issoporque se tratam de normas de
conduta cristalizados na mente feminina por milênios. Aquiloque está impresso há tão longo tempo não pode
ser apagado de um minuto para outro. Oestigma que atinge a mulher na área ginecológica é decorrência da
forma como ela tem sidocriada na sociedade moderna, por várias encarnações.O ciclo vicioso pode ser
facilmente quebrado, o que não é fácil é a mulher acreditarque os exercícios podem resolver; acreditar que é
vitima de algo muito sério, que sede de seusproblemas reside no nível energético e não somático. A descrença
Isso a leva à falta de
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TEMA 1.762
Pela afinidade energética, nos momentos de convívio íntimo a criança na gestação podeabsorver muito energia
e incorporar modelos energéticos do pai, mas não tanto quanto o queo faz da mãe, e também de
outras pessoas.A criança na vida intra-uterina, fundamentalmente recebe energia dos pais e incorporaenergia
dos pais, e também do ambiente externo principalmente das pessoas do convívio. Aenergia assimilada pode
conter modelos energéticos das mais distintas categorias. Com basenisso, um cultor da magia negra pode
impregnar uma criança no ventre materno de formadrástica. Por isso em culturas antigas a gestante era
protegida contra malefícios através desímbolos, e outros adereços de uso na Magia, de rituais e outros meios,
visando em especial àcriança que estava sendo gerada.U
ma criança pode ser “enfeitiçada” mesmo antes de nascer.
Aenergia é fundamental na gestação, quanto mais a gestante dispuser dela mais ideaisserão as condições pra
uma gestação saudável, por isso ela deve saber poupá-la e quando tiverde usá-la deve fazê-lo
parcimoniosamente. Muitas culturas recomendavam a mulher se absterdo coito durante a gestação. Na verdade
se ela souber poupar energia no orgasmo não temproblema algum a relação sexual, mas se não souber trabalhá-
la é preferível a abstinência.Como há polaridade em tudo, então da mesma forma que o coito pode
provocar umaexaustão de energia também pode aumentar. Uma gestação carente pode trazer para acriança
condições orgânicas indesejáveis, mas também pode ocorrer captação energética demuitas maneiras. A mulher
de conhecimento sabe como usar a energia orgásmica comsabedoria.Durante a gravidez a gestante pode
incorporar muitos modelos energéticos do esposo eaté mesmo isolar modelos que não sejam bons. Essa é
parte da arte da magia sexual. Mas amulher que conhece ela pode se expor, pois sabe como evitar contágios
energéticos.Algumas doutrinas usam dar passes magnéticos
 –
 passes mediúnicos
 –
 com imposição dasmãos para transferir energia. Na verdade, através das mãos o fluxo é maior, mas não é só
como contacto físico o necessário, mesmo a certa distância pode haver transferência energética.Uma estante
que não tenha conhecimentos de magia se possível deve evitar apertos de mãoscom pessoas desconhecidas ou
de índole negativa.Sabe-se que não é somente no coito que ocorre assimilação de energia, mas
até pelapresença, mesmo apenas com a presença e o simples contacto físico pode permitir
 
114incorporações energéticas. Por isso até mesmo a gestante deve saber quando evitar ou não apresença
de determinadas pessoas efetuado.Por não ser imprescindível o contacto sexual para transferência energética
para energizaruma gestação e fortalecer o feto, então parentes, pessoas amigas podem contribuir nessesentido, e
até mesmo visando transferências de modelos energéticos.A energia destinada a uma gestação, como
dissemos antes, pode ter várias origens. Agestante pode capta-la visando o bom desenvolvimento do feto tendo
como fonte lugares,ambientes, e de outra pessoa independentemente do sexo. Nesse caso o processo não
estárelacionado com o lado sexual, pode ser de uma pessoa do sexo feminino, ou masculino,mesmo que nem
sequer haja o mínimo interesse sexual. Na verdade nem sempre atransferência de energia é decorrência do
contacto sexual, o processo é outro, muitodiferente, embora na relação sexual seja muito mais efetiva.
Na verdade o processo é muitosimples em se tratando do esposo, pois o contacto sexual facilita
acentuadamente atransferência. Em segundo lugar em facilidade citamos os parentes, e pessoas que moram
nomesmo ambiente, em decorrência do tempo de vivências em grupo.Não é necessário que a energia seja
retirada de alguma pessoa, ela pode ser obtida domeio ambiente, de lugares especiais, das flores, das
montanhas e especialmente do mar.Atransferência de energia pode ser feita em um processo mental, que às
vezes ocorrenaturalmente e as vezes intencionalmente. Se a mãe tem conhecimento disso então ela
podebeneficiar a futura criança dotando-a de certas qualidades, ou seja, induzindo-lhe qualidadescaptadas de
outra pessoa independentemente do sexo. Mas para isso é imprescindível que aenergia captada haja sido de
alguma forma liberada em alguma das várias formas de emissãoenergética. Se a pessoa fechar o seu fluxo
energético torna-se impossível a energia sercaptada, é preciso que haja doação, ou então que o doador seja um
tolo que viva esbanjandoatoa sua energia pessoal. Assim sendo muitas gestantes, se dando ou não conta do que
estáocorrendo, agem como vampiras.Muitas vezes a dificuldade de desenvolver o processo gestacional reside
na carência deenergia.A gestação deve ocorrer em ambiente rico em energia, pois a gênese da via
biológicarequer muito energia sutil. Ela pode ser usada para tratamento de ameaças de aborto,manutenção de
gestações difíceis. A medicina sempre busca explicar muitos problemasgestacionais a distúrbios hormonais,
ou carências ligados a vitaminas e coisas assim, contudo oproblema pode residir em problemas bem diferentes,
como, por exemplo, a energia sutil.Nesses casos à dieta alimentar normal deve ser intercalada com a
alimentação prânica, oumística.A alimentação durante a gravidez deve merecer muita atenção com vista à
energia sutil,portanto é imprescindível que seja feita a sua limpeza vibratória é bem significativa a fim deserem
evitadas impregnações energéticas e incorporação de modelos energéticos.Naturalmente não vai fazer bem
incorporar modelos de sofrimento do sacrifício de animaisque habitualmente estão contidos na carne. Nesse
sentido mais dramático é a ingestão de
 
115carne de animais que s sabem do sacrifício. Nesse sentido o peixe é menos rico em modelos
deimpregnações inerentes ao processo de sacrifico, angustias do abate.É uma boa norma a gestante ir ao
campo, às montanhas, à praia, afim de captar energia.Por outro lado deve evitar ambientes com multidões,
ambientes energeticamente poluídos.Atualmente está em voga uma prática que está sujeita a ser muito negativa
na gestação.Ela diz respeito a exposição do ventre grávido. Isso não deve ser feito, não tem nada a ver
commoralismo; o que acontece é que os olhares dirigidos ao ventre gravido direciona energia fluxode energia e
que nem sempre é favorável. O recato que as religiões aconselham, mesmo queos ministros não saibam
explicar do porquê da recomendação, tem razão de ser mas não pelolado da moral. Na verdade o problema é de
nível energético. Não se suspeito do que se passana cabeça de uma pessoa quando oberva um ventre grávido.
Pode ser um sentimento deinveja, de suspeita, cenas mentais de sexo, etc. e nada disso é favorável à gestão e ao
feto.Há tendências a dizer que a mulher não tem que esconder a gestação, cobrir o ventre,usar roupas o mais
discreta possível, mas os que assim pensam o fazem porque desconhecemas transferências energéticas que
podem ser endereçada pelo olhar. O cuidado que a gestantedeve ter não se prende a códigos mais sim a
princípios de leis naturais, como as detransferência de energia e de modelos energético.Outro aspecto que
merece consideração especial diz respeito ao tipo de coito que aocasionou a gestação. O nível e a natureza da
energia em uma gravidez depende muito do tipode coito. Há, gravidez desejada e gravidez repudiada. Uma
gestação oriunda de um processode amor naturalmente o abastecimento energético é muito diferente do
daquele feito comrancor, com desprezo, ou mesmo com rejeição. Dom Juan citava o coito aborrecido,
aqueleque está vazio, feito por dever. Uma esposa que atende o coito como um dever para com oesposo, mas
que preferiria não fazer sexo. Naturalmente que aquele coito é algo aborrecido,algo que não soma nada, e
consequentemente a gestação energeticamente será por certocarente de energia sazonal.

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